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1 Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Trabalho Realizado por: Carlos Bernardo Nº º Ano de Bioquímica No Âmbito da Cadeira de: Metodologias Experimentais e Tutoriais III Licenciatura em Bioquímica

2 Índice Página (s) Resumo 3 Pâncreas. - Anatomia Função Acção endócrina 6 - Insulina. 6 - Doenças do Pâncreas. 8 Diabetes Mellitus... - Introdução Causas e Tipos Metabolismo da Glicose Diabetes Mellitus Tipo Diabetes Mellitus Tipo Diabetes Gestacional Outros Tipos 17 - Diagnóstico Complicações Tratamento Prevenção 22 - Perspectivas Futuras Bibliografia 24 2

3 Resumo do Tema do Trabalho O pâncreas é um órgão que se localiza no abdómen e que fazendo parte do sistema digestivo, desempenha duas funções: como glândula endócrina, produz hormonas importantes como a insulina e o glucagon, que liberta para a corrente sanguínea, onde interferem em diferentes processos celulares. Como glândula exócrina, secreta o suco pancreático que contém enzimas digestivas. Existem diversas doenças associadas ao mau funcionamento do pâncreas, nomeadamente, tumores benignos, carcinoma do pâncreas, diabetes (tipo1), a pancreatite, entre outras. A diabetes é uma síndrome decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente as suas acções. A acção deficiente da insulina provoca alterações do metabolismo de açúcares (hidratos de carbono), gorduras (lípidos) e proteínas. Representa um grupo de distúrbios metabólicos que se caracteriza essencialmente por um excesso de açúcar no sangue (hiperglicemia crónica), provocado por uma menor utilização de glicose por parte das células. A diabetes é classificada em dois tipos principais: Diabetes Tipo 1 ou Diabetes Insulino-Dependente (IDM): - É causada pela destruição das células do pâncreas que produzem a insulina; - É mais frequente entre crianças e jovens; - O tratamento é feito pela injecção diária de insulina; - Pode ser hereditária; - Constitui 5 a 10% dos casos de diabetes. - A causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células pancreáticas produtoras de insulina (células beta). - O diagnóstico da doença envolve a detecção no sangue dos pacientes, de diversos anticorpos, nomeadamente, o anticorpo anti-ilhota pancreático, o anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico anti GAD, por exemplo) e anticorpos anti-insulina; - Os pacientes apresentam perda significativa de peso, na altura do diagnóstico. Diabetes Tipo 2 ou Diabetes Não Insulino Dependente (MIDM): - É uma enfermidade resultante da incapacidade do organismo de produzir eficientemente insulina ou de utilizá-la eficientemente; 3

4 - Afecta geralmente pessoas com mais de 45 anos de idade, obesas e que não se exercitam regularmente. Entretanto, o número de jovens diagnosticados com diabetes tipo II tem aumentado ano a ano; - Alguns casos de diabetes tipo II podem ser controlados com medicação oral, outros necessitam de injecções de insulina; - O tratamento inclui também uma dieta apropriada e exercício físico. - Constitui 90 a 95% dos casos de diabetes; - No Diabetes Mellitus Tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência à acção da insulina, sendo o principal deles a obesidade, que está presente na maioria dos pacientes. 4

5 Pâncreas Anatomia O Pâncreas é um dos vários órgãos anexos do sistema digestivo. Situa-se na parte superior esquerda do abdómen, acima da porção transversa do cólon do intestino grosso e posteriormente ao estômago. É um órgão de aspecto alongado e achatado, em forma de folha (com 15 a 25 cm), sendo, frequentemente distinguido em 3 zonas: a cabeça (a porção mais vasta, situada sobre o lado direito), o corpo (a zona intermédia, local onde atravessa o canal pancreático principal) e a cauda (zona mais fina situada sobre o lado esquerdo, por onde se inicia o canal pancreático) (ver figura 1). O pâncreas é percorrido por dois canais condutores principais: o canal de Wirsung, que atravessa todo o órgão, recolhendo o suco pancreático, e o canal Pancreático acessório (canal de Sartorini), situado na zona da cabeça do Pâncreas. Figura 1: Ilustração 3D do Pâncreas (Imagem retirada da Diciopédia 2005) A Diabetes é uma doença relacionada com o mau funcionamento deste órgão. 5

6 Função e Acção Endócrina O suco pancreático é muito importante no processo digestivo, pois contem várias enzimas que participam na hidrólise de biomoléculas, de modo a promover a sua absorção intestinal. Temos como exemplos de enzimas digestivas a amilase pancreática, a tripsina e a lipase pancreática. O Pâncreas é considerado como uma glândula mista, pois tanto cumpre funções secretoras exócrinas, produzindo o suco pancreático que será libertado para a região do duodeno do intestino delgado, como cumpre funções secretoras endócrinas. Neste caso, existem zonas de aglomerados celulares, as chamadas Ilhotas de Langherans, que fabricam hormonas que intervêm ao nível do controlo de glicemia (concentração de glicose no sangue): a insulina e o glucagon. O Pâncreas desempenha então uma função importante na resolução dos níveis de glicose sanguínea, nomeadamente através da secreção de insulina, cuja deficiência está relacionada com o aparecimento de diabetes, tema deste trabalho. Insulina A insulina é uma hormona peptídica constituída por uma cadeia α. É libertada pelas células β das ilhotas de Langherans pancreáticas, por acção de diferentes estímulos, principalmente pelo aumento dos níveis de glicose sanguínea. A insulina secretada é transportada no plasma através de globulinas α e β. A insulina libertada pelo pâncreas exerce a sua acção sobre a célula alvo, após ligação ao seu receptor. O receptor da insulina é uma proteína transmembranar com actividade tirosina-cinase, formado por duas subunidades glicoproteicas, α e β. A ligação de insulina ao seu receptor vai originar uma cascata de respostas intracelulares, conduzindo, nomeadamente, à translocação de permeases de glucose (GLUT) para a membrana e à activação de vias anabólicas e inibição de vias catabólicas. (ver figura 2) 6

7 Figura 2: Demonstração dos Receptores da Insulina Acção da Insulina Activa os seguintes processos metabólicos: - Gluconeogénese - Glicogenólise - Lipólise - Cetogénese - Proteólise - Absorção de Glucose no Músculo e Tecido Adiposo - Glicólise - Síntese de Glicogénio - Síntese de Proteínas e Lípidos - Absorção de Iões (K + ; PO 4 3- ) 7

8 Doenças do Pâncreas Dada a importância do pâncreas como um órgão no qual existem enzimas essenciais ao metabolismo do ser Humano, é de destacar as seguintes doenças (no caso de existir alguma anomalia deste órgão): - Tumores benignos - Câncro pancreático, incluindo - Carcinoma do pâncreas - Insulinoma - Carcinoma do pâncreas (câncer pancreático) - Fibrose cística - Diabetes (tipo 1) - Insuficiência pancreática exócrina - Pancreatite - Pancreatite aguda - Pancreatite crônica - Pancreatite hereditária - Pseudocisto pancreático - Entre outras De entre as doenças relacionadas com o mau funcionamento pancreático, encontra-se então, a Diabetes Tipo 1, um dos tipos de Diabetes existente, tema geral deste trabalho. 8

9 Diabetes Introdução A Diabetes é uma doença provocada pela deficiência de produção e/ou de acção da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crónicas características. O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves consequências tanto quando surge rapidamente como quando se instala lentamente. Representa um grupo de distúrbios metabólicos nos quais existe uma menor utilização de glicose, induzindo hiperglicemia. Nos dias actuais constitui um problema de saúde pública pelo número de pessoas que apresentam a doença. (ver informações sobre Epidemiologia em: ) Causas e Tipos A Diabetes é classificada de diferentes formas conforme a causa da incapacidade de actuação da insulina. Assim a Diabetes Tipo I (também chamada Diabetes Insulino Dependente ou Diabetes Juvenil) é ocasionada pela destruição da célula beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença auto-imune, levando à deficiência absoluta de insulina. A Diabetes tipo II (também denominada por Diabetes Não Dependente da Insulina ou Diabetes dos Adultos) é provocada predominantemente por um estado de resistência à acção da insulina associado a uma relativa deficiência da sua secreção. Os cientistas acreditam que um factor ambiental (possivelmente uma infecção viral ou um factor nutricional na infância ou na adolescência) provoca a destruição, pelo sistema imunitário, das células que produzem a insulina no pâncreas. É mais provável que seja necessária uma predisposição genética para que isto aconteça. Seja como for, na diabetes tipo I mais de 90 % das células que produzem a insulina no pâncreas (células beta) são destruídas de uma forma irreversível. A deficiência insulínica consequente é grave e, para sobreviver, uma pessoa com esta afecção deve injectar-se regularmente com insulina. No caso da diabetes tipo II uma possível causa será a hereditariedade. Outras causas menos comuns da diabetes são os valores anormalmente altos de corticosteróides, a gravidez (diabetes gestacional) e os medicamentos e substâncias tóxicas que interferem com a produção ou os efeitos da insulina, aumentando os valores de açúcar no sangue. Existem outros tipos de Diabetes, associados a distúrbios genéticos, infecções, doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas. Temos o exemplo da Diabetes Gestacional na qual a doença é diagnosticada durante a gestação, em doente sem aumento prévio da glicose. 9

10 Metabolismo da Glicose A insulina é conjuntamente com o glucagon, essencial à homeostasia da glicose. Trata-se de uma pequena proteína (com 51 aminoácidos) constituída por duas cadeias de aminoácidos unidos por ligações dissulfureto. É produzida nas células β do pâncreas, em resposta a um aumento da glicemia. Os efeitos da insulina são óbvios após uma refeição. A insulina baixa o teor de glicose no sangue aumentando o transporte, através das membranas, de glicose e outros açúcares simples para as células musculares, células adiposas e glóbulos brancos. Não acelera a entrada de glicose nos tecidos do fígado, rins e cérebro pois todos eles têm fácil acesso aos baixos níveis de glicose do sangue. A insulina também inibe a transformação do glicogénio em glicose (glicogenólise) e a conversão dos aminoácidos e em glicose (gluconeogénese). Depois da glicose entrar nas células, a insulina desencadeia actividades enzimáticas que catalizam a oxidação da glicose para produzir ATP, sintetizando glicogénio a partir da glicose e convertem a glicose em gordura, particularmente no tecido adiposo. Como regra, forma-se inicialmente o glicogénio e caso exista excesso de glicose formam-se depósitos de gordura. A insulina também induz, se houver aminoácidos disponíveis, a síntese de proteínas no tecido muscular. Quando a actividade das células consome glicose e outros nutrientes, a concentração destas substâncias no plasma diminui e a secreção de insulina cessa. Os níveis de açúcar no sangue reflectem um equilíbrio entre as influências humorais e hormonais (ver figura 3). Figura 3 Demonstração do Metabolismo da Glicose (imagem retirada de ) 10

11 Diabetes Mellitus Tipo 1 Este tipo de diabetes contribui em 15% para todos os tipos de diabetes. Pode ocorrer em qualquer idade, mas desenvolve-se preferencialmente antes dos 30 anos de idade (daí também a designação de Diabetes Infanto-Juvenil). Trata-se de uma doença auto-imune, na qual as nossas defesas destroem as células β dos ilhéus do Pâncreas, pelo que se tem pesquisado em anticorpos para as células β do Pâncreas. A destruição progride que ao fim de alguns meses que os níveis de insulina não são os mais adequados para controlar os níveis de glicose no plasma. A causa directa desta doença poderá ser a hereditariedade, mas também ainda não se sabe ao certo. Existem, ainda, factores ambientais que podem interferir em pessoas geneticamente susceptíveis e propiciar esta doença, como as infecções víricas. O tratamento desta doença faz-se recorrendo á injecção da hormona insulina, dada a destruição das células produtoras desta mesma hormona (daí a designação de Diabetes Insulino Dependente). Na Diabetes Tipo I não tratada, verifica-se, para além da falta de insulina, um aumento da secreção de glucagon, embora o indivíduo se encontre num estado de hiperglicemia. Assim, conjuntamente, estas hormonas (insulina e glucagon) provocam alterações profundas no metabolismo da glicose, caracterizadas por um estado catabólico generalizado, traduzindo-se na degradação de reservas e combustíveis. A falta de insulina inibe a captação de glicose por parte das células, provocando hiperglicemia. Apesar da hiperglicemia verificada, há secreção de glucagon por parte do Pâncreas. O aumento de glucagon e a falta de insulina conduzem a uma activação da gluconeogénese e da gligogenólise hepática. Este facto traduz-se num aumento da exportação de glicose por parte do fígado, agravando, então, a hiperglicemia. Existe um aumento de disponibilidade de substratos gluconeogénicos como aminoácidos e glicerol, provenientes da degradação de proteínas e triglicéridos, respectivamente. O aumento da disponibilidade de ácidos gordos (provenientes da lipólise) como substrato energético contribui também para uma menor utilização de glicose e para o seu aumento na corrente sanguínea. A concentração de Glicose aumenta assim significativamente. A Diabetes Tipo I que não seja tratada apresenta também alterações profundas no metabolismo lipídico. A acção de glucagon (aliada à falta de insulina) promove a lipólise aumentando desta forma a libertação de ácidos gordos livres pelo tecido adiposo. Esses ácidos gordos são oxidados no fígado, e a acetil-coa originada por essa oxidação é desviada para a síntese de corpos cetónicos, uma vez que o oxaloacetato está a ser utilizado na gluconeogénese. 11

12 Figura 4: Alterações no Metabolismo da Diabetes Tipo I não tratada (imagem retirada da internet em: ) 12

13 Resumindo: As Principais Alterações Metabólicas ocorridas na Diabetes Tipo I Não Tratada são as seguintes: 1 - Captação de Glucose pelos tecidos 2 - Glicólise 3 - Gluconeogénese 4 - Lipólise 5 - Síntese de Ácidos Gordos e Triglicerídeos 6 - Oxidação de Ácidos Gordos 7 - Cetogénese Hepática 8 - Proteólise 9 - Níveis Glucose, Ácidos Gordos e Corpos Cetónicos no Sangue 10 Glicosilação de Proteínas (Ex: Hb) Já no que diz respeito às alterações metabólicas nos diferentes órgãos, verifica-se o seguinte: Principais Alterações Metabólicas Observadas: Fígado Músculo-Esquelético Tecido Adiposo Produção Glicose Proteólise Lipólise Glicogenólise Oxidação do FFA Lipogénese Gluconeogénese Oxidação dos Corpos Cetónicos Cetogénese Síntese Glicogénio Síntese Glicogénio 13

14 Diabetes Mellitus Tipo II No Tipo II de Diabetes Mellitus a doença desenvolve-se nos adultos (por volta dos 30 anos) e torna-se mais comum com a idade. Estes pacientes são obesos, e sobretudo o aumento de sedentarismo e a obesidade são os factores de risco, neste tipo de doenças, para além da hereditariedade. Não é necessário a administração de insulina para este tipo de doença, e nem põe em risco, a curto prazo, a vida Humana (mesmo quando não é tratada). Porém, a longo prazo as complicações são idênticas às observadas na Diabetes Tipo I (quando não é tratada). A patogénese da Diabetes Tipo II envolve resistência à acção da insulina, podendo eventualmente, ocorrer falhas na secreção de insulina (mas não completamente). A resistência à insulina pode ser devida a defeitos na função de receptores desta hormona, o que leva a uma diminuição considerável na glicose captada pelas células. A concentração de glicose no sangue na Diabetes Tipo II varia, de acordo com a gravidade da doença. A resistência à insulina leva a uma baixa utilização de glicose pelos tecidos periféricos, levando a uma hiperglicemia. É de salientar que no caso da Diabetes Tipo II a hiperglicemia que ocorre é menos grave que a hiperglicemia que ocorre num individuo com Diabetes Tipo I. Na Diabetes Tipo II, a síntese de glicogénio no fígado não se encontra comprometida, porque ocorre entrada de glicose para o fígado, independentemente da insulina (tal como nas células cerebrais) e então não ocorre aumento de secreção de glucagon (ao contrário da Diabetes Tipo I). O Glucagon activa a glicogenólise e inibe a glicogénese. A síntese de triglicéridos no fígado encontra-se activa, o que dá origem à sua exportação através das VLDL. Depois há uma barreira que se terá de ultrapassar e que consiste na dificuldade do tecido adiposo em captar triglicéridos quer das VLDL, quer dos quilomicrons (dada a resistência à insulina), o que se acaba por verificar uma hipertrigliceridémia. Na Diabetes Tipo II não ocorre cetoacidose, pois não existe lipólise exagerada promovida pela glucagon, e consequentemente, a produção de corpos cetónicos. 14

15 Figura 5: Alterações no Metabolismo na Diabetes Tipo II (imagem retirada de: ) 15

16 Tabela que ilustra a comparação entre Diabetes Mellitus Tipo I da Diabetes Mellitus Tipo II Características Diabetes Tipo I Diabetes Tipo II Idade em que aparece Mais comum antes dos 30 anos Mais comum depois dos 30 anos Obesidade associada Não Muito Comum A propensão da Sim Não cetoacidose exigindo tratamento de Insulina para controlo Níveis de Insulina no Plasma Endógeno Anticorpos de células das ilhotas em Diagnóstico Patologias das Ilhotas de Langherans Propenso para desenvolver complicações diabéticas (retinopatia, neuropatia, aterosclerose cardiovascular ) A Hiperglicemia responde a drogas orais de Antihiperglicemia Extremamente baixos para se detectar Sim Perda selectiva da maior parte das células Sim Variáveis; Devem ser baixos, normais ou altos dependendo no grau de resistência da insulina e do defeito de secreção de insulina Não Menor; Normal aparecimento das Ilhotas: É comum a deposição de amilóide Sim Não Sim, inicialmente em muitos pacientes Diabetes Gestacional A Diabetes Gestacional envolve uma combinação de secreção e resposta da insulina inadequados, assemelhando-se à Diabetes Tipo II em alguns aspectos. Desenvolve-se durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do bebé. Sendo temporária, a Diabetes Gestacional pode trazer complicações ao desenvolvimento do feto e/ou da mãe, que normalmente, em cerca de 50% das mulheres com Diabetes Gestacional, adquirem, mais tarde, Diabetes Tipo II. A Diabetes Mellitus Gestacional ocorre em cerca de 2 a 5% das gravidezes, e pode levar a malformações congénitas, do sistema nervoso e de músculos esqueléticos, entre outros 16

17 Outros Tipos A Diabetes, pode ainda surgir secundariamente, associada a diversas situações patológicas, nomeadamente: - Defeito genético nas células beta. - Resistência à insulina determinada geneticamente. - Doenças no pâncreas. - Causada por defeitos hormonais. - Causada por compostos químicos ou fármacos. - Infecciosas (rubéola congênita, citamegalovírus e outros). - Formas incomuns de diabetes imuno-mediadas (síndrome do "Homem Rígido", anticorpos anti-insulina e outros) - Outras síndromes genéticas algumas vezes associadas com diabetes (síndrome de Down; síndrome de Klinefelter, síndrome de Turner, síndrome de Wolfram, ataxia de Friedreich, coréia de Huntington, síndrome de Laurence-Moon-Biedl, distrofia miotônica, porfiria, síndrome de Prader-Willi e outras) Diagnóstico O diagnóstico pode ser realizado em doentes que apresentam os sintomas e sinais clássicos da doença, que são: - sede excessiva; - aumento do volume e do número de micções (incluindo o hábito de urinar à noite); - fome excessiva; - emagrecimento. Na medida em que grande número de pessoas não chega a apresentar estes sintomas, durante um longo período de tempo, e já apresentam a doença, recomenda-se um diagnóstico precoce. O diagnóstico laboratorial da Diabetes Mellitus é estabelecido pela medicação de glicemia no soro ou no plasma, depois de um jejum de 8 a 12 horas. Pelo facto de uma grande percentagem de doentes com DM tipo II descobrir a doença muito tardiamente, já com graves complicações crónicas, tem-se recomendado o diagnóstico precoce e o rastreio da doença em várias situações. No entanto, o diagnóstico da Diabetes pode ser feito mediante testes bioquímicos (pesquisa de glicose e corpos cetónicos na urina, determinação da concentração de glicose no sangue, pesquisa de proteínas sanguíneas glicosiladas) em conjunto com a pesquisa de manifestações clínicas (como já descrito anteriormente). O teste de tolerância à glicose é um método no qual se avalia os níveis de glicose no sangue de um indivíduo. Esta metodologia ocorre da seguinte forma: primeiro recolhe-se uma amostra de sangue de um indivíduo em jejum e avalia-se os níveis de glicose; seguidamente, é-lhe dado a ingerir uma solução contendo cerca de 75g de glicose dissolvida em 300mL de H 2 O; daí em diante, retira-se repetidamente mais amostras de sangue de hora em hora (até fazer 3 horas), sendo a glicose, então quantificada nessas amostras. 17

18 Complicações As complicações causadas pela Diabetes se dão basicamente pelo excesso de glicose no sangue, que pode levar à glicosilação de proteínas além da retenção de H 2 O na corrente sanguínea, e retirada da mesma do espaço intercelular. A elevada frequência de complicações associadas à doença reduzem significativamente a esperança de vida de um paciente com diabetes. A diabetes do tipo II, por afectar o sistema microvascular, é a causa frequente da perda de visão em adultos (retinopatia diabética). Da mesma forma, pode causar falência renal (nefropatia diabética) ou amputações (pé diabético). Estas são complicações que ocorrem frequentemente no mundo industrializado. A complicação microvascular mais frequente é a neuropatia diabética, uma doença dos nervos sensoriais, que se manifesta, nos pés e nas mãos, pela perda de sensibilidade a vibrações, temperatura ou dor. Em estados mais avançados, a neuropatia diabética pode causar dores severas. Além das complicações microvasculares, a diabetes do tipo 2 pode afectar o sistema macrovascular, aumentando de duas a cinco vezes o risco de doenças cardiovasculares, principalmente enfartes do miocárdio (ataque cardíaco) e acidentes vasculares cerebrais. Complicações Agudas - Cetoacidose diabética - Coma hiperosmolar não-cetótico - Hiperglicemia - Coma diabético - Amputação Complicações Crónicas - Ateroscleose - Hipertensão ( por aumento de H2O no sangue, além da glicolisação irregular do colágeno e proteínas das paredes endoteliais o que pode causar tromboses e coágulos por todo o sistema circulatório); - Tromboses e coágulos na corrente sanguínea; - Problemas dermatológicos ( por desnaturação de proteínas endoteliais) - Pé diabético - Problemas neurológicos principalmente no pé, como perda de sensibilidade e propriocepção; - Dificuldade em coagular o sangue - Problemas metabólicos generalizados. 18

19 Figuras 6 e 7: Demonstração do Pé Diabético (imagem direita) Alteração de visão provocada pela Diabetes (imagem esquerda) (imagens retiradas de: ) 19

20 Complicações da Diabetes a Longo Prazo Tecido / Órgão afectado O que Acontece Complicações Formam-se placas ateroscleróticas e obstruem as artérias grandes ou médias do coração, cérebro, pernas e pénis. As paredes dos pequenos Vasos sanguíneos vasos sanguíneos danificam-se de tal modo que os vasos não insuficiência permitem a passagem normal de oxigénio para os tecidos e também podem romper-se e perder sangue. Olhos Rim Nervos Sistema nervoso autónomo Pele Sangue Tecido conjuntivo Vasos sanguíneos Os pequenos vasos sanguíneos da retina ficam lesados. Os vasos sanguíneos do rim espessam-se, as proteínas perdemse pela urina, o sangue não é filtrado normalmente. Os nervos ficam danificados porque a glicose não é metabolizada normalmente e porque o fornecimento de sangue é inadequado. Lesão nos nervos que controlam a pressão arterial e os processos digestivos. Má circulação do sangue na pele e perda da sensibilidade em resultado de lesões repetidas. Deteriora-se o funcionamento dos glóbulos brancos. Metabolismo anormal da glicose, fazendo com que os tecidos se espessem ou se contraiam. Formam-se placas ateroscleróticas e obstruem as artérias grandes ou médias do coração, cérebro, pernas e pénis. As paredes dos pequenos vasos sanguíneos danificam-se de tal modo que os vasos não permitem a passagem normal de oxigénio para os tecidos e também podem romper-se e perder sangue. A pouca circulação causa feridas que saram com dificuldade e pode produzir cardíaca, gangrena nos pés e mãos, impotência e infecções. Visão diminuída e, finalmente, cegueira. Funcionamento renal deficiente; insuficiência renal. Fraqueza repentina ou gradual de uma perna; sensibilidade reduzida, formigueiro e dor nas mãos e nos pés, lesão crónica dos nervos. Oscilações na pressão arterial, dificuldades na deglutição e alterações do funcionamento gastrointestinal, com episódios de diarreia. Chagas, infecções profundas (úlceras diabéticas); cura muito difícil. Aumento da propensão para as infecções, especialmente do tracto urinário e da pele. Síndroma do canal cárpico A pouca circulação causa feridas que saram com dificuldade e pode produzir insuficiência cardíaca,, gangrena nos pés e mãos, impotência e infecções. 20

21 Tratamento Os objectivos do tratamento da Diabetes Mellitus são dirigidos para se obter uma glicemia normal tanto em jejum como no período pós-prandial, e controlar as alterações metabólicas associadas. Embora seja difícil manter valores completamente normais, deve-se tentar que estejam na medida do possível perto da normalidade, para que seja menor a probabilidade de complicações, quer sejam temporárias, quer a longo prazo. O principal problema ao tentar controlar rigorosamente os valores de açúcar no sangue é que se produza uma diminuição não desejada dos mesmos (hipoglicemia). O tratamento do doente com DM envolve sempre pelo menos 4 aspectos importantes: - Plano Alimentar; - Actividade Física; - Medicamentos, Hipoglicemiantes Orais; - Rastreio Plano Alimentar: A dieta é muito importante. É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de doente diabético. O objectivo geral é o de auxiliar o indivíduo a fazer mudanças nos seus hábitos alimentares, permitindo um controle metabólico adequado. Além disso, o tratamento nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia, diminuir os factores de risco cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para a manutenção de um peso saudável, prevenir as complicações agudas e crónicas e promover a saúde geral do doente. Para atingir esses objectivos a dieta deveria ser equilibrada como qualquer dieta de uma pessoa saudável normal, sendo individualizada de acordo com as particularidades de cada doente incluindo idade, sexo, situação funcional, actividade física, doenças associadas e situação socioeconómica e cultural. Actividade Física: Todos os doentes devem ser incentivados à prática regular de actividade física, que pode ser uma caminhada de 30 a 40 minutos ou exercícios equivalentes. A orientação para o início da actividade física deve incluir uma avaliação médica adequada no sentido de avaliar a presença de neuropatias ou de alterações cardiocirculatórias que possam conta-indicar a actividade física ou provocar riscos adicionais ao doente. Medicamentos, Hipoglicemiantes Orais: A administração de medicamentos hipoglicemiantes orais, como as sulfonilureias, glipizida, gliburida, tolbutamida e clorpropamida, provoca a diminuição dos valores de açúcar nas pessoas com diabetes tipo II, mas não é eficaz na diabetes tipo I. A redução dos valores sanguíneos de açúcar estimula o pâncreas a libertar insulina e aumenta a sua eficiência. Outro tipo de medicamento oral a metformina, não afecta a libertação de insulina, mas aumenta a resposta do organismo à sua própria insulina. O médico pode 21

22 prescrever metformina só ou com uma sulfonilureia. Por fim, a acarbose atrasa a absorção de glicose no intestino. Os medicamentos hipoglicemiantes orais prescrevem-se às pessoas com diabetes tipo II, se a dieta e o exercício não conseguirem fazer descer os valores de açúcar no sangue. Os medicamentos tomam-se uma só vez por dia, de manhã, embora algumas pessoas precisem de duas ou três doses. Se estes medicamentos não forem capazes de controlar o açúcar do sangue de forma adequada, pode-se optar por injecções de insulina sozinha ou em combinação com os medicamentos orais. A tecnologia do DNA recombinante permitiu um grande avanço no tratamento da Diabetes Tipo I, pois permitiu a produção em larga escala de insulina. O tratamento por injecção com insulina pode ajudar a controlar a doença, mas deve, no entanto, ser orientada para evitar situações de hipoglicemia. Deve ser administrada a quantidade de insulina no indivíduo de acordo com as suas necessidades diárias, por exemplo nas situações de actividade física muito intensa, pode fazer descer ainda mais os níveis de glicose sanguínea. Rastreio: O rastreio, a detecção e o tratamento das complicações crónicas da DM deve ser sempre realizado conforme diversas recomendações. Essa abordagem é indicada após 5 anos do diagnóstico de DM tipo I, no momento de diagnóstico da DM tipo II, e a seguir anualmente. Esta investigação inclui o exame do fundo do olho com pupila dilatada, a microalbuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de esforço. Uma adequada análise do perfil lipídico, a pesquisa da sensibilidade profunda dos pés deve ser realizada com mofilamento ou diapasão, e um exame completo dos pulsos periféricos dever ser realizada em cada consulta. Uma vez detectadas as complicações existem tratamentos específicos. Prevenção Não sabendo exactamente como a Diabetes Mellitus Tipo I se desenvolve, não existem medidas preventivas disponíveis para esta forma de Diabetes. Os riscos da Diabetes Tipo II podem ser reduzidos com mudanças na dieta e com aumento da actividade física. 22

23 Perspectivas Futuras Actualmente, os ensaios clínicos procuram encontrar novas formas de administração de insulina (por via oral ou por inalação), assim como também procuram novos fármacos, mais eficazes e com menores efeitos secundários. No entanto, dever-se-ia investir também nas medidas preventivas, controlando o aumento da obesidade e da diabetes, principalmente, nos países desenvolvidos, onde se pensa que ocorrerão a maior parte dos novos casos. Um Novo Caminho O Prof. Shimon Efrat e seus colegas da Escola Sackler de Medicina da Universidade de Tel-Aviv estão tentando desenvolver novas fontes de células beta para transplantes e novas maneiras de protegê-las dos ataques auto-imunes. Eles já desenvolveram linhagens de células beta com imortalidade reversível, que apresentam uma proliferação celular regulada sem perda da produção e secreção de insulina. Linhagens de células beta de ratos mostraram-se capazes de manter níveis normais de glicose sangüínea por longos intervalos quando transplantadas em ratos diabéticos. Este trabalho pioneiro, realizado em colaboração com Albert Einstein College of Medicine de Nova York e o Instituto de Patologia Molecular em Viena, foi descrito num artigo recentemente publicado na revista Cell Transplantation. Os resultados obtidos com linhagens de células beta de ratos um dia deverão se estender também a linhagens de células humanas. (ver mais informações em : 23

24 Bibliografia Para a elaboração deste trabalho, pesquisei informações relativas à Diabetes nas seguintes fontes: Diciopédia 2005 Textos Insulina Pâncreas Diabetes cronicas/diabetes.htm google_contextual&utm_campaign=channel&utm_term=diabetes%20mellitus~ %2520diabetes.JPG&imgrefurl= =290&w=470&sz=25&hl=pt- PT&start=10&um=1&tbnid=ViH5zB0_il45jM:&tbnh=80&tbnw=129&prev=/images% 3Fq%3Ddiabetes%26svnum%3D10%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN es/diabetes_glucose_large.jpg&imgrefurl= diabetes/portuguese&h=423&w=460&sz=90&hl=pt- 24

25 PT&start=17&um=1&tbnid=o_NgSN1fVZpKfM:&tbnh=118&tbnw=128&prev=/imag es%3fq%3ddiabetes%26svnum%3d10%26um%3d1%26hl%3dpt-pt%26sa%3dn Epidemiologia Glicose Hiperglicemia PT&start=43&um=1&tbnid=Yq3fJyAYITe9pM:&tbnh=128&tbnw=101&prev=/images %3Fq%3Dhiperglicemia%26start%3D40%26ndsp%3D20%26svnum%3D10%26um%3 D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN Perspectivas Futuras 25

26 Imagens Figura 1: Pâncreas Figura 3: Metabolismo da Glicose Figura 4: Alterações Metabolismo na Diabetes Tipo I Figura 5: Alterações Metabolismo na Diabetes Tipo II Figuras 6 e 7: Pé Diabético 26

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