PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU ESTADO DE SÃO PAULO Secretaria Municipal do Bem-Estar Social
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- Fernanda Bernardes Brezinski
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1 Padrão Normativo da Rede de Proteção Social Especial de Média Complexidade Serviço Especializado de Abordagem Social Administração: Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça Secretária do Bem Estar Social: Darlene Martin Tendolo Diretora Depto. Proteção Especial: Maria Cezarina Bras Bittencourt Diretora Div. Proteção Especial: Simone Reis Escoura de Souza Diretora Div. Planejamento e Avaliação: Ana Cristina Camargo Pereira Equipe Responsável pela elaboração: Assistentes Sociais do Departamento de Proteção Social Especial e da Divisão de Planejamento e Avaliação 2016 Av. Alfredo Maia, Q. 01 s/n Vila Falcão CEP
2 1- Nome: Serviço Especializado de Abordagem Social 2- Unidade: Unidade Específica Referenciada ao CREAS. 3- Descrição: A Proteção Social Especial PSE tem por objetivo prestar serviços especializados a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social por violação de direito ou com direitos sociais violados, a exemplo das situações de abandono, negligência e maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, deficiência e situação de dependência, entre outras situações. Estes serviços demandam maior especialização no acompanhamento familiar e maior flexibilidade nas soluções protetivas. Requerem intensa articulação em rede para assegurar efetividade no atendimento às demandas da família e sua inserção em uma rede de proteção necessária para a potencialização das possibilidades de superação da situação vivida, assim como uma gestão mais complexa e articulada com a rede de assistência social, das outras políticas públicas, com o Poder Judiciário, Ministério Público, Conselhos Tutelares e outros órgãos de defesa de direitos e do Sistema de Garantia de Direitos. No contexto de mudanças e de construção de normativas, o enfrentamento ao trabalho infantil, no âmbito do MDS, o PETI, se fortalece como um programa integrante do SUAS na política de Assistência Social, com papel estratégico de assegurar, além da transferência direta de renda às famílias via integração com o Programa Bolsa Família o trabalho social junto às famílias através dos Serviços de Proteção Social Básica e Proteção Social Especial, desenvolvidos de forma articulada entre si. Essa integração de ações inclui a inserção nos serviços1) a inclusão das crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no SCFV; 2) o aprimoramento do processo de identificação das situações de trabalho infantil, nos espaços públicos, por meio do Serviço Especializado em Abordagem Social; 3) a orientação e o acompanhamento das famílias por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) e do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), por referenciamento e contrarreferenciamento dos usuários no Sistema, conforme Av. Alfredo Maia, Q. 01 s/n Vila Falcão CEP
3 especificidades das situações vivenciadas, dentro da perspectiva do trabalho em rede concebido pelo SUAS. Isso reafirma a necessidade de que a PSE e a PSB estejam articuladas e de que fluxos de referência e contrarreferência sejam definidos. A Proteção Social Básica tem um papel fundamental na prevenção do risco e da reincidência da prática de trabalho infantil, pois oferta o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF). Além disso, por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, acolhe, com prioridade, aqueles que foram retirados do trabalho infantil e foram contrarreferenciados a um CRAS. Todos os serviços da PSB, desenvolvidos no território de abrangência do CRAS, em especial os SCFV, devem ser a ele referenciados. Por constituir-se violação de direitos, o trabalho infantil, se insere no âmbito da PSE de média complexidade, que oferta o acompanhamento desta situação através dois serviços que contribuem diretamente para o seu enfrentamento: o PAEFI, ofertado no CREAS, e o Serviço Especializado em Abordagem Social. O Serviço de Abordagem ou equipes técnicas de referência da PSE têm como atribuição, entre outras, identificar o trabalho infantil nos espaços públicos. Na identificação de trabalho precoce, além do mapeamento de sua incidência, o Serviço deve articular-se, imediatamente, com a coordenação ou pessoa de referência do PETI, com o PAEFI ou equipe técnica da PSE, para garantir a inclusão no Programa, o apoio especializado à família, sua inserção nas políticas públicas e, quando necessário, a articulação com o Conselho Tutelar. Esse Serviço deve atentar para as situações de exploração sexual que requerem estratégias específicas e articuladas com vários órgãos do sistema de garantia de direitos, além da inclusão no PETI. A estratégia principal do Serviço de Abordagem para a retirada da criança/adolescente das ruas e do trabalho é a articulação com o PAEFI ou com a pessoa de referência da PSE, para intervenção junto à família. Enquanto não for possível a retirada da criança/adolescente das ruas, a equipe do Serviço continua sua atuação com a criança/adolescente, e o PAEFI ou pessoa de referência da PSE, com a família.o PAEFI deve contribuir para a interrupção e superação de padrões violadores de direitos nas relações familiares e sociais. Av. Alfredo Maia, Q. 01 s/n Vila Falcão CEP
4 Serviço ofertado, de forma continuada e programada, com a finalidade de assegurar trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique, nos territórios, a incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, dentre outras. Deverão ser consideradas praças, entroncamento de estradas, fronteiras, espaços públicos onde se realizam atividades laborais, locais de intensa circulação de pessoas e existência de comércio, terminais de ônibus, e outros. O Serviço deve buscar a resolução de necessidades imediatas e promover a inserção na rede de serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas na perspectiva da garantia dos direitos. A abordagem social não deve ter caráter compulsório, mas ser realizada como um processo para a saída de crianças e adolescentes das ruas. Esse processo conta com o fortalecimento e apoio à família e com o acompanhamento da criança/adolescente para o retorno ao seu ambiente familiar. A proposta de redesenho do PETI resultou da avaliação da nova configuração do trabalho infantil no Brasil, revelada pelo Censo IBGE 2010, e dos avanços estruturais da política de prevenção e erradicação do trabalho infantil. O Redesenho do PETI fortalece o papel de gestão e de articulação da rede de proteção ao prever a realização de Ações Estratégicas para enfrentar o trabalho infantil, as quais são estruturadas em cinco eixos: 1. Informação e mobilização; 2. Identificação; 3. Proteção; 4. Defesa e Responsabilização; e 5. Monitoramento. Essas ações estratégicas a serem desencadeadas sob a responsabilidade do Órgão Gestor, através pessoa de referência do PETI ou equipe técnica da PSE deverão desenvolvidas junto a rede socioassistencial, e em caráter intersetorial com as demais políticas e considerar o mapeamento da realidade local levantada pela equipe do SEAS (Serviço Especializado de Abordagem Social). Av. Alfredo Maia, Q. 01 s/n Vila Falcão CEP
5 4- Usuários: Criança e adolescente que realize qualquer forma de trabalho antes dos 14 anos de idade e que, por sua natureza ou pelas condições em que é realizado, é suscetível de prejudicar a saúde, a segurança ou a moral das crianças, com prioridade para aqueles que a Convenção nº 182 define as piores formas de trabalho infantil e recomenda ação urgente e imediata para sua eliminação: Todas as formas de escravidão ou práticas análogas à escravidão; Venda e tráfico de crianças; A servidão por dívida e a condição de servo; A utilização, o recrutamento ou a oferta de crianças para a prostituição, denominada exploração sexual comercial; A produção de pornografia ou atuações pornográficas; A utilização, o recrutamento ou a oferta de crianças para a realização de atividades ilícitas, em particular a produção e o tráfico de entorpecentes; 5- Objetivos: Construir o processo de saída das ruas e possibilitar condições de acesso à rede de serviços e a benefícios assistenciais; Identificar crianças e adolescentes com direitos violados, a natureza das violações, as condições em que vivem, estratégias de sobrevivência, procedências, aspirações, desejos e relações estabelecidas com as instituições; Promover ações de sensibilização para divulgação do trabalho realizado, direitos e necessidades de inclusão social e estabelecimento de parcerias; Promover ações para a reinserção familiar e comunitária. Realizar ações interventivas com crianças e adolescente nos espaços públicos, com vistas à proteção a situações de risco vivenciadas; Realizar atividades lúdicas e pedagógicas nas ruas; Vigiar a reincidência das situações de trabalho infantil, exploração sexual, uso de drogas e situação de rua de crianças e adolescentes; 6- Meta: Referenciada ao financiamento Av. Alfredo Maia, Q. 01 s/n Vila Falcão CEP
6 7- Período de Funcionamento: De segunda a sexta no período da 9h às 17 horas, aos sábados das 9h às 13h. Aos domingos, feriados e períodos noturnos e em especial nas férias escolares conforme demanda apresentada. 8- Formas de acesso: Os usuários serão identificados através do Serviço Especializado de Abordagem Social, Conselho Tutelar, CREAS/ PAEFI e denúncias do público em geral. 9- Operacionalização: O Serviço Especializado em Abordagem Social, por meio do trabalho social desenvolvido nos territórios, pode identificar a incidência de trabalho infantil em espaços públicos, situações nas quais deverá comunicar à pessoa de referência da PSE responsável pelo PETI e fazer os devidos encaminhamentos para o PAEFI para início do acompanhamento da família. Ressalte-se que, quando identificadas as situações de trabalho infantil, o PAEFI procederá ao acompanhamento familiar por no mínimo 3 meses,com vistas a contribuir para a imediata retirada de crianças e adolescentes do trabalho, para o cumprimento das condicionalidades de frequência ao SCFV, à escola, e para a saúde, proporcionando orientação e acompanhamento da família. Após intervenção do PAEFI, a família deve ser encaminhada ao CRAS para o devido acompanhamento no território pelo PAIF. Proteção Social Básica tem um papel fundamental na prevenção do risco e da reincidência da prática de trabalho infantil, pois oferta o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF). Além disso, por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, acolhe, com prioridade, aqueles que foram retirados do trabalho infantil e foram contrarreferenciados a um CRAS. Isso reafirma a necessidade de que a PSE e a PSB estejam articuladas e de que fluxos de referência e contrarreferência sejam definidos. A equipe do Serviço de Abordagem realizará a abordagem social junto a crianças e adolescentes no espaço da rua, em situação de trabalho infantil, exploração sexual, mendicância, dentre outros condicionantes que levam à exposição e possível situação de risco. Av. Alfredo Maia, Q. 01 s/n Vila Falcão CEP
7 A abordagem terá como objetivo a identificação da criança e/ou adolescente e sua família, o estabelecimento de vínculos, desenvolvimento de atividades recreativas, lúdicas e coletivas, visando à ruptura com a situação de risco anteriormente identificada. Todas as abordagens serão pautadas no respeito a crianças e adolescentes como sujeitos em desenvolvimento, pertencentes a uma família que possui sua organização interna dentro de um universo simbólico e real. A equipe será responsável em encaminhar ao técnico de referência as ocorrências e notificações das situações de risco, para posterior atendimento a família e inclusão no PAEFI. O atendimento a família consiste em acompanhamento sistemático, por meio dos instrumentais técnicos e operativos, bem como a articulação com o Sistema de Garantia de Direitos e a rede de proteção socioassistencial do município. As intervenções devem ser realizadas priorizando as praças, espaços públicos, locais de intensa circulação de pessoas e existência de comércio, terminal de ônibus, outros Trabalho Social Essencial ao Serviço: Considerando a especificidade do Serviço o trabalho deve ser pautado nas seguintes diretrizes, Proteção social proativa; conhecimento do território; informação, comunicação e defesa de direitos; escuta; orientação e encaminhamentos sobre/para a rede de serviços locais com resolutividade; articulação da rede de serviços socioassistenciais; articulação com os serviços de políticas públicas setoriais; articulação interinstitucional com os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos Articulação Intersetorial do PETI no Enfrentamento ao Trabalho Infantil: Além da sinergia de esforços com o Programa Bolsa Família, o PETI necessita de ampla articulação intersetorial, ou seja, uma ação coletiva, compartilhada e integrada com diversas políticas públicas especialmente com as políticas de educação, saúde, esporte, cultura, agricultura, trabalho, direitos humanos, entre outras e órgãos de defesa de direitos Ministério Público, Conselhos Tutelares, entre outros, tendo como horizonte a garantia do atendimento e a integralidade dos direitos de crianças e adolescentes em situação de trabalho e suas famílias. Av. Alfredo Maia, Q. 01 s/n Vila Falcão CEP
8 Conselho de Assistência Social e o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, no acompanhamento das iniciativas e compromissos assumidos Aquisições dos usuários: Segurança de Acolhida - Ser acolhido nos serviços em condições de dignidade; - Ter reparados ou minimizados os danos por vivências de violência e abusos; - Ter sua identidade, integridade e história de vidas preservadas; - Ter assegurado o convívio familiar, comunitário e/ou social; - Ter acesso a serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas setoriais, conforme necessidades. Segurança de convívio ou vivência familiar, comunitária e social. - Ter assegurado o convívio familiar, comunitário e/ou social; - Ter acesso a serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas setoriais, conforme necessidades. 10. Impacto Social Esperado: Indicadores Redução das violações dos direitos socioassistenciais, seus agravamentos ou reincidência; Proteção social a famílias e indivíduos; Identificação de situações de violação de direitos; Redução do número de pessoas em situação de rua; Instrumentais Relatórios Encaminhamentos Entrevista Observação Diálogo 11- Provisões: Ambiente Físico: Espaço institucional destinado a atividades administrativas, de planejamento e reuniões de equipe. Av. Alfredo Maia, Q. 01 s/n Vila Falcão CEP
9 Recursos Materiais: Materiais permanentes e de consumo necessários para a realização do serviço, tais como: telefone móvel e transporte para uso pela equipe e pelos usuários. Materiais pedagógicos para desenvolvimento de atividades lúdicas e educativas. 12- Equipe de Referência Qde Equipe Formação C/ H semanal 01 Assistente Social Superior 30 h 01 Psicólogo Superior 40 h 02 Educadores Sociais Médio 40 h Referências Bibliográficas BRASIL, Lei Orgânica da Assistência Social: Loas, Brasília, DF: Ministério da Previdência e Assistência Social, BRASIL, Política Nacional de Assistência Social, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, novembro de BRASIL, Norma Operacional Básica, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, julho de BRASIL, RESOLUÇÃO Nº 269, DE 13 DE DEZEMBRO DE DOU 26/12/2006 NOB RH BRASIL, RESOLUÇÃO Nº 109, DE 11 DE NOVEMBRO DE Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social - CIT, RESOLUÇÂO Nº 5, DE 12 DE ABRIL DE BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social. Orientações Técnicas Gestão Técnica do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil no SUAS,2010. Av. Alfredo Maia, Q. 01 s/n Vila Falcão CEP
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