UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE ENGENHARIA CIVIL PAULO ANTONIO BONDAVALLI REDE COLETORA DE ESGOTO DOMÉSTICO LOTEAMENTO NOVA LAGES LAGES (SC)
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1 UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE ENGENHARIA CIVIL PAULO ANTONIO BONDAVALLI REDE COLETORA DE ESGOTO DOMÉSTICO LOTEAMENTO NOVA LAGES LAGES (SC) LAGES (SC) 2015
2 PAULO ANTONIO BONDAVALLI REDE COLETORA DE ESGOTO DOMÉSTICO LOTEAMENTO NOVA LAGES LAGES (SC) Projeto de estágio supervisionado submetido à Universidade do Planalto Catarinense para obtenção dos créditos de disciplina com nome equivalente no curso de Engenharia Civil. Orientação: Prof. Jackson Vidaletti Gabriel. Titulação: Mestre LAGES (SC) 2015
3 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT: Associação Brasileira de Normas e Técnicas; a.c: Antes de Cristo; cm: Centímetro; hab: Habitantes; JEI: Junta elástica integrada l: Litro; NBR: Norma Brasileira; p.: Página PVs: Ponto de Visita; PVC: Policloreto de polivinila; SC: Santa Catarina; SEMASA: Secretaria Municipal de Águas e Saneamento; Tab.: Tabela
4 LISTA DE IMAGENS E FIGURAS Figura 1- Escavação rua Alberto Zamprônio Figura 2- escavção rua Alberto Zamprônio Figura 3- escavação com escoramento contínuo Figura 4- escavação com escoramento contínuo Figura 5- instalação de PV rua Alberto Zamprônio e escoramento contínuo Figura 6- instalação de PV Rua Alberto Zamprônio Figura 7- escavação para tubulação de ligações prediais Rua Bruno Luersen Figura 8- ligações prediais ao PV Rua Alberto Zamprônio Figura 9- execução de PV e valas tubulações de ligações prediais Figura 10- Planta baixa estação de recalque Figura 11- Corte AA estação de recalque Figura 12- Materiais estação de recalque Figura 13- Detalhamento do poço de visita Figura 14- dimensões dos poços de visita Figura 15- Planta de serviço da rede coletora de esgoto- parte Figura 16- Planta de serviço da rede coletora de esgoto- parte
5 SUMÁRIO 1- APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO DO PROBLEMA CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SEU AMBIENTE SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS JUSTIFICATIVA Oportunidade do projeto Viabilidade do projeto Importância do projeto REVISÃO BIBLIOGRÁFICA HISTÓRIA DO SANEAMENTO BÁSICO ESGOTO SANITÁRIO CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS RESIDUAIS Vazão domestica METODOLOGIA DELINEAMENTO DA PESQUISA DEFINIÇÃO DA ÁREA INSTRUMENTOS DE COLETA PLANO DE ANÁLISE DOS DADOS ANÁLISE... 17
6 5 DADOS E PARÂMETROS DE PROJETO VAZÕES DE ESGOTO INFILTRAÇÃO CONSUMO MÉDIO PER CAPITA DE ÁGUA VAZÕES DE ESGOTO DIMENSIONAMENTO ESTAÇÃO DE RECALQUE CIRCULAR DN 1,2 E 1,5M FUNÇÃO MÉTODO DE CÁLCULO UTILIZADO MATERIAIS ADOTADOS ASPECTOS CONSTRUTIVOS TIPOS DE POÇOS DE VISITA PROJETADOS POÇOS DE VISITA MATERIAL CONCRETO Extensão da Rede Coletora Projetada Ligações Prediais ESTAÇÕES DE RECALQUE PARÂMETROS ADOTADOS Índice de Atendimento Consumo Médio Per Capita (q) Tempo de Detenção Máximo Intervalo Mínimo de Ligações do Conjunto Moto-Bomba TIPO DE ESTAÇÃO DE RECALQUE ADOTADA ESTAÇÃO DE PEQUENO PORTE DINÂMICA DE FLUXO... 33
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 36
8 8 1- APRESENTAÇÃO 1.1 INTRODUÇÃO O estágio supervisionado tem por objetivo proporcionar ao estagiário treinamento prático, aperfeiçoamento técnico, científico e de relacionamento humano como complementação da sua formação profissional no ambiente de trabalho. É nesta etapa que o futuro profissional tem a oportunidade de aprimorar o conhecimento, confrontando os projetos teóricos com a realidade de execução nos canteiros, bem como, estabelecer contatos com profissionais da área, conhecer a política da empresa, demonstrar suas habilidades, permitindo que a empresa venha conhecê-lo e ampliando as possibilidades de contratação. A finalidade deste relatório é apresentar as atividades relacionadas com a implantação das redes de coleta de esgoto no loteamento Nova Lages, localizado no bairro Ponte Grande. A empresa responsável pela execução da obra é a AS Construtora, deste modo o relatório de estágio tem por finalidade ilustrar todo o conhecimento aprendido em sala de aula ao longo de 5 anos, assim adquirindo uma experiência para a vida profissional no ramo de Infraestrutura. 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Na época em que estamos vivendo seria difícil imaginar uma população inteira viver sem as condições de saneamento em suas residências e locais de trabalho, sem dúvidas seria mais alto o índice de doenças, pois esgotos a céu aberto são depósitos de muitos agentes que transmitem vírus e doenças contagiosas. Teríamos um maior índice de atendimentos em Unidades Básicas de Saúde, com certeza a taxa de mortalidade seria bem maior devido à deposição incorreta dos dejetos produzidos nas residências. Essa idéia de um loteamento com toda a infraestrutura já implantada em sua execução é um método recente que veio para inovar este processo construtivo. O loteamento Nova Lages além de ter todas as redes de esgoto
9 9 necessárias também terá todas as ruas asfaltadas, de modo que depois de prontas não haverá precisão de corte do pavimento para a execução de tubulações para o saneamento, deixando o local mais apresentável para quem irá residir no local. 1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SEU AMBIENTE O engenheiro responsável pela obra de infraestrutura do loteamento Nova Lages é o engenheiro Carlos Alberto Schumacher, atuando no ramo da engenharia desde Hoje é sócio proprietário da empresa AS Construtora localizada em Lages (SC), a qual atua no ramo desde 1995, com serviços de terraplanagens e infraestrutura em geral, prestando serviços a particulares e também a órgãos públicos, como exemplo a Prefeitura de Lages. 1.4 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA Será apresentada a implantação da rede de esgoto doméstico de um loteamento, o qual possui um total de 399 lotes, todos com as ligações necessárias e de acordo com os dimensionamentos da SEMASA e com a NBR9649. Visando ter um padrão de coleta de esgoto em todas as residências que no mesmo serão construídas. 1.5 OBJETIVO GERAL O presente trabalho terá como objetivo geral, mostrar como funciona a rede de esgoto do loteamento Nova Lages, localizado no bairro Jardim Panorâmico, município de Lages, Santa Catarina. Todas as redes de esgoto serão dimensionadas de acordo com normas e bibliografias existentes. Ao longo deste relatório serão apresentados como funciona a rede coletora de esgoto do loteamento e suas estações de recalque, também será mostrado quais materiais foram utilizados para execução desta etapa da obra.
10 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Estimativa populacional da ocupação total do Empreendimento; Consumo estimado diário por habitante; Definição dos diâmetros da rede coletora de esgoto do empreendimento; Plantas de serviço da rede coletora dos esgotos domésticos; Plantas de serviço das estações de recalque; Desenvolver as atividades de aprendizagem; Obter relacionamento pessoal e profissional. 1.7 JUSTIFICATIVA Atualmente as cidades estão crescendo de um modo relativamente rápido, e a implantação de novas maneiras de construção de loteamentos atraí seus clientes com mais facilidade. O engenheiro Carlos Alberto Schumacher responsável pela obra tem como principal objetivo inovar seus métodos construtivos para assim obter um resultado com maior qualidade. A ideia de um loteamento nesses padrões em Lages não surgiu dele e sim de uma empresa de São José (SC) a J.A Urbanização, com uma visão melhor para Lages resolveu planejar algo que ainda não existia na região, um loteamento com toda infraestrutura antes mesmo do inicio da construção das residências. Isto visa uma padronização nos materiais utilizados na obra evitando grandes problemas para o futuro, em nosso estudo a rede de esgoto, a qual depois que é executado o pavimento se torna difícil acesso nas tubulações, desta maneira ficando pronto, evita-se com que se tenham trabalhos desnecessários no futuro.
11 Oportunidade do projeto O projeto a ser apresentado tem como principal oportunidade a implantação de uma grande obra de rede coletora de esgoto no loteamento Nova Lages, com a intenção de trazer melhorias às pessoas que irão residir no mesmo Viabilidade do projeto Um dos fatores que torna o projeto viável é o acompanhamento na execução dos pontos de coleta de esgoto de acordo com os estudos feitos pelo responsável técnico, sendo eficaz antes de construir as habitações, gerando uma padronização da obra, pois evita grandes transtornos no futuro, trazendo com mais facilidade seus clientes para aquisição do empreendimento Importância do projeto É de muita importância este método de construir uma obra de infraestrutura, pois de modo em geral os loteamentos são realizados de maneira precária. Logo em seguida chegam os proprietários e constroem, e por ultimo passo é lembrado da parte de saneamento, trazendo maiores transtornos para os órgãos responsáveis do município, quando muitas das vezes é deixado a céu aberto, assim sendo prejudicial para a saúde de todos.
12 12 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 HISTÓRIA DO SANEAMENTO BÁSICO De acordo com NUVOLARI, Ariovaldo, já nos tempos mais remotos, desde que os homens começaram a se assentar em cidades, a coleta das águas servidas, que hoje chamamos de esgoto sanitário, passava a ser uma preocupação daquelas civilizações. Em 3750 a.c., eram construídas galerias de esgotos em Nipur (Índia) e na Babilônia. Em 3100 a.c. já se tem noticia do emprego de manilhas cerâmicas para essa finalidade (Azevedo Netto, 1984). Na Roma Imperial, eram feitas ligações diretas das casas até os canais. Porém, por se tratar de uma iniciativa individual de cada morador, nem todas as casas apresentavam essas benfeitorias (Metcalf e Eddy, 1977). Na Idade Média, não se tem notícia de grandes realizações, no que diz respeito ao saneamento e em especial aos esgotos. Esse aparente desleixo e o desconhecimento da microbiologia até meados do século XIX certamente foram as causas das grandes epidemias ocorridas na Europa, no período entre os séculos XIII e XIX, coincidindo com o caótico crescimento de algumas cidades (Sawyer e McCarty, 1978). A história registra, entre os anos de 1345 e 1349, uma terrível pandemia de peste bubônica na Europa, com 43 milhões de vítimas fatais, numa época em que a população mundial não chegava aos 400 milhões. Sabe-se hoje que a peste bubônica é transmitida por pulgas infectadas por ratos, o que demonstra que a limpeza não era exatamente um atributo daquelas populações. Outro exemplo é o crescimento populacional em algumas cidades inglesas no século XIX e as ocorrências trágicas de epidemias nesse período.
13 ESGOTO SANITÁRIO NUVOLARI (2011, p.37) o esgoto sanitário é o despejo constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição pluvial parasitária (ABNT, 1986). O esgoto doméstico é gerado a partir da água de abastecimento e, portanto, sua medida resulta da quantidade de água consumida. Esta é geralmente expressa pela taxa de consumo per capita, variável segundo hábitos e costumes de cada localidade. É usual a taxa de 200L/hab. dia, mas em grandes cidades de outros países essa taxa de consumo chega a ser três a quatro vezes maior, resultando num esgoto mais diluído, já que é praticamente constante a quantidade de resíduo produzido por pessoa, NUVOLARI (2011, p.37). Em casa ou no trabalho freqüentemente lavamos as mãos, tomamos banho, lavamos a louça, a roupa e usamos a descarga do vaso sanitário. Toda essa água eliminada é chamada esgoto. A rede de esgoto é um sistema fechado São tubos de cerâmica ou PVC, normalmente com diâmetro de 15 cm, que coletam o esgoto nas casas e o transportam para uma estação de tratamento. O tubo de esgoto não funciona sob pressão do líquido interno, mas sim pela gravidade, por isso a declividade é muito importante. Contêm muita matéria fecal com elevado teor de matéria orgânica, grandes quantidades de microorganismos, inclusive patogênicos, além de vermes, parasitas e seus ovos. 2.3 CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS RESIDUAIS De acordo com SPERLING (2005), há basicamente duas variantes de esgotamento sanitário, são elas: Sistema individual ou sistema estático (solução no local, individual ou para poucas residências);
14 14 Sistema coletivo ou sistema dinâmico (solução com afastamento dos esgotos da área servida). SPERLING (2005) relata que os sistemas individuais possuem a solução no local, sendo, portanto, usualmente adotados para atendimento unifamiliar, embora possam atender a certo número de residências próximas entre si. Consistem no lançamento dos esgotos gerados em uma ou poucas unidades habitacionais, usualmente infiltração no solo. Esta tática é usada onde a densidade de ocupação for baixa, e necessita-se que a infiltração do solo seja boa. SPERLING (2005) também fala sobre os sistemas coletivos que são indicados para locais com elevada densidade populacional, como no meio urbano. Esta solução consiste em canalizações que recebem o lançamento de esgotos, transportando-os ao seu destino final, de forma sanitariamente adequada. A execução da obra do loteamento Nova Lages é um caso de sistema coletivo, o qual será todo transportado para o mesmo local e para o devido tratamento, evitando com que se contamine o solo, evitando prejuízos aos moradores e a natureza. Os esgotos domésticos contêm aproximadamente 99,9% de água e apenas 0,1% de sólidos. Os problemas de poluição das águas ocorrem devido a essa fração de 0,1% de sólidos. De acordo com a ABNT NBR 7229/93, esgoto sanitário vem a ser água residuária composta de esgoto doméstico, despejo industrial admissível ao tratamento conjunto com o esgoto doméstico e a água de infiltração.
15 Vazão domestica SPERLING (2005) vazão doméstica engloba usualmente os esgotos oriundos dos domicílios, bem como de atividades comerciais e institucionais normalmente componentes de uma localidade. Para calcular a vazão doméstica de determinado local é utilizada a média de consumo de água da população de projeto e um valor médio de consumo de cada habitante por dia. Para calcular o projeto de uma estação de esgoto não é somente necessário usar a vazão média, mas também considerar valores mínimos e máximos, por razões hidráulicas e de processo.
16 16 3 METODOLOGIA Com os objetivos relatados no trabalho podemos citar, podemos relatar as seguintes metodologias ao longo de toda pesquisa: 3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA O estudo bibliográfico refere-se a como funciona uma rede de esgoto e como foram evoluindo desde séculos passados, é importante saber estes aspectos para que possamos entender o quanto é importante tratarmos corretamente o descarte dos dejetos gerados em nossas residências. 3.2 DEFINIÇÃO DA ÁREA Dentre as áreas existentes na parte de Engenharia Civil o presente projeto se enquadra na parte de Saneamento. 3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA Para o seguinte projeto serão coletadas informações através de bibliografias, meio eletrônicos, os projetos já existentes da obra, e também o diálogo com profissionais experientes na área de atuação, neste caso outros engenheiros, professores, orientador e os próprios funcionários que na obra trabalham.
17 PLANO DE ANÁLISE DOS DADOS Com base nos dados obtidos nos projetos, teremos com principal mostrar a importância que devemos dar para o saneamento na execução de uma obra de infraestrutura. 4 ANÁLISE O respectivo loteamento fica localizado na cidade de Lages no bairro Jardim Panorâmico, com uma quantia exata de 399 lotes. Este trabalho mostrará a implantação da rede coletora de esgoto que atenderá 100% da população de projeto, em etapa única, atendendo 1995 habitantes. Os esgotos serão coletados e encaminhados através de estações de recalque até o poço de visita localizado na frente do empreendimento. Este poço de visita encaminhará o efluente por gravidade, através de rede coletora de maior diâmetro (a ser dimensionado pela SEMASA), até o ponto indicado pela SEMASA. No período do estágio grande parte da rede coletora já estava em fase final, mas o autor deste relatório ficou com a responsabilidade de fiscalização e acompanhamento das etapas de execução da obra, visando adquirir melhor conhecimento na área de implantação da rede coletora de esgoto em obras de infraestrutura. As imagens a seguir relatam a instalação inicial da rede coletora de esgoto:
18 18 Figura 1- Escavação Rua Alberto Zamprônio (fonte: Acervo Autor) Figura 2- escavação Rua Alberto Zamprônio (fonte: Acervo Autor) Figura 3- escavação com escoramento contínuo (fonte: Acervo Autor)
19 19 Figura 4- escavação com escoramento contínuo (fonte: Acervo Autor) Figura 5- instalação de PV Rua Alberto Zamprônio e escoramento contínuo (fonte: Acervo Autor)
20 20 Figura 6- instalação de PV Rua Alberto Zamprônio (fonte: Acervo Autor) Figura 7- escavação para tubulação de ligações prediais Rua Bruno Luersen (fonte: Acervo Autor)
21 21 Figura 8- ligações prediais ao PV Rua Alberto Zamprônio (fonte: Acervo Autor) Figura 9- execução de PV e valas tubulações de ligações prediais
22 22 As figuras a seguir irão mostrar o esquema da estação de recalque e dos poços de visita: Figura 10- Planta baixa estação de recalque Figura 11- Corte AA estação de recalque
23 23 Figura 12- Materiais estação de recalque Figura 13- Detalhamento do poço de visita
24 24 Figura 14- dimensões dos poços de visita Para melhor compreensão das localizações do loteamento será apresentado em duas figuras a planta do loteamento, seu projeto original esta em escala 1:1000, estão representadas somente para se ter uma idéia, para melhor localização, temse disponível cópias em maiores dimensões: Figura 15- Planta de serviço da rede coletora de esgoto- parte 1 (fonte: Acervo Autor)
25 25 Figura 16- Planta de serviço da rede coletora de esgoto- parte 2 (fonte: Acervo Autor) 5 DADOS E PARÂMETROS DE PROJETO Estimativa Populacional: Nº de lotes residenciais ,00 lotes Nº de habitantes por lote... 5,00 habitantes População estimada residencial ,00 habitantes Consumo médio per capita l/hab.dia
26 VAZÕES DE ESGOTO INFILTRAÇÃO Segundo a NBR 9649, a taxa de contribuição de infiltrações depende de condições locais, tais como: nível d água do lençol freático (avaliação das sondagens), natureza do subsolo, qualidade da execução da rede, material da tubulação e tipo de junta utilizada. O valor adotado deverá estar na faixa de 0,05 a 1,00 l/s/km. No presente sistema, adotamos a taxa de contribuição de infiltração Ti = 0,20 l/s/km em função da utilização de tubulação em PVC na implantação da rede coletora de esgoto, justamente por apresentar uma boa estanquidade das juntas e baixa absorção. Este valor se justifica pela ocorrência de infiltração nos Poços de Visita e Caixas de Inspeção. A rede coletora foi toda ela projetada em tubos de PVC, ponta e bolsa, junta elástica, como forma de garantir a estanqueidade. No início dos trechos da rede coletora foi prevista a instalação de terminal de limpeza. Esta prevista que a limpeza e manutenção da rede sejam feita por hidrojateamento. 5.2 CONSUMO MÉDIO PER CAPITA DE ÁGUA Adotado o valor de consumo médio per capita igual a 200 l/hab.dia. Portanto, as contribuições de esgoto doméstico correspondem a 160 l/hab.dia, correspondente ao per capita x coeficiente de retorno. 5.3 VAZÕES DE ESGOTO As vazões de esgoto foram calculadas utilizando as seguintes fórmulas: a) Vazão Média (Qmed) Qmed = (P.q.c) / (l/s) b) Vazão Máxima Diária (Qmaxd)
27 27 Qmaxd = (Qmed.K1) / (l/s) c) Vazão Máxima Horária (Qmaxh) Qmaxh = (Qmaxd.K2) / (l/s) d) Vazão Mínima Horária (Qminh) Qminh = (Qmed.K3) / (l/s) sendo: P = população urbana de projeto atendida (habitantes) q = consumo médio per capita de água (l/hab.dia) K1 = 1,20 (coeficiente de variação da vazão máxima diária) K2 = 1,50 (coeficiente de variação da vazão máxima horária) K3 = 0,50 (coeficiente de variação da vazão mínima horária) 6 DIMENSIONAMENTO A partir da verificação das alternativas de traçados mais convenientes para a bacia de esgotamento, foram definidos os elementos de cálculo para o dimensionamento dos coletores. Os coletores e os trechos foram numerados de montante para a jusante, determinando-se para cada trecho as cotas topográficas de montante e jusante, comprimento e contribuições de outros trechos. Foram pré-fixados o diâmetro mínimo (150 mm), a vazão mínima (1,50 l/s) e o recobrimento mínimo de 1,05m em vias e passeio. A rede coletora, após análise de perfis do terreno e dados populacionais, foi lançada no software SANCAD, muito utilizado pelas principais empresas de saneamento do país. O dimensionamento foi realizado através do software, visando à obtenção dos seguintes elementos: Elementos Hidráulicos Vazão Velocidade Cotas do nível d'água Elementos Construtivos
28 28 Cotas dos coletores Profundidade Recobrimento Desníveis Declividades Seções 6.1. ESTAÇÃO DE RECALQUE CIRCULAR DN 1,2 E 1,5M ER-1: Esta estação de recalque será construída no passeio no final da rua J. ER-2: Esta estação de recalque será construída no passeio localizado no final da rua I, em frente a AI-03. ER-3: Esta estação de recalque será construída no passeio localizado em frente ao lote 01 da quadra 12. ER-4: Esta estação de recalque será construída no final do trecho 1-11, passeio da Rua Edésio Caon. ER-5: Esta estação de recalque será construída na AV FUNÇÃO As Estações de Recalque têm como função conduzir os esgotos coletados nas sub-bacias projetadas e lançar em poços de visita de outras sub-bacias a jusante. 6.3 MÉTODO DE CÁLCULO UTILIZADO O dimensionamento das Estações de Recalque foi efetuado de acordo com o que prevê a Norma Técnica da ABNT NB 12208: Projeto de Estações Elevatórias de Esgoto Sanitário
29 29 7 MATERIAIS ADOTADOS O Projeto da Rede Coletora do Sistema de Esgotos Sanitários do Loteamento Nova Lages prevê o uso de materiais de PVC para rede coletora e para os poços de visita (PV), serão utilizados materiais de concreto, padrão normalmente utilizado pela SEMASA. Caso seja adotada a rede 100% em tubos de PVC, ponta e bolsa, junta elástica, será garantida a estanqüeidade. Poderão ser utilizados também tubos de PVC, ponta e bolsa, com junta elástica integrada (JEI). Uma alternativa aceitável será a utilização de tubos de PVC, ponta e bolsa, junta elástica, tipo Ultra (tubo corrugado). Este tipo de material, no entanto, é fabricado apenas no diâmetro de 150 mm. 8 ASPECTOS CONSTRUTIVOS No projeto da rede coletora foram considerados os seguintes aspectos construtivos: a) adoção de rede simples nas ruas; b) recobrimentos mínimos de 1,05 metros para a rede coletora assentada no passeio e na rede coletora assentada na rua; c) adoção de escoramento nas valas em obediência ao que prevêem as Normas Brasileiras NBR Nº9061 e NBR Nº Segundo estes ditames legais o escoramento em valas com profundidade superior a 1,25 m é obrigatório. Nestes termos, e levando em consideração as profundidades das valas, serão utilizados os seguintes tipos de escoramentos: Sem Escoramento: até 1,25 metros Escoramento Tipo Pontaleteamento: em profundidades até 1,50 metros; Escoramento Tipo Descontínuo: em profundidades até 2,00 metros
30 30 Escoramento Tipo Contínuo: em profundidades até 3,00 metros; e Escoramento Tipo Especial: em profundidades até 4,00 metros. d) A largura das valas destinadas ao assentamento de redes coletoras de esgoto é função do diâmetro da tubulação, da profundidade de escavação e do tipo de escoramento utilizado. Os valores de largura de vala previstos no projeto executivo são mostrados no quadro abaixo: Tabela 1- Valores de Largura de Vala por Tipo de Escoramento e Faixa de profundidade de escavação de vala para obra de esgoto Fonte: (NBR Nº 12266/1992) 9 TIPOS DE POÇOS DE VISITA PROJETADOS 9.1 POÇOS DE VISITA MATERIAL CONCRETO Poderão ser utilizados nos casos de início de rede (ponta seca) e reunião dos trechos. Os PVs de início de rede, denominados terminais de limpeza (ponta seca) terão diâmetro 0,60m. Os PVs intermediários em trechos com profundidade de até 2,50 m terão 0,80 m de diâmetro. Para profundidades superiores a 2,50 m, os poços de visita intermediários terão diâmetro de 1,00 m.
31 31 Tabela 2- número de poços de visita por sub-bacia 9.2 EXTENSÃO DA REDE COLETORA PROJETADA A rede coletora projetada possui uma extensão total aproximada de 4.986,10 metros, constituída de tubos de PVC Tipo NBR 7362, ponta e bolsa, junta elástica, no diâmetro de 150 mm. 9.3 LIGAÇÕES PREDIAIS O projeto prevê a execução de um total de 399 ligações prediais de esgoto, DN 100 mm, material concreto. 10 ESTAÇÕES DE RECALQUE Em cada sub-bacia projetada encontraremos uma estação de recalque para o encaminhamento dos esgotos domésticos aos seus respectivos destinos PARÂMETROS ADOTADOS Para o dimensionamento das Estações de Recalque foram utilizados os seguintes parâmetros de projeto: Índice de Atendimento O projeto prevê o atendimento de 100% da população residente atual e futura.
32 Consumo Médio Per Capita (q) Adotado o consumo médio per capita igual a 200 l/habitante/dia Tempo de Detenção Máximo O tempo de detenção máximo do esgoto no poço úmido da estação de recalque será de 30 minutos Intervalo Mínimo de Ligações do Conjunto Moto-Bomba O intervalo mínimo de tempo entre ligações consecutivas do conjunto moto bomba será de 10 minutos, limitando em 6 o número de partidas da bomba por hora TIPO DE ESTAÇÃO DE RECALQUE ADOTADA ESTAÇÃO DE PEQUENO PORTE A estação de recalque de PEQUENO PORTE adotada é do tipo poço úmido de formato circular utilizando bomba submersível e será construída no passeio. Sua escolha deu-se em função dos seguintes fatores: - requer menor área; - suas instalações são simplificadas, totalmente enterradas, dispensando superestrutura; - podem funcionar em local sujeito a eventuais inundações; - como são subterrâneas, não altera a urbanização existente; - podem ser construídas em regiões densamente habitadas, já que são enterradas e não exalam odores sensíveis; - apresentam custo global inferior às estações elevatórias que utilizam outros tipos de bombas. - Diâmetro do poço modelos adotados: 1,20 e 1,50m;
33 33 11 DINÂMICA DE FLUXO O estudo da topografia do loteamento fez com que as áreas projetadas fossem desmembradas em 5 sub-bacias de esgotamento: - Sub-bacia 1 = atenderá 89 lotes unifamiliares totalizando 445 habitantes lança efluente na sub-bacia 2 sub-bacia independente; - Sub-bacia 2 = atenderá 39 lotes unifamiliares totalizando 195 habitantes lança efluente na sub-bacia 5 recebe efluente da sub-bacia 1; - Sub-bacia 3 = atenderá 12 lotes unifamiliares totalizando 60 habitantes lança efluente na sub-bacia 4 sub-bacia independente; - Sub-bacia 4 = atenderá 72 lotes unifamiliares totalizando 360 habitantes lança efluente na sub-bacia 5 recebe efluente da sub-bacia 3; - Sub-bacia 5 = atenderá 187 lotes unifamiliares totalizando 935 habitantes lança efluente no poço de visita localizado em frente ao empreendimento (solicitação da SEMASA) recebe efluente das sub-bacias 2 e 4. lançamentos: A seguir apresentaremos o quadro resumo da sub-bacia e seus respectivos Tabela 1- sub-bacias e seus lançamentos
34 34 12 NÚMERO DE BOMBAS INSTALADAS A capacidade máxima do sistema de bombeamento das estações de recalque é a vazão máxima de final de plano, adotando-se uma folga de 10%. As vazões de esgoto que adentrarão na estação de recalque ao longo do período de projeto, aliado à otimização do seu funcionamento, conduziram para a adoção de um sistema de recalque constituído de 01 conjunto moto-bomba tipo submersível operando individualmente. Quando da construção da estação de recalque deverão ser adquiridos 02 conjuntos moto-bomba de igual capacidade, sendo 01 instalado de imediato no poço de sucção e outro guardado como reserva no Almoxarifado da SEMASA.
35 35 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo desses cinco anos estudados, o acadêmico como futuro engenheiro, visa transformar toda a sua experiência adquirida em sala de forma teórica para a sua carreira profissional, repassando seus conhecimentos para adquirir grandes e valiosas experiências profissionais, podendo assim fazer uma análise aprendida em aula com seus resultados obtidos em obras e barreiras enfrentadas no dia-a-dia de um engenheiro civil. Além de ser muito importante o acadêmico ter contato direto com a obra antes de terminar sua graduação, consegue-se adquirir novos contatos para a carreira profissional, fazendo com que se torne mais fácil progredir no mercado de trabalho, o qual está muito concorrido para todos os ramos da engenharia civil e demais áreas de trabalho. Este acompanhamento que foi realizado na execução da rede coletora de esgoto do loteamento Nova Lages tem uma importância muito grande não somente para conhecimentos do acadêmico, mas também para todos os envolvidos diretamente ou indiretamente. Com esta fiscalização direta na obra conseguimos fazer com que as etapas planejadas, no momento da execução ocorram de maneira correta, evitando perca de tempo e material utilizado em cada etapa a ser confeccionada. Desta maneira finalizo o seguinte relatório com uma grande certeza que todos os estudos feitos para realização deste trabalho é muito importante para o início de uma carreira profissional. Nesta etapa da vida adquiri muito conhecimento com as pessoas que trabalhei e espero que em um futuro bem próximo esteja ajudando acadêmicos prestes a se formar da maneira que aprendi ao longo deste estágio.
36 36 REFERNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NUVOLARI; Ariovaldo (coord.), Esgoto Sanitário: coleta, transporte e reuso agrícola- 2ª ed. rev. atual. eampl., São Paulo: Blucher, KARL e KLAUS R. IMHOFF, HESS; Max Lothar (Trad.), Manual de tratamento de águas residuárias- tradução 26ª edição alemã, São Paulo: Blucher, 1996 VON SPERLING, Marcos; Introdução a qualidade das águas e ao tratamento de esgotos/ Marcos Von Sperling. 3ª Ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; NBR7229/1993 Projeto, construção e operação de sistema de tanques sépticos; NBR12266/1992- Projeto E Execução de Valas para Assentamento de Tubulação de Água Esgoto Ou Drenagem Urbana; NBR9649/1986- Projeto de rede coletora de esgoto sanitário; NBR12208/1992 Projetos de estações elevatórias de esgoto sanitário; NBR9061/1985 Segurança de escavação de céu aberto; NRB7362/2007 Sistemas enterrados para condução de esgoto, parte 1: requisitos para tubos de PVC com junta elástica.
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