Sistema Agroindustrial do Leite Brasileiro: situação atual, mudanças e perspectivas

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1 Sistema Agroindustrial do Leite Brasileiro: situação atual, mudanças e perspectivas Gustavo Fischer Sbrissia 1 Leandro Augusto Ponchio 2 Publicado na revista DBO escrito em fev/05 Produtores, indústrias e cooperativas estão diante de um futuro incerto. Verifica-se um deslocamento geográfico dos pólos de produção leiteira, com novos estados e bacias emergindo no cenário nacional e uma maior concentração de indústrias e cooperativas, através de aquisições e fusões. Esses movimentos começaram e têm se intensificado desde a desregulamentação do setor, em 1991, e da implantação do Plano Real, em Além dessas transformações, a integração do Mercosul e a consolidação da abertura da economia também tiveram repercussões diretas sobre o setor. Contudo, a mudança estrutural de coleta e transporte de leite, iniciada em 1995, e os novos sistemas de remuneração ao produtor estão sendo fatores determinantes, incentivando progressivamente a modernização de práticas de manejo do rebanho e de conversação do leite. A produção mundial de leite em 2002 foi de aproximadamente 599 milhões de litros, segundo a FAO. Os 15 maiores produtores foram responsáveis por mais de 63% do volume e o Brasil ocupou a sexta posição, com 3,8% da produção mundial. Acima de países considerados referência na produção mundial, como Nova Zelândia e Argentina, a produção nacional vem crescendo significativamente desde o início da década de 90. Essa expansão, no entanto, não é uniforme, sendo bastante variada entre estados e sistemas de produção. Segundo o IBGE, a produção brasileira de leite cresceu 41% entre 1990 e 2001, sendo que o Centro-Oeste acumulou crescimento de 91% nesse período. O Sul e Sudeste apresentaram ampliações de 59%, 23%, respectivamente. Contudo, considerando que o maior pólo consumidor é constituído pelas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, o crescimento da produção está ocorrendo longe desses mercados. 1 Pesquisador CEPEA/Esalq-USP, mestrando em Economia Aplicada Esalq/USP, gfsbriss@esalq.usp.br 2 Pesquisador CEPEA/Esalq-USP, mestrando em Economia Aplicada Esalq/USP, laponchi@esalq.usp.br

2 Na figura 1, ilustra-se a expansão da produção brasileira de leite, associada às importações (equivalente litros de leite) e ao valor real do litro de leite. Figura 1: Consumo de leite tipo C e preço médio bruto pago ao produtor média Brasil (Base 100=Dez/03) mil litros jan/01 mar/01 mai/01 jul/01 set/01 nov/01 jan/02 mar/02 mai/02 jul/02 set/02 nov/02 jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 R$ 0,55 R$ 0,50 R$ 0,45 R$ 0,40 R$ 0,35 R$ 0,30 R$ 0,25 R$ 0,20 R$ 0,15 R$ 0,10 R$ 0,05 Produção Formal Importações R$/ litro - Brasil Fonte: IBGE, CEPEA-Esalq-USP Em 2002, o volume importado de leite em pó chegou a totalizar 113,8 mil toneladas, 112,53% superior a Isso ocorreu devido aos baixos preços em dólar praticados no mercado internacional. O volume importado de leite em pó, soro de leite, manteiga, iogurte e leite UHT custaram ao país, em 2002, US$ 206,8 milhões. Em 2003, a recuperação dos preços no Brasil e também no mercado internacional forçou uma queda nas importações. Para o leite em pó, a redução foi de 65,39% e para o leite UHT, de 93,04%. Assim, o leite apresentou uma despesa de apenas US$ 89 milhões para os cofres públicos. No início do Plano Real, a estabilidade dos preços e o fim do processo inflacionário alavancaram o consumo de leite de 110 litros/habitante/ano, em 1994, para 133, em No entanto, os dois anos seguintes ficaram marcados pela estagnação do crescimento da renda a redução do nível de atividade econômica acentuou o desemprego, a redução da R$ - R$/litro tipo C

3 massa salarial e o aumento da carga fiscal. A demanda por produtos lácteos é elástica à renda, o que significa que se a renda cair, a demanda retraí mais que proporcionalmente. Portanto, qual será o formato das propriedades de leite nos próximos anos? De um lado, as familiares, apresentando tendências mais flexíveis e se adaptando melhor às mudanças do setor e às circunstâncias sociais, já que a dedicação, quase que exclusiva da família à atividade, reduz os custos. Do outro lado, pode-se argumentar que a economia de escala é imprescindível, devido à diluição dos custos fixos, bem como a expansão da produtividade, como condições necessárias para a sobrevivência. Mas o que tem se verificado nas principais empresas e cooperativas leiteiras é um aumento da captação e redução do número de fornecedores, indicando ganhos em escala, produtividade e eficiência. A popularização do leite em embalagem longa-vida aumentou a vida útil na prateleira e reduziu os gastos com reposição e manutenção do produto em câmaras refrigeradas. Além disso, é comum encontrar nos supermercados leite proveniente de diversos estados brasileiros, acabando com a característica regional da produção e distribuição do produto pasteurizado. As 15 maiores indústrias laticinistas do País têm em torno de 96 mil produtores, com volume anual de seis bilhões litros. Ou seja, estas empresas captaram, em 2002, aproximadamente 26% da produção brasileira. Com relação ao número de produtores, verifica-se uma redução de cerca de 22% entre os anos de 2000 e No entanto, o volume captado foi praticamente o mesmo, destacando o ganho de escala por produtor, que passou de uma média de 135 litros/dia para 172 litros/dia. Hoje, as empresas têm um sistema próprio de bonificações e descontos, sendo seu preço final resultado de uma política leiteira. As indústrias de médio e grande porte adotaram a filosofia que não pode faltar leite nos estoques, fazendo com que as empresas disputem produtores com maiores volumes e qualidade entre si. Do lado do produtor, o controle de custo e um bom planejamento para a atividade tornam-se não mais um fator de competitividade, mas uma necessidade. Utilizando uma

4 dieta 3 composta por 90,6% de silagem de milho, 6,4% de farelo de soja, 0,87% de uréia e 2,2% de mineral, foi elaborado, na figura 2, o custo diário desta dieta por vaca, cuja produção diária é estimada em 15 litros/dia. Figura 2: Custo diário da dieta por vaca, no período de jan/01 a dez/03. Custo da dieta - R$/kg/dia/vaca R$ 5,50 R$ 5,00 R$ 4,50 R$ 4,00 R$ 3,50 R$ 3,00 R$ 2,50 R$ 2,00 Volumoso (R$/kg/dia/vaca) Fonte: CEPEA-Esalq-USP jan/01 mar/01 mai/01 jul/01 set/01 nov/01 jan/02 mar/02 mai/02 jul/02 set/02 nov/02 jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 Concentrado (R$/kg/dia/vaca) Uma grande discussão tem início quando se fala em rentabilidade da atividade leiteira. O baixo retorno por litro faz com que a escala de produção seja a principal determinante da renda gerada por essa atividade e torna-se, portanto, um fator importante para explicar a tendência crescente à especialização do setor. Os produtores especializados têm maiores estímulos para aumentar o volume de produção, pois, além de garantir rendas mais elevadas, se beneficiam de reduções do custo médio de produção decorrente da diluição dos custos fixos e de entrada no negócio, que são altos nesta atividade. O ritmo lento na modernização da pecuária leiteira, decorrente do controle de preços exercido por mais de 40 anos, resultou na produção de matéria-prima de qualidade inferior, custos 3 Dieta retirada do trabalho Aspectos Técnicos e Econômicos que Afetam a Escolha da Fonte de Forragem Suplementar, apresentado no Interleite em 2003 pelo Prof. Dr. Gustavo Nússio e pela Pesquisadora Carla Nússio.

5 industriais mais altos e em restrições às opções de produção. O leite de qualidade inferior passou a constituir obstáculos à satisfação de novas exigências do consumidor e retirou da indústria brasileira a capacidade de competir em mercados internacionais, até o início dos anos noventa. A qualidade do leite deve melhorar quando o mercado exigir, reconhecer e valorizar produtos com qualidade superior. O pagamento diferenciado é um instrumento para estimular o produtor a se especializar e o Brasil vem apresentando alterações nas formas de remunerações ao produtor. Algumas empresas já possuem pagamentos diferenciados por qualidade e novas formas de pagamento do leite devem ser implantadas. A bonificação por volume também é muito adotada, ou seja, produtor que entrega mais recebe mais, independente da qualidade do produto. Se por um lado o volume não garante que o produto seja diferenciado, por outro, permite uma maior segurança no planejamento da indústria e algumas reduções com custos de coleta. A ausência de uma legislação fitossanitária rigorosa para o leite é outro obstáculo que o País precisa superar. O setor lácteo caminha para um ambiente mais competitivo e moderno, mas os consumidores ainda têm alguns paradigmas, como: o produto direto do sítio é melhor do que o processado. Isso indica que muitos estão mal-informados, consomem produtos de origem e qualidade duvidosas, o que permite que alguém produza e distribua tais produtos. Desta forma, o setor apresenta uma grande heterogeneidade nos sistemas de produção e comercialização, que são sérios gargalos para a melhoria da qualidade e modernização do setor. O mercado opera sob condições desiguais, uns com regras oficiais e outros na margem do sistema legalizado, o que dificulta a difusão entre os produtores da idéia de que vale a pena investir e produzir leite com qualidade superior.

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