Manejo Florestal. Edson Vidal Professor Doutor Departamento de Ciências Florestais Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP
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1 Manejo Florestal Edson Vidal Professor Doutor Departamento de Ciências Florestais Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP
2 Manejo florestal é um sistema de colheita que minimiza ambientalmente e estruturalmente os impactos ecológicos.
3 Princípios e Objetivos do Manejo Florestal Os princípios gerais e os elementos básicos do manejo florestal sustentável como preconizado pela legislação ambiental brasileira (Código Florestal, Lei /12)
4 Princípios Gerais Elementos Básicos Caracteriação do meio físico e Relevo, solos, fauna, flora e biológico hidrografia Determinação doe estoque existente Inventário amostral, inventário 100% identificando as espécies comerciais e quantidade de volumes para ser explorados Intensidade de exploração compatível com a capacidade do sítio Meios para a manutenção espécies das Promoção da regeneração natural das espécies Adoção de sistema silvicultural adequado Adoção de sistema de colheita adequado 1. Volume máximo a ser extraído por unidade de área 30 m 3 /ha 2. Itensidade máxima de colheita para tamanho comercial das espécies 90% 1. Diâmetro mínimo de corte 50 cm de DAP, sendo 60 cm para mogno. 2. Retenção de árvores matrizes 10% dos indivíduos adultos, 20% para mogno. Plantio de enriquecimento em clareiras mogno Colheita com uso de técnicas de manejo florestal Exploração de impacto reduzido EIR
5 Princípios Gerais Tratamentos silviculturais Monitoramento do desenvolvimento da floresta remanescente Garantia da viabilidade técnicoeconômica e dos benefícios sociais Garantia de medidas mitigadoras dos impactos ambientais Ciclo de corte Plano Operacional Anual Elementos Básicos Corte de cipós e desbaste de liberação (anelamento) Instalação de parcelas permanentes Plano de negócio técnico e financeiro Redução de danos, proteção contra fogo, proteção para a caça, proteção dos manaciais de água (respeito a APP) Período entre uma colheita e a colheita subsequente (25 a 35 anos) Descrição detalhada do que será realizado a cada ano na unidade de produção anual UPA.
6 Inventário 100% Mapeamento do talhão Corte de cipós das árvores a serem colhidas
7 Planejamento de estradas e ramais de arraste
8 Corte direcional.
9 Proteção contra fogo
10 Conservação da natureza.
11 Regime seletivo de colheita baseado no Diâmetro Mínimo de Corte
12 Restrição de colheita de espécies raras.
13 Exigências mínimas de árvores matrizes para árvores colhidas (10% dos indivíduos de tamanho comercial).
14 Preservação de matas ciliares
15 Intensidade de colheita máxima atual de 30 m 3 /ha.
16 Procedimentos técnicos para a elaboração de um plano de manejo florestal (i) elaboração do plano propriamente dito; (ii) análise do plano de manejo e respectivos deferimento ou indeferimento; (iii) execução do plano de manejo
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18 PROCEDIMENTOS DE LEGALIZAÇÃO DA MADEIRA NA AMAZÔNIA. 1º PASSO: Autorização Prévia à Análise Técnica (APAT) - Para obtê-la, é preciso apresentar os dados básicos de identificação do produtor e da propriedade, além de mapa com localização de reserva legal e áreas desmatadas e de preservação permanente. Exige-se o registro no Cadastro de Controle de Imóvel Rural (CCIR) para comprovação do título fundiário. Junto deve constar a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura com assinatura de engenheiro florestal devidamente habilitado. A documentação é conferida e validada por diferentes setores do órgão ambiental.
19 PROCEDIMENTOS DE LEGALIZAÇÃO DA MADEIRA NA AMAZÔNIA. 2º. PASSO: Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS). O documento é elaborado uma única vez para todo o ciclo do manejo, de 25 ou 30 anos. Ele estabelece o período de tempo para produção e divide a propriedade em parcelas de exploração anual, chamadas Unidades de Produção Anual (UPAs). O plano inclui a instalação de infraestrutura e o inventário florestal com cálculo do volume a ser extraído por espécie madeireira. Imagem de satélite da propriedade e averbação da reserva legal devem obrigatoriamente ser anexado. Os técnicos do órgão ambiental verificam inconsistências, como sobreposição de áreas com diferente titularidade. São checados dados do inventário e o volume de madeira para colheita. O produtor assina o Termo de Manutenção da Floresta Manejada, comprometendo-se a não abandonar a área durante o ciclo do manejo. Nessa etapa apresenta-se novamente o documento que aponta o engenheiro responsável pelo plano de manejo.
20 PROCEDIMENTOS DE LEGALIZAÇÃO DA MADEIRA NA AMAZÔNIA. 3º. PASSO: Para aprovar o plano de manejo, é indispensável o registro da atividade econômica no Cadastro Técnico Federal (CTF). No Pará, exige-se a inscrição no Cadastro de Exploradores de Produtos Florestais (CEPROF). Tanto o produtor que explora a floresta como a serraria e toda a cadeia de beneficiamento, transporte e comércio precisam do registro para começar a operar.
21 PROCEDIMENTOS DE LEGALIZAÇÃO DA MADEIRA NA AMAZÔNIA. 4º. PASSO: Todo ano é necessário aprovar o Plano de Operação Anual (POA), referente a cada Unidade de Produção Anual. A documentação exigida é específica para a exploração da madeira durante um ano: inventário florestal, mapa da área, assinatura do técnico responsável e plano para uso de resíduos. O produtor precisa apresentar o contrato de fornecimento à indústria, declarando as quantidades vendidas e o destino da madeira.
22 PROCEDIMENTOS DE LEGALIZAÇÃO DA MADEIRA NA AMAZÔNIA. 5º. PASSO: Após o protocolo, a documentação transita pelos setores jurídico e técnico do órgão ambiental. Verificam-se inconsistências, como sobreposição de áreas com diferentes titularidades ou inexistência de floresta para explorar. São checados dados sobre inventário e volume de madeira para colheita. Utilizado em alguns estados, o SIMLAM é o sistema que abrange todo o processo de trâmite
23 PROCEDIMENTOS DE LEGALIZAÇÃO DA MADEIRA NA AMAZÔNIA. Aprovados o plano de manejo e o POA, são expedidas a Licença de Operação (LO) e a Autorização de Exploração Florestal (Autex), que variam de nomenclatura conforme o Estado. A autorização é lançada nos sistemas eletrônicos oficiais que controlam produtos florestais (Sisflora para alguns e DOF em nível federal), gerando créditos para oferta de madeira no mercado conforme a área de origem, o destino, as espécies e as quantidades de madeira aprovadas. O produtor recebe uma senha de acesso com a qual emite a Guia Florestal ou o DOF, indispensáveis para o transporte da madeira até o beneficiamento e o comprador final.
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