Monitorização da dinâmica do carbono na floresta de miombo da Reserva Nacional do Niassa
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- Ruy Vilanova Prado
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1 Monitorização da dinâmica do carbono na floresta de miombo da Reserva Nacional do Niassa Natasha S. Ribeiro 1/, Céu N. Matos 1/, Isabel R. Moura 2/, Robert Washington-Allen 3/, Ana. I. Ribeiro 2/ 1/ Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Universidade Eduardo Mondlane, Edificio Número 1, Campus Universitário Principal, C.P. 257, Maputo Moçambique. joluci2000@yahoo.com, corresponding author. 2/ Instituto de Investigação Científica Tropical Quinta do Marquês Oeiras, Portugal 3/ Department of Geography, Burchfiel Geography Building, 1000 Phillip Fulmer Way, University of Tennessee, Knoxville, TN , USA Seminário sobre o sector agrário COMPETITIVIDADE E TRANSFORMAÇÃO ESTRUTURAL DA AGRICULTURA Maputo, Setembro de 2013
2 Floresta de Miombo Maior tipo de floresta seca do mundo Ocupa cerca de 2.7 million km 2 na África Austral e 65% da terra em Moçambique (Marzoli, 2007) Sources:
3 Floresta de Miombo: Importância ecológica e social Cerca de 8500 de espécies vegetais, metade das quais são endémicas. dominadas por: Julbernardia globiflora, Brachystegia spp. e Isoberlinia angolensis Providencia bens e serviços para cerca de 39 milhões de pessoas nas z. rurais e adicionalmente a 15 milhões de pessoas nas z. urbanas. Domestic Queimadas frequentes e outros distúrbios (herbivoria, agricultura itinerante, etc.) são importantes
4 Área de estudo: Reserva Nacionado do Niassa PMA: 800 mm TMA: 25 o C Largest Maior área conservation de conservação area inem Mozambique Moçambique ( Km²) Surface: Kms² (~16200 sq miles) Kms² - Core Area Kms² - Buffer Area
5 Reserva Nacional do Niassa Vegetation:miombo Vegetação: floresta seca woodlands de miombo (72% da of the reserva) reserve) Fauna: elefantes População em 2010: (~0.5 an./km 2 ) População humana (45000 habitantes)
6 Motivação Maior área de conservação em miombo, no mundo; Elevado valor ecológico e socio-económico; => Necessidade de explorar e entender a dinâmica da vegetação por forma a definir melhores estratégias de gestão da RNN
7 Objectivos: (i) avaliar a variação de biomassa em 5 anos ( ); e (ii) estimar o stock de carbono (vegetação e solos) para o ano 2009.
8 Colheita de dados de campo: 50 parcelas permanentes Visitadas em 2005 e 2009 transectos Representação esquemática das parcelas, com diâmetro=30m Grass biomass (kg/ha)
9 Colheita de dados no campo: Diâmetro (DAP) Amostras de solos (0-30 cm)
10 Análise dos dados Biomassa lenhosa da vegetação adulta (DAP 5cm) [1] BL = b0 * (DAPEXPb1) BL = Biomassa Lenhosa (Kg/árv.), DAP = Diâmetro à Altura do Peito, b1= ; b0 = [1] Desenvolvida em Kitulangalo, Morogoro, Tanzania em condições edafo-climáticas semelhantes às da RNN (Mugasha and Chamshama, 2002).
11 Análise dos dados (cont.) dinâmica da vegetação na RNN foi avaliada em termos de: crescimento, mortalidade, e recrutamento (entrada à classe diamétrica de 5cm) de biomassa lenhosa para as 25 espécies mais abundantes na RNN
12 Análise dos dados (cont.) Densidade de Stock de Carbono (IPCC 2003, FAO-IUFRO 2004, e Pearson et al 2005) Conteúdo de carbono na vegetação: 50% da vegetação lenhosa e herbácea e do manto vegetal morto; Conteúdo de carbono no solo: CS=(BD x SD x Cs)x 100 CS = Carbono do solo (ton/ha), DM = densidade média do solo (g/m 3 ), SD = Profundidade de toma de amostras do solo (30 cm); Cs = carbono do solo (% ).
13 RESULTADOS
14 Dinâmica da biomassa (2005 e 2009) 80% das espécies selecionadas apresentaram um aumento líquido de biomassa que variou de 0.02 a 0.56 Mg ha -1. Espécie Biomassa (Mg ha -1 ) Diplorhynchus condylocarpon Brachystegia allenii Pseudolachnostylis maprouneifolia Burkea africana Millettia stuhlmannii Julbernardia globiflora Brachystegia boehmii Terminalia stenostachya
15 Dinâmica da biomassa (2005 e 2009) Em 2009 a biomassa lenhosa total estimada para a RNN foi de 64 Mg ha -1 (variando de 15 a 165 Mg ha -1 ). Este valor representa um aumento de biomassa de 37 Mg ha -1 relativamente aos 27 Mg ha -1 observados em Recrutamento: variou entre 0 e 0.57 Mg ha -1. Espécie B. boehmii 0.57 D. condylocarpon 0.23 Brachystegia spiciformis 0.19 P. maprouneifolia 0.13 B. allenii 0.13 outras < 0.1 Recrutamento (Mg ha -1 )
16 Dinâmica da biomassa (2005 e 2009) Mortalidade baixa: 0 e 0.22 Mg ha -1. Mortalidade mais elevada (0.22 Mg ha -1 ) verificou-se na espécie J. globiflora seguida pelo Pterocarpus angolensis e B. spiciformis (ambas ca Mg ha -1 ).
17 Densidade de Carbono em 2009 Compartimento do ecossistema Densidade de C (MgC ha -1 ) % do total Referências Árvores vivas ± (William et al., 2008; Ribeiro, 2008 Sitoe, 2009) Gramíneas 2.03± (Ribeiro, 2007; Sitoe, 2008,) Árvores Mortas 0.06 ± Manto vegetal morto 0.06 ± (Sitoe, 2009) Solos ± (Williams et al., 2008) Total 66.77±
18 Densidade de Carbono em 2009 (Cont.) A maior contribuição foi da espécie J. globiflora com 9 MgC ha -1, seguida por P. maprouneifolia, B. africana, B. boehmii, Brachystegia manga cujos valores variaram entre 1 e 3 MgC ha -1.
19 Conclusões 1. Aumento líquido de biomassa entre As espécies arbóreas mais importantes na RNN apresentaram maior contribuição para a biomassa da RNN. Contudo, J. globiflora e B. boehmii, não apresentaram aumentos expressivos. 3. O stock médio de carbono da RNN (~67 MgC ha -1 ) apresenta-se acima dos valores padrão para as matas de miombo na região => RNN representa um importante reservatório de carbono.
20 Implicaçōes para o maneio da RNN Estudar com maior profundidade o papel da RNN no mercado de carbono internacional Promover as espécies arbóreas de maior importância na RNN. Promover actividades comunitárias de maneio e conservação.
21 Agradecimentos: Fundo de Investigação da UEM; SGDRN; Assistentes de campo: Aires Banze, Gisela Guambe, Cândia Zita e Ismenia Amaral. Obrigada! joluci2000@yahoo.com
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