Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas no Estado do Espírito Santo Brasil
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1 Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas no Estado do Espírito Santo Brasil Autores: Sara Ramos da Silva Sandra Maria Scarpat Ana Rita B. Coelho Tânia Maria de Araújo Empresa: Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo Endereço: AV. Mal. Mascarenhas de Moraes, 25 Bento Ferreira - Vitória ES CEP: Telefax: (7) sara@etfes.br Palavras-chave: Saúde meio ambiente, diarréias, doenças de veiculação hídrica.
2 MONITORIZAÇÃO DAS DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - BRASIL Sara Ramos da Silva (*) Sandra Maria Scarpat (**) Ana Rita B. Coelho (***) Tânia Maria de Araújo (****) (*) Engenheira Civil e Sanitarista - UFES (198), Pós graduada em Engenharia de Saúde Pública ENSP/FIOCRUZ (1982), M. Sc. em Engenharia Ambiental - UFES (1996), Professora da Coordenadoria de Edificações/ ETFES, Engenheira Sanitarista da Secretaria de Estado da Saúde SESA - ES. Telefax : (7) sara@etfes.br. (**) Enfermeira - UFES (1981), Enfermeira da Secretaria de Estado da Saúde - SESA - ES, Pós graduada em Epidemiologia - SESA Telefax : (7) (***) Assistente Social - UFES (1985), Pós graduada em Metodologia em Serviço social - UFES , Administração Hospitalar - UFES e em Epidemiologia - SESA , Assistente Social da Secretaria de Estado da Saúde - SESA - ES. Telefax : (7) (*****) Assistente Social - UFES (1981), Pós graduada em Saúde Pública - UFES -1992, e em Epidemiologia - SESA , Secretária Municipal de Saúde de Fundão - ES. Tel: (7) RESUMO O Estado do Espírito Santo com o apoio da CNDE - Coordenadoria Nacional das Doenças Entéricas do Ministério da Saúde, implantou o Programa de Monitorização de Doenças Diarreicas Agudas - MDDA, no ano de A monitorização das doenças diarreicas agudas tem como objetivo conhecer o número de casos de diarréias que ocorre em cada área, para que se possa prevenir e/ou controlar o número de casos de doenças de veiculação hídrica, como também fornecer dados ao setor de saneamento quanto ao estabelecimento das áreas prioritárias de atuação, quanto a qualidade dos serviços prestados e para avaliar a influência que as ações de saneamento trazem na qualidade de vida das populações beneficiadas. O Espírito Santo possui 9% da população urbana servida por abastecimento de água e somente 11,7% desta população, possui acesso ao sistema de esgotos com tratamento. Com a implantação do PRODESPOL - Programa de Despoluição dos Ecossistemas Litorâneos do Espírito Santo, vai garantir o aumento da oferta de distribuição de água tratada e o acesso de mais da metade da população ao serviço de esgotamento sanitário. O Estado é constituído de 77 municípios, totalizando aproximadamente 625 Unidades de Saúde (US). Destes 25 estão treinados para o desenvolvimento do programa. No ano de 1997, o Estado registrou informações de 1 municípios, onde existem 87 US que atendem casos de diarréias e destas 26 as monitorizam. No ano de 1997, foram registrados casos de diarréia, apresentando uma média de 95 casos por US. INTRODUÇÃO O Estado do Espírito Santo se localiza na região sudeste do Brasil, limitando-se ao norte com o Estado da Bahia e parte do Estado de Minas Gerais, ao sul com o Estado do Rio de Janeiro, a oeste com o Estado de Minas Gerais e a leste com o Oceano Atlântico. A figura 1 mostra a localização do Estado do Espírito Santo no país.
3 FIGURA 1: Mapa do Brasil, destacando a Região Sudeste e o Estado do Espírito Santo. De acordo com o Guia de Informações em Ciência e Tecnologia (1996), o Estado do Espírito santo possui uma área de ,1 km 2, e uma população estimada de habitantes. A população atendida em água é de habitantes (54,49% da população do estado) e atendida em esgoto é de (6,83% da população do estado). Possui 97 hospitais, destes 21 são privados, 53 filantrópicos, 16 públicos estaduais, 6 públicos municipais e 1 universitário, num total de leitos hospitalares. O Espírito Santo possui 9% da população urbana servida por abastecimento de água e somente 11,7% da área urbana, possui acesso ao sistema de esgotos com tratamento. Com a implantação do PRODESPOL - Programa de Despoluição dos Ecossistemas Litorâneos do Espírito Santo, a CESAN Companhia Espiritossantense de Saneamento), vai garantir o aumento da oferta de distribuição de água tratada e o acesso de mais da metade da população ao serviço de esgotamento sanitário. A Cólera entrou pela última vez no país no ano de 1991, e a partir daí, são constantes os registros de números de casos confirmados em alguns estados. A figura 2 mostra a evolução dos casos registrados de Cólera no Brasil no período de 1991 a Número de Casos Ano ( 199-) Fonte: MS/FNS-CENEPI FIGURA 2: Evolução dos casos registrados de Cólera no Brasil no período de 1991 a 1997.
4 A figura 3 mostra o número de casos confirmados de Cólera e o número de óbitos ocorridos no Estado do Espírito Santo Casos Confirmados Óbitos Número Ano (199-) Fonte: MS/FNS-CENEPI FIGURA 3: Número de casos confirmados de Cólera e o número de óbitos ocorridos no Estado do Espírito Santo. Das doenças consideradas de veiculação hídrica, somente Cólera, Febre Tifóide e Hepatite são doenças de notificação obrigatória, de acordo com a Portaria N o 1. do Ministério da Saúde, ficando assim, desconhecido o número de casos das demais doenças, como Gastroenterite, Verminoses, diarréias Infecciosas, Esquistossomose, etc. As doenças de veiculação hídrica afetam muitos municípios no Estado do Espírito Santo, devido as más condições sanitárias e ambientais presentes em quase todos eles. No município de Laranja da Terra, ocorreu em 1996, uma epidemia de Febre Tifóide, cuja dimensão não se tem notícia de outra similar no Brasil, tendo sido registrado 43 casos num espaço de tempo de junho a dezembro de 1996 e em uma população de 1.9 habitantes, desses na área urbana. Este município conta na sede com serviço de abastecimento de água da Companhia Espiritossantense de Saneamento - CESAN. Como a diarréia é um dos sintomas da maioria destas doenças, a CNDE - Coordenadoria Nacional de Doenças Entéricas, do Ministério da Saúde, implantou o Programa de Monitorização de Doenças Diarreicas Agudas no País, no ano de 1994, nos estados onde haviam registros de casos de Cólera. O Programa de Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas (MDDA), consiste em coletar dados referentes aos casos de diarréia que buscam atendimento nas Unidades de Saúde (US), através destas informações, acompanhar e avaliar, com o objetivo de detectar alterações no comportamento das diarréias em cada área, para que se possa tomar medidas de prevenção e controle destas doenças, como também se traçar o perfil do número de casos de diarréias no país, fornecendo dados para o setor de saneamento de cada estado, quanto ao estabelecimento das áreas prioritárias de atuação, qualidade dos serviços prestados e avaliar a influência que as ações de saneamento trazem na qualidade de vida das populações.
5 A MDDA no Espírito santo, visa diminuir a incidência de doenças diarreicas, através da monitorização destas, tendo em vista que mais de 5% ( cinquenta por cento) dos municípios do Estado tem como causa principal de morbidade as gastroenterites. METODOLOGIA O Programa MDDA consiste em treinamento de pessoal para atuar no programa, acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos municípios e informação dos resultados. Treinamento Realização de treinamento com o objetivo de formar instrutores nos municípios para que possam ser multiplicadores, levando assim o programa para todas as US do estado. O material empregado é apostilas, cartilhas e filmes educativos sobre o programa, as doenças e atividades de saneamento. A metodologia é de trabalho de grupo, com exposição oral e simulação do desenvolvimento das atividades do programa dentro da própria unidade de saúde. Implantação do Programa MDDA nas US Após o treinamento, são realizadas reuniões de sensibilização em cada US, para que todos os funcionários conheçam o programa, de maneira que todos os casos de diarréia que busquem a US, sejam atendidos de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde e registrados. O funcionário responsável pela MDDA, registra todos os casos atendidos diariamente. Ao final da semana avalia o comportamento dos casos da semana e envia, toda 2 a feira, estes resultados à Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS). Caso haja registro de surto são tomadas as providências necessárias, de investigação epidemiológica em conjunto com a vigilância sanitária. As SEMUS s consolidam os dados de todas as US s e enviam à Secretaria de Estado da Saúde, toda 4 a feira, e esta consolida os dados de todo o Estado e o envia à CNDE, os dados de cada trimestre. Informação Manter o Serviço de Vigilância e Saúde do Estado e do País e o Serviço de Saneamento local, informado sobre a situação das doenças diarreicas agudas, como também a realização da retroalimentação. Supervisão Realização de visitas de supervisão aos municípios treinados, para acompanhamento das atividades de monitorização. Reunião anual Realização de reunião anual para avaliação do desenvolvimento das ações durante o ano e elaboração do plano de ação para o próximo ano.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO A implantação do Programa MDDA no Espírito Santo ocorreu em 1996, quando foram treinados técnicos de 1 (dez) municípios, Apiacá, Atílio Vivacqua, Cariacica, Mimoso do Sul, Muqui, São José dos Campos, Viana, Vila Velha e Vitória (capital do estado), sendo que destes, somente 5 (cinco) apresentaram os resultados da monitorização no ano de 1997, que foram os municípios de Apiacá, Mimoso do Sul, Muqui, São José dos Campos e Vitória. O Espírito Santo é constituído de 77 municípios e aproximadamente de 625 Unidades de Saúde. Em 1997, foram realizadas 4 (quatro) etapas de treinamentos, capacitando 34 (trinta e quatro) técnicos de 15 (quinze) municípios, 9 (nove) visitas de supervisão e 1 (uma) reunião anual. As atividades desenvolvidas estão descritas a seguir. Descrição das atividades O Programa MDDA em 1997 contou com as atividades de treinamento, supervisão e reunião anual com todos os municípios treinados em 1996 e Treinamento A tabela 1 mostra as etapas, os locais, o número de treinandos e os municípios treinados, no ano de TABELA 1 - Relação dos treinamentos realizados - data, local, número de treinandos e municípios treinados - ES Etapa Data Local N o de treinandos Municípios 1 a 19 e 2/8 Laranja da Terra 3 1 Laranja da Terra Afonso Cláudio 2 a 1 a 3/9 3 a 3 a 5/11 4 a 3 a 5/12 Serra 4 Ibiraçu Guarapari 1 Serra Guarapari Fundão Aracruz Ibiraçu Linhares Conceição da Barra João Neiva SESA Guarapari Piúma Itapemirim São Mateus Anchieta Castelo Total Com a realização dos treinamentos no ano de 1997, o estado do Espírito Santo conta atualmente com 25 municípios treinados para monitorizar as doenças diarreicas agudas, o que representa 32,5% dos municípios do estado.
7 Supervisão A tabela 2 mostra as datas e os municípios que receberam visitas de supervisão no ano de TABELA 2 - Relação das visitas de supervisão realizadas - ES Data Municípios 21/9 Guarapari 3/9 Laranja da Terra 25/11 Vitória 26/11 Afonso Cláudio 27/11 João Neiva e Fundão 28/11 Linhares e Aracruz 9/12 Laranja da Terra Reunião anual Foi realizada reunião anual nos dias 16 e 17 de dezembro de 1997 na sede da Secretaria de Estado da Saúde, com um total de 28 participantes dos municípios que integram o MDDA. Os municípios participantes foram: Anchieta, Apiacá, Aracruz, Conceição da Barra, Fundão, Guarapari, Ibiraçu, João Neiva, Itapemirim, Laranja da Terra, Linhares, Mimoso do Sul, Muqui, Piúma, São José dos Campos, São Mateus, Serra e Vila Velha. Os municípios que informaram os resultados registrados pelo Programa MDDA no ano de 1997, foram: Apiacá, Aracruz, Fundão, Laranja da Terra, Linhares, Mimoso do Sul, Muqui, São José dos Campos, Serra e Vitória. Os resultados apresentados estão mostrados na tabela 3. TABELA 3 - Número de casos de doenças diarreicas agudas segundo a faixa etária e o plano de tratamento por trimestre e total, nos municípios que integram o Programa MDDA ES Trimestre N de US Faixa Etária Plano de tratamento Total c/ MDDA Total < 1a 1 a 4a 5 a 9a 1 a+ Ignor A B C Ignor 1 o o o Total O número de US que monitorizam, em relação as US que atendem diarréias nos mesmos municípios é de cerca de 3% e em relação ao total de US do estado é de,42%, lembrando porém que, as US possuem porte diferentes, ou seja o tamanho e o nível de complexidade dos serviços prestados dependem do tamanho da população a ser atendida e que em todos os municípios que monitorizam, as US de maior porte são sempre as primeiras a serem treinadas, pois são consideradas as sentinelas do municípios.
8 Nos dois primeiros trimestres de 1997, somente 5 municípios treinados em 1996 apresentaram resultados, enquanto nos dois últimos trimestres, mais 5 municípios que foram treinados em 1997, também apresentaram resultados. A média anual do número de casos de doenças diarreicas agudas nos municípios que integraram a monitorização no ano de 1997, foi de 95 casos por US. Considerando que estes municípios possuem as mesmas condições de saúde/saneamento de todo o estado, essa média/us pode vir a retratar a realidade de todo o estado. A figura 4 mostra o número de casos de doenças diarreicas agudas por semana epidemiológica que atuam no MDDA, e a figura 5 o número de casos por mês. Observa-se que apesar do número de US monitorizando ter aumentado, o número de casos de diarréias não cresceu, apresentando portanto um comportamento diferente por época do ano. Número de casos Semana Epidemiológica FIGURA 4 - Casos de doenças diarreicas agudas por semana - municípios c/ MDDA ES Número de casos J F M A M J J A S O N D Mês FIGURA 5 - Casos de doenças diarreicas agudas por mês municípios c/ MDDA ES
9 As figuras 6 e 7 mostram a distribuição dos casos de doenças diarreicas agudas por semana epidemiológica, segundo a faixa etária e segundo o plano de tratamento, respectivamente. Número de casos Ignorada 1 anos ou + 5 a 9 anos 1 a 4 anos < 1 ano Semana Epidemiológica FIGURA 6 - Casos de doenças darreicas agudas segundo a faixa etária e por semana epidmiológica - municípios c/ MDDA - ES Número de casos Semana Epidemiológica Plano de tratamento Ignorado Plano de tratamento C Plano de tratamento B Plano de tratamento A FIGURA 7 - Casos de doenças diarreicas agudas segundo o plano de tratamento e por semana epidemiológica - municípios c /MDDA - ES
10 Houve o registro de surtos na semana epidemiológica 25, no município de São José do Calçado, devido as festividades na semana da cidade e na semana 37, no município de Aracruz, onde houve o registro de 1 óbito, em uma reserva indígena. Todos os dois surtos foram investigados e tomadas as medidas necessárias com relação as possíveis fontes de contaminação, evitando- se assim que outras pessoas fossem também afetadas. Não houve registro de coleta de material para exame. As figuras 8 e 9 mostram o percentual de casos de doenças diarreicas agudas, segundo a faixa etária e segundo o plano de tratamento, respectivamente. < 1 ano 12% 16% 1 a 4 anos 5 a 9 anos 1 anos e + 29% 32% Ignorada 11% FIGURA 8 - Casos de doenças diarreicas agudas segundo a faixa etária municípios c/ MDDA ES Plano de tratamento A Plano de tratamento B 21% Plano de tratamento C 6% Plano de tratamento ignorado 8% 65% FIGURA 9 - Casos de doenças diarreicas agudas segundo o plano de tratamento municípios c/ MDDA - ES Observa -se que a maior incidência em número absoluto, ocorre na faixa etária de 1 a 4 anos, seguida por 5 a 9 anos (figura 8), sabendo se porém que esta faixa pode ser modificada quando se considerar o coeficiente de incidência. O plano de tratamento mais utilizado foi o A (figura 9), o que significa que a maioria dos casos não apresentou sinais de desidratação e que foram resolvidos somente com as orientações ao paciente quanto a conduta alimentar e aos hábitos de higiene. O representativo número de casos ignorados em ambas as situações, deve-se ao não preenchimento correto da ficha das informações do paciente pelos funcionários ou não atendimento das recomendações preconizadas pelo Ministério da Saúde, no manejo das diarréias. As figuras 1 e 11 mostram a distribuição dos casos de doenças diarreicas agudas por trimestre, segundo a faixa etária e o plano de tratamento.
11 Número de casos o. 2o. 3o. 4o. Trimestre < 1 ano 1 a 4 anos 5 a 9 anos 1 anos e + Ignorada FIGURA 1 - Casos de doenças diarreicas agudas segundo a faixa etária e por trimestre municípios c/ MDDA - ES Número de casos Plano de tratamento A Plano de tratamento B Plano de tratamento C Plano de tratamento ignorado 1o. 2o. 3o. 4o. Trimestre FIGURA 11 - Casos de doenças diarreicas agudas segundo o plano de tratamento e por trimestre - municípios c/ MDDA - ES Observa-se que no segundo e no terceiro trimestres o número de casos de diarréias foram maiores que nos demais trimestres.
12 CONCLUSÕES O Estado do Espírito Santo implantou o Programa MDDA no ano de 1996, quando foram treinados técnicos de 1 (dez) municípios, sendo que destes, somente 5 (cinco) apresentaram os resultados do Programa em No ano de 1997 foram treinados 15 (quinze) municípios, no período de agosto a dezembro, e destes 5 (cinco) implantaram o Programa a partir do segundo semestre do mesmo ano. O Estado possui 77 municípios e conta com aproximadamente 625 US. Os 1 municípios que integram o Programa MDDA possuem 87 US, sendo que destas 26 monitorizam as diarréias, destacando que todas as US das sedes destes municípios estão monitorizadas. A média anual de número de casos de doenças diarreicas agudas apresentada pelos muncípios que monitorizam as diarréias foi de 95 casos / US. Considerando que estes municípios possuem as mesmas condições de saúde/saneamento de todo o Estado, essa média/us pode vir a retratar a realidade de todo o Estado. Na avaliação mensal e trimestral, observa-se que no 2 o semestre foi menor o número de casos, quando mais municípios integraram ao Programa, apresentando assim, uma variação sazonal. Com a monitorização implantada e implementada no ano de 1997 no estado do Espírito santo, foi possível identificar os possíveis surtos, como também através da investigação e consequente tomada de medidas de vigilância epidemiológica e de vigilância sanitária, foi possível diminuir o número de pessoas a serem afetadas pelas doenças de veiculação hídrica. Com a implementação das atividades do Programa MDDA no ano de 1998, a meta é que todos os municípios sejam treinados, podendo - se balizar as ações preventivas, mapeando - se as áreas de maior risco. Em 1999 será possível avaliar o impacto que as obras de saneamento trarão para a melhoria da qualidade de vida para a comunidade capixaba e consequente mudança na situação epidemiológica nas doenças de veiculação hídrica no Estado. BIBLIOGRAFIA TEIXEIRA, P.F.P. Manual Sobre Vigilância Ambiental. Organização Pan Americana de Saúde, MALETTA, C. H. M. Epidemiologia e Saúde Pública. Livraria Ateneu. São Paulo, Cartilhas e vídeos educativos. Ministério da Saúde. Guia de Informações em Ciência e Tecnologia Governo do Estado do Espírito santo COPLAG Coordenação de Planejamento. 4 a ed p.
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