SÍNTESE SOCIOECONÔMI CA DA ZONA SUL- RS
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- Ian Deluca de Sequeira
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1 SÍNTESE SOCIOECONÔMI CA DA ZONA SUL- RS
2 Zona Sul do Rio Grande do Sul 1. Aspectos Físico-Naturais A região encontra-se no extremo sul do Brasil e possui, para a maioria dos municípios, uma boa distribuição pluviométrica, clima e solo favoráveis a dezenas de culturas e à pecuária. Assim, também uma rica fauna e flora. Sua localização exata fica entre o rio Camaquã, a Lagoa Mirim e do litoral Sul até a região da Campanha.
3 Figura 1 Zona Sul Municípios Fonte: Rumos 2015 SCP, A região é composta pelos municípios de Aceguá, Amaral Ferrador Arroio do Padre, Arroio Grande, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Chuí, Herval, Jaguarão, Morro Redondo, Pedras Altas, Pedro Osório, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Santana da Boa Vista, São José do Norte, São Lourenço do Sul, Tavares e Turuçu. Tem como municípios fronterisços Bagé, Candiota e Hulha Negra. Quanto ao solo/relevo, a região faz parte da área fisiográfica do Rio Grande do Sul denominada Encosta do Sudeste, abrangendo a encosta oriental da Serra dos Tapes e vai até as ondulações desta Serra em direção ao mar. Os municípios de Turuçu, São Lourenço do Sul, Pelotas, Rio Grande, São José do Norte e Santa
4 Vitória do Palmar encontram-se numa faixa de planície bem definida. Os demais municípios que vão em direção ao oeste se encontram em área de relevo ondulado e em áreas de serra. Segundo os estudos da Agência da Lagoa Mirim existem os seguintes tipos de solos: 1) Terras altas não rochosas; 2) Terras altas rochosas; 3) Colinas cristalinas; 4) Lombadas cristalinas; 5) Planície alta continental; 6) Planície média; 7) Lombadas; 8) Lombadas costeiras; 9) Planície costeira; 10) Planície baixa costeira; 11) Planície baixa de estuário; 12) Planície inundável; 13) Banhados marginais; 14) Banhados fluviais; 15) Terras baixas fluviais; 16) Matas fluviais; 17) Praia lacustre; 18) Dunas costeiras. Na hidrografia, a principal característica da região é estar numa área pródiga em disponibilidade de água oferecida principalmente pela Laguna dos Patos, Canal São Gonçalo, Lagoa Mirim, Lagoa Mangueira, Rio Jaguarão, Rio Piratini, Rio Camaquã, e um número elevado de arroios. As Lagoas dos Patos, Mirim e o Canal São Gonçalo são navegáveis em toda a sua extensão. Os principais recursos minerais são: estanho, ouro, turfa, brita, calcário, tungstênio, concheiro natural, carvão, rochas ornamentais, molibdênio, granito rosado, metais pesados, titânio, coquina e zircônio. Arroio Grande: calcário, pedra ornamental e estanho. Jaguarão: estanho, ouro, turfa e brita. Pedro Osório: calcário. Pelotas: estanho, tungstênio, turfa e concheiro natural. Pinheiro Machado: calcário, carvão e pedra ornamental. Piratini: estanho, molibdênio, granito rosado e metais pesados. Rio Grande: turfa, titânio e coquina. Santa Vitória do Palmar: turfa e concheiro natural. São José do Norte: turfa, concheiro natural, titânio e zircônio. São Lourenço do Sul: estanho, turfa e pedra ornamental.
5 Tavares: concheiro natural 2. Aspectos Demográficos Entre 2000 e 2010, a população da região se manteve praticamente estável: Passou de para Da população total 48,9 são homens e 51,1% são mulheres. A população rural varia de apenas 4,8% no Chuí para Arroio do Padre com 95,0%. Os dois maiores municípios da região, Pelotas e Rio Grande possuem taxas de urbanização elevadas: Pelotas 95,08% na cidade e apenas 4,92% no campo e Rio Grande 96,85% na cidade e apenas 3,15% no campo. Em média, a região tem 82,72% da população na cidade e 17,28% no campo. Quanto às faixas etárias da população: 25,11% estão entre 0 e 14 anos, 39,63% entre 15 e 39 anos, 29,83% entre 40 e 69 anos e 5,43% com mais de 70 anos. Esta distribuição mostra que a população de crianças e adolescentes é elevada: 25,11%. Da mesma forma, a região apresenta uma força de trabalho teórica de 69,45% (de 15 a 69 anos). Pelotas é o município com maior densidade demográfica 212,61 hab./km², seguida de Rio Grande com 70,02 hab./km². Os demais municípios apresentam densidades semelhantes à de outras cidades de pequeno porte do Rio Grande do Sul. O número total de eleitores da região é de Homens são , mulheres são , analfabetos (ambos os sexos) são e menores (ambos os sexos) são Em 2010 a taxa de eleitores chegou a 76,5%. 3. Infra-instrutora Social Do total dos domicílios da região, 69,7% possuem saneamento básico, 92% são abastecidos com água potável e 61% são servidos por coleta de lixo. No item saúde a região possui 25 hospitais com leitos. O município de Pelotas possui sete hospitais e 50 clínicas médicas, o município de Rio Grande
6 disponibiliza 600 leitos em hospitais. Os demais hospitais da região disponibilizam 870 leitos. Os oito indicadores de vida e saúde da região possuem uma taxa de 26,35/1000 (média ponderada não serve para estudos científicos) Na educação a região são 729 unidades de ensino fundamental e médio com quase 200 mil crianças e adolescentes matriculados com um quadro de professores (ensino municipal, estadual e particular). No ensino superior são três universidades (duas federais) e mais três instituições de ensino superior (IES) com acadêmicos matriculados por ano, freqüentando mais de cem censos oferecidos. 4. Infra-estrutura Econômica 4.1. Energia e Comunicação A energia atende 96,7% dos consumidores de domicílios e 100% dos consumidores econômicos. A telefonia (fixa e celular) cobre 100% da população. Quanto aos serviços de comunicação, a região é servida por todos os sinais de TV aberta. Duas empresas de TV a cabo estão presentes em Pelotas e Rio grande. Pelotas e Rio grande possuem também, estações a cabo locais. A região possui ainda, 31 rádios e 96 jornais. 4.2.Vias de Transportes A região é servida por ferrovia. Trata-se da linha Cacequi/Rio Grande com capacidade de tração de 600 a 1000 toneladas. A Região é servida, também, pelas BR 101 que liga São José do Norte a Osório, a BR 116 que liga Porto Alegre a Pelotas e segue para Jaguarão, a BR 293 liga Pelotas a Bagé, Santana do Livramento, Quaraí e Uruguaiana, proporcionando ligação com o Uruguai e Argentina, a BR 392 que liga Rio Grande a Pelotas e segue
7 para Santa Maria e até o norte do Estado e a BR 471 que liga Pelotas e Rio Grande a Santa Vitória do Palmar e a Chuí pela intersecção com a BR Complexo Portuário Privilegiado por seus aspectos geográficos, o Porto do Rio Grande consolidou-se como o porto do Conesul, tendo forte atuação no extremo sul do Brasil, estando entre os mais importantes portos do continente sul-americano em produtividade, oferecendo serviços ágeis e de qualidade. Dotado de uma completa infraestrutura operacional o porto gaúcho é considerado o segundo mais importante porto do país para o desenvolvimento do comércio internacional brasileiro. No entanto, o Porto não para de realizar investimentos em infraestrutura, estando sempre adequado aos padrões internacionais. Com um calado de 40 pés, o Porto do Rio Grande possui excelente profundidade em seus terminais de granéis e de contêineres, superior ao correspondente nos portos argentinos, uruguaios e catarinenses. Com calado e condições operacionais privilegiadas o porto é o ponto perfeito para o transbordo de contêineres e de completo de cargas de granéis dos países da Bacia Hidrográfica do Prata. Além disso, em seu cais público, Porto Novo, com 31 pés de calado, o porto rio-grandino oferece invejável disponibilidade de atracação, possuindo um cais com cerca de 2Km de extensão. Outra grande vantagem do Porto do Rio Grande é a disponibilidade de malhas modais diversificadas e bem distribuídas no território do Rio Grande do Sul. Com uma excelente oferta de infraestruturas de transporte, compreendendo os modais rodoviário, hidroviário, ferroviário e aeroportuário, os caminhos que levam ao porto gaúcho estão em estado de conservação considerado dos melhores no cenário nacional. A multimodalidade do Porto do Rio Grande é um importante fator na redução de custos e no aumento da eficiência logística, agregando maior valor às mercadorias que passam por suas instalações. A chegada do pórtico-quindaste de R$ 40 milhões instalado no Dique Seco, no Porto de Rio Grande, deu a dimensão do pólo naval que fixa seus tentáculos na Zona Sul do Estado.
8 A partir da indústria naval todas as atividades econômicas serão dinamizadas em vinte e três municípios da região. Os investimentos realizados e a serem realizados até 2015 no complexo portuário somam mais de R$ 16 bilhões de investimentos diretos. Aplicando-se o multiplicador keynesiano poder-se-á a partir de 2015 ter um aumento da renda regional de até R$ 64 milhões/por ano, somente com a indústria naval. O Porto do Rio Grande é importante para o Brasil, para o Estado e principalmente para a Zona Sul, pois esparge seus efeitos para 23 municípios da região e 3 municípios da região da Campanha Bagé, Candiota e Hulha Negra que possuem atividades econômicas ligadas ao Porto. O Porto do Rio Grande fechou o primeiro semestre de 2010 com um aumento de 12,1% tendo atingido 14,9 milhões de toneladas em relação ao mesmo período do ano passado. O cenário é animador e a perspectiva de novos investimentos na Zona Sul gerou um projeto hidroviário (ver adiante) e programas de qualificação de mão-de-obra exigida pelas empresas que começam a se instalar na região. A Assembléia Legislativa aprovou no início de dezembro de 2010 a transferência da administração do Porto de Pelotas da SPH para a Superintendência do Porto de Rio Grande SUPRG. Com isso o complexo portuário gaúcho se integra e dá início a concretização da hidrovia do MERCOSUL. Os governos Federais e Estaduais já trabalharam em conjunto para o incremento da navegação interna no Estado, pelas lagoas dos Patos e Mirim. A hidrovia se desenvolverá ao longo de 700 quilômetros e possibilitará a movimentação de cargas no lado brasileiro pelos portos de Santa Vitória (Lagoa Mirim), Pelotas (canal São Gonçalo), Porto Alegre (lago Guaíba) e Estrela (Rio Taquari). No lado uruguaio há projeto de construção de um terminal no rio Cebollatí, no departamento de Trienta y Três e no rio Tacuarí na intendência de Cerro Largo. Os estudos teóricos já foram iniciados com recursos de R$ 5 milhões. Esse estudo levantará o investimento total para viabilizar a hidrovia, cuja estimativa inicial é de R$ 40 milhões.
9 5.Economia 5.1. Estrutura Fundiária A estrutura fundiária da região se fragmentou levemente entre 1996 e O número de estabelecimentos em 1996 era de e em 2006 era de Um aumento de propriedades. A área se reduziu em hectares. Isto implica dizer que, em 1996, a área média por estabelecimentos era de 72,88 e, em 2006, era de 65,05 hectares. O município de maior número de estabelecimentos é Canguçu. Em 1996, eram propriedades com uma área média de 34,16 hectares. Em 2006, o número de estabelecimentos aumentou para e a área foi reduzida para hectares. Assim, a área média por propriedade ficou reduzida para 26,87 hectares Lavouras Permanentes e Temporárias Os levantamentos da produção e da área das lavouras temporárias e permanentes foram obtidos levando em conta apenas os produtos considerados principais para a região. Assim, as relações com a produção e área plantada do estado foram elaboradas com os mesmos produtos. Os produtos considerados foram: arroz irrigado, arroz de sequeiro, milho, batata-inglesa, cebola, trigo, soja, sorgo, feijão, alho, aveia, fumo, tomate e mandioca. As lavouras permanentes (pomares) foram pêssego e laranja. No último ano de produção, foi incluída a produção de uvas que vem se expandindo na região. É preciso registrar que todos os municípios cultivam diversos outros produtos, principalmente, hortifrutigranjeiros. Entre 2000 e 2008, as lavouras temporárias da região tiveram altos e baixos e permaneceram mais ou menos estabilizadas pois as variações não foram de grande monta. Em 2000, a área plantada era de ha e, em 2008, era de ha. Entre 2000 e 2008, a produção da região participou entre 5,03% (2004) a 6,18% ( 2008) da produção gaúcha.
10 Quanto às culturas permanentes na região, no período de 2001/2009 ocorreu variação acentuada para menos nos anos 2003, 2004 e 2005, se recuperando nos três últimos anos do período. Na participação em relação ao total produzido no Rio Grande do Sul, a região também flutuou acentuadamente. Em 2000 e 2001, teve altas participações: 18,72% e 24,76% respectivamente, mas caiu nos quatro anos seguintes e recuperou os níveis iniciais nos três últimos anos da série. Assim, como principais lavouras da região aparecem, o arroz, o feijão, o milho, a soja, a batata inglesa, a cebola e o fumo, enquanto na fruticultura o destaque é o pêssego e em expansão a uva Pecuária Na pecuária foram observados três anos 2005, 2006 e Na região o plantel de bovinos se manteve estável nos dois primeiros anos, cabeças e cabeças respectivamente. Em 2007 o plantel teve um aumento de 3.27% em relação a O plantel gaúcho teve uma queda acentuada de cabeças em 2007 em relação a Assim, a participação regional no plantel gaúcho que em 2005 era 8.45% em 2007 chegou a 13,35%. Na suinocultura, o plantel regional se manteve estável no período, enquanto o plantel do Rio Grande do Sul teve uma queda de cabeças entre 2005 e O plantel teve sua participação levemente aumentada em relação ao plantel estadual. Na ovinocultura, o plantel regional passou de para em 2006 e se recuperou em 2007 atingindo cabeças. O plantel gaúcho apresentou o mesmo perfil. Forte queda em 2006 e recuperação em Na produção de leite, a região flutuou de 126,5 milhões de litros em 2005, para 148,2 milhões em 2006 e caiu para 122,6 milhões de litros em Na produção gaúcha a queda foi muito acentuada. Em 2005, o Estado produziu 4,2 bilhões de litros e, em 2007, somente 2,9 bilhões. Em 2008 e 2009 a produção se recuperou. A produção de lã caiu 33,8% na região em 2007 em comparação com 2005, embora tenha aumentado em No Estado, o fenômeno se repetiu, forte queda em 2007, aproximadamente 25,7%.
11 A região se destaca na pecuária de bovinos de corte, suínos, ovinos, e, como produtora de leite e lã Setor Secundário No setor industrial, predominam os produtos alimentares, construção civil, minerais não metálicos, metalurgia e madeira. A agroindústria é a base do setor processando diversificada linha de conservas, doces salgados e doces secos. Na linha de alimentos o carro chefe da industrialização é o arroz. No período 2001/2009 a região colheu uma média anual de 1,15 milhões de toneladas, das quais 60 milhões de quilos são industrializados na região. Todos os produtos de lavoura e pecuária são em parte, ou no total, industrializado na região. Dentro do setor industrial um segmento que se destacou foi a construção civil. Nos últimos oito anos foram construídas na região unidades habitacionais populares num investimento aproximado de R$ 882 milhões. As empresas regionais do setor já operam em quase todo o território gaúcho Setor Terciário O comércio atacadista e varejista é grande gerador de emprego e de renda e a estrutura de serviços é diversificada com acentuada presença dos setores da saúde, educação e financeiro Mercado de Trabalho São empresas industriais e comerciais com um pessoal ocupado de das quais são assalariados. O total dos salários, nestas empresas, é em media ordem de R$ 1,6 bilhões anuais. Para observação de pessoas admitidas e demitidas adotou-se os anos de 2005 e 2008 (únicos com números confiáveis). Nota-se que o número de empregados legalizados passou de em 2005 para , ou seja, um incremento de
12 141,52%. Este aumento decorre dos inúmeros investimentos que estão se consolidando na região. 5.7 Índice de Desemprego da Região A região possui aproximadamente 450 mil pessoas economicamente ativas. Deste total, 285 mil são empregados legalizado (59%). A força de trabalho é de 66% da população total. O índice de desemprego da região é de 38% da força de trabalho em relação a PEA e de 18,9% em relação a população total. É preciso registrar que a força de trabalho (de 14 a 69 anos) inclui mais de 50% de pessoas que não estão a procura de emprego. São jovens que estudam e não trabalham, donas de casa, pessoas com mais de 70 anos e aposentados. Como estas categorias correspondem a 8% da força de trabalho, o índice de desemprego é de 10,9%. 5.8 Comércio Exterior Entre 1997 e 2005, a região exportou US$(FOB) ,00 e importou US$(FOB) 4.421, ,00 tendo um saldo positivo de US$(FOB) ,00. O município de Rio Grande foi responsável por 88% das exportações e por 87% das importações. 5.9 Índice de Retorno do ICMS 6, Do ano 2000 ao ano 2009, o Índice de Retorno do ICMS teve uma média de 5.10 Valor adicionado Bruto No conjunto dos municípios da região, a composição do VAB é de 20,23% da agropecuária, 37,44% da indústria e 42,33% de serviços/comércio. Na soma do período
13 2003/2008 a relação do VAB regional com a VAB do Rio Grande do Sul foi de 9,09% no setor agropecuário, 6,45% no setor industrial e 7,58% no setor comércio/serviços. A relação média dos três setores foi de 7,34% no período. Pelotas tem forte participação do setor comércio/serviços, 60,49% e Rio Grande forte presença da indústria, 64,73%. A maioria dos demais municípios tem maior participação da agropecuária Composição do PIB Com um PIB previsto para 2010 de aproximadamente R$ 9,5 bilhões sua composição é de 9,5% gerado no setor primário, 18,7% no setor secundário, 62,7% no setor terciário (comércio e serviços) e 9,1% em impostos. O setor terciário, pela nova metodologia de cálculo adotado pelo Brasil, ficou com a maior parte do VAB contabilizado. Na região o setor terciário é composto pelo comércio com 27,9%, serviços com 32,4% e dammy financeiro com 2,4%. Total de 62,7% do PIB. A renda per capita da região prevista para 2010 é de R$ ,00. Essa renda não prevê o impacto dos investimentos que estão em andamento. Dos municípios lindeiros com a região, dois se destacam pela elevada renda per capita os municípios de Aceguá com R$ ,00 e Candiota com R$ ,00. A arrecadação de impostos vem evoluindo no período 2005/2009. A média anual do ICMS no período foi de R$ 500 milhões, o IPVA foi de R$ 65 milhões, o ITBI de R$ 300 mil, o IPI foi 216 milhões o IRPJ foi R$ 80 milhões e o IPTU de todos os municípios foi de R$ 31 milhões. Esse valor não prevêm o impacto dos investimentos que estão sendo feitos.
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15 INVESTIMENTOS Foram levados em conta todos os investimentos os investimentos realizados e à realizar no período 2001 a É preciso entender que os investimentos apontados são dinâmicos e que a cada levantamento que se faz podem ser encontradas alterações para mais ou para menos. 1.Carvão COMPLEXO ENERGÉTICO O Estado possui 28,53 bilhões de toneladas do carvão prospectado no Brasil, sendo 89% do volume total. Somente em Candiota estão 12 bilhões de toneladas em reservas. A geração de energia a partir do carvão,contudo, ainda representa em torno de 1,5% das fontes locais. Por ser 30% mais barata do que a produção por meio de gás, a
16 iniciativa já conta com R$ 52 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal. No Rio Grande do Sul, a capacidade instalada encontra-se em 538 MW, dividida entre Charqueadas (72 MW), Presidente Médici (446 MW) e São Jerônimo (20 MW). Prevista para entrar em operação até dezembro de 2009, a fase C da usina termelétrica Presidente Médici, em Candiota, produzirá 350 MW. O investimento é de US$ 430 milhões provêm de um banco chinês. 2.Pólo Termelétrico O Comitê Estadual da Energia, da Secretaria Estadual de Infra-estrutura e Logística (SEINFRA) aprovou a proposta inédita no País de contratação de consultoria,pela Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM) para desenvolver estudo ambiental e zoneamento em Candiota onde se localiza a maior das reservas de carvão do Estado, (DP. 6/06/2008 Taline Schneider) A produção de energia termelétrica de Candiota aumentará em cinco vezes até Com investimentos de aproximadamente R$ 5 bilhões na construção da Fase C da Presidente Médici e das usinas Seival, Seival 2 e Termopampa, a capacidade passará de 446 megawatt (MW) produzidos atualmente pelas fases A e B para 2,3 mil MW. A energia gerada corresponderá a cerca de 60% da demanda estadual. Como 80% das reservas de carvão do Estado encontram-se no município, a Mina de Candiota, da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), investirá R$ 240 milhões para dobrar a produção no intuito de atender a Fase C, que começou a ser construída no início de A matéria-prima passou a ser entregue à usina em setembro de Dois milhões de toneladas anuais passarão para 4,25milhões de toneladas em menos de dois anos. Isso fará a empresa crescer, gerar mais 200 empregos diretos e se manter no ranking de maior mineradora do país. O faturamento é conseqüência de ações harmônicas da companhia e, provavelmente, duplicará. Potência das Usinas
17 Usina Potência Investimento Início operação Carvão necessário Fornecedor (em atividade) (tonelada/ano) Fases A e B 446MW (em atividade) 2 milhões CRM Fase C 350MW R$ 1,2 bilhão Janeiro milhões CRM Cibe Energia 700MW R$ 1,3 bilhão ,5 milhões CRM Seival 500MW R$ 1,7 bilhão milhões Mina de Seval* e CRM** Pampa 350MW Não divulgado Sem previsão Não-divulgado Mina de Seval* e CRM** Seival 2 600MW R$ 2,8 bilhões 2014 Não-divulgado Mina de Seval* * Não está em operação ainda **Somente a Mina de Seival não tiver capacidade para atender toda a demanda Previsão de outras termelétricas Os municípios de Candiota e Hulha Negra serão alvo de novos empreendimentos da empresa MPX que, pela primeira vez, faz investimentos no Rio Grande do Sul. O projeto abrange a construção de uma termelétrica e uma barragem, cujo início das obras está previsto para julho. A vinda da empresa de deve pelo grande potencial de carvão mineral existente, aliado ao apoio do governo do Estado que, por meio da Secretária da Agricultura, está providenciando no reassentamento de famílias que hoje ocupam as terras públicas destinadas à barragem. Com tecnologia moderna, vinda da Europa, será instalada em Candiota a termelétrica movida a carvão, mineral considerado menos poluente quando utilizado como combustível. Em Hulha Negra a barragem a ser construída terá capacidade reservatória de 10,5 bilhões de litros de água e terá usos múltiplos: atender a termelétrica e propiciar irrigação, especialmente na área rural. Prazos. Situada no rio Jaguarão, a barragem receberá investimentos estimados em R$ 25 milhões e terá um reservatório de 375 hectares, com potencial para irrigar 35 mil hectares. Durante os 15 meses de construção a barragem viabilizará cerca de cem empregos diretos e 200 indiretos. Já a termelétrica levará quatro anos para ser concluída e ficará a cerca de 15 quilômetros da barragem. A barragem ajudará a produção agropecuária da região, visto que parte da água estará disponível para atender os municípios por meio de irrigação e abastecimento.
18 3. Energia Eólica O Rio Grande do Sul dá impulso a utilização da energia com projetos na região sul. Estão previstos cinco projetos para a Zona Sul: Santa Vitória do Palmar com 122 MW e investimento de US$ 162 milhões, Mostardas com 350 MW e investimento de US$ 235 milhões, Rio Grande com 300 MW e investimento de US$ 255 milhões, Piratini (três parques) com 643 MW e investimento de US$ 500 milhões. Além dos citados existe um projeto previsto para Jaguarão, mas sem definição de potência e investimento. 4. Outras Possibilidades Energéticas 4.1. Petróleo A direção da Petrobrás confirmou a possibilidade de existência de petróleo e gás natural na bacia de Pelotas. Dois poços localizados no litoral de Tavares e São José do Norte são as principais esperanças da empresa Terminal de GNL A terceira estação de regaseificação a ser construída pela Petrobrás poderá ser localizada na Zona Sul do Estado. A Petrobrás cumprirá critérios técnicos e o terminal será construído para suprimir a demanda térmica Royalties do Petróleo A Câmara dos Deputados aprovou lei que redistribui a renda obtida com a exploração do petróleo inclusive nas áreas já licitadas. 29,1 milhões. Os municípios da Zona Sul poderão receber, em conjunto, anualmente, até R$
19 COMPLEXO NAVAL A chegada do pórtico guindaste que se instalou no Dique Seco no porto de Rio Grande em meados de 2008, deu a dimensão do pólo naval que fincou seus tentáculos na região. A estrutura com 90 metros de altura e 2,8 mil toneladas, que custou R$ 40 milhões, foi usada para a saída da primeira plataforma oceânica, P-53. O Dique seco e a plataforma somam R$ 2,3 bilhões em investimentos. O ambiente favorável a indústria naval é resultado da lei do Petróleo, que abriu o mercado do hidrocarboreto e permitiu a exploração offshare. O Programa Navega Brasil criou condições para que armadores e estaleiros produzam no Brasil. A indústria naval é intensiva em mão-de-obra, tecnologia e capital, por isso impressiona por sua grandeza. Até o momento 25 indústrias já se instalaram ou estão se instalando no pólo e outras nove já protocolaram pedido para implantação. Além das plataformas P-55 e P-61 que serão construídas em Rio Grande a Petrobrás já anunciou a construção de oito cascos da primeira fase de exploração do pólo pré-sal. O valor dos investimentos será aproximadamente de R$ 5,8 bilhões. Considerando os investimentos já feitos e a serem feitos até 2017 pelos governos estadual e federal, pelo capital, privado e pela Petrobrás o valor deve chegar a R$ 10,8 bilhões e gerar empregos diretos e indiretos. PÓLO DE BASE FLORESTAL Embora com a suspensão temporária da unidade de produção de celulose pelas empresas Votorantim w Aracruz, a região que já era grande produtora de madeira, hoje consolidou essa posição. A empresa FIBRIA, resultado da fusão da Votorantim e Aracruz já investiu na região US$ 335,6 milhões no plantio de 440 mil hectares de eucalipto.
20 Dessa aptidão a região poderá incrementar um pólo madeireiro de grande parte. Nos diversos municípios da Zona Sul já operam 466 unidades de beneficiadores de madeira, indústrias de artefatos de madeira e indústrias de móveis. A partir de hoje a região de Pelotas contará com um Comitê Florestal Regional, nova ferramenta para estimular o desenvolvimento econômico sustentável da Zona Sul. O comitê será uma das bases do Programa Florestal do Rio Grande do Sul, que promove e coordena ações para o progresso e melhoria da competitividade da cadeia produtiva de base florestal. PÓLO FRUTICULTURA A fruticultura na região começou a expandir-se em Os principais produtores de uvas veníferas de qualidade são Bagé, Candiota e Pinheiro Machado. A área total de plantio é de aproximadamente 2,1 mil hectares e a produção é de 13,6 mil toneladas de uvas viníferas. Já foram investidos na região cerca de R$ 95 milhões. A produção de vinhos chega a 6,3 milhões de litros. Uma unidade industrial está instalada no município de Candiota e outra em instalação em Pinheiro Machado. O governo do Estado investiu nos últimos cinco anos R$ 55 milhões na produção de frutas para industrialização e consumo in natura como abacate, caqui, figo, laranja, maçã, marmelo, pêra, pêssego e tangerina. PÓLO TURISTICO Com objetivo de promover as potencialidades turísticas dos municípios, intensificando o fluxo de visitantes e assim, beneficiar micro e pequenas empresas locais o Sebrae vem atuando na região da Costa Doce com projetos de desenvolvimento do Turismo desde 2003.
21 Diante das novas expectativas para o turismo neste século, o qual evidencia o turismo como uma das forças que compõe a economia mundial, e o turismo sendo uma das prioridades do Sistema Sebrae/RS no Programa de Fomento à Competitividade de destinos Turísticos e do Artesanato Gaúcho. Diante da percepção que a atividade turística ocupa mais espaço no planejamento dos governos municipais e nas instâncias de governança da Costa Doce e Pelotas ter sido identificada pelo MTur como destino indutor da região. Como os novos investimentos em outros setores na região impactam diretamente no consumo de serviços de alimentação, hospedagens, lazer, cultura oferecida pelas MPEs, desenvolvemos aqui, um projeto com objetivo de qualificar as MPEs do setor em práticas sustentáveis de gestão, criar e promover os produtos turísticos regionais. Em 7 anos de projeto foram investidos em torno de R$ ,00 em qualificação do turismo e do artesanato da Costa Doce, investimentos do Sebrae, empresas parceiras, e municípios parceiros. REFLEXOS SOCIOECONÔMICOS O pólo naval dinamizará os principais setores industriais: metal-mecânica, química pesada, química fina, mecânica fina, madeireira, energia, eletrônica, microeletrônica, eletrônica embarcada e informática. Além desses setores considerados serão ativadas 392 atividades econômicas que se dividem em profissões, ofícios, manufaturas, qualificadas e semi-qualificadas e sapadores. Poderão ser criados até 18 mil empregos diretos e indiretos. Junto com o pólo naval, os pólos energéticos, florestal, fruticultor e mais os diversos investimentos realizados e a realizar fortalecerão a lavoura, a pecuária, a vitivinicultura, o florestamento, a engenharia pesada, a engenharia ferroviária, a navegação fluvial, o transporte e a logística, os serviços industriais de utilidade pública, o turismo, a hotelaria, a gastronomia e o abastecimento, a viação aérea, as atividades liberais, a saúde, a educação e a segurança. O resultado desses reflexos desembocará num setor industrial ao mesmo tempo gerador de empregos e de dinamização radial, a construção civil. Estimativas iniciais,
22 portanto não oficiais, indicam que além das moradias já terminadas (quase 12 mil casas populares) até 2017 serão necessárias de 30 a 40 mil unidades em toda a região. Isso deve levar as autoridades a pensar com profundidade em quatro fatores definidores de qualidade de vida: saúde, educação, mobilidade humana e segurança. Todos os itens em larga escala. Cabe registrar que o setor financeiro crescerá na proporção direta do crescimento econômico da região e seu dammy poderá triplicar até No campo econômico, somente os investimentos já realizados nos pólos apontados elevará o PIB da região em R$ 190 milhões nos próximos dois anos. A partir de 2017 o aumento sobre o valor absoluto do PIB poderá ser de até 11,3 ainda não se pode calcular em decorrência da dinâmica que vem avançando sem controle. Além dos 18 mil empregos diretos e indiretos gerados pelo pólo naval, estima-se que até 2017 serão criados em todos os setores-mãe e seus derivados entre 70 e 90 mil empregos, o que no entanto não pode ser tomado como números definitivos. Somente daqui a três ou quatro anos por meio de instrumentos econométricos poder-se-á chegar em números mais confiáveis. A arrecadação de impostos será a partir de 2017 de duas a três vezes maior. INVESTIMENTOS A) Complexo Portuário e Naval I. REALIZADOS E EM REALIZAÇÃO I.1 Governo Estadual R$ ,00 I.2 Governo Federal R$ ,00 I.3 Terminais Privados R$ ,00 I.4 Área Retroportuária (privados) R$ ,00 I.5 Empresas Privadas (21 projetos) R$ ,00 I.6 Infra-estrutura do Porto R$ ,00 I.7 No Porto R$ ,00
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