O REGISTRO DA INSTITUIÇÃO E A IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA NOGÕES GERIAS

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1 O REGISTRO DA INSTITUIÇÃO E A IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA NOGÕES GERIAS Míria Soares Enéias 1 Resumo: O presente trabalho tem por finalidade o estudo do registro da instituição do bem de família nos moldes da Lei dos Registros Públicos, bem como da sua impenhorabilidade. Serão abordados os tipos de bem de família existentes, os beneficiários de tal instituto, sua forma de constituição e extinção. E ainda, um estudo detalhado do bem de família voluntário regulamentado pelo Código Civil e do bem de família legal previsto na Lei n /90, observando as possibilidades e as exceções à impenhorabilidade diante da Constituição Federal. Em destaque, uma abordagem da contestada inconstitucionalidade do art. 3, VII, da Lei n.8.009/90. Palavras-chave: Bem de família; dignidade da pessoa humana; entidade familiar; registro público; impenhorabilidade. Abstract: The present work has for purpose the study of impenhorabilidade of the good of family, as well as the types of existent species, the beneficiaries of such institute, the constitution form and the extinction. And a detailed study of the voluntary family good regulated by the Civil Code and of the good of legal family regulated by the Law n /90, besides the possibilities and the exceptions to the don't pawn of the family good due to the Federal Constitution. In prominence, an approach of the answered not constitutional of the art. 3, VII, of the law n.8.009/90. Keywords: Good of family; the human person's dignity; family good; registro public; unseizability. 1 Mestre em Direito das Relações econômicas empresarias pela Universidade de Franca UNIFRAN. Especialista em Direito Processual Civil pela Universidade Federal de Uberlândia. Professora da disciplina Direito Processual Civil na Universidade Presidente Antônio Carlos, campus Araguari-MG. Advogada.

2 Introdução É na família que o indivíduo adquire os mais ricos valores e aprende o verdadeiro sentido do amor, do respeito e da solidariedade, ou seja, ela é o núcleo estruturante e estruturador do ser humano. Esse constante aprendizado do homem no seio familiar de uma forma ou de outra reflete na sociedade, e é por isso que a família é a base da sociedade. Em razão de a família ser o alicerce da sociedade, o Estado tem o dever de conferir proteção à entidade familiar e editar normas que conferem essa tutela, dentre elas está as que se referem ao bem de família. A Constituição Federal em seu art. 226, caput preceitua: a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. O bem de família está regulamentado no Código Civil brasileiro e na Lei nº /90. Tais normas têm por finalidade resguardar o domicílio familiar e garantir o essencial a sua subsistência. O objetivo é colocar a salvo de penhora o patrimônio do devedor em respeito à dignidade da pessoa humana. Para tanto a Lei de Registros Públicos em seu art. 167, I, item 1 prevê o registro da instituição do bem de família com a finalidade de resguardar e dar segurança ao instituto. 1. Da família 1.1 Conceito e evolução da família Etimologicamente a expressão família vem dos oscos, povo do norte da península italiana (da raiz latina famul), com o significado de servo ou conjunto de escravos pertencentes ao mesmo patrão 2. 2 FARIAS. Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p.9.

3 A família em sua origem sempre assumiu uma concepção patrimonial. Notase que o conceito está relacionado às propriedades e escravos que alguém possuía. Porém, a conotação patrimonial mudou significativamente no decorrer dos anos, e hoje assume uma concepção múltipla. O elo ora existente entre os membros de uma família não é mais o patrimônio, mas biológico ou afetivo. No entanto, as circunstâncias de tempo e o lugar em que a família está inserida, influenciarão significativamente nas diferentes funções que ela assumirá na sociedade. Por isso, difícil tornou-se definir família e inserir tal conceito no contexto social dos dias atuais, devido ao permanente processo de mudança e evolução no contexto familiar. Em um primeiro momento, família nos remete a idéia de matrimônio, ou seja, um vínculo entre homem e mulher que tem por base o casamento. Também, nos vem à mente um organismo extenso e hierárquico, a família patriarcal, que tem o pai como figura central e que exerce autoridade plena sobre os filhos. No entanto, essa organização patriarcal sofreu transformações no decorrer do tempo. A mulher ganhou espaço e a partir de então compartilha com o homem à administração do lar, reparte funções, decisões e responsabilidades. O poder marital e a figura do homem como provedor exclusivo da família deixa de existir, uma vez que a própria Constituição equipara os direitos e deveres dos cônjuges nas relações matrimoniais, conforme o parágrafo 5 do art. 226: os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo e homem e pela mulher. Outra mudança na visão hierárquica foi à significativa redução do número dos componentes do grupo familiar. A necessidade econômica ou a simples conveniência ingressou a mulher no mercado de trabalho, e as atividades que antes se restringiam dentro de casa toma proporções maiores, por conseguinte enfraquece o dirigismo dentro do lar. O fenômeno familiar está em permanente processo de mudança e evolução, isto devido à diversidade de valores que cada sociedade agrega, fazendo com que a família assuma diferentes funções e se adeqüe às necessidades decorrentes do tempo e do espaço. Isso gera novas estruturas de convívio sem uma nomenclatura adequada que as diferencie. Alguns componentes não têm lugares definidos forçando um conceito único para sua identificação, o que propicia o reconhecimento de novos grupos familiares.

4 O afrouxamento dos laços entre Estado e Igreja acarretou profunda evolução social e a mutação do próprio conceito de família, que se transformou em verdadeiro caleidoscópio de relações que muda no tempo de sua constituição e se consolida em cada geração 3. Torna-se preciso assumir uma concepção múltipla de família, pluralista, que se diz respeito a um ou mais indivíduos, e que independente de sua conformação possa ser nominado como família devido ao elo de afetividade, e que independe de vínculo jurídico ou biológico. É justamente o elo afetivo, o sentimento do amor que diferencia direito familiar do obrigacional. No obrigacional o núcleo é exclusivamente à vontade enquanto que no direito de família o que diferencia é o afeto. Na modernidade a família-instituição assume a função de contribuir como ambiente favorável para a formação da dignidade e desenvolvimento da personalidade de seus membros, além de ser alicerce fundamental para o crescimento e desenvolvimento da sociedade, justificando assim a proteção Estatal. 1.2 Origem A origem da família não tem data certa, mas desde que o homem começou a povoar a terra este sempre conviveu em grupos, como característica da espécie, seja pelo instinto de perpetuação ou a aversão de viver sozinho. A família antecede ao Estado e está acima do Direito, sua formação acontece de forma natural no meio social e o agrupamento não requer formalidades. A sociedade exerce um importante papel na construção da família e é através da transmissão de conhecimentos, de regras culturalmente elaboradas que ensejará modelos de comportamentos diversos. A função e lugar que cada indivíduo ocupará na família independem de consangüinidade, sendo os membros ligados pelo afeto e respeito. Independente da ligação entre os membros, a origem da família acontece por laços afetivos, sendo assim, para que os vínculos afetivos tenham aceitação da sociedade e reconhecimento jurídico, surgiu à necessidade da instituição do casamento. A partir de então a sociedade e o Estado passam a ajustar e organizar os vínculos interpessoais. 3 WAMBIER, Celine Arruda Alvim, 1993, p.83. apud. DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 4. ed.rev.atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p.40.

5 A sociedade, com o intuito de inibir e limitar os desejos insaciáveis do homem, em um determinado momento da história instituiu o casamento como regra de conduta, impondo restrições a sua total liberdade. Nessa época a família era integrada por todos os parentes, e todos os membros trabalhavam para que pudessem ter melhores condições de vida. Por isso, a procriação e o desenvolvimento eram de grande incentivo nas entidades patrimonializadas. Essa época não resistiu à chamada revolução industrial. Nesse período a necessidade de mão-de-obra aumentou, e as famílias que produziam e viviam do sustento da comunidade rural, migraram para as cidades. Nessa época também, as mulheres ingressam no mercado de trabalho, deixando o homem de ser o único provedor do lar. Com a migração do campo para a cidade, o homem teve que se adequar e aprender a conviver em espaços menores. Isso aumentou o vínculo afetivo dos seus membros, que fez surgir uma nova instituição, formada por laços de carinho e de amor. Essa instituição frisa que o afeto é à base de sustentação da família, sendo assim, não deve estar presente somente no momento da celebração do casamento, mas deve resistir e permanecer por toda a relação, pois se a base desmoronar a única forma de assegurar a dignidade da pessoa é a dissolução do vínculo. 2. Dos bens 2.1 Conceito e classificação Bens são utilidades materiais ou imateriais que possuem valor econômico e que podem ser objeto de direitos subjetivos. Para isso deverá apresentar idoneidade para satisfazer um interesse econômico; gestão autônoma e subordinação jurídica do seu titular. Os bens podem ter várias classificações: móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, fungíveis e infungíveis, consumíveis e inconsumíveis, divisíveis e

6 indivisíveis, singulares e coletivos, comercializáveis ou fora do comércio, principais e acessórios, e públicos ou particulares. Vejamos algumas das espécies 4 : Bens Fungíveis: são aqueles que podem ser substituídos por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade. Os bens fungíveis são peculiares dos bens móveis. Bens Infungíveis, podem se apresentar tanto nos bens móveis e imóveis, só que estes são insusceptíveis de substituição. Bens Consumíveis: são aqueles que com o primeiro uso perdem a substância. Os inconsumíveis permitem uso constante, sem que necessariamente percam a sua integridade. Bens Divisíveis: são os bens possíveis de serem fracionados, sem que haja alteração na qualidade, desvalorização econômica e prejuízo do uso. Bens Indivisíveis: são aqueles que não admitem fracionar, pois ao dividir ocorre alteração na substância e diminuição no valor econômico do bem. Podem decorrer da sua própria natureza; por determinação legal, quando a lei determina a indivisibilidade de um determinado bem e, ainda, pela vontade das partes, que apesar da coisa ser divisível por natureza, as partes pactuam a indivisibilidade. Bens Singulares: são aqueles que independente de estarem reunidos devem ser considerados em sua individualidade. Podem ser simples e compostos. Simples refere-se aos bens cujas partes formam um todo homogêneo, sendo que a união acontece de forma natural. Compostos referem-se aos bens que requerem a conjunção de coisas e a união acontece de forma artificial. Bens Coletivos: são constituídos por várias coisas individuais, que formará um todo único. Podem ser bens coletivos por universalidade de fato que são os conjuntos de bens individuais ligados pela vontade humana para atingir alguma finalidade e os bens coletivos por universalidade de direito, relativo ao conjunto de bens singulares em que a própria norma jurídica dá unidade. 3. Do bem de família A lei brasileira não define expressamente o instituto do bem de família. No entanto, o livro do Código Civil que trata do Direito de Família, precisamente dos 4 FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito civil: teoria geral. 8. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p

7 artigos ao dispõem de elementos essenciais para a sua conformação, o que possibilita a conceituação por alguns doutrinadores. Citaremos alguns deles: Bem de família é um instituto originário dos Estados Unidos, que tem por escopo assegurar um lar à família ou meios para o seu sustento, pondo-a ao abrigo de penhoras por débitos posteriores à instituição, salvo as que provierem de tributos relativos ao prédio, ou de despesas condominiais 5. Maria Helena Diniz, ao conceituar resgata a origem americana, e acentua a importância do lar na família, além de relatar as duas exceções em que o podem ser penhoradas. Limongi França retrata bem de família da seguinte forma: é o imóvel urbano ou rural, destinado pelo chefe de família, ou com o consentimento deste mediante escritura pública, a servir como domicílio da sociedade doméstica, com a cláusula de impenhorabilidade 6. Nota-se que tal conceito por ser anterior a atual Constituição Federal, ainda traz em seu corpo à figura do chefe de família, impondo a este a responsabilidade única de gerenciador do lar. Com o advento da Constituição Federal vigente, a figura masculina como chefe de família deixa de existir, vez que conforme já mencionado no item 1.1, os cônjuges encontram-se em situação igualitária. Por sua vez, Álvaro Villaça Azevedo, define bem de família da seguinte forma: o meio de garantir um asilo à família, tornando-se o imóvel onde a mesma se instala domicílio impenhorável e inalienável, enquanto forem vivos os cônjuges e até que os filhos completem sua maioridade 7. Verifica-se que Álvaro Villaça traz um entendimento atualizado ao conceituar bem de família quando se refere à equiparação entre os cônjuges. Por sua vez, refere-se somente aos bens imóveis como impenhoráveis e inalienáveis, causando prejuízo aos bens de família móveis, conforme previsto na Lei 8.009/90. Por último Caio Mário conceitua o bem de família como sendo uma forma de afetação de bens a um destino especial que é ser a residência da família, e, 5 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro.17 ed. São Paulo: Saraiva 2002, v. 5, p. 6 FRANÇA, Rubens Limongi. Instituições de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 1996, p. 7 AZEVEDO, Álvaro Villaça, p. 11. apud. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil brasileiro: direito de família. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2010, v.6, p. 558.

8 enquanto for, é impenhorável por dívidas posteriores à sua constituição, salvo as provenientes de impostos devidos pelo próprio prédio 8. Nessa definição o que condiciona e torna um bem de família impenhorável ou inalienável é a sua finalidade e para que se destine, ou seja, deve se um bem que é utilizado como domicílio dos membros da família. 3.1 Esboço histórico Existem indícios de que o instituto bem de família teve origem na Roma antiga, vez que as famílias tinham a moradia como santuário. Isso porque, era na propriedade familiar que enterravam os mortos e prestavam adoração aos antepassados e deuses. Assim, surgiu a proibição de inalienar o patrimônio familiar, em razão dos rígidos princípios de perpetuação dos bens dos antepassados que se caracterizavam sagrados. Apesar de a antiga Roma ter consagrado os bens que compunham o patrimônio familiar como inalienáveis, a instituição do bem de família tem origem norte-americana. Foi em 1839 na República do Texas em decorrência da grave crise econômica que devastou os Estados Unidos da América do Norte no começo do século XIX, que manifestou o instituto bem de família. O Estado do Texas promulgou lei com a finalidade de proteger os lavradores no cultivo de terra, sendo que, as propriedades cultivadas estariam isentas de penhora caso destinassem a pequena propriedade à residência do devedor. A norma integrou a legislação de quase todos os estados norte-americanos, e assim criou-se o instituto do homestead. Tal instituto além de conceder proteção ao domicílio familiar em tempos de crises econômicas incentivava o homem a produzir em terras texanas inabitáveis. Assim, a família ficava protegida no caso de um desastre econômico. A principal característica do homestead, sem dúvida, foi à impenhorabilidade, deixando o imóvel residencial a salvo das dívidas de seus titulares 9. 8 PEREIRA, Caio Mário da Silva, p apud. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil brasileiro: direito de família. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2010, v.6, p FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das famílias. 2 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 805.

9 Aos poucos, o instituto bem de família passou a imperar em diferentes sistemas legislativos, como França, Suíça, Portugal e Espanha. Apesar de algumas transformações e das diferentes designações em cada país, o ponto em comum era a proteção do bem que integra o domicílio familiar sob eventual penhora. 3.2 A finalidade do bem de família Os legisladores, ao instituírem o bem de família visavam proteger o lar e a dignidade da entidade familiar, resguardando o imóvel residencial a salvo de execução por dívida, bem como os bens móveis essenciais que guarnecem tal imóvel. Hojtal instituto é um meio de proteção da família, tornando-o intocável. Isso porque a própria Constituição no artigo 6º assegura especial proteção à família, reconhecendo a moradia como um direito social. Conclui-se, que a finalidade está de pleno acordo com o que preconiza o caput do artigo 226 que eleva a família à condição de base da sociedade e merecedora da proteção especial do próprio Estado. 3.3 O bem de família no Direito brasileiro Foram várias tentativas para inserir o bem de família no ordenamento brasileiro. Inicialmente, Coelho Rodrigues apresentou o projeto lar de família ao Código de 1983, mas, no entanto, foi rejeitado. O projeto concedia o direito de ser constituído um lar de família tornando-o inalienável e indivisível durante o período do matrimônio e mesmo após seu término. Posteriormente, Esmeraldino de Bandeira propôs o projeto do Código de Processo Civil que foi aprovado pelo Decreto nº em 1910, entretanto esse foi suspenso pelo Decreto nº do mesmo ano, a fim de que aguardasse pronunciamento do Congresso Nacional, o que nunca aconteceu AZEVEDO, Álvaro Villaça. Bem de Família. 5 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 325.

10 Com o advento do projeto Clóvis Bevilácqua, o instituto bem de família foi inserido no Projeto do Código, na parte geral, no livro das pessoas, o que não conquistou grandes adeptos, vez que bem de família não tem personalidade jurídica e não é sujeito de direito. Sob forte censura, e após críticas, inclusive do senador Justiniano Serpa, o instituto foi deslocado para o livro dos bens. Dessa forma, surge o Código Civil de 1916, que cuidava do bem de família em quatro artigos no livro intitulado Dos Bens. Em 1990 visando à proteção da entidade familiar, surge nova modalidade de bem de família, imposto pelo próprio Estado por norma de ordem pública, a Lei Tal lei busca resguardar função do lar e a paz familiar, assegurando aos membros da entidade familiar uma existência digna, colocando seu imóvel residencial a salvo de execução por dívidas. Essa proteção passa a ser defendida pelo próprio Estado, é involuntária, ou seja, não necessita da pessoa constituir um bem como sendo de família, este se autoconstitui por lei específica. Compulsoriamente a lei protege o imóvel e os móveis e equipamentos que guarnecem a residência da família. A Lei 8.009/90 é norma de ordem pública, imposta pelo Estado, por isso independe de manifestação de vontade do proprietário do imóvel residencial da família quanto à impenhorabilidade. Conforme elucida Álvaro Villaça Azevedo o instituidor é o próprio Estado, que impõe o bem de família, por norma de ordem pública, em defesa da célula familiar. Nessa lei emergencial, não fica a família à mercê de proteção, por seus integrantes, mas é defendida pelo próprio Estado, de que é fundamento 11. Finalmente, o atual Código Civil deslocou a matéria para o Direito de Família, no título referente ao direito patrimonial, nos artigos a que regulamentam apenas o bem de família voluntário, modalidade esta que necessita da vontade dos interessados em destinar parte do patrimônio para instituir bem de família, através de registro público ou testamento, ressalvadas as regras sobre impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial. 11 AZEVEDO, Álvaro Villaça. Bem de Família. 5 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p. 328.

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