AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES ATA DA 157ª REUNIÃO DO CONSELHO CONSULTIVO REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA

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1 AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES ATA DA 157ª REUNIÃO DO CONSELHO CONSULTIVO REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA Aos quinze dias do mês de dezembro do ano dois mil e onze, às nove horas, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações Anatel, em Brasília, realizou-se a centésima quinquagésima sétima Reunião do Conselho Consultivo da Anatel (Reunião Extraordinária), com a presença do Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena, e dos membros Alfredo Horácio Ferrari Martin, Bernardo Felipe Estellita Lins, Eduardo Levy Cardoso Moreira, Fábio Luis Mendes, Leonardo Roscoe Bessa, Marcello Miranda Sampaio Corrêa e Virgínia Malheiros Galvez. Justificaram a ausência à reunião os membros Fernando Cesar de Moreira Mesquita, James Marlon Azevedo Görgen e Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer. Além dos membros do Conselho Consultivo, estavam presentes na reunião a Gerente de Regulamentação e Planejamento Tecno-Econômico, Ângela Beatriz Cardoso de Oliveira Catarcione, a Gerente de Defesa da Competição, Elaine Valente Aragão Maia, o Gerente Operacional de Gestão e Acompanhamento da Concentração Econômica, Leonardo Monteiro de Souza Tostes, o representante da Ancine, Edney Christian Thome Sanchez, os representantes do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra de Oliveira e Miriam Wimmer, o Diretor-Geral da Associação Brasileira de Empresas de Radiodifusão e Televisão, Luis Roberto Antonik, o representante do Instituto Brasileiro de Pesquisas Aplicadas, Rodrigo Abdalla Filgueiras de Sousa, o Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, Alexandre Annenberg, os representantes do SindiTelebrasil, Francisco Carlos Monteiro Filho, e a servidora da Secretaria do Conselho Consultivo, Fabiana Dias Sampaio. O Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena deu abertura à reunião e apresentou a seguinte pauta: 1) Abertura pelo Presidente do Conselho Consultivo; 2) Lei n.º /2011 SeAC TV por assinatura Compartilhamento de Infraestrutura. Convidados; 3) Outros assuntos. Registrou que, no ano de dois mil e onze, foram realizadas reuniões bastante produtivas e agradeceu aos Conselheiros pela assiduidade e comprometimento. Em seguida, passou a palavra ao Conselheiro Marcello Miranda Sampaio Corrêa, o qual cumprimentou a todos e informou que Praça do Conhecimento é um projeto da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro que será inaugurado no dia vinte e três de dezembro em uma comunidade da cidade. Acrescentou que esse projeto dispõe de um cinema, de laboratórios com acesso à internet e de um espaço de capacitação para webdesign, design gráfico, foto e vídeo. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena parabenizou o Conselheiro Marcello Miranda Sampaio pela iniciativa desse projeto e observou que o objetivo desta reunião era aprofundar o Regulamento do Serviço de Acesso Condicionado de TV por Assinatura e iniciar uma discussão sobre o compartilhamento de infraestrutura. Comunicou que cada convidado teria dez minutos para o uso da palavra, podendo ser interpelado por até dois Conselheiros. Logo após, concedeu a palavra à Gerente de Regulamentação e Planejamento Tecno-Econômico, Ângela Beatriz Cardoso de Oliveira Catarcione, a qual saudou a todos e

2 informou que faria uma breve exposição acerca da proposta de Regulamento do SeAC a ser deliberada pelo Conselho Diretor. Destacou que a Lei n.º , de 12 de setembro de 2011, estabeleceu o prazo de cento e oitenta dias para que a Anatel editasse o Regulamento do SeAC. Enfatizou que esse prazo expiraria no dia 9 de março de 2012, que a Superintendência de Serviços de Comunicação de Massa encaminhou a proposta de Regulamento para o Conselho Diretor no dia dezesseis de novembro e que o Conselheiro Marcelo Bechara foi sorteado como relator no dia vinte e dois de novembro. Acrescentou que, na última reunião do Conselho Diretor, houve um pedido de vista da Conselheira Emília Ribeiro e que o tema foi pautado para a reunião que ocorre nesta data. Frisou que a proposta de Regulamento do SeAC está estruturada em cento e um artigos, cinco títulos e dois anexos, dispondo sobre o serviço, suas definições, a forma de autorização, a fiscalização, direitos e deveres dos usuários e das empresas. Realçou que a proposta de Regulamento trata sobre o compartilhamento do canal universitário, a transição dos atuais prestadores de serviço para o SeAC e a atualização da regulamentação vigente. Salientou que o SeAC é um serviço de interesse coletivo prestado sob regime privado que tem como característica a recepção condicionada à contratação remunerada por assinantes e destinada à distribuição de conteúdos audiovisuais na forma de canais de modalidade avulsa, de conteúdos de programação e de canais obrigatórios, por meio de quaisquer tecnologias. Comentou que esse serviço é ofertado ao usuário por meio da contratação dos pacotes e da distribuição de canal de programação. Acrescentou que os sinais são codificados e a oferta é diversificada pelos planos de serviços. Ressaltou que a Lei n.º 9.472/97 prevê o direito de uso de redes ou de elementos de rede de outras prestadoras de serviços de telecomunicações de interesse coletivo de forma não onerosa e não discriminatória. Destacou que a Resolução n.º 274/2001 da Anatel trata sobre o compartilhamento de uma forma global e é aplicável ao serviço de acesso condicionado. Enfatizou que existem duas resoluções conjuntas entre a MPA e a Anatel que tratam sobre o compartilhamento de infraestrutura. Informou que está sob análise do Conselho Diretor a proposta de determinação de uma fórmula de preços a ser utilizada na resolução de conflitos. Salientou que a Lei n.º /2011, que alterou a redação do art. 86 da Lei n.º 9.472/1997, dispõe que as concessionárias poderão prestar outros serviços de telecomunicações além do STFC e estabelece que os critérios e condições para a prestação de outros serviços devem obedecer a alguns princípios. Acrescentou que um desses princípios é o da garantia dos interesses dos usuários, nos mecanismos de revisão e reajuste de tarifas, mediante o compartilhamento dos ganhos econômicos advindos de racionalização decorrente da prestação de outros serviços. Apontou que esse aspecto deverá ser tratado pela Superintendência de Serviços Públicos, que tem a competência para tratar sobre concessões. Elencou também como princípios a atuação do poder público para propiciar a livre, ampla e justa competição, reprimidas as infrações da ordem econômica, e a existência de mecanismos que assegurem o adequado controle público no que tange aos bens reversíveis. Ressaltou que a concessionária de STFC poderá solicitar a qualquer tempo a adequação do seu contrato para a prestação do serviço. Destacou que a área de prestação do SeAC foi delimitada como nacional e que o interessado deverá indicar, quando da apresentação do seu projeto básico, as áreas de abrangência de cada estação que prestará o serviço. Frisou que a autorização ocorre de forma onerosa e é condicionada à não detenção de outorgas de DTH, TV a cabo, MMDS e TVA. Esclareceu que o requerimento de prestação do serviço é acompanhado de projeto básico e que a Anatel verificará o atendimento das condições objetivas e subjetivas para a obtenção da outorga. Expôs que, com base na Lei n.º 9.472/97, a transferência de outorga só pode acontecer após três anos do efetivo início da operação do serviço mediante anuência prévia. Acrescentou que, posteriormente, serão observados limites de participação no capital votante estabelecidos pela Lei n.º /2011. Realçou que a referida Lei dispôs que as radiodifusoras, produtoras e

3 programadoras com sede no Brasil não podem deter mais que cinquenta por cento do capital votante das prestadoras de telecomunicações. Salientou que as prestadoras do serviço de telecomunicações não podem deter mais que trinta por cento do capital votante das radiodifusoras, produtoras e programadoras com sede no Brasil. Destacou que, no que tange aos canais de programação de distribuição obrigatória, a Lei nº /2011 dispôs que haverá onze geradoras locais que transmitirão em tecnologia analógica. Enfatizou que o prazo de implementação da tecnologia digital é até junho de dois mil e seis e que haverá um canal para a Câmara dos Deputados, para o Senado Federal, para o Supremo Tribunal Federal, para a TV Pública, e para o Poder Executivo. Acrescentou que também haverá um canal educativo cultural, um canal comunitário, um canal legislativo municipal e estadual e um canal universitário. Asseverou que a prestadora deverá disponibilizar um canal de programação em cada área de abrangência e prover atendimento a cada uma de suas estações. Ressaltou que a programação desses canais, quando a área de abrangência for de âmbito regional ou nacional, deverá ficar sob a responsabilidade de um único representante do setor envolvido. Comentou que se espera que surjam entidades que mantenham um relacionamento com as distribuidoras de serviço de televisão por assinatura. Afirmou que a lei permite a dispensa de distribuição de canais e que a Anatel entende que todos eles são obrigatórios e avaliará, na abrangência de cada estação, se existem problemas técnicos que possam inviabilizar a transmissão. Explicou que a Agência definirá os canais de distribuição obrigatória que deverão ser distribuídos pela prestadora em cada uma de suas estações por meio de ato específico. Salientou que as estações de âmbito municipal deverão distribuir todos os canais de programação de distribuição obrigatória, salvo motivo relevante. Informou que a análise dos testes técnicos relacionados a cada tecnologia ou conjunto de tecnologias empregadas na prestação do serviço será feita por estação. Expôs que a lei prevê que a geradora local poderá transmitir por meio da tecnologia digital de forma isonômica e não discriminatória nas condições comerciais pactuadas entre as partes. Acrescentou que, caso não seja alcançado um acordo, as partes poderão solicitar a ação da Anatel para dirimir dúvidas ou solucionar os conflitos. Destacou que a geradora local e a prestadora deverão informar à Anatel, nos termos das negociações, os motivos de o acordo não ter sido efetivado e outras informações consideradas relevantes pela Agência. Enfatizou que a distribuição poderá ser determinada cautelarmente e que as prestadoras atuais de TV a cabo, de MMDS e de televisão por assinatura poderão solicitar à Anatel a adaptação de suas respectivas outorgas para os termos de autorização imediatamente após a publicação do regulamento. Ressaltou que serão assegurados os direitos do uso da radiofrequência pelos prazos remanescentes e que a decisão deverá ocorrer em noventa dias, prazo esse que poderá ser suspenso pela Anatel. Frisou que a adaptação de todas as outorgas do grupo à nova outorga do SeAC aplica-se a todo o território nacional e que as empresas terão dezoito meses para solucionar as questões de sobreposições de outorgas. Esclareceu que alterações societárias e de controle, transferências de outorgas ou novas outorgas somente serão permitidas pela Anatel após a adaptação dos termos para o SeAC. Observou que as prestadoras que optarem pela não adaptação terão os seus serviços regidos pelos respectivos instrumentos de outorga do serviço e da radiofrequência. Realçou que os atuais prestadores de serviços serão regidos pelo Regulamento do SeAC, o qual substituirá os regulamentos atuais, sendo preservadas, no entanto, algumas características específicas de alguns regulamentos no que se refere à televisão por assinatura. Relatou que as prestadoras, ainda que não façam a adaptação, ficarão sujeitas aos condicionamentos sobre programação e empacotamento dispostos na lei. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena franqueou a palavra ao Conselheiro Bernardo Felipe Estellita Lins, o qual perguntou se a Anatel concederá autorizações pela área de prestação ou pela área de atendimento. Indagou também se a cobrança de taxas levará em conta a área de

4 prestação ou a área de atendimento. Acrescentou que gostaria de entender se os custos para um pequeno provedor que deseja atender uma pequena área são os mesmos para um grande provedor que pretende atender por meio de satélite. Questionou se a Anatel irá restringir ou elevar o número de autorizações por localidade. Perguntou se a Agência irá avançar no tema relativo à transição da tecnologia analógica para a digital. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena passou a palavra para a Gerente de Regulamentação e Planejamento Tecno- Econômico, Ângela Beatriz Cardoso de Oliveira Catarcione, a qual destacou que a abertura do mercado e a ampliação da competição e da oferta do serviço são princípios fundamentais para o regulamento do SeAC. Comentou que, por isso, foram definidas áreas de prestação com uma área nacional. Realçou que a empresa deve comparecer à Anatel uma única vez para pedir a sua outorga e pagar nove mil reais por isso, não havendo preço diferenciado para pequenos provedores. Enfatizou que o prestador inicia a sua prestação de serviços pela área de abrangência, sem o compromisso de atendê-la integralmente. Explicou que o prestador que opte por atender apenas um bairro deve transportar os canais obrigatórios para todo o município. Frisou que, no tocante à digitalização, a Agência se limitou a tratar sobre os aspectos da prestação de serviço, pois as demais questões deverão ser tratadas por regulamentos técnicos posteriores. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena perguntou se já existe uma definição de qual será o custo da outorga. Questionou se ocorre uma aprovação provisória da solicitação de adaptação das outorgas caso a Anatel não se manifeste dentro de noventa dias. Em seguida, transferiu a palavra para a Gerente de Regulamentação e Planejamento Tecno-Econômico, Ângela Beatriz Cardoso de Oliveira Catarcione, a qual destacou que a proposta do Conselheiro Marcelo Bechara é de que a Anatel possa se manifestar após noventa dias da solicitação de adaptação das outorgas. Considerou que a Anatel deve cumprir esse prazo, uma vez que existe no Regulamento do SeAC a possibilidade de sua suspensão. Afirmou que não ficou claro na análise do Conselheiro Marcelo Bechara o mecanismo da precariedade da outorga e reforçou que o preço único da outorga será nove mil reais. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena concedeu a palavra ao representante da Ancine, Edney Christian Thome Sanchez, o qual cumprimentou a todos, agradeceu ao Conselho Consultivo pelo convite feito à Ancine e justificou a ausência da Superintendente Executiva Rosana dos Santos Alcântara. Ressaltou que a Lei nº /2011 é um marco consistente e trata de cada atividade da TV por assinatura. Enfatizou que a abertura da cadeia produtiva da TV por assinatura permitirá que as empresas possam exercer atividades diferentes e sejam responsáveis por essas atividades. Comentou que a referida lei fez a separação entre a camada do audiovisual e a camada de telecomunicações, gerando a divisão de atribuições entre a Ancine e a Anatel. Destacou que a Ancine, desde a assinatura da Lei n /2011, manteve um diálogo muito próximo com a Anatel, por meio de reuniões periódicas para discutir a operacionalização futura dos regulamentos e do serviço que entrará em vigor brevemente. Realçou que as agências supracitadas pretendem firmar um convênio e têm buscado trabalhar de forma coordenada as consultas e audiências públicas relativas aos regulamentos. Informou que a Ancine pretende realizar ao menos duas audiências públicas na segunda quinzena de janeiro de Expôs que a aludida Agência divide os temas trazidos pela Lei nº /2011 em duas fases, sendo que a primeira fase se refere à regulação propriamente dita das atividades de programação e de empacotamento que interferem no conteúdo programado na TV por assinatura. Acrescentou que a primeira fase traz reflexos para a área de produção e deverá ser concluída até março de Ressaltou que a segunda fase será voltada para a questão do fomento e do estímulo à produção e à programação audiovisual. Salientou que o fundo setorial está recebendo novos recursos e que a Ancine pretende estender a discussão e a regulamentação desse tema até agosto de Enfatizou que, nesta primeira fase,

5 existem três instruções normativas que orientam a Ancine na edição do regulamento do SeAC. Declarou que a instrução normativa geral versa sobre a atividade de programação e empacotamento, sobre o conteúdo nacional e traz o detalhamento das atribuições definidas pela Lei nº /2011. Acrescentou que essa instrução normativa entrará em consulta pública, a qual se estenderá até trinta de janeiro de Frisou que será alterada a instrução normativa nº 91, que trata sobre o registro de agente econômico, para abarcar os itens trazidos pela lei que dispõe sobre credenciamento de programadores e empacotadores. Afirmou que a instrução normativa n.º 30 também será alterada para contemplar as definições trazidas pela Lei /2011. Asseverou que a instrução normativa geral prevê objetivos e mecanismos de flexibilidade para a regulação do setor audiovisual. Emendou que essa instrução normativa versará também sobre o conteúdo brasileiro de produção independente, a programação brasileira em um espaço qualificado, as programadoras brasileiras independentes, o capital brasileiro, o vínculo entre produtoras e a relação entre programadoras e empacotadoras. Destacou que as instruções normativas nº 91 e 30 tratam sobre o mecanismo de credenciamento das programadoras e empacotadoras, a responsabilidade administrativa editorial prevista na Lei n.º /2011, os mecanismos de aferição de composição societária e a prestação de informações na programação pelas programadoras e empacotadoras. Observou que a instrução normativa de fiscalização adequa a norma infralegal às sanções previstas na Lei nº /2011 e os procedimentos administrativos de prevenção das infrações. Comentou que, na primeira fase, serão editadas normas sobre os novos fatores da CONDECINE, que dizem respeito à questão do serviço de telecomunicações que potencialmente transmite conteúdos audiovisuais, bem como à veiculação de obra audiovisual publicitária, incluindo-se a programação internacional. Mencionou que a contratação do BNDES como novo agente financeiro está sendo votada pelas diretorias da Ancine e do BNDES. Salientou que o objetivo da Ancine pretende é construir uma nova cultura regulatória do setor audiovisual. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena franqueou a palavra ao Conselheiro Eduardo Levy Cardoso Moreira, o qual cumprimentou a todos e perguntou como a Anatel e a Ancine estão trabalhando para que não haja duplicidade de interpretação dos regulamentos. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena passou a palavra para o representante da Ancine, Edney Christian Thome Sanchez, o qual reforçou que a Ancine e a Anatel, embora estejam trabalhando separadamente, estão tendo um diálogo constante. Ponderou que constitui um desafio para as Agências a manutenção desse diálogo. Retomando a palavra, o Conselheiro Eduardo Levy Cardoso Moreira indagou se, nas discussões realizadas, foi percebida alguma dificuldade de entendimento entre as Agências. Logo após, o representante da Ancine, Edney Christian Thome Sanchez, respondeu que não tem havido dificuldade de entendimento entre as Agências. Em sequência, a Gerente de Regulamentação e Planejamento Tecno-Econômico, Ângela Beatriz Cardoso de Oliveira Catarcione, ressaltou que o SeAC é um tema complexo, porém lembrou que a lei fez a separação de quatro atividades e que as Agências têm procurado trabalhar dentro das suas atividades. Destacou que a Anatel pretende realizar consulta e audiências públicas concomitantemente às da Ancine. Frisou que as Agências têm desenvolvido um diálogo frutífero e considerou que não haja pontos de conflito que possam gerar interpretações diversas durante a consulta pública. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena concedeu a palavra à Conselheira Virgínia Malheiros Galvez, a qual saudou a todos e perguntou como a Ancine está tratando a questão da qualidade da programação exigida pela Lei nº /2011. Logo após, o representante da Ancine, Edney Christian Thome Sanchez, considerou que o objetivo da Lei n /2011 é oferecer mais canais com maior diversidade de programação, proporcionando mais opções para o assinante. Observou que a Ancine não trata da questão de conteúdo, mas sim do fomento à produção

6 audiovisual. Frisou que haverá um aporte significativo de recursos no fundo setorial do audiovisual e registrou que a definição do conteúdo a ser exibido cabe ao mercado. Retomando a palavra, a Conselheira Virgínia Malheiros Galvez questionou se a Ancine acredita que o mercado da produção nacional será fortalecido. Em sequência, o representante da Ancine, Edney Christian Thome Sanchez, respondeu que a Ancine acredita que o mercado da produção nacional será fortalecido pois a lei cria condições para isso. Enfatizou que a Agência criou uma série de mecanismos, como o ranqueamento das produtoras, que garantem a melhor utilização possível dos recursos públicos. Lembrou que a atividade de distribuição é regulamentada pela Anatel e que as atividades de empacotamento, programação e produção são regulamentadas pela Ancine. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena perguntou se haverá alguma previsão de qualidade no que se refere à infraestrutura do SeAC. Indagou se o regulamento a ser editado pela Ancine tratará sobre a relação entre a empacotadora e a distribuidora no sentido de estabelecer patamares de negociação de preços. Logo após, passou a palavra para a Gerente de Regulamentação e Planejamento Tecno-Econômico, Ângela Beatriz Cardoso de Oliveira Catarcione, a qual destacou que o Regulamento de Gestão de Qualidade se aplicará ao SeAC e que as prestadoras deverão observar as normas vigentes. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena concedeu a palavra ao representante da Ancine, Edney Christian Thome Sanchez, o qual asseverou que o regulamento a ser editado pela Ancine disporá sobre a relação entre os programadores, produtores e empacotadores. Esclareceu que o empacotador é quem organiza os canais em pacotes e que o distribuidor é quem vende ao consumidor final. Salientou que até mesmo as pequenas empresas poderão executar as atividades de empacotador e distribuidor. Realçou que não haverá um regulamento que discipline a relação entre empacotador e distribuidor. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena franqueou a palavra ao Diretor-Geral da Associação Brasileira de Empresas de Radiodifusão e Televisão - ABERT, Luis Roberto Antonik, o qual cumprimentou a todos e ressaltou que a Associação tem milhares de associados que prestam rigorosamente o mesmo serviço. Acrescentou que a menor parte dos associados é constituída por grandes empresas da área de comunicação, enquanto a maior parte deles é formada por pequenos empreendedores. Explicou que as empresas de radiodifusão e televisão pagam por uma concessão do governo e são remuneradas basicamente pelas propagandas que veiculam. Informou que a televisão aberta representa 84% do consumo de serviços de comunicação no país e atinge sessenta milhões de domicílios. Comentou que a Associação se preocupa com a questão do carregamento do sinal das empresas associadas e lembrou que a lei do cabo exige que o sinal da geradora local seja inserido dentro da programação da prestadora de TV a cabo. Enfatizou que, com o advento da Lei nº /2011, haverá localidades em que não existirão geradoras, mas sim retransmissoras. Considerou que a questão do carregamento está contemplada na referida Lei. Registrou que os radiodifusores estão presentes em mais de três municípios brasileiros e são potenciais investidores na prestação do serviço de televisão por assinatura. Observou, no entanto, que, para que a pequena empresa de radiodifusão possa prestar o serviço de TV por assinatura, o qual demanda alto investimento de capital, é necessário que sejam estabelecidas regras muito claras de compartilhamento de infraestrutura. Frisou que a Anatel tem uma grande oportunidade para modificar a Resolução nº 274 nos aspectos que clarificam e incentivam a expansão do serviço de TV por assinatura para as cidades interioranas. Expôs que, a exemplo das empresas de telecomunicações que prestam um conjunto de serviços, as empresas de mídia desejam prestar vários serviços. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena passou a palavra para o Conselheiro Bernardo Felipe Estellita Lins, o qual perguntou quais seriam, na visão da ABERT, as empresas potencialmente ofertantes de infraestrutura. Em sequência,

7 o Diretor-Geral da Associação Brasileira de Empresas de Radiodifusão e Televisão - ABERT, Luis Roberto Antonik, respondeu que o ofertante de infraestrutura seria a empresa de telecomunicações, pois possui excelente taxa de penetração e infraestrutura de cabos. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena perguntou se as grandes empresas associadas à ABERT têm interesse de operar o serviço de TV por assinatura. Logo após, o Diretor- Geral da Associação Brasileira de Empresas de Radiodifusão e Televisão - ABERT, Luis Roberto Antonik, respondeu que não acredita que as grandes associadas tenham interesse em serem prestadoras do serviço de TV por assinatura. Relatou que os empresários das cidades médias possuem interesse em prestarem o Serviço de Acesso Condicionado. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena perguntou se existe previsão no regulamento do SeAC da questão do carregamento das retransmissoras. Em seguida, transferiu a palavra para a Gerente de Regulamentação e Planejamento Tecno-Econômico, Ângela Beatriz Cardoso de Oliveira Catarcione, a qual afirmou que a lei dispôs que as geradoras locais e as retransmissoras localizadas na fronteira ou na Amazônia Legal devem ser distribuídas pelas prestadoras do SeAC. Lembrou, no entanto, que o regulamento prevê a condição de que seja preservada a capacidade do assinante ao conteúdo transmitido por outras transmissoras ou pela geradora local, de forma que o prestador, quando for implementar os equipamentos do SeAC, deve preservar a antena por meio da qual o usuário possa captar os sinais que estão sendo disponibilizados pelas transmissoras e geradoras locais. Disse acreditar que, onde houver a presença dos radiodifusores, os usuários deverão ter acesso ao conteúdo. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena concedeu a palavra à Conselheira Virgínia Malheiros Galvez, a qual perguntou qual a seria a proposta da ABERT para a questão do carregamento das retransmissoras. Em sequência, o Diretor-Geral da Associação Brasileira de Empresas de Radiodifusão e Televisão - ABERT, Luis Roberto Antonik, respondeu que a proposta é que a prestadora de TV a cabo carregue o sinal que está sendo transmitido na TV aberta. Em seguida, a Gerente de Regulamentação e Planejamento Tecno-Econômico, Ângela Beatriz Cardoso de Oliveira Catarcione, esclareceu que, onde houver sinal disponível tecnicamente, os usuários poderão captálo por meio da tecnologia do cabo ou de outra forma. Logo após, o Diretor-Geral da Associação Brasileira de Empresas de Radiodifusão e Televisão - ABERT, Luis Roberto Antonik, avisou que precisaria se retirar e colocou a ABERT à disposição do Conselho Consultivo. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena agradeceu ao convidado pela participação e, de imediato, franqueou a palavra ao representante do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra de Oliveira, o qual saudou a todos e informou que iria falar sobre a implantação e o compartilhamento de infraestrutura, sobre o direito de passagem para a implantação de rede de telecomunicações e sobre a implantação de rede das construções civis. Salientou que, nos últimos dois anos, o Supremo Tribunal Federal tem colocado alguns limites à competência municipal e estadual na regulamentação das telecomunicações. Acrescentou que esses limites podem ser sintetizados em um julgado do Supremo Tribunal Federal que dispõe que o município não pode cobrar indenização das concessionárias de serviço público em razão da instalação de equipamentos necessários à prestação de serviço em faixa de domínio público, pois isso estaria invadindo a competência legislativa privativa da União. Destacou que, a partir disso, o Ministério das Comunicações tem buscado editar uma regulamentação que possa reduzir o custo de implantação e de expansão das redes de transporte e de acesso de telecomunicações e racionalizar e direcionar os investimentos públicos e privados. Abordou que a regulamentação deve ser aplicada à administração direta e indireta e pretende tratar sobre as rodovias, as ferrovias, as linhas de transmissão e redistribuição de energia elétrica, os gasodutos, os oleodutos e outros dutos que

8 conduzem hidrocarbonetos, e as obras de saneamento, encanamento e esgoto. Ressaltou que existe uma série de dificuldades para os prestadores de serviços no que se refere ao direito de passagem. Salientou que a primeira dificuldade é o custo do poste, que chegou a ser de dezenove reais por mês para os pequenos prestadores. Informou que há um acordo para que o preço de referência seja de dois reais e quarenta centavos por poste no mês. Declarou que a segunda dificuldade é que os municípios cobram um imposto público, embora o Supremo Tribunal Federal tenha decidido que o preço público é inconstitucional por ferir a competência da União para legislar sobre o serviço de telecomunicações. Frisou que o Ministério das Comunicações pretende estender essa decisão do Supremo Tribunal Federal para toda a estrutura de telecomunicações implantada em vias públicas. Comentou que já existe uma regra que garante a possibilidade de implantar uma rede sem que a empresa seja cobrada indevidamente. Destacou que muitas das infraestruturas existentes se encontram nas margens de rodovias federais, as quais são administradas pelo DNIT, e que cerca de treze mil e trezentos reais são cobrados por ano para cada quilômetro implantado. Emendou que isso significa que uma rede vai receber anualmente uma cobrança de um milhão trezentos e trinta reais do Poder Público somente pelo fato de estar colocada em uma faixa de domínio. Enfatizou que, com isso, onera-se o serviço e os investimentos de todas as empresas e cria-se uma barreira de entrada para pequenos e médios prestadores. Realçou que, no estado de São Paulo, cobra-se oitocentos e sessenta mil reais por ano para uma rede de cem quilômetros. Informou que são cobrados quatorze mil reais para se fazer a transposição aérea de uma linha férrea. Afirmou que a análise de um pedido de implantação de rede numa faixa de domínio leva frequentemente mais do que seis meses para ser realizada e, geralmente, solicita mais informações. Relatou que o setor de energia elétrica tem uma regulamentação que garante celeridade na análise do pedido de implantação de redes e que o Ministério das Comunicações pretende transpor essa regra para o setor de telecomunicações. Informou que, no que tange à implantação de redes das construções civis, as valas representam 34% do custo da implantação de uma rede de telecomunicações. Acrescentou que, se forem aproveitadas as valas abertas pela obra principal, a infraestrutura de telecomunicações representará entre meio por cento e três por cento do custo da obra principal. Ressaltou que isso pode ser utilizado em benefício do setor de telecomunicações por meio do estabelecimento de uma parceria privada. Salientou que o Ministério das Comunicações pretende conceder um prazo de entrada de parcerias no projeto para ter o custo marginal da implantação da rede de infraestrutura. Explicou que a implantação de uma rodovia requer um projeto básico e implica obras civis. Acrescentou que, antes de a obra ser executada, o projeto deve ser colocado à disposição de qualquer interessado e participar paralelamente para implantar uma rede de telecomunicações à margem dessa rodovia. Observou que, quando a União custear a obra total ou parcialmente, esse custeio já prevê a instalação de infraestrutura. Emendou que, nesse caso, serão feitos dutos de telecomunicações, os quais poderão ser utilizados por terceiros sem custos ou mediante uma tarifa simbólica, situação a ser definida pela área técnica. Enfatizou que a empresa de telecomunicações que quiser utilizar o duto deverá notificar o DNIT e, a partir disso, terá cento e vinte dias para fazê-lo. Emendou que o grupo econômico poderá utilizar no máximo 25% por cento da capacidade do duto. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena passou a palavra para o Conselheiro Eduardo Levy Cardoso Moreira, o qual considerou que as regras estabelecidas no Regulamento da Anatel, Aneel e ANP são boas na medida em que quem constroi o duto deve fazer uma oferta pública. Ponderou que o custo da terra e da construção do duto é bem mais alto que o da instalação da fibra óptica e do funcionamento do serviço de telecomunicações. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena concedeu a palavra ao representante do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra de Oliveira, o qual frisou que o Ministério das Comunicações

9 discutiu com a Anatel sobre a possibilidade de esta ser o polo concentrador das ofertas públicas. Informou que a área técnica pretende estabelecer a cota de quinze por cento da capacidade do duto para uso direto por grupo econômico, sendo que o uso de quinze a vinte e cinco por cento da capacidade do duto deve ser justificado. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena franqueou a palavra ao Conselheiro Bernardo Felipe Estellita Lins, o qual abordou que uma das dificuldades enfrentadas pela telefonia móvel hoje diz respeito ao uso do solo e à colocação de antenas. Perguntou se o Ministério das Comunicações está preocupado com esse tema e se algum aspecto dele estará contemplado na minuta de Decreto. Logo após, o representante do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra de Oliveira, respondeu que o Ministério das Comunicações está preocupado com o referido tema e pretende no próximo ano editar a minuta da lei geral de direito de passagem, para tratar principalmente da implantação de ERBs. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena passou a palavra para o representante do Sinditelebrasil, Francisco Carlos Monteiro Filho, o qual cumprimentou a todos e afirmou que tentaria mostrar os principais problemas que impedem a instalação de infraestrutura de telecomunicações no Brasil. Destacou que a demanda continua crescendo de forma acelerada e que existe um conflito normativo entre União, estados e municípios. Informou que a planta de telefonia fixa, até o terceiro trimestre de 2011, situava-se na faixa de 43 milhões de acessos em serviços e que o Serviço Telefônico Fixo Comutado está sinalizando um crescimento de dois por cento nesse ano. Enfatizou que, embora o Brasil seja a quarta planta de telefonia móvel do mundo, o Serviço Móvel Pessoal continua crescendo quatorze por cento ao ano. Salientou que a banda larga fixa deve ter um crescimento de dezessete por cento esse ano e que a banda larga móvel está crescendo sessenta e sete por cento ao ano. Acrescentou que a banda larga móvel continuará crescendo sessenta por cento até 2015 e que, em outubro de 2011, a cada segundo ocorreu uma nova ativação de banda larga. Asseverou que a TV por assinatura deverá ter um crescimento de 22% esse ano e que a crescente demanda por serviços de telecomunicações traz a necessidade de instalação de novas infraestruturas no País. Observou que a instalação de infraestrutura exige um alto investimento e informou que as empresas de telecomunicações já investiram 247 bilhões de reais desde a privatização, dos quais 36,9 bilhões foram destinados para a aquisição de outorgas. Relatou que o investimento em infraestrutura, de 1998 até o momento atual, é da ordem de cinquenta milhões por dia. Afirmou que o investimento realizado pelo setor de telecomunicações de janeiro a setembro de 2011 superou em trinta por cento o investimento feito no mesmo período do ano passado. Ressaltou que, segundo levantamento feito pela Cisco, o tráfego mundial de dados dobra a cada ano nas redes móveis e que o vídeo representa 66% do investimento do tráfego. Comentou que o Brasil terminará o ano de 2011 com uma base de smartphones representando cerca de quinze por cento da base de telefonia móvel celular e que 41% dos aparelhos celulares vendidos hoje no Brasil são smartphones. Destacou que estudo recente da GSM Association demonstra que o consumo por usuário no Brasil passará de 22 megabytes por usuário no mês em 2010 para 850 megabytes em 2015 e que o tráfego de dados deve crescer quarenta vezes até Avaliou que a evolução tecnológica e o aumento da demanda requerem um aumento significativo da quantidade de estações rádio base da telefonia celular. Em seguida, o Conselheiro Eduardo Levy Cardoso Moreira enfatizou que a crescente demanda pelo serviço móvel exige que a empresa de telefonia móvel tenha um projeto permanente de ampliação e remanejamento, capaz de manter a qualidade do serviço. Informou que o Brasil tem hoje cinquenta mil antenas e ponderou que o País precisará de muito mais infraestrutura para os próximos anos. Retomando a palavra, o representante do Sinditelebrasil, Francisco Carlos Monteiro Filho, argumentou que não se pode atender a grande demanda das áreas centrais das cidades com o aumento da potência de uma estação

10 central, mas sim com a colocação de novas estações e com a execução de um processo de administração de interferência, de modo que as diversas estações não interfiram na comunicação de usuários em outras ERBs. Salientou que a Constituição Federal, nos arts. 21, XI, e 22, IV, trata sobre as competências da União no que se refere à prestação de serviços de telecomunicações, políticas públicas, metas de universalização, massificação e metas de qualidade. Expôs que é competência dos estados e do Distrito Federal a tributação dos serviços, sobretudo o ICMS. Observou que os estados não estão obedecendo a esse preceito constitucional e vêm legislando fortemente sobre telecomunicações com posições conflitantes com a legislação federal. Realçou que o apoio do Ministério das Comunicações e da Anatel é muito importante para que seja resolvida essa questão. Afirmou que várias legislações estaduais e municipais limitam e encarecem a implantação de infraestrutura e comprometem a qualidade do serviço. Comentou que há casos em que existe a necessidade da implantação de novas estações e o estado impõe o prazo de dois ou três anos para viabilizar essa implantação. Informou que existem hoje no Brasil mais de duzentas leis estaduais e municipais que restringem a implantação de antenas. Abordou que a Lei nº /2009 adota os valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde no tratamento da questão dos limites da radiação não ionizante. Acrescentou que a maioria das legislações municipais impõem restrições maiores para os limites de radiação não ionizante que as previstas pela legislação federal. Ressaltou que o Sindicato tem mapeado todo o arcabouço legal dos estados e municípios e já reportou essa problemática para o Ministério das Comunicações. Destacou que existe uma regulação do DNIT que estabelece preço de referência para o uso da faixa de domínio das rodovias federais. Lembrou, no entanto, que os estados começaram a aprovar, no âmbito das suas Assembleias Legislativas, leis que fazem uma regulação independente e conflitante com a regulação federal. Emendou que cinco estados possuem legislação própria que, em alguns casos, estabelece preços até cem por cento maiores que os previstos na regulação federal. Mencionou que, no estado de São Paulo, existe uma legislação que estabelece o distanciamento de quinze metros entre a base de sustentação da antena e os imóveis vizinhos e o afastamento de cinquenta metros para hospitais, clínicas, escolas, creches e asilos. Comentou que, em Campinas/SP, o limite para radiação eletromagnética é quatro vezes menor que o estabelecido pela Organização Mundial da Saúde. Declarou que a Lei 8.201/01 do município de Belo Horizonte/MG conflita com a legislação federal ao prever a distância de trinta metros entre o ponto de emissão de radiação e os imóveis vizinhos. Relatou que, no Distrito Federal, a legislação que tratava do tema foi revogada e, como não existe regulação estabelecida, todos os projetos de instalação de novas ERBs estão sendo indeferidos. Enfatizou que, em Fortaleza/CE, existe uma lei municipal que estabelece restrições rigorosas para a instalação de ERBs, contrariando inclusive a Nota Técnica nº 2 da Anatel. Passou a ler a conclusão da Nota Técnica nº 2 da Anatel, nos seguintes termos: Adicionalmente, considerando as características da exposição humana aos campos eletromagnéticos nas faixas de radiofrequência, falta embasamento técnico para exigir relatório de impacto ambiental de um determinado serviço de radiocomunicação, no caso, um serviço móvel pessoal. Frisou que a referida lei municipal exige um relatório de impacto ambiental para a instalação de ERBs, o que, na visão da Anatel, configura uma medida discriminatória incompatível com o princípio da precaução. Destacou o seguinte trecho da Nota Técnica nº 2 da Anatel: Ressalta-se que a exigência de elaboração de relatório de impacto ambiental de todas as ERBs poderá impactar o setor de telecomunicações, que é extremamente dinâmico e essencial para a população brasileira e para o atendimento de compromissos assumidos para os grandes eventos que ocorrerão no Brasil, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Salientou que o município do Rio de Janeiro/RJ estabelece limites incompatíveis com a lei federal, que o município de Porto Alegre/RS exige cinco tipos de licenciamentos para a instalação de ERBs e que o município de

11 Curitiba/PR possui uma legislação altamente restritiva para a instalação de infraestrutura. Registrou que é necessária a divulgação da regulamentação da Anatel, a fim de que seja observada pelos estados e municípios. Ponderou que deve haver soluções conjuntas da União, estados e municípios para evitar atraso na implantação de infraestrutura de telecomunicações para o atendimento da demanda da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena concedeu a palavra ao Conselheiro Alfredo Horácio Ferrari Martin, o qual disse concordar com todos os pontos levantados pelo representante do Sinditelebrasil, Francisco Carlos Monteiro Filho. Lembrou que os litígios judiciais representam um alto custo para as operadoras e destacou que é necessário o compartilhamento de infraestrutura entre elas. Avaliou que as empresas podem tomar medidas para diminuir a quantidade de torres a serem instaladas. Logo após, o representante do Sinditelebrasil, Francisco Carlos Monteiro Filho, destacou que as empresas têm observado a regulamentação da Anatel, inclusive as normas para compartilhamento de infraestrutura. Afirmou que a lei que versa sobre a radiação não ionizante dispõe que qualquer implantação de torre com distância menor ou igual a cem metros deve ser justificada. Realçou que há um dispositivo legal no sentido de que as prestadoras, a cada cinco anos, façam uma avaliação dos níveis de radiação em todas as suas estações rádio base. Enfatizou que o Brasil é considerado um dos mercados mais competitivos na área de telefonia celular e informou que 75% dos municípios brasileiros contam com quatro operadoras. Em sequência, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena franqueou a palavra ao Conselheiro Marcello Miranda Sampaio Corrêa, o qual avaliou que nenhuma medida conseguirá sanar todos os problemas, mas defendeu que o amplo debate pode reduzi-los. Lembrou que a Conferência de Comunicação, realizada em 2009, na qual se reuniram empresários, sociedade civil, estados e municípios, foi uma oportunidade para que diferentes setores se aproximassem e discutissem os seus problemas. Comentou que o estado da Bahia criou o Conselho de Comunicação Social, com a participação do segmento empresarial e da sociedade civil, e considerou que a criação de conselhos como esse pode reduzir os problemas relatados. Salientou que a subcomissão da Câmara dos Deputados que trata sobre o Plano Nacional de Banda Larga recomendou ao governo federal que volte a convocar o Fórum Brasil Conectado. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena passou a palavra para o Conselheiro Eduardo Levy Cardoso Moreira, o qual ressaltou que o Sinditelebrasil tem participado de todos os debates para os quais é convidado. Observou que o problema da instalação de infraestrutura precisa ser acompanhado pela Anatel e que as empresas têm recorrido à justiça para resolvê-lo. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena concedeu a palavra ao Conselheiro Fábio Luís Mendes, o qual comentou que a dificuldade enfrentada pelas empresas para instalar infraestrutura começou a sensibilizar o Congresso Nacional. Ressaltou que a Câmara dos Deputados pretende contratar uma consultoria para elaborar uma minuta a ser apresentada ao Congresso Nacional. Dando sequência ao debate, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena concedeu a palavra ao Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, Alexandre Annenberg, o qual agradeceu o convite e afirmou que é muito importante tentar colaborar com uma discussão dessa profundidade. Afirmou que a Lei nº /2011 e todas as intervenções feitas pelo Conselho Consultivo afetam profundamente o setor de TV por assinatura. Ressaltou que dada a relevância e amplitude do tema, a apresentação focalizará apenas os aspectos fundamentais porque eles podem ser importantes para definir uma estratégia de construção de infraestrutura no Brasil. Lembrou que nos anos de 1990 a 2000 foram construídas, no Brasil, as infraestruturas de TV a cabo, de MMDS, de DTH. Destacou a infraestrutura de TV a cabo porque elas certamente são as mais adequadas para oferecer banda larga de alta velocidade, maior estabilidade e são capazes de processar grandes volumes de dados. Frisou

12 que esse é um dos grandes gargalos de infraestrutura de telecomunicações no Brasil. Acrescentou que durante o período de 1980 a 2000 foram construídas redes de TV a cabo em cerca de duzentos e cinquenta municípios de um total de municípios brasileiros. Salientou que isso acontece porque a Anatel não outorgou licenças para nenhum município depois de outubro de Ressaltou que ao longo dos últimos onze anos não foram expedidas novas licenças de TV a cabo apesar da grande demanda que existia. Afirmou que, apesar disso, as redes de TV a cabo são responsáveis por cerca de 30% dos assinantes de banda larga em redes fixas no Brasil. Destacou que enquanto as redes de telefonia fixa possuem cerca de dez milhões de assinantes, as redes de TV a cabo possuem cerca de cinco milhões de assinantes de banda larga. Salientou que com menos de 5% dos municípios com rede de TV a cabo é possível oferecer banda larga para cerca de 30% dos assinantes de banda larga e isso demonstra a importância das redes de TV a cabo. Observou que apesar de ter várias críticas a fazer à Lei nº /2011 é preciso construir essa infraestrutura o mais rápido possível para reduzir o atraso em que se encontram. Expôs que na mesma época em que as redes de TV a cabo foram construídas no Brasil, a Coréia começou a construir a sua infraestrutura e hoje praticamente 90% da população possui acesso à banda larga com velocidade de 100 megabytes. Acrescentou que a estratégia da Coréia para construir essa infraestrutura envolveu uma política de renúncia fiscal que é uma das reinvindicações da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura para viabilizar a construção de redes nas regiões de menor retorno econômico. Ressaltou que renúncia fiscal é um dos aspectos que poderia ajudar, mas não é o único. Explicou que os modelos de negócios que vigoraram até hoje estão mudando radicalmente por causa da internet e que além da renúncia fiscal é necessário ter em mente que os próximos anos serão de experimentação de novos modelos de negócios que permitam rentabilizar as redes a serem construídas. Acrescentou que o estudo de criação de novos modelos de negócio será feito por tentativas e erros e as operadoras procurarão encontrar modelos de negócio adequados a sua realidade local e a sua estrutura. Enfatizou que se esperarmos das agências reguladoras uma política mais rígida em termos de fiscalização e de exigência de parametrização, muitos entraves serão criados para a exploração de fórmulas mais adequadas a realidade de hoje. Comentou que assim como a Coréia, o Brasil promove o incentivo a competição e isso é fundamental, mas uma das coisas que a Coréia impôs e que o Brasil ainda não fez é a oferta de serviços públicos através das redes de banda larga. Destacou que serviços públicos de saúde, educação, segurança são serviços essenciais para a sociedade que podem viabilizar economicamente a construção das redes. Esclareceu que não é a TV por assinatura que viabilizará a construção dessas redes em locais de menor retorno econômico, mas a oferta de serviços nas áreas de saúde, educação e segurança são os serviços que interessam a população como um todo e que podem viabilizar economicamente a construção de redes. Frisou que pretendem transferir a responsabilidade de viabilizar a construção capilarizada de infraestrutura quando as empresas de televisão por assinatura estão muito longe de poder viabilizar isso. Observou que na medida em que sejam desenvolvidos programas e sistemas de atendimento à saúde que interessam a toda sociedade, esse programas podem ser a fonte de recursos para que os construtores e operadores de rede possam viabilizar suas operações. Afirmou que se não for encontrada uma solução como essa, o Brasil continuará atrasado por anos e anos. Resumiu sua apresentação dizendo que o Brasil precisa ter uma estratégia para que o Plano Nacional de Banda Larga possa ir além das imposições que estão sendo feitas hoje no setor de TV por assinatura. Destacou que foi imposta ao setor de TV por assinatura uma política de cotas, sendo que o setor de TV por assinatura não tem economia de escala suficiente para viabilizá-la. Acrescentou que o Presidente da Ancine Manoel Rangel reconheceu que como não foi possível impor as cotas para a televisão aberta, elas foram impostas para a televisão por assinatura. Ressaltou que não é isso que vai resolver o grande gargalo que é a

13 viabilização, a rentabilização da construção das redes de banda larga. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena elogiou as considerações feitas pelo Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, Alexandre Annenberg, e franqueou a palavra à Conselheira Virgínia Malheiros Galvez, a qual comentou que a norma da TV pública permite a multiprogramação exclusivamente pelas TVs Públicas, mas as TVs comerciais não estão autorizadas a fazer multiprogramação. Afirmou que a TV Senado já está fazendo multiprogramação, transmitindo em quatro canais em Brasília e a TV Câmara transmite em dois canais. Frisou que isso não é um exagero, e sim uma necessidade porque existem diversos eventos acontecendo e existe uma demanda de acompanhamento dessas atividades. Ressaltou que existe uma luta para expandir o sinal pelo Brasil para levar ao cidadão essa informação, esse desejo de acompanhar a atividade legislativa que muitas vezes altera diretamente a vida do cidadão. Questionou ao Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura Alexandre Annenberg qual é a possibilidade de conseguir mais de um canal para as emissoras públicas que estão operando esse tipo de recurso de multiprogramação. O Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura Alexandre Annenberg respondeu que a existência da TV Câmara e da TV Senado é importante para a própria TV a cabo, e que, inclusive, foi a TV a cabo que viabilizou a existência da TV Câmara e da TV Senado. Observou que a multiprogramação trás um elemento novo e as redes de TV a cabo estão extremamente congestionadas porque carregam ao mesmo tempo sinais analógicos e digitais e que foram dimensionadas com determinado carregamento de maschere e de número de canais, mas não foram dimensionadas para ampliar isso. Destacou não ter dúvidas de que isso será possível quando a TV a cabo deixar de carregar os canais analógicos porque terão mais espaço. Afirmou que, apesar de ter mais espaço, o serviço de TV por assinatura é um serviço privado que tem que ser remunerado pelo serviço prestado. Lembrou que o maschere e os 11 canais estavam na gênese do serviço e foram incorporados em todos os planos de negócio. Comentou que qualquer outra coisa exigirá algum tipo de negociação porque não se pode simplesmente explorar uma infraestrutura que tenha um custo de capital de construção, que tenha um custo operacional, sem remunerá-la. Acrescentou que essa questão será simplesmente uma equação econômica que viabilize o carregamento do número de canais julgados necessários e indispensáveis. Após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena concedeu a palavra ao Conselheiro Eduardo Levy Cardoso Moreira, o qual questionou qual seria a posição da Ancine e da Anatel no sentido de conseguir encontrar uma equação para isso. A Gerente de Regulamentação e Planejamento Tecno-Econômico, Ângela Beatriz Cardoso de Oliveira Catarcione, respondeu que partindo dos princípios da própria lei, um dos princípios gerais é a adversidade e o incentivo a cultura nacional e regional. Acrescentou que como o serviço é remunerado, também estará remunerado a multiprogramação porque estará dentro da grade de programação dos pacotes que serão ofertados pelos prestadores. Comentou que com as cotas a população passa a ter acesso à produção nacional. Observou que a multiprogramação está sendo discutida internamente e durante o próprio período de consulta pública, dependendo das contribuições, naturalmente talvez possa ser achada uma solução mais adequada. O representante da Ancine Edney Christian Thome Sanchez, o qual comentou que no texto que foi aprovado, referente às cotas, prevê um período de transição longo e para atender as cotas a Ancine já tem uma programação e a maior parte dos casos é atendida. Acrescentou que as cotas são bem graduais e funcionam como alavanca para a produção e inserção de conteúdo brasileiro e também é uma política temporária. Frisou que nesse sentido a Ancine entende que as cotas são apropriadas inclusive nos percentuais aprovados. Em seguida, o Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura Alexandre Annenberg observou que uma política de cotas que representa uma reserva de mercado não contempla dois aspectos fundamentais

14 para uma política de mercado que tem a ver com o consumidor. Destacou que a política não contempla o problema da qualidade e do preço e que, na verdade, as cotas que passaram a fazer parte da grade de TV por assinatura representarão um aumento de preço para o consumidor. Afirmou que existem políticas muito mais eficazes para aumentar a produção audiovisual independente brasileira do que uma política de cotas. Destacou que a política está implantada, a lei está publicada e as empresas deverão obedecê-la, mas quem vai decidir se a política de cotas é boa ou não é o consumidor que vai pagar por isso. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena concedeu a palavra ao Conselheiro Marcello Miranda Sampaio Corrêa, o qual comentou que a participação do conteúdo nacional é algo legitimamente reivindicado e afirmou não entender o motivo pelo qual o conteúdo nacional prejudicaria a qualidade dos canais. Comentou que o preço da TV paga no Brasil em relação aos canais é o preço mais caro do mundo. Lembrou que quando a TV por assinatura começou não tinha esse conjunto de publicidade que existe atualmente e que a publicidade da TV por assinatura está no mesmo nível da TV aberta, então o preço da TV por assinatura deveria ter sido relativizado nesse processo. Concordou com o Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, Alexandre Annenberg, no sentido de que essa é uma nova experiência e que terão que ser criados novos modelos de negócio, com novos atores, novas inserções, novos conteúdos, e que terão que esperar para ver como as coisas irão se adequar. Lembrou que houve mais de cem audiências para conversar sobre essa questão, na Câmara, no Senado, fora da Câmara e do Senado, e afirmou estar convencido que essa legislação, apesar de ser mínima, fomentará a produção nacional, trará mais verba para que as produções tenham melhor suporte para produção e que os canais que tem colocado tantas barreiras para os conteúdos nacionais irão futuramente disputar esse conteúdo. O Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura Alexandre Annenberg afirmou que os preços da TV por assinatura no Brasil não são os maiores do mundo, e que estão alinhados com o preço mundial. Acrescentou que cerca de 300 mil pessoas assinam a TV por assinatura por mês. Observou que esse produto está sendo consumido com grande avidez especialmente pelas classes que estão aumentando seu poder aquisitivo e que antes não tinham acesso a TV por assinatura. Frisou que esses números são absolutamente sólidos e mostram que o modelo de TV por assinatura é um modelo vencedor que está sendo atraente para o mercado e para o público, o que não quer dizer que com a introdução das cotas ele não continue sendo atraente, mas as dúvidas existem. O Conselheiro Marcello Miranda Sampaio Corrêa ressaltou que são cenários muito novos que estão sendo construídos e que terão que ser observados por mais tempo para descobrir qual modelo é melhor para a sociedade. Informou que não é possível afirmar, atualmente, se essa política será ruim de forma absoluta. O Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura Alexandre Annenberg afirmou que essa política de cotas deveria ser implementada sobre a televisão aberta, que é uma televisão gratuita. O Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena questionou de que forma a ABTA avalia como a questão da radiofrequência pode ser um alvo utilizável na expansão de infraestrutura de TV por assinatura e como fica o MMDS nesse cenário. O Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura Alexandre Annenberg afirmou que a questão do MMDS já foi resolvida, mas que lamentavelmente não foi resolvida da forma como a ABTA sugeriu. Lembrou que a ABTA havia sugerido que o MMDS pudesse ser uma tecnologia complementar ao cabo para cobrir justamente as áreas menos densas. Considerou que foi um erro grave da Anatel transformar essas frequências em frequências voltadas para a telefonia móvel, porque os conteúdos fundamentais a serem transmitidos pela banda larga não são os conteúdos de TV por assinatura, e sim os conteúdos na área de saúde, educação e segurança. Acrescentou que esses são os conteúdos que precisam de uma infraestrutura e essa infraestrutura não foi tirada

15 eliminando o MMDS que poderia ser um instrumento espetacular de disseminação desse tipo de conteúdo. Esclareceu que a telefonia móvel evidentemente não irá suprir esse tipo de fornecimento de conteúdo. Salientou que para isso é necessário uma estrutura física, porque a quantidade, volume e complexidade de dados exigem mais estrutura física. Acrescentou que a radiofrequência pode suprir algumas circunstâncias justamente nas áreas mais rarefeitas, porque onde for possível a construção de redes físicas elas serão sempre a primeira opção. Esclareceu que no Brasil existe uma malha de redes físicas extraordinárias graças ao STFC, mas o STFC ainda vai precisar investir muito nessas redes, nessa infraestrutura, para transformá-la em uma infraestrutura adequada para uma oferta de banda larga. Informou que esse é o objetivo e que esse investimento está sendo feito, só que leva tempo e o Brasil poderia ter acelerado mais esse tempo com uma política um pouco mais ousada. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena questionou qual é a visão do Ministério das Comunicações sobre a questão de política cooperada. O representante do Ministério das Comunicações Artur Coimbra de Oliveira respondeu que o objetivo do PNBL é conseguir esse arranjo com os operadores privados e que muitos países estão fazendo isso, como a Itália. Informou que, no Brasil, muitos casos em que é preciso expandir a infraestrutura, uma empresa sozinha não tem interesse, mas se três ou quatro delas se juntarem conseguem custear essa infraestrutura e obter retorno dessa infraestrutura. Expôs que um exemplo muito claro disso é o que está sendo feito no Amazonas: entre Manaus e Coari tem um gasoduto da Petrobrás que passa por sete municípios e que se alguém for ativar uma rede naquele local sozinho não terá retorno, mas se esse investimento for compartilhado por uma concessionária local, pelo governo do estado, pela Telebrás, é possível ativar essa rede de maneira rentável. Afirmou que é isso que o Ministério das Comunicações está procurando fazer e a Telebrás é o braço do governo para tentar fazer esse tipo de coordenação nesses investimentos específicos. Após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena questionou se alguém da Anatel poderia informar a situação da revisão do regulamento de compartilhamento e desagregação de redes. A Gerente de Regulamentação e Planejamento Tecno-Econômico Ângela Beatriz Cardoso de Oliveira Catarcione expôs não saber informar quantas ações ou se só existe apenas a revisão do regulamento de compartilhamento e que esse é um assunto que o Conselho tem dado prioridade para as discussões dentro da Anatel. Afirmou que iria levar as discussões do Conselho Consultivo para o Conselho Diretor da Anatel. O Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena agradeceu à Gerente de Regulamentação e Planejamento Tecno-Econômico Ângela Beatriz Cardoso de Oliveira Catarcione e concedeu a palavra ao representante do Instituto Brasileiro de Pesquisas Aplicadas, Rodrigo Abdalla Filgueiras de Sousa, o qual agradeceu ao Presidente pelo convite e informou que é a primeira vez que o IPEA participa de um Conselho Consultivo e que é uma satisfação poder contribuir com as discussões para a melhoria e elaboração das políticas e regulamentos da Anatel. Iniciou sua apresentação dizendo que esse assunto da nova lei de TV por assinatura, ou seja, os acessos condicionados junto com a questão da infraestrutura são assuntos bastante difíceis que não tiveram uma articulação apropriada, então ficou muito difícil tentar fazer uma avaliação, uma análise conjunta desses dois temas. Afirmou que a apresentação possui três etapas: uma sobre a visão do IPEA a respeito dos impactos e dos efeitos da lei; outra sobre os impactos da lei sobre a cadeia audiovisual onde o IPEA tem elaborado trabalhos nesse sentido; e, por fim, comentários sobre a questão específica das políticas para a infraestrutura. Expôs que é muito difícil falar por último porque de certa forma todos os assunto já foram comentados e que faria uma abordagem do ponto de vista acadêmico e conceitual, para tentar criar um arcabouço para unir todas as ideias. Salientou que esse modelo conceitual é o modelo utilizado pelo Banco Mundial e pela OIT que já tem mais de dez anos de aplicações em diversas políticas de telecomunicações.

16 Informou que a alteração de regras tal como a instituição do serviço de acesso condicionado permite que a fronteira desse acesso eficiente de mercado possa se expandir. Acrescentou que é possível crescer em duas direções: no atendimento geográfico onde está implícita a questão da infraestrutura e do custo da infraestrutura; e, também, é possível avançar em relação à família de baixa renda. Esclareceu que essa flexibilização permite serviços diferenciados, seja em termos de preços, seja em termos de qualidade, seja em termos de economia de escala ou de escopo, então ela permite a expansão da fronteira de mercado eficiente. Destacou que assim como a lei do acesso condicionado permite essa expansão, a retirada dos entraves na infraestrutura também ajuda a expansão. Acrescentou que existem locais que não conseguem ser alcançados por meio de políticas públicas de competição, locais onde é necessária a presença do estado seja para uma coordenação, seja por meio de um financiamento público, por meio de subsídio, renúncia fiscal, desoneração ou qualquer outro instrumento. Comentou que a presença do estado seria feita, por exemplo, por meio de uma empresa pública como a Telebrás que poderia suprir por meio de um subsídio direto a manutenção daquela infraestrutura para manter a disponibilidade dos acessos às famílias. Ressaltou que a partir desse modelo conceitual o IPEA conseguiu vislumbrar quatro dinâmicas competitivas para o setor: a primeira é da convergência das redes em que as prestadoras tendem a oferecer pacotes combinados de telefone, internet e TV para aproveitar economia de escopo, ou seja, elas podem auferir maiores receitas com a mesma infraestrutura, então isso é importante na dinâmica competitiva do mercado; o segundo é a competição por plataformas, porque se a ideia é ampliar a competição e os investimentos em infraestrutura, e as políticas de compartilhamento por serviços não tem sido eficazes no Brasil, os regulamentos e a implantação desse tipo de compartilhamento até o momento não se mostraram satisfatórias, embora haja experiências internacionais que mostram que isso é uma fonte importante de competição para o setor; a terceira tendência de dinâmica competitiva é a consolidação de empresas por causa da economia de escala e de escopo que pode tornar o mercado cada vez mais competitivo, com grandes empresas atuando cada vez mais com maior amplitude geográfica; a outra tendência é uma distribuição uniforme do conteúdo, uma vez que a lei veda a participação cruzada entre as atividades de programação e distribuição, então de certa forma o conteúdo que chegar à programação deverá chegar de uma maneira mais uniforme em todas as distribuidoras, e, portanto, a todos os usuários. Comentou que, diante disso, a TV por assinatura não pode ser considerada a única solução para o aumento de investimento e infraestrutura porque ela tende a se concentrar nas classes mais altas de renda A, B e C. Frisou que é possível observar, segundo os dados do IBGE, que quem teria condições de pagar por uma oferta combinada seriam famílias a partir de cinco salários mínimos, o que deixa grande parte da população fora do escopo de atendimento desses serviços. Em seguida, passou a expor sobre o modelo da lei, afirmando que houve a desregulamentação da distribuição. Frisou que se a distribuição pode ser prestada por operadoras de telecomunicações, então ela permitiu a aceleração da convergência que estava sendo limitada no Brasil por causa da lei anterior, ou seja, ela desregulamenta a distribuição e permite a participação maior de capital estrangeiro e de participação de empresas que antes estavam impedidas. Afirmou que o limite de atuação vertical da propriedade cruzada também estava mencionado na distribuição mais uniforme do conteúdo e que é possível estimar um aumento de incentivo à produção da ordem de 660 milhões de reais por meio do fundo da Condecine. Ressaltou que essa avaliação foi objeto de alguns estudos por parte do IPEA em que é possível observar o crescimento das atividades de distribuição e de programação, mas não é possível perceber o acompanhamento dessas atividades. Afirmou que a produção tem ficado estagnada desde 2007 e isso indica que a produção é muito vinculada aos incentivos públicos e que os incentivos públicos têm ficado estagnados. Acrescentou que a produção não cresceu e enquanto isso as atividades mais

17 ligadas ao mercado, que seriam a distribuição e a programação, vêm crescendo no mesmo ritmo que cresce o mercado. Afirmou que isso é uma potencial oportunidade de melhoria da política pública para encadear a produção com a distribuição e programação, porque apesar de todos os esforços das políticas públicas isso não está conseguindo chegar efetivamente aos beneficiários dessa política. Frisou que diante disso, o IPEA prevê um cenário provável de redução do gap de mercado, mas o foco será em áreas de alta rentabilidade que correspondem à combinação de alta renda com baixo custo. Destacou que as empresas tradicionais de TV por assinatura tendem a ganhar escala porque elas podem operar em áreas em que elas não podiam. Salientou que o aumento da rivalidade entre os competidores também é esperada com a entrada de empresas que atuavam em nichos diferentes e que passarão a atuar em todos os nichos, tendo possíveis impactos no preço, na qualidade do serviço e novos modelos de negócios. Acrescentou que a partir desse aumento da rivalidade existe a possibilidade de flexibilização do modelo de oferta de pacote, ou seja, por meio de pacotes mais flexíveis a competição deve se tornar mais acirrada na TV por assinatura do que na banda larga porque de certa forma a banda larga já é um serviço mais desregulamentado do que TV por assinatura. Informou que esse novo marco legal tende a manter a competição imperfeita, porque a competição será baseada em infraestrutura e não em uma obrigação das empresas competidoras de atender todo o mercado, então haverá cidades com grande número de competidores e cidades sem competição. Mencionou que empresas com portfólio incompleto vão aprender a se consolidar por meio de cooperação ou de parcerias. Destacou que o IPEA também prevê impacto negativo sobre pequenos provedores porque a maior parte dos provedores ainda utiliza uma tecnologia adequada para a prestação de ofertas de serviços, mas não possuem economia de escala como outros competidores maiores e também não tem os mesmos recursos técnicos e de radio espectro para permitir uma competição no mesmo nível das empresas maiores. Acrescentou que os pequenos provedores vão ter muita dificuldade de ter as mesmas condições de acesso ao conteúdo do que uma grande empresa. Frisou que essa lei atende a alguns objetivos do PNBL, mas não a todos. Observou que um item que não foi abordado por essa lei é a questão da infraestrutura. Comentou que o IPEA percebeu duas tendências na questão da infraestrutura, a primeira é que a infraestrutura passiva tende a ser cada vez mais escassa na medida em que existe uma carência de infraestrutura no Brasil, então existe uma necessidade de expansão da infraestrutura no Brasil pela carência histórica que existe e também pelo crescimento da utilização de serviços de comunicação. Acrescentou que existem projeções que dizem que a internet terá entre bilhões e trilhões de objetos sendo conectados no mundo, objetos cooperando com baixo tráfego de dados, o que vai requerer mais espectros, mais estações rádio base, maior quantidade de infraestrutura para conectar essas rádios bases, então é previsto uma progressiva tendência ao esgotamento das infraestruturas existentes do ponto de vista da infraestrutura passiva. Destacou que a segunda tendência é do ponto de vista da infraestrutura ativa. Frisou que o IPEA percebeu que haverá cada vez mais uma tendência de redução de preço, ou seja e que os equipamentos deverão ter maior capacidade. Explicou que a partir dessas duas questões, o objeto das mais importantes políticas públicas para os anos deve ser efetivamente a criação de estímulos e de incentivos ao compartilhamento da infraestrutura passiva e finalizou sua apresentação agradecendo a atenção de todos. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena agradeceu ao representante do Instituto Brasileiro de Pesquisas Aplicadas, Rodrigo Abdalla Filgueiras de Sousa, e concedeu a palavra ao Conselheiro Bernardo Felipe Estellita Lins, o qual remeteu a questão da estagnação desde 2007 e a questão levantada pelo representante da Ancine Edney Christian Thome Sanchez, referente ao Fundo Setorial. Questionou se existe a possibilidade de o Fundo Setorial ser contingenciado e como tem sido a evolução desses recursos dentro da Ancine. Indagou como tem sido a reação do governo em relação a esses recursos.

18 Lembrou que o Diretor-Geral da Associação Brasileira de Empresas de Radiodifusão e Televisão, Luis Roberto Antonik, comentou que entes associados da ABERT haviam manifestado interesse em explorar cidades com até cem mil habitantes. Comentou que apesar de haver uma diferença grande de configuração entre uma rede de prestação de TV a cabo e uma rede de telecomunicações, uma das possibilidades seria a contratação de linha dedicada para a exploração industrial. Questionou ao representante do SindiTelebrasil qual a disponibilidade desse tipo de infraestrutura em cidades de médio porte. Lembrou que apesar de qualquer telefonia poder potencialmente operar nas outras áreas como autorizadas a entrada é muito pequena e questionou se esse tipo de bloqueio de mercado pode persistir quando se tratar de oferta de conteúdo. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena passou a palavra ao representante da Ancine, Edney Christian Thome Sanchez, o qual respondeu que o Fundo Setorial pode estar sujeito ao contingenciamento de gastos do governo. Informou que existe um movimento para alterar a lei orçamentária que estava no Congresso Nacional e que acredita que os recursos serão aumentados. Lembrou que de acordo com o histórico do Plano Setorial, os valores disponíveis eram bem menores, mas que foram ampliados nos últimos anos. Destacou que existe uma parcela da sociedade que entendem que essa é uma medida necessária para a efetivação da lei para que o país possa sair do patamar atual de produção audiovisual de TV por assinatura e passar para o patamar desejável previsto pela lei. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena transferiu a palavra ao representante do SindiTelebrasil, Francisco Carlos Monteiro Filho, o qual afirmou que o sindicato não acredita que haverá nenhum bloqueio das empresas de telecomunicações à entrada de novos competidores. Exemplificou dizendo que o serviço de TV por assinatura está enquadrado como um serviço privado que agrega inclusive prestação de serviços de banda larga, e existe no mercado cerca de duas mil e seiscentas empresas outorgadas, e, portanto, há uma forte competição nesse setor. Informou que a limitação é de investimento e não uma questão de bloqueio aos novos competidores. O Conselheiro Eduardo Levy Cardoso Moreira comentou que a questão do crescimento da demanda de tráfego está consumindo muita infraestrutura. Frisou que o Brasil precisa ampliar sua infraestrutura. Lembrou que três operadoras móveis estão construindo infraestrutura em conjunto por uma necessidade maior do que a competição. Comentou que o Brasil está respondendo fortemente por necessidade de serviço de telecomunicações e que o aumento de 30% nos investimentos é um reflexo disso. Afirmou que para ampliar cada vez mais o serviço de dados é preciso ampliar a infraestrutura terrestre de fibra e que não enxerga folga de infraestrutura em nenhum lugar. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena questionou ao representante do Instituto Brasileiro de Pesquisas Aplicadas, Rodrigo Abdalla Filgueiras de Sousa, se o IPEA conseguiu apontar nas pesquisas de tendências os locais que mais irão crescer e se esse crescimento será de oferta ou de competição. O representante do Instituto Brasileiro de Pesquisas Aplicadas, Rodrigo Abdalla Filgueiras de Sousa, respondeu que a percepção do IPEA é que o crescimento de infraestrutura deve ocorrer nas áreas mais rentáveis, ou seja, nos núcleos dos grandes centros urbanos. Afirmou que não houve percepção de implantação de nova infraestrutura nas áreas rurais, subúrbios e pequenas cidades. Com relação ao segundo questionamento, respondeu que a barreira legal impedia o atendimento em muitas cidades e que deve haver um aumento de cidades atendidas com mais de uma empresa. Frisou que deve haver aumento de competição em cidades em que as empresas de telecomunicações não tinham a possibilidade de atuar, além de aumentar a densidade de atendimentos nos grandes centros pelas rivalidades das empresas existentes. Afirmou que haverá os dois movimentos e que mesmo assim o IPEA acredita que a maior parte dos municípios ainda ficaria de fora desse crescimento. Ressaltou que é a maior parte dos municípios, em termos quantitativos e não em termos de população, mas os

19 pequenos municípios representam uma população considerável. O Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena agradeceu ao representante do Instituto Brasileiro de Pesquisas Aplicadas, Rodrigo Abdalla Filgueiras de Sousa, e concedeu a palavra ao Conselheiro Marcello Miranda Sampaio Corrêa, o qual comentou que entendeu que nesse processo os pequenos provedores tendem a ser dizimados na medida em que a questão da banda larga for viabilizada. Destacou que eles terão dificuldades de acesso à programação. Questionou se o IPEA acha que a competição vai se tornar mais imperfeita ainda. Afirmou que provavelmente o IPEA não aprofundou muito nessa análise do conteúdo, e analisou mais a infraestrutura das redes. Observou que a Telebrás terá que responder por todo esse restante da demanda com um orçamento extremamente limitado e com uma rede ainda em construção. Afirmou que o governo tem boas intenções, mas não amarrou as coisas em relação ao Plano Nacional de Banda Larga, nem em relação à política industrial. Informou que em março de 2012 o Instituto Telecom realizará um seminário para discutir o setor de telecomunicações com o olhar da sociedade civil e que o Conselho Consultivo será convidado. O Presidente Executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura Alexandre Annenberg solicitou a palavra e comentou que a apresentação do representante do Instituto Brasileiro de Pesquisas Aplicadas, Rodrigo Abdalla Filgueiras de Sousa, é muito adequada e foi muito bem elaborada e que as considerações do Conselheiro Marcello Miranda Sampaio Corrêa são extremamente pertinentes. Afirmou que existe um papel a ser exercido pelos pequenos provedores dentro de uma janela de oportunidades, porque nos próximos três, quatro ou cinco anos os grandes players estarão tão envolvidos na construção e operação da sua infraestrutura nos grandes centros urbanos, nas áreas de maior retorno econômico, que durante um período razoavelmente longo as áreas menos nobres estarão abertas ao empreendedorismo local. Lembrou que existem pequenos empreendedores que estão fibrando determinadas cidades e eles poderão desenvolver um business antes de serem consolidados, mas é uma oportunidade que poderia ser estimulada de alguma forma. Logo após, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena transferiu a palavra ao representante do Instituto Brasileiro de Pesquisas Aplicadas, Rodrigo Abdalla Filgueiras de Sousa, o qual informou que procurou dar maior ênfase na infraestrutura durante sua apresentação. Comentou que o IPEA também possui trabalhos a respeito do conteúdo. Apontou que a lei traz melhorias na questão da competição e que, em sua apresentação, não enfatizou os pontos de melhora, e sim os pontos que precisam de certa atenção por parte do poder público. Destacou que a retirada de barreiras aumenta a rivalidade, aumenta a competição e isso traz benefícios para o consumidor, como a redução do preço, o aumento da qualidade, e com as inovações no modelo de serviços. Frisou que existem benefícios do ponto de vista da competição e do ponto de vista do consumidor. Ressaltou que, apesar disso, nem todos os consumidores serão beneficiados e a extensão desse benefício variará de acordo com o modelo de competição, que continuará imperfeito. Esclareceu que o IPEA entende que os pequenos provedores não terão um papel muito preponderante nesse período de tendência para a consolidação com o intuito de reduzir custos, aumentar sinergia e ter ganhos de escala e de escopo. Informou que o IPEA se baseou em dados de um levantamento feito pelo Comitê Gestor da Internet que apontou que mais de 80% dos provedores não fazem a prestação do serviço por fibra óptica, que seria um diferencial competitivo que poderia mantê-los mais tempo no mercado, e sim por meio de redes wi-fi. Esclareceu que essa é uma estrutura de modelo de negócio muito frágil, porque um competidor que tenha um diferencial competitivo, por exemplo, de uma outorga de radiofrequência, terá um diferencial competitivo muito maior do que o competidor que está operando em uma tecnologia que não permite transmissão de TV, que tenha uma velocidade limitada da banda larga, ou seja, ele não terá nenhum diferencial e só conseguirá sobreviver enquanto não houver nenhum competidor.

20 Comentou que uma outorga que seja do tamanho de um estado não é condizente com o que o IPEA percebe como modelo de atuação dos pequenos provedores que são realmente locais e uma outorga de radiofrequência custando a abrangência de todo o estado obviamente terá um valor muito pesado para que esse provedor possa sobreviver a esse custo. Questionou se haverá uma diferenciação de preços de outorgas para TV por assinatura, tendo em vista que para o SCM o custo de nove mil reais, historicamente, tem viabilizado a legalização de diversos pequenos provedores. Reafirmou que o IPEA entende que os pequenos provedores não devem ter um papel preponderante e que apenas vinte por cento desses pequenos provedores, que estão localizados em áreas mais rentáveis economicamente, devem sobreviver durante um tempo antes da consolidação. Frisou que o papel da Telebrás será no sentido de reduzir o custo de infraestrutura e atender as áreas não viáveis economicamente, dependendo do orçamento disponível. Acrescentou que a Telebrás não precisa atuar no mercado de TV já que ela operará mais no mercado de atacado, ou seja, se ela apoiar a redução do custo da infraestrutura, a tendência é que cada vez mais a fronteira de mercado eficiente chegue próxima ao limite. Em seguida, o Presidente do Conselho Consultivo Cláudio Marcelo Siena agradeceu a presença dos convidados e dos Conselheiros e desejou feliz natal e feliz ano novo a todos. Informou que a missão do Conselho não era esgotar o tema, e sim trazer mais dúvidas do que certezas. O Conselho Consultivo acatou a sugestão do Presidente no sentido de que as reuniões do Conselho Consultivo do ano de dois mil e doze sejam realizadas nas seguintes datas: 24 de janeiro, 14 de fevereiro, 30 de março, 27 de abril, 25 de maio, 29 de junho, 27 de julho, 31 de agosto, 28 de setembro, 26 de outubro, 23 de novembro e 14 de dezembro.

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