13/10/2009. Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Agrárias Laboratório de Microbiologia e Ornitopatologia
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- Felipe Alves Barroso
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1 Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Agrárias Laboratório de Microbiologia e Ornitopatologia DOENÇA DE GUMBORO (DOENÇA INFECCIOSA DA BOLSA) Larissa Pickler Médica Veterinária Mestranda em Ciências Veterinárias - UFPR Caracterização da doença Doença infecciosa altamente contagiosa das aves Causada por um vírus que acomete principalmente a bolsa cloacal de aves jovens Impacto econômico: Mortalidade 40% Infecções secundárias - imunidade Histórico Gumboro, Delaware, EUA Década de 80 descobertas variantes do vírus Inglaterra 1987 isolamento de cepa altamente virulenta 1972 Brasil (1ª descrição) BR - endêmico, com casos mais severos a partir de
2 No Brasil Até a década de 90 Quadros de patogenicidade moderada, compatível com cepas vacinais 1996 Variantes Brasileiras - G15 e G16 padrões diferentes das cepas vacinais conhecidas até então Gumboro sub-clínica 1997 Primeiros casos vvibdv (G11) Etiologia Vírus da família birnaviridae, sem envelope, de aspecto icosaédrico, com cerca de 60 nm de diâmetro É um RNA vírus de dupla fita, que possui 5 proteínas virais VP1, VP2, VP3, VP4 e VP5 Proteínas Virais VP1 encapsidação da partícula viral VP2 codifica as determinantes antigênicas do vírus indução de anticorpos VP3 morfogênese das partículas virais VP4 polipeptídeo estrutural VP5 função reguladora 2
3 GENOMA DO IBDV VP 2 VP 4 VP 3 Região hipervariante Segmento A VP 1 Segmento B Etiologia Resistente: éter, clorofórmio, amônia Sensível: Formalina, Cloramina, Iodóforos Pode sobreviver em granjas por longos períodos (4 a 12 meses) Classificação do vírus Classificado em 2 sorotipos: Sorotipo 1- vírus patogênico Cepas clássicas Cepas muito virulentas Cepas vacinais Cepas variantes Sorotipo 2 - vírus apatogênico 3
4 Distribuição Geográfica Sorotipo 1 é cosmopolita plantéis comerciais Alta incidência quando não há biossegurança Sorotipo 2 ampla distribuição mas não descrito no Brasil Disseminação do vírus Transmissão horizontal: Equipamentos contaminados Insetos Matéria orgânica Não há transmissão vertical Persistência do Vírus Formas de persistência: Infecção de outras espécies Mutação genética Vacinação desuniforme Reaproveitamento de cama Diminuição do período de vazio sanitário concentração de aves/m² 4
5 Fatores Predisponentes Ambiente favorável ao vírus Manejo inadequado Esquemas vacinação inapropriados de Fisiopatologia Hospedeiros naturais A infecção: Vias oro-nasal e ocular Via Placas de Peyer no intestino, fígado e corrente circulatória Bolsa cloacal (24 horas) Das células do tecido linfóide da Bolsa, o vírus coloniza outros órgãos do sistema linfóide Excreção pelas fezes 10 a 14 dias Alvo linfócitos B 5
6 Sinais Clínicos Forma aguda ou clássica: Aves de 3 a 6 semanas Depressão, diarréia branca aquosa, anorexia, penas eriçadas, letargia, morte súbita Morbidade 10 a 100% Mortalidade 0 a 20% Pico de mortalidade 5 a 7 dias PI Aves desidratadas Hemorragias nos músculos peitorais, pró- ventrículo e moela Petéquias na musculatura Proventriculite 6
7 Mortalidade Sinais Clínicos Forma sub-clínica Aves expostas ao vírus nas 2 primeiras semanas de vida Atrofia da Bolsa Perda de desempenho Infecções secundárias (E. coli) Redução na capacidade de resposta vacinal Aumento dos casos de outras doenças 7
8 Atrofia da bolsa cloacal Qualidade das carcaças Alves,2005 Alves,2005 Alves,2005 Qualidade de Carcaças 8
9 Diagnóstico Anatomopatológico Petéquias musculatura pernas, coxas e mucosa proventrículo muco no intestino das do volume hepático com infartos periféricos e esplenomegalia ocasional Diagnóstico Anatomopatológico 9
10 Diagnóstico Anatomopatológico Baço, Glândula de Harder e Tonsilas Cecais necrose e depleção de linfócitos Timo - opaco, com cápsulas gelatinosas espessadas Medula óssea - amarelada e gordurosa ou cor-de-rosa Alterações Microscópicas Bolsa normal Bolsa infectada Alterações Microscópicas - Bolsa Cloacal Necrose de elementos linfóides de múltiplos folículos Múltiplos cistos intrafoliculares Alves, 2005 Destruição de folículos 10
11 13/10/2009 Imuno-histoquímica: (A) Sinal positivo Ag viral vvibdv na polpa branca do baço. (B) timo. (C) pâncreas. (D) pulmão. (E) fígado. (F) nos folículos linfáticos na bolsa. Bar = 150 mm Bursa de Fabricius com degeneração com áreas de necrose multifocal e ausência total de folículos Timo com necrose medular e depleção folícular Setas - Anticorpos policlonais contra IBDV Comparativo IEP Jan / ,72 227,33 IEP Granjas "sem" Granjas com IBD IEP = Peso vivo (kg). % viabilidade Idade (dias). CA
12 Comparativo % Mortalidade Jan / ,71 % Mrt 8,96 Sem IBD Com IBD Aumento na condenação de carcaça no abatedouro Avaliação de dois programas vacinais contra a doença de Gumboro % de condenação por aerossaculite 0,4 0,35 0,4 0,3 0,25 % 0,2 0,15 0,1 0,05 % de condenação por Dermatite 0,05 0 Programa A Controle 0,16 0,14 0,12 0,15 0,1 % 0,08 0,06 0,04 0,01 0,02 0 Programa A Controle Diagnóstico Quadro clínico (forma clínica) Diferenciar: Coccidiose Micotoxicose/Marek Nefrose Anemia infecciosa Histórico 12
13 Diagnóstico Direto isolamento viral pelo tecido da bursa Indireto análise sorológica Vírus neutralização prova padrão ELISA Microscopia eletrônica Imunohistoquímica PCR Controle Tipo de desafio da região Biossegurança Manejo e meio ambiente Imunidade materna Vacinação Programa de vacinação Controle Tipo de desafio da região: Quanto maior a concentração do vírus no galpão, mais precoce o desafio Adotar medidas sanitárias para diminuir a concentração do vírus Vazio sanitário Trabalhar em conjunto com granjas vizinhas 13
14 Controle BIOSSEGURANÇA ESTRITA Diagnosticar aves doentes e/ou portadoras Sacrificar estas aves Desinfecção do ambiente Evitar contato com aves silvestres Limpeza e desinfecção das instalações Vacinação Reprodutoras: vacina viva - 4 e 10 semanas de idade vacina inativada semanas de idade Transmissão passiva para progênie 14
15 Vacinação Via água de bebida Uso de água não clorada ph da água Jejum hídrico Uso de leite em pó protetor do vírus Corante Vacinação Vacinação 15
16 Vacinação Programa de vacinação Fatores que influenciam a escolha de um programa de vacinação: Tipo de ave Imunidade materna Uniformidade da imunidade materna Situação da Doença de Gumboro a campo Conclusões A Doença de Gumboro tem um caráter potencialmente danoso a um plantel de aves comerciais (postura ou engorda) Vírus Mutante - Surtos recentes da forma vvibdv preocupam a avicultura mundial Biossegurança - programas de vacinas adequados (matrizes e frangos de corte/ poedeiras) 16
17 17
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