Goiás e Minas Gerais INTL FCStone

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1 Goiás e Minas Gerais

2 Chegamos à! No Giro da Safra II, percorremos as regiões produtoras de soja dos estados de para avaliar a situação das lavouras que estão sendo colhidas. Neste ciclo, o padrão climático foi mais favorável em ambos os estados, após enfrentar quebras importantes nas últimas safras. Apesar do início conturbado, com seca no período de plantio, as produtividades estão surpreendendo positivamente os produtores após o clima chuvoso entre janeiro e fevereiro de 2016, justamente na fase de desenvolvimento que mais necessita de umidade: o enchimento de grãos. Mais uma vez, avaliamos os riscos de cada região de acordo com o histórico de produtividade, que, combinados aos dados de clima ocorrido nesta safra e relatos dos produtores em visitas a campo, nos trazem estimativas mais concretas a respeito do rendimento da soja nestes dois estados. QUEM FAZ Natália Orlovicin Coordenadora de Inteligência de Mercado Carolina Barboza Comunicação e marketing QUEM FOI AO CAMPO? Participação Especial - Fábio Rezende Analista de Mercado MAIS INFORMAÇÕES Blog blog.intlfcstone.com.br

3 Microrregiões A fim de entender os fatores de risco associados à produtividade das lavouras nas maiores microrregiões produtoras de soja do Brasil, foi realizada uma análise histórica comparativa, com base nos rendimentos históricos e no padrão climático de cada microrregião. Para fins de análise, foram consideradas aquelas que tiveram participação acima de 0,5% da área plantada de soja do Brasil no ciclo 2014/15. Com isso, foram selecionadas 59 microrregiões brasileiras que somaram 77% da área total cultivada com a oleaginosa. A seguir, as microrregiões selecionadas foram classificadas segundo o risco associado à quebra de safra, com base no desvio-padrão da produtividade entre os anos de 1998 e As microrregiões que possuem desvio padrão maior do que 0,5 foram classificadas como alto risco, as que apresentaram valor entre 0,3 e 0,5 são de médio risco e as menores de 0,3 são de baixo risco, conforme mapa a seguir. Dados: IBGE Elaboração

4 Goiás Clima Após dois anos de quebra de safra no estado de Goiás, em que a produtividade média ficou muito abaixo do potencial por causa de graves problemas climáticos, em 2015/16 o cenário mudou para os produtores da região. Apesar do atraso no plantio e um início de safra com chuvas abaixo da média, o clima de janeiro e fevereiro de 2016 foi muito favorável ao desenvolvimento das lavouras e permitiu uma recuperação surpreendente da umidade do solo e, consequentemente da produtividade. De acordo com a nossa análise de risco, a maior parte das microrregiões produtoras do estado apresenta um baixo risco associado a perdas de produtividade por causa do clima, uma vez que o nível de precipitação normal é muito acima do necessário para o desenvolvimento adequado da safra. Com isso, mesmo com chuvas abaixo da média no início da temporada (como pode ser observado no gráfico), foi possível um crescimento vegetativo de maneira saudável, que foi potencializado pelas precipitações que vieram mais tarde. Dados: Bloomberg Em janeiro, porém, assim como ocorreu em boa parte do país, houve uma completa inversão no padrão climático observado no final de Isso quer dizer que regiões que estavam com seca (como o Goiás) tiveram chuvas muito acima da média durante o início do ano. Como este é um período crucial para determinar a produtividade da soja, já que predomina a fase de enchimento de grãos, o potencial produtivo se recuperou e os resultados tem sur-

5 preendido os agricultores. Espera-se, portanto, que o estado alcance pouco mais de 10 milhões de toneladas de produção, o que significa um aumento de 16% em relação ao ano passado. Além do aumento de área, o salto na produtividade deve ser muito grande, estimada para ficar muito próxima das 50 sacas por hectare. Produtividade - Goiás e regiões Sul Goiano Dados: IBGE O Sul Goiano é a região que concentra a maior parcela da produção de soja do estado e sofreu muito com as intempéries nos últimos anos. Nesta safra, porém, as condições foram melhores, o que deu novas perspectivas para os produtores, que esperam colher volume recorde. O clima nesta região foi muito favorável ao desenvolvimento da safra, apesar da leve falta de chuvas no início do ciclo. Em janeiro, as chuvas foram muito abundantes, o que ajudou a potencializar a produtividade.

6 Dados: Bloomberg Fôlego Janeiro chuvoso traz expectativas mais positivas aos produtores goianos, que buscam superar suas médias históricas no ciclo atual Marcada por um início com clima problemático e consequente atraso no plantio, a safra 2015/16 de soja poderia repetir a sequência de quebra, não fosse a recuperação do clima em janeiro, chuvoso e benéfico ao desenvolvimento da planta. Em Rio Verde, apesar do atraso no plantio de soja, o aumento dos custos foi alvo principal das reclamações. As despesas totais subiram cerca de 30-40% em comparação com o ciclo anterior (considerando as safras de soja e milho safrinha). Principais gastos vêm do combustível e mão de obra. Além disso, pesaram na conta as máquinas, os equipamentos e insumos. De acordo com a visita de nossa equipe a campo, expectativa de produtividade gira em torno de sacas/ ha. Os números são parecidos com a média histórica, mas acima das últimas duas safras (cuja média configurou 45 sacas/ ha), que tiveram problemas climáticos.

7 Leste Goiano No Leste do estado o clima já não foi tão favorável quanto na região principal, especialmente no início da temporada, quando a seca se prolongou e ocasionou um grande atraso no plantio da oleaginosa. Felizmente, a virada climática de 2016 também se repetiu nesta região e as chuvas de janeiro amenizaram a situação de déficit hídrico, melhorando as perspectivas de produtividade. Neste caso, o rendimento da soja deve ser menor do que a estimada para o Sul do estado, mas ainda assim, deve ficar acima da média dos últimos anos. Dados: Bloomberg

8 Minas Gerais Clima O estado de Minas Gerais contribui com cerca de 4% da área plantada com soja no Brasil, sendo que a maior parte está situada no triângulo mineiro, sudoeste do estado. Há também uma parte importante da produção no noroeste. Nesta safra, o clima beneficiou as lavouras de soja, que conseguiram se desenvolver de forma saudável desde o início do ciclo. Apesar do nível de chuvas ter ficado abaixo do normal em alguns momentos, as chuvas vieram durante a fase crucial para determinação da produtividade, que se concentra especialmente entre janeiro e fevereiro. Dados: Bloomberg Com isso, as perspectivas de rendimento dos produtores das regiões são muito positivas e espera-se que fique muito próximo da máxima já atingida no estado. A estimativa de produção é de pouco mais de 4 milhões de toneladas, com produtividade de quase 50 sacas por hectare.

9 Dados: Bloomberg Incremento produtivo A colheita de soja deve trazer resultados positivos para o produtor de Tupaciguara, município localizado no Triângulo Mineiro, onde a visitou uma propriedade. Com leve redução na área plantada, os resultados obtidos têm girado em torno de 55 sacas por hectare, contra 48 sc/ ha do ciclo anterior. Esse número tende a melhorar, uma vez que a soja precoce, que já foi colhida, não estava boa pela falta de chuvas nos primeiros dias, explica o analista de mercado da, Fábio Rezende, que esteve a campo. A expectativa é que a produtividade atinja 58 sc/ ha no final da colheita, um número superior às duas safras passadas na região. Municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba como Ituiutaba, Centralina, Capinópolis, Canápolis, Cachoeira Dourada e Ipiaçu devem registrar boa produtividade de soja, acima de 60 sacas por hectare (contra a média de sc/ ha do ciclo anterior).

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