10231/08 vg/rf 1 DG C II

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1 CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 3 de Junho de 2008 (03.06) (OR. en) 10231/08 RECH 200 COMPET 216 RESULTADOS DOS TRABALHOS de: Conselho (Competitividade) de de Maio de 2008 n.º doc. ant.: 9076/08 RECH 167 COMPET 174 Assunto: Conclusões do Conselho sobre o lançamento do "Processo de Liubliana" rumo à plena realização do EEI Junto se enviam, à atenção das delegações, as conclusões do Conselho sobre o lançamento do "Processo de Liubliana" rumo à plena realização do EEI, na versão aprovada pelo Conselho (Competitividade) na sua sessão de 30 de Maio de /08 vg/rf 1 DG C II PT

2 ANEXO Conclusões do Conselho sobre o lançamento do "Processo de Liubliana" rumo à plena realização do EEI O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, 1. RECORDA: As conclusões da Presidência do Conselho Europeu realizado em 23 e 24 de Março de 2000 em Lisboa 1, em que foi lançada a Estratégia de Lisboa com o objectivo de tornar a União Europeia a economia do conhecimento mais competitiva do mundo, e de conseguir alcançar o pleno emprego em 2010; As conclusões da Presidência do Conselho Europeu realizado em 15 e 16 de Março de 2002 em Barcelona 2, no qual ficou acordado que as despesas totais em I&D e inovação na União deveriam ser aumentadas com o objectivo de se aproximarem de 3% do PIB até 2010, devendo dois terços desse novo investimento provir do sector privado; As conclusões da Presidência do Conselho Europeu de 23 e 24 de Março de , em que foi relançada a Estratégia de Lisboa; O Livro Verde intitulado "O Espaço Europeu da Investigação: Novas perspectivas" 4, aprovado pela Comissão em 4 de Abril de 2007, que propunha para debate um conceito de Espaço Europeu da Investigação baseado em seis dimensões, designadamente: realização de um mercado único do trabalho para os investigadores; desenvolvimento de infra-estruturas de investigação de craveira mundial; reforço das instituições de investigação; partilha de conhecimentos; optimização de programas e prioridades de investigação; e abertura ao mundo através da cooperação internacional em C&T; Os debates dos Ministros sobre as novas perspectivas para o Espaço Europeu da Investigação na reunião informal dos Ministros da Competitividade em Würzburg, Alemanha, em Abril de 2007; Doc. SN 100/00. Doc. SN 100/1/02 REV 1. Doc. 7619/1/05 REV 1. Doc. 8322/07 + ADD /08 alf/jpv/rf 2

3 As suas conclusões sobre o futuro da ciência e da tecnologia na Europa 5, de 23 de Novembro de 2007, em que se apelava para um aumento do financiamento da investigação a nível público e privado e dos recursos humanos; Os resultados da consulta pública sobre o Livro Verde da Comissão intitulado "O Espaço Europeu da Investigação: Novas perspectivas" apresentado no documento de trabalho dos serviços da Comissão de 2 de Abril de ; As conclusões da Presidência do Conselho Europeu de 14 de Dezembro de em que se apelou a que os trabalhos fossem levados por diante rapidamente, por forma a lançar o próximo ciclo do processo de Lisboa na reunião do Conselho Europeu de Março de 2008; Os debates por ocasião da reunião informal dos Ministros da Competitividade de 15 de Abril de 2008 sob a Presidência eslovena, em Liubliana, que prepararam o terreno para um novo rumo a imprimir ao Espaço Europeu de Investigação; 2. RECONHECE o papel fundamental do EEI como um pilar fulcral para os objectivos de Lisboa e como um motor para conduzir a competitividade da Europa; e toma em consideração a necessidade de a Europa desenvolver uma perspectiva comum e uma governação eficaz do Espaço Europeu da Investigação (EEI), a fim de aumentar a coerência e a sinergia entre várias boas iniciativas já lançadas a nível nacional e da UE, para que possa ser criada uma Europa competitiva à escala mundial, baseada no conhecimento e inovadora; 3. RECONHECE que a Europa necessita agora de desenvolver uma visão comum e uma governação eficaz do Espaço Europeu da Investigação (EEI). Foram lançadas várias boas iniciativas a nível nacional e da UE mas, em certos domínios, uma maior coerência e sinergia podem contribuir para uma Europa competitiva à escala mundial, baseada no conhecimento e inovadora Doc /07. Doc. 8159/08. Doc /1/07 REV /08 alf/jpv/rf 3

4 4. CONGRATULA-SE com a boa vontade manifestada pelos Estados-Membros, pelos países associados ao Programa-Quadro de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (a seguir designado por Programa-Quadro) e pela Comissão no sentido de partilharem a responsabilidade de estabelecer o EEI do futuro com um empenhamento renovado, no devido respeito dos papéis e prerrogativas das instituições da UE e do princípio da subsidiariedade; 5. ACORDA em lançar o "Processo de Liubliana" de melhoria da governação com base numa perspectiva a longo prazo sobre o EEI desenvolvida em parceria pelos Estados-Membros e a Comissão com vasto apoio das partes interessadas e dos cidadãos. 6. CONSIDERA que esta perspectiva a longo prazo do EEI deve basear-se nos objectivos gerais de Lisboa que visam tornar a Europa numa economia e numa sociedade do conhecimento de primeiro plano com base no "triângulo do conhecimento" investigação, inovação e educação principais factores de competitividade e de qualidade de vida. Essa perspectiva deve incluir os seguintes elementos: a) livre circulação do conhecimento, a "quinta liberdade", com excelente formação e aliciantes perspectivas de carreira para os investigadores que circulem e interajam livremente na Europa; b) universidades e organismos de investigação modernos em que se desenvolvam pólos atractivos e redes capazes de competir a nível mundial e de produzir um excelente nível de ciência e tecnologia em toda a Europa com uma combinação óptima de especialização e diversidade; c) condições favoráveis para que todos os intervenientes na investigação e o sector privado, incluindo as PME, invistam na investigação e na exploração dos seus resultados, tenham acesso a infra-estruturas de investigação de nível mundial (incluindo as que foram identificadas como de interesse pan-europeu no roteiro do ESFRI), participem em programas de investigação abertos e bem coordenados, partilhem e utilizem os conhecimentos a nível transsectorial e transfronteiras e desenvolvam fortes ligações e uma cooperação coordenada com parceiros fora da Europa; d) benefícios para os cidadãos decorrentes da contribuição de esforços de I&D em larga escala para resolver os mais importantes desafios da sociedade; 10231/08 alf/jpv/rf 4

5 7. SALIENTA a necessidade de adoptar uma primeira perspectiva antes do fim de 2008 e de a divulgar amplamente, a fim de focar rapidamente as políticas e as acções para a concretizar e, subsequentemente, de a debater, actualizar e aprofundar regularmente como parte do processo de governação do EEI que a seguir se expõe. 8. CONVIDA os Estados-Membros e a Comissão a instaurar uma melhor governação política para dirigir e estimular o desenvolvimento do EEI e para estabelecer ligações com outras políticas, tais como as políticas de educação, inovação e coesão. Estes esforços têm de ser intensificados logo que possível e de ser progressivamente consolidados. CONGRATULA-SE com a vontade manifestada pelos futuros trios presidenciais no sentido de colaborarem estreitamente uns com os outros e com a Comissão para assegurar progressos coerentes e continuados num futuro próximo. 9. CONSIDERA que a melhor governação do EEI deve incluir os seguintes princípios: a) Inserir-se na parceria de Lisboa para o Crescimento e o Emprego e ter uma relação estreita com a educação, a inovação e outras políticas relevantes; b) Implicar todos os Estados-Membros e países associados, incluindo autoridades regionais, bem como partes interessadas tais como universidades e organismos de investigação, a sociedade civil e o mundo empresarial, que devem participar activamente na governação do EEI; c) Visar a realização da perspectiva comum do EEI, devendo para o efeito ser definidos e adoptados indicadores de controlo e critérios de avaliação, suportados por um sistema de informação eficaz, a desenvolver conjuntamente pela Comissão e pelos Estados- -Membros com base no método aberto de coordenação, o qual deve permitir a supervisão do progresso geral no sentido da perspectiva partilhada do EEI e das iniciativas específicas do EEI; d) Basear-se numa parceria a longo prazo entre os Estados-Membros, os países associados ao Programa-Quadro e a Comissão, envolvendo as iniciativas pertinentes comunitárias, nacionais e conjuntas relativas ao EEI; desde as primeiras fases do planeamento das iniciativas até à sua execução, supervisão e avaliação, a parceria deve ser dirigida a nível político; e) Evitar complexidades desnecessárias e melhora a coerência e eficácia do desenvolvimento do EEI; 10231/08 alf/jpv/rf 5

6 10. CONVIDA os Estados-Membros e a Comissão a utilizarem plenamente o método aberto de coordenação tal como solicitado pelo Conselho Europeu de Março de 2008, para melhorar a supervisão multilateral, baseando-se na dimensão EEI dos programas nacionais de reforma, na aprendizagem recíproca e na análise pelos pares; 11. ACORDA em que vai desenvolver a governação do EEI mediante a inclusão dos seguintes elementos: a) Apoiando-se no sistema de informação e num melhor método aberto de coordenação para debates aprofundados e bem fundamentados, os Ministros, nas suas reuniões, abordarão, se adequado, os desenvolvimentos específicos do EEI e as orientações a mais longo prazo. Isso contribuirá para orientar os trabalhos e criar um consenso para futuras decisões do Conselho; b) O CREST constituirá uma plataforma significativa e deve reforçar o seu papel de aconselhamento no método aberto de coordenação, a fim de apoiar a Comissão e o Conselho na preparação, acompanhamento e avaliação das iniciativas do EEI; c) Os países associados ao Programa-Quadro devem também ser associados aos debates sobre a governação do EEI. 12. APELA aos Estados-Membros e à Comissão para estabelecerem acordos eficazes de governação para cada uma das cinco iniciativas do EEI já planeadas para 2008 (programação conjunta da investigação; parceria dos investigadores europeus; quadro jurídico para as infra- -estruturas europeias de investigação; gestão da propriedade intelectual; e vasta abertura do EEI ao mundo) e para as que se seguirão, com base numa parceria entre os Estados-Membros e a Comissão fundada nos princípios estabelecidos no ponto 8 supra e envolvendo, se for caso disso, fóruns especializados pertinentes tais como as Plataformas Tecnológicas Europeias, o Fórum Estratégico Europeu para as Infra-Estruturas de Investigação (ESFRI), a Fundação Europeia para a Ciência (FEC), a Associação de Directores e Presidentes dos Conselhos Nacionais de Investigação (EUROHORCS) e outras estruturas /08 alf/jpv/rf 6