Mortalidade de crianças e adolescentes no Distrito Federal e região do Entorno (RIDE): condições de vida e desigualdades intra-urbanas *

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Mortalidade de crianças e adolescentes no Distrito Federal e região do Entorno (RIDE): condições de vida e desigualdades intra-urbanas *"

Transcrição

1 Mortalidade de crianças e adolescentes no Distrito Federal e região do Entorno (RIDE): condições de vida e desigualdades intra-urbanas * Angela Raquel de Araújo Pereira Marília Miranda Forte Gomes Marina Harumi Okubo Ana Maria Nogales Vasconcelos Palavras-chave: mortalidade, infantil, adolescência, violências, desigualdades intra-urbanas Resumo Entre as Unidades Federativas do Brasil, o Distrito Federal destaca-se como aquela que apresenta um dos mais elevados índices de desenvolvimento humano (IDH=0,844). No que se refere ao aspecto saúde, o Distrito Federal caracteriza-se pela redução dos níveis de mortalidade infantil nas décadas de 1980 e 1990, alcançando valores relativamente baixos, quando comparados com outras Unidades da Federação (em torno de 16 por mil em 2000). O presente trabalho tem como objetivo analisar a mortalidade infantil (neonatal e posneonatal) e infanto- juvenil (entre 1 e 19 anos), segundo estruturas por causas de mortes e condições socioeconômicas, evidenciando as desigualdades dentro do Aglomerado urbano do Distrito Federal (Distrito Federal e Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal - RIDE). Foram utilizados os dados dos Sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM) e sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde, e do Censo Demográfico 2000 (IBGE) para a caracterização socioeconômica e demográfica dos 21 municípios que compõem a RIDE e do Distrito Federal segundo Regiões Administrativas. O Aglomerado urbano foi dividido em quatro sub-regiões: 1) centro do DF, 2) cidades consolidadas no DF, 3) cidades de assentamentos recentes no DF, e 4) RIDE. Se, de um lado, os indicadores agregados mostram condições de vida e níveis de mortalidade bastante favoráveis para o Distrito Federal, por outro lado, ao considerar níveis geográficos mais detalhados, observamse enormes desigualdades socioeconômicas que se refletem nos níveis e estruturas por causas da mortalidade entre crianças e adolescentes. Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG Brasil, de de Setembro de Universidade de Brasília Departamento de Estatística 1

2 Mortalidade de crianças e adolescentes no Distrito Federal e região do Entorno (RIDE): condições de vida e desigualdades intra-urbanas * Angela Raquel de Araújo Pereira Marília Miranda Forte Gomes Marina Harumi Okubo Ana Maria Nogales Vasconcelos Introdução Entre as Unidades Federativas do Brasil, o Distrito Federal destaca-se como aquela que apresenta um dos mais elevados índices de desenvolvimento humano (IDH=0,844). No que se refere ao aspecto saúde, o Distrito Federal caracteriza-se pela redução dos níveis de mortalidade infantil nas décadas de 1980 e 1990, alcançando valores relativamente baixos, quando comparados com outras Unidades da Federação (em torno de 15 por mil em 2000). O presente trabalho tem como objetivo analisar a mortalidade infantil (neonatal e posneonatal) e infanto- juvenil (entre 1 e 19 anos), segundo estruturas por causas de mortes e condições socioeconômicas, evidenciando as desigualdades dentro do Aglomerado urbano do Distrito Federal (Distrito Federal e Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal - RIDE). Para tanto, são utilizadas as informações dos Sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM) e sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde e Censo Demográfico O Aglomerado Urbano de Brasília Formação e composição Na Região Centro-Oeste localiza-se a Unidade Federativa do Distrito Federal onde se encontra Brasília, cidade de caráter especial, por ter sido criada por meio de uma decisão governamental para ser a capital do Brasil. O que também a torna diferente é o fato de ter sido planejada, já sendo determinado, inclusive, o destino do uso das terras urbanas. Apesar de a formação de um aglomerado urbano já estar prevista no planejamento da capital, Brasília insere-se no processo de urbanização brasileiro não apresentando uma dinâmica muito diferenciada das demais metrópoles do Brasil (Hogan, 2001). Brasília foi construída durante a década de 1950, fase de intensa industrialização substitutiva de importações, com a produção de bens de consumo, intermediários e de capital. Nessa época, mudanças nas estruturas sociais e o processo de urbanização se intensificam Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG Brasil, de de Setembro de Universidade de Brasília Departamento de Estatística 2

3 com o surgimento de pequenos e médios centros urbanos no interior que necessitavam de pontos de articulação, uma vez que o próprio sistema urbano se criara desarticulado (Barbosa Ferreira, 1985). Brasília, portanto, surge não como ponto central de um mercado, mas sim implantada numa área até então de baixa densidade demográfica onde o fluxo populacional foi de tal porte durante a construção da capital que, a partir dos primeiros trabalhadores, cerca de 500, em 1956, a população passa para em 1957, e na inauguração da cidade já contava com uma população de mais de habitantes (IBGE, 1956 e 1960). A cidade caracteriza-se como um mercado consumidor urbano de grande potencial, já que sua função de capital garantia uma população de funcionários com poder aquisitivo elevado e também como apoio e ponto de partida para a expansão da ocupação do centro-norte brasileiro. A população da cidade duplicou entre 1959 e 1960, fato atribuído à migração provocada pela intensificação das obras para que fosse cumprida a data da inauguração. Em 1972, a CODEPLAN (Companhia de Desenvolvimento do Planalto) estimou em moradores imigrantes e em a contribuição do incremento vegetativo. Como a cidade que estava sendo construída já tinha sua função definida e o destino das moradias definido (para a população ligada ao funcionalismo público), a população migrante formava favelas e acampamentos no espaço em construção. Para evitar o crescimento desordenado do centro foram criados núcleos periféricos quase que simultaneamente à cidade, começando em 1958 com o Núcleo Bandeirante e Taguatinga. Em 1960, o IBGE já registrava a expansão de Sobradinho e o início do Gama. Em 1970, essa periferia abrigava 66% da população urbana do Distrito Federal, encontrando-se aí também 91% das mais baixas taxas de renda bruta familiar do aglomerado (Barbosa Ferreira, 1976). Fica evidente o processo de separação espacial por renda, tão comum nas maiorias das metrópoles urbanas brasileiras. A divisão política-administrativa do Distrito Federal compreende os núcleos centrais e as cidades periféricas. Em 2000, 19 Regiões Administrativas 2 formavam o Distrito Federal: Lago Norte, Lago Sul, Cruzeiro, Guará, Taguatinga, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Gama, Santa Maria, Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, Brazlândia, Sobradinho, Planaltina, Paranoá, São Sebastião e Brasília, o núcleo urbano planejado, conhecido como Plano Piloto. 2 Dados relativos ao ano de A partir de 2001 as Regiões Administrativas do Distrito Federal passam a serem divididas em vinte e cinco RA s devido ao surgimento de novas regiões e desmembramentos de antigas, passando a ser dividido em: Paranoá, Plano Piloto, Brazlândia, Ceilândia, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Planaltina, Sobradinho, Taguatinga, Samambaia, Cruzeiro, São Sebastião, Recanto das Emas, Santa Maria, Candangolândia, Lago Sul, Lago Norte, Riacho Fundo, Águas Claras, Riacho Fundo 2, Sudoeste, Octogonal, Varjão, Sobradinho 2 3

4 Figura 1 Distrito Federal e suas Regiões Administrativas Fonte: CODEPLAN A partir das décadas de 1980 e 1990 intensifica-se a expansão da ocupação dos municípios limítrofes ao Distrito Federal que surgem como fenômeno irreversível de expansão e constituição de periferia regional do DF (tabela 1). Porém sua constituição é diferenciada das demais periferias metropolitanas, uma vez que a ocupação desses novos espaços tem uma função eminentemente residencial, com características de municípiosdormitórios, gerando assim o constante deslocamento do tipo pendular por parte dos habitantes dos municípios mais afastados (Hogan, 2001). A preocupação em se institucionalizar e delimitar a área de influência do Distrito Federal surge já na década de 70, marcando assim o surgimento da chamada região do entorno. Mais recentemente, em fevereiro de 1998, foi instituída a Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno (RIDE), que corresponde à área de influência mais direta do DF, com características de região metropolitana. A RIDE é formada pelos municípios de Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás e Vila Boa no Estado de Goiás e de Unaí e Buritis no Estado de Minas Gerais. 4

5 Tabela 1 População e taxa de crescimento anual. Brasil, Distrito Federal e Entorno Imediato de Brasília População Taxa de crescimento anual (%) Ano Distrito Entorno Distrito Entorno Brasil Brasil Federal Imediato Federal Imediato ,9 14,4 2, ,5 8,2 9, ,9 2,8 8, ,6 2,8 8,2 Fonte: IBGE, Censos Demográficos, Características demográficas e socio-econômicas Saúde Para efeito de exemplificação do que ocorre na área de saúde, comparou-se o número de leitos para internação em estabelecimentos de saúde segundo resultados da Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária realizada pelo IBGE em Como podemos observar na Tabela 2, a infra-estrutura de saúde está concentrada no Distrito Federal, sobretudo a de esfera pública. A relação estreita entre o DF e o seu Entorno (trabalho, educação e serviços de saúde) e a concentração de serviços públicos de saúde na DF fazem com que a população residente no Entorno busque assistência médica no núcleo do Aglomerado (Vasconcelos, 2003). Tabela 2 Leitos para internação em estabelecimentos de saúde, por esfera administrativa, segundo unidade geográfica. Distrito Federal e Região do Entorno Local Total Público Privado Total Federal Estadual Municipal Total SUS Distrito Federal Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno % do Distrito Federal 81,6 88, ,6-72,2 46,3 Fonte: IBGE, Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária, Crescimento Populacional No Distrito Federal durante o período de , a população cresceu a uma taxa de 8,2% ao ano, no período de , o ritmo de crescimento foi de 2,8%, mantendo-se no período de , representando uma redução de aproximadamente 65%. Já no Entorno, entre 1970 e 1980, a taxa de crescimento verificada foi de 9,1%, ou seja, 250% superior ao período anterior cujo crescimento foi de 2,6%. Em 1991, a população desta região era de habitantes, passando a ser no ano de Esse aumento em números absolutos representou ganho anual acima de habitantes no período de

6 Ao se tomar alguns municípios do Entorno, verificam-se taxas de crescimento bastante elevadas. Santo Antônio do Descoberto, por exemplo, passou de habitantes em 1991 para em Planaltina de Goiás também aumentou consideravelmente seu contingente populacional no período de 1991 a 1996: sua taxa de crescimento foi de 9,2% ao ano. Crescimento este, muito superior quando comparado ao do DF, de 2,6% ao ano. O crescimento populacional da Região do Entorno foi determinado pela manutenção da imigração interestadual em direção ao DF e pelos movimentos migratórios intraregionais representados basicamente pelo fluxo de pessoas que deixam o centro da Região em direção aos municípios goianos e mineiros limítrofes às Regiões Administrativas de Distrito Federal (Hogan, 2001). Renda e Escolaridade O Distrito Federal apresenta um nível de desenvolvimento socio-econômico elevado em relação à média nacional. De acordo com o recenseamento de 2000, a renda média mensal dos chefes de família no DF, em torno de US$ 800,00, era 2,3 vezes mais elevada que a renda média nacional, que era de US$ 350,00. Por outro lado, 39,9% dos chefes de família do DF tinham menos de 11 anos de estudo, no entanto esta proporção era somente de 21,7% a nível nacional. De acordo com a Tabela 3, a renda média mensal de um chefe de família no Centro do DF que compreende Brasília, Lago Norte, Lago Sul e Cruzeiro, era em 2000, 2,3 vezes mais elevada que a média das cidades consolidadas no DF (Gama, Guará, Taguatinga, Candangolândia, Sobradinho e Núcleo Bandeirante) e 5,2 vezes mais elevada do que a cidades de assentamento recentes no DF (Brazlândia, Ceilândia, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião). Em relação ao Entorno esta diferença é bem mais acentuada, com um renda média mensal quase sete vezes menor que a do Centro do DF. Quanto ao nível de escolaridade dos chefes de família, o Censo de 2000 revela fortes disparidades. Enquanto que 83,4% dos chefes residentes no Centro do DF tinham no mínimo 11 anos de estudo, esta proporção era de 53,5% para as cidades consolidadas no DF, 22,5% para as cidades de assentamento recente no DF e somente 13,6% para a Região do Entorno. De um modo geral, a população residente na Região do Entorno apresenta um perfil socioeconômico próximo da Região compreendida pelas cidades de assentamento recentes no DF e inferior à média nacional. Tabela 3 Renda média mensal do chefe de família (em US$) e proporção de chefes com no mínimo 11 anos de estudos por Região. Distrito Federal Regiões Renda em US$ Índice de renda Proporção de chefes de famílias com no mínino 11 anos de estudos Centro do DF 2066, ,4 Cidades consolidadas no DF 905,12 43,8 53,5 Cidades de assentamentos recentes no DF 393,68 19,0 22,5 Distrito Federal 801,45 38,8 39,9 Região do Entorno 300,38 14,5 13,6 Brasil 349,77 16,9 21,7 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 Base: Centro do DF = 100 6

7 Análise da mortalidade infantil Taxas de mortalidade infantil A mortalidade infantil é utilizada como um indicador de avaliação das condições de saúde e de vida da população (Simões, 2002). A Taxa de Mortalidade Infantil corresponde ao risco que um nascido vivo tem de vir a falecer antes de completar um ano de idade. Comparando as regiões pelo qual dividiu-se o Aglomerado Urbano, o que podemos observar é que as Regiões das Cidades consolidadas no DF, das Cidades de assentamentos recentes no DF e da RIDE apresentam características semelhantes entre si, ligeiramente diferentes da Região Central do DF. Na Região do Centro do DF, a participação da mortalidade neonatal na infantil foi de 75% entre 1999 e Nas Regiões das Cidades consolidadas no DF e nas Cidades de assentamentos recentes no DF, esta participação esteve em torno de 70% e para a RIDE, foi de 68,8%. Isto indica que os óbitos se concentram nas primeiras semanas de vida das crianças, principalmente nos primeiros sete dias, e as mortes são principalmente por causas genéticas e causas ligadas ao parto. Este fato ressalta a importância de acompanhar a mãe desde o início de seu período gestacional, não deixando de se preocupar com os fatores ligados ao meio em que a criança viverá, tais como condição de saneamento, nutrição, etc. Causas de mortalidade em crianças menores de um ano As quatro regiões em estudo apresentam semelhantes estruturas por causas de morte básicas para os óbitos menores de um ano. As principais causas de morte estão ligadas a algumas afecções originadas no período perinatal, seguidas de malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas. Tabela 4 Mortalidade proporcional por causas para menores de um ano segundo as sub-regiões do Distrito Federal e Região de Entorno (RIDE). Causas Centro do DF Cidades consolidadas Cidades de assentamento no DF recente no DF RIDE Infecciosas Sistemas Respiratório Doenças do período perinatal 3,13 1,25 56,25 4,63 4,05 53,98 4,79 5,13 54,08 6,88 6,25 49,38 Anomalias Comossômicas. e mal fomações congênitas 31,25 22,87 21,53 20,94 Causas externas Maldefinidas Outras Fonte: DATASUS - MS - SIM 2,50 0,63 5,00 4,34 2,75 7,38 4,12 3,70 6,64 7,40 3,44 5,73 7

8 Vale ressaltar a ocorrência de causas de morte por inalação de conteúdo gástrico, principalmente, nas Cidades consolidadas no DF e nas Cidades de assentamentos recentes no DF, evidenciando a falta de informação no que se refere aos cuidados do recém-nascido. Chama a atenção a causa de mortalidade ligada à desnutrição protéico calórica nas Cidades consolidadas no DF, nas Cidades de assentamentos recentes no DF e na RIDE, sendo que, nas Cidades de Assentamento recente no DF, o número de óbitos chega a ser nove vezes maior que na Região Central do DF. Análise das causas de mortalidade entre crianças maiores de um ano e adolescentes. Na faixa etária de 1 a 4 anos, as causas externas representam as principais causas de morte entre as mulheres das regiões do Centro do DF, Cidades consolidadas no DF e na RIDE (33,3%, 41,18% e 30,34% dos casos respectivamente) enquanto que nas Cidades de assentamento recente no DF a causa básica são as doenças infecciosas com 21,25% dos casos. Ainda em relação às mulheres, é importante ressaltar o alto índice de mortalidade nas regiões do Centro do DF e nas Cidades consolidadas por malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas, que proporcionalmente equivale quase ao dobro de óbitos pela mesma causa nas Cidades de assentamento recente e na RIDE. As causas externas também são as principais causas de morte para o sexo masculino em todas as regiões ao longo dos anos de 1999, 2000 e Outras causas de morte contribuem significativamente para a mortalidade deste grupo etário: no Centro do DF, 18,18% dos óbitos foram ocasionados por complicações no sistema respiratório (sendo superior às demais regiões); nas Cidades de assentamento recente no DF, 15,25% foram ocasionados por doenças do sistema nervoso e para a RIDE as doenças infecciosas e parasitárias são representadas por 7,87% dos casos. Tabela 6 Causas de mortalidade proporcional na faixa etária de 5 a 14 anos segundo as sub-regiões do Distrito Federal e Região de Entorno (RIDE) e o sexo. Cidades consolidadas Cidades de assentamento Centro do DF Causas no DF recente no DF RIDE Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Infecciosas 7,69 8,70 0,00 3,45 5,95 6,17 3,37 4,96 Neoplasias 30,77 17,39 14,71 10,34 13,10 5,56 5,62 13,22 Sistema Nervoso 7,69 8,70 14,71 6,90 10,71 5,56 11,24 5,79 Sistema Circulatório 7,69 0,00 2,94 1,72 7,14 3,09 1,12 2,48 Sistema Respiratório 15,38 4,35 5,88 5,17 4,76 4,32 4,49 1,65 Anomalias 0,00 0,00 2,94 5,17 2,38 4,32 7,87 4,96 Causas externas 30,77 52,17 44,12 56,90 46,43 61,73 48,31 59,50 Maldefinidas 0,00 0,00 5,88 3,45 0,00 3,09 11,24 4,13 Outras 0,00 8,70 8,82 6,90 9,52 6,17 6,74 3,31 Fonte: DATASUS - MS - SIM 8

9 Para a faixa etária de 5 a 14 anos, observa-se, no Centro do DF, maior incidência de óbitos femininos causados por neoplasias (30,77%) seguida pelas causas externas (30,77%) enquanto que para os homens a mortalidade por causas externas representa mais de 50% dos casos. Este último fato também é observado nas demais regiões, chegando a ultrapassar os 60% nas Cidades de assentamento recente no DF. Para a faixa etária de 15 a 19 anos, observa-se, nos óbitos femininos no Centro do DF, maior concentração da mortalidade por neoplasias e doenças do sistema respiratório. Nas outras sub-regiões, as causas de morte estão mais distribuídas entre os capítulo da CID 10, mantendo-se entretanto altos índices de mortalidade por causas externa em todas as regiões do estudo. Para os óbitos masculinos as causas básicas de mortalidade são novamente externas, representando 75,86% dos óbitos no Centro do DF. Proporção esta que se eleva à medida em que se afasta do centro, chegando a 86,15% das causas de morte da RIDE, Tabela 7 Causas de mortalidade proporcional na faixa etária de 15 a 19 anos segundo as sub-regiões do Distrito Federal e Região de Entorno (RIDE) e o sexo. Cidades consolidadas Cidades de assentamento Centro do DF Causas no DF recente no DF RIDE Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Infecciosas 7,69 8,70 0,00 3,45 5,95 6,17 3,37 4,96 Neoplasias 30,77 17,39 14,71 10,34 13,10 5,56 5,62 13,22 Sistema Nervoso 7,69 8,70 14,71 6,90 10,71 5,56 11,24 5,79 Sistema Circulatório 7,69 0,00 2,94 1,72 7,14 3,09 1,12 2,48 Sistema Respiratório 15,38 4,35 5,88 5,17 4,76 4,32 4,49 1,65 Anomalias 0,00 0,00 2,94 5,17 2,38 4,32 7,87 4,96 Causas externas 30,77 52,17 44,12 56,90 46,43 61,73 48,31 59,50 Maldefinidas 0,00 0,00 5,88 3,45 0,00 3,09 11,24 4,13 Outras 0,00 8,70 8,82 6,90 9,52 6,17 6,74 3,31 Fonte: DATASUS - MS - SIM Para todas as faixas etárias, do estudo em questão, é importante ressaltar a mortalidade proporcional por causas maldefinidas principalmente na RIDE que chega, por exemplo, a ter 11,24% dos óbitos femininos de 5 a 14 anos sem especificação da causa de morte, enquanto que no Centro do DF, com exceção dos primeiros quatro anos de vida, praticamente não há óbitos sem definição de causa de morte e nas Cidades consolidadas e nas de assentamento recente no DF estes mesmos valores não ultrapassam 6% do total dos óbitos. Tal fato, deixa evidente a falha na informação que ocorre nas localidades com infra-estrutura mais carente. Mortalidade entre crianças maiores de um ano e adolescentes por causas externas Uma característica que vem sendo evidenciada no Brasil é o efeito do peso das causas externas (agressões, acidentes de transporte, etc.) sobre a estrutura da mortalidade por idade. Esse conjunto de causas de morte tem aumentado seu peso na estrutura geral da mortalidade, 9

10 sistematicamente a partir dos anos 80, afetando, sobretudo, os adolescentes e jovens brasileiros do sexo masculino (Simões, 2002). Considerando a faixa etária com idades compreendidas entre 1 e 4 anos, durante o período de 1999 a 2001, de acordo com o Sistema de Mortalidade do Ministério da Saúde, as principais causas de morte para o sexo feminino em todas as regiões compreendidas neste estudo são por afogamento e acidentes de transporte. Para o sexo masculino a situação é parecida. Nas faixas etárias entre 5 e 14 anos, os acidentes de transporte são a principal causa de morte para o sexo feminino, sendo superior nas Cidades consolidadas no DF com 60%. Enquanto acidentes de transporte são causas principais de morte entre homens das Cidades consolidadas, as de Assentamento recente e a RIDE (em média 38% dos casos), a principal causa de morte são as agressões com 33% dos casos. A faixa etária de 15 a 19 anos merece um destaque especial por apresentar proporção de óbitos masculinos elevada. As principais causas de morte são por agressões, seguidas de acidentes de transporte para ambos os sexos nas quatro regiões. Entre as mulheres do Centro do DF e da RIDE, observam-se, também, causas de morte por suicídio. Entre os homens, 81% das causas externas são representadas por agressões nas Cidades de assentamento recente e os acidentes de transporte equivalem a 50% das mortes no Centro do DF. Conclusões A população residente na região do Entorno apresenta um perfil socio-econômico mais próximo das localidades mais pobres do DF; Em relação aos jovens, observou-se que uma proporção importante deste segmento populacional, do sexo masculino e feminino, morre por causas externas, particularmente aqueles que compõem a faixa etária entre 15 e 19 anos de idade. Essas mortes precoces ampliam o número de anos de vida perdidos, com repercussões na redução da esperança de vida ao nascer. Torna-se, portanto, de fundamental importância a adoção de ações e a tomada de atitudes práticas, por parte da sociedade civil brasileira e das autoridades públicas nacionais, estaduais e municípios de modo a solucionar um problema tão grave, como é o caso específico do fenômeno da violência. Assim, Simões (2002), em seu estudo sobre mortalidade brasileira, fornecem alguns indicativos em termos de orientação de políticas para a área: Combate da violência deve localizar-se principalmente na prevenção primária, do que simplesmente cuidar dos atos violentos, ou seja, observar padrões, fatores de risco e causas, desenhar e avaliar intervenções e implantar programas locais efetivos (Souza, 1993); Desenvolvimento de pesquisas e programas, com o envolvimento de instituições governamentais juntamente com a iniciativa privada; Treinamento e qualificação de pesquisadores; Políticas de melhor distribuição de renda e de acesso ao emprego; 10

11 Políticas educacionais voltadas para o esclarecimento da população, quanto à necessidade de valorização do cidadão. A implementação desse conjunto de políticas, por certo, em muito ajudaria na redução e até na eliminação dos custos sociais elevados, evitando a morte de um contingente importante de indivíduos no momento em que deveria começar a contribuir produtivamente. Referências bibliográficas COSTA, Maria C. N., AZI, Paula A, et al. Mortalidade infantil e condições de vida: a reprodução das desigualdades sociais em saúde na década de 90. Cad. de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 17(3); , Maio Junho, 2001 COSTA, Maria C. N., MOTA, Eduardo L. A, et al. Mortalidade infantil no Brasil em períodos recentes de crise econômica. Cad. de Saúde Pública, Rio de Janeiro, Julho HOGAN, Daniel, et al (org). Migração e Ambiente nas Aglomeração Urbanas. Campinas: Núcleo de Estudo de Populações/ UNICAMP, PAVIANI, Aldo, BICCA, Paulo, et al. Brasília, Ideologia e Realidade/Espaço Urbano em Questão. Brasília, DF. Outubro SAUER, Maria T. N., WAGNER, Mário B. Acidentes de trânsito fatais e sua associação com a taxa de mortalidade infantil e adolescência. Cad. de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(5); , Setembro Outubro, 2003 SIMÕES. Celso C. S. Perfis de Saúde e de Mortalidade no Brasil: uma Análise de seus Condicionantes em Grupos Populacionais Específicos. Brasília, DF VASCONCELOS, Ana Maria N. Extension et Agglomération urbaines à Brasília: aperçu sur le processus de périphérisation. IRD, França. (no prelo). VASCONCELOS, Ana Maria N. Relatório final de Pesquisa: Aperfeiçoamento das Estatísticas de nascimentos no DF: cobertura e qualidade das informações. OPAS, Brasília, DF. Agosto 2003 (mimeo). 11

A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (RIDE-DF) no Censo 2010

A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (RIDE-DF) no Censo 2010 A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (RIDE-DF) no Censo 2010 Coordenação: Rômulo José da Costa Ribeiro Responsável: Rômulo José da Costa Ribeiro 1 Colaboração: Juciano Rodrigues, Rosetta

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Betim, MG 30/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 346,8 km² IDHM 2010 0,749 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 378089 hab. Densidade demográfica

Leia mais

ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS

ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS 1 ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS Ernesto Friedrich de Lima Amaral 25 de março de 2009 Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia Departamento de Sociologia e Antropologia

Leia mais

OCUPAÇÃO E EMPREENDEDORISMO NAS REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: uma análise a partir do Censo 2010

OCUPAÇÃO E EMPREENDEDORISMO NAS REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: uma análise a partir do Censo 2010 OCUPAÇÃO E EMPREENDEDORISMO NAS REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: uma análise a partir do Censo 2010 NOTA CONJUNTURAL DO OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, MAIO

Leia mais

Pernambuco. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Pernambuco (1991, 2000 e 2010)

Pernambuco. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Pernambuco (1991, 2000 e 2010) Pernambuco Em, no estado de Pernambuco (PE), moravam 8,8 milhões de pessoas, onde parcela relevante (7,4%; 648,7 mil habitantes) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 185 municípios,

Leia mais

A realidade do SAB para as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. O acesso à Educação

A realidade do SAB para as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. O acesso à Educação 33 A realidade do SAB para as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. Quase 5 milhões de crianças e adolescentes, com idade entre 7 e 14 anos (18,8% da população da região) vivem no Semi-árido. No Brasil,

Leia mais

Acre. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1 o e 3 o quartis nos municípios do estado do Acre (1991, 2000 e 2010)

Acre. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1 o e 3 o quartis nos municípios do estado do Acre (1991, 2000 e 2010) Acre Em, no estado do Acre (AC) moravam 734 mil pessoas, e uma parcela ainda pequena dessa população, 4,3% (32 mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 22 municípios, dos quais sete

Leia mais

Foto: Harald Schistek

Foto: Harald Schistek Foto: Harald Schistek 43 A adolescência é uma fase especial de afirmação da autonomia do indivíduo, vital para o exercício da cidadania e de seus múltiplos direitos. Caracteriza-se por uma etapa do desenvolvimento

Leia mais

Geografia População (Parte 2)

Geografia População (Parte 2) 1. Estrutura Etária: Geografia População (Parte 2) A Transição Demográfica corresponde à mudança no perfil de idade dos habitantes, engloba proporções de crianças, jovens/adultos, idosos, homens e mulheres.

Leia mais

Curso de Especialização em Saúde da Família Modalidade a Distância. Unidade 2 Módulo 3 Taxa ou coeficiente de mortalidade infantil

Curso de Especialização em Saúde da Família Modalidade a Distância. Unidade 2 Módulo 3 Taxa ou coeficiente de mortalidade infantil Curso de Especialização em Saúde da Família Modalidade a Distância Unidade 2 Módulo 3 Taxa ou coeficiente de mortalidade infantil A taxa ou coeficiente de mortalidade infantil é uma estimativa do risco

Leia mais

Geografia População (Parte 1)

Geografia População (Parte 1) Geografia População (Parte 1) 1. População Mundial: Define-se população mundial como o número total de humanos vivos no planeta num dado momento. Em 31 de Outubro de 2011 a Organização das Nações Unidas

Leia mais

Maranhão. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Maranhão (1991, 2000 e 2010)

Maranhão. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Maranhão (1991, 2000 e 2010) Maranhão Em, no estado do Maranhão (MA), moravam 6,6 milhões de pessoas, onde parcela considerável (6,%, 396, mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 217 municípios, dos quais um

Leia mais

A SITUAÇÃO DA PRIMEIRA INFÂNCIA NAS REGIÕES PAULISTAS

A SITUAÇÃO DA PRIMEIRA INFÂNCIA NAS REGIÕES PAULISTAS 1 A SITUAÇÃO DA PRIMEIRA INFÂNCIA NAS REGIÕES PAULISTAS O detalhamento da distribuição das crianças de 0 a 5 anos de idade nas regiões paulistas ressalta a contribuição do Índice Paulista da Primeira Infância

Leia mais

Prof. Andréa Paula Enfermeira andreapsmacedo@gmail.com

Prof. Andréa Paula Enfermeira andreapsmacedo@gmail.com Prof. Andréa Paula Enfermeira andreapsmacedo@gmail.com O SUS/DF possui como objetivo principal identificar o processo da Assistência à Saúde, baseados em vários modelos assistenciais concebidos no DF após

Leia mais

ASSISTÊNCIA HUMANIZADA AO RECÉM-NASCIDO. Dra. Nivia Maria Rodrigues Arrais Pediatra - Neonatologista Departamento de Pediatria - UFRN

ASSISTÊNCIA HUMANIZADA AO RECÉM-NASCIDO. Dra. Nivia Maria Rodrigues Arrais Pediatra - Neonatologista Departamento de Pediatria - UFRN ASSISTÊNCIA HUMANIZADA AO RECÉM-NASCIDO Dra. Nivia Maria Rodrigues Arrais Pediatra - Neonatologista Departamento de Pediatria - UFRN 10 PASSOS 22/04/2010 PARA A ATENÇÃO HOSPITALAR HUMANIZADA À CRIANÇA

Leia mais

INDICADORES DE SAÚDE I

INDICADORES DE SAÚDE I Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina Departamento Medicina Preventiva Disciplina de Epidemiologia INDICADORES DE SAÚDE I 2005 Indicadores globais: Coeficiente

Leia mais

Boletim eletrônico trimestral sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho a partir dos dados da - Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE -

Boletim eletrônico trimestral sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho a partir dos dados da - Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE - Boletim eletrônico trimestral sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho a partir dos dados da - Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE - Elaboração: (SPM), Fundo de Desenvolvimento das Nações

Leia mais

ANEXO TÉCNICO I: INFORMAÇÕES SOBRE A ÁREA DE PLANEJAMENTO 3.3

ANEXO TÉCNICO I: INFORMAÇÕES SOBRE A ÁREA DE PLANEJAMENTO 3.3 ANEXO TÉCNICO I: INFORMAÇÕES SOBRE A ÁREA DE PLANEJAMENTO 3.3 1 ÁREA DE PLANEJAMENTO 3.3 A Área de Planejamento 3.3 é a área que possui o maior número de bairros do Rio de Janeiro: 29. Possui uma população

Leia mais

Dinâmica Demográfica: Região Metropolitana de Salvador

Dinâmica Demográfica: Região Metropolitana de Salvador Dinâmica Demográfica: Região Metropolitana de Salvador Cláudia Monteiro Fernandes Por ocasião do Censo de 2000 a Região Metropolitana de Salvador era composta pelos municípios de Camaçari, Candeias, Dias

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego

Pesquisa Mensal de Emprego Comunicação Social 25 de março de 2004 Pesquisa Mensal de Emprego Taxa de desocupação é de 12% em fevereiro Em fevereiro de 2004, a taxa de desocupação ficou estável tanto em relação ao mês anterior (11,7%)

Leia mais

Acidentes de trânsito com envolvimento de bicicletas, segundo a gravidade e a jurisdição da via - DF, 2003-2010

Acidentes de trânsito com envolvimento de bicicletas, segundo a gravidade e a jurisdição da via - DF, 2003-2010 A topografia quase plana do Distrito Federal favorece trajetos ideais para serem percorridos por ciclistas. O clima da região e o baixo custo de se pedalar são fatores fatore que também contribuem para

Leia mais

PERFIL DAS MULHERES empreendedoras da Região Metropolitana do Rio de Janeiro

PERFIL DAS MULHERES empreendedoras da Região Metropolitana do Rio de Janeiro PERFIL DAS MULHERES empreendedoras da Região Metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL DO OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, JUNHO DE 2012 12 2012 PANORAMA GERAL

Leia mais

PPA e o SUS: gestão, participação e monitoramento

PPA e o SUS: gestão, participação e monitoramento PPA e o SUS: gestão, participação e monitoramento Jorge Abrahão de Castro Diretor de Temas Sociais da SPI/MPOG Brasília-DF, 26 de agosto de 2015 1 Inovações para o PPA 2016-2019 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO

Leia mais

Urbanização Brasileira. Professora: Jordana Costa

Urbanização Brasileira. Professora: Jordana Costa Urbanização Brasileira Professora: Jordana Costa As cidades e a urbanização brasileira. Até os anos 1950 População predominantemente rural. Entre as décadas de 1950 e 1980, milhões de pessoas migraram

Leia mais

O que sabemos? O que nos interessa? O que fazemos? O que deveria ser feito? Migração Interna no Brasil. Eduardo L.G. Rios-Neto CEDEPLAR/UFMG

O que sabemos? O que nos interessa? O que fazemos? O que deveria ser feito? Migração Interna no Brasil. Eduardo L.G. Rios-Neto CEDEPLAR/UFMG O que sabemos? O que nos interessa? O que fazemos? O que deveria ser feito? Migração Interna no Brasil. Eduardo L.G. Rios-Neto CEDEPLAR/UFMG O que sabemos? Macro Espacial Migração Metropolitana Espacialização

Leia mais

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO A busca por oportunidades iguais de trabalho e renda entre homens e mulheres é o foco de discussão entre grupos feministas em todos os países. A discriminação no campo de

Leia mais

Índice de Bem-Estar Urbano Local da Região Metropolitana de Manaus

Índice de Bem-Estar Urbano Local da Região Metropolitana de Manaus Índice de Bem-Estar Urbano Local da Região Metropolitana de Manaus Por João Luiz Nery Introdução: O Índice de Bem-estar Urbano (IBEU), desenvolvido pelo INCT Observatório das Metrópoles, resultou na publicação

Leia mais

Desenvolvimento Humano e Social

Desenvolvimento Humano e Social Desenvolvimento Humano e Social Índices de Desenvolvimento Na seção referente aos índices de desenvolvimento, foram eleitos para análise o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), o Índice de

Leia mais

Dinâmica populacional. Porto Alegre 2015

Dinâmica populacional. Porto Alegre 2015 Dinâmica populacional Porto Alegre 2015 Conceitos demográficos fundamentais a distribuição mundial Os diferentes aspectos demográficos, tais como população absoluta, densidade demográfica, crescimento

Leia mais

Assunto: Posicionamento do Ministério da Saúde acerca da integralidade da saúde dos homens no contexto do Novembro Azul.

Assunto: Posicionamento do Ministério da Saúde acerca da integralidade da saúde dos homens no contexto do Novembro Azul. MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO Á SAÚDE DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS ESTRATÉGICAS COORDENAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE DOS HOMENS COORDENAÇÃO DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO

Leia mais

SEGPLAN XVII ENCONTRO NACIONAL DA ANIPES FORTALEZA, DEZEMBRO DE 2012

SEGPLAN XVII ENCONTRO NACIONAL DA ANIPES FORTALEZA, DEZEMBRO DE 2012 SEGPLAN XVII ENCONTRO NACIONAL DA ANIPES FORTALEZA, DEZEMBRO DE 2012 Índice de Desempenho dos Municípios Goianos - IDM THIAGO ALVES, MARCOS ARRIEL, LILLIAN PRADO, EDUIGES ROMANATTO E JULIANA DIAS XVII

Leia mais

Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares

Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares 1 Rio de Janeiro, 17/01/2014 S I P D Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares O IBGE iniciou uma importante etapa no aprimoramento de seu sistema de pesquisas domiciliares, que propiciará maior eficácia

Leia mais

PARTICIPAÇÃO FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO 1

PARTICIPAÇÃO FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO 1 PARTICIPAÇÃO FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO 1 Ana Luiza Neves de Holanda Barbosa 2 1 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas o papel da mulher na economia e na sociedade como um todo tem passado por

Leia mais

Presença a do Estado no Brasil: Federação, Suas Unidades e Municipalidades

Presença a do Estado no Brasil: Federação, Suas Unidades e Municipalidades Presença a do Estado no Brasil: Federação, Suas Unidades e Municipalidades Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada BRASIL Marcio Pochmann Presidente Brasília, 15 de dezembro de 2009 Justificativa

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social Centro de Imprensa. Índice Futuridade

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social Centro de Imprensa. Índice Futuridade Índice Futuridade Plano Futuridade O FUTURIDADE: Plano Estadual para a Pessoa Idosa é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social - Seads que objetiva fortalecer a rede

Leia mais

Tábuas Completas de Mortalidade por Sexo e Idade Brasil 2012

Tábuas Completas de Mortalidade por Sexo e Idade Brasil 2012 Tábuas Completas de Mortalidade por Sexo e Idade Brasil 2012 Breve análise da mortalidade no período 2011-2012 2 Presidenta da República Dilma Rousseff Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão Miriam

Leia mais

NOTA TÉCNICA Nº 1. Governo do Estado da Bahia Secretaria do Planejamento (Seplan) Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)

NOTA TÉCNICA Nº 1. Governo do Estado da Bahia Secretaria do Planejamento (Seplan) Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) Governo do Estado da Bahia Secretaria do Planejamento (Seplan) Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) NOTA TÉCNICA Nº 1 resultados

Leia mais

ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS

ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS 1 ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS Ernesto Friedrich de Lima Amaral 21 de setembro de 2011 Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia Departamento de Sociologia e Antropologia

Leia mais

Introdução BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO. Monitoramento dos casos de parotidite notificados no Distrito Federal, até a Semana Epidemiológica 31 de 2016

Introdução BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO. Monitoramento dos casos de parotidite notificados no Distrito Federal, até a Semana Epidemiológica 31 de 2016 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E IMUNIZAÇÃO GEVEI Endereço: Setor Bancário Norte

Leia mais

HIV/AIDS NO ENTARDECER DA VIDA RESUMO

HIV/AIDS NO ENTARDECER DA VIDA RESUMO HIV/AIDS NO ENTARDECER DA VIDA Iolanda Cristina da Costa (1) ; Regina Célia Teixeira (2) ; (1) Graduanda de Psicologia; Centro Universitário de Itajubá- FEPI; Iolanda.cristina@yahoo.com.br; (2) Professora/orientadora;

Leia mais

no Estado do Rio de Janeiro

no Estado do Rio de Janeiro MICROEMPREENDEDORES FORMAIS E INFORMAIS NOTA CONJUNTURAL DEZEMBRO DE 2013 Nº27 no Estado do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL DEZEMBRO DE 2013 Nº27 PANORAMA GERAL De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra

Leia mais

GOVERNANÇA METROPOLITANA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

GOVERNANÇA METROPOLITANA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO GOVERNANÇA METROPOLITANA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO A RMRJ NO CONTEXTO NACIONAL: ATUALMENTE EXISTEM 41 REGIÕES METROPOLITANAS NO BRASIL, SENDO QUE 21 POSSUEM MAIS DE 1 MILHÃO DE HABITANTES,

Leia mais

Panorama do Trabalho Infantil em Mato Grosso

Panorama do Trabalho Infantil em Mato Grosso Panorama do Trabalho Infantil em Mato Grosso Ações realizadas para a Prevenção e a Erradicação Habitantes (milhares) PANORAMA DO TRABALHO INFANTIL EM MATO GROSSO A preocupação com a garantia dos direitos

Leia mais

Rodrigo Leandro de Moura Gabriel Leal de Barros

Rodrigo Leandro de Moura Gabriel Leal de Barros TEXTO PARA DISCUSSÃO Nota Técnica: O Custo Público com Reprovação e Abandono Escolar na Educação Básica Rodrigo Leandro de Moura Gabriel Leal de Barros Pesquisadores de Economia Aplicada do FGV/IBRE Fevereiro

Leia mais

Maio 2004. São Paulo. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

Maio 2004. São Paulo. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Pesquisa Mensal de Emprego Maio 2004 Região Metropolitana de São Paulo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 1 I) INTRODUÇÃO PESQUISA MENSAL DE EMPREGO ESTIMATIVAS PARA O MÊS DE MAIO DE

Leia mais

Em 95% das cidades do Semi-árido, a taxa de mortalidade infantil é superior à média nacional

Em 95% das cidades do Semi-árido, a taxa de mortalidade infantil é superior à média nacional 1 Quase 11 milhões de crianças e adolescentes vivem no Semi-árido brasileiro. É uma população mais jovem do que a média brasileira, mas com o futuro comprometido pelos graves indicadores sociais. Em 95%

Leia mais

A DEMANDA POR SERVIÇOS DE SAÚDE DAS PEQUENAS CIDADES DE GLÓRIA DE DOURADOS, DEODÁPOLIS, JATEÍ E VICENTINA PARA DOURADOS MS.

A DEMANDA POR SERVIÇOS DE SAÚDE DAS PEQUENAS CIDADES DE GLÓRIA DE DOURADOS, DEODÁPOLIS, JATEÍ E VICENTINA PARA DOURADOS MS. A DEMANDA POR SERVIÇOS DE SAÚDE DAS PEQUENAS CIDADES DE GLÓRIA DE DOURADOS, DEODÁPOLIS, JATEÍ E VICENTINA PARA DOURADOS MS. Fernando Andrade Caires 1, Mara Lúcia Falconi da Hora Bernardelli 2 1 Estudante

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NÚCLEO DE ESTUDOS DE SAÚDE COLETIVA FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NITERÓI PROGRAMA MÉDICO DE FAMÍLIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NÚCLEO DE ESTUDOS DE SAÚDE COLETIVA FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NITERÓI PROGRAMA MÉDICO DE FAMÍLIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NÚCLEO DE ESTUDOS DE SAÚDE COLETIVA FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE DE NITERÓI PROGRAMA MÉDICO DE FAMÍLIA AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL

Leia mais

SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PRIMARIA À SAÚDE NO BRASIL. Dr Alexandre de Araújo Pereira

SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PRIMARIA À SAÚDE NO BRASIL. Dr Alexandre de Araújo Pereira SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PRIMARIA À SAÚDE NO BRASIL Dr Alexandre de Araújo Pereira Atenção primária no Brasil e no Mundo 1978 - Conferência de Alma Ata (priorização da atenção primária como eixo de organização

Leia mais

Educação e Escolaridade

Educação e Escolaridade Já existe certo consenso de que um dos grandes obstáculos para o crescimento da economia brasileira é a capacitação dos nossos trabalhadores, sendo que boa parte desse processo ocorre nas escolas e universidades.

Leia mais

BRASIL: TÁBUA COMPLETA DE MORTALIDADE - 2010

BRASIL: TÁBUA COMPLETA DE MORTALIDADE - 2010 Diretoria de Pesquisas DPE Coordenação de População e Indicadores Sociais COPIS Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica - GEADD BRASIL: TÁBUA COMPLETA DE MORTALIDADE - 2010 Em cumprimento

Leia mais

Eliminação do sarampo no Brasil

Eliminação do sarampo no Brasil Eliminação do sarampo no Brasil Elizabeth David dos Santos SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros VERAS, RP., et al., orgs. Epidemiologia: contextos e pluralidade [online]. Rio de Janeiro: Editora

Leia mais

Taxa de mortalidade infantil Descrição

Taxa de mortalidade infantil Descrição Ind020104RNE Taxa de mortalidade infantil, por ano, segundo Brasil, Região Nordeste, regiões metropolitanas do Nordeste e escolaridade da mãe Indicador Taxa de mortalidade infantil Descrição Número de

Leia mais

Desigualdade de gênero nos bancos

Desigualdade de gênero nos bancos Novembro de 2013 Desigualdade de gênero nos bancos APRESENTAÇÃO De acordo com os dados mais atuais da Relação Anual de Informações Sociais 2012 (RAIS), o setor bancário brasileiro tinha, em dezembro daquele

Leia mais

I Seminário Internacional de Atenção Primária em Saúde de São Paulo. Consolidando a eficiência do Sistema e a qualidade da atenção à saúde

I Seminário Internacional de Atenção Primária em Saúde de São Paulo. Consolidando a eficiência do Sistema e a qualidade da atenção à saúde I Seminário Internacional de Atenção Primária em Saúde de São Paulo Consolidando a eficiência do Sistema e a qualidade da atenção à saúde Missão A OS -ACSC, imbuída de filosofia cristã, tem como missão

Leia mais

Eixo de Análise Pontos Positivos Recomendações

Eixo de Análise Pontos Positivos Recomendações Resultados Capítulo III Tabela III.55 Pontos positivos e recomendações Eixo de Análise Pontos Positivos Recomendações Atuação das ESF Divulgação do trabalho, sensibilização Capacidade de atendimento Relacionamento

Leia mais

Os Processos de Construção e Implementação de Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes em Situação de Rua 1

Os Processos de Construção e Implementação de Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes em Situação de Rua 1 1 Os Processos de Construção e Implementação de Políticas Públicas para Crianças e Adolescentes em Situação de Rua 1 Boletim de Pesquisa n. 2, outubro de 2009. Um projeto do Centro Internacional de Estudos

Leia mais

HETEROGENEIDADE REGIONAL

HETEROGENEIDADE REGIONAL HETEROGENEIDADE REGIONAL Miguel Matteo*1 Uma das faces da heterogeneidade estrutural é representada pela profunda desigualdade regional brasileira. A distribuição dos setores é profundamente desigual em

Leia mais

TRABALHO FINAL DISCIPLINA POPULAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE PROFESSORES: DR. MIGUEL V. MONTEIRO E DRA. SILVANA AMARAL TÍTULO: URBANIZAÇÃO NA AMAZÔNIA

TRABALHO FINAL DISCIPLINA POPULAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE PROFESSORES: DR. MIGUEL V. MONTEIRO E DRA. SILVANA AMARAL TÍTULO: URBANIZAÇÃO NA AMAZÔNIA TRABALHO FINAL DISCIPLINA POPULAÇÃO, ESPAÇO E AMBIENTE PROFESSORES: DR. MIGUEL V. MONTEIRO E DRA. SILVANA AMARAL TÍTULO: URBANIZAÇÃO NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: O CASO DE MANAUS AUTOR: RAFAEL ESTEVÃO MARÃO

Leia mais

2º ano do Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia

2º ano do Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia 2º ano do Ensino Médio Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia Sedentarização Crescimento populacional Revolução Industrial Formação da cidade (melhoria sanitária) Pós Guerra (1945) (avanço médico)

Leia mais

Saúde e mortalidade nos BRICs

Saúde e mortalidade nos BRICs Saúde e mortalidade nos BRICs José Eustáquio Diniz Alves 1 Até meados do século XIX as taxas de mortalidade eram altas em todo o mundo. Mesmo nos países mais desenvolvidos da época, de cada mil crianças

Leia mais

URBANIZAÇÃO LUCIANO TEIXEIRA

URBANIZAÇÃO LUCIANO TEIXEIRA URBANIZAÇÃO LUCIANO TEIXEIRA Urbanização Pouco mais de 50% da população do planeta é considerada urbana hoje, segundo a ONU. No Brasil, segundo o Censo 2010 do IBGE, a taxa é de 85%. A ideia do urbano

Leia mais

RESUMO. Palavras-chave: Bolsa Família, Exclusão Social, Extrema Pobreza, Pobreza, Sistema Eletrônico de Desenvolvimento Social.

RESUMO. Palavras-chave: Bolsa Família, Exclusão Social, Extrema Pobreza, Pobreza, Sistema Eletrônico de Desenvolvimento Social. Informações sobre as famílias do município de SP beneficiárias do Programa Bolsa Família, de acordo com o Sistema Eletrônico de Desenvolvimento Social SEDESO, referentes ao período de abril a junho de

Leia mais

1) Por que pode-se afirmar que o capitalismo provocou o surgimento das cidades? Explique.

1) Por que pode-se afirmar que o capitalismo provocou o surgimento das cidades? Explique. 1) Por que pode-se afirmar que o capitalismo provocou o surgimento das cidades? Explique. 2) Por que Pirâmides Etárias de base larga são tão comuns no continente africano?. 3) Quais as principais características

Leia mais

Planejamento da Estrutura das Unidades da Saúde da Família no Estado do Paraná. Fevereiro de 2013

Planejamento da Estrutura das Unidades da Saúde da Família no Estado do Paraná. Fevereiro de 2013 Planejamento da Estrutura das Unidades da Saúde da Família no Estado do Paraná Fevereiro de 2013 Missão Formular a Política de Atenção Primária no Estado do Paraná implementando as ações e serviços para

Leia mais

BOLETIM CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. FEVEREIRO - 2016 Comportamento do Emprego - Limeira/SP.

BOLETIM CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. FEVEREIRO - 2016 Comportamento do Emprego - Limeira/SP. BOLETIM CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados FEVEREIRO - 216 Comportamento do Emprego - Limeira/SP. A Consultoria Técnica Especializada da Câmara Municipal de Limeira apresenta os dados do

Leia mais

DETERMINANTES DO CRESCIMENTO DA RENDA

DETERMINANTES DO CRESCIMENTO DA RENDA DETERMINANTES DO CRESCIMENTO DA RENDA na região metropolitana do Rio de Janeiro entre 2010 e 2011 NOTA CONJUNTURAL DO OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, JANEIRO DE

Leia mais

Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira

Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira Parte III: Abordagem Histórica da Economia Brasileira Capítulo 12: O Brasil ao Longo do Século XX: alguns fatos estilizados Parte III Capítulo 12 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 2 Brasil ao longo do

Leia mais

PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: O CASO DA TRANSIÇÃO DE REGIME NO BRASIL

PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: O CASO DA TRANSIÇÃO DE REGIME NO BRASIL PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: O CASO DA TRANSIÇÃO DE REGIME NO BRASIL Aluno: Rafael Campos de Mattos Orientador: Claudio Ferraz Introdução Nas últimas décadas, observou-se

Leia mais

CENTRO DE ESTUDOS E ANÁLISES ECONÔMCIAS DA FUCAPE BUSINESS SCHOOL (CEAE)

CENTRO DE ESTUDOS E ANÁLISES ECONÔMCIAS DA FUCAPE BUSINESS SCHOOL (CEAE) CENTRO DE ESTUDOS E ANÁLISES ECONÔMCIAS DA FUCAPE BUSINESS SCHOOL (CEAE) METODOLOGIA DE PESQUISA DE DADOS SOCIOECONÔMICOS DOS MUNICÍPIOS CAPIXABAS FUCAPE BUSINESS SCHOOL - 2015 Av. Fernando Ferrari, 1358,

Leia mais

Avaliação de impacto do Programa Escola Integrada de Belo Horizonte

Avaliação de impacto do Programa Escola Integrada de Belo Horizonte Avaliação de impacto do Programa Escola Integrada de Belo Horizonte Índice Programa Escola Integrada Avaliação de impacto Amostra Pesquisa Indicadores Resultados Impactos estimados Comentários Programa

Leia mais

Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade

Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade Rede de pessoas e organizações voluntárias da nação brasileira, apartidária, ecumênica e plural, que visa o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do

Leia mais

Cobertura do teste Papanicolaou e

Cobertura do teste Papanicolaou e XVIII IEA WORLD CONGRESS OF EPIDEMIOLOGY VII CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA PORTO ALEGRE BRASIL 20 A 24 DE SETEMBRO DE 2008 Cobertura do teste Papanicolaou e fatores associados à não realização

Leia mais

Capítulo 2. Matriz de indicadores

Capítulo 2. Matriz de indicadores Capítulo 2 Matriz de indicadores MATRIZ DE INDICADORES BÁSICOS * A - DEMOGRÁFICOS População total A.1 Número total de pessoas residentes e sua estrutura relativa, em determinado espaço geográfico, no

Leia mais

MÉTODOS E TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS

MÉTODOS E TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS MÉTODOS E TÉCNICAS DE MENSURAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS ERNESTO FRIEDRICH DE LIMA AMARAL (PRC/Univ.Texas) ROBERTO DO NASCIMENTO RODRIGUES (CEDEPLAR/UFMG) MOEMA GONÇALVES BUENO FÍGOLI

Leia mais

Medidas de Freqüência de Doenças e Problemas de Saúde: Mortalidade, Padronização de taxas

Medidas de Freqüência de Doenças e Problemas de Saúde: Mortalidade, Padronização de taxas Universidade Federal do Rio de Janeiro Programa de Pós P s Graduação em Saúde Coletiva Medidas de Freqüência de Doenças e Problemas de Saúde: Mortalidade, Padronização de taxas Porque Mortalidade? Morte

Leia mais

NO ÂMBITO DA OCUPAÇÃO

NO ÂMBITO DA OCUPAÇÃO PRINCIPAIS DESTAQUES DA EVOLUÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO NAS SEIS REGIõES METROPOLITANAS DO PAÍS ABRANGIDAS PELA PESQUISA MENSAL DE EMPREGO DO IBGE (RECiFE, SALVADOR, BELO HORIZONTE, RIO DE JANEIRO, SÃO

Leia mais

INDICADORES DE SAÚDE

INDICADORES DE SAÚDE Secretaria de Estado da Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Coordenação de Vigilância e Controle Ambiental de Vetores INDICADORES

Leia mais

DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL MÓDULO 04 PARTE I

DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL MÓDULO 04 PARTE I DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL MÓDULO 04 PARTE I CONCEITO DE REGIÃO REGIONALIZAR o espaço geográfico é dividi-lo em regiões, levando em conta as diferenças de paisagens e a organização socioeconômica das diversas

Leia mais

Março/2016 Março/2016

Março/2016 Março/2016 São Paulo 2030 Março/2016 Março/2016 2 de 80 OBJETIVO Mapear as opiniões e as percepções dos moradores da cidade da São Paulo em relação a temas do cotidiano e à prestação de políticas públicas, bem como

Leia mais

OS PROJETOS EM GUARULHOS SÃO PAULO - BRASIL

OS PROJETOS EM GUARULHOS SÃO PAULO - BRASIL OS PROJETOS EM GUARULHOS SÃO PAULO - BRASIL Indicadores de resultado de saúde Distrito 1.2 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1.10.a 1.10.b 1.11 1.12 Masc Fem Total 05_14 15_49 50_e+ DS Cabucu 11,08 20,17 6,96 1,39

Leia mais

2. COMPARAÇÃO DE PERFIL ENTRE ADIMPLENTES E INADIMPLENTES

2. COMPARAÇÃO DE PERFIL ENTRE ADIMPLENTES E INADIMPLENTES PERFIL DO CONSUMIDOR COM E SEM DÍVIDAS NO BRASIL 1. PESQUISA Pesquisa inédita realizada pela CNDL e SPC Brasil buscou avaliar o perfil dos brasileiros adimplentes e inadimplentes, sendo consideradoscomo:

Leia mais

DESAFIOS PARA GARANTIR O TRABALHO DECENTE PARA OS/AS JOVENS, COM ESPECIAL ATENÇÃO ÀS QUESTÕES DE GÊNERO E RAÇA

DESAFIOS PARA GARANTIR O TRABALHO DECENTE PARA OS/AS JOVENS, COM ESPECIAL ATENÇÃO ÀS QUESTÕES DE GÊNERO E RAÇA DESAFIOS PARA GARANTIR O TRABALHO DECENTE PARA OS/AS JOVENS, COM ESPECIAL ATENÇÃO ÀS QUESTÕES DE GÊNERO E RAÇA FORUM NACIONAL TRABALHO DECENTE PARA OS JOVENS: FORTALECENDO A AGENDA NACIONAL DE TRABALHO

Leia mais

Informe Epidemiológico Doenças Crônicas Não Transmissíveis

Informe Epidemiológico Doenças Crônicas Não Transmissíveis página 1/6 Aspectos Gerais As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são caracterizadas por um conjunto de doenças que não tem envolvimento de agentes infecciosos em sua ocorrência, multiplicidade

Leia mais

INDICADORES DE SAÚDE

INDICADORES DE SAÚDE INDICADORES DE SAÚDE A actuação da epidemiologia pode permitir melhorar a qualidade do diagnóstico ou tratamento dos indivíduos ou possibilitar novos meios de prevenção. A avaliação das características

Leia mais

Trabalho 001- Estratégias oficiais de reorientação da formação profissional em saúde: contribuições ao debate. 1.Introdução

Trabalho 001- Estratégias oficiais de reorientação da formação profissional em saúde: contribuições ao debate. 1.Introdução Trabalho 001- Estratégias oficiais de reorientação da formação profissional em saúde: contribuições ao debate. 1.Introdução As pesquisas e os investimentos que influenciaram as mudanças nas propostas para

Leia mais

SOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO DO INSS - 2008 TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL PROVA BRANCA.

SOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO DO INSS - 2008 TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL PROVA BRANCA. SOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO DO INSS - 2008 TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL PROVA BRANCA. Professor Joselias www.concurseiros.org Março de 2008. Um dos indicadores de saúde comumente utilizados

Leia mais

Enem e Saeb: jornais destacam o baixo desempenho e elaboram rankings de melhores escolas Qui, 15 de Fevereiro de 2007 21:00

Enem e Saeb: jornais destacam o baixo desempenho e elaboram rankings de melhores escolas Qui, 15 de Fevereiro de 2007 21:00 A divulgação dos resultados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os principais exames de avaliação dos estudantes da educação básica, recebeu

Leia mais

7. Hipertensão Arterial

7. Hipertensão Arterial 7. Hipertensão Arterial Situação Epidemiológica A hipertensão arterial é a doença de maior prevalência no Brasil. Além da magnitude, trata-se de doença de relativa gravidade, em decorrência de sua cronicidade

Leia mais

Noções Básicas sobre

Noções Básicas sobre Tábua Completa de Mortalidade para o Noções Básicas sobre Brasil - 2011 Rio, 29 de novembro de 2012 Data 00/00/00 HISTÓRICO Mortalidade Infantil Em abril de 2012, o IBGE disponibilizou para sociedade os

Leia mais

Boletim de Microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central (SNC) Goiás 2016

Boletim de Microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central (SNC) Goiás 2016 SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS E RESPOSTA EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE Boletim de Microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso

Leia mais

Censo Demográfico 2010. Características da população e dos domicílios: Resultados do Universo

Censo Demográfico 2010. Características da população e dos domicílios: Resultados do Universo Censo Demográfico 2010 Características da população e dos domicílios: Resultados do Universo Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2011 INTRODUÇÃO Por convenção, denomina-se Universo, o conjunto de características

Leia mais

O Envelhecimento em Portugal

O Envelhecimento em Portugal O Envelhecimento em Portugal Situação demográfica e sócio-económica recente das pessoas idosas I. Enquadramento geral As expressões sublinhadas encontram-se explicadas no final do texto Consideram-se pessoas

Leia mais

Exercícios de estrutura da população

Exercícios de estrutura da população Exercícios de estrutura da população Material de apoio do Extensivo 1. Os gráficos a seguir, extraídos do sítio eletrônico do IBGE, apresentam a distribuição da população brasileira por sexo e faixa etária

Leia mais

Censo Demográfico 2010. Aglomerados subnormais Primeiros resultados

Censo Demográfico 2010. Aglomerados subnormais Primeiros resultados Censo Demográfico 2010 Aglomerados subnormais Primeiros resultados Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2011 Conceito de Aglomerado Subnormal Conceito de Aglomerado Subnormal no IBGE É um conjunto constituído

Leia mais