Mercado Internacional de Créditos de Carbono: Perspectivas de Negócios para o Brasil

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1 Mercado Internacional de Créditos de Carbono: Perspectivas de Negócios para o Brasil Autoria: Raimundo Eduardo Silveira Fontenele, Alexandre Zourabichvili, Marcelo Costa Caldas Resumo O aquecimento global provocado pelo aumento das concentrações de gases de efeito estufa (GEE) levou a busca de soluções para mitigação da mudança do clima. Assim, surgiu o mercado internacional de Créditos de Carbono, no qual países em desenvolvimento podem vender suas Reduções Certificadas de Emissões de GEE aos países industrializados. A criação deste mercado estimula à realização de atividades de projeto nos países em desenvolvimento a um custo marginal relativamente mais baixo que nos países industrializados. Neste contexto, o trabalho tem por objetivo investigar as perspectivas de negócios deste mercado para o Brasil. A pesquisa foi realizada por meio do cruzamento do inventário brasileiro das emissões de GEE com a regulamentação do mercado (Tratado de Quioto), além de entrevistas e questionários aplicados em campo. O resultado revela que os maiores potenciais nacionais concentram-se nas atividades de projeto para uso do biodiesel, da lenha e do álcool como substituto do óleo diesel, do carvão mineral e da gasolina, respectivamente. Merece destaque o fato do Brasil apresentar-se como um dos países com maior potencial de projetos neste mercado, estimando-se que o valor comercializado no mundo poderá chegar a US$ 10 bilhões anuais. Introdução A partir da década de 80, as questões relativas às mudanças climáticas passaram a ocupar destaque na lista de ameaças ambientais que mais afetam o equilíbrio do meio ambiente. O conhecimento básico da mudança do clima e do papel humano nesse fenômeno, evidenciado nos trabalhos científicos, tem demonstrado que as emissões do dióxido de carbono, decorrentes das atividades humanas, tem sido a principal contribuição para aumento da concentração dos gases de efeito estufa (GEE). As projeções dos aumentos da temperatura média global e do nível do mar no futuro confirmam os efeitos dessa mudança, com alcance sem precedente na história humana (IPCC, 2000). O modelo de produção e consumo energético adotado tem sido a maior contribuição ao forçamento antrópico (produzido pelo homem) do clima, devido ao uso intensivo dos recursos fósseis não renováveis: carvão mineral, petróleo e gás. Estes levam milhões de anos para se formarem e são chamados de não-renováveis, exatamente por que não fecham seu "ciclo" de carbono em prazos compatíveis com as necessidades humanas e com o equilíbrio ambiental do planeta. Em outras palavras, enquanto que a quantidade de carbono liberada pela queima de combustíveis fósseis pode ocorrer em décadas, o seqüestro desta mesma quantidade de carbono no meio ambiente realizou-se em milhões de anos para formarem os mesmos combustíveis fósseis. Em 1997, foi realizada na cidade de Quioto, Japão, a 3ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, na qual os países industrializados decidiram adotar um protocolo a fim de reduzirem, entre os anos de 2008 a 2012, suas emissões combinadas de GEE em pelo menos 5% em relação aos níveis de O compromisso promete produzir uma reversão da tendência histórica de crescimento das emissões iniciadas nesses países há cerca de 150 anos. Em 16 de fevereiro de 2005 o tratado entrou em vigor, com a ratificação da Federação Russa, e sem a participação dos Estados Unidos e da Austrália. O Tratado de Quioto define um Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), permitindo que os países industrializados possam alcançar suas metas de redução de GEE além de suas fronteiras 1

2 nacionais, negociando a compra de reduções de emissões obtidas nos países em desenvolvimento. A necessidade da mitigação da mudança global do clima fez surgir um novo mercado baseado na commodity "créditos de carbono", que pode gerar ganhos econômico, ambiental, social e institucional nos países em desenvolvimento (FGV, 2002). O objetivo deste artigo é investigar as perspectivas de negócios para o Brasil no Mercado Internacional de Créditos de Carbono. Essa investigação utiliza o cruzamento dos dados das emissões nacionais de GEE com o Tratado de Quioto, para identificar as atividades de projetos brasileiras elegíveis ao MDL. Adota-se como hipótese que o país possua amplas possibilidades da realização de atividades de projeto no âmbito do MDL, devido às vantagens conferidas pela diversidade dos seus recursos naturais. Primeiro, discorre-se sobre a economia do meio ambiente, taxa de Pigou e a vantagem comparativa no mercado de créditos de carbono. Em seguida é apresentada a metodologia da pesquisa para, na seqüência, discutir os principais resultados. Finalmente, serão apresentadas as considerações, limitações e recomendações. 1. Economia do Meio Ambiente 1.1 Eficiência econômica e externalidades Pigou (1920) inseriu nos seus estudos os efeitos da poluição e ampliou um conceito fundamental no debate entre meio ambiente e desenvolvimento, que é o de efeitos externos nos recursos ambientais (BURSTZTYN, 1994). Uma externalidade ocorre quando a atividade econômica de alguém vai, deliberadamente, ter repercussões no bem-estar de outrem (VARIAN,1993). Estas conseqüências da atividade de um determinado agente sobre outro podem ser positivas ou negativas para o segundo. Segundo Pearce (1990), ocorre um custo externo (ou externalidade negativa) quando a atividade de um agente provoca uma perda de bem-estar no outro agente e esta perda de bemestar não é compensada. Uma externalidade negativa é relevante no sentido de Pareto quando o causador da externalidade não suporta o montante dos danos que provoca (VARIAN, 1993). A poluição é tipicamente um exemplo de externalidade negativa: a atividade de um determinado agente (poluidor) vai ter um impacto negativo sobre as funções de utilidade ou de produção de outros agentes (as vítimas da poluição), sem que esse efeito negativo esteja, à partida, contabilizado em termos monetários. Um exemplo de uma externalidade negativa é o modelo de produção e de consumo energético adotado pelo homem, baseado no uso intensivo dos combustíveis fósseis. Supõe-se que a atividade dos países desenvolvidos tem provocado uma externalidade negativa sobre o clima global, colaborando para os desastres climáticos como: a seca e a crise energética no Brasil em 2001; as chuvas torrenciais e inundações européias de 2002 ou os incêndios florestais no Hemisfério Norte causados pela recente onda de calor. Tudo isto constitui perdas para toda humanidade de cunho econômico, ecológico e social. 1.2 Ineficiência de um equilíbrio competitivo na presença de uma externalidade Na presença de uma externalidade relevante no sentido de Pareto, as decisões individuais dos agentes econômicos não conduzem a uma alocação ótima dos recursos (FAUCHEUX, NÖEL, 1995). Assim sendo, o mercado de concorrência perfeita não permite atingir um ótimo econômico. Esses efeitos não são internalisados pelo mercado, pois existe uma clara indefinição de seus direitos de propriedade (MISHAN, 1975). Uma externalidade negativa (relevante no sentido de Pareto) origina uma alocação de recursos tal que a atividade causadora da externalidade é exercida a um nível superior ao do ótimo de Pareto. Haverá então que intervir de modo a que o nível da atividade causadora da 2

3 externalidade seja diminuído, até se atingir esse nível ótimo. Por seu lado, uma externalidade positiva (relevante no sentido de Pareto) origina uma alocação de recursos tal que a atividade causadora da externalidade é exercida a um nível inferior ao do ótimo de Pareto. Neste caso, o nível da atividade causadora da externalidade terá de ser aumentado, para que se atinja o ótimo econômico. Dales (1968, apud FAUCHEUX, NÖEL, 1995) atribui a existência de externalidades a um único problema: a ausência ou má definição dos direitos de propriedade sobre os bens. Para Margulis (1990) existem dois tipos de falhas de mercado que ocasionam externalidades: a falta de um sistema bem definido de direitos de propriedade sobre os recursos ambientais e a característica do bem público que por vezes tem o usufruto do meio ambiente. Analisa-se, em seguida, como, na presença de uma externalidade relevante no sentido de Pareto, se chega ao equilíbrio de mercado - que neste caso não é eficiente - bem como ao ótimo de Pareto. Seja um agente econômico A, que polui um determinado recurso ambiental, e o agente B, que usa esse recurso. O agente B sofre uma perda de bem-estar pelo fato de A poluir o recurso. O agente A é, então, o causador da externalidade negativa (o poluidor) e o agente B, a vítima dessa externalidade. Convém registrar que este caso exemplifica, com base em dois agentes econômicos, como o mercado se comporta na presença de uma externalidade relevante no sentido de Pareto. Refira-se que se poderá generalizar, passando os agentes econômicos A e B a ser grupos de agentes, os quais constituem a Sociedade no seu todo. Custos, Benefícios CEM BLMP A BLMS A RP Fonte: (adaptada pelo Autor de Pearce, 1990, p. 63). Figura 1 - Níveis ótimo e privado da atividade poluidora. Na Figura 1 representam-se, no eixo das abscissas, Q (o nível de atividade econômica do poluidor A), e, no eixo das ordenadas, custos e benefícios. Representam-se, também, as seguintes curvas de custos e benefícios, que se definem mais adiante: i) Curva BLMPA - Curva do Benefício Líquido Marginal Privado de A; ii) iii) IP 0 Q* Qp Nível de atividade econômica Q Curva BLMSA - Curva do Benefício Líquido Marginal Social de A; e Curva CEM ou VDM - Curva do Custo Externo Marginal ou Valor do Dano Marginal. A definição do Benefício Líquido Marginal Privado de A - BLMPA - implica a definição prévia do Benefício Líquido Privado de A (BLPA). O Benefício Líquido Privado é a diferença entre os benefícios que resultam para o poluidor da sua atividade poluidora e os custos. É, portanto, o lucro da atividade poluidora. O Benefício Líquido Marginal Privado é a derivada daquele último em relação a Q. É o acréscimo de Benefício Líquido por unidade adicional de atividade poluidora. O BLMS (Benefício Líquido Marginal Social) de A é a derivada do Benefício Líquido Social (BLS), que representa a diferença entre os benefícios que a atividade poluidora traz à Sociedade (neste caso os agentes A e B) e os custos que essa atividade lhe acarreta. 3

4 Poderia pensar-se que o BLP iguala o BLS. Efetivamente, na presença de poluição (uma externalidade negativa), os benefícios que o empresário tem com a sua atividade poluidora são iguais aos benefícios que a sua atividade implica para a Sociedade. No entanto, os custos que o poluidor acarreta não são iguais aos custos que ele provoca à Sociedade (neste caso aos agentes A e B). Efetivamente, dentro destes últimos custos, está o custo provocado com a externalidade e que o agente A não contabiliza como seu. Este custo é o Custo Externo (CE) ou Valor do Dano (VD), que é a valorização monetária da externalidade que o causador desta provoca à Sociedade. Assim sendo, o BLS é inferior ao BLP, porque se lhe tem de diminuir o CE. Em termos marginais, ocorre o mesmo. O Custo Externo passará a chamar-se Custo Externo Marginal (CEM) ou Valor do Dano Marginal (VDM). O Custo Externo Marginal é, assim, o acréscimo de custo provocado à Sociedade (neste caso, ao agente B) pela poluição, por cada unidade adicional produzida de Q. Tem-se então: CE = BLP BLS ou: CEM = BLMP BLMS. Voltando à Figura 1, verifica-se que as curvas dos Benefícios Líquidos Marginais (BLMP e BLMS) são decrescentes e a curva do Custo Externo Marginal, crescente. Num mercado que haja concorrência, o agente econômico está interessado em produzir até Qp, ponto onde o seu BLMP se anula. O ponto Qp é, portanto, o nível de atividade econômica quando não existem políticas que pretendam neutralizar o efeito das externalidade. Designar-se-á por nível privado da atividade A, porque é o ponto no qual o Benefício Líquido Marginal Privado se anula, estando o empresário interessado em produzir somente até esse nível. No entanto, Qp não é o nível de atividade econômica de Q que interessa à Sociedade. Com efeito, em Qp, o Benefício Líquido Marginal Social já é negativo: cada unidade adicional de Q produzida vai diminuir o bem-estar da Sociedade. A Sociedade interessa que se produza até Q* (Figura 1). Para a esquerda de Q*, o BLMS é positivo, ou seja, o bem-estar aumenta por cada unidade adicional de Q produzida. Em Q* o BLMS é nulo: é nesse ponto que o Custo Externo Marginal e o Benefício Líquido Marginal Privado se igualam. À Sociedade já não interessa que se produza para além de Q*, pois o BLMS passa a ser negativo. O ponto Q* é, assim, o ponto que maximiza o bem-estar social (pois a área abaixo do BLMS é maximizada em Q*), ou ponto de eficiência, ou ótimo de Pareto. O ótimo de Pareto é caracterizado por ser o ponto onde o BLMS se anula, e, portanto, onde se cruzam as curvas do CEM e do BLMP. A poluição provocada por este nível ótimo de atividade Q * é a poluição ótima, no sentido de ser esta a que conduz ao ótimo de Pareto. Atendendo à Figura 1, pode afirmar-se: i) a área abaixo do CEM representa a quantidade total de externalidade ou nível de externalidade e corresponde ao Custo Externo - CE, já definido; ii) o nível de externalidade IP, no ponto ótimo, é uma externalidade irrelevante no sentido de Pareto, pois, na presença deste nível de externalidade, o ponto de equilíbrio atingido no mercado é um ponto de eficiência, ou ponto ótimo; iii) o nível de externalidade IP é, assim, o nível ótimo de externalidade, ou nível ótimo de poluição, pois, com este nível de externalidade, ou poluição, atinge-se o ponto ótimo; iv) o nível de externalidade RP é relevante no sentido de Pareto, pois a sua remoção conduz à melhoria de Pareto, uma vez que aumenta o Benefício Líquido Social (definido como a área abaixo do BLMS). É, portanto, o nível de externalidade para além da externalidade ótima, que precisa ser removido, por forma a atingir-se de novo um equilíbrio eficiente ou ótimo; v) Q* é o nível ótimo da atividade econômica de A (que conduz ao ótimo de Pareto); e 4

5 vi) Qp é o nível de atividade econômica que maximiza o Benefício Líquido Privado de A (entendido como a soma de todos os BLMP); é o nível até ao qual o poluidor está interessado em produzir num sistema que haja concorrência (sem políticas). Foi designado por nível privado de atividade de A. Refere-se que a poluição que maximiza o bem-estar social, ou nível ótimo de poluição, não corresponde necessariamente a uma poluição nula. O nível ótimo de poluição é o correspondente ao nível de atividade Q*. 1.3 Instrumentos econômicos de regulação ambiental Os instrumentos econômicos constituem-se em uma categoria de políticas de controle ambiental, com a finalidade de proteger os recursos naturais e garantir seu uso pelas gerações futuras. Conforme Bursztyn (1994), os instrumentos econômicos influem sobre vantagens e custos dos agentes econômicos, pois induzem mudanças em suas ações, no sentido de favorecer o meio ambiente. Um dos principais instrumentos, o Princípio do Poluidor Pagador (PPP), recomendação instituída pela OCDE, em 1972, foi criada por Arthur Pigou, professor de Economia Política na Universidade de Cambridge, entre 1908 e 1944 (MOTA, 2001). As taxas ambientais representam os preços pagos pelos poluidores por danos causados ao meio ambiente e aos seres humanos. Para os teóricos do ecodesenvolvimento (SACHS, 1981), a situação conciliatória transcenderia a simples internalização do preço ótimo do mercado, através de controles diretos, das taxas despoluição, subsídios, vendas de licenças para poluir e bolsas de resíduos. Todos esses mecanismos podem ser implementados através de instrumentos de política econômica ambiental (BAUMOL e OATES, 1988) e internalizados nos diferentes tipos de Sistemas de Gestão Ambiental nas empresas. A taxa por emissão de poluentes, também conhecida por taxa pigouviana, prevê o pagamento, pelo agente emissor da externalidade negativa, de taxa igual ao montante das externalidades. A teoria desenvolvida busca conduzir a um equilíbrio eficiente, mesmo na presença de uma externalidade. Custos, Benefícios CEM ou VDM t* BLMP 0 Q* Qp BLMP-t* Nível de atividade econômica Q Fonte: (adaptada pelo Autor de Pearce, 1990, p. 86). Figura 2 - Taxa de Pigou. Na Figura 2, o eixo das abscissas está representando o nível de atividade do causador da externalidade (agente econômico A), estando traçadas as curvas do BLMP e do CEM ou VDM. O nível de atividade que maximiza o Benefício Líquido Privado do poluidor é Qp e o nível ótimo de atividade econômica é Q*, o ponto de intersecção das curvas do BLMP e do CEM. Como a seguir se mostra, a taxa de Pigou, representada por t* na Figura 2, determina que o nível da atividade poluidora passe a ser Q* em vez de Qp. A taxa pigouviana, de montante igual ao CEM ou VDM no ponto ótimo (Figura 2), é imposta ao país por unidade de atividade econômica poluidora. O poluidor tem, assim, de pagar t* por unidade Q que produz, o que significa aumentarem, em termos marginais, os 5

6 custos do poluidor no montante de t* por cada unidade Q produzida. Ou seja: o Benefício Líquido diminui em t* por unidade adicional de Q, pelo que o Benefício Líquido do poluidor deixa de ser representado pela curva BLMP e passa a sê-lo pela curva BLMP-t*. A função BLMP-t* toma o valor nulo no nível ótimo de atividade Q*. A taxa de Pigou é, assim, uma forma de igualar os benefícios privados e os sociais no ponto ótimo. A taxa de Pigou t*, igual ao Custo Externo Marginal ou Valor do Dano Marginal da atividade poluidora no ponto ótimo, leva o poluidor a laborar no Ótimo de Pareto. Desta forma, com a introdução desta taxa, a externalidade presente deixa de ser relevante no sentido de Pareto (passando a ter-se um nível ótimo de externalidade) e o mercado volta a assegurar um equilíbrio competitivo e eficiente. 1.4 Taxa Pigouviana e Custos de Redução dos Poluentes Uma das vantagens da taxa de Pigou é a de estimular os poluidores a adotarem tecnologias que reduzem a poluição. Todavia, esse tipo de imposto não é fácil de ser estabelecido na prática, a começar pelas dificuldades para determinar os custos externos (BΑRBIERI, 2004). Até agora se admitiu que o poluidor adapta-se à taxa de Pigou, reduzindo a sua produção para o nível ótimo de atividade Q*, pois, para níveis superiores a Q*, não lhe é rentável produzir e pagar a taxa (ou seja: o BLMP-t* é negativo a partir de Q*). No entanto, a diminuição do nível de atividade Q não é a única forma de se fazer face à taxa de Pigou. Sendo esta paga por unidade de atividade poluidora, seria possível manter o nível de atividade Qp, desde que as unidades de atividade entre Q* e Qp deixassem de ser poluidoras, o que requereria a introdução de tecnologias de redução da poluição. A Figura 3 foi elaborada a partir da Figura 2 introduzindo duas modificações: i) no eixo das abscissas, em vez do nível da atividade poluidora, está representado o nível de poluição. Obviamente, a curva dos CEM continua a ser crescente com a poluição; e ii) em vez da curva do BLMP, está representada a curva dos Custos Marginais de Redução - CMR, que expressa o custo de diminuir cada unidade adicional de poluição pelo recurso a tecnologias de redução. Esta curva é decrescente com o aumento do nível de poluição, o que implica ser menor o CMR, quanto maior for o nível de poluição. Por outras palavras, quanto maior for o nível de poluição, mais fácil e econômico torna-se reduzir uma unidade adicional de poluição; quanto menor for o nível de poluição, mais difícil e dispendioso torna-se reduzir uma unidade adicional de poluição. Custos CEM t* CMR 0 P* Poluição Redução da poluição Fonte: (adaptada pelo Autor de Pearce, 1990, p. 89). Figura 3 - Taxa de Pigou e Custos Marginais de Redução. Como foi dito, a curva dos CMR tem analogias com a curva do BLMP. Apresentam-se outras características que estas duas curvas têm em comum. 6

7 Na Figura 2, o empresário poluidor ajusta-se à taxa de Pigou diminuindo o seu nível de atividade. O custo para o empresário de reduzir uma unidade de poluição é, então, o benefício que este perde por deixar de produzir, ou seja, o BLMP a que terá de renunciar. Pode, assim, dizer-se (intuitivamente, sem recorrer a uma demonstração formal) que a curva do BLMP é entendida como uma curva dos custos de redução da poluição quando esta é feita unicamente à base da diminuição da produção. A curva dos CMR será, então, a curva dos custos de redução da poluição quando esta é feita à base da introdução de tecnologias que diminuam ou eliminem os poluentes emitidos. Estabelecida esta analogia entre a curva dos CMR e a curva do BLMP, entende-se a razão por que o nível ótimo de poluição P* (Figura 3) é o ponto em que as curvas do CEM e do CMR interceptam-se. Para valores inferiores a P*, o CMR é superior ao CEM: é preferível aumentar um pouco a poluição; para valores superiores a P*, o CMR é inferior ao CEM: há que baixar a poluição até P*. A taxa de Pigou t* continua a ser igual ao valor do CEM no ponto ótimo. No entanto, a opção entre diminuir a produção ou adotar tecnologias de redução da poluição não costuma ser assim tão estanque. Na Figura 4 repete-se a Figura 3, acrescentando-lhe a curva do BLMP. Custos, Benefícios CEM t* BLMP 0 b P* Poluição Redução da poluição Fonte: (adaptada pelo Autor de Pearce, 1990, p. 90). Figura 4 - Taxa de Pigou, CMR e BLMP. Na Figura 4, o BLMP é superior ao CMR entre os pontos a e b. Isto significa que a forma menos dispendiosa de diminuir a poluição é instalar tecnologias de tratamento da poluição. Entre o ponto b e origem, os CMR excedem o BLMP, o que significa que a forma mais econômica de diminuir a poluição é diminuir a quantidade produzida. Os dois segmentos de reta assinalados com umas setas representam, assim, a reação de custo mínimo à taxa de Pigou. A intersecção dessa linha com a curva do CEM, demarcadas com setas, indica o ponto da poluição ótima. Caminhando no sentido da redução da poluição, a primeira interseção da linha com setas e a curva do CEM ocorre em P*. O nível ótimo de poluição é, então, P* e a taxa de Pigou é t*; que é igual ao CEM no ponto ótimo de poluição P*. 1.5 Vantagem Comparativa Até agora se admitiu que a redução da poluição pode ser alcançada entre os pontos a e b. A partir do ponto b em direção à origem, a forma mais econômica de diminuir a poluição seria diminuir a quantidade produzida. Entretanto se os Custos Marginais de Redução poderem ser reduzidos, passando para a curva CRM* (menor ângulo com eixo das abscissas), seria possível alcançar redução de toda poluição desejada desde a até a origem em 0. De acordo com a teoria da vantagem comparativa de David Ricardo (KRUGMAN e OBSTFELD, 1999), estabelece que, em condições de livre comércio, uma região ou um país CMR a 7

8 tenderá a se especializar na produção daqueles bens nos quais possui a maior vantagem comparativa em termos de custos de produção, ou a menor desvantagem comparativa. Sendo assim, a queda nos Custos Marginais de Redução - CMR* do poluidor pode ser alcançada além dos limites de sua unidade produtiva, pagando-se um valor inferior ao seu próprio custo a outro agente poluidor para que reduza sua poluição, conforme está demonstrado na Figura 5. Custos, Benefícios CEM t* BLMP CMR* 0 P* a Poluição Redução da poluição Fonte: (adaptada pelo Autor de Pearce, 1990, p. 90). Figura 5 - Taxa de Pigou, CMR* e BLMP. Tal análise fundamenta-se nas hipóteses que a poluição em questão teria uma amplitude globalizada, de forma que a ação de qualquer agente poluidor teria efeito sobre a redução da poluição e que os agentes produtivos teriam custos diferentes para reduzir a poluição. A comercialização proveniente de emissões será regulada pelas forças de mercado da oferta e da procura de direitos de poluição. O aumento na procura dos direitos de poluir elevará o preço deste produto. Caso este mercado seja aberto, ressalta-se que o preço pode ainda ser afetado pela ação dos grupos ambientalistas, quando compram os direitos de emissões e retiram do mercado, sem os utilizar para poluir. Neste caso, a oferta deste produto diminui, o preço aumentará e as emissões diminuirão. Porter (1989), ao contestar as teorias clássicas, propõe uma nova teoria que deve ir além do conceito de vantagem comparativa, para se concentrar na vantagem competitiva dos países, refletindo o conceito de competição, que inclui mercados segmentados, produtos diferenciados, diversidades tecnológicas e economias de escala. Porém, após apresentar argumentos para considerar a competitividade nacional, Porter (1999) concluiu que o único conceito significativo de competitividade nacional era o de produtividade. Um debate teórico sobre os diferenciais de rigor nas regulações ambientais entre países que podem influenciar os padrões internacionais de comércio e investimento é polarizado por duas visões: a visão tradicional (trade-off) e a abordagem revisionista recente (conhecida como a hipótese de Porter ), que enfatiza os efeitos sinérgicos entre regulações ambientais e competitividade 1. A hipótese de Porter evidencia que as inovações adotadas para cumprir com as regulamentações ambientais fazem com que as empresas a adotarem inovações que reduzem os custos totais de um produto aumentem seu vaor, melhorando a competitividade das empresas e, consequentemente, do país (MΑY, 2003). 1.6 Taxa Pigouviana e a Vantagem Comparativa no Mercado de Créditos de Carbono A realização das atividades de projeto do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), no âmbito do Tratado de Quioto, necessita de investimentos públicos e privados, em escala mundial, na ordem de alguns bilhões de dólares anuais. Muitos países industrializados já estão implementando políticas e regulamentações domésticas necessárias à redução das 8

9 emissões. Entretanto, a experiência tem mostrado que o custo para reduzir uma tonelada de dióxido de carbono pode ficar entre US$ 15 e US$ 100, em atividades para melhoria da eficiência energética nos países industrializados. Por outro lado, há inúmeras oportunidades para redução dos GEE nos países em desenvolvimento, ao custo de US$ 1 a US$ 5, por tonelada de carbono. Sendo assim, este comércio permitirá atingir um padrão ambiental a um menor custo para as entidades públicas e privadas (WORLD BANK/PCF, 2002). Os menores custos de investimento que o Brasil possui para reduzir suas emissões de GEE, devido às vantagens conferidas pelos seus diversos recursos naturais disponíveis, em relação aos elevados custos que os países industrializados apresentam para implementar projetos para melhoria da eficiência energética, constituem uma vantagem comparativa brasileira no comércio de créditos de carbono. Do ponto de vista econômico, o princípio teórico no qual se baseia o estabelecimento desses mecanismos é o da eficiência econômica. Devido às diferenças existentes do ponto de vista tecnológico em/ter países e firmas, os custos marginais de abatimento, ou seja, de redução de emissões, são diferenciados. Isto, portanto, permitirá que as reduções ocorram, em primeiro lugar, nos países onde o custo marginal seja menor, maximizando dessa forma a eficiência do processo global de mitigação (MAY, 2003). Para melhor compreensão do conceito do comércio de créditos de carbono, busca-se demonstrar na Figura 6 a vantagem apresentada por um País B, em termos de investimento, para a redução de suas emissões de GEE, em relação ao País A. Os diferentes custos relativos que as nações possuem estimulam buscar e realizar atividades além de seu território, objetivando alcançar o equilíbrio ambiental. 2. Metodologia da Pesquisa A pesquisa deste trabalho é do tipo exploratório-descritiva, utilizando abordagem qualitativa. Os objetivos a serem alcançados, conforme a metodologia de Aaker & Day (1990), resumem-se: a) investigar o Mercado Internacional de Créditos de Carbono, buscando analisar o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, visando identificar as atividades de projeto brasileiras elegíveis; b) conhecer o nível de nossas emissões de gases de efeito estufa nas diversas fontes emissoras do Brasil, buscando identificar as principais atividades de projeto nas quais o Brasil poderá comercializar de RCEs; e c) pesquisar os preços praticados nesse mercado para quantificar o potencial nacional. A pesquisa foi compreendida no período de maio de 2003 até março de 2004, a qual caracteriza-se pela análise do emergente mercado internacional de créditos de carbono, para a investigação da participação brasileira. A razão da escolha do MDL deve-se ao fato de ser o instrumento definido no Tratado de Quioto que permite a participação do Brasil neste mercado. A principal causa das emissões de CO 2 é o uso de combustíveis fósseis para a obtenção de energia. O conhecimento da linha de base das emissões de CO 2 no setor energético é necessário para identificar as atividades de projeto elegíveis ao MDL. Em 2002 foi concluído o Primeiro Inventário Brasileiro de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa. O relatório foi elaborado pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - COPPE/UFRJ e pela Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos - COPPETEC (COPPE, 2002). A escolha desta fonte de pesquisa deve-se ao fato de ter sido a entidade de pesquisa selecionada pela Autoridade Nacional Designada, no âmbito do MDL, para a elaboração do inventário das emissões brasileiras. 9

10 País industrializado possui emissões de Gg CO2 e necessita reduzir 10% de suas emissões Sem comércio de créditos de carbono Supondo que o custo para redução no País A (industrializado) seja MUS$ 11/Gg CO2: Custo: Gg CO2 x MUS$ 11/Gg CO2 = MUS$ Com comércio de créditos de carbono O País B (em desenvolvimento) possui emissões de Gg CO2, podendo reduzir Gg CO2. Vende Gg CO2 ao País A, ficando ainda com Gg CO2 vendáveis a outros Paises demandantes. Supondo o País B possua custo para redução de MUS$ 4/Gg CO2 e vende ao preço de MUS$ 5/Gg CO2. Preço: Gg CO2 x MUS$ 5/Gg CO2 = MUS$ Custo: Gg CO2 x MUS$ 4/Gg CO2 = MUS$ Ganho pela comercialização = MUS$ O País A alcança sua meta de redução de emissões a um menor custo: Custo: Gg CO2 x MUS$ 11/Gg CO2 = MUS$ Preço: Gg CO2 x MUS$ 5/Gg CO2 = MUS$ Redução do custo = MUS$ Ganho geral por conta do comércio: MUS$ MUS$ = MUS$ Gg CO Limite 800 Regulamentado País B País A Reduz Gg CO2: vende Gg CO2 ao País B e fica com mais Gg CO2 vendáveis a outros Fonte: elaborada pelos autores. Figura 6 - Conceito do comércio de créditos de carbono. Compra Gg CO2 do País B 3. Análise dos Resultados O inventário elaborado pela COPPE (2002) revela que, em 1994, foram emitidos Gg CO2, por meio da queima de combustíveis fósseis, no Brasil. Essas emissões cresceram 17%, no período de 1990 a 1994, enquanto o crescimento do consumo de energia foi de 16%, permitindo concluir que houve um leve aumento da intensidade de carbono do sistema energético do país. Segundo a mesma fonte, o óleo diesel apresenta-se como o combustível fóssil responsável pela maior fração das emissões de CO2 em 1994, com 32% das emissões totais. O segundo combustível fóssil que mais contribuiu para as emissões de dióxido de carbono, no Brasil foi o óleo combustível, com 16% das emissões totais. Seguem em ordem decrescente de participação o coque de carvão mineral, com 13% e a Gasolina, com 12%. 10

11 Emissões de CO2 Tx. Combustível /94 GgC GgC GgC GgC GgC % % Óleo Diesel Óleo Combustível Coque de Carvão Mineral Gasolina GLP ,9 11 Gás Natural ,4 25 Carvão Vapor ,3 0,21 Gás de Coqueria ,7 8,7 Querosene de Aviação ,6 6,6 Gás de Refinaria ,3 28 Outros Pro. Séc. Petróleo ,7 35 Nafta ,6 24 Coque de Petróleo ,94 39 Carvão Metalúrgico ,45 Lubrificantes ,42-8,3 Alcatrão ,4 39 Outras Primárias Fósseis ,25-7,1 Querosene Iluminante ,16-36 Gás Canalizado ,13-47 Total Fonte: adaptada de COPPE (2002). Tabela 1 - Emissões de CO2 dos combustíveis fósseis, por combustível / Preços do Mercado Internacional Os preços praticados no mercado internacional de créditos de carbono variam substancialmente dependendo de fatores como tamanho e tecnologia do projeto, comprador, risco e agentes envolvidos. Segundo a Point Carbon (2003), apresenta-se na Figura 4 os preços médios de projetos selecionados pelos CERUPT e PCF: US$ 5/t. CO 2 eq e US$ 4/t. CO 2 eq, respectivamente. Os preços ofertados neste mercado são de US$ 2/t. CO 2 eq até US$ 10/t. CO 2 eq. Fonte: adaptada de Point Carbon (2003). Figura 4 - Preços no mercado de créditos de carbono. Vale ressaltar que os danos marginais das emissões de GEE podem crescer com o tempo, fazendo os preços atuais aumentarem devido à disposição que os países teriam para pagar preços mais elevados, a fim de evitar um custo social maior no futuro. A Tabela 2 apresenta estudo do IPCC sobre os danos da mudança do clima global. Segundo o estudo de 11

12 Fankhauser (1994), o custo social das emissões de dióxido de carbono tenderá a crescer numa taxa de aproximadamente 2% ao ano. Sumário do Custo Social das Emissões de CO2 ao Longo do Tempo (em 1990, US$/t CO2) Estudo Ayres and Walter (1991) Nordhaus (1994) Melhor estimativa 5,3 6,8 8,6 10 Valor provável ,5 Cline (1992) 5, , , ,8-221 Peck and Teisberg (1992) Fankhauser (1994) Melhor estimativa 20,3 22,8 25,3 27,8 Valor provável 6,2-45,2 7,4-52,9 8,3-58,4 9,2-64,2 Maddison (1994) 5,9-6,1 8,1-8,4 11,1-11,5 14,7-15,2 Fonte: adaptada de IPCC (1995). Tabela 2 - Custo Social das Emissões de CO2. O estudo do IPCC (1995) corrobora para a constatação da discrepância entre o custo social e os preços comercializados dos créditos de carbono. Destacam-se as atividades de projeto no âmbito do MDL para uso das fontes renováveis biodiesel, lenha (reflorestamento) e álcool, como substitutos do diesel, carvão mineral e gasolina. Juntos, respondem por cerca de 57% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa pela queima de combustíveis fósseis. O cruzamento dos dados das emissões nacionais desses três combustíveis com os preços praticados neste mercado permite projetar três cenários para a venda de RCEs, conforme mostra a Tabela 3. O resultado final revela que se pode alcançar US$ 1,139 bilhões com a venda de RCEs nessas três atividades, reduzindo GgC, das emissões de GEE no Brasil. Biodiesel, lenha e álcool como substituto do diesel, carvão mineral e gasolina Pessimista US$ 2/t.CO 2 eq Mais provável US$ 5/t. CO 2 eq Otimista US$ 10/t. CO 2 eq 5% % % % Fonte: Elaborada pelo autores Tabela 1 - Cenários para venda de RCEs de projetos com uso do Biodiesel, Lenha e Álcool (em MUS$) 3.2 Substituição do Diesel O biodiesel é um combustível composto de mono-alquilésteres de ácidos graxos de cadeia longa, derivados de óleos vegetais ou de gorduras animais, podendo substituir parcialmente ou totalmente o óleo diesel de origem fóssil em motores de ciclo diesel, automotivos ou estacionários (ANP, 2003). Segundo o inventário elaborado pela COPPE (2002), o diesel foi o combustível responsável pelas maiores emissões nacionais em 1994, com 32%. Constata-se que atividades de projeto que objetivam sua substituição, principalmente no setor rodoviário, pela produção de biodiesel a partir de óleos vegetais são os maiores precursores brasileiros ao Mercado Internacional de Créditos de Carbono, no âmbito do MDL, trazendo ainda importantes benefícios econômicos, sociais e ambientais para o País. Na União Européia, o biodiesel recebe incentivo à produção e ao consumo através da desgravação tributária e alterações importantes na legislação do meio ambiente. Na 12

13 Alemanha, existem cerca de postos de abastecimento de biodiesel puro (B100) e a produção anual em toda Europa ultrapassa 1 bilhão de litros, tendo apresentado um taxa de crescimento de 30% no período de 1998 e 2002 (PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, 2003). Apesar do Brasil apresentar certa experiência acumulada na tecnologia do biodiesel e ainda possuir capacidade produtiva de biomassa privilegiada, devido às condições favoráveis do clima e do solo, constata-se que sua produção é praticamente nula. Segundo relatório do Grupo de Trabalho Interministerial sobre a viabilidade de utilização de óleo vegetal - biodiesel como fonte alternativa de energia, a redução da poluição com o uso do biodiesel permitiria evitar custos de variada ordem, principalmente à saúde, pois estima-se que, caso seja utilizado na forma pura (B100), proporcionaria redução desses custos na ordem de R$ 192 milhões anuais, caso utilizado nas dez principais cidades brasileiras, e em aproximadamente R$ 876 milhões, em nível nacional (PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, 2003) Substituição do Coque de Carvão Mineral Com 13% das emissões totais, o coque de carvão mineral é o terceiro maior responsável pelas emissões de CO 2 no Brasil em 1994, sendo responsável por 39% das emissões do setor industrial na produção de ferro-gusa e aço. Esta importância é explicada pelo fato de grande parte do coque de carvão mineral não ser queimada no processo de geração de energia e, sim, utilizada no processo de redução para a produção do aço (COPPE, 2002). As atividades de projetos que visam sua substituição para diminuir as emissões de GEE no setor siderúrgico, por meio da utilização de lenha proveniente de plantações florestais ambientalmente sustentáveis e certificadas, apresentam-se como candidatos aos créditos de carbono. O Estado de São Paulo detém a maior parte do potencial estimado para aproveitamento de resíduos florestais, para fins energéticos, que se concentra nas mesorregiões de Itapetininga e Bauru, seguidas do Vale do Paraíba Paulista. Estes três pólos de produção da silvicultura paulista representam aproximadamente 45% do potencial da Região Sudeste (IBGE, 1998). A região possui ainda facilidade logística devido sua proximidade com as maiores siderúrgicas do País. O Plantar foi o primeiro projeto de créditos de carbono do Brasil, visando diminuir as emissões de GEE, no setor siderúrgico, por meio da substituição do carvão mineral por carvão vegetal, originário de plantações florestais ambientalmente sustentáveis e certificadas. Para atingir esse objetivo, até 2009 deverão ser estabelecidos hectares de plantações de eucalipto e 478,3 hectares de cerrado no estado de Minas Gerais (BANCO MUNDIAL, 2002). Segundo a COPPE (2002), constata-se que sua aplicabilidade encontra certa dificuldade devido à inviabilidade econômica oriunda da queda das barreiras à importação do carvão metalúrgico, a partir de 1990, e a falta de incentivo à produção de lenha renovável. 3.4 Substituição da Gasolina A gasolina foi o quarto maior emissor em 1994, com 12% das emissões totais. Constata-se que atividades de projeto que objetivam sua substituição pela utilização do álcool etílico hidratado produzido a partir da cana-de-açúcar, apresentam-se como candidatos ao MDL (COPPE, 2002). Em 1989, o álcool atingiu o seu pico de consumo no Brasil, alcançando 20% da energia total utilizada pelo setor de transportes e 40% do consumo de combustível de veículos leves, permitindo minimizar as importações de petróleo para reduzir a dependência externa de 13

14 energia. Os carros a álcool chegaram a participar com 90% da fabricação dos veículos leves novos (COPPE, 2002). 3.5 Pesquisa Qualitativa A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas e questionários para investigar as relações entre os atores no Mercado Internacional de Créditos de Carbono. O principal tema perguntado ao MCT trata dos programas para a divulgação do MDL dentro do setor elétrico e empresarial. Constatam-se as seguintes ações do Governo: O MCT através da Coordenação Geral de Mudanças Globais de Clima exerce o papel permanente de divulgação das normas e orientação para elaboração de projetos de MDL, através de sua página participação em seminários, realização de palestras, e apoio e supervisão de publicações como o Guia de Orientação para o MDL publicado em conjunto com o BNDES/UNCTAD/FGV. Diante da resposta do Governo sobre o MDL, buscou-se investigar o lado das empresas para averiguar a eficácia da divulgação. O Quadro 2 apresenta o resultado da pesquisa. Pergunta TECBIO WOBBEN USIBRÁS CASCAJÚ Possui algum projeto elegível ao MDL para vender créditos de carbono? Sim SR SR SR Quanto o mercado está pagando por tonelada de CO 2? SR SR SR SR Tem conhecimento de empresas especializadas para assessoria do desenvolvimento do projeto? Sim Não Não Não Necessita de empréstimo para implantação do projeto de MDL? Sim SR SR Sim Caso tenha-se algum projeto elegível, necessita empréstimo lastreado em créditos de carbono, para a sua implantação? Sim SR SR Sim Caso tenha-se algum projeto elegível, há assistência técnica para a manutenção do sistema a ser implantado? Sim SR SR Sim Por que meio teve conhecimento do mercado de créditos de carbono? Fonte: Elaboração dos autores Quadro 2 Pesquisa qualitativa Instituto Virtual de Mudanças Globais IVIG SR SR Empresa fabricante de turbinas a vapor Com exceção da TECBIO - empresa de base tecnológica para pesquisa sobre o biodiesel, constata-se que apesar da concreta divulgação do Governo sobre o MDL, os dados da coleta revelam pouco conhecimento sobre o assunto pelas empresas envolvidas no mercado. Conclusão A presente pesquisa permitiu verificar que o Brasil possui importantes atividades de projetos elegíveis no âmbito do MDL para uso das fontes renováveis biodiesel, lenha (reflorestamento) e álcool, como substitutos do diesel, carvão mineral e gasolina. Juntos, respondem por cerca de 57% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa pela queima de combustíveis fósseis. Acrescente-se que, as atividades relacionadas à remoção de CO 2 por meio de florestamento e reflorestamento no âmbito do MDL, apesar de sua importância para a mitigação da mudança do clima, apresentam ainda reduzido investimento. Isto se deve ao fato das regras aplicáveis nestas modalidades de florestamento e reflorestamento terem sido definidas somente em dezembro de 2003, durante a 9ª Conferência das Partes. 14

15 Outra evidência é a importância dos Bancos Nacionais de Desenvolvimento devido sua capilaridade no Brasil, podendo fazer papel de intermediários entre as empresas (no âmbito do MDL) e os fundos internacionais de carbono. Em contrapartida, os bancos de desenvolvimento podem diversificar sua carteira de negócios por meio de financiamentos dos custos envolvidos na elaboração dos projetos para a submissão e aprovação no âmbito do MDL. Verifica-se ainda que a venda de RCEs contribui para o incremento da Taxa de Retorno (TIR) do investimento nas atividades de projetos no âmbito do MDL, viabilizando economicamente sua implementação. A pesquisa identificou que foram constituídos vários fundos internacionais de carbono destinados a compra de RCEs, tendo sido aprovados mais de US$ 200 milhões em diversas atividades de projeto: gerenciamento de lixo sólido em aterros sanitários, energia eólica, biomassa, eficiência energética, pequenas hidroelétricas, entre outros. Quanto à eficiência brasileira nesse mercado, medida pelo grau de conhecimento do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, os gerentes das empresas com projetos elegíveis demonstram baixo nível de conhecimento, com exceção da empresa pesquisada sobre o biodiesel. A pesquisa identificou que o diesel, o carvão mineral e a gasolina totalizam cerca de 56% das emissões do Brasil, em Apesar do óleo combustível apresentar-se como o segundo maior emissor de CO 2 do Brasil em 1994, com 16% das emissões totais (COPPE, 2002), considera-se que a viabilidade econômica limite a implementação de atividades no âmbito do MDL à utilização de fontes não-renováveis mais limpas, como o gás natural e o GLP. No entanto, as reduções que podem ser alcançadas nas emissões de GEE com estas implementações são cerca de 28% e 19%, respectivamente, das emissões provenientes da queima do óleo combustível (IPCC, 1996). Sendo assim, devido à baixa eficácia nas atividades de projeto para substituição do óleo combustível, este estudo não analisa essa fonte emissora de GEE. Por fim, recomenda-se que para eficiente inserção do Brasil no Mercado Internacional de Créditos de Carbono, o governo realize melhor divulgação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo junto aos empresários, e que sejam realizadas outras pesquisas sobre a viabilidade econômica das atividades de projeto nas áreas de florestamento, reflorestamento e aterros sanitários, três outras atividades de projeto com potencial para mitigação da mudança do clima global e com maior potencial para alcançar créditos de carbono. Referências Bibliográficas AAKER, David A.; DAY, George S. Marketing research. 4 ed. Singapura: John Wiley & Sons Inc., BARBIERI, J.C., Gestão Ambiental Empresarial Conceitos, métodos e instrumentos: São Paulo, Saraiva, BRASIL. Agência Nacional do Petróleo - ANP. Portaria N.º 255/2003. Dispõe sobre definições do biodiesel, BRASIL. Presidência da República. Grupo de Trabalho Interministerial - Biodiesel. Viabilidade de utilização de óleo vegetal - biodiesel como fonte alternativa de energia. Brasília: Casa Civil, BURSZTYN, M. Α.Α, Gestão Ambiental: instrumentos e prática. Brasília: IBΑMΑ, BANCO MUNDIAL. Assinado primeiro projeto de créditos de carbono do Brasil. Brasil: BANCO MUNDIAL, Disponível em: < 11 >. Acesso em INSTITUTO ALBERTO LUIZ COIMBRA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DE ENGENHARIA - COPPE. Primeiro inventário brasileiro de emissões antrópicas de gases de 15

16 efeito estufa: emissões de gases de efeito estufa por queima de combustíveis (abordagem bottom-up). Brasília: MCT, FAUCHEUX, S., NÖEL, J-F., Économie des Ressources Naturelles et de l Environnement, Armand Colin Éditeur, Paris, FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS - FGV. O Mecanismo de desenvolvimento limpo - MDL: guia de orientação. Rio de Janeiro: FGV, IBGE. Anuário Estatístico do Brasil Ed. do IBGE: Rio de Janeiro, INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE - IPCC. Greenhouse gas inventory reporting instructions - revised IPCC guidelines for national greenhouse gas inventories, Vol. 1, 2, 3. IPCC, IEA, OECD, INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE - IPCC. Mudança do Clima 1995: A Ciência da Mudança do Clima. Brasília: MCT, FΑNKHΑUSER, S.,The Social Costs of Greenhouse Gas Emissions: An Expected Value Approach. The Energy Journal 15: , KRUGMAN, P.R.; OBSTFELD, M.. Economia Internacional: Teoria e Política. 4ª Ed. São Paulo: Ed. Makron Books, Cap. 2, p MAY, P., L//USTOSA, M.C., VINHA (Org.), Economia do Meio Ambiente Teoria e Prática.- Rio de Janeiro: Elsevier, MISHΑN, E.J., The Costs of Economic Growth, Pelican Books, London, MOTA, J.A., O Valor da Natureza: Economia e política dos recursos ambientais-rio de Janeiro: Garamond, PEΑRCE, D.W., TURNER, R.K., Economics of Natural Resources and the Environment in the Third World, Harvester Wheatsheaf, London, PIGOU, A.C., Economics of Welfare, 4 th edition, Macmillan, London, 1920./ PORTER, M. E. Competição = on competition: estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Campus, VΑRIΑN, H.R., Microeconomic Αnalysis, New York, Norton, WORLD BANK. The Prototype Carbon Fund - PCF: Project Portfolio Development. Washington: WB, Disponível em: < Acesso em WORLD BANK. Prototype Carbon Fund: Questions and Answers. Washington: WORLD BANK, Disponível em: < Acesso em Para uma discussão entre essas duas visões, ver Porter e Van der Linde (1995); Palmer, Oates e Portney (1995). 16

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