XV ENCONTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DO NORTE E NORDESTE e PRÉ-ALAS BRASIL. Teresina PI / 2012

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "XV ENCONTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DO NORTE E NORDESTE e PRÉ-ALAS BRASIL. Teresina PI / 2012"

Transcrição

1 XV ENCONTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DO NORTE E NORDESTE e PRÉ-ALAS BRASIL. Teresina PI / 2012 Grupo de Trabalho: GT08 - Patrimônio cultural, comunidades tradicionais e sustentabilidade. Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação.

2 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação Igor Luiz Rodrigues da Silva - UFS 1 igorluizcso@gmail.com Com o processo de redemocratização do Estado brasileiro no final dos anos 80, e com a formulação e aprovação da Constituição Federal de 1988, as comunidades quilombolas passam a ter mais visibilidade e a buscar mecanismos que contribuam para assegurar os direitos garantidos no Art.68º do Ato de Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), como também a garantia e preservação das manifestações culturais dos afro-brasileiros através dos artigos 215º e 216. Este trabalho buscou compreender quais os limites étnicos são impostos pelo grupo, para o reavivamento, manutenção de sua identidade e fronteiras étnicas. E como e em que contextos esses mecanismos são usados e conduzidos no processo de constituição da comunidade quilombola Chifre do Bode e sua preservação. Foi usada a observação participante, história oral e imagens fílmicas. Palavras - Chave: Identidade, memória e preservação. 1 Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), atualmente mestrando do curso de Antropologia Social da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

3 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação Introdução O presente trabalho teve como prioridade, analisar a comunidade quilombola Chifre do Bode, relevando três aspectos que consideramos importante no cotidiano da comunidade, tais como a identidade étnica, territorialidade, e juntos, memória e preservação. As Comunidades Quilombolas são fontes de riqueza e valores culturais muito significativos para a construção da sociedade brasileira, sua organização social, política e econômica, são desafiadoras para a ordem social moderna, sua conjuntura permite com clareza estabelecer o ressurgimento ou até mesmo o aparecimento de um modelo diferenciado de sociedade. A configuração do mundo atual, com todos os aparatos tecnológicos proporcionados pela globalização e o uso cada vez mais frequente da internet, estão fazendo com que haja uma certa homogeneização das culturas, de tradições. Mais frente a tais processos se pode verificar certas reconfigurações e até mesmo uma maior restruturação de valores e das identidades que andavam meio esquecidas, entre elas, a identidade étnica e cultural das comunidades tradicionais quilombolas. A história brasileira conta como se deu a formação dos primeiros núcleos habitacionais dos escravos fugidos das grandes fazendas, que na segunda metade do século XVI adotavam como mão-de-obra, como força de trabalho, os escravos capturados no continente africano, para serem utilizados como forma de ganho e acumulo de riqueza dos grandes barões de açúcar do no nordeste do país, de café no sudeste, e etc. Os primeiros escravos trazidos para o Brasil foram encaminhados para as províncias de Pernambuco e Bahia, se localizando nesses portos os principais mercados de trafico de material humano. Passando por todo um processo de atrocidades e descaracterização das suas identidades culturais e étnicas, os escravos eram tratados como seres inferiores pelos seus donos, que ao precisarem dos seus serviços, tratavam os escravos como simples mercadorias e um produto de compra e

4 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 3 venda, sem que eles tenham a menor possibilidade de defesa e de condições humanas de sobrevivência. É através desses processos de exclusão, de castigos, de viverem na miséria absoluta e extrema, que se tem a obtenção da vontade pela liberdade e a possibilidade de estratégia de fuga, e são essas fugas, que serão essenciais para a formação dos primeiros quilombos. Muitos foram os núcleos quilombolas existentes no país nesse período áureo da escravidão, o principal deles, o Quilombo dos Palmares, dentro dessa ideia de quilombo como lugar de resistência, caracterizando por certa configuração politica, econômica, social e religiosa, aparece como maior símbolo, tanto pela sua grandiosidade territorial e habitacional, como também pela sua longa duração. Hoje as comunidades quilombolas são grupos sociais que detém uma identidade étnica que os diferenciam dos outros grupos sociais: As comunidades quilombolas se caracterizam pela pratica do sistema de uso comum de suas terras, concebidos por elas como um espaço coletivo e indivisível que é ocupado e explorado por meio de regras consensuais aos diversos grupos familiares que compõem as comunidades, cujas relações são orientadas pela solidariedade e ajuda mutua. (PBQ, 2008: 11) A partir da década de 80, em meio ao processo de redemocratização do Estado Brasileiro, houve intensos movimentos que lutavam pela liberdade de expressão, pelo fim da censura, pelos direitos das mulheres e tantos outros, até que em 1988, foi promulgada a Constituição Federal do Brasil, uma constituição baseada em direitos e deveres individuais e coletivos. Entre esse direitos coletivos, está posto os direitos das comunidade quilombolas a partir do Artigo 68º do Ato Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) que garante a posse definitiva da propriedade aos grupos que estejam ocupando devidamente suas terras. Como também a preservação e a conservação cultural dos afro-brasileiros, tanto bens materiais e imateriais, regulamentados nos Artigos 215º e 216º da Constituição Federal de O Artigo 68º prescreve que: [...] remanescentes das comunidades dos quilombos, os grupos, os grupos étnicos-raciais, segundo critérios de auto-

5 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 4 atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais especificas, com presunção de ancestralidade negra e relacionada com a resistência à pressão sofrida. O quadro atual dos remanescentes quilombolas é uma resposta as situações de conflito que ainda persistem contra grupos sociais e econômicos que tentam impor novas formas de controle politico. Várias são as comunidades quilombolas existentes nos estados de Alagoas e Sergipe, entretanto para ilustrar como exemplo de resistência, de quilombos como comunidades baseadas nos laços familiares, construídos a partir de um padrão de vida determinado pelo espaço geográfico e pelo momento histórico, há a comunidade quilombola Chifre do Bode. A comunidade quilombola Chifre do Bode, está localizada no município de Pão de Açúcar, situada na zona rural do município, distante do centro da cidade aproximadamente uns 22km, fazendo divisa com o município de Palestina, por onde é possível chegar até lá, como também pelo povoado Machado, pertencente ao município de Pão de Açúcar. A população estimada é de mais de 300 habitantes, distribuídos em 66 famílias. Esta comunidade é uma das mais antigas do estado de Alagoas, sendo que seu reconhecimento só foi possível pelos órgãos governamentais em 2006 através da Fundação Palmares. O nome da comunidade tem haver com a forte influência da criação de bodes, desenvolvida durante o período de formação do lugar e que perdurou por gerações. A presença de bodes era muito forte na comunidade, o que permitia que esses animais fossem criados livremente pela população na comunidade, todos os finais de semana havia uma reunião e ai comiam carne de bode e os chifres eram juntados e em grande quantidade depois eram queimados. A população sobrevive hoje da agricultura familiar, que não é bem desenvolvida, e também através da criação de animais, de pequenos animais, como galinha, umas poucas cabeças de gado, porco, peru, e etc. Ao longo do tempo de formação e do crescimento da comunidade, os modos de conduzira a vida, com gestos simples, em harmonia com a terra, de certo são

6 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 5 características que os deixam mais ligados com as histórias vividas e contadas pelos antepassados. O interesse na pesquisa seu deu primeiramente por tentar contribuir e aumentar o campo bibliográfico sobre comunidades quilombolas em, especial em Alagoas e em Sergipe, tendo em vista do que foi produzido sobre quilombos ficou basicamente restrito a comunidades que se localizam no entorno da Serra da Barriga, em União dos Palmares, não se sabendo nada ou quase nada sobre as comunidades espalhadas pelo sertão, zona da mata e agreste do estado. Então se tornou viável a construção teórica sobre o cotidiano, sobre a realidade, trazendo a tona novos aspectos situacionais produzidos a partir das novas configurações impostas com o advento da globalização e democratização do Brasil. É nesse contexto complexo, habitualmente sem fronteiras, que hoje vivem milhares de pessoas, que possuem uma certa identidade étnica, mas que continuam passando por um processo de exclusão, de submissão, de esquecimento. Por ficarem um longo período as margens da sociedade, acreditamos que este trabalho possa contribuir de forma direta para que os quilombolas possam contar de forma simples, mas ao mesmo tempo rica, os relevantes traços e aspectos indenitários, culturais, políticos e econômicos, que fazem deles um projeto singular de comunidade e de valorização do seu passado histórico. É deste modo que o trabalho visa abarcar os principais pontos que denotam para as particularidades decorrentes e especificas da comunidade tradicional chifre do Bode, e como essa sociedade vem enfrentando o cotidiano e as lutas travadas perante os fatores do reconhecimento e principalmente pelo reconhecimento da posse definitiva da terra e que em outros tempos pertenceram aos seus antepassados, como também a preservação da memória coletiva, concebida como patrimônio imaterial e fonte de riqueza histórica. No campo teórico, alguns autores serviram de base para a construção deste artigo, bem como servem de aparato para outros trabalhos

7 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 6 que seguem sendo elaborados nessa temática. A construção teórica se utiliza de autores como Alfredo Wagner Berno de Almeida- 2002; José Mauricio Andion Arruti- 1997; Eliane Cantarino O Dwyer- 2002; Dirceu Lindoso-2007; Maria Albenize Farias Malcher-2006; Ana Márcia de Farias-2007 e tantos outros. Estes dão subsídios importantes para o entendimento do que hoje se pode chamar de Comunidades Quilombolas e suas reorganizações social, política e cultural, são literaturas atuais e que caminham sempre no sentindo da nova ordem étnica dessas populações tradicionais. Já como marco teórico para a discussão de identidade e identidade étnica são utilizados: Stuart Hall-2005; Manuel Castells-2000; Fredrik Barth Além do mais utilizamos outros autores que fornecem contribuições importantes tanto para a metodologia da pesquisa e também de dados fornecidos pelo PBQ 2005 e 2010, pelo Programa de Patrimônio Imaterial Brasileiro: Legislação e políticas estaduais de Sendo assim, o presente artigo foi construído de forma a demonstrar que, embora possuam um passado histórico amplamente rico, e não seja mais um fator decisivo para serem classificados e identificados enquanto detentores de uma identidade diferente, em algum momento esse passado histórico volta e assume um caráter de sinais ou signos manifestos, segundo a definição de Barth: Sinais ou signos manifestos- os traços diacríticos que as pessoas procuram e exibem para demonstrar sua identidade, tais como o vestuário, a moradia, ou o estilo geral de vida. (BARTH; 1998, p.194 ), agora na forma de narrativa coletiva, de um passado comum, da recriação e reinvenção de tradições, e de uma memória histórica¹, assumindo no entendimento cultural e antropológico, a forma de um patrimônio imaterial do Brasil, e que no entanto não vem recebendo a devida atenção de órgãos reesposáveis por emitir os títulos cabíveis. A metodologia emprega no presente trabalho se dá através da revisão bibliográfica de autores já citados anteriormente, como também através da pesquisa de campo, que tem sua importância porque permite ao

8 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 7 pesquisador a descoberta de ricos detalhes que não seriam possíveis fora do contexto empírico. Para tanto, é necessário viver a experiência de esta lá e identificar como objetivos primordial como os indivíduos se posicionam e se definem em oposição ao outro, que esta fora do grupo. É através da pesquisa de campo que o pesquisador coloca em pratica toda preparação feita na etapa inicial da pesquisa, como a construção teórica, através de uma boa analise bibliográfica. Ir a campo é está preparado para se deparar com as novas possibilidades e fatos que serão oferecidos pelo próprio campo. Outro método de pesquisa empregado é a observação participante, que nada mais é do que, a participação do pesquisador na realidade do objeto a ser investigado. Esse método permite observar fisicamente o conglomerado de situações e símbolos que circundam o cotidiano do grupo, permitindo assim a compreensão da vida particular, através do processo de se colocar no lugar do outro. Para tanto o pesquisador deve neste espaço social aparentemente desconhecido, ficar livre de qualquer forma de prejulgamentos, pois da mesma maneira que inferimos na vida social dos pesquisadores, há também certa modificação pessoal. Também foram utilizados recursos audiovisuais, tais como imagens fílmicas e fotográficas, que corresponde a uma contribuição importante à pesquisa em ciências sociais, pois ela permite e obriga a uma percepção diferente do que se costuma presenciar em outros métodos de pesquisa. 2. A Constituição de 1988 e as Comunidades Quilombolas A partir da década de 80, em meio ao processo de redemocratização do Estado brasileiro, houveram intensos movimentos que lutavam pela liberdade de expressão, pelo fim da censura, pelos direitos iguais de negros, mulheres, de culto. Com ênfase no direitos garantidos as Comunidades Quilombolas, a Constituição Brasileira reservou o Artigo 68º do Ato Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) que garante a posse definitiva da propriedade aos remanescentes que estejam ocupando devidamente suas terras.

9 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 8 Como também a preservação cultural dos afro-brasileiros, tanto de bens materiais e imateriais, regulamentados nos Artigos 215º e 216º da CF. Como também na Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Decreto nº 4.887/2003, na Instrução Normativa n 49 do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA/ Ministério do Desenvolvimento Agrário), nas Portarias nº 127 e nº 342 de 2008, e na Portaria da Fundação Cultural Palmares nº98 de O conceito de remanescentes das comunidades de quilombo, à luz do Art. 68º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, da Constituição Federal, refere-se aos indivíduos, agrupados em maior ou menor número, que pertençam ou pertenciam a comunidades, que portanto, viveram, vivam ou pretendam ter vivido na condição de integrantes delas como repositório das suas tradições, cultura, língua e valores, historicamente relacionados ou culturamente ligados ao fenômeno sócio-cultural quilombola. (PBQ, 2010; p.1) Neste processo de reconhecimento garantido pela Constituição de 1988, dois órgãos governamentais são responsáveis por certificar e atestar quem são as populações que podem ser inseridas no quadro conceitual quilombola, um é o INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e a Fundação Palmares. O primeiro responsável por dar a titularidade da terra através de uma intervenção e um mapeamento territorial. O segundo, responsável por certificar as comunidades como de descendentes quilombolas. A certificação das comunidades remanescentes de quilombos está diretamente ligada ao resgate territorial das comunidades tradicionais quilombolas, como também o seu reconhecimento pela ordem jurídico-institucional vigente, permitindo sua inserção nos planos públicos de ordenação e fomento para o desenvolvimento regional. [...] (FARIAS, 2007; p.86) Como forma de garantir o efetivo cumprimento das leis postuladas em 1988, recentemente o Governo Federal sancionou o Decreto de 20 de novembro de 2003, que regulamenta o Artigo 68º da C.F., onde o Artigo 2º da resolução considera: remanescentes das comunidades dos quilombos, os grupos étnicos raciais, segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais especificas, com presunção de

10 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 9 ancestralidade negra e relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida. (C.F; 1988) O Decreto concebe as comunidades quilombolas como núcleos de resistência cultural dos quais são remanescentes os grupos étnicos raciais que assim se identificam. Com trajetória própria, dotados de relações territoriais especificas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a luta contra a opressão histórica sofrida, esses grupos se auto-determinam comunidades de quilombos, dados os costumes, as tradições e as condições sociais, culturais e econômicas especificas que os distinguem os outros setores da coletividade nacional. O Decreto apresenta, portanto, uma dimensão de existência atual dessas comunidades. (PBQ,2010; p. 17) Com essas regulamentações fica a cargo do poder público seguir quatro pontos para agir em conjunto com as comunidades quilombolas. O primeiro, através da regularização fundiária por competência do INCRA; o segundo ponto está relacionado à infra-estrutura, com a construção de obras que atendam as demandas dos remanescentes; o terceiro tem como ponto central o desenvolvimento social e econômico, através do modelo sustentável de produção de acordo com a especificidade de cada comunidade; e o quarto ponto é mais de caráter politico e pontua o controle e participação social dos quilombolas nos processos deliberativos e de tomadas de decisão. O quadro atual dos remanescentes quilombolas é uma resposta as situações de conflito que ainda persiste contra grupos sociais e econômicos que tentam impor novas formas de dominação e controle politico, acreditando assim que, hoje as comunidades devem ser também entendidas mais como um lugar de posicionamento político determinado, e não tanto como um lugar exótico. Acontece, porém, que o texto constitucional não evoca apenas uma identidade histórica que pode ser assumida e acionada na forma da lei. Segundo o texto, é preciso, sobretudo, que esses sujeitos históricos presumíveis existam no presente e tenham como condição básica o fato de ocupar uma terra, que, por direito, deverá ser em seu nome titulada (como reza o artigo 68º do ADCT). Assim, qualquer invocação do passado, deve corresponder a uma forma atual de existência, que

11 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 10 pode realizar-se a partir de outros sistemas de relações que marcam seu lugar em um universo social determinado. (O DWYER, 2002; p. 14) 3. A Terra como Fonte de Reconhecimento Quilombola Os Quilombos devem ser entendidos como uma comunidade baseada nos laços familiares, construídas a partir de um padrão de vida determinados pelo espaço geográfico e pelo momento histórico. Quando se fala em espaço geográfico e momento histórico para caracterizar a nova realidade quilombola, estamos postulando que diferente do que ocorria nos tempos da escravidão, hoje a população afro-brasileira existente no país vive em liberdade, os descendentes ainda sofrem com as injustiças, através do sistema de dominação, marginalizando e mantendo o poder. É através dessas praticas que embora se tenham um contexto histórico diferenciado, com o processo capitalista e a globalização, não há uma mobilidade social grande para os remanescentes de quilombos no mercado de trabalho. Para uma definição de comunidade quilombola no atual contexto social, adotaremos uma explicação usada pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA), para de delimitar tais comunidades. Para a Associação Brasileira de Antropologia a categoria quilombo deve compreender todos os grupos que desenvolveram praticas de resistência na manutenção e reprodução dos deus modos de vida característicos num determinado lugar cuja identidade se define por uma referencia histórica comum, construída a partir de vivências e valores partilhados. Nesse sentido, eles se constituem em grupos étnicos, isto é configuram um tipo organizacional que confere pertencimento através de normas e meios empregados para indicar aflições ou exclusão, cuja territorialidade é caracterizada pelo uso comum, pela sazonalidade das atividades agrícolas, extrativistas e outras e por ocupação do espaço que teria por base os laços de parentesco e vizinhança acentuados em relação de solidariedade e reciprocidade. (ASSUNÇÃO, 2009; p. 15) Essa definição se assenta sob uma realidade em que não se pode aplicar uma denominação histórica. O que de certa forma é justificável compreender, é a relação que se tem entre identidade e as reminiscências do

12 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 11 passado para explicar as relações sociais construídas, que determinam um posicionamento situacional dos remanescentes quilombolas em uma esfera permanente de conflito com o outro. Neste processo de demarcação de fronteira, a terra e sua devida ocupação tem sua contribuição para também afirmar a identidade da comunidade. O uso da terra pelas comunidades quilombolas não se faz de modo individual, mas de uso comum de todo o grupo. O território é o elemento de construção da identidade étnica, que é o ponto mais importante da estrutura social. A permanência na terra não se faz regulado por categorias formais de propriedade e sim, pelo próprio grupo que determina, através do direito Costumeiro, as regras que orientam todos os planos da vida social. As formas de acesso a terra, incluem as dimensões simbólicas e as relações sociais. A estreita relação do grupo com a terra representa uma relação do grupo com a terra representa uma relação social bastante complexa e aponta para a existência da terra como território. (MALCHER, 2006; p. 08) Esse uso comum da terra é o que dá uma primeira diferenciação em relação a outros agentes sociais, posto que fornece uma construção do sujeito coletivo e prioriza a recriação histórica de lutas para o reconhecimento pela sua auto- identificação. A terra é o elemento fundamental e que singulariza o modo de viver e produzir das comunidades quilombolas. Ancestralidade, resistência, memória, presente e futuro sintetizam o significado das terras para essa comunidade, fortemente marcadas pela tradição e respeito aos bens naturais como fonte garantidora de sua reprodução física, social e econômica. (PBQ, 2010; p.06). A terra em si para os remanescentes quilombolas demarca um lugar sagrado e de auto- afirmação como coloca Malcher: Assim o território quilombola é entendido como resultante de elementos étnicos que se externalizam nas relações construída com e no território. Trata-se da reinvenção de elementos étnicos-culturais que conduzem a vida e dão sentido de pertencimento do lugar. Dessa forma, a terra na condição de território étnico, tem assegurando, ao longo do tempo, o sentimento de pertença, de identidade, a um lugar e a um grupo,

13 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 12 a posse coletiva da terra e o desenvolvimento coletivo. (MALCHER, 2006; p. 09) Assim a luta pela terra é fundamental para a manutenção e valorização da identidade étnica quilombola atuando diretamente na esfera politica e organizacional que define estratégias para o resgate histórico da cidadania. No processo de construção da identidade no território, as identidades são construções de caráter simbólico e domínio de luta politica, buscando afirmar a diferença do grupo, a fim de garantir a continuidade dos seus valores e modos de vida. (MALCHER, 2006; p.10). Para tanto a terra se torna um elemento essencial, dotada de sentido, de significados, com um espaço comum e não meramente um local físico e demarcado, mais antes de tudo é a partir dela que se vivem as relações de vida, das memórias do passado e do presente, do cotidiano. Portanto, terra e quilombo são troncos entrelaçados de uma mesma árvore cujas raízes encontram-se no âmago da contraditória e complexa formação histórica e social do Brasil. A concentração fundiária alimenta todas as barreiras levantadas contra a promoção da cidadania para as comunidades quilombolas. Barreiras ideológicas, políticas, jurídicas e administrativas cujos os resultados são conflitos de interesse fomentados a fim de procrastinar toda e qualquer ação com vistas à regularização fundiárias dos quilombos. (PBQ, 2010; p.07) É importante destacar que a questão de conflitos relacionados a terra no país, vai além de encontrar soluções para o reconhecimento e regularização dos limites das áreas das terras de preto. É uma situação ainda maior, em decorrência dos vários problemas sociais instalados no Brasil nos períodos remotos, não ficando assim restritos aos elementos étnicos e culturais apenas e sim, pensar a questão agraria propiciando uma analise em que esteja relacionados esses dois fatores. Esse procedimento de pensar a estrutura agrária relacionalmente revela que ela não pode ser mais dissociada de fatores étnicos [...]. Um território quilombola não corresponde necessariamente a extensão de um ou vários imóveis rurais ou a um numero estimado de estabelecimentos, mesmo que as situações a ele referidas aparentemente assim sugiram. (ALMEIDA, 2002; p. 71)

14 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 13 Por mais que se tenha avançado em direção ao reconhecimento das terras de quilombos, e embora já existam aparatos jurídicos, antropológicos, através de laudos, há uma predominância muito forte da defesa da propriedade privada, deixando de lado uma visão mais social e cooperativa da terra, do seu uso comum e em grupo. 4. Aspectos Identitários: de Stuart Hall a Fredrik Barth Em seu livro: A Identidade Cultural na Pós-modernidade (2005), Hall coloca abertamente que as discussões acerca do conceito de identidade na comunidade cientifica de ciências sociais, em especial a sociedade sociológica, não chegou a um consenso. Para Hall o argumento principal a ser defendido, é de que no mundo globalizado as identidades estão passando por um processo de deslocamento e fragmentação e isto tem, segundo ele, levado alguns teóricos a afirmarem que as identidades estão em um estado de esgotamento, de crise. Um tipo de mudança estrutural está transformando as sociedades modernas no final do século XX. Isto esta fragmentando as paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, que no passado, nos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduos sociais. Estas transformações estão também mudando nossas identidades pessoais, abalando a ideia que temos de nós próprios como sujeitos integrados [...]. Esse duplo deslocamento - descentração dos indivíduos tanto do seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmos - constitui uma crise de identidade para o individuo. (HALL, 2005; p. 09) O que se procura argumentar é a ideia de que se está vivenciando uma mudança comportamental e social dos indivíduos nas chamadas sociedades modernas, uma mudança que se observa rearranjos dentro dos sistemas econômicos, culturais e políticos, proporcionados pela globalização, acarretando também um arranjo sobre as identidades. Assim nos dias atuais, temos um complexo jogo de transformações, sobre as quais recai principalmente ao poder da autonomia do individuo sobre si mesmo e sobre suas praticas no cotidiano.

15 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 14 Outro ponto fundamental dessa analise proporcionada por Stuart Hall, é de que, segundo ele, nas sociedades modernas embora haja uma tendência para que as identidades nacionais passem por cima das identidades culturais mais particulares nesse processo intenso da globalização, ao contrario, as identidades mais particulares sempre tem encontrado mecanismos de defesa na sua própria história. Hall assinala para uma dualidade entre o poder da estrutura global e uma forte tendência para os rearranjos locais, em que segundo o próprio autor, se pode encontrar uma maior valorização e uma maior aproximação em relação aos aspectos peculiares do campo local, como um dos aspectos, alicerces para a formulação de novos produtos de mercado. Ou seja, ao mesmo tempo em que se tenta avançar para um complexo jogo de homogeneização de identidades étnicas e seus campos de significados, é possível também usar sua rica produção cultural, como mais um elemento para o enriquecimento de produtos de mercado. A globalização (na forma da especialização flexível e da estratégia de criação de nichos de mercado), na verdade, explora a diferenciação local. Assim ao invés de pensar no global como substituindo o local, seria mais acurado pensar numa nova articulação entre o global e o local. (HALL, 2005; p. 77) Já Castells, em seu livro: O Poder da Identidade, (2000), o autor focaliza suas argumentação centrando-se em fatores que delimitam o processo construtor do pertencimento do individuo a certa identidade. Esses fatores são, como bem coloca Castells, desde fatores históricos, biológicos e geográficos a fatores de cunho religioso e de memória coletiva. A construção de identidade vale-se de matériaprima fornecida pela história, geografia, biologia, instituições produtivas e reprodutivas, pela memória coletiva e por fantasias pessoais, pelos aparatos de poder e revelações de cunho religioso. Porém, todos esses materiais são processados pelos indivíduos, grupos sociais e sociedades, que reorganizam seus significados em função de tendências sociais e projetos culturais enraizados em sua estrutura social, bem como em sua visão de tempo e espaço. (CASTELLS, 2000; p. 23)

16 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 15 É importante ressaltar que para afirmar a validade da identidade não é necessária a combinação de todos os elementos citados, mais antes de tudo, o domínio que se terá sobre alguns deles, de como eles serviriam para passar a ser um mecanismo eficaz na defesa dos ideais de pertença, a certa particularidade que vá de encontro a posturas mais universalistas de agir e pensar. Neste caso, a construção da identidade consiste em um projeto de vida diferente, talvez com base em uma identidade oprimida, porém expandindo-se no sentido de transformação da sociedade como prolongamento desse projeto de identidade. (CASTELLS, 2000; p. 26) O que na verdade está em jogo em todo esse processo, tem haver com a forma pela qual as estruturas sociais convencionais dominantes, agem em relação aos setores ditos e classificados como marginalizados, ou as chamadas minorias. Sendo assim esses setores reagem em oposição, através da construção e reinvenção de significados que em outro momento foram eficazes para a manutenção de identidade própria, de sua autonomia social e cultural, estabelecendo os limites de suas fronteiras com os outros. Castells nos oferece um tipo de identidade, que seria uma identidade típica da sociedade atual, a Identidade de resistência e a Identidade de projeto. Identidade de resistência: criada por atores que se encontram em posições ou condições desvalorizadas e ou estigmatizadas pela lógica da dominação, construindo assim, trincheiras de resistência e sobrevivência com base em principio diferentes dos que permeiam as instituições da sociedade, ou mesmo opostas a estes últimos [...]. Identidade de projeto: quando os atores sociais, utilizando-se de qualquer tipo de material cultural ao seu alcance, constroem uma nova identidade capaz de redefinir sua posição na sociedade e, ao fazê-lo, de buscar a transformação de toda a estrutura social. (CASTELLS, 2000; p. 24) Essas duas categorias identitárias podem ser atreladas as comunidades quilombolas, pois são comunidades que são excluídas pela sociedade dominante e vivem uma vida diferente do modelo tradicional de sociedade capitalista, um modelo baseado na competição de mercado, a concorrência de produtos e entre pessoas e indivíduos, altamente centrada nos processos de exclusão e compra e venda de produtos, como também, são

17 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 16 comunidades que possuem certo aparato cultural enraizado nos hábitos costumeiros e que ao longo do tempo vêm se transformando para acompanhar o ciclo atual de desenvolvimento da nação. De certo, as fronteiras parecem hoje serem difíceis de identificação, ocasionadas pelo vários processos globais, mesmo assim, se aponta para o alargamento da participação política em virtude de estarem reivindicando certo tipo de identidade, antes marginalizada e tomada no esquecimento. 5. A Identidade Étnica Para autores sociais excluídos ou que tenham oferecido resistência à individualização da identidade relacionada à vida nas redes globais de riqueza e poder, as comunas culturais de cunho religioso, nacional ou territorial parecem ser a principal alternativa para a construção de significados em nossa sociedade. Aparecem como reação a tendências sociais predominantes, às quais opõem resistência em defesa de fontes autônomas de significado. Desde o principio, constituem identidades defensivas que servem de refúgio e são fontes de solidariedade, como forma de proteção contra um mundo externo hostil. São construídas culturalmente, isto é, organizadas em torno de um conjunto especifico de valores cujo significado e usos compartilhados são marcados por códigos específicos e auto-identificação. (CASTELLS, 2000; p. 28) No Brasil, quando se pretendia discutir o processo de reconhecimento tanto dos remanescentes das comunidades indígenas, quanto das comunidades remanescentes de quilombo, era recorrente a necessidade de caracteriza-las por fatores biológicos ou histórico-culturais. Assim acarretando um processo não condizente com a realidade investigada, pois se tais características forem tomadas como as únicas possíveis para o reconhecimento, é apontar para o desaparecimento de tais comunidades tradicionais, especialmente no nordeste, onde os índios e os descendentes dos povos quilombolas não possuem mais traços físicos e biológicos, que eram fortemente encontradas nos seus antepassados, como cor do cabelo, formato do rosto, tipo de cabelo e cor de pele. O processo de reconhecimento das identidades quilombolas no contexto atual vai além da identificação de certos traços culturais quem em outro momento histórico foram mais acentuados e perceptíveis. O conceito

18 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 17 estabelecido para classificar uma comunidade como quilombola nos tempos da escravidão, não podem mais ser utilizados, pois se apresenta equivocado e parado no tempo e frigorificado como diz, Alfredo Wagner Berno de Almeida: O recurso de método mais essencial, que suponho deva ser o fundamento da ruptura com a antiga definição de quilombo, refere-se às representações e praticas dos próprios agentes sociais que vieram e constituíram tais situações em meio a antagonismos e violências extremas. A meu ver, o ponto de partida da analise critica é a indagação de como os próprios agentes sociais se definem e representam suas relações e praticas em face dos grupos sociais e agências com que integram. (ALMEIDA, 1999; p. 67) Assim Alfredo Wagner propõe uma ruptura com tais definições frigorificadas, para que se possa assegurar uma perspectiva jurídica e antropológica, uma validação que condiz com as narrativas dos agentes sociais quilombolas, e não validando apenas os escritos de fontes secundarias de pesquisa. Atualmente é necessário entender não apenas os significados culturais existentes e que permanecem com o passar do tempo, mas também, é tentar compreender como são colocados os mecanismos que proporcione e permanência e a sobrevivência dos remanescentes em suas comunidades, numa relação constante entre identidade e memória, entre o eu e o outro. Grande parte dos estudiosos que pretenderam analisar a questão da identidade étnica, tiveram como uma de suas referencias teóricas a obra de Barth. Este artigo também se utiliza das contribuições deste autor, afim de se mapear a realidade investigada priorizando uma concepção de identidade que se diferencie do modelo estático que se tinha ate os anos de 1969, ano da publicação de sua obra. Barth prioriza uma concepção de identidade tendo como foco motriz, o caráter mobilizatório dos indivíduos em decorrência das mudanças ocorridas nos sistemas sociais. Assim, o contato cultural e as mudanças ocorridas dentro dos grupos étnicos como células identificadoras se dão pela defesa do seu campo de atuação, ou fronteira étnica, o que vai diferenciar de outro grupo social, cultural ou ate mesmo étnico. Para Barth, não se pode mais tomar como teor classificatório da diversidade cultural, o isolamento geográfico e social de

19 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 18 comunidades especificas, o que hoje em dia se torna evidente. É importante afirmar que, com raras exceções, não existem sociedade que estejam em completo isolamento. É através da auto-definição e da auto-atribuição, que se tem a constatação da identidade quilombola. Importante destacar que em outro contexto, a identidade étnica de uma comunidade, seja ela quilombola, ou indígena, era definida pelo outro, através de sinais externos como a pigmentação da pele, e manifestações culturais produzidos pelos próprios atores sociais. Assim para Barth, a auto- definição é a mola motriz que vai orientar e organizar as interações dentro e fora do grupo. Segundo o autor, o fator cultural deve ser levado em consideração não como um fator determinante e classificatório da identidade étnica, mas sim como um resultado da organização enquanto tal. Pondo a ênfase no aspecto de suporte cultural, a classificação de pessoas e grupos locais como membros de grupos étnicos deve depender do modo como demonstram os traços particulares da cultura. Isto é algo que pode ser julgado objetivamente pelo observador etnográfico, na tradição cultural das áreas, indiferente a categorias e preconceitos dos autores. As diferenças entre grupos tornam-se diferenças nos inventários dos traços; a atenção é dirigida a analise das culturas, não a organização étnica. (BARTH, 1998; p. 191) Barth coloca que não é o antropólogo ou o pesquisador que deve estabelecer critérios, os traços culturais que devem ser utilizados para definir o grupo étnico, é antes, o próprio grupo que definem quais serão os sinais diacríticos que iram ser dados como atributivos e significativos na afirmação e positivação da identidade. Nenhum desses tipos de conteúdos culturais deriva de uma lista descritiva de traços ou de diferenças culturais; não podemos prever a partir de princípios evidentes quais traços serão realçados e tornados organizacionalmente relevantes pelos atores. (BARTH, 1998; p. 194). Esse sinal de identificação criado pelos grupos permite sua existência e cria mecanismo de interação com outros setores, acarretando assim em uma identidade relacional ou situacional.

20 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 19 As características que são levadas em consideração não são a soma das diferenças objetivas, mas somente aquelas que os próprios atores consideram significantes [...]. O conteúdo cultural das dicotomias étnicas parecem ser analiticamente de duas ordens: 1. Sinais ou signos os --- os traços diacríticos que as pessoas procuram e exibem para demonstrar sua identidade, tais como vestuário, a língua, a moradia, ou o estilo de vida; 2. Orientações de valores fundamentais --- os padrões de moralidade e excelência pelos quais as ações são julgadas. Desde que pertencer a uma categoria étnica implica ser um certo tipo de pessoa que possui aquela identidade básica, isso implica igualmente que se reconheça o direito de ser julgado e de julgar-se pelos padrões que são relevantes para aquela identidade. (BARTH, 1998; p. 194) Esses talvez tenham sido os principais pontos encontrados para afirmar a contribuição da obra de Barth no que tange a questão da identidade étnica, além é claro, do que ele define como fronteira étnica, que ele atribui como o ponto central de sua pesquisa, como definidor do grupo étnico, e devem ser entendidas como fronteiras sociais, e não fronteiras territoriais, embora ele também não descarte esse recorte. Além disso, a fronteira étnica canaliza a vida social --- ela acarreta de um modo frequente uma organização muito complexa das relações sociais e comportamentais. (BARTH, 1998; p. 196). As relações de reconhecimento tem por base o fortalecimento de aspectos atributivos proporcionados pelos próprios agentes em um jogo de exclusão e inclusão, que definem o dentro e fora, sem necessariamente atestar para um isolamento de tempo e espaço, permitindo assim, esse contato com outros grupos, e pessoas, a manutenção das fronteiras étnicas. 6- Memória e Preservação Chifre do Bode Como já amplamente discutido, o que pode definir uma comunidade como pertencente ou não a uma categoria étnica, não são mais, e apenas tão somente, os seus traços culturais e sim as questões de auto-atribuição e autoidentificação dos próprios atores frente a outros grupos.

21 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 20 Mais os fatores culturais constituem um fator importante para salvaguardar todo um simbolismo e reminiscências africanas do passado, neste sentido, é importante dar visibilidade a tais aspectos, mesmo que eles se exprimam tão somente na memória da comunidade Chifre do Bode. Hoje esses costumes e tradições encontram-se na memória coletiva e particular do lugar. E ainda de forma mais tímida no jeito de comemorar, rezar. É através da oralidade do grupo, principalmente da população mais idosa, é que se tem a perpetuação dos saberes, dos causos e das danças, danças tais como: o coco de roda, reisado, pastoril, samba de coco, também através da produção artesanal. Uma manifestação cultural muito importante dentro da comunidade, era o samba de coco, dança praticada durante o levantamento das casas de taipa da comunidade. A dança servia para pisar, untar e amassar o barro que depois seria jogado para a formação da paredes e acontecia sempre em regime de mutirão. Ao longo do tempo essa manifestação deixou de acontecer, pois as construções passaram a ser de alvenaria. Como relembra Marizeti, a líder da comunidade em depoimento dado no ano de 2010: [...] e o pior que tinha tudo isso, eu sou nova, mais todo mundo dizia, os mais velhos sempre dizia que existia, que me lembro, eu menina lembro que na casa do meu pai, quando foram construir a casa lá de taipa, uma parte lá da casa, eles combinavam, todo mundo da comunidade e fazia um pagode, um reisado, era essa valsa. Eu nunca cheguei a dançar, mais eles contavam tudo que existia [...] (MARIZETI, 2010). As manifestações culturais folclóricas não são os únicos traços da comunidade em relação aos seus antepassados, aos seus ancestrais, pois não são as danças são lembradas, como também há ainda a confecção de artesanato em palha e bordado, que denotam um aspecto singular do lugar, assim como o uso das plantas medicinais. Como fornece em seu relato Dona Soledade em 2010: Eu fazia, hoje não trabalho mais não, muito cansada, já fiz muito bordado, fazia roupa, balaio, fazia tudo [...] ponto cheio, ponto de marca, ponto

22 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 21 corrente que existia, só nunca fiz labirinto, ponto de fabrica [...], o balaio era feito de cipó, só faço agora quando aparece cipó bom, eu faço, semanada passada fiz dois balaios. [...] Eu aprendi com minha mãe, minha mãe fazia, nós somos três filhas mulé, e todas três faz essas coisas [...] (D. SOLEDADE, 2010). É através da simplicidade demonstrada no modo de falar, de agir, que se codifica o pertencimento ao grupo. Os membros do Chifre do Bode, diferente do que se imaginava, não possuem uma característica particular rudimentar, embora as vezes foi possível observar o uso de instrumentos característicos do tempo em que a produção agrícola era baseada e sustentada pelos moldes artesanais, como o uso de carros-de-boi, a confecção de cestos de palha, do cultivo de hortaliças em canteiros, a criação de animais soltos pelos quintais e cercas da comunidade. No campo da preservação das tradições da realidade do Chifre do Bode, há uma certa dependência de esperar a formação de grupos que priorizem uma certa atividade e manifestação cultural, como bem focaliza Marizeti, em sua colocação: Até porque nunca foi formado um grupo, porquê essas coisas de repassar, é quando tem algum apoio de uma entidade, de alguém que diz: não, vamos formar um, ai nunca foi formado, nem pra essas coisas ai dos cestos que elas sabem fazer, nem pra cultura, quase nada, nunca foi formado um grupo [...] (MARIZETI, 2010) As tradições estão hoje apenas presentes nas lembranças dos remanescentes mais antigos. Embora exista a penetração de outros aparelhos culturais na comunidade, há de forma mais positiva a reinvenção e restauração dos valores ancestrais, que aparecem em cada momento de forma sentimental e constituem a memória histórica do grupo para fortalecer sua identidade quilombola. No entanto, para uma defesa ampla dos seus valores culturais e históricos, é necessária uma comunicação e uma articulação entre os componentes do grupo afim de que a identidade que sempre foi oprimida possa expandir, como também a busca de mecanismos que garantam e assegurem, que possam ainda sustentar ao menos a memória coletiva do grupo. Neste sentido, O Artigo 215º da Constituição Federal, garante a través do Estado

23 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 22 Brasileiro, a preservação das manifestações das culturas populares, dos indígenas e dos afro-brasileiros e de outros povos tradicionais que fizeram parte da constituição e da formação da civilização brasileira. Já o Artigo 216º se configura como: Art Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I as formas de expressão; II os modos de criar, fazer e viver; III as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e cientifico. Parágrafo 1. O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro por meio de registros, vigilâncias, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. (CASTRO, 2008; p.14) Como a Constituição Federal prevê, e a UNESCO define que é assegurando a defesa e a guarda de toda e qualquer manifestação, seja ela através de objetos e construções históricas, objetos e utensílios que são produzidos como meio de representação do cotidiano dos diversos grupos sociais. O artigo 2 da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (UNESCO, 2003) entende por patrimônio cultural imaterial: [As] práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Este patrimônio cultural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade e contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. (CASTRO, 2008; p )

24 Comunidade Quilombola Chifre do Bode: identidade étnica, memória e preservação 23 Salvaguardar o patrimônio imaterial é importante porque estes constituem, constituem e são caracterizados por serem mecanismos, saberes e tradições orais, modos de fazer e ritos, que estão presentes tão fortemente na Comunidade Chifre do Bode. Seguindo a ordem de vigências instaladas pelo artigo acima citado, é importante então que o poder público possa vislumbrar para a importância de preservar tais bem com não só um instrumento simbólico importante para as comunidades, como também para a memória do passado histórico do Brasil. O ponto importante a ser considerado é de que, hoje as comunidades quilombolas, devem ter seus materiais históricos, tanto materiais, como imateriais preservados e garantidos na forma constitucional. Vimos que eles são detentores de uma identidade que teve suas primeiras formas ainda no período escravocrata e atravessaram todo o desenvolvimento e formação do Brasil sustentando características culturais, históricas e coletivas de modo a cultuar as origens africanas dos seus antepassados. Neste sentido cabe ao poder público, aplicar o que diz a Carta Magna do Brasil, desenvolver projetos que viabilizem meios seguros da promoção e desenvolvimento das comunidades em todos os seus aspectos. Identificamos uma falta de tais regulamentações e procedimentos técnicos e de implementação na Comunidade Chifre do Bode, o que demonstra que ainda falta muito para que, o que garante a UNESCO, o IPHAN, e CF seja algo concreto. Como todos outros projetos voltados para as comunidades tradicionais, esse é mais um que não entra verdadeiramente em sua aplicabilidade.

A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA

A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA Moura (2001) nos traz um desafio preocupante, não só a partir do debate sobre a melhoria estrutural das escolas em comunidades quilombola, da qualificação continuada dos professores,

Leia mais

6ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL TEXTO BASE 4 QUEM SOMOS NÓS OS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

6ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL TEXTO BASE 4 QUEM SOMOS NÓS OS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS 6ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL TEXTO BASE 4 QUEM SOMOS NÓS OS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS Somos os guardiões das origens, somos os conhecedores das tradições

Leia mais

OS CANAIS DE PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO PÓS LDB 9394/96: COLEGIADO ESCOLAR E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

OS CANAIS DE PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO PÓS LDB 9394/96: COLEGIADO ESCOLAR E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 1 OS CANAIS DE PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO PÓS LDB 9394/96: COLEGIADO ESCOLAR E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Leordina Ferreira Tristão Pedagogia UFU littledinap@yahoo.com.br Co

Leia mais

Meu nome é Elizeu Lopes, Ava Kuarahy, sou Guarani-Kaiowá, representante da

Meu nome é Elizeu Lopes, Ava Kuarahy, sou Guarani-Kaiowá, representante da Sra. Presidente do Fórum Permanente 2015 Sra. Relatora Especial para nós povos indígenas. Mba'éichapa!!! Meu nome é Elizeu Lopes, Ava Kuarahy, sou Guarani-Kaiowá, representante da Grande Assembleia Aty

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

NO VIÉS DA MEMÓRIA: IDENTIDADE E CULTURA DOS REMANESCENTES QUILOMBOLAS DE SÃO ROQUE- PRAIA GRANDE/ SC

NO VIÉS DA MEMÓRIA: IDENTIDADE E CULTURA DOS REMANESCENTES QUILOMBOLAS DE SÃO ROQUE- PRAIA GRANDE/ SC NO VIÉS DA MEMÓRIA: IDENTIDADE E CULTURA DOS REMANESCENTES QUILOMBOLAS DE SÃO ROQUE- PRAIA GRANDE/ SC Giovana Cadorin Votre 1, Talita Daniel Salvaro 2, Elisandro Raupp Prestes 3 1 Aluna do 2 o ano do curso

Leia mais

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+ I - A filosofia no currículo escolar FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1 Daniel+Durante+Pereira+Alves+ Introdução O+ ensino+ médio+ não+ profissionalizante,+

Leia mais

Educação Patrimonial Centro de Memória

Educação Patrimonial Centro de Memória Educação Patrimonial Centro de Memória O que é história? Para que serve? Ambas perguntas são aparentemente simples, mas carregam uma grande complexidade. É sobre isso que falarei agora. A primeira questão

Leia mais

Disciplina Corpo Humano e Saúde: Uma Visão Integrada - Módulo 3

Disciplina Corpo Humano e Saúde: Uma Visão Integrada - Módulo 3 3. A transversalidade da saúde Você já ouviu falar em Parâmetros Curriculares Nacionais? Já ouviu? Que bom! Não lembra? Não se preocupe, pois iremos, resumidamente, explicar o que são esses documentos.

Leia mais

PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil

PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil Introdução Mauri J.V. Cruz O objetivo deste texto é contribuir num processo de reflexão sobre o papel das ONGs na região sul

Leia mais

Resenha / Critial Review Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo

Resenha / Critial Review Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo 234 Marcos César Alves Siqueira Resenha / Critial Review por Ma r c o s Cé s a r Alv e s Siqueira 1 GOHN, Maria da Glória. Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo. Petrópolis,

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

APRESENTAÇÃO Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS)

APRESENTAÇÃO Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) APRESENTAÇÃO A formação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) e a participação atuante das comunidades são imprescindíveis para o desenvolvimento rural. É função dos Conselhos

Leia mais

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS Mônica Abranches 1 No Brasil, no final da década de 70, a reflexão e o debate sobre a Assistência Social reaparecem e surge

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. Autor: José Marcos da Silva Instituição: UFF/CMIDS E-mail: mzosilva@yahoo.com.br RESUMO A presente pesquisa tem como proposta investigar a visão

Leia mais

Pedagogia Estácio FAMAP

Pedagogia Estácio FAMAP Pedagogia Estácio FAMAP # Objetivos Gerais: O Curso de Graduação em Pedagogia da Estácio FAMAP tem por objetivo geral a formação de profissionais preparados para responder às diferenciadas demandas educativas

Leia mais

Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima

Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL META Indicar as leis preservacionistas que recomendam a proteção do patrimônio. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: detectar as principais referências internacionais

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais 5.1. Conclusões A presente dissertação teve o objetivo principal de investigar a visão dos alunos que se formam em Administração sobre RSC e o seu ensino. Para alcançar esse objetivo,

Leia mais

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL RESUMO Luana da Mata (UEPB) 1 Patrícia Cristina de Aragão Araújo (UEPB) 2 Este artigo tem como objetivo refletir como as brincadeiras

Leia mais

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

A PRESENÇA DA ARTE NO PROJETO PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO

A PRESENÇA DA ARTE NO PROJETO PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO A PRESENÇA DA ARTE NO PROJETO PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO Sandra Maria Zanello de Aguiar, e-mail:szaguiar@gmail.com. Universidade Estadual do Centro-Oeste/Setor de Ciências Sociais Aplicadas.

Leia mais

Três exemplos de sistematização de experiências

Três exemplos de sistematização de experiências Três exemplos de sistematização de experiências Neste anexo, apresentamos alguns exemplos de propostas de sistematização. Estes exemplos não são reais; foram criados com propósitos puramente didáticos.

Leia mais

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos. Os dados e resultados abaixo se referem ao preenchimento do questionário Das Práticas de Ensino na percepção de estudantes de Licenciaturas da UFSJ por dez estudantes do curso de Licenciatura Plena em

Leia mais

A Epistemologia de Humberto Maturana

A Epistemologia de Humberto Maturana ESPECIALIZAÇAO EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO Fundamentos Históricos e Filosóficos das Ciências A Epistemologia de Humberto Maturana Prof. Nelson Luiz Reyes Marques Humberto Maturana Biólogo. Chileno,

Leia mais

ED WILSON ARAÚJO, THAÍSA BUENO, MARCO ANTÔNIO GEHLEN e LUCAS SANTIGO ARRAES REINO

ED WILSON ARAÚJO, THAÍSA BUENO, MARCO ANTÔNIO GEHLEN e LUCAS SANTIGO ARRAES REINO Entrevista Cláudia Peixoto de Moura Nós da Comunicação tendemos a trabalhar com métodos qualitativos, porque, acredito, muitos pesquisadores desconhecem os procedimentos metodológicos quantitativos ED

Leia mais

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Realização: Ágere Cooperação em Advocacy Apoio: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR Módulo III: Conselhos dos Direitos no

Leia mais

9. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

9. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA 9. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA 9.1 ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INDÍGENA 9.1.1 Objetivos gerais A Constituição Federal assegura às comunidades indígenas o direito de uma educação escolar diferenciada e a utilização

Leia mais

DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE) Bom-dia, Excelentíssimo. Senhor Ministro-Presidente, bom-dia aos demais integrantes

DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE) Bom-dia, Excelentíssimo. Senhor Ministro-Presidente, bom-dia aos demais integrantes O SR. FRANCISCO BATISTA JÚNIOR (PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE) Bom-dia, Excelentíssimo Senhor Ministro-Presidente, bom-dia aos demais integrantes da nossa Mesa que, neste momento, estão dividindo

Leia mais

Estado da Paraíba PREFEITURA MUNICIPAL DE TAVARES GABINETE DO PREFEITO

Estado da Paraíba PREFEITURA MUNICIPAL DE TAVARES GABINETE DO PREFEITO LEI Nº 704/2013 DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL COMPIR E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O PREFEITO CONSTITUCIONAL DO MUNICÍPIO DE TAVARES, Estado da Paraíba, usando

Leia mais

PEDAGOGIA EM AÇÃO: O USO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL PARA A TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

PEDAGOGIA EM AÇÃO: O USO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL PARA A TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL PEDAGOGIA EM AÇÃO: O USO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL PARA A TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL Kelly Cristina Costa de Lima, UEPA Aline Marques Sousa, UEPA Cassia Regina Rosa

Leia mais

Apresentação. Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil

Apresentação. Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil Apresentação Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil 2 No Brasil, no final da década de 1990, as questões colocadas pela globalização, tais como o desemprego, a falta de qualificação de

Leia mais

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1 FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1 A LDB, no Titulo VI, trata dos Profissionais da Educação, considerando sob essa categoria não só os professores, que são responsáveis pela gestão da sala de aula, mas

Leia mais

Notas sobre a exclusão social e as suas diferenças

Notas sobre a exclusão social e as suas diferenças Notas sobre a exclusão social e as suas diferenças Ana Paula Gomes Daniel e-mail: anapauladnl@gmail.com Acadêmica do curso de Ciências Econômicas /UNICENTRO Flavia Diana Marcondes dos Santos e-mail: flaviadianam@gmail.com

Leia mais

VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ESCOLA CAMPO

VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ESCOLA CAMPO VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ESCOLA CAMPO Franscimere Cordeiro de Souza franscimere@gmail.com Nayara Katiucia de Lima Domingues Dias nanalima1923@hotmail.com Maria Geralda de Almeida

Leia mais

Averiguar a importância do Marketing Ambiental numa organização cooperativista de agroindustrial de grande porte da região de Londrina.

Averiguar a importância do Marketing Ambiental numa organização cooperativista de agroindustrial de grande porte da região de Londrina. INTRODUÇÃO No mundo globalizado a disciplina de Marketing se torna cada dia mais evidente e importante para as decisões das organizações do mundo contemporâneo. Numa mudança constante de estratégias para

Leia mais

Aula 1: Demonstrações e atividades experimentais tradicionais e inovadoras

Aula 1: Demonstrações e atividades experimentais tradicionais e inovadoras Aula 1: Demonstrações e atividades experimentais tradicionais e inovadoras Nesta aula trataremos de demonstrações e atividades experimentais tradicionais e inovadoras. Vamos começar a aula retomando questões

Leia mais

O ENSINO MÉDIO NAS ESCOLAS RURAIS DE JATAÍ, UMA GESTÃO COMPARTILHADA. Mara Sandra de Almeida 1 Luciene Lima de Assis Pires 2

O ENSINO MÉDIO NAS ESCOLAS RURAIS DE JATAÍ, UMA GESTÃO COMPARTILHADA. Mara Sandra de Almeida 1 Luciene Lima de Assis Pires 2 O ENSINO MÉDIO NAS ESCOLAS RURAIS DE JATAÍ, UMA GESTÃO COMPARTILHADA Mara Sandra de Almeida 1 Luciene Lima de Assis Pires 2 1 Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás Câmpus Jataí / marassandra@gmail.com

Leia mais

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Hulda Gomides OLIVEIRA. Elza Kioko Nakayama Nenoki do COUTO. Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. huldinha_net@hotmail.com

Leia mais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA CONVIVER COM OS HUMANOS APRIMORADOS? http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=voce-esta-preparado-conviver-humanosaprimorados&id=010850090828 Redação do

Leia mais

TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Profa. Maria Eunice Damasceno Pereira

TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Profa. Maria Eunice Damasceno Pereira Profa. Maria Eunice Damasceno Pereira 1 Qualquer que seja o campo de atuação\intervenção o Profissional deve: Elaborar um Plano de Intervenção (definição dos instrumentos teórico-metodológicos e técnicooperativos);

Leia mais

Propostas para uma Política Municipal de Migrações:

Propostas para uma Política Municipal de Migrações: Ao companheiro Fernando Haddad Novo Prefeito de São Paulo, Propostas para uma Política Municipal de Migrações: Saudamos o novo prefeito de São Paulo, por sua expressiva eleição e desde já desejamos que

Leia mais

3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009

3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009 3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009 Alexandre A. Tombini Diretor de Normas e Organização do Sistema

Leia mais

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM Resumo Gisele Gomes Avelar Bernardes- UEG 1 Compreendendo que a educação é o ponto chave

Leia mais

O USO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DO CINEMA COMO FONTE HISTÓRICA Leandro Batista de Araujo* RESUMO: Atualmente constata-se a importância

O USO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DO CINEMA COMO FONTE HISTÓRICA Leandro Batista de Araujo* RESUMO: Atualmente constata-se a importância O USO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DO CINEMA COMO FONTE HISTÓRICA Leandro Batista de Araujo* RESUMO: Atualmente constata-se a importância e necessidade do uso de tecnologias no trabalho escolar

Leia mais

Disciplina: Alfabetização

Disciplina: Alfabetização Título do artigo: As intervenções didáticas no processo de alfabetização inicial Disciplina: Alfabetização Selecionador: Beatriz Gouveia 1 Categoria: Professor 1 Coordenadora de projetos do Instituto Avisa

Leia mais

Breve histórico da profissão de tradutor e intérprete de Libras-Português

Breve histórico da profissão de tradutor e intérprete de Libras-Português O TRABALHO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LIBRAS-PORTUGUÊS NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS. Resumo Autores: Sônia Aparecida Leal Vítor Romeiro Isabella Noceli de Oliveira Carla Couto de Paula Silvério

Leia mais

Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra

Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra Resultados gerais Dezembro 2010 Projeto Community-based resource management and food security in coastal Brazil (Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP)

Leia mais

Discurso de Luiz Inácio Lula da Silva Seminário do Prêmio Global de Alimentação Des Moines, Estados Unidos 14 de outubro de 2011

Discurso de Luiz Inácio Lula da Silva Seminário do Prêmio Global de Alimentação Des Moines, Estados Unidos 14 de outubro de 2011 Discurso de Luiz Inácio Lula da Silva Seminário do Prêmio Global de Alimentação Des Moines, Estados Unidos 14 de outubro de 2011 Estou muito honrado com o convite para participar deste encontro, que conta

Leia mais

Carta Pedagógica do Amazonas

Carta Pedagógica do Amazonas Carta Pedagógica do Amazonas Estimados educadores e educadoras do Brasil. Se o ser humano não se descobre cidadão sujeito histórico, até mesmo suas aspirações mais elementares como alimentação, saúde,

Leia mais

O RÁDIO COMO INSTRUMENTO DE PERPETUAÇÃO DA CULTURA DOS POVOS ÉTNICOS DE IJUÍ

O RÁDIO COMO INSTRUMENTO DE PERPETUAÇÃO DA CULTURA DOS POVOS ÉTNICOS DE IJUÍ O RÁDIO COMO INSTRUMENTO DE PERPETUAÇÃO DA CULTURA DOS POVOS ÉTNICOS DE IJUÍ VAN RIEL, Oscar Michel dos Santos 1 ; SANTOS, Janaíne dos 2 Palavras-chave: Linguagem Radiofônica. Cultura. Identidade Étnica.

Leia mais

OBSERVATORIUM: Revista Eletrônica de Geografia, v.3, n.9, p. 147-151, abr. 2012.

OBSERVATORIUM: Revista Eletrônica de Geografia, v.3, n.9, p. 147-151, abr. 2012. DIAS, P. S. Território e informação: o circuito da produção publicitária na cidade de São Paulo. 101 f. Dissertação (Mestrado em Geografia)-Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas,

Leia mais

Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades. Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado

Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades. Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado A oferta da Promon Intelligens considera o desenvolvimento de

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES Alexandre do Nascimento Sem a pretensão de responder questões que devem ser debatidas pelo coletivo, este texto pretende instigar

Leia mais

6. Considerações Finais

6. Considerações Finais 6. Considerações Finais O estudo desenvolvido não permite nenhuma afirmação conclusiva sobre o significado da família para o enfrentamento da doença, a partir da fala das pessoas que têm HIV, pois nenhum

Leia mais

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, EXPRESSÃO E RELIGIÃO NO BRASIL Rev. Augustus Nicodemus Lopes APRESENTAÇÃO CARTA DE PRINCÍPIOS 2011

LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, EXPRESSÃO E RELIGIÃO NO BRASIL Rev. Augustus Nicodemus Lopes APRESENTAÇÃO CARTA DE PRINCÍPIOS 2011 LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, EXPRESSÃO E RELIGIÃO NO BRASIL [SLIDE 1] CAPA [SLIDE 2] UM ASSUNTO ATUAL APRESENTAÇÃO CARTA DE PRINCÍPIOS 2011 Os conceitos de liberdade de consciência e de expressão têm recebido

Leia mais

O que a Postura Consultiva tem a ver com Você

O que a Postura Consultiva tem a ver com Você O que a Postura Consultiva tem a ver com Você Marcelo Egéa M* O que é postura consultiva Criar e sustentar uma marca é um trabalho que exige o máximo de todos na empresa. Alguns têm contato direto com

Leia mais

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO.

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. PARTE 1 O QUE É FILOSOFIA? não é possível aprender qualquer filosofia; só é possível aprender a filosofar. Kant Toda às vezes que

Leia mais

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural Marcos Santos Figueiredo* Introdução A presença dos sindicatos de trabalhadores

Leia mais

JOVEM ÍNDIO E JOVEM AFRODESCENDENTE/JOVEM CIGANO E OUTRAS ETNIAS OBJETIVOS E METAS

JOVEM ÍNDIO E JOVEM AFRODESCENDENTE/JOVEM CIGANO E OUTRAS ETNIAS OBJETIVOS E METAS JOVEM ÍNDIO E JOVEM AFRODESCENDENTE/JOVEM CIGANO E OUTRAS ETNIAS OBJETIVOS E METAS 1. Assegurar com políticas públicas e programas de financiamento o direito dos jovens índios, afrodescendentes, camponeses

Leia mais

Educação Ambiental: uma modesta opinião Luiz Eduardo Corrêa Lima

Educação Ambiental: uma modesta opinião Luiz Eduardo Corrêa Lima Educação Ambiental: uma modesta opinião Luiz Eduardo Corrêa Lima Professor Titular de Biologia /FATEA/Lorena/SP Monitor de Educação Profissional/SENAC/Guaratinguetá/SP leclima@hotmail.com. RESUMO 48 Nos

Leia mais

Notas técnicas. Introdução

Notas técnicas. Introdução Notas técnicas Introdução As Estatísticas do Registro Civil são publicadas desde 1974 e fornecem um elenco de informações relativas aos fatos vitais, casamentos, separações e divórcios ocorridos no País.

Leia mais

Identificação do projeto

Identificação do projeto Seção 1 Identificação do projeto ESTUDO BÍBLICO Respondendo a uma necessidade Leia Neemias 1 Neemias era um judeu exilado em uma terra alheia. Alguns dos judeus haviam regressado para Judá depois que os

Leia mais

Plano de Fiscalização de Unidades de Conservação - SIM

Plano de Fiscalização de Unidades de Conservação - SIM Plano de Fiscalização de Unidades de Conservação - SIM Formação Socioambiental 2º Encontro Mapeando e buscando reconhecer o território O que vimos até aqui, que queremos destacar? Representações sociais

Leia mais

Opinião N13 O DEBATE SOBRE AÇÕES AFIRMATIVAS NO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL E NA ÁFRICA DO SUL 1

Opinião N13 O DEBATE SOBRE AÇÕES AFIRMATIVAS NO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL E NA ÁFRICA DO SUL 1 Opinião N13 O DEBATE SOBRE AÇÕES AFIRMATIVAS NO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL E NA ÁFRICA DO SUL 1 GRAZIELLA MORAES SILVA 2 O debate sobre ações afirmativas no Brasil é geralmente tratado como uma questão

Leia mais

Teologia e Prática da Espiritualidade. Unidade 01: Espiritualidade e espiritualidades. Introdução

Teologia e Prática da Espiritualidade. Unidade 01: Espiritualidade e espiritualidades. Introdução Teologia e Prática da Espiritualidade Unidade 01: Espiritualidade e espiritualidades Introdução Esta primeira unidade se trata de uma tentativa de encontrar definições possíveis para a espiritualidade,

Leia mais

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã Com certeza, esse final de século XX e começo de século XXI mudarão nossas vidas mais do que elas mudaram há 30-40 anos atrás. É muito difícil avaliar como será essa mudança, mas é certo que ela virá e

Leia mais

PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO

PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO BOM PROGRESSO- RS 2009 PREFEITURA MUNICIPAL DE BOM PROGRESSO Administração: Armindo Heinle CNPJ. 94726353/0001-17 End. Av. Castelo Branco, n 658 Centro CEP:

Leia mais

Marco legal. da política indigenista brasileira

Marco legal. da política indigenista brasileira Marco legal da política indigenista brasileira A política indigenista no país tem como base a Constituição Federal de 1988, o Estatuto do Índio (Lei nº 6.001/1973) e instrumentos jurídicos internacionais,

Leia mais

As atividades econômicas realizadas pelas pessoas costumam ser agrupadas em três setores.

As atividades econômicas realizadas pelas pessoas costumam ser agrupadas em três setores. SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA UNIDADE: DATA: 03 / 2 / 205 III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE GEOGRAFIA 5.º ANO/EF ALUNO(A): TURMA: N.º: PROFESSOR(A): VALOR:

Leia mais

1 Um guia para este livro

1 Um guia para este livro PARTE 1 A estrutura A Parte I constitui-se de uma estrutura para o procedimento da pesquisa qualitativa e para a compreensão dos capítulos posteriores. O Capítulo 1 serve como um guia para o livro, apresentando

Leia mais

CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES Niterói RJ: ANINTER-SH/ PPGSD-UFF, 03 a 06 de Setembro de 2012, ISSN 2316-266X

CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES Niterói RJ: ANINTER-SH/ PPGSD-UFF, 03 a 06 de Setembro de 2012, ISSN 2316-266X CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES Niterói RJ: ANINTER-SH/ PPGSD-UFF, 03 a 06 de Setembro de 2012, ISSN 2316-266X SUGESTÃO DE METODOLOGIA PARA INVENTÁRIO DE PATRIMÔNIO CULTURAL

Leia mais

EDUCAÇÃO, DIREITOS HUMANOS E MOVIMENTOS SOCIAIS: IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE

EDUCAÇÃO, DIREITOS HUMANOS E MOVIMENTOS SOCIAIS: IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE EDUCAÇÃO, DIREITOS HUMANOS E MOVIMENTOS SOCIAIS: IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE INTRODUÇÃO Aflânia Dantas Diniz de Lima UFRPE aflanialima@hotmail.com Jackson Diniz Vieira UFRPE Jacksondv.sb@hotmail.com

Leia mais

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum 1. O direito constitucional à educação é concretizado, primeiramente, com uma trajetória regular do estudante, isto é, acesso das crianças e jovens a

Leia mais

A GLOBALIZAÇÃO UM MUNDO EM MUDANÇA

A GLOBALIZAÇÃO UM MUNDO EM MUDANÇA A GLOBALIZAÇÃO UM MUNDO EM MUDANÇA Que dimensões sociológicas existem numa passeio ao supermercado? A variedade de produtos importados que costumamos ver nos supermercados depende de laços econômicos

Leia mais

Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 3, pág. 2451

Cadernos do CNLF, Vol. XVI, Nº 04, t. 3, pág. 2451 O PLURAL DAS PALAVRAS TERMINADAS EM -ÃO: MUDANÇA OU VARIAÇÃO ESTÁVEL? Miriam Cristina Almeida Severino (UFRJ) cristinasmiriams@yahoo.com.br Christina Abreu Gomes (UFRJ) christina-gomes@uol.com.br 1. Introdução

Leia mais

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA Como é sabido existe um consenso de que é necessário imprimir qualidade nas ações realizadas pela administração pública. Para alcançar esse objetivo, pressupõe-se

Leia mais

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( X ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

Assine e coloque seu número de inscrição no quadro abaixo. Preencha, com traços firmes, o espaço reservado a cada opção na folha de resposta.

Assine e coloque seu número de inscrição no quadro abaixo. Preencha, com traços firmes, o espaço reservado a cada opção na folha de resposta. 1 Prezado(a) candidato(a): Assine e coloque seu número de inscrição no quadro abaixo. Preencha, com traços firmes, o espaço reservado a cada opção na folha de resposta. Nº de Inscrição Nome PROVA DE CONHECIMENTOS

Leia mais

Daniel Chaves Santos Matrícula: 072.997.003. Rio de Janeiro, 28 de maio de 2008.

Daniel Chaves Santos Matrícula: 072.997.003. Rio de Janeiro, 28 de maio de 2008. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Departamento de Artes & Design Curso de especialização O Lugar do Design na Leitura Disciplina: Estratégia RPG Daniel Chaves Santos Matrícula: 072.997.003

Leia mais

Composição dos PCN 1ª a 4ª

Composição dos PCN 1ª a 4ª Composição dos PCN 1ª a 4ª Compõem os Parâmetros os seguintes módulos: Volume 1 - Introdução - A elaboração dos Parâmetros curriculares Nacionais constituem o primeiro nível de concretização curricular.

Leia mais

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 CAPÍTULO6 BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 Aspectos de gênero O Programa Bolsa Família privilegia como titulares as mulheres-mães (ou provedoras de cuidados), público que aflui às políticas de assistência

Leia mais

Uma volta no tempo de Atlântida

Uma volta no tempo de Atlântida Cristais mestres Esse curso, tratar-se de conhecimentos sagrados deixados por mestres antigos e passados adiante por aqueles que acreditavam que os que descobrissem zelariam por ele. Há muitos anos atrás,

Leia mais

CONCEPÇÃO E PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: UM OLHAR SOBRE O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO RAFAELA DA COSTA GOMES

CONCEPÇÃO E PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: UM OLHAR SOBRE O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO RAFAELA DA COSTA GOMES 1 CONCEPÇÃO E PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: UM OLHAR SOBRE O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO RAFAELA DA COSTA GOMES Introdução A discussão que vem sendo proposta por variados atores sociais na contemporaneidade

Leia mais

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso 64 ÁREA DE INTERVENÇÃO IV: QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO 1 Síntese do Problemas Prioritários Antes de serem apresentadas as estratégias e objectivos para

Leia mais

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Campus Nilópolis Ana Paula Inacio Diório AS MÍDIAS

Leia mais

Fascículo 2 História Unidade 4 Sociedades indígenas e sociedades africanas

Fascículo 2 História Unidade 4 Sociedades indígenas e sociedades africanas Atividade extra Fascículo 2 História Unidade 4 Sociedades indígenas e sociedades africanas Questão 1 O canto das três raças, de Clara Nunes Ninguém ouviu Um soluçar de dor No canto do Brasil Um lamento

Leia mais

DUNKER, C.I.L. Desautorização da Mãe pelo Pai. Revista Pais e Filhos, 2008. A Desautorização da Mãe pelo Pai

DUNKER, C.I.L. Desautorização da Mãe pelo Pai. Revista Pais e Filhos, 2008. A Desautorização da Mãe pelo Pai A Desautorização da Mãe pelo Pai - Quais as consequências de haver um conflito entre pai e mãe em relação à autoridade perante os filhos ou quando divergirem em relação à determinado tema na frente das

Leia mais

Revista Especial de Educação Física Edição Digital v. 3, n. 1, novembro 2006.

Revista Especial de Educação Física Edição Digital v. 3, n. 1, novembro 2006. UM ENSAIO SOBRE A DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO NO COTIDIANO ESCOLAR: A CONEXÃO QUE FALTA. Noádia Munhoz Pereira Discente do Programa de Mestrado em Educação PPGE/FACED/UFU - noadia1@yahoo.com.br Resumo O presente

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA PROJETO PARA INCLUSÃO SOCIAL DOS SURDOS DA FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA

FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA PROJETO PARA INCLUSÃO SOCIAL DOS SURDOS DA FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA PROJETO PARA INCLUSÃO SOCIAL DOS SURDOS DA FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA PARNAÍBA-PI 2014 FACULDADE INTERNACIONAL DO DELTA DIRETOR ADMINISTRATIVO Prof. Esp. Walter Roberto

Leia mais

ENSINO SUPERIOR: PRIORIDADES, METAS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES

ENSINO SUPERIOR: PRIORIDADES, METAS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES ENSINO SUPERIOR: PRIORIDADES, METAS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES Introdução Paulo Speller 1 Nos anos recentes, diversos países vem debatendo a possibilidade de promoverem alterações em seus sistemas de educação

Leia mais

COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO. Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção.

COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO. Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção. COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção. Modos de Produção O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus

Leia mais

convicções religiosas...

convicções religiosas... apresenta Cartilha O termo DISCRIMINAR significa separar; diferenciar; estabelecer diferença; distinguir; não se misturar; formar grupo à parte por alguma característica étnica, cultural, religiosa etc;

Leia mais

Resumo Objetivo e Definição do problema

Resumo Objetivo e Definição do problema 1 Resumo Objetivo e Definição do problema O presente trabalho estuda o uso potencial de instrumentos que utilizam uma interação próxima entre os setores público, privado e o terceiro setor, visando aumentar

Leia mais

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana.

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana. 99 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana Idália de Oliveira Ricardo de Assis Oliveira Talúbia Maiara Carvalho Oliveira Graduandos pela Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti. Palavras

Leia mais

ESCOLA PROFESSOR AMÁLIO PINHEIRO ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CULTURA AFRO-DESCENDENTES

ESCOLA PROFESSOR AMÁLIO PINHEIRO ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CULTURA AFRO-DESCENDENTES ESCOLA PROFESSOR AMÁLIO PINHEIRO ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CULTURA AFRO-DESCENDENTES JUSTIFICATIVA Este projeto tem como objetivo maior: Criar mecanismos para efetivar a implementação

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Este material resulta da reunião de fragmentos do módulo I do Curso Gestão Estratégica com uso do Balanced Scorecard (BSC) realizado pelo CNJ. 1. Conceitos de Planejamento Estratégico

Leia mais