DINÂMICA RECENTE DE ADENSAMENTO DA BASE DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

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1 DINÂMICA RECENTE DE ADENSAMENTO DA BASE DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS Autoria: Dionisio dos Santos Júnior, Gustavo Benevides, Luis Paulo Bresciani RESUMO O presente trabalho tem por objetivo identificar a dinâmica recente de adensamento da base de ciência, tecnologia e inovação na Região Metropolitana de Campinas. Com embasamento teórico sobre dinâmicas de ambientes inovadores, o estudo busca identificar direções e perfil deste adensamento. Pesquisando a atração de investimentos através do método de análise de conteúdo, o trabalho caracterizou: (1) o papel do poder público no fomento à inovação, (2) o fortalecimento dos habitats de inovação, (3) a atração de centros de P&D públicos, (4) a atração de centros de P&D privados, (5) o fortalecimento das instituições de ensino. O estudo identificou os seguintes elementos na explicação da dinâmica do ambiente inovador da RMC: a diversidade de atores, a entrada de novos atores, a presença de subsistemas dinâmicos e a inserção nacional e internacional. Palavras Chave: desenvolvimento regional, regiões metropolitanas, ciência, tecnologia, inovação. ABSTRACT This study aims to identify the most recent dynamics of densification of the basis of science, technology and innovation in the Metropolitan Region of Campinas. With theoretical foundation on the dynamic of innovative environments, the study seeks to identify directions and profile of this densification. Researching investment attraction through the method of content analysis, this study characterized: (1) the role of government in fostering innovation, (2) strengthening of innovation habitats, (3) the attraction public of R&D centers, (4) the attraction of private R&D centers, (4) the strengthening of educational institutions. The study identified the following elements in explaining the dynamics of the innovative environment of the RMC: a diversity of actors, the entry of new actors, the presence of dynamic subsystems and the insertion nationally and internationally. Key-words: regional development, metropolitan regions, science, technology, innovation. 1/17

2 1 Introdução 1.1 Dinamismo Econômico da Região Metropolitana de Campinas A Região Metropolitana de Campinas (RMC) é uma das regiões que compõem a Macrometrópole Paulista. A RMC é formada por 19 municípios: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. A figura 1 apresenta o mapa da RMC. Os quadros 1 e 2, apresentam indicadores de população e renda da RMC e do município de Campinas: Figura 1 Municípios da Região Metropolitana de Campinas Fonte: Prefeitura de Campinas. Disponível em: PIB (Em milhões de reais correntes) ,63 Campinas PIB per Capita (Em reais correntes) ,03 Participação no PIB do Estado (Em %) 2,94 Região PIB (Em milhões de reais correntes) ,07 2/17

3 Metropolitana de Campinas PIB per Capita (Em reais correntes) ,22 Participação no PIB do Estado (Em %) 7, Quadro 1 Produto Interno Bruto da Região Metropolitana de Campinas e do Município de Campinas. Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE Campinas População Região Metropolitana de Campinas População Quadro 2 População da Região Metropolitana de Campinas e do Município de Campinas. Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE. Região de economia dinâmica, a RMC e sua cidade sede, Campinas, destacam-se em vários indicadores, comparáveis aos de regiões metropolitanas de capitais de estados. Foram abertos no município de Campinas, entre janeiro e março de 2013, estabelecimentos, dos vários setores, posicionando o município como o 11º. do país no quesito. A RMC atraiu 120 indústrias nos últimos cinco anos. A RMC é ainda a segunda região metropolitana do país na taxa de domicílios conectados à internet. O potencial de consumo da RMC para o ano de 2013 é de R$ 62,2 bilhões, segundo a pesquisa IPC Maps, realizada pelo IPC Marketing. O potencial da região supera o de 15 Estados brasileiros. Com potencial de R$ 26,5 bilhões, o município de Campinas tem o 12º maior potencial de consumo do País. A região de Campinas foi a que mais recebeu investimentos em 2012 atraídos pela Agência Investe São Paulo (R$ 413 milhões; 29% do total de 2012). A RMC foi em 2012 também a segunda região em desembolso de empréstimos pela Desenvolve SP no Estado, com R$ 57,6 milhões, atrás apenas de São Paulo. A produção de riquezas na Região Metropolitana de Campinas (RMC) cresceu 31% entre 2006 e 2010, descontada a inflação acumulada de 19,9% no período, e o Produto Interno Bruto (PIB) regional chegou a R$ 98,4 bilhões (US$ 46,9 bilhões), o que corresponde a 2,6% de toda a riqueza produzida no Brasil. O crescimento foi alavancado pelo setor de serviços. Sete cidades da RMC estão entre os cem maiores PIBs do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Campinas, a melhor colocada, subiu três pontos no ranking nacional, saltando de 14º lugar em 2006 para 11ª em 2010, último ano do estudo e ficou na quarta posição no Estado. Sozinha, ela gerou 1% do PIB brasileiro. (Correio Popular, 2012). Campinas destaca-se ainda na atração de investimentos estrangeiros diretos. Relatório anual da consultoria Young sobre a atratividade do País para recursos vindos do Exterior colocou a cidade como o quatro destino que mais recebeu projetos fomentados por investimentos estrangeiros diretos (IED) entre 2010 e 2011 no Brasil. (em 2011), o município abrigou sete 3/17

4 desses projetos. A cidade ficou atrás apenas de São Paulo (134 projetos), Rio de Janeiro (43) e Curitiba (11). (Correio Popular, 2012) Campinas lidera o chamado terceiro setor entre as cidades do Interior do Brasil. São fundações privadas e associações sem fins lucrativos. O número de agências bancárias instaladas na RMC (Região Metropolitana de Campinas) supera a quantidade existente em 18 Estados brasileiros. Ao todo são 464 agências de 24 bancos diferentes na região. (TodoDia, 2012) 1.2 O Sistema Regional de Inovação de Campinas De acordo com Feliciello e Amaral (2012) a microrregião de Campinas possui 54 estabelecimentos ligados a atividades de P&D e desenvolvimento tecnológico, sendo 18 credenciados pelo MCT (como a Associação Brasileira de Luz Síncroton ABTLuS, o Centro de Tecnologia de Informação Renato Archer CTI, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações CPqD, o Centro de Pesquisas Avançadas Von Braun, entre outros). Dentre os não-credenciados estão 18 estabelecimentos da Embrapa, 9 do IAC e mais 9 do ITAL. (FELICIELLO e AMARAL, 2012). Em termos de inovação, dados divulgados pela Fundação Fórum Campinas indicam que a Região de Campinas possui a maior proporção de empresas inovadoras em comparação com a média nacional, além de se constituir numa das 46 localidades, em todo o mundo, classificadas como centros tecnológicos de importância (technology hubs). (FELICIELLO e AMARAL, 2012). Na relação de centros de pesquisa citam-se a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Pontífícia Universidade Católica de Campinas (PUC), o Centro de Tecnologia para Informática (CTI), pioneiro em pesquisas em informática no país, atual Centro de Pesquisas Renato Archer, o CPqD, o ITAL, a EMBRAPA, o Instituto de Zootecnia, em Nova Odessa, o o Centro de Nanociências e Nanotecnologia Cesar Lattes, o Laboratório de Luz Síncroton e o Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, o Instituto Eldorado, entre outros. A Fundação Fórum Campinas congrega 11 instituições de pesquisa de Campinas e região. O Fórum vem realizando seminários desde 2008, visando debater Ciência, Tecnologia e Inovação no contexto regional. O presente trabalho tem por objetivo identificar a dinâmica mais recente (2011-primeiro semestre de 2013) de adensamento da base de ciência, tecnologia e inovação na Região Metropolitana de Campinas, identificando direções e perfil deste adensamento. 2 Referencial teórico Ambiente inovador (Millieu Innovateur) A teoria do ambiente inovador foi desenvolvida por Phillipe Aydalot (1986) através de observações na França. Tal teoria idealiza a transformação das hierarquias levando em conta o fator tecnológico e o papel do território no sentido de gerar inovações. Tomando-se como base os conceitos apresentados por Aydalot, o seguinte questionamento é realizado: por que algumas áreas crescem e inovam, enquanto outras permanecem subdesenvolvidas? 4/17

5 Um fator determinante para este crescimento e inovação é a aprendizagem. O estudo e aprofundamento em relações às novas tecnologias fazem com que as empresas cooperem entre si, criando alianças estratégicas e redes de inovação. Esta lógica organizacional baseada na cooperação aplica-se também ao domínio territorial, que costumava ser uma barreira para as atividades do mercado, ou seja, a inovação tecnológica torna-se um vetor sinérgico insubstituível (AYDALOT, 1986b). Segundo Perrin (1991), a lógica organizacional, fator importante no sistema tecnológico, é implantado não só na organização produtiva da empresa, mas também na economia territorial, de modo que haja uma correlação estreita entre ambos. De acordo com Aydalot (1986), os pressupostos apontam para comportamentos inovadores que dependem essencialmente de variáveis definidas em nível local ou regional. Na verdade, os antigos territórios, sua organização e a capacidade de gerar um projeto comum formam a base da inovação. A intensidade da inovação varia de acordo com o acesso ao conhecimento tecnológico, a composição do trabalho e alguns outros componentes da comunidade local. Para o GREMI (Group de Recherche Européen surles Milieux Innovateurs) um ambiente inovador, ou millieu innovateur, é um conjunto territorial onde as interações entre os agentes econômicos são desenvolvidos, gerando externalidades específicas à inovação e à convergência de aprendizado, buscando formas mais eficientes da gestão de recursos. Devido a estes fatos, as grandes empresas impulsionam a inovação, passando a ter uma interação com as empresas de menor porte, sendo estas na Europa as principais instituições de fomento das redes de inovação. Na teoria clássica do desenvolvimento da inovação é declarado que a grande empresa possui papel preponderante no que tange ao processo de criação/inovação, haja vista que existe departamento próprio de criação (P&D) e verba destinada para este fim. (TIDD, BESSANT e PAVITT, 2008) Este processo de inovação culminará em trajetórias distintas em cada território (AYDALOT, 1986). Para o autor, a transformação do tecido industrial é resultante de uma interação entre a reutilização do conhecimento local, a inovação promovida pelas grandes empresas e a criação dos centros de pesquisa. Ainda o autor, cada uma destas abordagens envolve um processo espacial diferente: - o primeiro é o processo de ramificação de empresas (redes), que descreve a transformação do tecido industrial do território, bifurcando dois conceitos centrais que são a habilidade e o conhecimento reutilizados e a atração de novas empresas. O segundo implica na capacidade de minimizar as externalidades locais, construindo uma cooperação no território. E finalmente, o terceiro aborda um processo de polarização em torno de um novo conhecimento (inovação), onde os novos negócios estabelecem vínculos com instituições de pesquisa que se tornam os principais centros de produção de conhecimento (AYDALOT, 1986). A tipologia do ambiente inovador pode ser caracterizada pelo desenvolvimento endógeno ou exógeno (industrial ou não) e pelo tipo de empresa atraída (grande ou pequena) (AYDALOT, 1986b). Esses tipos ideais são raramente encontrados na prática, e estas situações na maioria das vezes pertencem a tipos diferentes. Esses resultados mostram que a inovação emerge em vários contextos, e tem uma forte dimensão territorial (GREMI, 1999). Para a empresa como para o ambiente local, a inovação é uma ruptura com o passado. Portanto, esta afirmação tem como premissa a aceitação coletiva de uma mutação das regras que afetam os equilíbrios econômicos e sociais sobre as quais foi baseado (CAMAGNI, 1999). 5/17

6 Os efeitos da inovação na empresa e no território não são unilaterais. As inovações e seu impacto são, em alguma medida, também produzidos pelas empresas em seu nível localregional. Para Perrin (1992, pp ):...o estudo do impacto da inovação no território é complexo, parece, no entanto, que a formação das redes de interação e o desenvolvimento do conhecimento local constituem os pilares do ambiente inovador. No caso contrário, a falta de articulação entre essas variáveis podem desestruturar a dinâmica de inovação no território. O conhecimento teórico acumulado pelo GREMI permite clarificar os conceitos de ambiente inovador e rede de inovação, mostrando que eles são conceitos que evoluíram das teorias da localização, teoria dos lugares centrais, dos polos de desenvolvimento, distritos industriais e desenvolvimento endógeno. Essas teorias foram abordadas no marco-conceitual da tese. Para Camagni (1991) o papel do ambiente local é decisivo para geração de um comportamento inovador, que se difunde através do processo de aprendizagem coletiva e redes de inovação. Esta última se refere à articulação das instituições que fomentam a difusão da tecnologia e conhecimento. Estudos aprofundados pelos autores, Maillat, Quévit, Senn (1993) estruturam o conceito de ambiente inovador e redes de inovação a partir de três dimensões: a) dimensão cognitiva, o que corresponde à existência de uma lógica de desenvolvimento, a aprendizagem - aquisição de conhecimento e tecnologia orientada para a inovação; b) dimensão organizacional, que corresponde à lógica da cooperação e parceria entre as redes de inovação; e c) dimensão territorial, que é a capacidade de criar vantagens competitivas diante de um cenário globalizado de competição. Nestas três dimensões básicas podem ser adicionadas duas outras que caracterizam o meio inovador (Quévit e Van Doren, 2000). A primeira diz respeito a redes de inovações sendo configurada através do relacionamento de longo prazo entre os diferentes atores, com base na confiança, entendimento mútuo, reciprocidade e prioridade. A segunda diz respeito à dimensão normativa, cuja natureza essência é estabelecer um sistema de regras mais ou menos formalizado para definir as obrigações dos membros e a definição do espaço de trabalho coletivo (MAILLAT, 1995, p.221). A proximidade espacial é outra perspectiva importante para estruturar o ambiente inovador, pois intensificam as trocas de informações, a similaridade de atitudes culturais e psicológicas, a frequência de contatos interpessoais, a mobilidade flexibilidade e capacidade inovativa (PERRIN, 1992). Para MAILLAT (1995) millieu é definido como um conjunto territorializado e aberto para o exterior que integra conhecimentos, regras e um capital relacional. Ele é ligado a um coletivo de atores, bem como de recursos humanos e materiais. Ele não se constitui em nenhum caso em um universo fechado, ao contrário, ele está em permanente relação com o ambiente exterior. Por outro lado, ainda segundo o mesmo autor o millieu inovador é descrito como um conjunto de elementos materiais (firmas, infraestrutura), imateriais (conhecimento) e institucionais (regras e arcabouço legal) que compõem uma complexa rede de relações voltada para a inovação. A firma não é considerada um agente isolado no processo de inovação, mas parte de um ambiente com capacidade inovativa. Este conjunto de elementos e 6/17

7 relacionamentos é representado por vínculos entre firmas, clientes, organizações de pesquisa, sistema educacional e demais autoridades locais que interagem de forma cooperativa. Neste contexto, o millieu pode ser compreendido tanto como uma rede concreta de atores que interagem dentro de um sistema produtivo local como enquanto o próprio ambiente que provê as condições que viabilizam e facilitam a existência de interações entre os diferentes segmentos de atores nas aglomerações. Outros autores corroboram com as proposições iniciais de Aydalot. Para Lastres et. al. (2000) os Milieux Innovateurs são configurados como o local ou a complexa rede de relações sociais em uma área geográfica limitada que intensifica a capacidade inovativa local através de processo de aprendizado sinergético e coletivo. Consideram-se não apenas as relações econômicas, mas também sociais, culturais e psicológicas. Nas palavras de MAILLAT et al. (1993), o ambiente inovador tem as seguintes configurações/ características: Esse meio inovador se caracteriza pela cooperação entre o coletivo e a estrutura produtiva. Assim, os agentes econômicos convergem em direção a formas mais eficazes de gestão e inovação. O meio inovador formata uma rede de inovação à medida que ele se torna mais competitivo globalmente, ou seja, para que ele expanda sua base de exportação e se integre com o mercado externo (RIPPEL e LIMA, 2009, p. 140). Outra característica de uma região inovadora refere-se à qualidade de vida proporcionada pela criação da função industrial, apropriada pela população regional (MAILLAT; QUÉVIT; SENN, 1993 apud SANTOS, 2003). De acordo com Fecteau, Rodrigue e Poulin (2004), as regiões Inovadoras ou criativas possuem as seguintes características em comum: Presença de um ou mais universidades reconhecidas nacionalmente. Massa crítica (empresas, instituições de pesquisa, talentos) em uma ou mais área de alta tecnologia. Vários centros de inovação, evidenciados pelo número de patentes, comercialização de tecnologia e concessões de pesquisa. Qualidade de vida. A base para criação destas regiões é, portanto, a atração, geração e retenção de talentos. Colocado de outra forma, as regiões bem sucedidas serão aquelas que conseguirem atrair pessoas criativas (FECTEAU, RODRIGUE e POULIN, 2004 apud BIZZOTO, 2008). Para reforçar a argumentação acima descrita, encontram-se nos estudos de Putnam (1996) explicações sobre regiões que possuem uma vida civil capaz de estimular ligações com outras regiões, com instituições consolidadas, sendo capazes de fortalecer e estimular o crescimento regional. Nesse sentido, a região polo tem mais que uma unidade motriz como elemento dinamizador do desenvolvimento local. Ainda Putnam (2002), esta polarização é o fenômeno da conectividade civil, da formação do capital social, dos aspectos da vida civil que torna a população mais produtiva e as empresas mais inovadoras. 3 - Metodologia O método científico oferece dois tipos de abordagens principais: (a) o método racionalista, fundamentado no positivismo e (b) a abordagem interpretativa, centrada na profundidade do fenômeno estudado, buscando explicações sobre as causas dos fenômenos e o seu desenvolvimento (Hart, 1998). Os estudos realizados pelos principais autores da escola francesa 7/17

8 do meio inovador (millieu innovateur) utilizam a abordagem interpretativista para analisar e explicar os fenômenos inerentes à articulação das redes de cooperação e dinâmica local da aprendizagem. Esta foi a abordagem utilizada na presente pesquisa. O método de pesquisa utilizado foi a Análise de Conteúdo. De acordo com Moraes (1999) A análise de conteúdo constitui uma metodologia de pesquisa usada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos. Essa análise, conduzindo a descrições sistemáticas, qualitativas ou quantitativas, ajuda a reinterpretar as mensagens e a atingir uma compreensão de seus significados num nível que vai além de uma leitura comum. (MORAES, 1999). De acordo com Moraes, 1999: O contexto dentro do qual se analisam os dados deve ser explicitado em qualquer análise de conteúdo. Embora os dados estejam expressos diretamente no texto, o contexto precisa ser reconstruído pelo pesquisador. Isto estabelece certos limites. Não é possível incluir, nessa reconstrução, todas as condições que coexistem, precedem ou sucedem a mensagem, no tempo e no espaço. Não existem limites lógicos para delimitar o contexto da análise. Isto vai depender do pesquisador, da disciplina e dos objetivos propostos para a investigação, além da natureza dos materiais sob análise. Tendo em vista os aspectos mencionados uma pesquisa utilizando a análise de conteúdo necessita fundamentar-se numa explicitação clara de seus objetivos. Dependendo da abordagem de pesquisa utilizada a definição dos objetivos pode assumir dois rumos diferentes. Numa abordagem quantitativa, dedutiva, de verificação de hipóteses, os objetivos são definidos de antemão de modo bastante preciso. Constituem parte essencial do planejamento inicial que precede e orienta as fases posteriores da pesquisa, especialmente a definição dos dados e os procedimentos específicos de análise. Numa abordagem qualitativa, construtiva ou heurística, esta construção, ao menos em parte, pode ocorrer ao longo do processo. Nesta abordagem, assim como as categorias poderão ir emergindo ao longo do estudo, também a orientação mais específica do trabalho, os objetivos no seu sentido mais preciso, poderão ir se delineando à medida que a investigação avança. Entretanto, de um modo geral é possível afirmar que ao concluir-se uma pesquisa é importante ser capaz de explicitar com clareza os objetivos do trabalho realizado. Quando se utiliza a análise de conteúdo, uma clara explicitação de objetivos ajuda a delimitar os dados efetivamente significativos para uma determinada pesquisa. (MORAES,1999) Neste sentido, foi realizada uma pesquisa sobre notícias de investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação realizados na Região Metropolitana de Campinas, com dados compreendidos entre os anos de 2011 e o primeiro semestre de Para o ano de 2011, foi utilizada a Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo, produzida pela Fundação SEADE. Como a pesquisa de dados desta base está restrita ao ano de 2011, foi preciso realizar uma pesquisa de análise de conteúdo com base nas reportagens do clipping de notícias produzido pela AGEMCAMP Agência Metropolitana de Campinas, que tem como fonte principal de informação o Jornal Correio Popular e, de forma secundária, o Jornal Todo Dia. Também foram obtidas informações suplementares nos sites Ciência Hoje, Tele Síntese, 8/17

9 Investe SP, Toshiba Medical, CNPEM, Exame, Boletim Eletrônico Sociedade Brasileira de Química, CRN Brasil, IBICT Inclusão Digital, Hitachi e Computer World. A análise de conteúdo teve como objetivo identificar: (1) o papel do poder público no fomento à inovação, (2) o fortalecimento dos habitats de inovação, (3) a atração de centros de P&D públicos, (4) a atração de centros de P&D privados, (5) o fortalecimento das instituições de ensino. 4 Análise dos Resultados 4.1 O papel do poder público no fomento à inovação O ano de 2013 foi marcado por uma postura ativa da Prefeitura de Campinas em prol do fortalecimento do ambiente inovador do município. A Prefeitura de Campinas, com apoio do SEBRAE-SP, Núcleo SOFTEX e Banco do Brasil, lançou o Programa de Incentivo à Exportação, com meta de apoiar 150 empresas por ano. A Prefeitura de Campinas, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e o Núcleo Softex anunciaram ainda a implantação da primeira aceleradora de empresas do País que terá apoio municipal. A aceleradora apoiará startups de software e serviços de tecnologia de informação. A Prefeitura de Holambra assinou um termo de cooperação técnica com a Abscem (Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas) para a implantação de um polo tecnológico na cidade, voltado à produção de sementes. A Região Metropolitana de Campinas (RMC) é objeto de estudo para a implantação do programa Cidades Inteligentes. Um convênio assinado no Ciesp-Campinas entre a Fundação de Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação (Facti), a empresa europeia de tecnologia Living PlanIT e o Instituto Árvore da Vida foi o pontapé inicial para conectar as 19 cidades da RMC. O objetivo é utilizar a tecnologia avançada para otimizar o uso dos recursos públicos e as soluções para os problemas enfrentados pelas cidades. (CORREIO POPULAR, 2012) O Governo do Estado de São Paulo instalou em Campinas a primeira unidade da agência de fomento paulista, Desenvolve SP, fora da capital do Estado. Deve-se destacar o papel da sociedade civil em iniciativas de desenvolvimento do ambiente inovador: em dezembro de 2012, empresas da área de tecnologia de informação propuseram ao novo prefeito de Campinas a formação de um polo de TI no centro da cidade. A proposta incluiria a concessão de incentivos fiscais e participação do poder público como indutor de atração dos investimentos. Em contrapartida, as empresas recuperariam os prédios onde se instalassem. 4.2 Fortalecimento dos habitats de inovação O período recente foi marcado pelas iniciativas de parques tecnológicos: Campinas possui cinco iniciativas de parques tecnológicos com credenciamento provisório junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo: Polo de Pesquisa e Inovação da Unicamp, CPqD, CTI-TEC, CIETEC II e Techno Park. O Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) começou em 2013 a construir seu parque tecnológico, o CTI-Tec, um investimento de R$ 15 milhões (US$ 7,5 milhões) na infraestrutura destinada a abrigar 16 empresas de base tecnológica e mais uma incubadora. A primeira a se instalar na área será a Petrobras, que planeja implantar um Centro de Tecnologia de Engenharia de Poço (CTEP). 9/17

10 Foi publicado em decreto desapropriando a Fazenda Argentina, uma área de 1,43 milhão de metros quadrados ao lado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para a expansão da universidade. Parte dessa área, cerca de 200 mil m2, será utilizada para a ampliação do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp. No Parque estão sendo instalados o centro de P&D da empresa Cameron e laboratório da Samsung. A EMBRAPA e a empresa Chevron demonstraram interesse em instalação na área. Em 2012 foi anunciada a criação de uma incubadora pelo CPqD, a quarta incubadora de Campinas (as demais são o núcleo da Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia (Ciatec), a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp) e o Núcleo Softex). Em 2012, foi inaugurada a incubadora de empresas de Americana, oferecendo 13 salas para o desenvolvimento de projetos pelos empreendedores. Ainda em 2012, foi anunciada a reserva de área para o futuro CIATEC 3, área para instalação de empresas, próximo ao Aeroporto Internacional de Viracopos. Um ponto importante é que o nível de articulação de Campinas não se restringe ao ambiente local: Campinas vem se destacando na produção de pesquisas envolvendo colaboração internacional: a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), responsável por cerca de 15% das pesquisas feitas no Brasil, por exemplo, é parte de uma rede de colaboração que envolve 30 países. O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que reúne quatro laboratórios nacionais, tem números significativos de produção: no ano passado foram publicados 124 artigos de seus pesquisadores e associados em periódicos científicos indexados. Na área de cooperação científica esse centro se relaciona com 13 instituições de seis países; o projeto de construção do Sírius, a nova fonte brasileira de luz síncrotron, envolve colaboração de Suécia, EUA, Suíça e Shangai. O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) tem 457 projetos de pesquisa em andamento, dos quais quatro ocorrem em parcerias com universidades de outros países (Alemanha, Espanha, EUA, China) e sete com outras instituições estrangeiras (França, Itália, EUA e México). Há ainda redes estabelecidas em polos como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD), o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e Instituto Biológico (IB)... O mais recente exemplo do reconhecimento internacional da posição da Unicamp como uma universidade de ponta foi seu ingresso, em março, como o 19º membro e o primeiro na América Latina da Worldwide Universities Network (WUN), uma das mais renomadas e seletas redes de universidades do mundo. O Brasil é o terceiro país emergente com um representante na rede. (CORREIO POPULAR, 2012). Também foi criada uma rede de cooperação Brasil China na área de nanotecnologia: Campinas vai receber um centro binacional de nanotecnologia, que será instalado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), no polo 2 de alta tecnologia de Campinas, onde estão outros laboratórios nacionais, como o Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e Nanotecnologia (LNNano). China e Brasil vão investir US$ 10 milhões no novo centro, que irá inicialmente operar por uma rede virtual de pesquisadores. (CORREIO POPULAR, 2012) Campinas vai abrigar um centro de pesquisa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), um dos líderes mundiais em ciência e desenvolvimento tecnológico. A unidade vai atuar na formação de engenheiros brasileiros e apoiar projetos de pesquisa e inovação para os setores privado e público no País. O MIT Center está nascendo como mais uma unidade do 10/17

11 Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), instalado no parque tecnológico Ciatec 2, onde já estão outros laboratórios nacionais, como o de Luz Síncrotron (LNLS), de Biociências (LNBio), de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e de Nanotecnologia (LNNano). (CORREIO POPULAR, 2012). 4.3 Atração de centros de P&D públicos No período entre 2011 e primeiro semestre de 2013, Campinas recebeu investimentos públicos importantes em Pesquisa e Desenvolvimento. Destaca-se o papel de recursos de fontes federais e estaduais. Inaugurado em janeiro de 2010, em Campinas, o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) colocou, em 2011, a entrada em operação de sua planta piloto. Está em construção em Campinas o novo acelerador de terceira geração do Laboratório Nacional de Luz Síncroton, previsto para ser o único da América Latina e segundo do hemisfério sul. Chamado de Projeto Sirius, é o principal projeto público de pesquisa em andamento atualmente. A Petrobras fará investimento inicial de R$ 5 milhões (US$ 2,5 milhões) para a implantação da infraestrutura básica com a construção do primeiro prédio de 1,5 mil metros quadrados e de pelo menos um dos laboratórios previstos para o Centro de Tecnologia de Engenharia de Poço (CTEP). A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vai abrigar um laboratório para a produção, sem patentes, de medicamentos com foco no combate a doenças que ainda não têm cura, como certos tipos de câncer e doenças degenerativas. O novo centro de pesquisa, de US$ 10 milhões, será construído em parceria com a instituição filantrópica internacional Structural Genomics Consortium (SGC) e será inaugurado em três anos. Em 2012, foi inaugurado o primeiro Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA) do País, nas instalações do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, em Campinas. Com investimento inicial de R$ 12 milhões), o Centro faz parte de uma ação do Programa Viver Sem Limite, que visa formar uma rede de pesquisa, desenvolvimento e produção de tecnologia para pessoas com deficiência. Gerenciado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Centro tem como um dos objetivos produzir tecnologia assistiva para que bens e serviços possam ser distribuídos no mercado de forma massiva, com custos acessíveis ao consumidor. (CORREIO POPULAR, 2012) Em 2013 foram anunciados três novos centros de pesquisa a serem instalados em Campinas com recursos oriundos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que irá abrigar as unidades, e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Eles são parte de 17 Centros de Pequisa, Inovação e Difusão (Cepid) que estão sendo criados no Estado. Na Unicamp serão instalados o Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia, o Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades e o Centro de Pesquisa em Ciência e Engenharia Computacional. Em 2012, a Empresa Brasileira e Pesquisa Agropecuária (Embrapa) inaugurou em Campinas um complexo de laboratórios que produzirá dados geoestatísticos e mapeamentos de gestão territorial da agricultura para subsidiar as políticas agrícolas e de ordenamento territorial do setor público e privado. A unidade, que abriga os laboratórios de Pesquisa e Inovações 11/17

12 Geoespeaciais e de Recepção e Processamento de Imagens, teve um investimento inicial de R$ 1 milhão. 4.4 Atração de centros de P&D privados A Região Metropolitana de Campinas vivencia um adensamento de centros de P&D privados: As 140 empresas de software de Campinas e região associadas ao Softex tiveram previsão de faturamento de pelo menos R$ 1,3 bilhões (US$ 722 milhões) em A estimativa representa um aumento de 30% no faturamento de 2010, estimado em R$ 1 bilhão. Em 2011, a Huawei anunciou a construção de um centro de pesquisa e desenvolvimento em Campinas e a Cargill inaugurou seu centro de inovação em Campinas. Os centros de P&D públicos têm exercido papel para a atração de centros de P&D privados e o desenvolvimento de novas empresas de base tecnológica. Na área de petróleo, podem ser citadas as empresas Cameron do Brasil, Adest, DPR Engenharia, Softway, GEA Westfalia Separator do Brasil e Fotônica. Em 2013 foram inauguradas a ampliação do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia da multinacional norte-americana Ecolab, em Campinas, e a ampliação pela 3M, localizada em Sumaré, de seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento. O Laboratório de Estudos e Aplicações em RFID do CPqD tornou-se, em 2013, um dos oito centros de testes no mundo acreditados pela GS1 EPCglobal, entidade internacional dedicada ao desenvolvimento do uso da tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) em redes de negócios. O CPqD também inaugurou em 2013 a primeira etapa do laboratório de teste e medição de equipamentos e tecnologias de 4G. O laboratório para testes e medição para 4G padrões Long Term Evolution (LTE) é o primeiro da América Latina. A Toshiba Medical do Brasil inaugurou em 2013 em Campinas uma fábrica para a para a produção de equipamentos de diagnóstico por imagem e softwares complementares, anunciando que investirá em programa de pesquisa e desenvolvimento junto a instituições brasileiras, tanto na área médica quanto na eletrônica. Em agosto de 2013, a fabricante chinesa de computadores Lenovo anunciou o investimento de US$ 100 milhões nos próximos cinco anos em um centro de pesquisa e desenvolvimento em Campinas, na área de software de servidores e ferramentas de automação para negócios globais. Em 2012 foi anunciada a instalação, em Americana, do laboratório de células-tronco Biocells Brasil. Também em 2012, a multinacional norte-americana Trimble instalou em Campinas sua primeira unidade no País. A multinacional investiu US$ 3 milhões na unidade de Campinas, que terá como foco inicial as áreas de Agricultura, Construção e Topografia. No mesmo ano, foi realizada a expansão, em Paulínia, do Centro de Inovação da DuPont. Em 2013, A norte-americana BorgWarner investiu R$ 70 milhões em uma nova fábrica de autopeças instalada em Itatiba, junto com um centro de pesquisa e desenvolvimento. Em 2013, o CPqD inaugurou seu centro de desenvolvimento de tecnologias de defesa. o instituto trabalha em conjunto com o Centro Tecnológico do Exército (CTEx) no projeto de pesquisa e desenvolvimento de um rádio definido por software (RDS). No período, foram inaugurados também centros de aplicação: Em 2012, foi inaugurado em Campinas o Centro Técnico da Zatix maior empresa do mercado de rastreamento e monitoramento de veículos da América Latina. A General Eletric inaugurou em 2012 em Campinas seu Centro Tecnológico de Aplicação. 12/17

13 Em 2013, foram inaugurados o Centro Tecnológico da subsidiária de origem japonesa Mazak Sulamericana, em Vinhedo, para atividades de treinamento e suporte. Além dos centros de P&D, a Região Metropolitana de Campinas tem atraído investimentos de data centers: Em 2012, foi inaugurada a fábrica da Hitachi Data Systems HDS, em Hortolândia. Um anúncio de infraestrutura de TI para Campinas em 2012 foi o do Grupo Ascenty, holding formada pela Ascenty Data Centers e Ascenty Telecom,que inaugurou uma unidade de Data Center (DC) em Campinas, com investimento foi de R$ 100 milhões. A Quattro Telecom anunciou em 2012 o investimento de US$ 100 milhões na instalação de uma unidade em Campinas para operar a tecnologia 4G de conexão à internet. O datacenter será implantado no Techno Park. Em agosto de 2013 A IBM Brasil inaugurou seu quarto Data Center no centro de serviços de Hortolândia. O Banco Santander anunciou para 2014 a inauguração de seu centro de processamento de dados em Campinas. Com investimentos de R$ 450 milhões, o centro funcionará no polo de tecnologia CIATEC 2. Apesar do município de Mogi Mirim não fazer parte da RMC, deve-se citar a implantação do data center do Itaú-Unibanco no município, com investimentos anunciados de R$ 800 milhões e previsão de inauguração em Fortalecimento das instituições de ensino Em 2013, foi autorizada a criação do terceiro curso de medicina em Campinas: além dos cursos da UNICAMP e da PUC Campinas, foi autorizado o curso da Faculdade São Leopoldo Mandic. A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) alcançou em 2011 R$ 724 mil (US$ 413,7 mil) em royalties graças à tecnologia desenvolvida na universidade. O número é 279% maior que o registrado em R$ 191 mil (US$ 109 mil). Em 2012, a UNICAMP registrou seu recorde de patentes registradas no INPI, 73 registros ante os 67 em 2011, crescimento de 7,3% no período, elevando para 821 o número de patentes vigentes. Em 2013 foram iniciadas as obras de ampliação da FATEC de Americana. Foi anunciada também a criação de uma FATEC em Itatiba e uma em Campinas. Foram anunciadas ainda duas unidades do Instituto Federal de Educação de São Paulo, primeiras instituições de ensino superior federais localizadas em Campinas. Serão instalados em Campinas dois campi que atenderão às demandas locais com os cursos de Ensino Médio integral profissionalizante, cursos técnicos, cursos de graduação e de pós-graduação. No CTI Renato Archer, o objetivo é implantar uma unidade com capacidade total para 300 alunos. Na sequência, será criada outra unidade na região do Campo Grande, para 1,2 mil alunos, com previsão de funcionamento a partir de (CORREIO POPULAR, 2013) 5 Considerações Finais Os resultados obtidos pela presente pesquisa mostram que o período recente tem sido marcado por um adensamento das bases de ciência, tecnologia e inovação (C&T&I) na Região Metropolitana de Campinas. O perfil dos investimentos atraídos para a RMC revela os seguintes elementos: 13/17

14 a) Diversidade de atores O adensamento das bases de C&T&I da RMC é fortalecido pela variedade e grande número de atores, com instituições públicas federais e estaduais, bem como instituições privadas. Vários dos centros de pesquisa possuem escopo de atuação nacional, como, por exemplo, o Laboratório Nacional de Luz Síncroton. Assim, em paralelo com a dinâmica regional, deve-se analisar que existe uma dinâmica nacional na atração destes investimentos de grande porte. As características do ambiente inovador da RMC, pela diversidade de atores, apresenta uma robustez, com instituições que atuam como âncoras na atração de investimentos e adensamento das redes de C&T&I em suas respectivas áreas de atuação. A articulação para a criação dos 3 novos Centros de Pequisa, Inovação e Difusão (CEPID) na UNICAMP é um exemplo. O grande investimento no Projeto Sirius, novo acelerador de partículas, do governo federal, é outro exemplo de adensamento a partir de um ator consolidado. Na área de TI, destaca-se o papel do Núcleo Softex na articulação das empresas locais. A Startup Campinas vem também realizando um papel importante de articulação relacionado com a cultura do empreendedorismo inovador. Com relação ao poder público, o ano de 2013 marca o início de uma política específica de ciência e tecnologia pela Prefeitura de Campinas, bem como a articulação com instituições de pesquisa locais para a difusão de conhecimentos para micro e pequenas empresas. Com isso, a Prefeitura de Campinas começa um papel de articulação no ambiente inovador, o que pode contribuir com economias de aglomeração que incentivem a atração e criação de novas empresas. b) Entrada de novos atores Além do adensamento das bases de C&T&I, o ambiente inovador na RMC tem recebido novos atores. Destacam-se os novos data centers, que irão requerer grande número de profissionais de TI. No ensino superior, a vinda de unidades da FATEC e do IFSP ajudará a formar mais mão de obra qualificada. No caso dos centros de P&D, tanto públicos quanto privados, os ambientes proporcionados pelos parques tecnológicos de Campinas têm atuado para atrair novos centros de pesquisa. c) Presença de subsistemas dinâmicos A pesquisa indicou que, ao se analisar o ambiente inovador da RMC, é preciso considerar que existem diversos subsistemas, com dinâmicas próprias convivendo no mesmo ambiente inovador. Alguns dos subsistemas surgem pelas próprias áreas de expertise dos centros de pesquisa. Uma dinâmica recente que merece atenção é o numero de cinco iniciativas de parques tecnológicos em Campinas, cada um com um modelo de funcionamento, incluindo empreendimentos privados, sendo que todos eles têm conseguido atrair investimentos de centros de P&D e laboratórios. Uma característica importante é que os diversos subsistemas indicam possuir energia suficiente para proporcionar dinamismo econômico e atração de investimentos. d) Inserção nacional e internacional A articulação de centros de pesquisa da RMC em redes colaborativas internacionais mostra que o ambiente inovador da RMC possui dinâmicas em vários níveis. A análise do ambiente inovador da RMC não pode reduzir-se ao estudo da dinâmica local. 14/17

15 Além dos fatores citados, o ambiente inovador da RMC possui instâncias para pensar no seu próprio desenvolvimento. O ato de se discutir o próprio futuro é exemplificado pelo Fórum Campinas e seus seminários. A iniciativa das empresas de TI com relação a um plano para ocupação de prédios no centro de Campinas indica atenção também à questão da qualidade de vida na metrópole, um dos quesitos para o sucesso de um ambiente inovador. O ambiente inovador da RMC apresentou, não apenas uma consolidação, mas também uma dinâmica de renovação e expansão continuada. A atração de investimentos em C&T&I na RMC demonstrou ser uma unidade de estudo necessária, pois a dinâmica não é explicada apenas pela expansão geográfica de investimentos a partir do município de São Paulo. O estudo identificou a existência de várias dinâmicas coexistindo no nível local, além de dinâmicas nacional e internacional no caso do ambiente inovador da RMC. No caso da dinâmica nacional, apresentam-se desafios para o ambiente inovador da RMC: estudo da Agência de Inovação Inova Unicamp constatou a falta de políticas industriais e de ciência e tecnologia consistentes, a atração de investimentos e competências ocorrendo de modo relativamente desestruturado, baseada fortemente em relações pessoais e na atuação de líderes visionários, havendo, com a substituição de pessoas, vácuos institucionais não preenchidos que levaram à desaceleração e progressiva desarticulação do projeto tecnológico na região. O estudo da Inova Unicamp mostra ainda a competição com outras regiões do país, sendo que diversas outras regiões e cidades são tão ou mais atrativas em diversos aspectos. Cidades como Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis são sérias concorrentes a Campinas e região e, em certos fatores mais atraentes para os profissionais e para as empresas. No Estado de São Paulo, a Capital, São José dos Campos e São Carlos são também opções importantes. As duas últimas, aliás, possuem parques tecnológicos mais ativos, mais estruturados e potencialmente mais atrativos que as ofertas disponíveis na RAC. (INOVA UNICAMP, 2012). Em software, UFPE, UFSC, UFRGS e UFMG são melhores do que a Unicamp. Em TICs, há pólos, hoje, tão ou mais interessantes que Campinas para os novos empreendimentos: Rio de Janeiro (RJ), Santa Rita do Sapucaí (MG), Campina Grande (PB), Curitiba (PR), São Paulo (SP). Em microeletrônica, o Rio Grande do Sul é forte. (INOVA UNICAMP, 2012). O estudo da Inova Unicamp indica a necessidade de atuação com foco em cinco deficiências da RMC: infraestrutura urbana, política de incentivos, educação e recursos humanos, serviços tecnológicos e relações institucionais. 15/17

16 6 - Referências AGÊNCIA DE INOVAÇÃO INOVA UNICAMP. (2012) Potencialidades e desafio para o desenvolvimento sustentável baseado na ciência, tecnologia e inovação na região de Campinas. Workshop Ciência, Tecnologia e Inovação da Região de Campinas. Campinas. 11 e 12 de junho. AYDALOT, P. ; MAILLAT, D.; e CAMAGNI, R. (1991): Introduction: from the local << milieu >> to innovation through cooperation networks, in R. Camagni (ed), Innovation Networks, spatial perspectives, GREMI, Belhaven Press, pp AYDALOT, P. (1986): Milieuxs Innovateurs en Europa. GREMI. Paris. AYDALOT, P. (1986b), Trajectoires technologiques et modèles régionaux d innovation, in actes du colloque de I ASRDLF, Paris, septembre. CAMAGNI, R. (1999): La ville comme milieu: de I application de I approche GREMI à O évolution urbaine, RERU, n.º3, pp FECTEAU, A.; RODRIGUE, J. P. e POULIN, R. (2004): Marketsales: business attraction vs. business retention. In: IASP World Conference on Science and Tecnology Parks, 21, Bérgamo. Anais, IASP. FELICIELLO, D., AMARAL, E.G. (2012) Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável da região de Campinas. Workshop Ciência, Tecnologia e Inovação da Região de Campinas. Campinas. 11 e 12 de junho. GREMI (1999): The Dynamics of Innovation Region. Ashgate. HART, C.(1998): Doing a Literature Review. London: Sage. LASTRES, H. M.; LEMOS, C. e VARGAS, M. (2000): Novas políticas na economia do conhecimento e do aprendizado. In: J. E. Cassiolato e H. M. M. Lastres, Arranjos e Sistemas Produtivos Locais e as Novas Políticas Rio de Janeiro: IE/UFRJ. MAILLAT, D.; QUÉVIT, M.; SENN, L. (1993): Réseaux d innovation et milieu innovateur. In : MAILLAT, D.; M. QUÉVIT et L. SENN (sous la direction de) Réseaux d innovation et milieux innovateurs : un pari pour le développement régional. Neuchâtel : EDES, p MAILLAT, D.(1995): Milieux innovateurs et dynamique territorial. In: RALLET, A. ;TORRE, A. Économie industrielle et Économie Spatiale. Econômica, Paris. PERRIN, J. C. (1991): Regional Development Trajectories and the Attainment of the European Market: the GREMI approach. In M. Quévit (ed) Regional Development Trajectories and the Attainment of the European International Market, RIDER, GREMI. MORAES, R.(1999). Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p Disponível em: Acesso em 07/07/ /17

17 PERRIN, J. C. (1992): Dynamique industrielle et développement local: un bilan en termes de milieu, in D. Maillat et J-C. Perrin (éds), Enterprises innovatrices et développement territorial, Neuchâtel, GREMI, EDES. QUÉVIT, M. et VAN DOREN, P. (2000): La dynamique des milieu innovateur dans un context urbain de reconversion industrialle: le cas de Charleroi. O. Crevoisier. SANTOS, M. (2003): Economia espacial: críticas e alternativas. São Paulo: Edusp. 17/17

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