As terras raras no cenário econômico mineral. Elias Márquez Viana (EPA) Carlos Enrique Arroyo (UFMG)
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- Rafael Zagalo Farinha
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1 As terras raras no cenário econômico mineral Elias Márquez Viana (EPA) Carlos Enrique Arroyo (UFMG)
2 Introdução Ainda que não tenha a mesma ênfase que algumas commodities minerais mais conhecidas, como o ferro, o níquel entre outros, as terras raras têm merecido amplo destaque nos meios relacionados às atividades mineradoras de pesquisa, exploração, produção, assim como de comercialização e aplicação desses elementos metálicos Pelo lado do setor público o Ministério de Minas e Energia (MME) passou a considerar as terras raras estratégicas, chamando-as minerais portadores de futuro no Plano Nacional de Mineração. O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) também anunciou investimentos de R$ 11 milhões em pesquisa e desenvolvimento no setor até 2016
3 Base teórica
4 Cadeia produtiva Complicada cadeia produtiva Etapas de produção: Upstream os elementos de terras raras precisam ser extraídos e separados, gerando óxidos, metais e ligas que são utilizados pela indústria. Etapa 1: Extração mineral e concentração ( depende do tipo de minério ao qual associa-se) Etapa 2: Extração de óxidos, através da utilização de solventes CHINA=85%(óxidos de TR) JAPÃO = Tecnologia de transformação de TR) 90% das importações do Japão proveem da CHINA O Upstream da cadeia produtiva está concentrado em algumas regiões (Figura 3), basicamente devido a disponibilidade de recursos e conhecimento (tecnologia)
5 Cadeia produtiva Upstream Óxido, Metais + Ligas de Terras Raras = indústria de alta tecnologia. UPSTREAM O DOWNSTREAM Extração (óxidos) Ce Eu, Y, Tb La, Ce Pó de polimento Phosphors Aditivos de liga e Catalisadores Eletrólise (metais) Ce, Pr, Nd Bonded Magnetos Fundição em Ligas Leves Pr, Nd, Sm, Gd, Dy, Tb La, Ce, Sm Sintered Magnetos Baterias NiMH
6 Conjuntura Internacional Reservas = 135,7MMTM 1. China > 40% Reservas - Baiyun Ebo (bastnaesita) 2. Rússia = 18% Reservas (Loparita, Apatita) 3. BRAZIL = 16,17% Reservas Outros: EE.UU, Austrália, Índia, Malásia.
7 Algumas Aplicações
8 Conjuntura Internacional
9 Preços Preço Médio (US$/t.) Conc. De Monazita Conc. De Bastnaesita Nd Mischmetal Produtos vendidos com teor de 99% em ligas ou óxidos
10 Evolução do preço das terras raras no Brazil
11 Oferta x Demanda a) Desde a descoberta, em 1886, das areias monazíticas em Cumuruxatiba, na Bahia, até 1915, o Brasil foi o maior produtor isolado de minério de TR. Entre 1915 e 1960, o país dividiu essa liderança com a Índia. b) Atualmente, a produção mundial de óxidos de TR, de cerca de 134 mil toneladas, é composta por 97% de participação chinesa. Além disso, praticamente toda a oferta de TR pesadas é suprida pela China. c) Existiam previsões de que a demanda atingiria toneladas/ano já em 2012 e toneladas em 2014, sendo pouco provável que a entrada de novas minas em produção pudessem compensar essa diferença, no curto prazo. Como a produção chinesa não deve ultrapassar toneladas, no curto prazo, pode-se prever que haverá um déficit anual de toneladas/ano, nesse horizonte Ano 2010 = 500t de produção de TR 0,41% da produção mundial
12 Oferta Oferta estimada de óxidos de elementos de TR para 2014 (em toneladas)
13 Oferta Oferta média anual de óxidos de elementos de TR, entre 2012 e 2014, segundo sítios de produção selecionados (em toneladas)
14 Oferta Cenário 1 = curva otimista Cenário 2 e 3 = realista
15 Demanda Consumo global de TR, segundo a aplicação, em 2008 (em mil toneladas) Proporção estimada do valor do consumo de TR, segundo a indústria, em 2011
16 Comercio exterior O Gráfico 16 mostra a situação de oferta e demanda, estimada a partir de 2010, considerando-se que as tendências atuais perdurem, que novos projetos sejam desenvolvidos e que haja um equilíbrio entre oferta e demanda para cada elemento de TR
17 Comercio exterior a) Segundo dados do Departamento Nacional da Produção Mineral, em 2010, o Brasil importou compostos químicos e produtos manufaturados com elementos de TR no montante de US$ 14,1 milhões FOB. Essas importações foram originadas principalmente dos seguintes países: (i) bens primários: EUA (88%); (ii) produtos manufaturados: China (82%), EUA (5%), Bulgária (7%), Austrália (2%) e Bélgica (2%); (iii) compostos químicos: China (93%), EUA (2%), Espanha (2%) e França (2%). b) Exportações O Brasil exportou, em 2010, compostos químicos e produtos manufaturados no montante de US$ 1,4 milhão FOB. O principal país de destino dos compostos químicos exportados foi a Espanha (99%). Para os produtos manufaturados, os principais países de destino foram Reino Unido (27%), Canadá (21%), Angola (21%), EUA (17%) e Países Baixos (4%).
18 Perspectivas e conclusões mercado global de terras-raras, elementos químicos metálicos utilizados pela indústria de alta tecnologia, deve praticamente dobrar sua produção até Até 2014, prevê-se um déficit na oferta desse grupo de elementos, dos quais o mais emblemático é o caso do neodímio, usado em smartphones e turbinas eólicas, entre outras aplicações. Atualmente, há mais de duzentos projetos de exploração sendo desenvolvidos por 165 empresas em 24 países. A maioria dos projetos está concentrada na China, mas os EUA, a CEI e o Canadá também desempenham papel importante nessa expansão. O aporte desses novos projetos poderá gerar uma sobre oferta já a partir de 2014, o que pode aumentar ainda mais a volatilidade dos preços desses elementos, que já é muito alta Mesmo com preços atuais que permitem amplas margens, as grandes mineradoras continuam fora do mercado de TR. Elas preferem trabalhar com larga escala, e as terras-raras são utilizadas em baixo volume pela indústria. Basicamente, os projetos são realizados por mineradoras de menor porte, conhecidas como junior companies, com o apoio de investidores. No caso do Brasil, com baixa demanda, uma forma de estimular a mineração de TR e a fabricação de produtos com base nesses insumos seria estabelecer parcerias/consórcios entre as empresas consumidoras por exemplo, as fabricantes de motores com ímãs permanentes, as empresas produtoras de catalisadores automotivos e de refino de petróleo, entre outras e as empresas mineradoras, com vistas a diminuir o risco de abastecimento e a volatilidade e a permitir uma margem adequada para as mineradoras, viabilizando, assim, investimentos nesse segmento estratégico
19 Referencias Bibliograficas [1] STURARI, R. J. A. (2012). Terras raras brasileiras: perspectivas de uma nova era. 44p. [2] MOUTINHO, S. (2013). O novo ouro. Revista Ciência hoje, v. 52, 6p. [3] PTABLE. (2014). Tabela periódica. Disponível em: [4] ROCIO, M. A. R. (2012). Terras raras: situação atual e perspectiva. BNDES Setorial p. [5] GIL, Antônio Carlos. (1999). Técnicas de Pesquisa em Economia. Atlas. 2ª. Ed. São Paulo: 42p. [6] MBAC. (2013). Terras raras: da mina ao mercado. Nov p. [7] DNPM. (2013). Departamento Nacional de Produção Mineral. Terras raras. Sumário Mineral p. [8] LOUREIRO-LAPIDO, F. (2013). O Brasil e a reglobalização da indústria das terras raras. Rio de Janeiro: CETEM/MCTI. [9] LOUREIRO, F. E. V. L. (2011). Terras-Raras- Tipos de Depósitos, Recursos Identificados e Alvos Prospectivos no Brasil. I Seminário Brasileiro de Terras-Raras, Rio de Janeiro, 35p. [10] ROSENTAL, S. (2008). Terras Raras. CETEM, CT Rio de janeiro, 44P. [11] HUMPHREYS, D. (2009). Unravelling the causes of the mineral price boom. Resources Policy, v. 34, 25p. [12] SEAMAN. (2010). Rare earth and clean energy: Analysing China s Upper Hand. ISBN , IFRI. 32p. [13] HUMPHRIES, M. (2011) Rare Earth Elements: The Global Supply Chain. Congressional Research Service. 20p.
20 Obrigado
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