DESENVOLVIMENTO E MUDANÇAS NO BRASIL: Da Proclamação à Nova República Margarete Lopes Iung

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1 1 DESENVOLVIMENTO E MUDANÇAS NO BRASIL: Da Proclamação à Nova República Margarete Lopes Iung RESUMO Com a realização do presente trabalho pretendeu-se desenvolver um estudo acerca do desenvolvimento e das mudanças ocorridas no estado Brasileiro, no período compreendido entre 1889, quando foi proclamada a República, até 1985 quando terminou a Ditadura Militar e deu-se início à Nova República. Pôde-se perceber que foram anos marcados pela oscilação entre arrojadas decisões políticas que resultaram em grande crescimento econômico e alterações econômicas originadas por queda do Produto Interno bruto e aumento descontrolado da inflação. O período em questão é também marcado por vários golpes, normalmente comandados por militares, e pela instauração de duas ditaduras. Houve grande desenvolvimento nas relações trabalhistas, principalmente a partir da Consolidação das Leis do Trabalho. Pôde-se perceber também a força do cidadão quando este se organiza e age em conjunto para conquistar o bem comum. PALAVRAS-CHAVE: República; Era Vargas; Ditadura Militar; Nova República INTRODUÇÃO Desde o descobrimento do Brasil, em 1500 e o início de sua colonização, muitos acontecimentos marcaram a história brasileira. A partir de 1850 o Brasil iniciou uma arrancada industrial que resultou em urbanização e instalação de fábricas, bancos e companhias de navegação. O capital cafeeiro e capital internacional financiaram esta urbanização. O Brasil passou a dar grandes saltos desenvolvimentistas, contudo a economia ainda era dependente do mercado externo, através das exportações de gêneros primários. Neste momento, eram industrializados, basicamente, bens de consumo para trabalhadores sendo todo o restante importado, principalmente da Inglaterra. (CATANI, 1984)

2 2 A partir de 1889, com a proclamação da República, o Brasil passou a viver outra realidade. Começou então a ser construída outra história para o Brasil, a qual será comentada nas próximas páginas. O livro utilizado para estudos e o texto indicado como apoio pouco ou nada dizem a respeito do que representou na vida dos trabalhadores brasileiros o período da História compreendido nos 96 anos estudados. Por esta razão, foi procurado dar um enfoque ao nível de organização da sociedade brasileira e em como o trabalhador reagiu às ações dos presidentes da república e quais destas ações refletiram em conquistas para a classe operária, principalmente das cidades. DESENVOLVIMENTO O período que se estende de 1889, ano da proclamação da república, até 1930, é denominado de República Velha. A República Velha é dividida em dois momentos históricos distintos: 1889 a 1894, chamado de República da Espada, por ser dominado pelos militares e 1895 a 1930, chamado de República Oligárquica, por ser dominado pelos presidentes (governadores) de Estados da União. O primeiro presidente republicano foi Marechal Deodoro da Fonseca. Durante seu governo, foi concedida nacionalidade aos imigrantes residentes no país; as províncias se tornaram estados e foram nomeados seus governadores; foi criada a atual bandeira nacional e banida a família real, a qual somente retornou em 1922, depois do falecimento da princesa Isabel. Em 1891 foi promulgada a primeira constituição brasileira, inspirada na constituição americana. Seu texto dava autonomia aos estados e municípios.

3 3 Os membros do legislativo e do executivo passaram a ser eleitos, porém, o voto não era secreto e a cédula deveria ser assinada. Não poderiam votar mulheres, analfabetos, indigentes e religiosos sujeitos à obediência eclesiástica. A constituição determinava que Deodoro da Fonseca fosse o presidente até Autoritário, fechou o Congresso e em 1891 foi deposto, quando Floriano Peixoto assumiu até o fim do mandato, em O primeiro civil a assumir a presidência foi Prudente de Moraes, período conhecido como de transição da república da espada para a república oligárquica. O governo de Prudente de Moraes foi fortemente marcado pela Guerra de Canudos, liderada pelo beato Antonio Conselheiro. A consolidação da república oligárquica veio com Campos Sales, através da Política dos Estados, ou Política dos Governadores, manobra política que impedia a oposição de assumir o poder, uma vez que as oligarquias é que determinavam os próximos sucessores, em eleições fraudulentas. Este período é também conhecido como coronelismo, liderado por coronéis, líderes civis que dominavam a política local. O voto era usado como mercadoria de troca entre os membros da sociedade daquela época, sendo manipulado e controlado pelos chefes da política nos estados e municípios. Essa foi, sem dúvida, uma das marcas da vida política na Primeira República, uma república de coronéis. O período foi marcado pelo estabelecimento de fábricas, porém a cafeicultura era a base econômica. Quem dominava o país nesta época eram os latifundiários, integrantes da burguesia agrária e o núcleo deste poder estava em São Paulo e Minas Gerais, o que caracterizou a expressão Política do Café com Leite. Uma política a serviço dos cafeicultores de São Paulo e dos pecuaristas de Minas.

4 4 A República Oligárquica foi marcada por várias revoltas e, sobretudo, pelo Movimento Tenentista, caracterizado por ser um movimento militar que defendia a moralização da política, voto secreto, proibição da reeleição e o fim da corrupção eleitoral, ao mesmo tempo em que defendia a liberdade de ensino, reforma tributária, separação da Igreja e do Estado, maior intervenção do Estado na economia e o Exército de volta ao poder. Os primeiros 30 anos do século XX foram também marcados pela falta de leis que protegessem os trabalhadores. As questões trabalhistas eram resolvidas nas patas dos cavalos da polícia. Era a força repressiva do governo a serviço dos patrões. A partir de 1917, algumas leis trabalhistas surgiram, porém, não se aplicavam. Foram leis conquistadas através de greves, suor e sangue da classe operária. (GIANNOTTI, V. 2007) Segundo SIMÃO (1966), entre o final do século XIX e o ano de 1920, mais de 400 greves aconteceram no país. Os trabalhadores estavam se organizando, inspirados, principalmente, pelos anarquistas espanhóis e italianos. A maioria das greves era reivindicatória de uma legislação trabalhista efetiva e pela redução da jornada de trabalho para 8 horas. Os anos 20, para a classe trabalhadora brasileira, foram de forte repressão. Os governos impunham, constantemente, estados de sítio. Os trabalhadores organizados eram considerados perigosos e toda forma de repressão foi exercida. Segundo GIANNOTTI (2007), o Brasil, durante esta década, viveu as dores do parto da passagem de país agrário, marcado pela sua tradição escravagista, para país moderno, no caminho da industrialização.

5 5 Quando assume o poder, Washington Luís, sucessor de Arthur Bernardes, suspende o estado de sítio decretado por este, em Porém, a repressão à classe operária continua. A partir de 1928, a industrialização no Brasil ainda engatinhava e a exportação de café era a grande fonte de recursos. Neste mesmo ano, é criado o Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp), centro ideológico e organizador dos industriais paulistas. O Centro exigia que o Estado interviesse na economia, incentivando a industrialização e não só o café. Embora exigisse a industrialização do país, exercia forte repressão sobre os operários. Em 1929 começa a campanha eleitoral. Pela tradição, um mineiro deveria ser escolhido como candidato, porém, apresentou-se o paulista Júlio Prestes. Com o apoio de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, lançou-se candidato o gaúcho Getúlio Vargas. Mais uma vez foi uma eleição fraudulenta, na qual apenas 600 mil pessoas votaram e o governo divulgou um número duas vezes maior que o real. Pela contagem oficial, Júlio Prestes sagrou-se vencedor. Contudo, a oposição não aceitou a derrota de Vargas e iniciou a Revolução de 1930, liderada pelo próprio Vargas, Antonio Carlos Ribeiro de Andrada e Tenentes. Como o modelo oligárquico-liberal da Velha República já estava desacreditado, houve muito pouca resistência à Revolução. O estopim da Revolução foi o assassinato de João Pessoa, por motivos pessoais, porém, denunciado como assassinato político pelas forças que apoiavam Vargas. (GIANNOTTI, 2007) Em 03 de outubro de 1930, Getúlio Vargas assume a presidência do Brasil, pondo fim à República Velha. Menos de um mês após sua posse, cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Criou também, o Ministério da

6 6 Educação e Saúde, a Universidade do Brasil e o Serviço do Patrimônio Histórico Nacional, além do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Getúlio Vargas também implantou, no Brasil, o processo de concurso público para contratação de servidores. Já em 1932, para organizar o processo eleitoral, foi aprovado o Código Eleitoral que deu o direito ao voto às mulheres, porém, apenas às casadas (desde que autorizadas pelo marido), viúvas e solteiras com renda própria. Getúlio também implantou o voto secreto e criou a Justiça Eleitoral. (GIANNOTTI, 2007) Quando assumiu a presidência, Vargas ficaria, provisoriamente e com o apoio dos Tenentes, até Candidato, foi reeleito para mandato até Porém, em 1937, Vargas dá um golpe com apoio do exército, de setores da igreja católica, dos integralistas e da classe dominante. Fecha o Congresso, suspende a eleição presidencial e a Constituição de 1934 e outorga nova Carta. Os partidos políticos foram fechados. Os sindicatos tiveram as atividades suspensas e a greve passou a ser caracterizada instrumento anti-social. Assim foi o conhecido Estado Novo : censura à imprensa, as cadeias lotadas de presos políticos torturados. Um povo totalmente sem liberdade e sem democracia. (GIANNOTTI, 2007) Durante o Estado Novo, deu-se continuidade à política de incentivo à industrialização e substituição das importações. Em 1940, foi inaugurada a Fábrica Nacional de Motores; em 1941, começa a construção da Companhia Siderúrgica Nacional; em 1942 nasce a Companhia Vale do Rio Doce. Vargas continuava a decretar novas Leis, em grande parte, relativas ao trabalho. Em 1º de maio de 1943, entrega aos trabalhadores a Consolidação

7 7 das Leis do Trabalho, como se fosse um presente caído dos céus e não o resultado de mais de 40 anos de luta da classe operária brasileira. Em 1945, as eleições presidenciais estavam marcadas para dezembro. Getúlio almejava ser eleito, pois em 15 anos de poder, ainda não tinha conquistado uma eleição. Porém, em 30 de outubro, é deposto por um golpe dos militares e volta para o Rio Grande do Sul. Foi convencido a apoiar a candidatura do general Eurico Gaspar Dutra, a fim de não ser exilado. Com o apoio importantíssimo de Vargas, Dutra foi, então, eleito presidente do Brasil. Em 1950, Getúlio foi, finalmente, eleito presidente e aclamado pelo povo nas ruas de todo o país. Ficou no poder até 1954, quando em 24 de agosto se suicidou. Neste período, Getúlio foi responsável pela fundação do BNDE, atual BNDES; do Banco do Nordeste; do IBC, extinto em 1990; da PETROBRAS; da CACEX, Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil. Em 1954 entrou em operação a Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso I. Em 1955, depois de uma disputadíssima campanha eleitoral, Juscelino Kubitschek é eleito presidente, tendo como vice João Goulart. JK foi eleito graças às suas promessas de dar continuidade ao programa nacional desenvolvimentista de Getúlio Vargas. Eleito, por pouco não assume o poder, pois os militares tentaram organizar um golpe que impedisse a posse. O Plano de Metas foi o principal programa de JK durante a campanha eleitoral e tinha como lema 50 anos em 5!. O Plano tratava-se de metas para desenvolver os setores de energia, transportes, indústria de base, alimentação e a construção de Brasília, a nova Capital. Objetivava-se reduzir as importações e favorecer a fabricação, no Brasil, de bens de consumo duráveis. Houve um acelerado desenvolvimento capitalista. JK ofereceu muitas facilidades à entrada do capital estrangeiro e à

8 8 remessa de lucros obtidos no país. A maioria das ações do Plano de Metas obteve sucesso, mas onerou as finanças públicas, principalmente porque o investimento da iniciativa privada foi ínfimo e a maioria dos recursos despendidos ficou a cargo do Estado. Segundo LEITE JÚNIOR (2009), o desconserto financeiro do setor público, durante o governo de JK, acabou sendo um dos principais responsáveis pela crise econômica que o país viveu durante os governos de Jânio e João Goulart, que culminou com o golpe militar de Os anos 50 foram marcados pelo populismo desbragado iniciado por Vargas e consolidado por Juscelino, Jânio Quadros e, sobretudo, João Goulart. Embora existissem medidas populistas, como por exemplo, o aumento de 100% do salário mínimo dado por Vargas em fevereiro de 1954, as greves dos trabalhadores ocorreram em grande intensidade no período compreendido entre 1950 e De acordo com GIANNOTTI (2007), no início dos anos 60 os Estados Unidos manifestaram preocupação com a política do Brasil e passam a agir no movimento sindical. Levam trabalhadores para fazer cursos de formação nos estados Unidos que nada mais são do que lavagem cerebral imperialista imposta aos sindicalistas. Assim, a CIA colaborou para que sindicalistas unidos aos patrões e aos militares articulassem o Golpe que implantou a Ditadura Militar de Pouco tempo antes do Golpe, nasceu um agrupamento político, a Ação Popular, fortalecido no meio estudantil e que foi uma das organizações que lutaram contra a ditadura durante os anos do regime militar imposto aos brasileiros. Em 1960, foi eleito presidente o candidato da direita, Jânio Quadros. Se Acordo com GIANNOTTI (2007), sua pregação moralista e populista garantiu a

9 9 vitória, porém não foi o bastante para mantê-lo no governo. Sete meses após tomar posse, em agosto de 1961, renuncia alegando sofrer pressão de forças terríveis e João Goulart, seu vice, assume o poder, ressalte-se que contra a vontade dos militares e da direita aliada aos norte americanos. Foram anos polêmicos. No início do mandato Jânio/Jango, o PIB cresceu satisfatoriamente, contudo, a partir de 1963 cai vertiginosamente, ao passo em que a inflação cresce assustadoramente. A classe trabalhadora continua em efervescência, não abandonando as lutas e se organizando, inclusive os trabalhadores do campo. Com um presidente comunista, que incentivava as organizações sindicais e estudantis, as palavras mais ouvidas nos rádios e lidas nos jornais eram baderna, agitadores, perigo comunista. (GIANNOTTI, 2007) Em março de 1964, a esquerda organizou, junto com a presidência, uma grande manifestação no Rio de Janeiro. Na entrada da Estação Central foi montado um palanque onde o presidente Jango assinaria as Reformas de Base. Estas reformas se opunham aos privilégios seculares das elites, da burguesia: reforma agrária, bancária, tributária, urbana, política, universitária e administrativa (GIANNOTTI, 2007). Todas convergiam para melhor distribuição da renda, maior justiça social e desenvolvimento independente do país. Neste grande comício estiveram presentes cerca de 200 mil pessoas, sendo a maioria funcionários de estatais e servidores públicos, além de profissionais liberais e estudantes. Era 13 de março de dias depois, em 19 de março, a direita golpista realiza, em São Paulo, a Marcha com Deus pela Liberdade. Eram militares, empresários, classe média e católicos conservadores levando faixas com palavras de ordem que pediam por um golpe que restabelecesse a democracia.

10 10 No dia 1º de abril, então, é consolidado o Golpe Militar. Assume o poder o primeiro presidente do regime militar: General Castello Branco. A prioridade do governo era o ajuste das contas públicas e controle da inflação, na casa dos 80%. Para combater a inflação, foi posto em prática um programa de ajuste fiscal rigoroso, com aumento das receitas e redução das despesas públicas e forte controle na emissão de moedas. Os reajustes de salários foram vinculados ao aumento da produtividade. As principais medidas tomadas foram: unificação do sistema de previdência; criação do ISS Imposto Sobre Serviços, ICM imposto sobre Circulação de Mercadorias e IPI Imposto sobre Produtos Industrializados; permissão do pagamento dos tributos através da rede bancária, o que facilitou a fiscalização do pagamento e aumentou a arrecadação tributária; e a criação do Fundo de Participação de Estados e Municípios para garantir a distribuição, para ambos, dos tributos arrecadados pela União. Em novembro de 1964 foi aprovado o Estatuto da Terra, que disciplinava os direitos e obrigações referentes à propriedade rural para fins de reforma agrária. Durante o governo Castello branco, o PIB aumentou consideravelmente e a inflação permaneceu na casa dos 40%. Os próximos presidentes, Generais Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici providenciaram anos de grande crescimento da economia, mais conhecido como Milagre Econômico Brasileiro. Durante essas três presidências, o PIB cresceu 96,37%. De 1964 a 1974 foi criada a administração indireta, com a instituição de autarquias, empresas públicas, empresas de economia mista e fundações. Surgiram também a Embraer, Telebrás, Embrapa e Embratel. Foi executado o Plano de Integração Nacional que resultou na construção das rodovias Santarém/Cuiabá e Perimetral Norte, da Ferrovia do Aço

11 11 e da Ponte Rio/Niterói. Foram criados o Plano de Integração Social (PIS) e o Programa de Assistência Rural (PRORURAL), além de uma intensiva campanha de combate ao analfabetismo com a implantação do MOBRAL Movimento Brasileiro de Alfabetização. Não obstante o crescimento econômico considerável, a dívida externa saltou de U$ 3,4 bilhões para U$ 14,9 bilhões. À medida que crescia a economia brasileira, crescia também o endurecimento do regime militar em relação às liberdades políticas. Os governos de Costa e Silva e Médici foram marcados pelas excessivas e desenfreadas prisões, torturas e assassinatos de opositores ao regime. As bases do famoso Milagre Econômico foram a criação dos Atos Institucionais; uso e abuso de Decretos-Lei; instauração de Inquéritos Policiais Militares que tiravam o sono dos opositores do regime; criação do Sistema Nacional de Informação para vigiar os opositores da Ditadura, presidido e projetado por Golbery do Couto e Silva; implantação da censura após o AI-5, em dezembro de 1968, decretado para acabar com o que sobrara das organizações dos trabalhadores; aplicação da Lei de Segurança Nacional; fechamento dos partidos políticos e implantação de dois partidos, a saber a ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), supostamente o partido de oposição; fim das eleições diretas para governadores e presidente da república; cassação dos mandatos e suspensão dos direitos políticos de pessoas indesejáveis como governadores, prefeitos, vereadores, deputados, senadores, sindicalistas e cidadãos comuns que lutavam contra a ditadura e propagavam a desordem ; intervenção nos sindicatos, federações e confederações de esquerda; proibição às greves; repressão aos considerados/julgados subversivos, através de prisões, torturas e

12 12 mortes; combate ao movimento estudantil, caracterizado pelo incêndio à UNE (União Nacional Estudantil); repressão aos intelectuais de esquerda; demissão de professores universitários de esquerda; arrocho salarial aos trabalhadores; fim da estabilidade de emprego e a criação de um disfarce que justificasse esta medida, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço além da demissão sumária de servidores públicos considerados indesejáveis. O Governo Médici foi o mais duro e repressivo, conhecido como anos de chumbo. Houve considerável crescimento da repressão à luta armada e severa política de censura. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e Centro de Operações de Defesa Interna) promove as investigações e repressão do povo, a serviço do governo militar. No campo, ganha força a guerrilha rural, sendo a guerrilha do Araguaia fortemente reprimida pelas forças militares. Após séria crise do petróleo, toma posse no ano de 1974 o presidente Ernesto Geisel, considerado mais progressista, continuou mantendo um ritmo acelerado de investimentos, o que contribuiu para a deterioração das contas públicas. Embora o chamado Milagre Econômico parecesse ser um milagre de fato, a classe trabalhadora estava cada vez mais pobre, enquanto os patrões estavam cada vez mais ricos. Este período foi caracterizado pelo crescimento desordenado de favelas nos grandes centros econômicos do país. Outras marcas do governo Geisel são a construção da Usina Nuclear de Angra dos Reis; implementação do Pró-Álcool; fundação da Companhia Siderúrgica de

13 13 Tubarão; inauguração da Refinaria do Planalto em Paulínia; construção das usinas hidroelétricas de Tucuruí e Itaipu. Foi também no período Geisel que houve um aumento considerável do orçamento do BNDE, através da incorporação do PIS/PASEP. Foi um período de riscos de aumento dos déficits comerciais e da dívida externa, mas que contribuíram para uma estrutura industrial avançada que permitiria superar a crise e o subdesenvolvimento. A partir de 1975, os militares passaram a falar numa lenta, gradual e segura abertura política. A sociedade civil começou a se organizar contra a ditadura. As passeatas estudantis e os movimentos de intelectuais contra o regime aumentaram. Foi criado o Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA) que passou a exigir do governo a anistia ampla, geral e irrestrita dos exilados, presos e cassados políticos. A partir de 1977, a sociedade passou a exigir agilidade no processo de abertura política. Entrou em cena a Igreja católica progressista, com padres, freiras e fiéis engajados nas ações sociais, em sindicatos e em movimentos progressistas. Com a chegada de 1978 chegaram também a retomada dos movimentos e a explosão das greves. A mais marcante foi a greve dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Tomou posse em 1979, o quinto e último presidente militar, João Baptista de Oliveira Figueiredo. Governo marcado pela abertura política e pela crise econômica. Em 28 de agosto de 1979, Figueiredo assina a lei que concede anistia a todos que tiveram seus direitos políticos cassados durante o Regime Militar. Retornaram ao país os principais líderes políticos de oposição ao Regime iniciando-se um período de reorganização partidária. Em outubro de 1979 começou a grande greve dos metalúrgicos em São Paulo e que resultou na prisão de mais de mil trabalhadores. Para conter as greves, forte repressão policial

14 14 causou o assassinato de vários grevistas em piquetes ou manifestações. Em 1980 começaram a vencer as faturas dos empréstimos feitos em bancos internacionais, o que elevou a dívida externa para mais de U$ 70 bilhões. Para pagamento dos juros, foi decretada a redução do crescimento econômico que gerou a redução dos investimentos sociais e resultou em arrocho salarial e desemprego. Foi uma recessão jamais vista, aumentando ainda mais o clima de insatisfação com o Regime Militar. (GIANNOTTI, 2007) Foi durante o governo Figueiredo que proliferaram as Centrais Sindicais e nasceu o PT Partido dos Trabalhadores. Era o estabelecimento da classe operária na construção e definição de novo rumo para o país. No ano de 1983, toma corpo o movimento das Diretas. Foi o maior movimento de massas da história do Brasil. Começou no final de 1983 e culminou com a reprovação no Congresso Nacional da Emenda Constitucional proposta pelo deputado Dante de Oliveira que introduzia o sistema de eleição direta para Presidente da República. (LEITE JÚNIOR, 2009) Em 1985, via eleição indireta, o Colégio eleitoral elege Tancredo Neves presidente da República. Doente, Tancredo não pôde tomar posse. Figueiredo se nega a passar a faixa para o vice-presidente, José Sarney, e sai do palácio pela porta dos fundos. Esta foi, finalmente, a derrocada do nefasto Regime Militar Brasileiro que perdurou por longos 21 anos. CONCLUSÃO Através da realização do presente trabalho, pôde-se concluir que todos os presidentes republicanos estiveram preocupados em promover o desenvolvimento econômico do Brasil, embora nem sempre tenham conseguido.

15 15 Muitos deles tentaram promover o desenvolvimento através da repressão e da opressão à organização da sociedade, principalmente, através da exploração da classe trabalhadora. Era a lei do mais forte oprimindo o mais fraco. Embora toda a opressão, toda repressão e o amordaçamento de bocas ; ainda que tenha havido a outorga de leis e constituições que visassem apenas o crescimento do país em riquezas, abandonando a valorização da pessoa humana; apesar de todas as mazelas sofridas e impostas, a sociedade não deixou de lutar pela conquistas dos seus direitos. Desde o mandato do presidente Marechal Deodoro da Fonseca, passando por Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e pelos generais do Regime Militar, ficou claro e evidente o empenho dos trabalhadores, intelectuais, estudantes, igrejas e sociedade em geral, na construção de um país no qual a liberdade de organização e de expressão seja a expressão máxima de seu povo. Um país no qual a liberdade de ir e vir seja valorizada, reconhecida e autorizada. São estas as principais mudanças para o desenvolvimento do Estado. REFERÊNCIAS LEITE JÚNIOR, A. D. Desenvolvimento e mudanças no estado brasileiro. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC: CAPES: UAB, 2009 SIMÃO, A. Sindicato e Estado. São Paulo: Dominus: EdUSP, 1966 GIANNOTTI, V. História das lutas dos trabalhadores no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007 CATANI, A. M. O Que é Capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1984.

16 16 DEL PRIORE, M. História das mulheres no Brasil. 9ª edição, São Paulo: Contexto, 2008.

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