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1 Conselho da União Europeia Bruxelas, 20 de novembro de 2020 (OR. en) 13188/20 NOTA de: para: Secretariado-Geral do Conselho Delegações n.º doc. ant.: 12659/20 CFSP/PESC 1024 CSDP/PSDC 580 COPS 413 EUMC 225 POLMIL 178 Assunto: Conclusões do Conselho sobre a revisão estratégica da CEP 2020 Junto se enviam, à atenção das delegações, as conclusões do Conselho sobre a revisão estratégica da CEP 2020, na versão aprovada por procedimento escrito /20 fmm/ip 1 RELEX.1.C PT

2 CONCLUSÕES DO CONSELHO SOBRE A REVISÃO ESTRATÉGICA DA CEP 2020 O Conselho aprova os resultados da revisão estratégica da CEP 2020 apresentados no documento em anexo /20 fmm/ip 2 RELEX.1.C PT

3 ANEXO Revisão estratégica da CEP 2020 Lançada em dezembro de 2017, a cooperação estruturada permanente (CEP) representa uma mudança radical na cooperação no domínio da defesa na União tendo em vista a realização das missões mais exigentes e a fim de contribuir para a concretização do nível de ambição da União em matéria de segurança e defesa, tal como acordado pelo Conselho em novembro de É constituída por 25 Estados-Membros participantes que assumiram 20 compromissos mais vinculativos entre si, em conformidade com as disposições do Tratado da UE. No quadro institucional e jurídico da CEP, os Estados-Membros participantes estão a avançar no respetivo cumprimento dos compromissos mais vinculativos, nomeadamente demonstrando uma tendência positiva nas despesas com a defesa. Foram lançados quarenta e sete projetos colaborativos, tendo doze deles já produzido resultados concretos ou atingido a sua capacidade operacional inicial. A coerência entre a CEP e, designadamente, a Análise Anual Coordenada da Defesa (AACD), o Fundo Europeu de Defesa (FED) e os precursores deste último promove uma melhor utilização dos recursos escassos, aumentando o desenvolvimento conjunto das capacidades necessárias para a segurança da Europa. Em 2019, várias ações relacionadas com projetos CEP receberam financiamento no âmbito do Programa Europeu de Desenvolvimento Industrial no domínio da Defesa (PEDID). A CEP é um instrumento poderoso que pode fazer a diferença no que toca a aumentar os investimentos na defesa, reforçar o desenvolvimento conjunto de capacidades e melhorar a disponibilidade de forças projetáveis e interoperáveis, em conformidade com o Protocolo (n.º 10) do TUE e reconhecendo o princípio da reserva única de forças. Estas forças podem ser utilizadas pelos Estados-Membros participantes no âmbito da UE, para atender a necessidades nacionais, bem como em diferentes contextos, como a ONU e a OTAN. Por conseguinte, a segunda fase inicial ( ) da CEP deverá basear-se nos progressos realizados até à data, nomeadamente abordando os domínios em que é necessário melhorar e trabalhando no sentido de obter resultados concretos /20 fmm/ip 3

4 Introdução 1. Em conformidade com a Decisão (PESC) 2017/2315 do Conselho, de 11 de dezembro de 2017, que estabelece uma cooperação estruturada permanente, foi iniciado no final de 2019 um processo de revisão estratégica da CEP, que se desenvolveu ao longo de 2020 para ponderar a possibilidade de atualizar e reforçar, se necessário, os compromissos mais vinculativos à luz dos resultados obtidos no âmbito da CEP, a fim de refletir a evolução do ambiente da União no domínio da segurança. Este processo constituiu uma oportunidade para os Estados-Membros participantes avaliarem o que já foi alcançado no que se refere ao cumprimento dos compromissos mais vinculativos, bem como aos projetos, no final da primeira fase inicial ( ). 2. O objetivo do presente documento é que o Conselho conclua o processo de revisão estratégica conduzido pelos Estados-Membros participantes e forneça orientações para a próxima fase da CEP ( ) no que respeita ao objetivo geral, às principais metas estratégicas, aos processos associados à CEP, bem como aos incentivos para melhorar o cumprimento dos compromissos, em especial nos casos em que os progressos tenham sido avaliados pelo alto representante e assinalados pelo Conselho como insuficientes, a saber, no que diz respeito aos compromissos operacionais, bem como aos compromissos relacionados com a abordagem colaborativa europeia. 3. O Conselho aprova os resultados dos debates que se realizaram entre os Estados-Membros participantes desde dezembro de 2019, com o apoio do Secretariado da CEP, sobre os compromissos, salientando que os compromissos mais vinculativos mutuamente assumidos pelos Estados-Membros participantes demonstraram constituir uma orientação sólida para assegurar a execução coerente da CEP, pelo que não devem ser alterados no contexto da atual revisão estratégica da CEP. Apresentam-se no apêndice 1 resultados adicionais sobre os projetos e os processos/métodos de trabalho. 4. O Conselho congratula-se com a lista, constante do apêndice 2, dos projetos CEP em curso que deverão produzir resultados concretos ou atingir a plena capacidade operacional até ao final de /20 fmm/ip 4

5 Objetivo geral para a próxima fase da CEP ( ) 5. A CEP continuará a contribuir para o cumprimento do nível de ambição da UE no domínio da segurança e da defesa, nomeadamente tendo em vista a realização das missões mais exigentes. Nesta perspetiva, o objetivo geral para a segunda fase inicial, que durará até 2025, será que os Estados- -Membros participantes cumpram os seus compromissos mais vinculativos mútuos, inclusive trabalhando rumo à criação de um conjunto coerente de forças que cubra todo o espetro, em conformidade com a notificação da CEP, e que contribua para o cumprimento do nível de ambição da UE, sendo que tal conjunto deverá ser definido mais pormenorizadamente pelos Estados-Membros no contexto das próximas Orientações Estratégicas. Consequentemente, este trabalho deverá conduzir à melhoria das capacidades de defesa dos Estados-Membros participantes, bem como à sua disponibilização para missões e operações da PCSD com caráter de urgência, em conformidade com o processo do Objetivo Global. Com vista a alcançar tal conjunto coerente, interoperável, projetável e modular de forças que cubra todo o espetro, o desenvolvimento das capacidades dos Estados-Membros será prosseguido em conformidade com as prioridades de desenvolvimento de capacidades da UE, incluindo os objetivos de capacidades com forte impacto e as recomendações da AACD, assegurando a coerência dos resultados produzidos com os processos equivalentes da OTAN, nos casos em que as necessidades coincidam, e reconhecendo simultaneamente a natureza distinta das duas organizações e as suas diferenças em termos de responsabilidades e de membros. Ao trabalhar rumo a um conjunto de forças que cubra todo o espetro, os Estados-Membros participantes deverão também colmatar as lacunas recorrentes em termos de constituição de forças destinadas a integrar missões e operações da PCSD, tendo sistematicamente em conta e utilizando da melhor forma os instrumentos da UE no desenvolvimento das respetivas capacidades /20 fmm/ip 5

6 Metas estratégicas para a execução dos compromissos e dos projetos na próxima fase da CEP ( ) 6. Sublinhando a necessidade, em conformidade com a Decisão 2017/2315 do Conselho que estabelece a CEP, de os Estados-Membros participantes cumprirem, até 2025, os compromissos mais vinculativos que assumiram entre si e reconhecendo a importância de se alcançarem resultados concretos e tangíveis até ao final da próxima fase da CEP, o Conselho acorda nas seguintes orientações para a execução dos compromissos mais vinculativos assumidos no âmbito da CEP: À luz do ambiente de segurança e das responsabilidades internacionais da União e tendo em vista a consecução dos objetivos acordados, os Estados-Membros participantes deverão respeitar os critérios de referência coletivos para as despesas no domínio da defesa e afetar os recursos necessários para reforçar a tendência positiva no sentido de aumentar regularmente os orçamentos de defesa e o investimento na defesa, também no contexto da resposta coordenada aos desafios decorrentes das consequências financeiras da crise da COVID-19 para a defesa; Aproximar ainda mais os instrumentos de defesa dos Estados-Membros participantes, tendo sistematicamente em conta e utilizando da melhor forma os instrumentos e iniciativas de defesa da UE (Plano de Desenvolvimento de Capacidades (PDC), incluindo os objetivos de capacidades com forte impacto, a AACD, a CEP e o FED) nos seus processos nacionais de planeamento da defesa, a fim de reforçar a sua coerência. Tal inclui fazer referência a esses instrumentos e iniciativas ao realizar as análises da defesa nacional. Os resultados dessas análises deverão ser partilhados e apresentados aos outros Estados-Membros participantes sempre que possível; Utilizar melhor os projetos CEP para reforçar as capacidades operacionais dos Estados-Membros participantes e apoiar o trabalho rumo à criação de um conjunto coerente de forças que cubra todo o espetro, em consonância com o nível de ambição da UE e a notificação da CEP; 13188/20 fmm/ip 6

7 Continuar a reforçar a disponibilidade, a prontidão e a interoperabilidade das unidades que sejam suscetíveis de projeção estratégica para atingir o nível de ambição da UE, nomeadamente explorando a possibilidade de dispor de um planeamento estratégico, treinos e exercícios comuns para as forças armadas dos Estados-Membros. Este reforço deverá alicerçar-se e apoiar-se nos instrumentos militares da UE existentes, por exemplo os agrupamentos táticos da UE, e também noutras estruturas multinacionais, com base nos princípios da inclusividade, da transparência e da abertura a todos os Estados-Membros participantes, e deverá estar associado ao processo do Objetivo Global e à base de dados relativa à resposta rápida, bem como ao trabalho sobre a mobilidade militar; Reforçar a eficácia operacional da União, em particular fornecendo contributos substanciais para as forças e meios necessários às missões e operações militares e completando a constituição de forças, inclusive disponibilizando todo o pessoal necessário aos quartéis-generais das operações e das forças da UE, bem como à Capacidade Militar de Planeamento e Condução (CMPC), a fim de reforçar ainda mais a capacidade desta última para planear e conduzir missões e operações da PCSD, em conformidade com o mandato acordado para a CMPC; Continuar a desenvolver capacidades em conformidade com as prioridades de desenvolvimento de capacidades da UE e os casos de contexto estratégico conexos, incluindo os objetivos de capacidades com forte impacto. Ponderar como prioridade a adoção de uma abordagem colaborativa europeia a fim de colmatar as lacunas em matéria de capacidades e fazer o melhor uso possível da Agência Europeia de Defesa (AED) enquanto fórum europeu para o desenvolvimento conjunto de capacidades, em consonância com o compromisso acordado no âmbito da CEP; Assegurar que todos os projetos em matéria de capacidades dirigidos pelos Estados-Membros participantes tornarão a indústria europeia de defesa mais competitiva e que os programas de cooperação e as estratégias de aquisição adotados pelos Estados-Membros participantes terão um impacto positivo na base industrial e tecnológica de defesa europeia (BITDE), nomeadamente promovendo a participação transfronteiras das PME e das empresas de média capitalização em toda a União Europeia /20 fmm/ip 7

8 7. A fim de assegurar a execução eficaz dos projetos CEP que contribuem para o cumprimento dos compromissos mais vinculativos e ajudam a pôr em prática as prioridades em matéria de capacidades identificadas no âmbito do PDC e da AACD, o Conselho acorda nas seguintes orientações para os projetos CEP na próxima fase da CEP: Concentrar os esforços de desenvolvimento de capacidades tanto nas insuficiências a curto prazo como nas capacidades de próxima geração para fazer face às carências em termos de capacidades de ponta e preparar o terreno com vista aos projetos CEP para além de Ter plenamente em conta as conclusões e recomendações, bem como os domínios prioritários, identificados no próximo relatório da AACD para o futuro planeamento comum, que também servirá de orientação para ajudar os Estados-Membros participantes a identificarem oportunidades de futuros projetos CEP; Apresentar, entre outras, propostas de projetos CEP que tenham uma incidência operacional e um impacto a curto prazo, se baseiem nas capacidades já existentes e se concentrem, nomeadamente, no treino e exercício conjuntos das forças armadas, a fim de facilitar a projeção conjunta no terreno; Melhorar a governação e a gestão dos projetos CEP, tendo em conta os resultados dos debates dos Estados-Membros participantes descritos no apêndice 1; Assegurar que os projetos CEP identificados no apêndice 2 produzam resultados concretos ou atinjam a plena capacidade operacional antes do final da próxima fase da CEP ( ) /20 fmm/ip 8

9 Incentivos para melhorar o seguimento e o cumprimento dos compromissos mais vinculativos 8. O Conselho salienta a importância do impulso político para a CEP e do papel do Conselho no que toca a fornecer anualmente uma direção estratégica para a CEP, e acorda em que é necessário que os Estados- -Membros participantes melhorem o cumprimento de todos os compromissos mais vinculativos, com especial destaque para os compromissos operacionais e os compromissos relacionados com a abordagem colaborativa europeia. Para o efeito, o Conselho acorda nos seguintes incentivos: Com o objetivo de aumentar a disponibilidade, a capacidade de projeção e a interoperabilidade das forças e capacidades com vista à sua utilização em missões e operações da PCSD, as questões relativas à avaliação e constituição de forças serão levantadas a nível político de forma mais sistemática, inclusive no âmbito da preparação e seguimento das conferências de constituição de forças; Deverá ser ainda reforçada a transparência entre os Estados-Membros participantes quanto ao respetivo cumprimento dos compromissos. A este respeito, no contexto da revisão da recomendação do Conselho que define as etapas e especifica objetivos mais precisos, deverá debater-se mais aprofundadamente a possibilidade de estabelecer objetivos mensuráveis indicativos com indicadores de progresso conexos, inclusive para os compromissos operacionais, a fim de assegurar um contributo equitativo para a respetiva constituição de forças destinadas a integrar missões e operações da PCSD, no âmbito dos meios e capacidades dos Estados-Membros; Assegurar intercâmbios regulares entre os Estados-Membros participantes no âmbito do CPS e/ou do Coreper sobre os progressos alcançados na execução da CEP, com especial incidência nos domínios em que é necessário manter ou intensificar os esforços (por exemplo, o cumprimento dos compromissos em matéria de despesas com a defesa, os esforços nacionais para refletir a abordagem colaborativa europeia no desenvolvimento de capacidades, a evolução dos projetos ou os progressos realizados no que toca a ter sistematicamente em conta e utilizar da melhor forma os instrumentos e iniciativas de planeamento de defesa da UE nos processos nacionais de planeamento da defesa); 13188/20 fmm/ip 9

10 Continuar a explorar as ligações entre os instrumentos financeiros pertinentes da UE no âmbito do próximo QFP no que se refere aos compromissos operacionais e à execução dos projetos CEP no domínio operacional, nomeadamente associando o Secretariado da CEP e, se for caso disso, os serviços da Comissão aos trabalhos relativos aos projetos. Explorar formas de melhorar o financiamento das missões e operações militares no contexto da decisão do Conselho sobre o Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, em especial no que diz respeito à projeção de agrupamentos táticos da UE e, em devido tempo, à projeção de capacidades críticas, com base nos ensinamentos colhidos das missões e operações em curso. A possibilidade de reexaminar regularmente os custos comuns, com base nos ensinamentos identificados no âmbito das crises anteriores e em curso e das missões e operações da PCSD, poderá contribuir para o cumprimento do compromisso da CEP em causa; Explorar os incentivos financeiros existentes (por exemplo, a isenção de IVA para projetos ad hoc no quadro da AED) para apoiar a cooperação no domínio da defesa, em conformidade com o direito da UE aplicável e a respetiva regulamentação nacional; Promover a abertura das cadeias de abastecimento transfronteiras, em especial às PME e empresas de média capitalização, a fim de gerar efeitos estimulantes a longo prazo com vista ao envolvimento das indústrias de defesa dos Estados-Membros participantes na execução de projetos CEP, nomeadamente através do FED, tendo igualmente em vista estimular as tecnologias emergentes e disruptivas, assim como a inovação no quadro de uma BITDE mais integrada, sustentável, inovadora e competitiva que permaneça aberta à cooperação /20 fmm/ip 10

11 Caminho a seguir e próximas etapas 9. O presente documento conclui o processo de revisão estratégica da CEP realizado em 2020 com os principais resultados obtidos no que respeita à melhoria dos processos CEP conexos e à identificação das metas e objetivos estratégicos e dos novos incentivos para a próxima fase da CEP, que decorrerá em Seguidamente, a recomendação do Conselho que define as etapas do cumprimento dos compromissos mais vinculativos e especifica objetivos mais precisos será revista no início da próxima fase, em Em conformidade com a Decisão (PESC) 2017/2315 do Conselho, e tendo em conta as iniciativas de defesa pertinentes e as futuras Orientações Estratégicas, a próxima revisão estratégica da CEP terá lugar em 2025, antes do final da segunda fase inicial. Neste contexto, tal como indicado na notificação da CEP, que também recorda o caráter específico da política de segurança e de defesa de certos Estados-Membros, os Estados-Membros participantes avaliarão o cumprimento de todos os compromissos da CEP, debaterão novos compromissos e decidirão sobre os mesmos, com vista a iniciar uma nova etapa rumo à integração europeia em matéria de segurança e defesa /20 fmm/ip 11

12 Apêndice 1 do ANEXO Resultados dos debates dos Estados-Membros participantes relacionados com os compromissos, os projetos CEP e os processos/métodos de trabalho Compromissos Os Estados-Membros participantes sublinharam que os compromissos mais vinculativos que assumiram entre si demonstraram constituir uma orientação sólida para assegurar uma execução coerente da CEP, pelo que não devem ser alterados. No entanto, tal como avaliado pelo alto representante e assinalado pelo Conselho em junho de 2020, os progressos realizados no cumprimento desses compromissos, a saber, no que diz respeito aos compromissos operacionais e aos compromissos relacionados com a abordagem colaborativa europeia, foram insuficientes e é necessário que os Estados-Membros participantes intensifiquem esforços para cumprir todos os compromissos mais vinculativos, tendo em vista a realização das missões mais exigentes e a fim de contribuir para a concretização do nível de ambição da UE. O eventual estabelecimento de objetivos mensuráveis indicativos com indicadores de progresso conexos e o desenvolvimento de incentivos para o cumprimento dos compromissos operacionais, que serão objeto de um debate mais aprofundado, poderão contribuir para este fim. Reconhecendo embora a importância do cumprimento e/ou da adaptação, se for caso disso, dos objetivos mais precisos em vigor, os Estados-Membros participantes, à luz da evolução do contexto de segurança, ponderaram a possibilidade de definir objetivos mais precisos em domínios de cooperação tais como as alterações climáticas, a luta contra as ameaças híbridas, o ciberespaço, a inteligência artificial, os aspetos relacionados com o espaço, a segurança energética e a segurança marítima. A recomendação do Conselho que define as etapas e especifica objetivos mais precisos será revista no início de 2021, com vista a definir os objetivos e os resultados concretos para a próxima fase da CEP ( ), em conformidade com o processo de revisão estratégica. O Secretariado da CEP, juntamente com os Estados-Membros participantes, apresentará propostas nesse sentido. Os referidos objetivos deverão basear-se nos atuais compromissos vinculativos. Além disso, identificou-se a necessidade de realizar um seminário de peritos sobre os objetivos mais precisos, o qual será organizado pelo secretariado da CEP após a reunião do Conselho dos Negócios Estrangeiros de 20 de novembro de /20 fmm/ip 12

13 Projetos CEP No que diz respeito aos projetos CEP, os Estados-Membros participantes sublinharam que o atual sistema de comunicação de informações sobre a evolução dos projetos CEP deverá ser mantido e plenamente explorado, nomeadamente através de um maior desenvolvimento dos aspetos relativos à gestão de projetos, por exemplo definindo de comum acordo indicadores de progresso, indicadores de risco e critérios de sucesso, a fim de proporcionar uma maior transparência quanto aos progressos dos projetos CEP. Em contrapartida, no que se refere ao processo de análise da evolução dos projetos, caso os membros de um projeto constatem que o projeto não pode produzir os resultados esperados, esse projeto deverá ser relançado ou encerrado, mediante decisão dos membros que nele participam, a fim de assegurar a pertinência, a eficácia e a credibilidade de todos os projetos CEP. Os Estados-Membros participantes também reconheceram que, respeitando a primazia dos membros dos projetos, haverá interesse em agregar ou fundir alguns projetos a fim de aumentar o seu impacto e eficiência, poupar recursos, aumentar as sinergias e evitar duplicações. A pedido dos Estados-Membros participantes, o Secretariado da CEP poderá ser convidado a sugerir ideias para potenciais novos projetos CEP que, até à data, não tenham sido adotados pelos Estados-Membros participantes no quadro da CEP, tendo em conta as conclusões e recomendações da AACD, bem como as prioridades de desenvolvimento de capacidades da UE que decorrem do PDC, incluindo os objetivos de capacidades com forte impacto. No contexto do relatório anual do alto representante sobre a execução da CEP, o Secretariado da CEP é também convidado a acompanhar a evolução dos projetos e a formular recomendações para manter um ritmo regular na produção de resultados concretos, nomeadamente com base em roteiros específicos fornecidos pelos membros dos projetos. Embora a CEP continue a ser um processo conduzido pelos Estados-Membros, os Estados-Membros participantes reconheceram o papel crucial de apoio desempenhado pelo Secretariado da CEP durante a fase inicial da CEP e preveem um papel consultivo mais forte para o Secretariado no futuro, nomeadamente durante os processos de eventual agregação, fusão e encerramento de projetos, sob reserva das decisões dos membros dos projetos em causa. A este respeito, o Secretariado da CEP deverá, tendo igualmente em conta as conclusões e recomendações da AACD, estabelecer e manter um levantamento exaustivo dos projetos, como condição prévia essencial para a agregação /20 fmm/ip 13

14 Processos/métodos de trabalho Na sequência das consultas sobre os processos/métodos de trabalho, bem como das opções para melhorar o calendário geral da CEP, assegurando simultaneamente o impulso político necessário e o papel do Conselho no que toca a fornecer anualmente uma direção e orientações estratégicas para a CEP, os Estados-Membros participantes acordaram nos seguintes ajustamentos relacionados com o calendário da CEP: A transparência entre os Estados-Membros participantes (tanto quanto ao cumprimento dos compromissos como à execução dos projetos) deverá manter-se no cerne dos processos e dos métodos de trabalho da CEP. Os planos nacionais de execução serão revistos e atualizados pelos Estados- -Membros participantes na medida do necessário e apresentados anualmente, a fim de assegurar uma avaliação eficaz dos progressos realizados pelos Estados-Membros participantes. O Secretariado da CEP é convidado a avaliar meios adicionais e a propor, com caráter prioritário, soluções concretas com vista a reduzir os encargos administrativos desnecessários para os Estados-Membros participantes, sem diminuir a qualidade das informações fornecidas ou o número de compromissos mais vinculativos avaliados. Tal poderá implicar o desenvolvimento de uma plataforma digital para a apresentação dos planos nacionais de execução que poderia conter informações por Estado-Membro participante parcialmente pré-preenchidas, com base em informações que estes já tenham fornecido no âmbito da CEP, da AACD e de outras iniciativas de defesa da UE pertinentes; De dois em dois anos, os planos nacionais de execução deverão ser acompanhados de uma declaração política de alto nível, em que os Estados-Membros participantes possam delinear as principais realizações e indicar as prioridades e contributos nacionais específicos. Os Estados-Membros participantes e o alto representante deverão continuar a realizar debates políticos de alto nível para assegurar o impulso político. Os planos nacionais de execução serão comunicados anualmente ao Secretariado da CEP até 10 de março. Todos os anos, o alto representante apresentará, até julho, o relatório anual sobre a execução da CEP, tendo em vista a adoção pelo Conselho, até novembro, da recomendação do Conselho que avalia os progressos realizados pelos Estados-Membros participantes para o cumprimento dos compromissos assumidos no âmbito da CEP; 13188/20 fmm/ip 14

15 A fim de melhor ter em conta os resultados da AACD, os novos projetos CEP serão analisados, e poderão ser acordados pelo Conselho, de dois em dois anos, passando-se assim para um ciclo de projetos bienal, sem excluir a possibilidade da apresentação de projetos a título excecional nesse intervalo de tempo. Todos os anos pares serão lançados novos convites à apresentação de propostas de projetos, podendo os novos projetos CEP ser acordados todos os anos ímpares. Os convites à apresentação de propostas serão lançados em julho, na sequência da análise global no âmbito da AACD, com um prazo para a apresentação de propostas em outubro, seguido de um período de avaliação das propostas de projetos e de esclarecimentos, nomeadamente de modo a assegurar uma maior participação dos Estados- -Membros participantes. Com base na recomendação do alto representante e após o aconselhamento militar do CMUE ao CPS, o Conselho adotará, se for caso disso, uma decisão para alterar a lista de projetos CEP até maio. Prevê-se um período de transição em 2021: durante esse período, o próximo convite à apresentação de propostas de novos projetos CEP será lançado excecionalmente no início de março, com prazo para a apresentação das propostas até ao final de junho, e o Conselho poderá chegar a acordo sobre uma nova lista de projetos CEP em novembro de /20 fmm/ip 15

16 Apêndice 2 do ANEXO Projetos CEP que deverão produzir resultados concretos/atingir a plena capacidade operacional antes do final da próxima fase da CEP ( ) Formação, instalações: Academia e Plataforma de Inovação da UE no domínio da Cibernética (EU CAIH) Rede de centros de mergulho da União Europeia (EUNDC) Centro Europeu Comum Integrado de Formação e Simulação (EUROSIM) Treino de helicóptero a altas temperaturas e grande altitude (H3T) Escola conjunta de serviços de informações da UE Programa de capacidades de guerra eletrónica e interoperabilidade para a futura cooperação no domínio da informação, vigilância e reconhecimento conjuntos (JISR) Polígono de formação para a defesa no domínio QBRQ (CBRNDTR) Domínio terrestre, unidades: Centro de operações EUFOR de resposta a crises (EUFOR CROC) Sistema terrestre integrado não tripulado (UGS) Sistemas de mísseis de combate terrestres da UE além da linha de vista (BLOS) Domínio marítimo Vigilância e proteção marítima e portuária (HARMSPRO) Reforço da vigilância marítima (UMS) Dispositivo de capacidade de intervenção submarina modular projetável (DIVEPACK) Ciberespaço, C4ISR Sistema rádio europeu seguro definido por software (ESSOR) Plataforma de partilha de informações relativas às ciberameaças e à resposta a incidentes informáticos (CTIRISP) Equipas de resposta rápida a ciberataques e assistência mútua no domínio da cibersegurança (CRRT) Sistema de comando e controlo estratégico para as missões e operações da PCSD (ESC2) Posto de comando projetável único para o comando e controlo táticos das forças de operações especiais (SOCC) Capacitação conjunta Função operacional para a energia (EOF) Mobilidade militar Comando Médico Europeu (EMC) Rede de centros logísticos na Europa e apoio às operações (NetLogHubs) Solução de radionavegação da UE (EURAS) 13188/20 fmm/ip 16

17 Célula de coordenação do apoio geometereológico e oceanográfico (GeoMETOC) (GMSCE) Materiais e componentes para a competitividade tecnológica da UE (MAC-EU) Vigilância química, biológica, radiológica e nuclear enquanto serviço (CBRN SaaS) 13188/20 fmm/ip 17