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1 Conselho da União Europeia Bruxelas, 15 de novembro de 2016 (OR. en) 14540/16 RESULTADOS DOS TRABALHOS de: Secretariado-Geral do Conselho data: 15 de novembro de 2016 para: Delegações n.º doc. ant.: 13967/1/16 REV 1 Assunto: CYBER 130 COMPET 597 IND 245 RECH 320 TELECOM 241 Conclusões do Conselho sobre o reforço do sistema de ciberresiliência da Europa e a promoção de uma indústria de cibersegurança competitiva e inovadora - Conclusões do Conselho (15 de novembro de 2016) Junto se enviam, à atenção das delegações, as conclusões do Conselho sobre o reforço do sistema de ciberresiliência da Europa e a promoção de uma indústria de cibersegurança competitiva e inovadora, adotadas pelo Conselho (Assuntos Gerais) na sua 3499.ª reunião realizada em Bruxelas, em de novembro de /16 mjb/mam/mjb 1 DGD2B PT

2 ANEXO Conclusões do Conselho sobre o reforço do sistema de ciberresiliência da Europa e a promoção de uma indústria de cibersegurança competitiva e inovadora O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, RECORDANDO: as suas conclusões sobre a comunicação conjunta da Comissão e da Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, intitulada "Estratégia da União Europeia para a Cibersegurança: um ciberespaço aberto, seguro e protegido" 1 ; o Quadro Estratégico da UE em matéria de Ciberdefesa 2 ; as suas conclusões sobre a ciberdiplomacia 3 ; a Comunicação da Comissão intitulada "Estratégia para o Mercado Único Digital na Europa" 4 ; as suas conclusões sobre a luta contra as ameaças híbridas 5 ; as suas conclusões dobre o Plano de ação ( ) para a administração pública em linha 6 ; a comunicação da Comissão intitulada "Reforçar o sistema de ciberresiliência da Europa e promover uma indústria de cibersegurança competitiva e inovadora" 7 ; as suas conclusões sobre a Estratégia global para a Política Externa e de Segurança da União Europeia 8 ; Documento 12109/13. Documento 15585/14. Documento 6122/15. COM (2015) 192 final, de 6 de maio de Documento 7857/16. Documento 12080/16. COM (2016) 410 final, de 5 de julho de Documento 13202/ /16 mjb/mam/mjb 2

3 REGISTANDO: o resultado da Conferência de Alto Nível sobre Cibersegurança, realizada em maio de 2016, em Amesterdão; os resultados da série de conferências mundiais sobre o ciberespaço de 2011 (Londres), 2012 (Budapeste), 2013 (Seul) e 2015 (Haia). RECONHECE O SEGUINTE: 1. Os Estados-Membros, a Comissão e as outras entidades da UE têm vindo a colaborar estreitamente, em conformidade com o princípio da subsidiariedade, no desenvolvimento da cibersegurança e da ciberresiliência da Europa a nível nacional e da UE, especialmente desde a adoção da Estratégia da UE para a cibersegurança, e é indispensável reforçar essa colaboração conjunta e intensiva para proteger a UE contra as ciberameaças, preservando uma abordagem global e coerente da cibersegurança; 2. As ciberameaças e as vulnerabilidades continuam a evoluir e a intensificar-se, o que obrigará a uma cooperação contínua e mais estreita, particularmente no tratamento de incidentes transfronteiras de grande escala em matéria de cibersegurança; 3. A cibersegurança é um vetor crucial para o bom funcionamento do mercado único digital, dado que os incidentes de cibersegurança podem não só causar graves perturbações na sociedade moderna e grandes prejuízos económicos às empresas europeias, mas também comprometer a confiança dos cidadãos e das empresas na sociedade digital e criar relutância em utilizar as tecnologias digitais; 14540/16 mjb/mam/mjb 3

4 4. A Diretiva SRI 9 recentemente adotada, que cria novos mecanismos de cooperação, e a Estratégia da UE para a cibersegurança (que será renovada atempadamente), e o papel do regulamento relativo à ENISA (quer será revisto em breve) constituem os elementos centrais de um quadro de ciberresiliência da UE em que a cibersegurança dos Estados-Membros e das entidades da UE deve ser abordada de forma eficaz; 5. As competências adequadas em matéria de cibersegurança adquiridas através da educação e da formação, relacionadas com a prevenção de incidentes de cibersegurança e com a gestão e atenuação dos seus impactos, são alguns dos aspetos fundamentais para atingir a ciberresiliência, fomentando a colaboração entre os Estados-Membros, a Comissão, o SEAE, a ENISA, a Europol, a Eurojust, a AED e a OTAN, se necessário; 6. A cooperação estratégica e operacional e o intercâmbio de informações tanto a nível intersetorial nos Estados-Membros como a nível transfronteiras na UE são cruciais para manter a cibersegurança e prevenir e atenuar o impacto dos incidentes de cibersegurança. Tal cooperação contribui não só para melhorar a preparação e a resiliência, mas também para compreender melhor as interdependências, nomeadamente através da aplicação do Programa Europeu para a Proteção das Infraestruturas Críticas; 7. A avaliação do volume de riscos partilhados e do impacto dos incidentes de grande escala em matéria de cibersegurança é determinada pelo grau de interdependência transetorial e transfronteiras, tanto no setor público como no privado; 8. É importante garantir uma capacidade de financiamento adequada para apoiar as PME e as empresas em fase de arranque no domínio da cibersegurança, em especial o seu acesso ao financiamento e ao investimento, sobretudo nas suas fases iniciais de desenvolvimento; 9. O valor acrescentado resultante da criação de uma PPP contratual no domínio da cibersegurança ao abrigo do programa Horizonte 2020 consiste em estimular a competitividade e a inovação da indústria de cibersegurança da Europa; 9 Diretiva (UE) 2016/1148 relativa a medidas destinadas a garantir um elevado nível comum de segurança das redes e da informação em toda a União (JO L 194, de , p. 1) /16 mjb/mam/mjb 4

5 10. Uma evolução tecnológica dinâmica no domínio digital, consubstanciada numa vasta gama de produtos, serviços e soluções informáticos, desencadeia não só novos desafios societais e económicos, mas também novos desafios em matéria de segurança, especialmente no que respeita aos dados, devendo esses desafios estar mais refletidos e ser mais promovidos no âmbito do mercado único digital; 11. O roubo informático de segredos comerciais pode prejudicar a capacidade da indústria europeia para inovar e competir, e o seu impacto merece uma análise mais aprofundada; 12. Os Estados-Membros partilham o objetivo comum de contribuírem, também no ciberespaço, para a autonomia estratégica da Europa, como referido nas conclusões do Conselho sobre a Estratégia Global para a Política Externa e de Segurança da União Europeia; SALIENTA O SEGUINTE: 13. Cada Estado-Membro permanece responsável por tomar as medidas necessárias para garantir a proteção dos interesses essenciais da sua segurança, no pleno respeito pelos Tratados; 14. Os Estados-Membros deverão, a título prioritário, transpor a Diretiva SRI para os seus quadros legislativos nacionais, de modo a refletir efetivamente a cooperação no âmbito do Grupo de Cooperação e da rede CSIRT recentemente criados, o que teria um efeito positivo no reforço da ciberresiliência e da cibersegurança e no tratamento de incidentes de grande escala; 15. O reforço da segurança das redes e da informação nas entidades da UE deverá ser considerado parte integrante da prioridade que o reforço da cibersegurança constitui em toda a UE; 16. São necessárias medidas de desenvolvimento da cibercapacidade e de reforço da confiança para prevenir e limitar o risco de incidentes de cibersegurança e criar um clima de confiança no mercado único digital; 14540/16 mjb/mam/mjb 5

6 17. É necessário utilizar ferramentas de natureza diplomática, jurídica e técnica e reforçar a cooperação a nível nacional e da UE para responder com eficácia aos incidentes de cibersegurança, incluindo às ciberoperações coercivas, e lutar contra a cibercriminalidade; 18. A UE precisa de adaptar plenamente a segurança e a privacidade recorrendo a abordagens de conceção para desenvolver, fornecer e usar produtos e serviços de cibersegurança eficazes, interoperáveis e de alta qualidade a preços acessíveis e para criar um mercado mais integrado e global para estes produtos e serviços; 19. Fomentar o diálogo em matéria de cibersegurança com a indústria poderia ajudar a identificar as lacunas nos mecanismos de certificação e validação da cibersegurança e nos sistemas de rotulagem, que deverão ter em conta as normas e os princípios aceites internacionalmente; 20. É necessário assegurar a coerência entre as respetivas medidas e as políticas, os instrumentos financeiros e os programas da UE para um funcionamento eficaz dos sistemas de ciberresiliência da Europa. 21. As PPP contratuais no domínio da cibersegurança deverão permanecer abertas a novos candidatos, as respetivas condições de acesso deverão continuar a ser transparentes e as informações sobre essas condições deverão continuar a ser de fácil acesso /16 mjb/mam/mjb 6

7 CONVIDA A COMISSÃO A: 22. Atingir as metas enunciadas na sua comunicação intitulada "Reforçar a ciberresiliência da Europa", particularmente através: a) da apresentação, no primeiro semestre de 2017, de um projeto de cooperação para fazer face aos ciberincidentes em grande escala a nível da UE, tendo em conta a função complementar desse projeto, para análise pelos organismos previstos na Diretiva SRI e por outras partes interessadas, especialmente a ENISA; b) da conclusão da avaliação da ENISA, o mais tardar até ao final de 2017, propondo aspetos relacionados com a renovação do mandato da ENISA (incluindo o seu alargamento para abranger as tarefas previstas pela Diretiva SRI) com a maior brevidade possível; c) da criação de uma plataforma de formação em matéria de cibersegurança, em estreita cooperação com os Estados-Membros, o SEAE, a Europol, a Eurojust, a ENISA, a AED e outras entidades da UE pertinentes; d) da análise das necessárias condições jurídicas e organizativas a fim de possibilitar que os Estados-Membros realizem controlos regulares da vulnerabilidade das infraestruturas da rede pública; e) da análise da oportunidade de criar um sistema de certificação e rotulagem da cibersegurança, tendo em consideração os atuais sistemas de segurança eficazes, se necessário, com vista a propor medidas, nomeadamente legislativas, até 2017 para enfrentar estes desafios; f) da sensibilização junto da comunidade da cibersegurança para os mecanismos de financiamento existentes e do incentivo à utilização das ferramentas e dos instrumentos da UE para apoiar as PME inovadoras; g) da análise de formas para facilitar o acesso ao financiamento e ao investimento (através de uma plataforma de investimento em cibersegurança, por exemplo) por parte das PME e das empresas em fase de arranque, especialmente nas suas fases iniciais de desenvolvimento; h) se necessário, da avaliação do funcionamento atual dos ISAC europeus e do trabalho no sentido de criar propostas para reforçar estas estruturas, em conjunto com os Estados- -Membros e, quando pertinente, com os ISAC nacionais existentes; i) da promoção de uma abordagem de segurança de raiz para os grandes investimentos em infraestruturas que tenham uma componente digital e sejam cofinanciados pelos fundos da UE; 14540/16 mjb/mam/mjb 7

8 23. consultar os Estados-Membros antes de criar qualquer mecanismo ou estrutura novos (como uma "plataforma de informação" ou um Grupo Consultivo de alto nível, por exemplo) ou antes de introduzir novos instrumentos (como um projeto de cooperação) relacionados com a cibersegurança, o seu papel complementar, os objetivos e as tarefas atribuídas; 24. informar anualmente o Conselho por escrito dos progressos realizados. CONVIDA OS ESTADOS-MEMBROS A: 25. tornarem os mecanismos de cooperação em matéria de cibersegurança plenamente operacionais e reforçarem a cooperação transfronteiras no que respeita à preparação para a prevenção, o tratamento e/ou a atenuação do impacto de incidentes de cibersegurança em grande escala, em conformidade com os princípios e disposições acordados no âmbito da Diretiva SRI; 26. participarem ativamente nas PPP contratuais no domínio da cibersegurança para reforçar a competitividade, a investigação e a inovação da indústria europeia; 27. cooperarem com a Comissão na criação de um quadro europeu aberto, tendo simultaneamente em conta o desenvolvimento de um quadro mundial de certificação dos produtos e serviços de cibersegurança, em conformidade com as normas internacionais e com base na participação de peritos, que abranja uma vasta gama de sistemas e soluções no domínio das TIC em todos os níveis de segurança e que seja aplicável em todos os Estados-Membros, com vista a criar um mercado único digital genuíno e seguro, tornando a Europa um líder em normalização mundial; 28. cooperarem com a Comissão e outras partes pertinentes no cumprimento dos objetivos estratégicos enunciados nas presentes conclusões /16 mjb/mam/mjb 8

9 CONVIDA AS PARTES INTERESSADAS A: 29. Adotarem as boas práticas no domínio da cibersegurança, apoiarem a sensibilização e a melhoria de competências e da formação no domínio da cibersegurança; 30. considerarem a possibilidade de aumento do investimento nos produtos e serviços de cibersegurança de alta qualidade, estreitando a cooperação com as autoridades públicas, incluindo as CERT nacionais, se necessário; 31. tirarem o máximo partido das PPP contratuais no domínio da cibersegurança e dos ISAC europeus para fomentarem a cooperação industrial, especialmente nos domínios da investigação e da inovação, da normalização, da certificação, da rotulagem, do investimento conjunto e da consolidação industrial; 32. contribuírem, de forma proativa, para o cumprimento dos objetivos estratégicos enunciados nas presentes conclusões para reforçar a resiliência da indústria europeia; 33. centrarem-se em aumentar a utilização de soluções de cibersegurança em todos os setores e por parte de todos os utilizadores /16 mjb/mam/mjb 9