DISCURSO FILOSÓFICO E DISCURSO PSICANALÍTICO

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1 DISCURSO FILOSÓFICO E DISCURSO PSICANALÍTICO BALANÇO E PERSPECTIVAS Luiz Roberto Monzani Para Josette I A psicanálise "anda na moda". Ninguém, mesmo que afastado dessa disciplina, poderá negar esse fato. O volume de publicações sobre o assunto já é, por si, um indicador bastante seguro. Multiplicam-se cursos, palestras e conferências sobre o tema. Pela primeira vez, ao que me consta, foram criados cursos específicos e oficiais sobre psicanálise nas universidades brasileiras (no Rio de Janeiro e na Unicamp) deixando esta disciplina de ser um capítulo, freqüentemente mal dado, dos cursos de psicologia e ad usum delphini. Nunca se falou tanto em Freud, M. Klein e Lacan. Modismo? Provavelmente. Ao existencialismo sucedeu o estruturalismo (só para falar nas escolas mais recentes) e a este último parece ter sucedido o freudismo. Como toda moda, durará pouco. Mas, mesmo assim, esse movimento tem e terá uma importância considerável na história das idéias do século XX. As modas passam mas suas contribuições ficam. O que Lacan disse a propósito do estruturalismo aplica-se perfeitamente ao nosso caso: Le structuralisme durera ce que durent les roses, les symbolismes et les Parnasses: une saison littéraire, ce que ne veut pas dire que celleci ne sera pas féconde 1. E já era tempo que isso acontecesse. A teoria freudiana já está praticamente comemorando um século de existência e só nos últimos anos foi possível, salvo raras exceções, a realização de uma leitura séria e sólida de um autor que, ao lado de Marx e Lévy-Strauss, revolucionou a estrutura e a constituição do discurso das ciências humanas. Até então a obra de Freud esteve, em regra geral, dividida em dois campos. De um lado, os psicanalistas, que aceitavam (como a maioria faz até hoje) cegamente, sem discutir nem questionar, a teoria e os conceitos que guiavam sua prática, prá- 119 (1) Citado em Estruturalismo, Antologia de Textos Teórlcos, Lisboa, Portugália, p. III.

2 DISCURSO FILOSÓFICO E DISCURSO PSICANALÍTICO tica esta que era a única coisa que os interessava. Do outro lado, floresceu uma leitura crítica, no mau sentido do termo, onde se procurava mostrar a falsidade das teorias freudianas, produzindo estranhas alianças entre escolas às vezes opostas e cujo resultado não foi outro senão a deformação sistemática do pensamento de Freud. A mais célebre e bisonha dessas críticas foi aquela que acusava a teoria freudiana de pan-sexualismo. É preciso, com certeza, não ter lido seriamente nenhuma obra de Freud ou ser de extrema má-fé para sustentar tal idéia. Assim, entre uma prática cega e uma leitura preconceituosa, a obra de Freud foi subsistindo, como se diz, "aos trancos e barrancos" e pouco se fez realmente no sentido de se tentar saber o que esse discurso dizia. Alie-se a tudo isso uma terceira estratégia que apareceu, essa mais sutil e perigosa, que consistiu no fato de se realizar um travestimento sistemático da obra de Freud, escamoteando assim aquilo que de mais original há em sua obra. Sobre este ponto, a denúncia de L. Althusser em Freud e Lacan é definitiva. Basta citá-lo: A Razão Ocidental (razão jurídica, religiosa, moral e política, tanto quanto científica) não consentiu, com efeito, depois de anos de desconhecimento, desprezo e injúrias meios, aliás, sempre disponíveis em caso de insucesso, em assinar um pacto de coexistência pacífica com a psicanálise, a não ser com a condição de anexá-la a suas próprias ciências ou aos seus próprios mitos Basta pensarmos na obra de Kardiner ou na "Psicologia do Ego", que constituem claros exemplos dessa manobra. Meu propósito neste texto não é analisar nem criticar nenhuma dessas três posições. Além de ser uma tarefa simples, ela já foi feita, e bem feita. Minha intenção é outra. Gostaria de mostrar como uma vertente, profundamente embebida no discurso filosófico, levou, por fim, a uma releitura em profundidade da obra de Freud, inaugurando a era sob a qual estamos vivendo. Que o leitor não se iluda: não se trata aqui de uma verdade que foi lenta e penosamente conquistada. Trata-se de uma história de erros, erros tais que, quando foram levados ao seu extremo, obrigaram o espírito a uma reviravolta na abordagem do seu objeto. Aqui, mais do que nunca, vale o postulado enunciado por Bachelard: "A verdade só tem pleno sentido ao fim de uma polêmica. Não poderia haver aqui uma verdade primeira. Só existem erros primeiros" 3. II Em 1936 L. Binswanger publicou um artigo sobre Freud intitulado "A Concepção Freudiana à Luz da Antropologia" 4 texto que estava desti- 120 (2) Althusser, L. "Freud e Lacan", em Estruturalismo..., Lisboa, Portugália, p (3) Citado por Canguilhem em "Sobre uma Episternologia Concordatária", in Introducción a Bachelard, B. Aires, Calden, p. 23. Dados os limites deste texto, resolvi restringirme ao discurso freudiano. Levar em conta M. Klein ou Lacan, por exemplo, triplicaria ou quadruplicaria suas dimensões. Entre pouco e mal falar de um autor e não falar, optei pela última alternativa. Meu silêncio deve ser entendido, portanto, como um sinal de respeito e não de desdém. (4) In Discours, Parcours et Freud, Paris, Gallimard, pp. 201 e seg.

3 NOVOS ESTUDOS Nº 20 - MARÇO DE 1988 nado a orientar certas leituras de Freud que foram capitais na história da compreensão do freudismo. A idéia central de Binswanger está no fato de que Freud articula uma concepção naturalista do homem em oposição às sólidas e tradicionais representações deste veiculadas pela nossa cultura, seja antiga seja moderna: Em oposição diametral à tradição milenar da essência do homem como homo aeternus ou homo caelistis, como homem histórico "geral" ou homo universalis, e, em igual oposição à moderna concepção ontológico-antropológica do homem como existência "histórica", no sentido pregnante do termo, como homo existentialis, tratase em Freud, vocês sabem, da idéia científica do homo natura, do homem como criatura natural. Se a originalidade de Freud está no fato de que essa idéia natural do homem está alicerçada no privilégio concedido às pulsões, isso não impede que ela o force a enveredar-se pela senda de uma explicação reducionista onde os ditos "valores" superiores são explicados pelos inferiores:... ele sempre viu o mal como o necessário princípio de ser do bem, na vontade de destruição das tendências sádicas do homem, o princípio de ser da bondade, da benignidade e da cultura; no ódio, o princípio de ser do amor; na hostilidade, o princípio de ser da amizade; no luto, o princípio de ser da alegria. Sua doutrina, no entanto, não permite inverter essa relação. Por essa razão, o bem na doutrina freudiana (em oposição a uma longa tradição) não é afetado por qualquer positividade originária, mas é uma potência inibidora e restritiva, de tal maneira que toda passagem para os valores ditos positivos nada mais é que o fruto de uma coerção. E isso nada mais é, segundo Binswanger, que a conseqüência inevitável dessa visão antropológico-naturalista que implica a exigência de uma pesquisa reducionista e, portanto, restritiva com relação à experiência humana total. Pensamento que leva até as últimas conseqüências essa exigência radical, e que tem por fundamento essencial a determinação teórica da essência humana através das ciências naturais. Em outros termos, captado em sua imanência, o homem seria um objeto natural e, por essa razão, a psicanálise estaria construída segundo o modelo das Naturwissenschaften. A grandeza de Freud estaria no fato de ter criado um edifício extremamente sólido e coerente, conseqüência de sua inflexibilidade metodológica. Mas daí adviria também a grande lacuna do pensamento de Freud. Erigindo o corpo (as massas pulsionais) como a essência do homem, ele constrói uma imagem unilateral deste, cuja característica básica é o mecanicismo. O homem não sendo senão essa corporalidade, isto é, o produto passivo dessas potências que são as pul- 121

4 DISCURSO FILOSÓFICO E DISCURSO PSICANALÍTICO sões, faz com que Freud estenda o mecanicismo até as "regiões aparentemente as mais livres do espírito humano". As pulsões sendo um "conceito limite" infiltram-se no psíquico e transformam este num órgão. A necessidade substitui a liberdade e o mecanicismo toma o "lugar da reflexão e da decisão". Diagnosticado o mal (já que a ciência da natureza não constitui a totalidade da experiência do homem pelo homem), só resta a Binswanger indicar o remédio: a antropologia filosófica fundamentada na analítica existencial de inspiração heideggeriana. É exatamente o esquecimento da dimensão existencial que é responsável pela mutilação operada por Freud em sua conceituação e que o levará a algumas posições problemáticas. Mas, basicamente, todas essas posições decorrem de uma inicial: esse método reducionista consiste numa desconstrução radical onde o resultado não é outro que o encontro final de um mundo e de um ser humano reduzidos e subjugados por forças cegas que se chocam e se entrechocam. Universo árido que reduz a realidade a algo destituído de sentido e onde tudo aquilo que aparecer como uma constelação significativa é resultado de uma ficção, da ilusão e da aparência e onde a única realidade é esse jogo maquinal de forças. O que mais se poderia esperar? Na constelação das Naturwissenschaften, reducionismo e mecanicismo andam juntos e sua aplicação consiste em se forjar uma imagem naturalista do homem que não poderia levar a outra concepção senão àquela de um ser que é o resultado de um jogo de forças cegas e a uma imagem dele como máquina. A desconstrução operada pelo método das Naturwissenschaften tem como ideal último a ser atingido o sonho de La Mettrie. Essa é a razão pela qual o sentido, nas relações humanas, seja um efeito de superfície que esconde por trás de si uma sólida e maciça realidade mecânica e maquinal. Daí também por que toda relação humana é sempre e inevitavelmente unilateral e que, por conseqüência, o modelo da relação médico-paciente em Freud, "em lugar da comunicação recíproca, 'pessoal', na relação-entre-nós" seja substituída por uma "relação unilateral, isto é, não reversível, do médico e do paciente". Não é exatamente disso que se trata quando o objetivo é "consertar" uma máquina defeituosa? Leiamos:...Freud conseguiu provar que o império do mecanicismo se estende até as regiões aparentemente as mais livres do espírito humano, o que oferece enfim a possibilidade de "reparar" também esse espírito mecanicamente (técnica psicanalítica de desmascaramento, supressão do trabalho do recalque e da regressão pelo mecanismo da transferência). 122

5 NOVOS ESTUDOS Nº 20 - MARÇO DE 1988 O artigo de Binswanger, quando lido com atenção, apresenta duas facetas: de um lado mostra o que ele acredita que Freud fez e de outro o que lhe falta. Daí nasceram duas leituras opostas e irreconciliáveis de Freud. A primeira delas toma ao pé da letra o que seria o projeto freudiano na linha do mecanicismo e não vê nele nenhuma lacuna. A outra, não aceitando a crítica formulada por Binswanger, vai procurar mostrar que aquilo que ele considerava uma falha na teoria está, na verdade, presente nela. Basta saber lê-la. Examinemos a primeira delas. Ela retoma claramente as linhas gerais da interpretação proposta por Binswanger, isto é, que a linha diretora fundamental para se ler Freud é a biologia. O que se verá será uma progressiva sofisticação desse esquema, mas ela não deixa até hoje de orientar certas leituras da psicanálise e subsiste ainda nos representantes da "Psicologia do Ego". Sua explicação mais clara encontra-se em Rapaport 5. Alexander, por exemplo, em seus Fundamentos da Psicanálise, afirma também claramente que a psicanálise é uma ciência biológica e interpreta sistematicamente os princípios psicanalíticos em função dessa concepção. Ele lê assim o princípio de estabilidade (Freud-Fechner), por exemplo: A vida consiste num ciclo contínuo de oferta e produção de energia. Esta é consumida e deve ser substituída regularmente, o que exige um novo abastecimento pelo ambiente. Nos animais superiores, a função principal do sistema cérebro-espinal e do sistema nervoso autônomo é manter esse equilíbrio dinâmico, perturbado tanto pelos estímulos externos como pelo próprio processo vital 6. Mas foi sobretudo a publicação do Projeto de 1895 que reacendeu com vigor essa chama numa linha ligeiramente diferente da anterior. Neste texto, de clara inspiração neurológica, encontram-se formuladas as principais teses da metapsicologia freudiana e, sobretudo, elas consistem, no essencial, em serem retomadas no famoso capítulo VII da Interpretação dos Sonhos (Traumdeutung). Isso levou certos autores a sustentarem duas teses: 1º que toda metapsicologia freudiana está de fato assentada na neurofisiologia do Projeto; 2º que se isso é verdade então a psicanálise é uma disciplina sujeita à verificação experimental. Os trabalhos mais estimulantes, nessa linha de pesquisa, foram realizados por K. Pribram 7, que estabeleceu não só que o Projeto é um sofisticado modelo neurofisiológico que compete com os outros vigentes atualmente, como também sustenta que toda metapsicologia posterior de Freud está assentada implicitamente nesse modelo: Acreditamos ainda que a metapsicologia subseqüente só ostensivamente é psicológica, mas, de fato, é neuropsicologia, quando a neurologia se tornou implícita em contraste com seu enunciado explícito no Projeto. 123 (5) Rapaport, D. A Estrutura da Teoria Psicanalítica, SP, Perspectiva. (6) Alexander, F. Fundamentos de Psicanálise, Rio, Zahar, p. 33. (7) Pribram, K. "The Neuropsychology of S. Freud", in Experimental Foundations in Clinical Psychology, N. York, Basic Books, 1962, pp , e Pribram, K. e Gill M., O Projeto de Freud, uma Reavaliação, SP, Cultrix (as citações a seguir referem-se ao último desses textos).

6 DISCURSO FILOSÓFICO E DISCURSO PSICANALÍTICO Se é verdade que "as idéias do Projeto nunca foram abandonadas por Freud", então haveria uma perfeita continuidade em sua linha de pensamento e ele teria permanecido fiel à orientação científico-natural aprendida com os helmholtzianos, dos quais teria recebido "os pressupostos filosóficos do princípio de determinação e de um materialismo biofisicalista" 8. É preciso abandonar de vez essa tendência que insiste em postular uma pretensa cesura entre o Projeto e a Traumdeutung e, por conseqüência, com toda obra posterior. De fato, o Projeto já contém também a mesma teoria psicológica que a que foi publicada no capítulo VII da Interpretação dos Sonhos. Para os nossos propósitos esta caracterização dessa posição já é suficiente. Não é preciso muita reflexão para se perceber que afirmar que a obra de Freud é do domínio da neurobiologia exclusivamente, inclusive depois da Traumdeutung, constitui um abuso manifesto. Quanto aos que defendem a posição mais nuançada, dizendo que a inspiração inicial de Freud foi neurobiológica (caso de Pribram), mas que depois esse modelo degenerou-se em metáfora, acabam caindo na posição incômoda de sustentar que o texto verdadeiro nunca foi acabado nem publicado e que toda obra publicada nada mais é que um disfarce. Sulloway 9 levou essa posição aos extremos e acaba afirmando que Freud foi um criptobiologista. Convenhamos: é levar as coisas longe demais. O leitor não deixa de se lembrar de uma obra bem conhecida e construir um título similar: Freud, le Psychologue au Masque! (8) Paes de Barros, C. "Contribuição à Controvérsia o Ponto de Vista Econômico", in Psicanálise: Problemas Metodológicos, Rio, Vozes, p. 43. (9) Sulloway, F. Freud, Biologiste de l'esprit, Paris, Lafont. Voltemos a Binswanger e passemos à "outra margem do rio". Se sua denúncia do mecanicismo era, em linhas gerais, correta, ela, no entanto, não fornecia uma visão completa das características principais da psicanálise. E é relativamente simples perceber onde está essa falha: se, de um lado, é verdade que Freud usa o arsenal linguístico e conceitual do positivismo, não se deve esquecer que, de outro lado, a psicanálise se revela como uma pesquisa do sentido, uma busca constante das significações ocultas, o que se torna claro no diálogo analítico, onde uma profusão de sentidos velados prolifera de um lado e é decifrada de outro. Decifração e interpretação constituem o essencial desse trabalho. Foi J. Hyppolite, numa série de textos dedicados, a Freud 10, quem primeiro 11 conferiu atenção a essa faceta do discurso psicanalítico e que tentou mostrar que é aí que se encontra o núcleo da psicanálise: ) Freud nos apresenta um funcionamento do espírito que elabora o sentido, uma natureza onde jorra a significação; 2) que essa signifi- (10) Hyppolite, J. Figures de la Pensée Philosophique, Paris, PUF, vol.i, pp (11) Seria bom, no entanto, não esquecer o trabalho de Politzer, publicado nos anos 20 e que já defende idéias similares, numa ótica diferente.

7 NOVOS ESTUDOS N o 20 - MARÇO DE 1988 cação aparece sobretudo no diálogo, aquele do psicanalista e do psicanalisado (linguagem e fala). A psicanálise nos introduz nesse domínio onde o sentido é desconhecido para o próprio sujeito, onde ele desconhece as significações que produz e a explicação compreensiva tem por objetivo suturar essa cesura entre o significante e o significado, cesura que é o efeito do fato da consciência estar "cortada radicalmente de seu sentido". O cerne da psicanálise estaria nesse trabalho de exegese através da idéia de uma totalidade significativa que deve ser recuperada. Mas, ao lado disso, nos avisa Hyppolite, não deixa de ser decepcionante que de uma maneira um tanto quanto inexplicável, acoplada a essa pesquisa do sentido, subsista esse mecanicismo: "há um contraste evidente entre a linguagem positivista de Freud... e o caráter de busca e de descoberta. Contraste entre método (fecundo) e doutrina (esterilizante)" 12 que faz com que Hyppolite leia o discurso psicanalítico como algo cindido entre o "materialismo da energia" e a "análise intencional". Só resta concluir: Freud esteve em busca de uma "verdade pressentida mas jamais definitivamente elaborada". E a nós, contemporâneos, cabe realizar esse passo, através da dialética: "quem não notará que o que falta a Freud, mesmo do ponto de vista de um filósofo da natureza, é uma dialética?" A esta altura o leitor não deixa de ficar, no mínimo, perplexo com as liberdades que o filósofo tomou com relação ao discurso que discute. Primeiro, a cristalização da idéia de uma teoria profundamente cindida e irreconciliável consigo mesma: a prática analítica e sua tradução teórica operada por Freud na metapsicologia. Haveria então dois Freuds: aquele que realiza a análise compreensiva de forma magistral (os Studien..., as cinco grandes psicanálises e, sobretudo, a Traumdeutung, a "obra central") e aquele que traduz canhestramente esses resultados à luz da linguagem positivista, mecanicista e energetista, não percebendo a contradição que isso implica. Freud, de fato, nunca viu a menor contradição entre essas duas operações, o que, tratando-se de quem se trata, é um sinal para que tenhamos mais que prudência nesse domínio e não descartemos com tanta facilidade assim supostas contradições. Segundo, a idéia de uma interpretação filosófica da obra de Freud através de uma dialética. Para quem já leu Freud com atenção é mais que claro que nada é mais alheio ao seu pensamento do que o procedimento dialético, a não ser que se ajunte mais um sentido a esse termo. O procedimento freudiano parece ser de outra natureza, onde as questões são tratadas e retomadas em vários níveis diferentes e a imagem que talvez melhor expresse esse movimento discursivo seja a da espiral. (12) Essa oposição já tinha sido realçada por R. Dalbiez numa obra cujo título é por si só significativo: O Método Psicanalítico e a Doutrina Freudiana. Paris, Desclée de Brower. 125

8 DISCURSO FILOSÓFICO E DISCURSO PSICANALÍTICO Todas essas teses de Hyppolite, no entanto, não vão muito além, em seus próprios textos, de sugestões. Jamais empreendeu uma leitura sistemática da obra de Freud. Uma observação sua, entretanto, estava destinada a servir de fio condutor para esse tipo de trabalho: É que, com efeito, esse pensamento (de Freud) não cessou de evoluir, de se retificar, obcecado pela preocupação única da verdade e o sentimento de um desvelamento das raízes humanas. Podemos, às vezes, indignar-nos com a linguagem positivista do Freud médico, que era aquela de sua época, mas não devemos esquecer a evolução que o conduziu de uma físiologia dinâmica à psicologia. Sem cessar, Freud remanejou seus esquemas, modificou sua linguagem, como em busca de uma verdade pressentida mas jamais definitivamente elaborada. Um princípio ordenador de leitura está dado nessas linhas e um sobrevôo pelo discurso de Freud, no sentido cronológico, parece, em linhas gerais, confirmar essa hipótese, sobretudo nestes três momentos fundamentais de sua obra: o Projeto de 1895, a Traumdeutung (1900) e os textos de Metapsicologia (ao redor de 1915). Quem tentou realizar concretamente essa tarefa foi P. Ricoeur, no seu estudo, hoje clássico (e, talvez, filosoficamente, o mais importante escrito sobre Freud), De L'lnterprétation A posição de Ricoeur é muito mais nuançada que a de Hyppolite e mais respeitosa com relação aos próprios textos. Se existe um problema entre a teoria do sentido e a representação energética nos textos de Freud, não se trata, para Ricoeur, de escolher entre uma e outra, já que isso seria mutilar a teoria na medida em que o "freudismo não existe senão pela recusa dessa alternativa". Mas isso não significa também, aos olhos do autor, que se dê as costas para isso, que aparece como o problema no interior da doutrina, já que "uma explicação naturalista" parece excluir uma compreensão do sentido pelo sentido, na medida em que é difícil "compor uma interpretação do sentido com uma economia de investimentos, de desinvestimentos, de contra-investimentos" Todo o esforço de Ricoeur será o de "ultrapassar o afastamento das duas ordens de discurso". Veremos até onde consegue isso. O estudo de Ricoeur parte da hipótese de um "estado inicial" do sistema onde a tópica psíquica "está divorciada do trabalho de interpretação". Trata-se do texto do Projeto que Ricoeur denomina o "estado não hermenêutico do sistema" e onde a representação mecanicista, em pleno vigor, tudo domina. Basta ler as declarações iniciais do texto, diz Ricoeur, para se convencer disso. E nada mais natural que a interpretação ou a hermenêutica praticamente não exista no texto. Se ela aparece, é de forma incipiente e não afeta a articulação das teses. Será na Interpretação dos Sonhos que assistiremos à inversão dos papéis da explicação e da interpretação. Texto que representa realmente um ponto de ruptura no pensamento freudiano. Mas não de uma ruptura (13) Ricoeur, P. De L'Interpréation..., Paris, Seuil,

9 NOVOS ESTUDOS Nº 20 - MARÇO DE 1988 brusca e total que cindiria com todos os liames anteriores. Apenas um momento essencial, já que depois dele o fundamental estaria realizado e o trabalho posterior será o de harmonizar e tornar coerente uma relação que já está colocada nessa obra central. Que momento essencial é este? Segundo Ricoeur, ele está no fato de que na Traumdeutung acontece uma "transformação radical que afeta as relações entre a explicação tópico-econômica de um lado e a interpretação de outro lado". A interpretação que permanecera "dissimulada" no Projeto fazia com que o trabalho teórico de explicação aparecesse como algo independente dela. Ora, é exatamente ao contrário que nós assistimos na Interpretação dos Sonhos, onde:...a explicação sistemática é reconduzida ao fim de um trabalho efetivo do qual as regras são elaboradas; e ela é expressamente destinada a transcrever graficamente aquilo que se passa no "trabalho do sonho" que não é acessível senão no ou pelo trabalho da interpretação. A interpretação onírica desvelou esse conjunto de processos específicos ou particulares. Ao fazê-lo, faz também com que, de agora em diante, se trate de explicar teoricamente o que a interpretação forneceu, ou, em outros termos, a explicação está subordinada explicitamente à interpretação. Momento crucial, como é fácil de se perceber, pois de agora em diante é a leitura do sentido que comanda a estruturação da teoria. Se Hyppolite via uma duplicidade na obra de Freud, duplicidade dificilmente equacionável ao nível da própria teoria, foi porque não prestou a devida atenção a essa subversão que foi operada ao nível da Traumdeutung, onde o trabalho essencial e original do discurso analítico emerge claramente, como também dirigirá e guiará a montagem da teoria. O problema central está em que o modelo do aparelho psíquico apresentado por Freud, no capítulo VII, é um pouco ambíguo: o "modelo" oscilará entre uma representação real e uma analógica: Essa primeira mudança engendra uma outra, menos visível, mas talvez mais considerável para uma reflexão epistemológica sobre os modelos: o esquema do aparelho psíquico oscilará entre uma representação real, como era a máquina do Projeto... e uma representação figurada como serão os esquemas ulteriores da tópica... Essa última observação de Ricoeur já aponta para o fato de que essa passagem descrita até agora foi feita muito mais em termos ideais do que em termos reais. Se a Traumdeutung realizou essa mudança, isso não se deu de modo que o sonhado equilíbrio fosse alcançado. A razão principal é simples de ser enunciada: sendo o capítulo VII indubitavelmente o herdeiro teórico do Projeto, suas teses principais filiam-se a este e não aos 127

10 DISCURSO FILOSÓFICO E DISCURSO PSICANALÍTICO capítulos I-VI da Traumdeutung, aos quais ele foi apenas adaptado. Daí a razão desse capítulo, segundo Ricoeur, ser "um pouco exterior ao desenvolvimento orgânico da obra". A linguagem energetista e a linguagem do sentido, de fato, ainda não se coordenam. Será, então, na Metapsicologia que essa harmonia será encontrada? É o que afirma Ricoeur: É nos escritos de Metapsicologia (...) que essa problemática atinge seu ponto de maturidade, ao mesmo tempo que as duas exigências do discurso analítico atingem seu ponto de equilíbrio. De fato, o que houve foi uma leitura muito habilidosa da parte de Ricoeur dos textos metapsicológicos. Infelizmente, pouco verossímil. Segundo ele, a originalidade de Freud estaria exatamente em fazer do inconsciente o ponto de junção do sentido e da força e através dessa articulação torna-se possível todo destino "psíquico" do pulsional. Isso explica também a formulação fundamental da psicanálise segundo a qual a pulsão é sempre uma exigência de trabalho: a pulsão é uma pressão. Mas, pelo fato mesmo da pulsão exprimir-se por representações, todas essas pressões, agora, serão transferidas para o destino das "presentações psíquicas". Não é difícil perceber o jogo operado por Ricoeur: assim como Spinoza nos avisava que a idéia de círculo não é circular, o primeiro nos diz que a expressão psíquica da energia não é energética mas do domínio do sentido. A energia está confinada ao campo somático e à psicanálise cabe o trabalho de operar com as concatenações de sentido. Curiosa solução, de fato! Não é nada difícil perceber que toda montagem operada por Ricoeur consistiu em eliminar pura e simplesmente, do plano do psíquico, o econômico. Em outros termos, voltamos às velhas e tradicionais oposições: de um lado, a quantidade, a energia, o jogo cego das forças que só têm direito de cidadania no plano somático, esse reino do mecanicismo; de outro lado, o psíquico, com suas representações, suas articulações e concatenações de sentido, sua intencionalidade e a conseqüente possibilidade de uma leitura e de uma decifração. O leitor não deixa de se espantar frente a essas conclusões. Afinal "tant de bruit" para se perceber, afinal, que Freud é um velho e empedernido cartesiano e que sua pulsão é a mais recente versão da famosa glândula pineal? Percebe-se também como o problema foi silenciosamente escamoteado. Ponto de partida de Ricoeur: o freudismo recusa-se a existir na forma de uma leitura do psíquico que penda exclusivamente seja para o econômico seja para a leitura do sentido, na sua tentativa de esclarecer o psíquico. Ponto de chegada: no plano do psíquico só serão legítimas as leituras e interpretações de sentido, tudo o mais ficando confinado ao somático. Em suma, toda problemática específica do freudismo (como conceber um aparelho psíquico que é atravessado por forças; como ele as recebe, 128

11 NOVOS ESTUDOS N o 20 - MARCO DE 1988 transforma e desloca; como, por fim, entender o conceito de "energia psíquica" etc.) foi habilmente posta de lado. Por último, há o desagradável problema dos afetos, que freqüentemente existem independentemente das representações (essa foi uma das grandes descobertas de Freud) e que só podem ser concebidos do ponto de vista econômico. Ricoeur reconhece o problema:... tudo iria bem se nós pudéssemos assimilar simplesmente as expressões psíquicas (Repräsentanz) às representações (Vorstellungen), isto é, às idéias de alguma coisa. Ora, as representações não são senão uma categoria de expressões psíquicas e nós fingimos ignorar que existe uma outra categoria, a dos afetos. De fato, aqui as coisas se complicam ao extremo e todos os esforços de Ricoeur para resolver o problema só fazem distorcer o pensamento de Freud, e o diabo, tão habilmente enxotado pela porta da frente, reapareceu utilizando a dos fundos. É o que reconhece o próprio Ricoeur: A teoria do inconsciente parece ter pendido para o lado de uma econômica pura; não é mais o destino da representação, numa história do sentido, que conduz o jogo, a representação parece não ser mais que o ponto de ancoragem dos verdadeiros processos que são de ordem econômica... O restante das considerações de Ricoeur consiste apenas na reiteração de seus dois pressupostos principais: a energia é inimiga mortal do sentido e o afeto é impensável sem uma representação. Quer dizer, exatamente o contrário do que Freud dizia. Como o leitor pode observar, essas leituras de Freud (e tomamos apenas aquelas que reputamos as mais sérias) redundaram em fracassos sucessivos. Qual a razão disso? Por que leituras tão díspares como as de Pribram e Ricoeur, por exemplo, que partem de pontos de vista tão diferentes, acabam caindo no mesmo erro: deformar sistematicamente o pensamento de Freud? A razão não está tão longe quanto poderíamos pensar. Se observarmos bem, há um ponto em comum que liga todas essas leituras: a tentativa obstinada de se ler um discurso através de redes significativas e de critérios que são estranhos a esse próprio discurso. Quer a leitura seja "materialista", "fenomenológica", "existencial" etc., o que se fez sempre foi aplicar ou tentar aplicar os esquemas de um sistema filosófico alheio ao discurso em questão. E a conseqüência foi sempre a mesma: a deformação regular desse discurso. Há alguns anos Desanti 14, provavelmente inspirado numa bela página de Bachelard 15, mostrava claramente, através de uma série de exemplos, que toda tentativa de se ler o discurso matemático à luz de um sistema filosófico só pode redundar numa grave distorção do primeiro. Essa integração tem esse preço pelo menos no caso de discursos filosóficos que 129 (14) Desanti, J.-T. La Philosophie Silencieuse, Paris, Seuil. (15) Bachelard, G. La Philosophie du Non, Paris, PUF, pp. 1-2.

12 DISCURSO FILOSÓFICO E DISCURSO PSICANALÍTICO se colocam como produtores de suas próprias normas (o que não é o caso nem de um Aristóteles nem de um A. Comte, por exemplo): Cette intégration, nous venons de le vérifier, ne peut être effectuée sans transpositions ni distortions. Le texte intégré est amputé et alteré dès qu'il est reproduit dans un enchainement de contextes qui lui demeurent étrangers. Mas não é preciso ir tão longe, nas esferas das matemáticas. Já vimos que na psicanálise o mesmo tem acontecido. Bento Prado, num belíssimo artigo 16 sobre a leitura que Habermas faz da psicanálise, chega às mesmas conclusões e mostra as deformações que este último realiza com o pensamento freudiano. E isso tudo nos conduz a algumas constatações que, dado o esgotamento desse tipo de leitura acima assinalado, começaram a ser postas em prática. Em primeiro lugar, é preciso elaborar uma leitura interna do discurso psicanalítico, examinar seus contornos próprios, suas linhas de projeção, a articulação das teses entre si, o modo de validação etc. etc. Se existe uma filosofia ou uma ontologia implícita no discurso freudiano, só esse tipo de trabalho poderá um dia esclarecer, trabalho que já foi realizado com relação ao marxismo, por exemplo. Em segundo lugar, é preciso, no sentido bachelardiano, para que isso seja possível, abandonar esses hábitos inveterados, essas resistências e essas viscosidades intelectuais que nos levam insensivelmente a pensar certas ordens como eternas. Se conseguirmos abandonar esses prejuízos talvez comecemos a compreender, por exemplo, que sentido e força só são incompatíveis de acordo com uma determinada idéia que recebemos tanto do psíquico como do somático e que, se Freud transitava tão despreocupadamente entre esses domínios, isso é muito mais um indício de que não se está trabalhando com as idéias tradicionais do que outra coisa. (16) Prado, Bento "Autoreflexão ou Interpretação sem Sujeito?...", in Alguns Ensaios, SP, Max Limonad. III De qualquer forma, esse processo de saturação e exaustão provocou uma reviravolta total, que se delineou através de uma nova atitude 17, que acabou por colocar as questões em outros termos e sobretudo possibilitou o começo de uma leitura atenta e rigorosa dos textos. Esse movimento começa agora a produzir seus primeiros frutos e o pensamento de Freud começa a emergir na sua originalidade e especificidade próprias. Vejamos. Iniciou-se 18 um trabalho fundamental em qualquer campo teórico de depuração, elucidação, clarificação e precisão dos conceitos psicanalíticos. Lacan contribuiu muito para isso e o Vocabulaire de la Psychanalyse, de Laplanche e Pontalis, fixou um léxico básico da psicanálise. Trabalho fundamental, pois, desde então, inumeráveis confusões terminoló- (17) Esse processo, que descrevemos historicamente, aparece também no interior de certos sistemas como o de Malebranche, por exemplo, como mostrou M. Guéroult, In Malebranche, Paris, Aubier Montaigne, vol. III, cap. X. (18) A ordem que estamos adotando aqui é puramente didática. 130

13 NOVOS ESTUDOS N o 20 - MARÇO DE 1988 gicas e conceituais foram afastadas, possibilitando assim que as discussões se colocassem no seu verdadeiro lugar. Tentou-se também mas aqui o trabalho é muito mais delicado e difícil abordar o problema da gênese ou da genealogia de certos conceitos e certas entidades psicanalíticas. Como, por exemplo, da noção médica de "trauma", cujo referencial é somático ("traumatismo craniano", por exemplo), pode-se passar a essa noção apenas aparentemente clara de "traumatismo psíquico"? Qual o conjunto de homologias e deslocamentos que foi necessário para que essa passagem fosse operada? E, sobretudo, o que a legitima? Noções como esta formigam na teoria psicanalítica ("sublimação", "condensação", "deslocamento", "trabalho"). É natural que uma ciência nascente tome emprestado às ciências já existentes parte de seu vocabulário, mas é necessário que esse processo se legitime de alguma maneira, se não estaremos apenas frente a belas metáforas e nada mais. A tentativa mais séria e mais profunda de se enfrentar esse problema foi a de J. Laplanche no seu texto Dérivation des Entités Psychanalitiques 19, tentativa no entanto que é apenas o começo de um longo caminho a percorrer. Está se realizando uma leitura atenta e rigorosa dos textos de Freud, de sua significação e de suas implicações. Leituras diversas, mas não necessariamente divergentes, que vão desde uma leitura estritamente textual ao modelo da leitura guéroultiana em história da filosofia, como é o caso das Problématiques de Laplanche 20, passando por análises mais específicas, como é, por exemplo, o caso da bela análise da noção de afeto na obra de Freud realizada por A. Green 21, até a leituras mais interpretativas, como as de P. Aulagnier em A Violência da Interpretação e Os Destinos do Prazer. Estes são apenas alguns exemplos. Haveria muitos outros a dar. O importante é que, pela primeira vez, procura-se ao contrário do que acontecia anteriormente, como vimos realizar uma leitura de Freud sem nenhum esquema, sem nenhuma "grade" prévia de leitura. Leitura atenta e rigorosa, como dissemos, mas que, exatamente por não ter nenhum parti-pris, não mascara nem maquia os problemas internos do discurso freudiano. Ao contrário, coloca-os a nu e até mesmo os aguça ao máximo. E, muitas vezes, levando uma contradição ao seu extremo, acaba-se por perceber que ela não era nada contraditória mas necessitava apenas de uma explicitação radical. Tal é o caso da "pulsão de morte", conceito que causa até hoje alergia na maioria dos psicanalistas e dos filósofos e que, no entanto, é uma exigência interna e fundamental do discurso freudiano, como mostrou J. Laplanche. Foi somente a partir das últimas décadas que começamos a tomar consciência dos verdadeiros problemas que atravessam a leitura de Freud, problemas, às vezes, com que nem sequer sonhávamos. Procurou-se delimitar o conjunto das regras e dos procedimentos que regulam a constituição do campo analítico. Trabalho de clarificação do método. Ele consiste então na explicitação do conjunto dos postulados e das práticas. Quer dizer, visa esclarecer como essa disciplina traba- 131 (19) In Hommage à J. Hyppolyte, Paris, PUF, pp (20) Laplanche, J. Problématiques, Paris, PUF, 5 vol. publicados. (21) Green, A. Le Discours Vivant, Paris, PUF.

14 DISCURSO FILOSÓFICO E DISCURSO PSICANALÍTICO lha. O problema aqui consiste no seguinte: dadas certas regras num determinado campo, como então compreendê-las no seu agir e no seu funcionar? Os trabalhos de Viderman 22 na França e de F. Hermann entre nós 23 realizaram uma investigação precisa e rica em conseqüências, retirando, sobretudo, essa problemática dos domínios de uma fenomenologia debilmente erotizada, lugar onde, infelizmente, situava-se, freqüentemente, o tratamento dessa questão, que acabava reduzida, como dizia Lacan, a um esfrega-esfrega psíquico do eu e do outro. Tem-se procurado também realizar uma leitura epistemológica da psicanálise. Aqui, no entanto, são necessárias algumas explicitações, mesmo que rápidas e, talvez, para alguns, óbvias. Já vimos que a tentativa de se ler a psicanálise através de um sistema filosófico não tem dado resultado positivo algum e, ao que tudo indica, nunca dará, dada a natureza da intersecção considerada. O trabalho da filosofia com relação à psicanálise (e, em geral, com relação às disciplinas que costumamos denominar "ciências humanas") parece exigir algo de outra ordem. Ele está muito mais ligado ao que costumeiramente denominamos "filosofia das ciências" ou "epistemologia". Ainda aqui, no entanto, uma distinção terminológica e conceitual se impõe, para que se evitem confusões indesejáveis. Na realidade, em filosofia, existem dois projetos razoavelmente distintos, embora os confundamos costumeiramente. Usamos indistintamente as expressões "filosofia das ciências" e "epistemologia das ciências". A questão de nomes é puramente convencional. O que me interessa é demarcar uma certa distinção conceitual que implicará distinguir dois tipos de atividades, o que terá como conseqüência distinguirmos essas duas expressões, já que não vemos necessidade de ficar inventando termos novos. Se essa distinção nominal é, em si, convencional, ela já não o é tanto do ponto de vista histórico, através do qual nos acostumamos a denominar filosofia da ciência a um certo tipo de atividade que, além de investigações metodológicas, procura saber se os resultados e os juízos de uma determinada disciplina estão de acordo com um determinado critério de verdade freqüentemente, mas não necessariamente, clássico. No caso positivo, estamos frente a uma disciplina científica, se não estaremos diante de uma pseudociência ou de um saber no sentido frouxo do termo. Todo o problema está em que esse tipo de procedimento é muito limitado e as diferentes ciências dificilmente se amoldam a critérios externos, como é o caso, na ciência contemporânea, de ciências consideradas canônicas, como é o caso da física, como mostrou muito bem a obra epistemológica de G. Bachelard. Na verdade, esse procedimento funciona bem para disciplinas constituídas segundo um certo modelo, o que, modernamente, tornase cada vez mais raro. Não está em nossos propósitos negar o direito de quem quer que seja de utilizar tais procedimentos, mas sim o de se interditar o uso de outros. 132 (22) Viderman, S. La Construction de l'espace Analityque, Paris, Denoel. (23) Hermann, F. Os Andaimes do Real, SP, E.P.U.

15 NOVOS ESTUDOS Nº 20 - MARÇO DE 1988 A epistemologia de uma determinada disciplina que se quer ciência pretende algo um pouco diferente. Embora ela pretenda também investigar os modos de procedimento de uma disciplina, ela não se reduz a isso e sobretudo sua intenção não é de instaurar um tribunal onde as diferentes disciplinas irão humildemente depositar seus "títulos de direito" para serem julgados segundo regras predeterminadas. Ela parte de um outro ponto de vista, que no caso da psicanálise (e das ciências humanas, em geral) tem-se revelado bem mais frutífero. Em primeiro lugar, ela parte da idéia de que cada domínio científico tem seu contorno e sua especificidade própria e que é inútil tentar instaurar um ideal unitário de ciência. Em segundo lugar, ela procura, no interior de cada discurso, conferir-lhe o "estatuto de um texto" (Lébrun) e tratá-lo como uma rede ou um tecido de significações que vale a pena ser comentado e explicitado. Em terceiro lugar, a partir dessa análise interna, ela procurará examinar e estabelecer o conjunto dos critérios próprios e específicos de validação da disciplina em questão e qual o critério e a idéia de verdade que daí brota. Percebe-se facilmente a diferença entre uma filosofia da ciência e uma epistemologia: a primeira procura impor de fora, como uma camisa-de-força, certos critérios que julga válidos para toda disciplina que se queira científica, a segunda parte de uma leitura e de um trabalho interno, procurando explicitar em cada caso quais são os critérios e o regime de validação. A pergunta que ela se coloca não é: a psicanálise é uma ciência? Mas esta outra: que tipo de cientificidade nos traz o discurso psicanalítico? E, a partir daí, nossa idéia de ciência deve ser reformulada ou não? Sob essa orientação, uma série de pesquisas vem sendo elaborada nos domínios da psicanálise, e certas questões têm sido satisfatoriamente resolvidas ou, pelo menos, bem melhor colocadas. Além dos trabalhos de Laplanche, acima citados (que, é bom não esquecer, teve sua formação em filosofia), certos textos de Viderman 24, de Green 25 vão claramente nessa linha. Assoun tem se dedicado a esse trabalho há algum tempo 26, embora seus resultados deixem a desejar. No Brasil, uma série de trabalhos já foi desenvolvida ou está em fase de desenvolvimento. Foi abordado um problema que embaraçava particularmente toda leitura de Freud: a questão de certos cortes ou viragens mais ou menos radicais que se imputavam ao discurso freudiano. Só para citar um exemplo, talvez o mais conhecido, pense-se na famosa "viragem" dos anos 20 (introdução da pulsão de morte; constituição de uma nova tópica do aparelho psíquico). Esses e outros problemas foram analisados e chegou-se à conclusão de que o que na maioria das vezes denomina-se mudança ou corte no pensamento de Freud não passa de um efeito de superfície e que o discurso freudiano é muito mais homogêneo do que se pensa comumente. O que é denominado "pulsão de morte" nos anos 20 é, na verdade, uma exigência interna do discurso desde o início. Mezan 27 reconstruiu com profundidade as nervuras centrais do pensamento de Freud, através da noção-chave de defesa. Outros pesquisadores, notadamente Osmyr Faria Gabbi Jr., voltaram-se para a pré- (24) Sobretudo o último capítulo de seu livro Le Celeste et le Sublunaire, PUF. (25) Por exemplo, seu artigo: "De L'esquisse à 1'Interpretation des Rêves: Coupure et Clôture", in Nouvelle Revue de Psychanalyse Nº 5, pp , Paris, Gallimard. (26) Assoun, P-L., Freud, a Filosofia e os Filósofos, Rio, Francisco Alves; Freud et Nietzsche, Paris, PUF; Introduction à l'épistémologie Freudienne, Paris, Payot. (27) Mezan, R. Freud - a Trama dos Conceitos, SP, Perspectiva. 133

16 DISCURSO FILOSÓFICO E DISCURSO PSICANALÍTICO história do pensamento freudiano, desmentindo Bachelard, que não aceitava a idéia de que em ciência o primitivo é o fundamental 28, mostrando a importância de textos como A Concepção da Afasia e, num trabalho mais extenso, a importância do "Projeto" na constituição da teoria psicanalítica. Os trabalhos de Garcia-Roza 29 poderiam ser colocados na mesma linha, assim como alguns artigos de Bento Prado 30, que, além de sua pertinência, como mostramos acima, são extremamente ricos em sugestões. Estes são apenas alguns exemplos. Haveria outros a dar. Como o leitor pode facilmente constatar, estamos numa fase ao mesmo tempo fecunda em termos de produção mas ainda relativamente pobre em termos de conclusões. Mas afastemos a tentação de sínteses e generalizações apressadas. Foram necessários quase sessenta anos para aprendermos como não se deve ler Freud. Temos muito pouco tempo de trabalho e muitos problemas. De qualquer maneira, agora já deve ter ficado claro para o leitor que há duas maneiras distintas do discurso filosófico relacionar-se com o discurso psicanalítico. A primeira, que até hoje só deu resultados negativos e, ao que tudo indica, sempre dará, que é a tentativa de se ler esse discurso através da rede de um sistema filosófico. A outra consiste na constituição de uma epistemologia da psicanálise, no sentido definido acima, e que tem se revelado frutífera e promissora. (28) Bachelard, G. L'Activité Rationaliste de la Physique Contemporaine, Paris, PUF, 1965, pp (29) Garcia-Roza, L.A. Freud e o Inconsciente, Rio, Zahar; Acaso e Repetição em Psicanálise, Rio, Zahar. (30) Prado Jr, Bento. Alguns Ensaios, SP, Max Limonad. IV Muito pouco tempo de trabalho e muitos problemas, dizíamos há pouco. Problemas que ainda nem sequer sonhamos como resolver. O principal deles, parece-me, é exatamente aquele que tanto atrapalhava as leituras de um Hyppolite e um Ricoeur, problema interno da estrutura da teoria psicanalítica. Com efeito, se o leitor acompanhou bem o tom e o teor das leituras que apontamos acima, não pode deixar de ter percebido que toda problemática que atravessa a leitura de Freud, ou melhor, todo trabalho que tenta dar coerência ao discurso freudiano esbarra na tentativa de conciliar um discurso do sentido que coabita com um discurso energético. E, uma hora ou outra, acaba-se por optar por um dos lados. Além das leituras que já mencionamos, essa também é uma das falhas básicas da leitura lacaniana, que, segundo Green, evacua o energético/afetivo do discurso psicanalítico. Tudo indica, de fato, que temos uma enorme dificuldade em compreender um discurso que situe o sentido no campo da força e viceversa. E não é de se espantar: queiramos ou não, somos mais cartesianos do que pensamos. Esse impasse (que redutivamente falando diria: ou explica-se por conexões de sentido ou por conexões de força, mas ambas são inconciliáveis) assemelha-se muito àquele que tumultuou a física des- 134

17 NOVOS ESTUDOS N o 20 - MARÇO DE 1988 de os anos 20, onde a possibilidade de uma explicação corpuscular e ondulatória de certos fenômemos era um fato. Esse impasse foi muito bem discutido na obra de G. Bachelard, sobretudo no Novo Espírito Científico. E a lição bachelardiana, quando, para sair desse impasse, tenta pensar uma "epistemologia não cartesiana", pode ser útil para esse dilema que a psicanálise atravessa. É preciso, diz Bachelard, conviver com a experiência e respeitá-la, e, se necessário, mudar frente a ela: Os conceitos e os métodos, tudo é função do domínio da experiência; todo pensamento científico deve mudar ante uma experiência nova 31. O problema está exatamente em o que mudar e como mudar. Atualmente antevemos muito mal isso. Tudo parece indicar que é preciso construir uma nova teoria do sentido desvinculada de suas cumplicidades com o primado da consciência, assim como uma teoria da força que não a pense no campo da pura opacidade. Num certo sentido isso já está esboçado em Freud, que, infelizmente, dedicou pouca atenção a essa questão. Existe ainda uma outra série de problemas que atravessa a teoria psicanalítica e que ainda não está bem solucionada. Dados os limites deste texto, vou apenas enumerar alguns. O primeiro é o do papel dos fatores externos ou internos na causação dos fenômenos psíquicos. Freud oscilou durante toda sua obra sobre essa questão. Inicialmente deu importância à etiologia externa. Depois, abandonou-a, adotando a posição contrária. Mas nunca esteve satisfeito com essa solução. Basta ler a história clínica do homem dos lobos. A aparente irracional insistência de Freud na influência da filogênese sobre a ontogênese e seu lamarckismo ultrapassado estão estreitamente ligados a esse problema. Dois outros problemas (esses de ordem diferente, pois trata-se de questões não desenvolvidas) são o da gênese do aparelho cognitivo em Freud e o problema da sociabilidade. Com relação ao primeiro, Freud deixou inúmeras pistas sobre a questão, mas jamais as desenvolveu. Rapaport 32 realizou um ensaio sobre o problema, mas ele deixa muito a desejar. A outra questão difícil de se tratar no âmbito psicanalítico é a da sociabilidade e da cultura. Tomemos o primeiro, à guisa de exemplo. Existem, sem a menor sombra de dúvida, em Freud, uma teoria dos fatores de hominização, uma teoria sobre a gênese histórica da sociabilidade (herdeira direta de Epicuro e Hobbes) e uma teoria sobre os fatores determinantes, do ponto de vista psíquico, dessa mesma sociabilidade. Essas teorias, de seus respectivos pontos de vista são completas, mas seguramente insuficientes para a constituição de uma teoria geral da sociabilidade. O livro de E. Enriquez (De la Horde à 1'État, Paris, Gallimard) é a prova mais recente disso. Freud nunca pensou que suas contribuições, nesse campo, fossem definitivas e esgotassem o assunto. Nas Novas Conferências... é mais que claro: afirma que os dois determinantes principais na constituição do 135 (31) Bachelard, G. O Novo Espírito Científico. Rio, Tempo Brasileiro, p (32) "Sobre a Teoria Psicoanalítica del Pensar", in Gill, M. e Rapaport, D., Aportaciones a la Teoria Y Técnica Psicoanalítica. Pax México, 1962.

18 DISCURSO FILOSÓFICO E DISCURSO PSICANALÍTICO ser humano são o trabalho e a libido e que a psicanálise apenas cuidou deste último fator. A aproximação com o marxismo aqui é inevitável. A impressão que sempre fica é a de que uma teoria tem o que falta à outra e que sua união constituiria a teoria dos três apetites fundamentais do ser humano, segundo Platão (Leis, VI). Curiosamente, todas as tentativas nessa linha foram um fracasso completo. Recentemente temos os trabalhos de Lorenzer, mas é muito cedo para avaliá-los. Em todo caso, para que isso seja possível, é necessário que o postulado de M. Bakthin, enunciado na década de 20, exatamente quando examinava a teoria freudiana à luz do marxismo, seja falso. Ele dizia 33 que uma teoria não deve nunca ser traduzida na língua de uma outra. Só no caso inverso é que podemos pensar na possibilidade de que essas diferentes epistemologias regionais, no domínio das ciências humanas, possam um dia nos levar à constituição de uma Antropologia fundamental. Mas como isso seria possível, objetar-se-á, quando se parte da idéia de que cada disciplina tem sua especificidade própria e que toda epistemologia deve ser regional? Sim, mas não transformemos uma estratégia metodológica que tem se revelado frutífera num princípio atemporal. Não caiamos, sobretudo, no erro simétrico e inverso da posição que denunciamos. Se é preciso reconhecer que, hoje, vivemos sob o signo da dispersão, isso não significa erigir fatos em princípios. A história das idéias já nos pregou um número suficiente de peças para que o espírito deixe de ser menos arrogante e passe a ser mais humilde. Quanto à psicanálise, para finalizar, o que ela nos revela? Como vimos, muito mais um conjunto de interrogações do que de respostas. Um último exemplo, talvez o mais significativo e importante, para ilustrar o quanto estamos tateando. Quem estudou seriamente a obra de Freud sabe perfeitamente que o conceito, ou melhor, a concepção de sujeito sofreu, nas suas mãos, uma transformação de monta. Mas o que significou isso? Destronamento do cogito e de seus privilégios? Em certa medida, sim. Ponto final e definitivo nas "filosofias da consciência"? Problemático, já que o próprio Freud afirmava que a consciência é o nosso único farol nas trevas da psicologia profunda. Isso sem falar no famoso adágio: Wo es war, soll ich werden. Descentramento radical do sujeito e determinação pela instância do "outro"? Com certeza, sim. Mas o que significa exatamente isso? Qual o sentido dessa transformação e quais as suas conseqüências? A bem da verdade, ainda não sabemos direito, e é por isso que, entre muitas outras razões, amemos Freud ou não, sua leitura nos é obrigatória e indispensável. (33) In Le Freudisme, Paris, L Âge de l'homme, p Luiz Roberto Monzani é professor do Departamento de Filosofia da Unicamp. Novos Estudos CEBRAP N o 20, março de 1988 pp

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