BOLETIM SEMANAL. Preço no mercado de lotes (R$ por saca) Máx: R$ 43,00 Mín: R$ 45,00. Máx: R$ 46,50 Mín: R$ 45,80

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1 SOJA: MATO GROSSO Mais uma semana de pequenos reportes no mercado disponível de soja. Alheio aos preços, que se mantêm nos melhores patamares do ano, os produtores do estado seguem retraindo as ofertas do pouco que resta para ser comercializado. Confira no quadro abaixo os preços praticados nas principais regiões do estado. Máx: R$ 44,80. Mín: R$ 42,80 Máx: R$ 44,00 Mín: R$ 41,80 Máx: R$ 45,00 Mín: R$ 44,00 Preço no mercado de lotes (R$ por saca) Máx: R$ 46,50 Mín: R$ 45,80 Máx: R$ 43,00 Mín: R$ 45,00 DESTAQUE DA SEMANA: COMERCIALIZAÇÃO: Todo este entrave nas negociações, mesmo com preços altos, tem um motivo: falta de produto no mercado mato-grossense. Segundo o mais recente levantamendo de comercialização do IMEA, restam ainda no estado cerca de 15% da safra 2007/08 para ser comercializada, volume que totaliza pouco mais de 2,5 milhões de toneladas. Volume pequeno, se considerarmos que ainda restam mais 6 meses até o final do ano e que no mínimo serão as industrias do estado terão que rodar suas fábricas até novembro. Como não poderia ser diferente, a região do estado com o maior volume já comercializado é a do médio norte, aonde mais de 90% da safra já trocou de mão. Sem compradores no mercado, ficou difícil até cotar preço durante esta semana. Como indicação nominal a saca seria comercializada a R$ 44,50. Pouca agitação no mercado disponível, com pequenos volumes negociados em média por R$ 44,80. Poucos negócios, em Campo Novo reportes por R$ 41,00, porém o pedido do produtor não baixou de R$ 42,00. Há mais especulação do que propriamente grandes negócios. Os melhores preços foram de R$ 48,50 em Alto Garça, R$ 47,00 em Primavera do Leste e R$ 47,70 a R$ 48,50 nas proximidades de Rondonópolis. No médio-norte sem ofertas de volume os principais compradores preferem não arriscar preço. Mas quem apareceu no mercado conseguiu vender a saca por até R$ 44,50 em Sorriso. FRETES: média semanal de preços em R$/T Origem Destino Esta semana Variação Semanal Variação Semanal Rondonópolis Paranaguá 125,5-2% -3% Sorriso Rondonópolis 62,5 12% -2% Sorriso Paranaguá 172,5 8% -1% Rondonópolis FARELO E ÓLEO: preço em RS/Ton Esta semana Variação Semanal Variação Mensal Farelo R$ 690,00 5% 25% Óleo R$ 2.880,00-5% 10% Sapezal Porto Velho 83,5-2% -7% Canarana Santos 150 7% 7% *Esta semana: 20/06 a 27/06,semana passada: 16/06 a 20/06 eum mês atrás: 19/05 a 23/05.

2 SOJA: INTERNACIONAL SEMINÁRIO PERSPECTIVAS DO AGRONEGÓCIO: No seminário da BM&F o palestrante André Pessoa, da Agroconsult apresentou a curva de indiferença entre soja e milho, demonstrando que para a safra 08/09, nos atuais níveis de preço com soja valendo US$ 15,00/bushel e o milho cotado a US$ 7,70, o cereal leva vantagem. Por isso o aumento na área seria na ordem de 3,3 milhões de hectares enquanto a soja perderia área de 2,1 milhões/ha. O palestrante apresentou também que uma das influências no atual preço da soja é o dólar, que ao estar depreciado, facilita a compra da commodity em outras moedas. Ainda quando ao cenário internacional o analista se demonstrou otimista em razão das enchentes ocorridas e mostrando que ainda há áreas inundadas em Iowa, no sul de Illinois e Winsconsin sendo as condições de lavoura boas/excelentes estão bem aquém se comparadas ao mesmo período do ano passado. Este cenário contribui para um quadro de oferta e demanda super apertado nos EUA nos próximos meses, já que com os problemas climáticos a safra ianque poderá não atingir nem 80 milhões de toneladas, número bem inferior se comparado a atual estimativa do USDA de 85 milhões de toneladas. No cenário interno o palestrante apresentou um interessante estudo, no qual demonstra que o Brasil possui o maior custo com fertilizantes e conseqüentemente o maior custo de produção do mundo, o que inibe os produtores brasileiros a aumentarem consideravelmente a área na próxima safra, haja visto que a rentabilidade em algumas regiões se encontram no limiar do lucro. Destacou também que o menor retorno sobre ativos no Brasil é no estado do Mato Grosso, que por se tratar de ser o maior produtor nacional contribui para enquadrar o país na triste situação de pior competidor internacional frente aos seus concorrentes diretos. COTAÇÃO DA SOJA NA CBOT/CME EM 27/06/08 ANÁLISE GRÁFICA: No final desta semana a soja recuperou força das leves quedas registradas anteriormente, graças às chuvas que ocorreram no meio-oeste, à cotação recorde do petróleo que ultrapassou os US$ 140,00/ barril e ao continuo enfraquecimento do dólar. Na sexta-feira, a Cbot que operava no último dia do contrato de julho, viu o mesmo ultrapassar a linha da máxima do contrato spot e quase alcançar a máxima do pregão. INDICADOR ATUAL ANTERIOR Selic (ao ano) TJLP (ao ano) IPCA 05/08 IPCA 12 meses IGP-DI 05/08 IGP-DI 12 meses Salário Mínimo Poupança (rend) 12,25% 6,75% 0,79% 5,44% 1,88% 11,53% 415,00 0,5960% 11,75% 6,50% 0,55% 4,93% 1,12% 9,81% 380,00 0,5411% INDICADOR MAIO/08 ABRIL/08 Arrecadação-ICMS Soja (milhões) Algodão (milhões) Total (milhões) Emprego (Agropecuária) Admissão Demissão Saldo R$ 15,2 R$ 0,96 R$ R$ 16,4 R$ 1,2 R$ FECHAMENTO: 27/06/08 CBOT/CME: Dólar/Bushel FECH. MÁX MÍN. Jul/08 15,81½ 15,90 15,73 Ago/08 15,79 15,87 15,70½ Set/08 15,70 15,76 15,58 Nov/09 15,59½ 15,77 15,52 Mar/09 15,82 15,95 15,75 Mai/09 15,74½ 15,85 15,74

3 MILHO: MATO GROSSO COLHEITA: os trabalhos no campo estão a todo vapor, somente no extremo sul do estado a colheita ainda não se iniciou. No final desta semana 8% da área total já havia sido colhida, uma evolução de 4 pontos percentuais em uma semana. A região mais adiantada é a do médio-norte que já tem 11% da área total colhida. PREÇO SOBE, MAS MERCADO TRAVA! Com a nova dinâmica do mercado os compradores estão refazendo constantemente suas contas de preços, e não só os que têm como objetivo a exportação, mas também os interessados no mercado local. Mas mesmo com preços mais atraentes, de até R$ 17,00 em Lucas do Rio Verde, R$ 20,00 em Rondonópolis e Primavera do Leste, os produtores seguem apreensivos, pois a cada semana que passa os preços se encontram mais firmes e a estratégia do momento é vender somente o necessário. BONS FRUTOS: A safra que visualmente parecia ser uma das melhores da história vem confirmando a expectativa nas colheitadeiras. A conjuntura de bom clima, alta tecnologia e empenho dos produtores somado a quebra de safra no Paraná deve levar o Mato Grosso a líder em produtividade e produção brasileira. Na região do médio norte, os rendimentos até agora encontrados variam entre 70 a 100 sacas. Em Lucas do Rio Verde, com mais de 10% da safra colhida, o rendimento que sai do campo está variando entre 90 e até 130 sacas por hectare. E há talhões que se teve produtividade de até 150 sacas por hectare. Sabemos que as médias iniciais sempre são muito melhores que a média da produção, por isso não se pode aplicar esses números como média final, mas é um ótimo começo. DESTAQUE DA SEMANA: NOVA FORMAÇÃO DE PREÇOS: Após passar anos a fio com a formação de preço do cereal sendo feita sobre o cálculo da paridade de importação, o mercado interno do grão vive nova fase com a demanda do mercado exportador sendo o balizador do preço. Deste modo todos os olhos se voltam para o no cenário internacional, e é ai que mora a insegurança da oferta, pois o maior produtor mundial do cereal, os EUA, passa por dificuldades de produção. Por sinal, não é só nos EUA que a safra se encontra ameaçada, no Paraná, maior estado brasileiro produtor do milho de 2ª safra, as geadas castigaram as lavouras. Até o presente momento já foi confirmada uma quebra de no mínimo 20% da produção. Fato que corroborou para grande valorização dos preços em todo o país. Como referência os preços praticados no mercado exportador do porto de Paranaguá atingiram R$ 28,00/sc nesta semana. LEILÕES DA CONAB: Diante deste cenário a Conab antecipou as compras para recompor os estoques privados. Nesta sexta-feira foi realizado o primeiro leilão de compra que pretendia negociar 70 mil toneladas de milho. Deste volume toneladas para entrega em Rondonópolis e em Sorriso, o restante seria para oeste baiano. Porém, nem mesmo 20% deste volume foi negociado, mesmo com valores de R$ 21,00 em Rondonópolis e R$ 19,00 em Sorriso.

4 MILHO: INTERNACIONAL MARGEM DO ETANOL NOS EUA 0,03 SEMINÁRIO DA BM&F: No dia 24 ocorreu em São Paulo o evento Perspectivas para o Agronegócio no ano 2008 e Neste seminário o analista Leonardo J. Sologuren, da Céleres consultoria, falou sobre as perspectivas de milho no cenário internacional, apontado a difícil situação do mercado norte-americano, o qual tem apenas 7% de excedente de sua produção para atender o mercado internacional. Com isso a relação de estoque/consumo está se deteriorando, o que contribui para a manutenção de preços acima dos US$ 7,00/bushel. O mesmo, também apresentou uma perspectiva de que em 10 anos o esmagamento de milho para etanol naquele país cresça 103%, fator que deve contribuir para a manutenção das elevadas taxas de demanda mundial pelo cereal. Todavia, Leonardo Sologuren, destacou que com o elevado aumento de preço da matéria-prima, a margem de esmagamento de milho para etanol no mercado ianque se caiu consideravelmente, como podemos ver no gráfico ao lado. RALLY CLIMÁTICO: Esta semana novas chuvas no meio-oeste contribuíram para a alta do cereal. Não que as chuvas fossem intensas e contínuas como no início do mês, mas foram suficientes para alarmar o mercado, já que as lavouras em Iowa ainda sofrem com a alta umidade no solo. Para a semana que vem o gráfico abaixo, com previsão de 12 em 12 horas das 11h30min de Brasília, aponta chuvas na região produtora de quinta-feira a sábado. PREVISÃO DE PRECIPITAÇÃO: De 12 em 12 horas do dia 03/07 ao dia 05/07 ANÁLISE DO MERCADO: O milho bate novos recordes nesta semana na casa dos $8,00/bushel nos contratos de março e julho 2009, sendo impulsionado pelo temor de que não haverá milho suficiente no mercado norte-americano. Os motivos são: áreas não semeadas e perdas de produtividade em conseqüência do alagamento dos solos de Iowa, que além de prejudicar o desenvolvimento das lavouras também levou embora grande parte do fertilizante aplicado. FECHAMENTO: 27/06/08 16:30 Brasília CBOT/CME: Dólar/Bushel 00h 03/07 ao 12h - 03/07 12h 03/07 à 00h - 04/07 FECH. MÁX MÍN. Jul/08 7,54¾ 7,62½ 7,49 Set/08 7,67¾ 7,76 7,62¾ Dez/08 7,87 7,96 7,82 Mar/09 8,03¾ 8,11½ 8,01 Mai/09 8,10 8,15¼ 8,10 Jul/09 8,14 8,20½ 8,12 00h 04/07 ao 12h -04/07 12h 04/07 à 00h - 05/07

5 ALGODÃO: MATO GROSSO Os trabalhos nas lavouras de algodão já começaram, mas os motores ainda estão se aquecendo. Somente as áreas que tiveram clima menos úmidos durante a safra estão conseguindo colher, pois o ciclo não se estendeu tanto. Na região do médio norte é que se está conseguindo avançar sobre maiores áreas de colheita, mas com lentidão. Muitos produtores ainda estão aplicando maturador e pensando em começar os trabalhos com mais força nas próximas semanas. Mercado travado: O indicador ao lado mostra a evolução dos preços praticados. Porém este aumento reflete exatamente a falta de acordo entre as partes interessadas. Como já vínhamos falando os negócios estão difíceis, pois a safra velha já tem pouco produto na qualidade necessária e por isso o que existe está sendo muito bem cotado. Os poucos compradores no mercado não conseguem chegar nas pedidas dos produtores, que não abrem mão de R$ 1,30/lp, as melhores propostas de pagamento atingiram R$ 1,26/lp. Preço disponível nas principais praças do estado Preço em a retirar Locais/data 23/jun 24/jun 25/jun 26/jun 27/jun Itiquira 39,7 39, ,2 40,3 A.Garças 39,7 39, ,2 40,3 Rondonópolis 39,5 39,7 39, ,1 Primavera Do Leste 39,4 39,6 39,7 39,9 40 C. Verde 39,4 39,6 39,7 39,9 40 Cuiabá 39,4 39,6 39,7 39,9 40 Lucas 38,9 39,1 39,2 39,4 39,5 Sorriso 38,9 39,1 39,2 39,4 39,5 Campo Novo 38, ,1 39,3 39,4 Seminário BM&F: Na última terça-feira, dia 24, durante o Seminário realizado pela BM&F em parceria com o Ministério da Agricultura, foi apresentado no painel de Algodão o custo de produção usado como referência pela Abrapa, custo este levantado pelo IMEA. Segundo dados exibidos, apesar dos elevados custos de produção a rentabilidade para o algodão no cerrado se encontra na casa dos 15%, número este não confirmado pelo IMEA. Também foram discutidos os problemas portuários decorrentes das entregas concentradas nos portos brasileiros, que tornam a operação de exportação mais onerosa e lenta. Isso, conforme debate no local, foi decorrência dos prazos de comprovação dos leilões governamentais, de 180 dias para Mato Grosso e 90 dias para a Bahia. Durante o debate o Sr. Décio Tocantins, da AMPA, expôs os custos elaborados pelo IMEA/AMPA, que totalizaram US$ 2.600,00 porém com rentabilidade negativa de 15%, já considerando os contratos pré-fixados.

6 ALGODÃO: INTERNACIONAL RALLY CLIMÁTICO EUA: Em detrimento da seca neste início de safra a qualidade do algodão, nas áreas de maior produção nos EUA, tem sofrido queda consideráveis nas condições de lavouras. O total de lavouras em condições muito ruins atinge 8%, número acima da média plurianual dos últimos cinco anos. O Texas, responsável por 50% do plantio norteamericano na safra 08/09 está com 16% de área muito ruim, e 22% ruim, sendo que apenas 8% estão em condições excelentes. Situação semelhante para o estado da Geórgia, responsável por 11% da área total ianque, apresenta 11% de área ruim e apenas 3% excelente. Para os próximos dias a situação tende a melhorar já que há previsões de chuva na próxima semana, mas com a máxima de 40 polegadas nas regiões produtoras. IMPACTOS DE SECA REPORTADOS NO MÊS PASSADO IMPACTOS DE SECA REPORTADOS NA SEMANA PASSADA Dados Relevantes: dia 27/06 com variação semanal Estoques Certificados ,9% Cotlook $ 80,40/lb 1,70% Dólar/Real: R$1, EURO/Dólar: US$1, Semana: 24 Junho Posição em Contrato spot ( fardos) Opções e Futuros na ICE/U.S. Fundos Hedge Comprados Vendidos Relatório de Exportações e Vendas para Exportação de Algodão terra alta dos Estados Unidos em fardos 480lb Semana: 05/06 Safra 07/08 Safra 08/09 Vendas na semana Vendas até a data Embarques na semana Embarques até a data Previsão USDA ANÁLISE DO MERCADO: Influenciado pelo petróleo, desvalorização do dólar e pelo respingo das commodities agrícolas o algodão reagiu no final da semana recuperando um pouco das perdas da semana passada e do começo desta. FECHAMENTO: 27/06/08 NYBOT/ICE: CENTS DE DÓLAR/LIBRA-PESO FECH. MÁX MÍN. 73,41 74,90 73,50 81,15 82,59 80,77 88,38 88,64 87,97 92,61 92,60 92,61 89,56 89,00 89,59