GUARACI DE CAMPOS VIANNA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO CUMULADA COM ALIENAÇÃO JUDICIAL. BEM IMÓVEL ADQUIRIDO POR INVENTÁRIO

Transcrição

1 Décima Nona Câmara Cível Apelação Cível nº Apelante: Carlos Alberto Fonseca Apelado: Maria Elizabeth Fonseca Desembargador Relator: GUARACI DE CAMPOS VIANNA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO CUMULADA COM ALIENAÇÃO JUDICIAL. BEM IMÓVEL ADQUIRIDO POR INVENTÁRIO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA AFASTADA. DIREITO DE SAISINE. POSSE E DOMÍNIO DA HERANÇA QUE SÃO TRANSMITIDOS OPI LEGIS AOS HERDEIROS LEGÍTIMOS E TESTAMENTÁRIOS DESDE A ABERTURA DA SUCESSÃO, INDEPENDENTEMENTE DE ABERTURA DE INVENTÁRIO. ART DO CÓDIGO CIVIL. AUTORA QUE PROVA A PROPRIEDADE DO BEM ATRAVÉS DA PARTILHA HOMOLOGADA JUDICIALMENTE. É LÍCITO AO CONDÔMINO EXIGIR A ALIENAÇÃO JUDICIAL DO BEM COMUM INDIVISÍVEL. VALOR, OBTIDO COM A VENDA DO IMÓVEL QUE SERÁ DIVIDIDO, RESPEITANDO-SE O QUINHÃO DE CADA HERDEIRO, NA FORMA DO ART DO CÓDIGO CIVIL. PRECEDENTES DESTA CORTE. PRETENSÃO RECONVENCIONAL QUE NÃO POSSUI CONEXÃO COM A AÇÃO PRINCIPAL. INTELIGÊNCIA DO ART. 315 DO CPC. PEDIDO RECONVENCIONAL DE ARBITRAMENTO DE COMPENSAÇÃO DE DESPESAS RELATIVAS À IMÓVEL DISTINTO DO OBJETO DA AÇÃO PRINCIPAL. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. DESPROVIMENTO DO APELO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível n.º , em que é apelante Carlos Alberto Fonseca e apelado Maria Elizabeth Fonseca;

2 ACORDAM os Desembargadores que integram a 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por unanimidade, em negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Desembargador Relator. Rio de Janeiro, 09 de julho de GUARACI DE CAMPOS DE VIANNA DESEMBARGADOR RELATOR VOTO Trata-se de ação de extinção de condomínio cumulada com alienação judicial proposta por MARIA ELIZABETH FONSECA em face de CARLOS ALBERTO FONSECA. Alega a autora ser irmã do réu, sendo ambos herdeiros dos bens deixados pela mãe, Antônia Machado Fonseca, consoante inventário e formal de partilha expedido. Aduz que, no referido formal, consta o apartamento 301, situado na Rua Uruguai, número 293, Freguesia do Engenho Velho, nesta cidade, do

3 qual são coproprietários, na proporção de cinquenta por cento. Acresce que o réu, não obstante morar no referido imóvel, não vem adimplindo sua obrigação de pagar os alugueres devidos, na proporção de sua cota, razão pela qual, em face da indivisibilidade do bem e a impossibilidade de acordo entre as partes, pleiteia a extinção do condomínio. Requer seja deferida a alienação judicial do imóvel, com a consequente declaração de extinção de condomínio. A inicial foi instruída com os documentos de fls. 05/23. Contestação do réu às fls. 43/45 em que argui o réu, preliminarmente, a ilegitimidade ativa, porquanto o alegado condomínio não existe, não constando de qualquer documento acostado aos autos a averbação do formal de partilha no Registro de Imóveis, tendo a autora se recusado a custear as despesas referentes à parte que lhe cabia, acrescendo que o imóvel em discussão ainda pertence ao Espólio de Antônia Machado Fonseca. No mérito, aduz que reside no bem, tendo a autora lhe exigido o pagamento de alugueres, na proporção de cinquenta por cento, o que não reputa legítimo, considerando que nunca se opôs ao uso do bem pela autora. Requer a improcedência dos pedidos. Reconvenção da parte ré às fls. 46/47 aduzindo que, com o falecimento de sua genitora, foi aberto o inventário, no qual constavam dois bens, quais sejam, o imóvel objeto deste litígio e outro imóvel situado em Araruama. Sustenta que, durante a tramitação do inventário, assumiu, sozinho, todas as despesas do imóvel localizado em Araruama, razão pela qual faz jus ao pagamento do valor de R$ ,35, para que seja ressarcido das referidas despesas.

4 À fl. 224, decisão que deferiu ao réu gratuidade de justiça e determinou às partes que esclarecessem quanto ao registro imobiliário do formal de partilha. Petitório da autora à fl. 225, na qual informa que o formal de partilha encontra-se em posse do réu, que se nega a entregá-lo, a fim de que seja feito o devido registro do imóvel. No mesmo sentido, a autora apresentou réplica de fls. 231/244 suscitando que nos termos do formal de partilha, que se encontra de posse do Réu, homologado pelo Juízo da 6ª Vara de Órfãos e Sucessões desta Comarca, o imóvel objeto desta lide está em condomínio, na proporção de 50%, para cada herdeiro. Acresce que, após o falecimento de sua genitora, permitiu que o Réu residisse no bem, mediante o pagamento, mensal, de aluguel, no valor de R$ 350,00, estando o Réu inadimplente desde julho/2010. Resposta à reconvenção às fls. 244/249 que a parte autora afirma que arcou com a metade das despesas do imóvel situado em Araruama, tanto que, após o bem ser vendido, o réu recebeu apenas 50% do preço. Requer a improcedência dos pedidos. Nova petição do réu à fl. 250, reiterando que a autora não ostenta a condição de proprietária do bem, acrescentando que não procedeu ao registro do formal de partilha referente ao imóvel em tela, ante a recusa da autora em contribuir com as despesas relativas à sua cota

5 parte. Alega que devolveu o formal de partilha à autora, logo após a venda do imóvel situado em Araruama. A sentença de fls. 256/258, afastou a preliminar de ilegitimidade ativa, julgou procedente o pedido autoral, extinguindo o feito, com resolução de mérito, nos termos do art. 269, I, do CPC, para determinar a extinção do condomínio existente sobre o imóvel constituído pela unidade 301, situado na Rua Uruguai, nº 293, Freguesia do Engelho Velho - Rio de Janeiro/RJ, ordenando a sua alienação, por hasta pública, na forma legal, precedida esta da devida avaliação do bem. Indeferiu a reconvenção por ausência dos seus pressupostos legais, à luz dos artigos 282 e 315 do CPC. Condenou o réu ao pagamento das custas processuais e de honorários advocatícios, que fixou em 10% do valor da causa, observado o disposto no art. 12 da Lei 1.060/50, em função da gratuidade de justiça deferida. Apelou o réu às fls. 259/267 pugnando pela reforma da sentença com o acolhimento da preliminar de ilegitimidade ativa, ante a ausência de título de propriedade em nome da autora. Igualmente, requer a procedência de seu pleito reconvencional. Reitera os argumentos anteriormente suscitados. Contrarrazões pela parte autora às fls. 270/271, pelo desprovimento do recurso. É a síntese do necessário. Passo ao voto.

6 Inicialmente, não há que se falar em ilegitimidade ativa da parte autora ante a ausência de título de propriedade em seu nome devidamente registrado. Com efeito, deve ser observado na hipótese o princípio da SAISINE, segundo o qual se considera aberta a sucessão e transmitido, desde logo, a posse e a propriedade de todos os bens do de cujus para os seus herdeiros, tão logo ocorra o evento morte, mesmo que esses herdeiros ainda não saibam dela. Portanto, é ela (a SAISINE), quem determina o momento da transmissão da herança aos herdeiros. Nesse contexto, destaque-se: APELACAO DES. CLAUDIO BRANDAO - Julgamento: 19/03/ DECIMA NONA CAMARA CIVEL Apelação Cível. Direito Civil. Ação de Reintegração de Posse. Autora originária que morava na casa dos fundos do terreno. Réu que passou a residir na casa da frente que estava desocupada. Alega à parte autora a ocorrência de esbulho possessório e pretende ser reintegrada na integralidade do imóvel. As partes envolvidas na lide são sucessores do proprietário do bem e com o seu falecimento, pelo princípio da saisine, quando da abertura da sucessão, se deu a transferência aos herdeiros da posse e da propriedade dos bens da herança. Constata-se que o apelado é o inventariante do espólio dos bens de seu avô, portanto a administração deste fica sob sua responsabilidade, além do que os demais herdeiros deram a necessária autorização para o réu habitar na casa em questão. Esbulho que não se configura. Sentença de improcedência que se mantém. Recurso a que se nega provimento.

7 APELACAO DES. WAGNER CINELLI - Julgamento: 29/01/ DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL Apelação cível. Medida cautelar de produção antecipada de prova. Pretensão de reconhecimento da propriedade das benfeitorias realizadas pela parte autora. Sentença de procedência. Agravo retido contra decisão que afastou a arguição de ilegitimidade do espólio agravante/recorrente. Direito de saisine. Posse e domínio da herança que são transmitidos opi legis aos herdeiros legítimos e testamentários desde a abertura da sucessão, independentemente de abertura de inventário. Art do Código Civil. Existência de co-propriedade entre os herdeiros que não obsta à legitimidade passiva do espólio recorrente. Imóvel que integra o acervo hereditário. Sentença mantida. Recurso a que se nega seguimento, na forma do art. 557, caput, do CPC APELACAO DES. MARCOS ALCINO A TORRES - Julgamento: 27/06/ DECIMA NONA CAMARA CIVEL Apelação. Ação de usucapião ajuizada por todos os herdeiros necessários do casal que, junto à matrícula do imóvel no cartório de registros, consta como proprietários seu. Manifesta ausência de interesse de agir. A propriedade e posse do bem já se transmitiu aos autores, pelo direito de saisine, no momento mesmo em que aberta a sucessão. A ação de usucapião não é substitutiva do inventário e partilha. Desnecessidade de menção, na sentença, do dispositivo do art. 12 da Lei nº 1.060/50, cuja aplicação é automática, quando vencido o beneficiário da gratuidade de justiça (Súmula nº 107 da Corte). Seguimento denegado. No que concerne ao mérito da demanda, a sentença também não merece qualquer retoque, porquanto o direito do autor à extinção do condomínio, com alienação do imóvel, é expresso no artigo 1.117, I, do CPC e do CC, in verbis:

8 Art Também serão alienados em leilão, procedendo-se como nos artigos antecedentes: I - o imóvel que, na partilha, não couber no quinhão de um só herdeiro ou não admitir divisão cômoda, salvo se adjudicando a um ou mais herdeiros acordes; Art Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior. Note-se que, quanto ao acervo probatório acerca do condomínio entre as partes, tal deflui do documento de fls. 12/14, que advém de partilha homologada em sede de inventário, o que sequer é refutado pela recorrente, razão pela qual comprovado o direito autoral quanto à extinção do condomínio e ao seu quinhão, após a alienação do imóvel, na forma dos dispositivos legais acima colacionados. Nesse sentido: APELACAO DES. MARILIA DE CASTRO NEVES - Julgamento: 01/08/ VIGESIMA CAMARA CIVEL CIVIL. EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO. ALIENAÇÃO JUDICIAL DE COISA COMUM. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. Com a morte do autor da herança a posse e a propriedade dos bens que a compõem transmite-se aos herdeiros de forma automática, por força da lei e por isso, a partir do momento da morte os herdeiros já são possuidores e proprietários dos bens que compõem o acervo hereditário (art , do CC/02), estabelecendo-se, portanto, um condomínio indiviso entre os herdeiros em relação ao domínio e a posse dos bens transmitidos. CC/02, art Imóvel havido pelos

9 herdeiros do promitente comprador e pretensão de dissolução de sociedade. Procedimento de jurisdição voluntária. Imóvel que ficou em Condomínio. Tratando-se de bem indivisível e não havendo acordo entre os consortes deve a coisa ser vendida e repartido o valor apurado na alienação em prestigio à divisão da coisa comum. Provimento do recurso para julgamento de procedência do pedido, com inversão da sucumbência. Unânime APELACAO DES. CLAUDIA PIRES - Julgamento: 07/03/ NONA CAMARA CIVEL APELAÇÕES CÍVEIS. ALIENAÇÃO JUDICIAL. EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO. IMÓVEL ADQUIRIDO POR HERANÇA. BEM INDIVISÍVEL. INEXISTÊNCIA DE CONSENSO QUANTO À VENDA. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA, DETERMINANDO A ALIENAÇÃO COM BASE NA AVALIAÇÃO JUDICIAL DO BEM. É LÍCITO AO CONDÔMINO EXIGIR A ALIENAÇÃO JUDICIAL DO BEM COMUM INDIVISÍVEL. PARCIAL PROVIMENTO DO 1º APELO PARA QUE O VALOR, OBTIDO COM A VENDA DO IMÓVEL, SEJA DIVIDIDO, RESPEITANDO-SE O QUINHÃO DE CADA HERDEIRO, NA FORMA DO ART DO CÓDIGO CIVIL. PRECEDENTES DESTA CORTE. NEGATIVA DE SEGUIMENTO DO SEGUNDO RECURSO. IMPOSSIBILIDADE DE SE INOVAR EM SEDE RECURSAL. VIOLÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. ART. 557 DO CPC. Processo : APELACAO DES. ROBERTO DE ABREU E SILVA - Julgamento: 08/05/ NONA CAMARA CIVEL EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO. DIREITO POTESTATIVO. BEM IMÓVEL. ALIENAÇÃO DO IMÓVEL APÓS A CITAÇÃO. RECONHECIMENTO DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA.O imóvel foi adquirido pelas partes por sucessão causa mortis, permanecendo o bem em condomínio e sob o

10 uso exclusivo do 2 réu. Certo é que o coproprietário possui o direito potestativo de promover a extinção do condomínio, alienando o bem comum ex vi art do Código Civil.Infere-se dos autos que a aquisição do imóvel objeto da lide se deu em com a ultimação do inventário, sendo o imóvel efetivamente alienado em data da prenotação do negócio jurídico no Serviço Registral.Cinge-se a controvérsia sobre a necessidade de ajuizamento desta ação uma vez que as partes estavam de acordo com a alienação do bem.aduzem os autores que a venda do imóvel só ocorreu após o ajuizamento desta demanda.a ação foi ajuizada em , havendo antes desta data, apenas tratativas para a venda do imóvel, através da corretora contratada pelos réus. O inventário ultimouse em e somente 3 anos após, o imóvel foi colocado à venda. Certo é que a existência do um possível comprador, não necessariamente significa que a venda do imóvel se concretizaria. Assim sendo, afigura-se legítimo o pleito dos autores.ressalte-se que conquanto a r.sentença tenha corretamente julgado procedente o pedido determinando a alienação judicial do imóvel, em sede recursal, foi noticiada a venda do imóvel. Tendo em vista que a venda se ultimou após a citação dos réus, houve verdadeiro reconhecimento da procedência do pedido (art.269, II, do CPC). DESPROVIMENTO DO RECURSO. No mais, no que tange ao pleito reconvencional igualmente não assiste razão ao apelante. O réu pretende postular, nos mesmos autos, a cobrança do valor correspondente a compensação pelas despesas comuns aos herdeiros custeadas somente pelo réu, relativas à bem imóvel distinto, contudo, integrante de acervo hereditário comum transmitido a ambos os litigantes.

11 No caso, tendo em mira que a reconvenção somente pode ser apresentada nas hipóteses que seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa (art. 315 do CPC), cuja conexidade implica em similitude de causas de pedir. Dessa forma, tenho que o inconformismo do recorrente não pode prosperar. Isso porque a reconvenção tem por objeto causa de pedir distinta, bem imóvel absolutamente diverso, cujo valor, por óbvio, também será desigual em relação àquele a ser arbitrado na presente demanda. Ainda que em última análise se pretenda, em último grau, a compensação, fato é que não se revela adequado o processamento conjunto da ação principal e da reconvenção ante a existência de óbice claro na ausência de conexão das ações, pois, como visto, a demanda reconvencional versa sobre imóvel distinto do objeto da ação principal. cobrado em via própria. Assim, eventual débito da autora perante o réu deverá ser Corroborando tal entendimento, colacionam-se ementários da jurisprudência deste Tribunal de Justiça, in verbis: AGRAVO DE INSTRUMENTO DES. MYRIAM MEDEIROS - Julgamento: 28/11/ DECIMA PRIMEIRA CAMARA CIVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECONVENÇÃO. REJEIÇÃO LIMINAR. PRETENSÃO RECONVENCIONAL QUE NÃO

12 POSSUI CONEXÃO COM A AÇÃO PRINCIPAL OU COM O FUNDAMENTO DA DEFESA. INTELIGÊNCIA DO ART. 315 DO CPC. PEDIDO RECONVENCIONAL DE ARBITRAMENTO E COBRANÇA DE ALUGUEIS DE IMÓVEL DISTINTO DO OBJETO DA AÇÃO PRINCIPAL. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO, NA FORMA DO ART. 557, CAPUT, DO CPC APELACAO DES. CARLOS SANTOS DE OLIVEIRA - Julgamento: 16/10/ NONA CAMARA CIVEL AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ÁREA DE USO COMUM. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO EXCLUSIVA POR CONDÔMINO NO CASO CONCRETO. RECONVENÇÃO. DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE CONEXÃO COM A AÇÃO PRINCIPAL OU OS FUNDAMENTOS DA DEFESA. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA 1No caso restou demonstrado que a área objeto da lide é de uso comum do condomínio. Assim, ausente comprovação de que há previsão na Convenção autorizando o uso exclusivo por condômino, não pode a autora apoderar-se da área para erigir edificação ou o réu para estacionar com exclusividade seu automóvel. Ausência de boa-fé que não autoriza, na hipótese, a continuidade do uso exclusivo pelo decurso do tempo. 2- Pleito reconvencional de compensação por danos morais. Alegação de agressão verbal e física. Ausência de conexão com a ação principal. Art. 315 do Código de Processo Civil. Causa de pedir e objeto diversos. Inexistência de liame com os fundamentos da defesa. - DECISÃO MONOCRÁTICA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO RECURSO. Destarte, correta a sentença que julgou procedente o pleito autoral e improcedente o pedido reconvencional.

13 recurso de apelação. Face exposto, vota-se no sentido de negar provimento ao Rio de Janeiro, 09 de julho de GUARACI DE CAMPOS VIANNA DESEMBARGADOR RELATOR