FÓRUM!ESTADUAL!DE!REDUÇÃO!DE!DANOS:!! CONSTRUÇÃO,!DIÁLOGO!E!INTERVENÇÃO!POLÍTICA

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2 FÓRUMESTADUALDEREDUÇÃODEDANOS: CONSTRUÇÃO,DIÁLOGOEINTERVENÇÃOPOLÍTICA

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4 AlineGodoy.BrunoRamosGomes,MarinaSant AnnaeRobertaMarcondesCosta (Organizadores FÓRUMESTADUALDEREDUÇÃODEDANOS: CONSTRUÇÃO,DIÁLOGOEINTERVENÇÃOPOLÍTICA SãoPaulo

5 Catalogaçãonafonte BibliotecáriaJanainaRamos CRB88/9166 G588 Godoy,Aline;Gomes,BrunoRamos;Sant Anna,Marina;Costa,Roberta Marcondes(Organizadores. IFórumEstadualdeReduçãodeDanosdoEstadodeSãoPaulo/AlineGodoy, BrunoRamosGomes,MarinaSant AnnaeRobertaMarcondesCosta (Organizadores SãoPaulo:Córrego, p.;21x29,7cm ISBN978`85`67240`30`5 1. Assistência social. 2. Serviço social. 3. Redução de danos. 4. Juventude e cultura.i.centrodeconvivênciaédelei.ii.título. CDD Índiceparacatálogosistemático I.Assistênciasocial:Reduçãodedanos:Serviçosocial 5

6 Sumário 1.AGRADECIMENTOS INTRODUÇÃO HISTÓRICO MÉTODO EXPERIÊNCIASDEREDUÇÃODEDANOSNOESTADO CONHECIMENTOPRODUZIDOEDISCUSSÃOFINAL ANEXO Introdução:RelatossobreosEncontros

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8 TerapiadeRua Precisopegarmaisemcanetas. Enãomaisemfacas Precisoescrever Umversodepois Dessaressaca (Autor:JucimarBarbosa 8

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10 1. AGRADECIMENTOS OFórumEstadualdeReduçãodeDanossepropõeaserumespaçoabertoàparticipaçãode quem tiver interesse em debater o tema, sempre na intenção de construir fortalecimento entreosparticipantes.aconstruçãodesteespaçosóépossívelcomacontribuiçãodequem faz,pensa,pesquisa,discute,eviveareduçãodedanos. Dessa forma agradecemos aos participantes deste processo. Desde aqueles que vieram conheceroqueéreduçãodedanos,atéaquelesqueatuamnestaperspectivahámaisde20 anos. Oferecemos especial agradecimento àqueles que estiveram presentes em todos os encontros,ounagrandemaioriadeles,reafirmandoaimportânciadestefórum. Ogrupoarticuladordesempenhouumpapelimportantedeplanejar,costurareviabilizaros encontros,compassagensbrevesouduradouras,agradecemosadanielatrigueiros,danielle AntonelliCardia,EdneySantosVitorio,JorgeArturCanfieldFloriani,LiandroLindner,Marcos Guimarães,MauriCleitonBatista,MicheldeCastroMarques,MirmilaMusse,ThiagoPacheco ethiagomarchi.etambém,andrécontrucci,lucasvolpi,micheldecastromarquesemyro Rolimpelosuportequandomaisprecisamos. Agradecemos aos municípios de Osasco, Campinas, Sorocaba e Guarulhos que sediaram nossosencontrosforadacapital.obrigadapeloacolhimento,atençãoepelavalorizaçãodo trabalhodareduçãodedanos.agradecemos,ainda,atodososdebatedoresconvidadosnesses encontros. ObrigadaaoSAECamposElíseospornosacolhernoprimeiroencontro.Ograndenúmerode participantes nos levou à busca de um espaço maior, e agradecemos muitíssimo ao CRP ` Conselho Regional de Psicologia, de São Paulo, pela disponibilidade e apoio nos demais encontrosdestefórumnacapital,assimcomooapoioconstanteàspropostasrelacionadasà reduçãodedanos. E por fim, agradecemos ao Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo SES(editalde seleçãopúblicadeprojetosnº001/2010peloimportanteapoioàimplantaçãodesteprocesso, queapenasseinicia...obrigada Aline Godoy, Bruno Ramos Gomes, Marina Sant Anna e Roberta Marcondes Costa.

11 2. INTRODUÇÃO MarinaSant'Anna RobertaMarcondesCosta BrunoRamosGomes AlineGodoy Este livro traz as vivências do Fórum Estadual de Redução de Danos de São Paulo, que se convencionou denominar de FERD, e as experiências de alguns grupos e instituições que participaramdesseprocesso. Trazemos aqui o histórico do FERD, desde a sua concepção, implantação e gestão, até a produção de conhecimento resultante dos encontros. Trazemos, também, o relato e as reflexõessobreaspráticasdetrabalhadoresdecampinas,mauá,sorocabaesãopaulo,como referênciasnocampodareduçãodedanos. Sabendo da impossibilidade de relatar tudo o que fizemos durante os dois anos iniciais do fórum, acreditamos que grandes questões da redução de danos estão aqui, mesmo que algumas,apenassinalizadas. FazemosumconviteaoleitoraconhecerumpoucosobreaatuaçãodoestadodeSãoPaulo emreduçãodedanos,eatrazersuascontribuiçõesparaospróximosencontrosdoferd. 11

12 3. HISTÓRICO RobertaMarcondesCosta MarinaSant'Anna BrunoRamosGomes AlineGodoy A proposta do Fórum Estadual de Redução de Danos de São Paulo (FERD começou a ser geradapelostrabalhadoresdocentrodeconvivênciaédelei 1,apartirdaobservaçãodeuma necessidadedearticulaçãodeumarededosqueatuamcomreduçãodedanos(rdnoestado. Era necessário produzir uma forma de organizar e promover a produção de conhecimento, realizartrocasdeexperiências,e,sobretudo,contribuirparaofortalecimento,continuidadee avisibilidadedardjuntoatrabalhadores,gestoresemídia. Assim, o objetivo do projeto proposto ao Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo foi promoveracriaçãoeorganizaçãodeumespaçoparadiscussãodasaçõesearticulaçõesderd noestadodesãopaulo,atuandocomoinstânciadeadvocacyecontrolesocialdaspolíticas públicasenvolvidascomotema. Oprojetodedoisanosprevia,alémde12encontrosdoFERD,arealizaçãodeumsemináriode integração e planejamento estratégico; 24 reuniões de um grupo articulador; produção de quatroediçõesdeumboletiminformativo;mapeamentodasaçõesderdnoestado;produção deumcadernosobrerdparaagentesredutoresdedanos;eumlivrosobreaproduçãodo FERD. Desde o começo, a intenção foi de compor com quem tivesse interesse de construir esse espaço de forma conjunta. Nesse sentido, fizemos, emdezembrode2012,umencontrode planejamento com pessoas e grupos de referência em RD no estado: ONGs, representantes governamentais, de universidades e de diversas áreas como DST/Aids, Saúde Mental, Assistência Social e Justiça, entre outras. Algo muitoimportante,quefoiidentificadoneste processo, foi que precisávamos rediscutir o conceito de redução de danos, dadas as transformações ocorridas nos últimos 20 anos em termos políticos, econômicos, sociais e 1 O Centro de Convivência É de Lei é uma organização da Sociedade Civil que atua na perspectiva da Redução de Danos desde Conheça mais em 12

13 culturais. Nesse planejamento formulamos questões fundamentais para serem refletidas e debatidasnosdoisprimeirosanosdoferd: 1.PolíticaeestratégiadeRD:OqueéRD?QueméoAgenteRedutordeDanos?Comosedáa capacitaçãoprofissional? 2.Diferençasterritoriais:cracolândias,periferia,ambienterural,serviços,etc. 3.Políticadedrogas/internaçãocompulsória/Legislação 4.Estigma/Preconceito/Acessoaocuidado/DireitosHumanos/sensibilizaçãodasredes 5.Mensuração comocontabilizaracomplexidadedaquestão?(monitoramento,avaliaçãoe Planejamento 6.Relaçãocomauniversidade comoandaaproduçãoacadêmica? 7.Educação 8.Saúde/RDesaúdemental/RDeatençãobásica/Umaquestãoparaalémdasaúde RD comosaúdecoletiva 9.AssistênciaSocial 10.SegurançaPública/SistemaPenitenciário 11.Mídia 12.PlanoNacionaldecombateaocrackeoutrasdrogas/RelatóriodaSenadsobreoperfildo usuáriodecrack/qualoprodutoculturalqueocrackdeixa? 13.Insumosdomomento/Novasdrogasenovascenas Partindo do planejamentoconvidamosalgumaspessoasparafazerempartedogrupo articulador,quecontoucomcirculaçãodealgunsparticipantesaolongodotempo,conformea disponibilidadedaspessoas,massesustentouumgrupofixodequatrotrabalhadoresdoéde Lei, o que garantiu um processo de continuidade. Este grupo se mantém aberto para a participaçãodequemseinteressar. OprimeiroencontrobimensaldoFERDjánostrouxeumasurpresa.Esperávamosreunirpor voltade30pessoaserecebemosquase90.eonúmerodeparticipantessócresceunasdemais 13

14 reuniões.issoconfirmounossasuspeitadequeaspessoasnecessitavamdeumespaçoque aindanãoexistiaparatrocarexperiências,conhecermaissobrerd,searticularegarantiro fortalecimentoecontinuidadedesuasações. Depoisdeidentificadanoplanejamentoanecessidadedeelaborareatualizarconceitosem RD,alémdepromoveroencontroearticulaçãoemtornodaRD,tambémtivemoscomofoco, produziresistematizarconhecimentoapartirdaprática.fizemosumprocessodeprodução conjuntadeconhecimentoeogrupoarticuladorbuscouapreenderasquestõesmaislatentes em cada um dos encontros para levantar o debate nos seguintes, sempre norteado pelos temaslevantadosnoplanejamento,quesemostraramdefatopertinentes.umareflexãomais aprofundadasobreométodoutilizadonoferdseráapresentadanopróximocapítulo. O tema da primeira reunião: O que é e como se faz RD,apareceuemtodasasreuniões plenárias.acomplexidadeeapotênciadardestánoseucaráternãoprescritivo,nofatode queumamesmapráticapodeserrdparaumsujeitoemdeterminadomomentodesuavida, masnãosermaisemoutromomento.paraoutrosujeito,essamesmapráticapodesignificar dano,oumesmosercompreendidocomoviolentoouinvasivo.issoporqueardsóseefetiva seforrealizadadeformasingular,emconstruçãoconjuntacomossujeitos. Cercade30pessoasmantiveramfrequênciapereneduranteosdoisanosdoFERD,enquanto quecadaencontro,cercade60pessoascompareceramalipelaprimeiravez.emumprimeiro momento essa flutuação nos fez questionar a dinâmica, imaginando os motivos pelos quais grande parte das pessoas não voltaria, e o desafio que seria produzir conhecimento longitudinalmentenessecontexto.entretanto,aproduçãodeconhecimentosedeudeforma muito rica, e ao final do projeto, entendemos que a rotatividade de pessoas nas reuniões estavaforadenossoalcance.noxiencontro,emquedebatemosasustentabilidadedoferd, perguntamosparaaspessoasomotivodessarotatividade,earespostaapontaumelemento importanteparapensarumdiagnósticodaspráticasemrdnoestadodesp:umdosmotivos estariarelacionadoaofatodequeostrabalhadoresnãopermanecemmaisqueumoudois anos nesse tipo de trabalho. Vários participantes afirmaram que desde que o FERD havia começadoaequipedoseuserviçohaviamudadocompletamente. Os trabalhadores traziam, a cada encontro, apreensão de trabalhar com uma abordagem muitas vezes desconhecida para eles até o momento de sua contratação; e uma grande dificuldade de desenvolver práticas sobre as quais não tiveram formação ou não recebiam supervisão de conhecedores do assunto. Certamente, esses são elementos de desgaste nos 14

15 processos de trabalho, que somados a outros, podem estar relacionados à baixa fixação de trabalhadoresnarede. Para lidar com esse descompasso entre os participantes assíduos e novos, elaboramos os boletins que estavam previstos para socializar a produção de conhecimento gerada nos encontros. Nessesentido,avaliamosqueamaiorcontribuiçãodoFERDemrelaçãoàsnecessidadesdos trabalhadores, seria a própria produção de conhecimento sobre as práticas de RD que, desenvolvida nos encontros, se reverteria em concretude, na produção dos boletins, deste livroedeumcadernodecampocomelementosdidáticoseinterativosparaosprofissionais que trabalham com RD no estado. Esses materiais visam à instrumentalização dos trabalhadorespara,assim,teremmaiorpropriedadedeseuprocessodetrabalho,quemuitas vezes é mal compreendido pela gestão, pelos próprios trabalhadores e pelos familiares ou usuáriosdedrogas. JáexistesignificativaproduçãodeconhecimentoacadêmicosobreaRDmas,emgeral,dada suacomplexidade,éalgodifícildesertraduzidoemprática.nãosendopossívelmapeartudo que acontece com RD no Estado de São Paulo, decidimos apresentar algumas práticas, consideradas exemplares, de equipes participantes do FERD, para serem publicadas como práticasdereferêncianaatuação.osprópriostrabalhadoresforamconvidadosparaescrever sobreotrabalhoquedesenvolvem,possivelmenteapartemaisricadestelivro. A desconstrução do imaginário do senso comum do usuário de drogas como pecador, criminoso e/ou doente, para entendê`lo pessoa com de direitos, é um processo bastante difícil,mesmojuntoaosprofissionaisexperientescomessetipodetrabalho,inclusivecomo redutoresdedanos.ostrabalhadoresdoscamposdasaúdemental,assistênciasocial,justiça, entreoutros,aindaestãoseapropriandodesteolhar. O FERD foi, inicialmente, um projeto com tempo determinado de execução, articulado pelo Centro de Convivência É de Lei. Considerando a grande participação das pessoas, e a constante reafirmação da importância de continuidade deste espaço de encontro e articulação,naxi(penúltimareuniãodoferdlevantamosodebatereferenteàmanutençãoe sustentabilidadedessefórumapósotérminodofinanciamentodoprojeto.nesseencontro, avaliamosaimportânciadacontinuaçãodofórumcomoummovimentosocialautônomoque possa também cumprir seu objetivo de advocacyecontrolesocial,influenciandopolíticas públicasnocampodard,tambémnoníveldagestão.assim,entendemosqueoferdnão 15

16 deve suprir a insuficiência na formação dos trabalhadores sobre RD, mas ser espaço de articulação e construção, inclusive para pautar política pública. Ficou muito claro que todos queremamanutençãodesseespaçodefortalecimentoqueéoferd,equeelecontinue,mas também ficou latente a necessidade de fóruns locais para fortalecer os trabalhadores e as redesdeatençãoemseusrespectivosterritórios. 16

17 4. MÉTODO AlineGodoy RobertaMarcondesCosta MarinaSant`Anna BrunoRamosGomes AspráticasdeRD,porsuacomplexidade,nãosãoprotocoláveis.Nãoexisteumgrandemanual depráticasqueorientecomofazerrd. Depende,comoouvimosedissemostantasetantas vezesdurantenossosencontrosdoferd.mas,dependedeque? Dentre tantos fatores, fazer RD depende de onde se está, com quem se fala, do contexto político,dagestãodotrabalho,dosrecursosquesetemàmão.quandosefazrd,muitose cria de acordo com as situações e possibilidades, e por vezes, a sutileza desse trabalho é confundidacom dom, jeitinho.sabemos,porémqueparacriarrespostasnessassituações, énecessárioumacúmuloético`técnico`político. Sabendodisso,estabelecemoscomoprincípioparaoFERD,quenãoqueríamoscriarespaços verticais de transmissão de informações, com palestras, mesas, aulas ; porque esse formatonãoresponderiaàsnecessidadesdosnossosparticipantes,queestavamrelacionadas apensarardnaprática,localmente,apartirdarealidadedecadamunicípio.eapartirdas realidades, criar respostas e trocar com outras localidades, estabelecendoumprocessode produçãodeconhecimentosobrerd.seareduçãodedanos,entremuitasoutrasformas,se manifestaapartirdeumconjuntodepráticas,precisamosolharparaestaspráticasnoestado paraentenderoqueestásendochamadoderdatualmente. Para isso, buscamos recursos que possibilitassem encontros criativos, participativos, e que esses encontros fosse possível produzir conhecimento, sistematização do conhecimento da práticaemconhecimentodizível,compartilhável.nossafinalidadefoicriarcampodetrocaque superasseodiscursosimplificador( tudoérd,fortalecendopráticasemancipatóriaspelavia da tomada de consciência dos contextos, instrumentos e processos da RD, e da afirmação dessetrabalhonosdiversoscamposdeatuaçãoeserviços,comoexecuçãodepolíticapública, validadaereiterada. Influênciasdaeducaçãoemancipatória,daeducaçãopopularedatecnologiaOpenSpacenos 17

18 muniramderecursosparapropornossosencontros.ora,separafazerrdénecessáriocriar emato,improvisarelidarcomosrecursosdisponíveiseassurpresasdocaminho,foiassim que criamos nosso percurso nesse fórum, munidos de recursos, atentos ao que nos era apresentado,eabertosedispostosacompor. Fazemosoesforçode,semprequepossíveltrabalharemroda.Emroda,enxergamosquem fala, podemos olhar, ver. Neste formato, todos ficamos à mesma distância do centro, lembrandoquetemosamesmaimportância.voltadosparaomesmocentro,lembramosque estamosreunidosemtornodeumobjetivocomum atrocasobrerdnoestadodesp,coma finalidadedemelhorar,afirmaredefendernossaspráticas.descobrimosqueosespaçospara reuniãoemspnãoforamcriadoscomessespensamentos.formatodeauditóriocomcadeiras fixasnochãoeumpalcomaisaltoàfrenteéoquemaisencontramos.emesmoquandoas cadeiras não são presas ao chão, algum incômodo é necessário produzir quando fazemos questãode bagunçartudo,criandoumagranderoda àsvezesduasconcêntricasquandoo espaçoémenorqueotamanhodogrupo.oconselhoregionaldepsicologiadesãopaulonos acolheu, manifestando importante apoio e respeito à proposta, na maioria dos nossos encontros, tolerando nossa transgressão. Quando isso não é possível, em outros espaços, transgredimos de outrasformas,ocupandoopalco,corredores,esentandoemrodasnas cadeiras fixas. Adaptações acolhidas com tranquilidade e empenho pelos participantes acostumadosaimprovisar,comquemcontamostodavez. Nessecenário,acapacidadedeimproviso,então,éumaqualidadebastanteacessada.Nosso primeiro encontro, previsto para 30 pessoas, contou com quase 90. As dinâmicas pensadas para30pessoasforamadaptadas,comgenerosoacolhimentoporpartedosparticipantes.a negociaçãosemprequenecessária quepartedoprincípiodequequemestáànossafrenteé capaz de ponderar e decidir junto, permite que a cada necessidade de readequação, apresentemosasituaçãoaogrupoepensemosrespostascoletivas. Asapresentaçõesdetodos(nome,profissão/função,município,instituiçãodeorigem,ecom alguma frequência, motivações para o encontro localizam os presentes em relação à representação das instituições e municípios, em relação aos interesses e práticas dos participantes, e também em relação às expectativas para cada encontro. Também nos apresentamos, o grupo articulador, apresentamos a proposta e o trajeto trilhado até ali, apontandoelementosdeumprocessoemandamentoedequetodosfazemparte.otempo desse primeiro momento, por vezes longo, nunca é perdido saberquemsomoseaque viemos é o primeiro passo para um encontro honesto e, de fato construtivo. Durante 18

19 intervalos,muitastrocasacontecemetemosnotíciasdearticulaçõespotentespropiciadaspor saberque talpessoadetalserviço estáporperto,eestáacessível,dispostoaconversar,e temanseiosparecidos. Assim como as apresentações, as avaliações finaissãoimprescindíveis.observaroque aconteceu,ponderarfortalezasedesgastes,apreciaroquefoiproduzidoeapontarpróximos passos coletivamente estabelece um ritmo e um fechamento para cada encontro que o conecta com o resto do processo. Muitos de nós, cansados de outros espaços com muitos encontroscheiosdeidéiasepoucacontinuidadeoumanutençãodelas,sentimosacolhimento eumtantodealíviodeenxergarumalinhacondutora. Paraalémdosencontrosentreosparticipantes,asreuniõessãoorientadasparaaprodução de conhecimento dosparticipantes.aspráticasemrd,paraseefetivarem,exigemdos trabalhadores um preparo intenso, constante reflexão sobre cada gesto, cada passo, cada insumoentregueourecusado,cadaencaminhamento,acompanhamentoouausência.háum conhecimentoqueéproduzidonoprocessodetrabalhoemrd,equeédifícildesistematizar, dizer,justamenteporsertãosingularecomplexo.nossoesforçonofórumpassaporcolocar empalavrasessacomplexidade,conscientesdasimplificaçãoqueissopodeproduzir,mascom a certeza de que para compartilhar, ensinar quem chega, dialogar com a gestão e outros campos,énecessáriousarumalinguagemacessívelecompartilhável. Tendo o registrodoprocessocomoumapráticapermanenteeessencial,osencontrossão organizadosdeformaapermitiraparticipaçãointensa.maistempoparadebatedoquepara falas únicas, grupos de trabalho com tarefas claras, compartilhamento das produçõesdos gruposcomregistrodetodooprocessoeprodutos.estessãoalgunsdosrecursosqueusamos. Dada a participação flutuante, entendemos que cada encontro deveria encerrar certa completude.estabelecercomeço,meioefimemcadaencontro,desdeaapresentaçãoatéo compartilhamentodaproduçãocoletivadeconhecimentofoiumaestratégiaqueusamos.por maisquehajaumprocessotransversalaosencontrosemandamento,éimportanteretomar umhistóricoaoinício,paranãocairmosnaconstanteinvençãodaroda,commuitasdeideias elimitadaexecução(quevemosacontecertantonarede.enaavaliação,afirmaroprocesso complexo,eprincipalmente,osprodutosdesseprocesso,comovalidaçãodotrabalhodaquele grupo naquele dia, e também, como forma de responsabilizarospresentesemrelaçãoao processomaior,transversaldofórum,mastambémdoprojetodetransformaçãosocialdard. É essencial termos uma postura responsável, de orientar as práticas a partir daquilo que podemosexecutar,semperderdevistaondequeremoschegar.écomumouvirmosrelatosde 19

20 comooespaçodofórumacolheosparticipantes,dandoescutaepossibilidadedesonho,ao mesmotempoqueorganizaopensamentosobreapráticaefortaleceparaotrabalho. Importanteapontarque,nessecenário,apesardehaveraberturapermanenteàcomposição coletiva,aexistênciadeumgrupoarticuladorperenefoiessencialparaancoraroprocessodo FórumEstadualdeReduçãodeDanosentre2012e2014.Ogrupoarticulador,presenteem todos os encontros, e reunindo`se periodicamente fora deles, preparou cada encontro fundamentados na avaliação do encontro anterior; nos temas elencados no primeiro seminário;naconjunturatécnico`políticadomomento;enaspossibilidadesconcretasdeque dispunha(tamanhodesala,aceitedeconvidados,recursosmateriais,númerodepessoaspara realizar...esseprocessodeplanejamentoeavaliaçãopermanentesnosmantêmatentosao movimento do FERD, emsuavitalidadeefluxoreais.comalgumafrequênciasãosugeridas grandes idéias que, avaliadas a partir do olhar do grupo articulador junto ao coletivo, se mostrampoucorealizáveissemumcompromissopermanentedeumgrupomaior.umsitedo fórum,umfacebookdofórum,umespaçodedebatepermanenteforadosencontros.lindas idéiasque,confrontadascomarealidade,mostram`sedemandantesdeumcompromissode outrosenovosatores.essemovimentomantémvivaemnós(todosnósaconsciênciadeque hánecessidadeselimitesparaaconstruçãodaredequequeremos. Entendemos a partir dos relatos dos participantes que sem um reconhecimento daquele espaço como parte do processo de trabalho, sua construção ficaria sempre prejudicada. Há uma percepção comum nos participantes, de uma falta de continuidade de projetos e processos de potência, dados pela interrupção ou falta de continuidade de boas idéias e iniciativas. O fato de termos financiamento que sustentasse um grupo permanente de articulaçãofoioqueancorouumprocessocontínuoquepudessegerarfrutos.comofaríamos paraseguirentão?nestedebate,eapartirdessaclareza,ostrabalhadorespropuseramese dispuseram a negociar com suas gestões, que parte do seu trabalho nos serviços fosse de articulaçãodessefórum,oqueseriaummovimentoderesponsabilizaçãodaredepelasua sustentaçãoemformaçãoeproduçãodeconhecimento,paraalémdaurgênciaemresponder ademandas. Atualmente, durante a escrita e fechamento deste livro, construído coletivamente, o grupo articulador já conta com trabalhadores em horário de trabalho da rede, compondo a construçãodanovafasedoferd. 20

21 5. EXPERIÊNCIASDEREDUÇÃODEDANOSNOESTADO AlineGodoy RobertaMarcondesCosta MarinaSant'Anna BrunoRamosGomes EstiverampresentesnosencontrosdoFERDcentenasdepessoasdiferentes,detodooestado de São Paulo, apresentando uma grande diversidade de práticas. Alguns mais ligados à prevençãodasdst/aids,outrosàsaúdemental,àatençãobásica,eoutrosaindanainterface entre estas diversas áreas da saúde. Também contamos com aqueles que pensam e desenvolvemaçõesnaperspectivadardnaassistênciasocial,comcriançaseadolescentes, emfestas,comapopulaçãoemsituaçãoderua,lgbtt,profissionaisdosexo.trabalhadores darede,consumidoresdedrogas,pesquisadores,gestores,militantesdemovimentossociaise outrosinteressados.observamosqueexisteumagrandevariedadedeaçõesemrdnoestado, oquechamaaatençãodadaainsuficiênciaderecursosfinanceiroscomqueessesprojetos contam. Esta parte do livro traz artigos de equipes de redução de danos de diferentes municípios e serviços,erepresentaumpoucodestavariedadeestadual. Foramconvidadasparaestaprodução,equipesqueestiveramconoscodeformamaisperene e/ou apresentaram práticas que, ao serem compartilhadas nos encontros, tiveram boa repercussãopelasuaoriginalidade,pelasuaefetividade,oupelaclarezadefundamentação. TambémsãoapresentadasasformasdefazerRDdesenvolvidasnaONGCentrodeConvivência ÉdeLei.Comodiscutimosnoscapítulosanteriores,osprocessosdetrabalhoemRDtêmsido desgastantesealgumasequipesnãoconseguiramresponderaoconvitedeescreverumartigo, empartepelasobrecargadetrabalho.aindaassim,consideramosqueasproduçõesaseguir apresentampráticasexemplares,eummapeamentoeatualizaçãodasformasdefazerrdno EstadodeSãoPaulo. 21

22 5.1Osredutoresdedanoseaspráticasdecuidadonoterritório8 ReduçãodeDanosemCampinas Contextualização AlcyoneApolinárioJanuzzi 2 CarlaP.Linarelli 3 CarolineTatieleMoreira 4 CarolBaeta 5 CelsoLimadaSilva 6 ClaytonEzequieldosSantos 7 FabioGuilhermedeMagalhães 8 MaiconRangeldoNascimentoSilva 9 JessicaPachecoBarbosa 10 LumaMontenegro 11 LuziaAmarodaSilva 12 MarinadeSouza 13 RodrigoPressoto 14 SanderCavalcantedeAlbuquerque 15 SandrinaKelemIndiani 16 SuzySantos 17 ThiagoFrançaRioBrancoCarvalho 18 Essetextotemointuitodeapresentaraosleitoresumbrevehistóricodaspráticasdecuidado emreduçãodedanos(rdnomunicípiodecampinasetambémexporocotidianodetrabalho dos redutores de danos, nos contextos de uso de drogas, bem como, suas dificuldades, desafiosemodoscriativosdecuidarnoterritório.oconteúdodessetrabalhofoiconstruído pelosprópriosredutoresdedanos,apartirderodasdeconversaediáriosdecampo Ferreira 8 Educadora física, MBA em Gestão e gestora do Consultório na Rua de Campinas/SP. Psicóloga, especialista em dependência química e gestora do CAPS AD III Reviver de Campinas/SP Redutora de Danos do Consultório na Rua de Campinas/SP Redutora de Danos do CAPS AD Independência de Campinas/SP Redutor de Danos do CAPS AD III Reviver de Campinas/SP Psicólogo, doutorando em Psicologia/UNESP e gerente de convênio do Serviço de Saúde Dr. Cândido Redutor de Danos do CAPS AD Antônio Orlando de Campinas/SP 9 Redutor de Danos do CAPS AD Antônio Orlando de Campinas/SP 10 Redutora de Danos do CAPS AD III Reviver de Campinas/SP 11 Redutora de Danos do CAPS AD III Reviver de Campinas/SP 12 Redutor de Danos do CAPS AD Antônio Orlando de Campinas/SP 13 Redutora de Danos do CAPS AD Independência de Campinas/SP 14 Psicólogo, Mestre em Saúde Coletiva pela UNICAMP e Psicólogo da Prefeitura Municipal de Campinas/SP 15 Psicólogo, mestre em Psicologia Social/PUC-SP e gerente de convênio do Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira Terapeuta Ocupacional, Sanitarista e gestora do CAPS AD Antônio Orlando de Campinas/SP Redutora de Danos do Consultório na Rua de Campinas/SP Redutor de Danos do Consultório na Rua de Campinas/SP (todos os equipamentos de saúde citados acima são da Secretaria Municipal de Saúde do município de Campinas/SP conveniado com o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira 22

23 O município de Campinas`SP compartilha muito das características que podemos encontrar nas metrópoles modernas, com grande potencial de desenvolvimento econômicoegrandes desafios sociais a serem enfrentados. Dentre eles, destacamos a questão das pessoas em situaçãoderua. CampinaséaterceiracidademaispopulosadoestadodeSãoPaulo,tendoaproximadamente habitantes 19,eépóloRegionaldeumaregiãometropolitana,ultrapassandoassima marcadetrêsmilhõesdehabitantes. Nocampodasaúde,omunicípioéconhecidohistoricamentepelasuaconstruçãodenovos modelosdeatençãoegestãoemsaúde.aexperiênciadecampinasnorteou`senosentidode expandiraredepública,municipalizandoapolíticadesaúde. Omunicípioestádivididoemcincodistritos:DistritodeSaúdeLeste,Norte,Sul,Sudoestee Noroeste.Adistritalizaçãotemcomoobjetivoaprogressivadescentralizaçãodoplanejamento egestãodasaúdeparaáreascomcercade habitantes. Foinessecenário,abertoàsnovaspráticasdecuidado,queforamdesenvolvidasaspráticasde ReduçãodeDanosemCampinas,apartirde1998.OcontextoeradeepidemiadaAidsealtos índicesdecontaminaçãoporhiv/aids umdosmaioresdoestadodesãopaulo.osusuários de drogas injetáveis estavam entre os grupos sociais mais expostos à doença na década de 1990nomunicípio. AssimcomoemoutrosmunicípiosdoBrasil,CampinasiniciouaspráticasdeRDdemaneira discreta,noambulatóriomunicipaldst/aids.numprimeiromomento,astrocasdeseringas eramfeitasporumaauxiliardeenfermagem,masrapidamentefoiidentificadaanecessidade detransformaressasaçõesemabordagemderua.nessemomento,outrosatoresentraramna composiçãodostrabalhosderua,principalmenteusuáriosdoserviço,queatravésdotrabalho voluntárioentregavamosinsumosefaziamaaproximaçãoentreparesvisandoaconstrução devínculo. Em2001,GastãoWagnerdeSousaCampos,entãosecretáriodesaúde,oficializouaRDcomo umapolíticadomunicípio,abrindocaminhoparaampliaçãodoprojeto,sendocriadoem2002, oprogramadereduçãodedanos(prd. Comachegadadosredutoresdedanos,emsuamaioriausuárioseex`usuáriosdedrogase aberturadenovoscamposdetrabalho,osusuáriosdedrogasinjetáveis(udideixaramdeser 19 Segundo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE de 2013, Disponível: ftp://ftp.ibge.gov.br/estimativas_de_populacao/estimativas_2013/estimativa_2013_dou.pdf, acessado em 23/10/

24 ofocodaatençãodocuidadoepassaramacomporocenáriodeintervençõesjuntoaoutras populações vulneráveis em uso de Substância Psicoativa (SPA.Asabordagensderua consistiam em seguir as pistas da itinerância dos mocós, para distribuição dos insumos e construçãodevínculocomosusuários. ImportantedestacarquenocampodasaúdeemCampinas,osagentesdereduçãodedanos foramosprimeiroseosúnicos,atéachegadadoconsultórionarua,afazeremabordagemde ruademodocontinuadocomaspopulaçõesmarginalizadas,entreelasaspessoasemsituação derua. A ampliação da rede de atenção a usuários de álcool e outras drogas, ocorreu dentro do contexto da epidemia do crack. Até 2010, o município contava com dois CAPS AD (região leste e sul e o Núcleo de Atenção a Dependência Química (NADEQ com dez leitos de internaçãopsiquiátricaedezderetaguardanoturna.estavamemprocessodecadastramento osdezleitosdesaúdementaldocomplexohospitalarouroverde(chov.era,portanto,uma redebastantereduzidaseconsideradootamanhodapopulaçãoassistida,einsuficientepara darsustentabilidadeaomodelodareabilitaçãopsicossocialedereduçãodedanosqueestava sendo defendido nos serviços,com protagonismo dos CAPS ad Independência e CAPS ad Reviver e a parceria do Ambulatório Municipal de DST/Aids com o acúmulo de suas experiências. Comaampliaçãodarededeatençãoausuáriosdeálcooleoutrasdrogas,houveaaberturade maisumcapsad(regiãonoroeste,oconsultórionarua,capsad24hs(regiãolesteenorte eaescoladereduçãodedanos,quepossibilitouaincorporaçãodosagentesderdnasaúde mentaldomunicípio.oscapsadeoconsultórionaruapassaramaterumtrioderedutores dedanosnaperspectivadeampliaçãodaofertadecuidadodosserviçosàpopulaçãousuária dedrogasnosterritóriosdealtavulnerabilidade. DiáriodeCampo:Tecendoarede Cada CAPS ad e o Consultório na Rua são referência para um território específico de abrangência,apartirdoqualosredutoresdedanossedividemefazemasaproximaçõescom acomunidade.emcadacampodeatuação,noiníciodotrabalhodestesredutoresdedanos, foi realizada uma conversa prévia com a Unidade Básica de Saúde (UBS de referência para exporoobjetivodotrabalhoepactuarparceriacomaquelesqueseinteressavam. EmalgumasUnidadesBásicasdeSaúdeaparcerianãofoipossível,porémemoutrossedeude formapotente:agentescomunitáriosdesaúde,técnicosdeenfermagemeoutrosprofissionais 24

25 passaram,porexemplo,acomporapráticanaentregadeinsumoserecolhimentodeseringas dosusuários.tornaram`sereferênciaparaàquelesqueestavamemsituaçãoderuaedistantes doscuidadosemsaúde. Os redutores perceberam que os usuários ficavam constrangidos ao chegarem à UBS sem nenhumencaminhamento,comreceiodenãoserematendidos.sendoassim,osredutoresde danos criaram um cartão de encaminhamento, sem o intuito de serem atendidos com preferência,mascomoobjetivodeidentificaressesusuáriosquejáestavamsendoassistidos pela rede desaúdementalequeos profissionais entendiam que haviam demandas clínicas quedeveriamsercuidadas.tudofoiacordadopreviamentecomaubseoretornofoieainda égratificante. Porém, a abertura de um campo e a autorização para atuação não se dá apenas em rede formal. Líderes comunitários, pessoas que circulam na rua, proprietários de bares e outros estabelecimentos também são acionados e depois identificados como Amigos do Projeto. Insumos são deixados em bares, cartazes informativos são expostos nos banheiros, baleiros sãorecheadosdepreservativose/oulubrificantesefoldersinformativos. Aatuaçãonos mocós nãoéalgosimpleseexigeconhecimentodoterritório,organizaçãoda práticaetécnica.operfildosredutoresdedanosnãoéummerodetalhe.conheceravivência darua,osguetos,adinâmicadosespaçosdeconsumo,comsuasregraselimitesajudamo profissional a atuar com qualidade e menos risco. A prática é sempre feita em duplas, no mínimo,eemalgunslugaresemtrio.enquantoumoudoisredutoresseaproximamdogrupo de usuários, outro fica na retaguarda observando o território paraavaliarriscos. Hámuita diversidadenarua,perfisdiferentes,objetivosdiferentescomoaaçãodapolícia.aduplaou trioderedutoresdedanosprecisaestaremsintonia (sic. AentradadosRedutoresdeDanosnosCAPSadeConsultórionaRuatambémpossibilitaram aos profissionais novas práticas e novos desafios. Participação em reuniões de equipe e equipesdereferência,acolhimento,matriciamentoemunidadesbásicaseemequipamentos daassistênciasocial,buscaativaevisitasdomiciliaresemconjuntocomaequipe,criaçãode oficinascomocapoeira,música,gruposinformativos( reeduca eoficinasdeautocuidadono cotidiano. Asupervisãosemanalentreosredutoreséumaferramentachaveparaqualificarapráticae um espaço promotor de auto cuidado dos redutores. É um momento potente para capacitação,acolhimento,integraçãoentreosprofissionais,trocadeexperiências,exposição dedificuldadesparapensarentrepares,fortalecimentodaredeedenúcleoemreduçãode 25

26 Danos,avaliaçãodotrabalhoeplanejamentodenovasações. DiáriodeCampo:ACONSTRUÇÃODOSINSUMOS AlémdosinsumosofertadospelaspráticasdeprevençãodoCentrodeReferênciaDST/Aids, comoaentregadeseringas,preservativos,gellubrificante,entreoutros,osprimeirosinsumos criadosespecificamenteparaosusuáriosdespaforamosfolhetosinformativoseocanudode silicone,voltadosàquelesquefaziamusodecocaínainalada.conhecidocomo Kitsnif,tal insumofoielaboradocomointuitodeevitarqueosusuáriosfizessemousodecocaínaem papéis sujos, expostos a diversos danos à saúde. Logo, os profissionais perceberam que o insumonãofoibemaceitoentreosusuários,vistoqueocanudoacumulavacocaínaemseu interior.assim,organizaramumpapelinformativo,noformatodeumanotadedoisreaisque éutilizadatantoparaoferecerorientaçõessobreoscuidadosemsaúdeelocaisdetratamento, quantoparaousodecocaínainalada,quandoenrolada,evitandooutrosriscosduranteouso. Oprotetorlabialeaspiteiras,ummaterialcomcustobaixofeitodemangueiradeaquário, vieramemseguida,paraosusuáriosdecrack,comomaisumaferramentadeprevençãovisto queagrandemaioriadosusuárioscompartilhaocachimbo.paraevitarqueoprotetorseja usado como moeda de troca entre usuários, os redutores de danos, ao realizarem a abordagem,retiramoprotetordaembalagemnafrentedousuário,explicacomoaplicá`lo,e orientasobreaimportânciadenãocompartilhá`locomoutrosusuários. O Kit UDI, oferecido aos usuários de drogas injetáveis, conta seringas, agulhas, colher, preservativo (para utilização como carrote, água boricada, dosador de xarope (copinho e folhetoinformativo.talinsumoéentregueapenasàquelesquefazemusodedrogasinjetável eéextremamentecontroladoemapeadopelosprópriosredutoreseoutrosprofissionaisda saúde,comoos AmigosdoProjeto. Aentregadeinsumosemcamponãotemointuitodeserumaação fim,masumaprática quepossibilitanãosóaadministraçãodeprazereseriscos,mastambémapossibilidadeda construção de vínculo e de cuidado integral à saúde do sujeito. No momento da entrega desses insumos os redutores se colocam de maneira horizontal frente ao usuário, sem julgamentoseinterferêncianousodedrogas,respeitandoomomentodecadaum.essetipo de abordagem possibilita a oferta de cuidado nos serviços da rede e a construção de autonomia. 26

27 DiáriodeCampo:IMPASSESECONQUISTAS Areduçãodedanosnãoserestringeaumaestratégiadesaúde.Trata`sedeumapolíticaque buscagarantirosdireitosdosusuáriosdedrogasevaiaoencontrodosprincípiosediretrizes do SUS. Dessa maneira, o respeito ao usuário em seu espaço com a garantia de cuidado e acesso,independededesejaraabstinênciaounão.háumolharparaosujeitocomoumtodo, considerado em seu contexto e suas diferentes demandas psicossociais de forma integral. Alémdisso,aequidadesefazpresente,porquenãoesperaousuárioprocurarajudaemalgum serviço,mascriaestratégiasdeatuaçãoinloco,noespaçodosujeitoqueemsuamaioriaestá àsmargensdocuidadoemsaúdeedagarantiadeseusdireitos. Osredutoresdedanosentendemquenasuapráticaéprecisoumaposturamaishorizontal,de modoapropiciarorespeitoaosmodosdevidasingularesdosusuárioseaheterogeneidade existentenosterritórios.osrdrespeitamomomentoqueosusuáriosestãousandoadroga, sendosolicitadosemprepermissãoparaaabordagem. Apossibilidadedeconstruirredenarua,desensibilizarprofissionais de diferentes áreas no cuidadoad,decriarparceriaentrediferentesserviços,sãoconquistasconcretas. Entretanto,algunsimpassesdesafiamaprática.Noquedizrespeitoaosprofissionaisdasaúde emgeraledasaúdemental:adificuldadedeentenderoquerealmenteéareduçãodedanos equeelanãoselimitaaentregadeinsumos;amoralquepermeiaapráticaeimpossibilita enxergarotempoeasreaisnecessidadesdousuário;odistanciamentodocontextoemqueos usuáriosvivemeadificuldade,comoconsequência,deavaliaravulnerabilidadeenecessidade decuidado;anãoidentificaçãodareduçãodedanoscomoferramentaclínica. Apopulação,emsuamaioria,apresentapreconceitocomrelaçãoaousodedrogas.Poucos elaboramacríticadequeasdrogasfazempartedahistóriaequeofatodeentregarinsumos, nãosignificaqueháumincentivoaouso.háapenasumaaceitaçãoeumdesejodegarantiro cuidadoasaúde,aautonomiaeacidadaniadosusuários.osredutoresdedanosentendema necessidade de ampliação de estratégias que visem a aproximação com a população e construçãoderelaçõesparapossíveisparceriaseaçõesconjuntasnoterritório. Na esfera do poder público, há ausência de investimento em capacitação e projetos de reduçãodedanosemdiversosmunicípios.onãoreconhecimentodoredutordedanoscomo profissãoeabaixaremuneraçãogeraumarotatividadedeprofissionais,oquecausaimpacto negativonasuaprática,jáqueosredutoresdedanosestãoexpostosàsvulnerabilidadesda rua,desdeadengueatéassituaçõesdeviolênciaquepodemocorreremcampo. Napráticadareduçãodedanos,encontramoscomodesafios,aexpansãodasaçõesemoutros 27

28 territórios,ampliaçãodoshorárioselocaisdeatuação,melhoriadoacessoàintervençãoem diferentesclassessociaiseampliaçãodoacessoainsumoseinformaçãosobreousodeálcool eoutrasdrogasparatodasociedade. IniciativascomooFórumEstadualdeReduçãodeDanospossibilitamareflexãodapráticaeo fortalecimento das ações de saúde voltadas ao usuário de SPA. A possibilidade de trocar experiênciascomoutrosmunicípios,comofeitocomavindadofórumestadualdereduçãode DanosàCampinas,expandeotemaepotencializaasdiscussõesemrede. EmCampinas,existea RedeAD,queacontecemensalmenteetemcomoobjetivofortalecer a rede intersetorial de álcool e drogas do município. Nela estão presentes profissionais da saúdemental,daatençãobásica,daassistênciasocialedadefensoriapública. Como podemos observar, a política de álcool e drogas formadora da rede de saúde do município é recente, entretanto as práticas de cuidado operacionalizadas por esses equipamentos(capsad,consultórionaruaejuntoaosrdvemfavorecendooacessodos usuários de SPA na rede SUS, bem como, propiciando o cuidado em saúde nos territórios vulneráveisdomunicípio. 28

29 5.2 SALVESOMOSDOCONSULTÓRIODERUA 8Umrelatode experiênciadoconsultórioderuademauá UmpoucodeMauá ElainedeOliveiraMascarenhas 20 LucianiFlorianoFerreira 21 MarinaDecotSdoia 22 OsmarDantasPereira 23 SilvanaMenezesdosReis 24 ValquiriadeJesusCostaDuarte 25 O município de Mauá, anteriormente um distrito de Santo André, tem 59 anos de emancipaçãoeintegraaregiãodoabcdmrr.commaisde habitantes(censoibge, 2010,éo7ºmunicípiodoestadodeSãoPauloemdensidadedemográfica(FundaçãoSEADE. Em 1883 foi inaugurada a Estação Ferroviária do Pilar, o que deu início ao processo de industrializaçãodavilapilar,atéentãoviladesãobernardo.em1938,todaaregiãodoabc passouasechamarsantoandréeem1954seemancipouomunicípiodemauá.umaparcela grandedapopulaçãoémigrantedonorteenordestedopaís,pessoasquevieramparasão Pauloembuscadetrabalhoemelhorescondiçõesdevida. Mauá em língua indígena significa terras altas, elevadas. Localizada na região da mata atlântica, com nascente de dois rios, a paisagem mauaense é marcada pela formação de morrosepicosíngremesevalesalagadiçosqueestão,emsuamaioria,aterradoseocupados de forma desordenada. Caminhando pelas ruas de Mauá, seja nos vales, seja do alto dos morros,épossívelobservarorelevomontanhoso,comalgumasáreasmarcadaspeloverdeda mata,quecontrastamcomaglomeradosdecasasnosmorrosevalesaterrados. Emmeioaessecenário,alémdascasasebarracosquecompõemosbairrosecomunidades, hácentenasdepessoasquevivemempraças,terrenos,casasabandonadas,beiradecórregos, tubosdeconcretoparaconstrução,embaixodeviadutoseemtrilhasnamata.sãopessoas que pelos mais variados motivos estão em situação de rua, dentre as quais muitas usam substânciaspsicoativas.pessoasquecotidianamentevivenciamviolaçõesdedireitos,invisíveis Agente Redutora de Danos Agente Redutora de Danos Gerente do Consultório de Rua Agente Redutor de Danos Enfermeira do Consultório de Rua Estagiária de psicologia do Consultório de Rua 29

30 enquanto cidadãos de direitos e também como sujeitos com histórias, habilidades, sofrimentosepotências.seporumladosãoinvisíveis,poroutroaparecemcomoconfrontoa moraldominante,vistoscomoincômodo,ameaça,erro,desvio,lixoqueprecisaserretirado dasviaspúblicas. ConsultóriodeRua:umabrevecontextualização O primeiro Consultório de Rua do Brasil (1995 foi uma iniciativa do Centro de Estudos e TerapiadoAbusodeDrogas(CETAD,daUniversidadeFederaldaBahia(UFBA,ummodode atençãoàsaúdeparapessoasquevivememsituaçãoderua,expostasaousodesubstâncias psicoativas.apropostasurgiuapartirdetrêsconstataçõesprincipais:dificuldadesdeacesso aosserviçosdesaúdeporpartedestapopulação;comprovaçãodosriscossociaiseàsaúde, decorrentesdousodesubstânciaspsicoativasedavidanasruas;einvisibilidadesocialdesta parceladapopulação.(nery,valério,monteiro,2011 Em2009,oDecretoFederalnº7.053instituiuaPolíticaNacionalparaaPopulaçãoemSituação derua(pnpsr,colocandooobjetivodeasseguraroacessoamplo,simplificadoeseguroaos serviçoseprogramas.outroobjetivodapnpsréaarticulaçãoentreosdiferentesserviçose setores que possam compor a oferta de cuidado a esta população, contribuindo para diminuiçãodevulnerabilidades. Em2010,oDecretoFederalnº7.179instituioPlanoIntegradodeEnfrentamentoaoCracke outrasdrogas,quetambémpreconizaaintegraçãoearticulaçãopermanentedosdiferentes setores e políticas públicas que têm interface com as questões relacionadas aos usos de substânciaspsicoativas. Aindaem2010,aCoordenaçãoNacionaldeSaúdeMental,ÁlcooleoutrasDrogas,combase na Lei Federal nº /2001 e nos princípios fundamentais da Política Nacional de Saúde Mental,publicouodocumento ConsultóriosdeRuadoSUS,noqualafirmaestedispositivo comointegrantedarededeatençãosubstitutivaemsaúdemental,quedeveriadesenvolver açõesdepromoção,prevençãoecuidadosprimáriosnoespaçodarua.taldocumentocoloca comoprincípiosnorteadoresorespeitoàsdiferenças,apromoçãodedireitoshumanoseda inclusão social, o enfrentamento dos estigmas, as ações de Redução de Danos e a intersetorialidade. Em outubro de 2011, a Portaria do Ministério da Saúde nº regulamenta a Política NacionaldeAtençãoBásicaeincluiasequipesdeConsultórionaRuacomoequipesdaatenção 30

31 básica,queatuamnoterritórioetêmresponsabilidadeexclusivadearticulareprestaratenção integralelongitudinalàsaúdedaspessoasemsituaçãoderua. Emdezembrode2011,aPortariadoMinistériodaSaúdenº3.088instituiaRededeAtenção Psicossocial (RAPS, na qual os Consultórios na Rua são colocados como componentes da SaúdeMentalnaAtençãoBásica. Tambémemdezembrode2011,foilançadooPlanoCrackéPossívelVencer,umainiciativado Governo Federal para os municípios investirem na ampliação e integração das ações de prevenção,atençãointegralaousuáriodesubstânciaspsicoativaseenfrentamentoaotráfico dedrogasatravésdeinvestimentosemsegurançapública. ConsultóriodeRuaemMauá:planejamentoeprincípios NomunicípiodeMauá,oConsultóriodeRua(CdRfoiimplantadoemjunhode2013,como parteintegrantedarapsenocontextodeadesãoaoplanocracképossívelvencer.gestores sabiam que havia um contingente de pessoas em situação de rua, maioria usuárias de substânciaspsicoativasesemacessoaosserviçospúblicosdaredesocioassistencial.assim,o objetivoprincipaldaimplantaçãodocdrdemauáseriagarantirodireitoeoacessoàsaúde paraestaparceladapopulação,mastambémconhecerasdemandasnasruasparaincluí`las nasagendaseprocessosdetrabalhodosdemaisserviços. Desde o planejamento do trabalho, a Redução de Danos (RD foi compreendida como uma perspectiva para atuação, uma postura da equipe frente às pessoas em situação de rua, usuáriasdesubstânciaspsicoativas,querompecomoimperativodaabstinênciacomoúnica possibilidadederelaçãocomasdrogas,permitindoainvençãodemodosdecuidarquefazem sentido no contexto de vida de cada um. Esta concepção é o norte na construção deste serviço,oquecolocaàequipeumanecessidadeconstantedecriarereverasintervenções, processosdetrabalhoerelações.nãoháumareceitaprontaaserprescrita,poisasdemandas, vontadesedificuldadesdosusuáriossãoincluídasnaconstruçãodocuidado,ouseja,oponto departidadotrabalhoéaescutadooutro. Aequipeprevistaparaesteserviçofoiumagerente,umaenfermeira,umtécnicoredutorde danos (formação de nívelsuperior,seisagentesredutoresdedanos(formaçãodenível médio,ummédicoeummotorista.médicosedentistasdaredetemagendasreservadaspara pessoasacompanhadaspelocdr,porémfazemessesatendimentosnasunidadesbásicasde Saúde e serviços especializados quando há necessidade, pois a concepção não é de uma 31

32 unidadedesaúdemóveleparalelaaosserviçosofertadosparaorestantedosmunícipes.tal equipefoipensadaparaqueasabordagensnãotivessemenfoquecentradonosdiagnósticose tratamentodedoenças,massimnosencontroshumanosenacriaçãovínculos. Nessesentido,umprincípiofundamentalqueorientaotrabalhodoCdRdeMauáéorespeito às diferenças e às escolhas individuais, que se efetiva quando o trabalho acontece na perspectivadareduçãodedanos,ouseja,quandoretira`seaimposiçãodeumasaúdeideal, estática,preconizadapelosprofissionaisdesaúde.afimdereduzirriscoseagravosàsaúde,o percurso a ser trilhado com cada pessoa, que inclui as estratégias de cuidado, é construído junto,demodopossívelecomsentidonocontextodevidadecadaum. Ovínculoentreequipeepessoas,gruposeterritórioséabasedotrabalho,alicerceparaum projetodecuidado.talconceito`diretrizécompreendidoaquicomoumarelaçãodeconfiança que se prolonga no tempo, que permite planejar um cuidado processual na vida de cada pessoa. É a partir desta relação que as demandas são construídas e a rede intersetorial é articuladapelaequipedoconsultórioderua. OCdRdeMauátemtrabalhadocomumadiferenciaçãoimportanteentre encaminhamento e acompanhamento. Considerando a vulnerabilidade da população atendida, a histórica exclusão dos serviços públicos, os estigmas atribuídos a ela e as dificuldades da rede em trabalhar na perspectiva da Redução de Danos, acompanhar os atendimentos na rede socioassistencialtemsidofundamental.compreende`sequeencaminharseriaapenasmostrar ocaminho/serviçoaoqualapessoadeveirparaseratendidaemsuaqueixaousolicitação, sem responsabilização por este direcionamento, enquanto acompanhar é responsabilizar`se pelosujeitoeseupercursonarede;irjunto,telefonarparasabercomofoioatendimentoem outro equipamento, perguntar a ele como foi o atendimento, discutir o caso com outras equipes,etc.aintensidadedasdiscussõesdecasocomoutrosprofissionaiseapresençafísica da equipe do CdR em cuidados ofertados por outros serviços, está condicionada a urgência e/ourisco,graudeautonomiadousuárioeperfiledisponibilidadedosprofissionaisdarede. OutradiferenciaçãoimportanteàequipedoCdRdeMauáéentre serponte e serportade entrada.aideiade ponte aserproblematizadaédeumentrelugaresporondesepassa parachegardeumpontoaoutro,passagemqueapenasfacilitae/oupermiteatravessarum obstáculoparachegaraooutrolado.aindaqueocdrmuitasvezesviabilizeoacessoaoutros serviços de saúde, frequentemente é compreendido como um transporte, ou, apenas uma ponte para o cuidado em outros equipamentos. Nesse sentido, pensamos ser importante afirmar o CdR como um serviço que opera um cuidado no contexto da rua, bem como a 32

33 ReduçãodeDanoscomoestratégiadecuidadoemsi,nãocomocaminhoparaaabstinência, comomuitasvezesévista.entende`sequeocdré portadeentrada,ouseja,nomomento emqueapessoaencontracomaequipenaruaocuidadocomeçouaacontecer,osujeitojá teve visibilidade, passa a ser um usuário do SUS, a equipe passa a acompanhar e se responsabilizarpelasaúdedele,independentementedeserencaminhadoparaoutroserviço. Odesenvolvimentodotrabalho No primeiro mês de trabalho, a equipe centrou esforços em discutir a perspectiva da RD internamente, mapear e caracterizar as cenas de uso (locais onde aspessoasfazemusode drogasnomunicípioeconhecertodaaredesocioassistencial.nasvisitasaosdemaisserviços, foram discutidos temas como a priorização das pessoas em situação de rua pelo grau de vulnerabilidade,aimportânciadaposturaacolhedoraeosentimentodenãopertencimento que esta população vivencia, bem como a perspectiva da RD em todas as clínicas (médica, enfermagem,odontológica,etc.. Aequipetematuadoemaproximadamente20lugaresdacidade,quesãonomeadoscampos. Estarnoterritórioéatuaremumprocessodinâmico,demarcadoporrelaçõeselugaressociais que cada umocupaemdiferentes grupos. O planejamento das intervenções é construído a partir da atenção a cada território com suas peculiaridades, estratégias de cuidado que as pessoasconstroemnarua,laçossociaiscomatoreslocaisefatoresderisco. Quandoaequipecomeçouaconstruirtaiscamposdetrabalhoemterritóriosantesignorados e/oumarginalizados,foinecessáriodesconstruirosimagináriosdecaridadeourepressão,pois as pessoas em situação de rua em Mauá diziam que nunca tinham se deparado com profissionais, contratados pelo Poder Público, que atuavam na perspectiva da garantia de direitos,particularmenteumaequipedesaúdequenãocarregavaosermãodemonizantedas drogas. Nos primeiros contatos, alguns assustaram com a chegada da van dizendo que não deviam nada, outros que não queriam internação e outros ainda chegaram com potes de plásticoperguntandoseeradistribuiçãodesopaecobertores.apósapresentaçãodaequipe, asexpressõesforamdesurpresaegratidãoporseremlembradoscomocidadãosdehistórias, direitoseescolhas. Emcadacampo,observam`seestratégiasdecuidadoqueaspessoasdesenvolvem,como,por exemplo,apermanênciaemgrupocomoformadeproteção,locaisparaalimentaçãoehigiene pessoal, não compartilhamento de insumos, entre outras, todas reconhecidas e potencializadaspelaequipedocdr.damesmaforma,aequipeidentificaefazparceriacom 33

34 atoreslocaisquecontribuemcomocuidado:donodoferrovelhoondeomaterialrecicladoé vendido,trabalhadoresdecomérciospróximos,liderançasnarua,etc.comoexemplodetais parcerias podemos citar desde um copo de água, ajuda financeira para retirada de documentos,telefonemasparaaequipedocdrquandopercebemquealguémnãoestábem, convencer uma gestante a fazer exames de pré natal ou a tratar uma infecção, até relatar situaçõesdeviolênciapolicialouajudaraencontrarafamíliadealguémqueestáinternado. Alguns campossãomarcadosporriscosespecíficos,como,porexemplo,altaincidênciade sífilisondeécomumatrocadeparceirossexuais,nessecaso,aequipedocdrintensificaas conversassobreoassunto,aumentaadistribuiçãodepreservativosefazarticulaçõescomubs doterritórioecomocentrodereferênciaemsaúdedst/aidsparafacilitartestesrápidos. Paraestudar,discutircasos,planejaraçõesnosterritórios,problematizaratendimentosfeitos pelaprópriaequipedocdrouemoutroslocaisdaredeecuidardosofrimento,angústiase frustrações dos profissionais, são realizadas duas reuniões semanais com três horas de duração e presença da equipe completa. Além destas, as equipes (manhã e noite sempre conversamantesdeirparaumcampo(paraplanejarequandoretornam(avaliarepensaros próximospassos. Alémdasreuniõesdeequipe,osprofissionaisdoCdRtêmparticipadodediferentesespaços externosdeformaçãoediscussão.estesespaçosdetrocadeexperiênciasediscussõesteóricas comoutrosprofissionaisquetrabalhamcomreduçãodedanos,têmsidoimportantespara refletirsobreaspráticasequalificarotrabalho,mastambémparalidarcomasinsegurançase angústias de se trabalhar sem prescrição, sem respostas prontas, para sustentar que o sucesso dotrabalhodependedecadacasosingulareseusmovimentosprópriosenãodeum ideal social do que significa ser saudável. Trabalhar com RD coloca uma infinidade de possibilidades, estratégias e práticas, mas a não banalização do termo exige reflexão constante,poisqualquerintervençãodeveserplanejadaapartirdocontexto,doterritório,da singularidadedousuárioesuasrelações,bemcomodosriscosemquestão. A partir da Redução de Danos como postura e perspectiva de atuação, o trabalho do ConsultóriodeRuadeMauátemsidoconstruídoemtrêsgrandeseixosdeatuação: 1. OrientaçõespráticassobreReduçãodeDanos Aequipeescutasobreosdiferentesusosdedrogasqueaspessoasfazemnasruaseorienta sobrepossíveisefeitoseconsequências,modosdeconsumoeriscosdecorrentesdeles.neste trabalho de orientações e compartilhamento das estratégias de RD, a entrega de alguns 34

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