Alcâníara, Luiz Viana Queiroz, Marcos Vinicios Vilaça, Paulo Bertran W i

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1 ATA DA 30" REUNIÃO DO CONSELHO CONSULTIVO DO PATRIMÔNIO CULTURAL Às quatorze horas e trinta minutos do dia dezessete de julho de dois mil e um, no Salão Portinari do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, reuniu-se o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural sob a presidência de Carlos Henrique Heck, Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Presentes os Conselheiros Angela Gutierrez, Angelo Oswaldo de Araújo Santos, Amo Wehling, Augusto Carlos da Silva Telles, Italo Campofiorito, Luiz Phelipe de Carvalho Castro Andrès, Nestor Goulart Reis Filho, Raul Jean Louis Henry Júnior - representantes da sociedade civil -, José Liberal de Castro - representante do Instituto de Arquitetos do Brasil -, Luiz Fernando Dias Duarte - representante do Museu Nacional - e Suzanna do Amara1 Cruz Sampaio - representante do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios. \ Ausentes, por motivo justificado, os Conselheiros Ivete AIves do Sacramento, Joaquim de Arruda Falcão Neto, Lúcio Alcâníara, Luiz Viana Queiroz, Marcos Vinicios Vilaça, Paulo Bertran W i Chaibub, Paulo Roberto Chaves Fernandes, Pedro Iguhcio Schmítz, Synésio Scofano Femandes, Thomaz Jorge Farkas - representantes da sociedade civil - e Josd Silva Quintas - representante do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Apresentaram declaração de voto, por escrito, os Conselheiros Joaquim Falcão e Synésio Scofano Fernandes. O Presidente abriu a sessão cumprimentando os Conselheiros; assinalou as presenças do Embaixador Wladimir Murtinho, Assessor do Mùústro de Estado da Cultura; de Dom Antonio Bemardo Holanda (Dom BEM), Abade do Mosteiro de São Bento da Cidade de Olhd~ do Professor Luiz Souza, do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis - CECOR -, da Universidade Federal de Nínas Gerais; do Dr. Frederico Pernambucano de Mello, Superintendente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco, e da Df Pérside Omena Ribeiro, Diretora do Laboratório de Pesquisa e Conservação de Documentos e Obras de Arte -

2 LABORARTE -, da citada Fundação; do Superintendente da 13" SWHAN, Sérgio Abrahão; e dos arquitetos Maria Paula Annelin e Elísio Yamada, representantes da Associação Brasil Em seguida, manifestou o seu repúdio ao texto de autoria de Diogo Mainardi, publicado na Revista VEJA, que considerou destituído de fundamentos históricos, informando haver solicitado aos Superintendentes das Regionais e aos Diretores das Unidades Especiais do PHAN o encaminhamento de oficios de protesto ao presidente daquela Revista, Senhor Roberto Civita. O Conselheiro Angelo Osvaldo Araújo Santos pediu a palavra para apresentar as segpintes considerações: "Presidente, esse artigo foi escrito pelo jornalista Diogo Mainardi, cidadão que, me parece, mora na Itália e tenta fazer um novo estilo Paulo Francis. Ele quer exatamente isso: impactar, provocar discussões, de maneira que seja citado e comentado. Pensei muito na atitude a tomar diante desse artigo e acabei entendendo que deveria me manifestar por escrito, como o nosso Presidente fez. Mandei uma carta para a Revista que, evidentemente, em ato antidemoçrático, não publicou. Era carta de poucas linhas porque para ser registrada na seção de leitores dos jornais deveria ser bastante sucinta. Eu disse que o artigo do Senhor Diogo Mainardi não merece a consideração de quem atua no campo da história da arte, do patrimônio cultural brasileiro, pelos termos em que se expressa. Essa é a primeira firase. A segunda fixe da minha manifestação à VEJA diz o seguinte: não é tanto como Secretário de Estado da Cultura de Minas Gerais, atendendo a diversas solicitaç6es que me foram dirigidas, por dever de oficio, mas como cidadão que venho expressar indignação pelos termos desse artigo de inspiração, usando o mesmo conceito do Presidente, genuinamente fascista. E assinei. Esse, que Vossa Senhoria colocou muito bem, deve ser enviado ao presidente da empresa que está acobertmdo um desrespeito dessa natureza à arte do Brasil, ao povo brasileiro, aos povos de orígem açicana no Brasil. Como Conselheiro, apoio a manifestação proposta pelo Presidente, em nome do Conselho, sugerindo seu encamhharnento A editora e não ao autor do texto que já está, há muito tempo, procurando se tornar uma personalidade polêmica no país. Acho que esse cidadão não deve ser levado em

3 consideração. É a Revista, ao acolher esse texto, ao dar guarida a esse tipo de provocação, que está ofendendo a cultura brasileira". O Presidente agradeceu e passou a tratar do primeiro item da ordem do dia, solicitação para saída do país do Ret4bulo-mor da Igreja Abaciaf do Mosteiro de São Bento da Cidade de Olindla, apresentando os seguintes esclarecimentos: "Fundamentado nas análises, nas exigências estabelecidas pelo grupo de restauro da Fundação Joaquim Nabuco, pelo nosso consultor, Professor Luiz Souza, e na apresentação do arquiteto Frederico Peniambucano de Mello, enviei ao Diretor do Guggenheim, de acordo com recomendações do Conselho na reunião anterior, oficio com as nossas exigências. Recebemos, através da Associafio Brasil + 500, a resposta e a tradução em ofício assinado pela Senhora Jane DeBevoise,Vice-Diretora do Programa de Administração e Operações, com a aceitação do Dr. Em'lio Kalil, Diretor de Projetos da Associação Brasil Vou passar às mãos da Conselheira Relatora dois oficios do Dr. Edemar Cid Ferreira, que passo a ler: 'Excelentíssho Senhor Carlos Heck, Presidente do IPHAN. Prezado Senhor. A Associação Brasil irá assegurar, contra todos os riscos, de parede a parede, o Altar-mor da Igreja do Mosteiro de SSo Bento de Olinda atrav6s de uma das seguintes seguradoras: Sul América, Porto Seguro e Bradesco. O resseguro será emitido por uma seguradora internacional de acordo com as normas do IRB. Atenciosamente, Edemar Cid Ferreira'. Na mesma data, 11 de julho, ele envia um outro oficio anexando as análises técnicas de 13 de junho, já apreciadas em reunião realizada em Olhda, com a presença de dguns Conselheiros, de representantes do Museu Guggenheim, e de nossos parceiros do Brasil, que passo a ler: 'Estamos enviando o relatório de Paul Schartzbaum, conservador chefe do Solomon Guggenheim Museum, por ocasião da remiiio feita em Olinda, na data de 13 de junho. Este mesmo relatório já foi enviado para o Dr. Luiz Souza, consultor do IPHAN. Desta forma, a Associação Brasil pode assegurar que as condições de climatização para o Altar-mor da Igreja do Mosteiro de São Bento de Olinda, exigidas pelo IPHAN, estão garantidas pelo Guggenheim Museum. A Associação Brasil assumirá possíveis danos que

4 sejam eventualmente produzidos pela adoção das medidas de clirnatização propostas pelo Solomon R. Guggenheim providenciando, portanto, o restauro integral da obra após a mostra Brazil: Body and Soul, Assim, cumprimos as requisições feitas pelo IPHAN para que o Altar-mor da Igreja do Mosteiro de São Bento de Olinda possa participar da referida mostra. Edemar Cid Ferreira'. Vou passá-lo às mãos da Conselheira Relatora para que seja anexado ao processo. Prosseguindo, o Presidente concedeu a palavra à Conselheira Angela Gutierrez para a apresentação do seu relatório, transcrito a seguir: Trocesso no 50-T-38. Safda do Altar-mor da Igreja Abacial do Mosteiro de São Bento - Olinda - Pernambuco. O retábulo-mor da Igreja Abacial do Mosteiro de São Bento, em Olinda, Pemambuco, foi executado durante o período de 1783/1786, sendo atribuído pelo historiador Robert Smith ao mestre entalhador português José Gomes de Figueiredo. Segundo Germaín Bazin, o conjunto 'é uma das belas composições da arte luso-brasileira. A irnponêncía do conjunto e a forqa musculosa do relevo lembram o altar-mor da abadia beneditina de Tibães, próxima a Braga, obra-prima da Congregaçilo Beneditina de Portugal. Porém a composição é diferente e o estilo certamente é mais evoluído, pois já apresenta alguns prenúncios de neoclassicismo'. A monumentalidade e a beleza do retábulo são resultados de uma combinação entre normas regulamentares arquitetônicas e a ornamentação elaborada por elementos de um rococó bastante peculiar. O conjunto escultórico foi trabalhado em cedro, com seus vtirios elementos em encaixes fixados por cravos. Na região do douramento, a madeira recebeu uma camada de cola animal e uma base de preparação constituída de gesso e cola. Sobre esta preparação foi aplicada uma camada de bolo armênio, sobre a qual fixou-se a folha de ouro, que foi brunida posteriormente nas áreas do ouro brilhante. O doumtnento recebeu uma iria camada de acabamento em toda a sua superficie, para ressaltar os relevos da talha, podendo ainda ser percebido em vários pontos. O retábulo encontrava-se em acentuado processo de deterioração, principalmente na sua estrutura, que se mostrava comprometida pelo constante ataque de cupins de solo e de madeira seca, o que também foi a causa principal da deterioração do

5 suporte da talha. A camada de douramento encontrava-se em desprendimento, já registrando grandes áreas de perdas, o que prejudicava fortemente a leitura do monumental conjunto escultórico. O retábulo apresentava ainda bastante sujidade acumulada e grandes áreas de intervenções anteriores que, na maioria das vezes, interferiam na sua integridade física e estbtica, Com a comemoração do quinto centenário, a Associação Brasil solicitou o empréstimo do retábuio para a exposição no Museu Guggenheim de Nova Iorque, responsabilizando-se por sua completa recuperaçiío. Dessa forma, solicitou projetos de restauração a várias empresas especidizadas, sendo selecionado, pelo Instituto do Patrirnônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, o projeto apresentado pela Fundaçilo Joaquim Nabuco, de Recife. As obras tiveram início em 26 de janeiro de 2001, sob a coordenação da restauradora Pérside Ornena, que lidera uma equipe interdisciplinar que vem desenvolvendo o trabalho de acordo com as especificações t6cnicas aprovadas pelo IPHAN. A excelência dos trabaihos de restauro e dedicação dos técnicos envolvidos foi por mim comprovada, em visita orientada à obra, juntamente com o Secretário de Patrimônio, Museus e Artes Plásticas, Dr. Octávio Elísio Alves de Brito, o Presidente do IPHAN, Dr. Carlos Henrique Heck, e o Diretor do Departamento de Proteção do IPHAN, Dr. Roberto de Hollanda. Nessa visita, a restauradora responsável pela obra apresentou tudo o trabalho que vem sendo realizado no reíábulo e ainda todos os passos para a sua conclusão. A exposição de obra de tão grande vulto da arte colonial brasileira no Museu Guggenheim de Nova Iorque, em evento de tamanha importância, constitui, sem dúvida, uma grande chance de divulgação do patrhônio cultural do Brasil colocando em lugar de destaque no cenário da arte barroca mundial. No entanto, parece-me necessário enfatizar que dãvi_algar nosso gatrimônio cultural e torná-lo conhecido e respeitado mundialmente só pode ser viável e compensador, se esta divulgação se fuer de maneira absolutamente segura, dentro das normas internacionais de preservação de obras de arte. Normas estas, que, de forma tão correta, têm sido seguidas, quando da exposição em terras brasileiras de acervos representativos da arte européia ou norte-

6 americana. Considerando, pois, que os trabalhos de restauração foram executados de maneira exemplar, cabe-me agora considerar as condiç6es técnicas relativas à adaptação climática, embalagem, transporte, montagem, desmontagem e exposição do Altar-mor. Com relação às condições de adaptação climática, consta no Anexo I copia da carta enviada pelo Sr. Presidente, Dr. Carlos Heck, ao Sr. Thomas Krens, Diretor do Museu Guggenheim, em que ficam claras todas as exigências do IPHAN. Diante de documento enviado pelo Museu Guggenheim devidamente anexado a este parecer, acordando tais exigências, considero que devemos aprovar as referidas condições de exposição. Da mesma forma, entendo como satisfatório o Projeto Estrutural (Plano de Manuseio Físico-Estrutural - Anexo 2), executado por engenheiros do Museu Guggenheim, enviado e aprovado pelo Dr. Frederico heida, engenheiro do IPNAN, e pela equipe técnica da Fundaçilo Joaquim Nabuco. Ainda com o firme propósito de resguardar a integridade física ou estética do monumental conjunto escultórico, entendo que os demais itens, quais sejam: embalagem, transporte, montagem e desrnontagem, deverão seguir todas as recomendações técnicas expostas pelo Cientista da Conservação do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da Universidade Federal de Minas Gerais - CECOR - Professor Dr. Luiz Souza, constantes em documento enviado ao Presidente do IPHAN - Anexo 3 e abaixo resumidos: - submíssão ao IPHAN de projeto executivo de embalagem, com base nos parâmetros fixados pelo pr6prio IPHAN em documento subsequente B reunião de 13 de junho do corrente, no Mosteiro de São Bento, com o compromisso conexo de submetê-lo ao crivo de perito internacional, a exemplo do Dr. MeMn Richard, da Galeria Nacional de Washington, EUA; - o projeto executivo da embalagem das pqas deve ser fornecido, com especificações de materiais que possibilitem protqão contra variações de umidade, temperatura, choques, danos às peças por contato, e submetido à apreciação de consultor técnico especializado na área; - o projeto completo de embalagem, transporte e desembalagem deve ser fornecido, evidenciando as condiç6es ambientais previstas para embalagem das peças em

7 Olinda, transporte das mesmas (tipo de transporte, previsão de rota, previsão de tempo em trânsito), responsáveis pelo acompanhamento, previsão de chegada em Nova Iorque, desembalagem e montagem para exposição, sendo necessário também a previsão dos mesmos procedimentos para o retorno do altar ao Brasil; - partes representativas do altar deverão ser acompanhadas por datakoggers de umidade relativa e temperatura durante o trajeto (atividade a ser detaíbada pelo Professor Luiz Souza), desde a embalagem em Olinda até a desembalagem e montagem em Nova Iorque. A exposição em Nova Iorque deve possuir monitoramento ambiental, permitindo o acompanhamento (via internet ou outra forma a ser acordada com o Museu Guggenheim), pelo Professor Luiz Souza, da evolução das condições climáticas durante o evento. Cabe-me ainda, para fùiaíizar, esclarecer que as resoluções quanto ao seguro da obra, que deverá ser feito por empresa nacional de grande porte, tendo um resseguro feito por empresa internacional, esao entregues ao Departamento Jurídico do IPHA.N. Ao PHAN caberá também a escolha criteriosa da empresa transportadora à qual será atribuida missão de tão grande relevo. Este é o meu parecer. Angela Gutierrez ". A Relatora apresentou, ainda, as seguintes observações: "Quando me retiro ao documento em resposta a carta do Presidente Heck, devo esclarecer que me foi entregue ontem já em horário bem avançado. Não consegui receber a tempo para análise. Veio hoje para cá, com uma tradução. Parece ser abalizada. Mas também chegou aqui agora e não pude lê-lo. O Presidente irá falar a respeito dele. Uma outra observação que também devo fazer: tomei conhecimento agora, pelo Professor Luiz Souza, que ele já encaminhou uma correspondência ao Brasil 500 Anos fazendo proposta de trabalho objetiva e efetiva para supervisionar todo o desenvoivimento da embalagem, do transporte, da desanbalagem, e acompanhar a exposição em sua pemanência no exterior e retorno a Olinda. Esta carta está aqui, tomei conhecimento dela agora. Acho que ela também sela, de uma forma muito boa, esse acompanhamento do Professor Luiz Souza. É só isso. Obrigada". O Presidente tomou a palavra para as seguintes observações: "Antes de passar a palavra aos Senhores Conselheiros, queria também Ihes fornecer

8 o ofício do Museu Guggenheim e lembrar o Conselho de que, no início das tratativas, o IPHAN nomeou três funcionários técnicos para acompanhá-las e fiscalizá-las. Esse é nosso papel, nossa responsabilidade. É claro que todos contribuíram, tanto no nível do Museu, quanto no nível da consultoria, no controle, na fiscalização. Mas na questão institucional e legal, quem tem essa responsabilidade constitucional é o IPHAN. Então, apresentei na última reunião o oficio que mandamos, no início, para a direçiio da Associação Brasil Anos, citando os nomes dos nossos hcionários que irão também fiscalizar a embalagem, o transporte e irão a Nova Iorque assistir e fiscalizar a montagem. É nosso dever, pela responsabilidade que tem o IPHAN de fiscalizar o empréstimo internacional de obras de arte protegidas por lei, como também de cumprir as normas do Ministério da Cultura. Então o papel do IPHAN será cumprido, como já está sendo cumprido, desde o início até a volta. Quero informar o Conselho de que o Termo de Cooperação assinado pelo IPHAN, pelo Mosteiro de São Bento de Olinda e pela Associação Brasil previa a exposição da peça em Nova Iorque e em Bilbao. Posteriormente, em entendimentos com a Brasil Connects, ficou decidido limitar-se esta discussão à mostra no Museu Guggenheim de Nova líorque. Esta posição foi comunicada à Relatora pelo Diretor de Proteção, Dr. Roberto Hollanda. A parte referente a Bilbao ficou suspensa. É uma decisáo a ser examinada pelo Conselho hoje também. Não é s6 verificar se eles aceitaram as nossas condições de controle de clúnatização, as nossas exigências de embalagem, seguro e transporte, mas também decidir se iremos liberar a saída dessa obra de arte e de* as condições, na hipótese atknativa". Iniciados os debates, a palavra foi concedida ao Conselheiro Raul Hemy para a seguinte manifestação: 44Gosta.ria, inicialmente, de pedir licença aos Conselheiros para fazer algumas considmções de natureza pessoal. Quando soube que a pauta da última reunião incluiria a questão do Altar-mor da Igreja do Mosteiro de São Bento de Olinda, já havia assumido compromissos e não tinha condições para desmarcá-10s. Procurei o Presidente, mas ele estava em viagem ao exterior. Falei por telefone com o Dr. Roberto de Hollanda, dizendo que achava

9 importante, oportuno e interessante que o Estado de Pernambuco pudesse discutir mais profundamente um processo de tamanha relevância. Mandei, por fax, um pedido de vistas ao processo, sugerindo que marcássemos uma audiência pubíica em Pemambuco para que a comunidade culíural do Estado pudesse se pronunciar sobre o assunto. Eu, inclusive, me achava obrigado a isso, porque apesar de estar no Conselho a convite do Ministro da Cultura, não posso me eximir aqui do cargo de Secretário de Cultura de Pemambuco. Portanto, me sinto obrigado aqui a defender os interesses da cultura de Pernambuco. Mandei fax ao Presidente. Lamentavelmente, o fax não chegou B última reunião do Conselho. Acho que não é o caso de se tentar apurar porque não chegou, mas está aqui. Quero inclusive apresentar urna cópia onde consta na parte superior: enviado no dia 26 de junho às 10 horas e 40 minutos, da Secretaria de Cultura de Pemambuco à Presidência do Patrimônio Histórico Nacional. Eu gostaria de incluir esse documento no processo, porque acho muito grave que um Secretário de Cultura de Pernambuco não se pronuncie formalmente e oficiaímente sobre um processo de tamanha relevância. É importante para a minha biografia, para minha vida, faço questão de que fique ressalvado isso aqui- Alguém que pede vistas a um processo jamais poderá se omitir diante dele, até porque, ao pedir visitas, está obrigado a se pronunciar sobre ele. Em relação ao relatório da Conselheira Angela Gutierrez, gostaria de dizer que acho muito importante que se mantenha a proposta de uma reunião em Pemambuco, onde as condições em que esse patrimônio será emprestado sejam esclarecidas à comunidade cultural e a opinião pública. Nós sabemos que o altar é um patrimônio dos Beneditinos do Brasil, mas é também um patrimônio de Qlinda, de Pernambuco. E reforçaria aqui o apelo para realizarmos essa discussão em Peniambuco, para que pud6ssemos ampliar essa discussão. Sabemos da existência de problemas que as pessoas colocam em caráter informa1 e, muitas vezes, não têm coragem de se pronunciar, porque envolvem questões de relacionamento. Muitas vezes as pessoas não querem se expor, mas a Associação Brasil sofre um processo de falta de credibilidade no país. Pernambuco está fora do eixo Rio de Janeiro/São Paulo, mas

10 as informações chegam a Pernambuco. Então achamos que essas questões precisam ser colocadas de forma aberta, clara e transparente. E, na condição de Secretário de Cultura de Pernambuco, não tenho condições de me pronunciar a favor ou contra esse empréstimo, sem discussão realizada em meu Estado, com a sua comunidade cultural, o mais breve possivel. De maneira nenhuma estamos querendo nos eximir dessa discussão ou de nos posicionarmos, em rela@o a esse empréstimo. Acho entretanto importante, na condição de Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, que essa discussão seja aprofbndada lá. Acho que a opinião pública do meu Estado merece satisfações sobre um processo de tamanha relevância para o patrimônio artístico, histórico e cultural do Estado de Pernambuco". O Presidente tomou a palavra para a seguinte intervenção: "Queria fazer um esclarecimento ao Conselheiro. Gostaria que o Dr. Roberto de Hollanda tomasse a palavra em relago à audiência pública. Recebemos um oficio do Secretário de Cultura do Município de Olinda e a reunião já está sendo agendada. Não sei em que nível estão as articulações para que o PHAN, nas pessoas do Diretor do Departamento de Prote+ão e do Presidente, possa estar presente na sede da Prefeitura de Olinda para elucidar a opinião pública. Convido os Senhores Conselheiros que desejarem participar. Nós poderemos infonnar a data, que será próxima". O Presidente passou a palavra ao Dr. Roberto Hollanda para as seguintes explicações: "Desde que foi feita essa sugestão pelo próprio Secretário Raul Henry, e como o Presidente Heck julgava conveniente realizar a reunião em Oliida, porque não deveria mesmo ser realizada em outra cidade, estamos mantendo contato com o Secretário de Cultura e Tecnologia, Dr. Sérgio Rezende. Não há data marcada ainda, estarnos agendando e ela será feita da maneira mais ampla. É interesse do IPHAN a sua realizaçáo. Não posso ;ainda informar a data porque estou dependendo de uma con~ção do citado Secretário". O Presidente tomou a palavra para a seguinte complementação: "A minha recomendação ao Dr. Roberto de Hollanda foi no sentido de reproduzirmos em Ohda os procedimentos adotados na última reunião deste Conselho. Esclarecimento dos representantes da Fundação Joaquim Nabuco, responsáveis pelo

11 restauro; comparecimento do arquiteto Frederico Pernambucano de Mello; do Professor Luiz Souza; e de representantes do IPHAN". O Conselheiro Raul Henry tomou a palavra para fazer a seguinte observação: "Queria apenas, a título de informação, dizer que quando fíz essa sugestão ao Dr. Roberto de Hollanda, havia conversado por telefone com o Conselheiro Marcos Vilaça e com o Conselheiro Joaquim Falcão, ambos pernambucanos, que endossaram a sugestão e se sentiram plenamente satisfeitos com a realização desse encontro em Pernambuco, para possibilitar que a opinião pública do nosso Estado, naturalmente apreensiva em relação ao empréstimo de uma obra de tamanha importância, seja esclarecida. Estou plenamente satisfeito com a fixaçgo da reunião, que acho suficiente para o exame das dúvidas relativas a este empréstimo junto B opinião pública". A Conselheira Angela Gutierrez tomou a palavra para fazer a seguinte observação: "Acho que o Conselheiro tem toda a razão. Eu também jii Íùi Secretásia de Estado da Cultura e sei muito bem a situação em que se encontra; considero perfeitas as suas colocações. Foi exatamente isso que pedi para ser feito aqui. Fui prontamente atendida na última reunião do ConseIho. Todos os itens foram levantados. O responsável técnico por cada um deles falou, expôs, mostrou o trabalho que está sendo feito. Todos os Conselheiros tiveram uma idéia bem verdadeira do trabalho que estava sendo realizado e das suas fbturas etapas, no caso do Altar-mor sair. Então, entendo perfeitamente e acho que o Conselheiro tem toda razão". A Conselheira Suzanna Sarnpaio tomou a palavra para a seguinte intervenção: "Como representante do TCOMOS - ConseIho Internacional de Monumentos e Sítios -, quero dizer que a política desse órgão, no mundo inteiro, é de olhar com extremo cuidado a saída de bens únicos. Este é um bem universal único. O retábulo dessa igreja beneditina é um bem único em Olinda. Então ele precisa ser cuidado porque se não, imediatamente, o patrimônio mundial irá classificá-lo como patrkônio em risco. Quando um bem sai de um país, pode ser assim considerado. Se esse retábulo entrar na lista, teremos um colosso de perguntas e de inquirições. Recentemente, duas acusações foram feitas contra o Brasil. O Presidente sabe bem, foi a questão da

12 estrada que cortaria o Parque Nacional do Iguaçu em toda a sua extensão e que, realmente, diminuiria um trajeto de 150 quilômetros para apenas 17 ou 18 quilômetros. Então isto esteve em discussão mundial. Felizmente a Procuradoria do Estado do Rio Grande do Sul interditou e destruiu a estrada. É uma coisa muito complicada, teria graves conseqiiências. Outro bem colocado em risco, no meu entender com má compreensão, porque a crítica partiu da própria cidade, de Brasília. M a n a uma denúncia ao ICOMOS, em Paris. O ICOMOS nos devolveu e fizemos um seminário. Convidamos o Dr. Pastrana, que foi wnsultor da UNESCO, e ele veio a Brasilia observar, Não compreendi porque foi feita a crítica. Brasilia é urna cidade extremamente complexa. O sétimo andar, que pretendem construir em edifícios de algumas superquadras, como cobertura; os bares nas calçadas e depois aquela ponte que bloqueou a visão do Catetinho. Brasília é muito dificil de ser discutida, porque é uma cidade em movimento. Ouvimos e transmitimos as explicações do IPHAN, não sei ainda o pensamento do ICOMOS internacional. Quero expressar meu desejo de que não seja considerado patrimônio em risco. Uma classificação de risco de um bem que é úniw e que tem valor universal". O Conselheiro Angelo Osvaldo tomou a palavra para fazer as seguintes observações: ueu gostaria de fazer algumas considerações. Em primeiro lugar, me parece, quando se acordou que essa Associação Brasil -t 500 Anos patrocinasse a restauração do retábulo, havia tacitamente um acordo de cessão do empréstimo, de realização do empréstimo. Então esse empréstimo está tacitamente acordado. Parece que as obras de restauração tiveram início em janeiro, segundo estamos vendo no parecer da Conselheira Angela Gutierrez. Na verdade, estarnos formalizando, referendando um acordo que data do ano passado, porque a Associação jamais patrocinaria a restauração do retábulo se ele não estivesse disponível para realizar essa viagem até o Museu Guggenheim. Isso faz parte de um acordo, entre tantos acordos que essa Associação fez. A maioria deles parece ter fiacassado, mas esse vem sendo mantido até agora, inclusive com um investimento prévio. Antes da consumação do desiderato, do objetivo, eles fizeram um investimento, porque o retábulo foi

13 restaurado. Isso já representa um fato consumado, na minha maneira de entender. Estamos procurando uma saída, uma saída honrosa para esse acordo que foi feito e que at6 me parece justo. A Associação que patrocinou a restauração do altar pleiteia, agora, que seja consumada a contrapartida, que é exatamente o empréstimo. Isso implica em diversas questões, quando as pessoas vão tomando conhecimento e o processo se desenvolve. É necessário haver todo um sistema de salvaguarda e de responsabilidade claramente definido e assumido pelas partes concernentes, em que haja todo esse arcabouço exigido no parecer da Relatora Angela Gutierrez como condição sine qua non para que o nosso Conselho possa aprovar um acordo anteriormente acertado. Isso é um ponto. Considero muito adequada a posição da Conselheira quando levantou todas essas questões e exigiu a formalização dos compromissos assumidos, agora apresentada. Muito recentemente estão surgindo as declarações, as responsabilidades vão se defmindo com a inteireza que o caso requer. Quero também prestar minha solidariedade ao Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, porque sei muito bem o que é isso. Como Secretário de Cultura de Minas Gerais e como curador da exposição do barroco brasileiro, realizada no Petit Palais, em ação conjunta da União Latina, que é uma entidade internacional, e da Prefeitura de Paris. Tivemos várias dificuldades em obter autorização para levar algumas peças. Lembro o caso de Cachoeira, na Bahia, quando, na úitima hora, a Ordem Terceira do Canno resolveu se reunir e proibiu a saída de algumas peças fùndamentais do seu acervo de imaginária, seguindo a atitude da Ordem Terceira do Cmo de Sabará que também, com ampla movimentação, depois de uma votação de todos os umãos terceiros, proibiu a saída de duas imagens fùndamentais: São Sim30 Estoque e São ShHo da Cruz, de autoria do Aleijadinho. Eu me solidarizo com o Secretário de Cultura de Pernarnbuco porque sei como as autoridades locais são cobradas, porque estamos convivendo com as comunidades, com a opinião pública, com a exighcia e com a necessidade de explicações, as mais claras possíveis. Mas, ao mesmo tempo, também devemos tomar uma distância crítica para sabermos como lidar com esses

14 movimentos porque, no caso da Igreja do Carmo de Sabará havia até pessoas que se manifestavam com interesse em se projetar politicamente na cidade, diante da eleiqgo municipal que se avizinhava. Pessoas também que apresentam como salvadoras da pátria e defensoras plenipotenciárias do patrimônio cultural. Há uma série de interesses em jogo e muitas vezes, nessas audiências públicas, podem aparecer pessoas ou grupos radicais exatarnente para tumultuh-las. É preciso ter muita clareza. Se o objetivo é ceder, esta posição deverá ficar muito clara no âmbito deste Conselho que tem uma responsabilidade gravíssima, a mais alta do país para esse tipo de decisão. Tanto o Conselho, como o Presidente estão tomando todo o cuidado. Nunca houve, acho, na história deste colegiado, em sessenta e três anos, duas reuniões seguidas para tratar de assunto dessa natureza. Geralmente é um assunto que tratamos por telefone, ad refeedum do Conselho, para facilitar o processo. Embora o Conselho detenha soberanamente esse poder, temos procurado facilitar a vida das pessoas. Hoje em dia há um trânsito muito grande de obra de arte e é necessário que exista agilidade também da parte deste Conselho. Mas ele está atribuindo toda a gravidade ao caso. É importante que tenhamos uma discussáo e se chegarmos a essa reunião aberta, com todos os interessados na cidade de Olinda, como acho que deva existir, considero indispenshvel uma posição previamente definida, clara, objetiva, insofisrnhvel, inquestionhvel deste Conselho, órggo superior para provar à comunidade que a posição detinida neste Conselho é a mais séria possível, e foi adotada não s6 em nome da comunidade de Olinda e do Estado de Pernambuco, mas de toda a nação brasileira, porque estarnos aqui para defender o patrimônio que a Constituição especifica, com muita clareza, pertencer a todos e a cada um dos cidadãos brasileiros. Julgo importante tomarmos todo esse cuidado também do ponto de vista político, sócio-político, de mobilização da comunidade, de esclarecimento. O Conselheiro Raul Henry colocou muito bem, essa Associação Brasil Anos não goza da credibilidade que, em princípio, se poderia imaginar. E, exatamente por isso, devemos insistir em todos os cuidados necessários para fundamentar a decisão do Conselho. Mas, em princípio, tenho uma posição antiga,

15 acrescida pela experiência adquirida como curador da exposição em Paris. Ainda recentemente tivemos um pedido de apoio para que peças de museus do IPHAN figurassem em exposição mundial sobre o diamante. Infelizmente, me parece, o Museu do Diamante, situado em Diamantina, um dos maiores facos de produção diamantífera do mundo no século dezoito, e gerou a belíssha cidade de Dimantina, hoje patrimônio mundial, não teve presença nessa exposição realizada no Museu Nacional de História Natural, em Paris. Recebi diversas correspondências, que encaminhei ao Secretário de Patrimônio, Museus e Artes Plásticas do Ministério da Cultura, porque achei que estava apenas sendo utilizado como um intermediário. Era um assunto da esfera do patrimônio federal e busquei apenas resguardar a presença de Minas Gerais, infelizmente ausente nessa exposiçiio, que tem sido apontada como uma das mais importantes já realizadas no mundo sobre a presença do diamante na cultura e na história da arte. Então eu defendo a saída dos bens, mas defendo exatamente dentro dessa linha de cuidado permanente, o mais rigoroso possível. E vejo que nesse caso o IPHAN e o Conselho estão tendo esse rigor, determinado no relatório da Conselheira Angela Gutierrez, não só como membro deste Conselho, mas como colecionadora, como pessoa da área do patrimônio cultural. Já fui curador de mostra da sua coleção no Museu do Louvre, em Paris, em 1998, uma coleção que tem viajado muito ao exterior. Ela sabe tanto da importância da ida de bens brasileiros ao exterior, quanto da necessidade de se ter todo rigor no cuidado que deve cercar esse trânsito internacional das obras de arte do patrirnanio brasileiro. A minha posição parece contraditória, mas n%o é, porque esses aspectos se complementam: tanto integralmente favorável ao relatório da Conseíheira, como também muito favorável ds colocações pertinentes do Conselheiro e Secretário de Cultura de Pernambuco. Devemos também tomar todo o cuidado nessa reunião em Olínda, no sentido de que ela seja o momento de clarificação dessas providências e de engajamento da opinigo pública no esforço grande que se está fazendo, inclusive de cobrar toda seriedade dessa Associação Brasil Anos, não só com o seu comprometimento, mas especialmente, como a Conselheira Angela Gutierrez

16 colocou - para mim em um dos momentos mais altos deste processo - o pedido de comprometimento expresso do Museu Guggenheim. Não só da Associação Brasil Anos, mas do próprio Museu, institoiçilo que será responsável e irá acolher essa peça em sua sede, na cidade de Nova Iorque. Então que ele expressamente assuma o mesmo comprometimento da Associaçiio Brasil Anos. Éssa é a posição". O Presidente tomou a palavra para apresentar as seguintes ponderações: "O nosso papel legal é de proteçiio. Os bens culturais brasileiros devem ser protegidos não apenas pelo ato da inscrição no Livro do Tombo, mas quando a população se conscientiza da necessidade da sua defesa. Então nós temos o dever de prestar esclarecimentos transparentes à população. Principalmente para a populaço do local onde o bem foi projetado, construído, trabalhado e permanece há séculos. O Conselho, em alguns casos, o Conselheiro disse bem, acolhe consultas telefõnicas ratificadas posteriormente, porque é dificil convocar vinte e dois Conselheiros, fora da agenda, para resolver problemas desse tipo, Então encontramos essa maneira de solucionar casos simples, autorizando algumas vezes empréstimos ad refrendum. Neste caso, desde o princípio, a posição do IPHAN, através do seu Presidente, foi passar por todas as instâncias, desde a Superintendência Regional, a Diretoria de Proteção, até chegar ao Conselho. Eu me preocupo muito Conselheiro. O ideal, em todos os processos desenvolvidos no IPHAN, independente deste, que é pontual, mas em processos de tombamento, seria a presença de representantes da sociedade, com direito à palavra. Isso é o que chamo, talvez seja uma palavra forte, não tenho outra, o Iadoam tanto perverso em relação a sociedade: uma entidade e um conjunto de Conselheiros estabeleçam restrições a monumentos, principalmente quando são propriedades privadas. Quando o monumento é público podemos atuar com facilidade, mas quando se trata de bens particulares, deveríamos encontrar maneiras de atualizar a 25/37, com relqão aos processos de tombamento. Na observação feita pelo Conselheiro, depois de sessenta e poucos anos de vida, conseguimos ir por um caminho de uma abertura mais ampla e mais democrática, com a transparência que desejamos, não é verdade?" O Conselheiro Silva Telles pediu a palavra para

17 apresentar as seguintes observações: "Senhor Presidente, queria primeiro elogiar a Relatora pelo magnífico trabalho que fez. Muito bem composto. A partir desse texto, proponho duas coisas. A primeira é que os itens defhidos pela Conselheira Angela Gutierrez como itens necessários sejam cobrados ao Museu Guggenheim e imediatamente distribuídos aos Senhores Conselheiros, antes de uma deliberação final, porque o problema do sistema de desmontagern e montagem, embalagem e desembaiagem tem que ser do conhecimento de todos n6s para sabermos se é suficiente ou não. Segundo: o problema do seguro. Eles dizem que vão fazer seguro com uma de três ou quatro companhias, Mas quais são os termos do seguro? Sei que a área jurídica do patrimônio é competente para examinii-10 e é da maior importância que ela assim proceda. Mas, além da área jurídica do patrimônio, deverá ser do conhecimento dos Conselheiros, previamente, antes da liberação final. O outro item é o seguinte: tivemos uma experíência em Recife, na Igreja da Madre de Deus, quando houve um incêndio na capela-mor. Por sorte nossa, o incêndio atingiu principalmente uma das bandas da capela. E como esse retábulo era sim6tric0, pôdese fazer cópia para substihiir a parte destruída do lado diieito. E apesar de não termos mais o nosso mestre Ferrão, que coordenou essa execução, ainda existem no Brasil entalhadores competentes para fazer um trabalho desse tipo. Então sugiro que se exija a remessa do retábulo em mais de um v&, especialmente o lado direito separado do lado esquerdo, porque eles são simétricos. Todos os reíábulos brasileiros, com pequenas diferenças, são simétricos. Assim, os dois lados não devem viajar juntos. Nem no caminhixo de Olinda para Recife, nem no voo de Recife para Nova Iorque. E depois de Nova Iorque até o Museu. Dizia-se antigamente: em dois correios separados. Aliás, normas do patrimônio determinam, no caso do empréstimo de muitas peças do mesmo autor, que sejam enviadas em diversos lotes. Porque essas peças, às vezes, são peças artesanais, não repetitivas. Principalmente o lado direito separado do lado esquerdo. Deus queira que não aconteça, mas se por acaso houver um acidente, seja no transporte terrestre, seja no aéreo, ficaríamos pelo menos com metade do retábulo, possibilitando a execução do outro à sua

18 semelhança. Eu creio que é isso. São esses os itens essenciais." O Presidente tomou a palavra para as seguintes observações: UEu colocaria assim. O retábulo é simétrico na vertical, mas é composto também em camadas horizontais. O Conselheiro tem em mãos o oficio em inglês e sua tradução, com o compromisso do Museu Guggenheim, aceito pela Bienal. Nele há um aspecto prático, há um aspecto de tempo. Temos confiança em nossos técnicos, na Fundação Joaquim Nabuco, no controle da embalagem, no acompanhamento do Professor Luiz Souza, e poderemos informar aos Senhores Conselheiros, passo a passo, os cuidados adotadosm.a Conselheira Suzanna Sampaio pediu a palavra para a seguinte intervenção: 'Queria dizer que mandei, na reunião anterior, a minha aquiescência ao relatório de Angela Gutierrez - porque ela conversou longamente comigo -, pedindo ao Conselheiro Silva Telles que votasse por mim, porque tenho imensa confiança na sua competência. Com as novidades surgidas, quero ponderar ao Conselheiro Rauí Henry que audiências públicas representam um grande perigo, às vezes, porque a democracia nem sempre é entendida e pode cair no democratismo. Só devem participar de uma audiência pública as entidades civis, militares ou religiosas devidamente instituídas, porque elas têm responsabi1idade.a~ associações de bairros, as associações religiosas, podem ser representadas. Infelizmente toda a população não. Porque a democracia é representativa. Não é uma democracia direta, não estamos em uma &gora onde vamos passeando e colhendo opiniões. Todos temos mandato. Aqui nós temos mandato. Somos representantes da população interessada em patrimônio. Poderíamos decidi. Mas concordo com o Conselheiro Raul Henry porque, em muitos casos de empréstimos de acervos artísticos e culturais públicos, tomei conhecimento de acusações de práticas autoritárias, de decisões arbitr&ias." O Presidente, então, formulou convite à Conselheira Suzanna Sampaio para comparecer a reunião a ser realizada em Olinda, como pessoa conhecedora desse universo da cultura, tanto em nivel nacional, como internacional. A Conselheira agradeceu e aceitou o convite, pedindo licença para retirar-se e para delegar ao Conselheiro Silva Telles competência para votar em seu nome, de acordo

19 com seus entendimentos, no caso da saída do país do Altar-mor do Mosteiro de São Bento e na questão do registro das Panelas de Barro do Espírito Santo. Lembrou o tombamento, como patrimônio mundial natural, do Vale da Ribeira, situado no norte do Estado de São Paulo, onde são feitas cerâmicas com a mesma técnica: utilização de barro fresco, tintura com jacatirão e queirnação posterior, para que as peças tornem-se pretas. O Presidente concedeu a palavra ao Conselheiro Raul Henry para a seguinte manifestação: "A proposta é exatamente nesse sentido. Que se faça o credenciamento de entidades que têm relação de compromisso com o patrimônio cultural e que elas integrem essa plenária. Quero agradecer aos Conselheiros Angelo Oswaldo e Suzanna Sampaio a complementação da minha proposta". O Presidente tomou a palavra para a seguinte observação: 'Vamos deixar claro o seguinte: repetiremos em Olinda as explicações, com todos os cuidados técnicos, apresentadas na última reunião deste Conselho. Delego à nação pernambucana, atrav6s do Secretário de Cultura do Estado de Pernarnbuco, através do Diretor de Proteção, através do Secretário de Cultura de Olinda, a realização dos convites. Assinarei em baixo, correto?" O Presidente concedeu a palavra ao Conselheiro Amo Wehling para as seguintes observações: "Queria informar, inclusive em termos pessoais, que também tenho preocupações sempre que acontecem problemas desse tipo, com a valorização e ao mesmo tempo a visibilidade da cultura brasileira. Temos esse problema no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro com a divulgação das peças do nosso museu e, por outro lado, uma preocupação com a integridade das obras. São duas variáveis. A avaliação do custolbeneficio, a forma de minúnizar os riscos é, mais ou menos, o critério que fundamenta a minha posição pessoal e nossa posição na direção do Instituto Histórico. Gostaria de elogiar o relatório da Conselheira Angela Gutierrez, preciso e objetivo, e o parecer técnico do Dr. Luiz Souza, da Universidade Federal de Minas Gerais. Então fiquei em dúvida. Ele pede anhlise dos riscos no parecer do dia cinco de junho, que o Senhor Presidente endossou em correspondência para o Museu Guggenheirn. Mas houve uma resposta do Museu Guggenheim que não atendeu ao pedido do Presidente.

20 Porque não me pareceu ter sido realizada a análise técnica de riscos solicitada pelo Presidente, com base no parecer técnico. Houve apenas o reendosso da sugestão de um técnico mericano, em 13 de junho. Fiz uma rápida recuperação das datas aqui. Ele sugeriu trabalhar com setenta e dois a cinqiienta e dois por cento de umidade. Mas depois da solicitação da análise de riscos, a sugestão foi apenas citada na correspondência para o Presidente". O Presidente tomou a palavra para lembrar a realização de um teste, sendo questionado pelo Conselheiro Amo Wehling sobre o posicionamento do Presidente e do corpo técnico do IPHAN quanto a considerar esse teste como análise de riscos. O Presidente declarou que, no seu entendimento, a análise de parte da peça, em termos de risco, é suficiente. Observou também que neste, como em outros casos, em qualquer país, tratando-se de objeto desse valor, ningudm poderá afirmar com cem por cento de segurança. Em seguida, concedeu a palavra ao Professor Luiz Souza para os seguintes esclarecimentos: "Na questão dos riscos, é uma prática que vem se tomando cada vez mais utilizada, porque realmente é uma análise que deve ser feita. Quanto ao teste realizado, houve unanimidade da comissão técnica do IPHAN, da equipe do Museu Guggenheim e da minha parte de considerh-10 sem validade científica, por ter sido feito em peça com dimensões muito pequenas. Nesse teste, a dimensão de qualquer provável mudança do tamanho é muito pequena para o instrumento de medida utilizado. Ou seja, todas as instituições envolvidas consideraram sem validade o teste já realizado. O que tem validade é o fato do Museu Guggeenheim estar assumindo que esses riscos são pequenos. Quais são esses riscos? 1) Descolamento da camada pictórica; 2) descolamento do douramento; 3) provável aparecimento de pequenas rachaduras, se o processo for feito de forma controlada. O teste em si, todos estão de acordo, não tem validade. Foi inclusive uma posição adotada em conjunto. O Dr. Mervin Richard, que tem muita experiência nessa área, muito discutida atualmente, considera essas variações de umidade como um risco. Ele será pequeno se for respeitado o processo de mudança gradual, certo? Apesar disso, não é risco zero. Eles, inclusive, sugerem que façamos aqui um teste mais apurado, com instrumentos

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