Finanças Pessoais Módulo I Parabéns por participar de um curso dos Cursos 24 Horas

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1 Finanças Pessoais Módulo I Parabéns por participar de um curso dos Cursos 24 Horas. Você está investindo no seu futuro! Esperamos que este seja o começo de um grande sucesso em sua carreira. Desejamos boa sorte e bom estudo! Em caso de dúvidas, contate-nos pelo site Atenciosamente, Equipe Cursos 24 Horas

2 Sumário Introdução...3 Unidade 1 Abordagem Inicial Princípios de finanças pessoais Consequências da falta do planejamento financeiro pessoal Comportamento financeiro do brasileiro O valor do dinheiro Fatores que influenciam o consumidor no momento da compra Compra a prazo e compra à vista Unidade 2 Planejamento Financeiro Pessoal Conceito de planejamento financeiro pessoal Autoconhecimento: aprendendo como analisar os gastos mais recorrentes e como eliminar os gastos supérfluos Como elaborar um orçamento Como fazer o controle financeiro dos gastos Planejamento e manutenção de um fundo de emergência Encerramento do Módulo I:... 62

3 Introdução Atualmente vivemos em um mundo que se preocupa cada vez mais com o dinheiro. Por esse motivo, para muitas pessoas, o cuidado com as finanças pessoais pode parecer uma supervalorização do dinheiro em detrimento dos outros aspectos da vida. Mas pensar assim é um erro, pois é inegável a importância do dinheiro na vida de qualquer pessoa. Cuidar das finanças pessoais significa, antes de tudo, planejar o que se fará com os recursos ganhos, para que, assim, o dinheiro possa disponibilizar apenas bons momentos e não se torne uma preocupação. Neste curso, veremos como cuidar das próprias finanças. Nosso objetivo aqui é que o aluno passe por uma reeducação financeira, pois como esta matéria não é ensinada nas escolas, muitos acabam tendo problemas para lidar com o dinheiro por pura falta de informação. Além disso, por meio dos instrumentos que receberá durante o curso, você será capaz de identificar quais são os objetivos que pretende alcançar na sua vida, e o que pode fazer para alcançá-los. Começaremos vendo os princípios básicos em finanças pessoais, assim como a forma como fomos culturalmente educados no sentido de tomar decisões para gastar o dinheiro que ganhamos. Veremos também como é possível traçar metas de vida, priorizando as mais importantes, e como realizar um planejamento financeiro pessoal e familiar para que isso seja possível. Serão apresentadas opções de investimento para que você possa escolher a que se encaixa mais adequadamente no seu perfil, a fim de que os recursos poupados possam render mais do que se estivessem aplicados em uma poupança, por exemplo. 3

4 Por fim, veremos como as pessoas acabam contraindo dívidas, assim como saídas para essa situação que tira o sono de muitos brasileiros. Estude com atenção e dedicação para que você possa tornar a vida financeira uma produtora de boas coisas em sua vida e não motivo de preocupação. Bons estudos! 4

5 Unidade 1 Abordagem Inicial Olá aluno! Na primeira unidade do seu curso, você começará aprendendo os conceitos fundamentais em finanças pessoais: o que são, por que praticar e como descobrir suas motivações para tal. Também veremos quais são as consequências da falta de planejamento financeiro pessoal e por que ele é tão importante na vida de todos, independentemente da renda. Em seguida, serão apresentadas considerações sobre o comportamento financeiro do brasileiro, para que você possa entender como nós somos educados a consumir e investir, e também para que você comece a compreender o seu próprio comportamento em questões de planejamento financeiro. Será visto também como o dinheiro se valoriza no tempo e apresentaremos algumas considerações sobre questões que nos aparecem diariamente, como poupar ou consumir, e se devemos comprar à vista ou a prazo. Bons estudos. 5

6 1.1 Princípios de finanças pessoais Muitas pessoas pensam que a administração das finanças pessoais, que se baseia na educação financeira, é um assunto voltado exclusivamente para quem tem muito dinheiro e quer cuidar dele. Outros veem as pessoas que se preocupam com as finanças pessoais como apegadas aos valores materiais, que colocam o dinheiro acima de outras preocupações. Mas quem pensa dessa forma está enganado e o descontrole das finanças pessoais pode gerar muitos problemas para o indivíduo, que acaba se estressando e diminuindo sua própria qualidade de vida. Cuidar das finanças pessoais significa, em primeiro lugar, ser capaz de planejar e utilizar o dinheiro ganho com trabalho árduo para que ele não seja motivo de preocupação. Sabendo planejar e gastar, aquele que administra bem suas finanças pessoais é capaz de ter um cotidiano livre de preocupações com dívidas, além de estar mais próximo da conquista de seus sonhos e objetivos: como comprar uma casa, ter um carro, ou ir a qualquer lugar que a pessoa determinar. Veremos, durante todo o curso, como fazer uma reeducação financeira para que você possa ser um bom gerente das suas finanças. Esse não é um tema visto nas escolas e muitas vezes nossos pais não são hábeis em nos ensinar o valor do dinheiro e, por isso, podemos ter muita dificuldade em planejar e gastar bem os recursos que possuímos. Algumas pessoas não precisam se preocupar com suas finanças pessoais, ou porque nasceram ricas ou porque ganharam dinheiro em jogos como a loteria. Mas para todas as outras pessoas a administração das finanças pessoais e a reeducação financeira são o primeiro passo para a realização de seus sonhos. 6

7 Para começar a pensar sobre as suas finanças, a primeira pergunta que você deve se fazer é: qual é o meu objetivo? Pense sobre isso com cuidado. Muitas pessoas respondem coisas genéricas como uma casa, independência financeira ou uma casa maior. Para começar melhor esta reflexão, faça uma lista das coisas que acha importante e/ou das que gostaria de ter, como por exemplo: - uma casa maior - independência financeira - casa própria - economizar para o fundo de emergência - comprar um carro - reformar a casa - viajar Agora estabeleça a prioridade entre esses objetivos. Economizar para o fundo de emergência é mais importante do que comprar o carro, por exemplo? A partir disso, estabeleça a meta mais relevante e ela será a primeira que deve ser alcançada. 7

8 próxima. Reflita também se o seu objetivo não está em conflito com outro objetivo. Por exemplo, se você quiser independência financeira e também quiser um carro, esses dois objetivos são incompatíveis. Pense no que você quer primeiro e trate este como sua única meta e, depois que alcançá-la, persiga a Agora, defina melhor esse objetivo de vida. Você quer comprar uma casa? Ou um apartamento? Onde quer morar? Qual é o valor do imóvel que você quer? Em quanto tempo você pretende conquistar este objetivo? A partir desta reflexão inicial você já começa a ter alguns parâmetros sobre o seu objetivo. Você já definiu o que quer e em quanto tempo vai alcançar o objetivo. O fator tempo é importante porque é ele que vai garantir que a sua aplicação financeira gere lucros o suficiente para que você alcance a meta traçada. Depois que tiver esses critérios estabelecidos, você deverá escolher a melhor aplicação financeira compatível com o valor que quer ter e com o tempo que deseja que isso demore. Adiante no curso veremos as melhores aplicações nas quais você poderá investir. Despesas fixas e variáveis O primeiro passo para pensar em suas finanças pessoais é identificar quais são as categorias das suas despesas: fixas ou variáveis. 8

9 Despesas fixas são aquelas que temos todos os meses e que são consequência da aquisição de bens ou serviços que devem ser mantidos periodicamente. Entre as despesas fixas, podemos citar: - Prestações (de casa, carro, produtos parcelados). - Impostos (IPTU, IPVA, Imposto de Renda). - Contas de telefone, internet banda larga, televisão a cabo, água, luz. - Empregada doméstica. - Mensalidades (escola e condomínio, por exemplo). Já as despesas variáveis, em contraposição às despesas fixas, mudam de mês a mês, como por exemplo: - Refeições fora de casa. - Compras no supermercado. - Gastos com entretenimento (cinema, teatro, passeios). - Presentes almoço. - Pequenos gastos supérfluos do dia a dia, como aquele cafezinho depois do É no grupo de despesas variáveis que devemos prestar atenção quando pensamos no ajuste das finanças pessoais, pois esse grupo pode apresentar gastos maiores do que imaginamos. 9

10 Se você toma um café todos os dias depois do almoço e esse café custa R$ 2,00, pode não parecer um gasto muito relevante e muitas pessoas sequer o colocam na planilha de planejamento orçamentário. Mas pense que em um ano, o gasto será de: R$ 2,00 x 20 (dias úteis no mês) x 12 (meses no ano) = R$ 480,00 Isso significa que você gasta quase R$ 500,00 por ano apenas com um cafezinho! Se pretende ajustar as suas contas às suas possibilidades de pagamento, é bom começar por cortar estes pequenos gastos supérfluos, pois o cafezinho não é o único pequeno gasto que fazemos. Pense que, se todos os dias você gastar R$ 6,00 nesses pequenos consumos, no final do ano terá gastado R$ 1.440,00, ou seja, praticamente um salário, apenas nesses pequenos gastos. No final das contas, o cafezinho pesa muito no orçamento! 1.2 Consequências da falta do planejamento financeiro pessoal Para fazer o planejamento financeiro pessoal, vamos aprender as noções básicas sobre a educação financeira e orçamento. Mas por que isso é importante? Pessoas que não possuem noções básicas sobre educação financeira e planejamento podem ter problemas sérios para administrar seus próprios recursos. É comum, por exemplo, uma pessoa preferir pagar a parcela mínima da fatura do cartão de crédito para não sacar recursos da poupança. Perceba que, com um conhecimento mínimo de educação financeira, percebe-se que esse erro prejudica muito o indivíduo: - a poupança é o investimento menos rentável dentre todos os outros investimentos com o mesmo grau de risco. 10

11 - os juros rotativos do cartão de crédito, por sua vez, estão entre os mais altos do mercado financeiro. - dessas duas informações concluímos que a opção por manter o dinheiro na poupança vai prejudicar quem faz a escolha citada, pois o rendimento da poupança é muitíssimo menor do que os juros que serão cobrados no mês seguinte pelo cartão de crédito. Os consumidores que optam por uma decisão dessas demonstram que não estão financeiramente bem instruídos, uma vez que estão investindo em uma aplicação (poupança) que remunera uma das menores taxas de juros do mercado ao mesmo tempo em que estão pegando dinheiro emprestado (no cartão de crédito) a uma das maiores taxas de juros do mercado. E as consequências não são apenas entrar no vermelho, mas a extensão do problema para além da vida econômica do indivíduo, pois frequentemente os problemas financeiros acabam atingindo outras esferas da vida social. Segundo Sousa e Torralvo, comportamentos agressivos e até pessimistas podem estar associados a problemas financeiros, pois quem deve no cartão de crédito ou a um banco nem sempre encara situações familiares ou profissionais da mesma maneira que uma pessoa sem dívidas e que tenha acabado de comprar um pacote de viagem após ter se esforçado para economizar dinheiro e atingir esse objetivo sem precisar se endividar. É inegável que aquele que possui uma vida financeira mais estável e dentro de suas possibilidades acaba tendo um cotidiano mais calmo e sem as preocupações decorrentes dos problemas com dinheiro. Assim, podemos perceber como o planejamento das finanças pessoais e a educação financeira são essenciais para que tenhamos uma boa qualidade de vida e possamos conquistar os objetivos que nos propomos. 11

12 Além disso, a falta de conhecimentos sobre esses itens acaba levando a pessoa a gastar mais dinheiro. Na medida em que ganhamos mais tendemos a gastar mais. Ou seja, o dinheiro que ganhamos a mais acaba sendo direcionado para aquisição de um bem ou a contração de um serviço que implicará gastos frequentes, sendo que esses custos não existiam anteriormente. Por exemplo, um indivíduo é promovido no trabalho e decide comprar um carro, sendo que as parcelas do automóvel serão pagas com a diferença em seu novo salário comparado com o anterior. Mas será que ele terá como sustentar todos os custos do carro? Veja todos os custos anuais decorrentes de um automóvel: - IPVA - Licenciamento - Seguro obrigatório (DPVAT) - Eventuais multas - Combustível - Custo de manutenção (que inclui revisões e quebras eventuais no carro) Para fazer as contas de quanto custa um carro mensalmente, procure levantar os gastos acima de um carro popular e divida os custos por 12 meses. Faça a avaliação do impacto mensal desse carro no seu orçamento total. 12

13 Para a maioria das pessoas, o impacto da aquisição de um automóvel é incompatível com os recursos recebidos pelo trabalho. Não estamos dizendo que todos devem abrir mão do conforto de ter um carro, mas sim que aqueles que optarem por adquirir um devem fazer isso depois de planejar cuidadosamente o impacto mensal do carro no orçamento pessoal ou familiar. 1.3 Comportamento financeiro do brasileiro Ao mesmo tempo em que percebemos que há uma lacuna em relação à educação financeira e ao planejamento financeiro pessoal do brasileiro, há uma prática econômica de curto prazo e voltada ao consumo. Segundo Sousa e Torralvo, 82% do orçamento médio de uma família brasileira é destinado ao consumo, ou seja, à compra de bens e/ou serviços. Esse padrão supera os 90% para famílias com renda mensal de até R$ 1.200,00 (o que corresponde ao rendimento de mais de 50% da população) e se mantém acima dos 70% nas famílias mais ricas. Os dados estão em uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) entre os anos de 2002 e 2003, chamada Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Essa pesquisa também indica como os brasileiros tendem a fazer uso dos recursos ganhos de forma consumista: enquanto uma família destina pouco mais de 3% do orçamento para gastos com educação, são destinados mensalmente, em média, 10,59% dos rendimentos familiares com gastos com o automóvel, incluindo as despesas totais (combustível, manutenção, compra de veículos próprios etc.). Podemos dizer que o caráter consumista do brasileiro, aliado à sua visão em curto prazo das finanças, é um componente cultural que norteia o modo como o indivíduo gasta o seu dinheiro. 13

14 Desta forma entendemos por que, em média, uma família gasta 0,29% do seu orçamento mensal com previdência privada, por exemplo. Para estabelecer um paralelo, são gastos em média 0,57% da renda familiar mensalmente com cigarros, e 0,52% para despesas com cabeleireiro. Em relação aos investimentos, o brasileiro aparece com um comportamento bastante conservador. A opção mais procurada pelos investidores ainda é a caderneta de poupança, que em 2006 tinha o montante de R$ 188 bilhões, sendo responsável por 60% dos investimentos totais no país. Além deste montante, cerca de 20% dos depósitos estão em fundos de investimento que acompanham a variação dos Certificados de Depósitos Interbancários (CDI), que são considerados muito conservadores e com baixo risco, assim como a caderneta de poupança. Esses dados, fornecidos pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) em 2007, nos mostram que a mentalidade do brasileiro em relação à vida financeira é voltada para o consumo e com uma visão de curto prazo. Além disso, há uma baixa proporção de pessoas no país preocupadas em guardar dinheiro para satisfazer desejos futuros, assim como poucos preocupados com o investimento em uma previdência privada. Da mesma maneira, quando o brasileiro decide investir, ele o faz de forma conservadora, procurando sempre fugir dos riscos associados aos investimentos mais rentáveis. 14

15 Essa característica cultural do povo brasileiro pode ser atribuída, em parte, à recente história econômica do país, com elevado nível de inflação, quando era preferível consumir a poupar, pois o dinheiro se desvalorizava com velocidade, por exemplo. Mas esse não é mais o cenário atual do país, uma vez que a inflação está sob controle há mais de uma década e o Brasil vive um regime democrático há mais de 20 anos. Ainda que pareça muito tempo, esse tempo ainda não foi suficiente para mudar a cultura financeira do país, o que provavelmente acontecerá quando a educação financeira for mais difundida entre a população. Estamos afirmando isso para que você seja capaz de analisar o quanto do seu próprio comportamento em relação ao dinheiro é afetado por impulsos e conservadorismos relacionados à cultura em que está inserido. Através da educação financeira e do balanceamento das finanças pessoais você será capaz de tirar melhor proveito da estabilidade política e econômica do país, assim como obter maior satisfação pessoal e melhor qualidade de vida. 1.4 O valor do dinheiro Conforme vimos, a cultura do consumo e do conservadorismo é majoritária entre os brasileiros. Aqui vamos mostrar por que é importante poupar dinheiro e como o trabalho de hoje pode se converter em mais recursos acumulados para a conquista dos objetivos propostos pela própria pessoa. Quando deixamos de consumir algo no presente estamos fazendo um sacrifício com a perspectiva de que, algum dia, poderemos aplicar esse dinheiro na conquista de um sonho, ou seja, das metas que já traçamos. Para que isso aconteça é preciso que esse valor poupado no presente seja investido para que ele não perca seu poder de compra e, ao contrário, se valorize e se multiplique. 15

16 A fim de ilustrar como a poupança pode valorizar o dinheiro frente ao preço de um produto no presente. Abaixo vamos ver um exemplo citado em Sousa e Torralvo (p. 42). Apenas lembrando que os valores citados abaixo são meramente ilustrativos. Digamos que o valor não consumido de R$ 200,00 poupança feita por um trabalhador no mês de dezembro logo após ter recebido seu abono de Natal fosse suficiente para adquirir uma bicicleta nova, pagando-a à vista. No entanto, esse trabalhador fez as contas e preferiu adiar essa compra por seis meses, imaginando que até o final de junho do ano seguinte lhe seria possível adquirir a mesma bicicleta e mais uma batedeira de bolo para sua esposa com o ganho que o investimento produzisse nesse período. seguintes: Com a ajuda de um amigo, identificou três possíveis cenários para os seis meses a) O preço de bicicleta poderá manter-se inalterado e a aplicação terá a possibilidade de render 1,5% ao mês 1. b) O preço da bicicleta poderá subir para R$ 210,00 e a aplicação terá a possibilidade de render 2,5% ao mês. c) O preço da bicicleta poderá subir para R$ 250,00 e a aplicação poderá render 3,5% ao mês. Feitas as contas, constatou que, na ocorrência da circunstancia a, o resultado da sua decisão lhe renderia 9,34% até o final de junho, ou seja, 1,5% ao mês durante seis meses: {[ 1 + 0,015 ] 6-1} = [1,015] 6-1 = 0,0934 = 9,34% 1 Os valores de rendimento têm a ver com o valor da inflação por período. (N.E.) 16

17 Em termos monetários, chegaria ao final de junho com R$ 218,68, representados por seus R$ 200,00 poupados inicialmente mais o rendimento de R$ 18,68 resultante de 9,34% x 200,00. Como nesse cenário a bicicleta não teve aumento de preço, esse poupador poderia adquirir a bicicleta à vista, no final do mês de junho, e lhe sobrariam R$ 18,68; mesmo que não fossem suficientes para comprar a batedeira de bolo, já seria um bom começo proporcionado pela aplicação da sua poupança ao longo dos seis meses. - Rendimento da aplicação financeira: 0,0934 x R$ 200,00 = R$ 18,68 - Aumento do preço da bicicleta: R$ 200,00 R$ 200,00 = R$ 0,00 - Vantagem líquida: R$ 18,68 R$ 0,00 = 18,68 Desenvolvendo raciocínio similar com relação à circunstância b, o resultado da decisão renderia a esse poupador 15,97% até o final de junho, ou seja, 2,5% ao mês durante seis meses: {[ 1 + 0,025 ] 6-1} = [1,025] 6-1 = 0,15969 = 15,97% Em termos monetários, a situação seria ainda melhor do que a representada no cenário anterior, mesmo com o preço da bicicleta tendo subido para R$ 210,00. Essa superioridade se deve ao fato de os recursos financeiros poupados e aplicados terem rendido R$ 31,94 no período em que o preço da bicicleta subiu somente R$ 10,00, ou 5% no período de seis meses. - Rendimento da aplicação financeira: 0,15969 x R$ 200,00 = R$ 31,94 - Aumento do preço da bicicleta: R$ 210,00 R$ 200,00 = R$ 10,00 17

18 - Vantagem líquida: R$ 31,94 R$ 10,00 = 21,94 Nessas condições, a pessoa em questão poderia adquirir a bicicleta à vista, no final de junho, e ainda lhe sobrariam R$ 21,94, quantia provavelmente um pouco mais próxima do valor de compra da batedeira de bolo desejada pela esposa. Finalmente, no cenário c, em que se estabeleceu a hipótese de o preço da bicicleta subir para R$ 250,00 e a aplicação financeira render 3,5% ao mês. Nessas circunstâncias, o rendimento da importância poupada e aplicada ao longo dos seis meses seria expressivamente superior, mas a vantagem líquida para o poupador seria inferior à apresentada nas duas circunstancias anteriores. Veja as razões: - Rendimento da aplicação financeira: 0,2293 x R$ 200,00 = R$ 45,86 - Aumento do preço da bicicleta: R$ 250,00 R$ 200,00 = R$ 50,00 - Vantagem líquida (negativa): R$ 45,86 R$ 50,00 = - R$ 4,14 Portanto, em que pese ter havido maior rendimento da importância aplicada ao longo dos seis meses de aplicação, o poupador não se deu uma bicicleta de presente de Natal nem teve condições de comprá-la seis meses mais tarde, quando o preço da bicicleta já estaria em R$ 250,00 e ele disporia de somente R$ 245,86. Isso significa que o dinheiro ganha valor, mas também perde valor ao longo do tempo; tudo depende do que é feito com ele. 2 Quando dizemos que uma quantia de dinheiro ganhou valor, isso significa que ela obteve, ao longo de determinado período, maior poder de compra de bens e serviços do que possuía quando foi investida anteriormente. Esse crescimento no poder de compra 2 Aqui o autor se refere ao tipo de investimento que é feito com o dinheiro. Mais adianta será visto os tipos de investimentos que podem ser feitos e os riscos que cada um possui. 18

19 vem do fato de que o dinheiro foi investido e gerou mais capital, além de ter poupado o seu gasto em um consumo supérfluo no passado. Para que o dinheiro poupado não perca o valor, ou seja, para que seu poder de compra se mantenha e se expanda o objetivo final do ato de investir dinheiro o primeiro critério a ser adotado é que a porcentagem de rendimento da aplicação seja superior ao nível da inflação no período, conforme as situações a e b que foram apresentadas. O dinheiro perde valor no caso exemplificado pela situação c, onde o dinheiro investido perdeu a capacidade de compra que possuía no momento em que foi aplicado. Isso significa o empobrecimento decorrente da inflação do país frente a uma aplicação inadequada, ou seja, com rendimento abaixo do índice de inflação do período. Assim concluímos a primeira premissa da educação financeira: se há algum dinheiro a ser recebido, ele deve estar em mãos o quanto antes, pois quanto mais tempo com ele, mais ele poderá render ao possuidor em algum investimento. O princípio básico é que qualquer quantidade de dinheiro recebida no presente vale mais do que a mesma quantidade que poderá ser recebida no futuro. A segunda premissa vem em consequência da primeira, mas com o raciocínio inverso: se há algum dinheiro a ser gasto necessariamente, isto deverá ser feito o mais tardiamente possível uma vez que quanto mais tempo o dinheiro estiver em mãos, mais ele produzirá. Em outras palavras, se fizermos um pagamento no futuro, esse dinheiro vale mais do que se fosse destinado ao mesmo pagamento no presente. 19

20 Poupar ou consumir? Esse é um dilema enfrentado por muitas pessoas em seu cotidiano: poupar dinheiro agora para ter no futuro ou consumir agora para não perder o valor de compra do dinheiro? É fato que existem alguns itens de consumo como alimentação, saúde, educação e vestuário, por exemplo, que devem ser priorizados quando pensamos em nossos gastos. Mas conforme vimos, acabamos gastando muito em coisas que não são realmente necessárias (lembra-se do peso daquele cafezinho depois do almoço?). Outro fato é que vivemos em uma cultura que privilegia e incentiva o consumo desenfreado, por isso, muitas restrições podem parecer um grande sacrifício. Mas algumas comodidades podem ser substituídas em prol de um objetivo a ser alcançado para uma economia no presente, como a troca do carro por um transporte mais barato, por exemplo. Quando uma pessoa compra um carro parcelado, por exemplo, o preço inicial de R$ 30 mil pode chegar a mais de R$ 45 mil no final do financiamento durante o período de três anos. Isso significa o pagamento de 50% a mais pelo produto, em troca de ter o bem no momento em que se deseja. Se uma pessoa investisse o valor mensal da parcela desse financiamento, seria possível que ela comprasse o carro por R$ 30 mil à vista no período de 23 meses, ou seja, quase um ano a menos do que o tempo total do financiamento, mas para isso teria que esperar mais para usufruir do automóvel. Isso nos leva a concluir que a decisão de gastar ou poupar está relacionada com uma decisão intertemporal. Quem compra tem que escolher entre a opção de ter o bem no presente e pagar a mais por ele ou a poupança no presente e usufruir o bem no futuro. 20

21 Por um lado, a antecipação do consumo tem um custo, ao mesmo tempo em que esperar para comprar tem um benefício, ainda que se tenha que esperar em longo prazo para possuir aquilo que se quer. Mas, em geral, como no caso apresentado, os benefícios de fazer um planejamento em longo prazo são maiores do que a opção do endividamento no presente. Isso vale para quem quer ter uma poupança, deseja comprar um automóvel ou um imóvel, ou qualquer outro plano que requeira o sacrifício no presente para uma satisfação no futuro: quanto mais tempo o seu dinheiro ficar investido, maior será a recompensa. Muitos fatores podem levar o poupador a desistir no meio do caminho e aqui temos o terceiro lema fundamental da educação financeira: quem quer poupar precisa de disciplina e determinação para tal. decide parar de fumar após o último cigarro do dia. Em um primeiro momento é simples o raciocínio de que reservar uma determinada quantia por mês levará a uma aposentadoria tranquila no futuro ou à possibilidade de aquisição de um imóvel, por exemplo. Mas isso é parecido com o início de um regime após comermos uma boa refeição ou quando uma pessoa No dia seguinte, o processo de querer comer mais ou de ter vontade de fumar voltará mais forte, assim como quando recebemos o salário e queremos gastar. O importante nesse momento é que se tenha em mente que o seu objetivo futuro é mais 21

22 importante do que os desejos do presente, como uma geladeira nova, uma roupa de marca ou uma ida não necessária ao cabeleireiro. Ainda que isso signifique a alteração de muitas dinâmicas no seu cotidiano e no de sua família, tenha em vista que essa condição é necessária para a realização daquilo a que você mesmo se propôs. Caso ocorram conflitos com os dependentes, procure conversar com eles veremos mais detalhadamente esse tópico adiante no curso. A disciplina financeira e a regularidade do comportamento são atitudes que tendem a ser bem recompensadas no futuro. Desta forma, quando freamos os impulsos de lazer e de consumo supérfluos ou seja, quando aprendemos a dizer não para nós mesmos estamos trabalhando para construir um futuro melhor para nós e para aqueles que dependem de nós. Mas, no final das contas, qual é a melhor decisão, poupar ou consumir? Mais do que uma decisão simples em relação ao consumo imediato, a escolha entre poupar ou consumir deve se referir a uma constituição de novos hábitos financeiros, o que uma hora o levará a antecipar o consumo pagando os juros para isso e em outro momento irá fazer com que você poupe a quantia para que ela seja aplicada. De acordo com Sousa e Torralvo: O importante é a manutenção da saúde financeira e do bem-estar em que ambas as decisões (antecipar ou postergar) sejam permanentemente presentes, uma vez que não é de se esperar uma antecipação completa nem uma postergação sem fim. (p. 49) 22

23 1.5 Fatores que influenciam o consumidor no momento da compra O suprimento das necessidades humanas é uma necessidade, podemos dizer, biológica, algo que o ser humano não pode escapar. Desde o início da organização das sociedades como as conhecemos hoje foi necessário ao homem encontrar um meio para satisfazer essa necessidade. No começo, os homens trocavam produtos através do escambo, uma forma de comércio onde não existia dinheiro para ser trocado, mas um produto era trocado por outro. Com o desenvolvimento da sociedade e a crescente complexidade do comércio, tornou-se necessário um objeto que representasse uma quantia correspondente a uma determinada quantidade de produto daí o surgimento do dinheiro. e habitação, por exemplo. A partir desse momento o homem passou a comprar os produtos essenciais à sua sobrevivência. Com o passar do tempo, o consumo continuou a ser associado à satisfação das necessidades associadas a produtos e serviços que não se relacionam com a sobrevivência do corpo. Estes produtos são da esfera de lazer, higiene, educação, saúde, vestuário Os produtos destinados ao consumo, sejam eles essenciais à sobrevivência ou não, possuem função, forma e significado. Sua função está diretamente relacionada ao tipo de necessidade à qual se destina o produto. A função de um automóvel, por exemplo, é a locomoção, assim como a função de um telefone celular é a comunicação. 23

24 Da mesma forma, todos os produtos possuem uma forma: um sabonete para banho pode ser sólido ou líquido, um automóvel pode ter vários tipos de design diferentes (cor, tamanho, formato etc.). Mas podemos dizer que o aspecto mais relevante dos produtos é o significado atribuído a ele pelo consumidor: o indivíduo pode adquirir um carro de luxo porque ele significa, para este, uma ascensão no status social. Pelo mesmo motivo, em muitos lugares do mundo, alguns segmentos sociais não ingerem determinados tipos de alimento, pois isso é condicionado pela religião e pela cultura como, por exemplo, algumas castas na Índia, que não ingerem carne. Ainda que existam muitos produtos disponíveis no mercado, cada qual com seus benefícios associados, nem sempre é possível comprar tudo aquilo que o consumidor acha necessário. Essa incapacidade de satisfazer as necessidades se dá pelo fato de que os recursos não são infinitos e a grande maioria das pessoas não dispõe dos recursos necessários para adquirir tudo o que julga que precisa. Por esse motivo se torna claro que todos os consumidores precisam tomar decisões o tempo todo, para que priorizem a aquisição de um produto no lugar de outro. Todos nós tomamos essas decisões diariamente quando decidimos o que comer ou o que vestir antes de sairmos de casa para trabalhar. A tomada de decisões também está relacionada com hábitos de consumo, desde a compra de uma bala até a aquisição de um carro, ou imóvel ou de objetos de maior valor. O processo de decisão possui vários graus de complexidade e de hierarquia, afinal não gastamos o mesmo tempo decidindo o que comer no almoço do que gastamos ao decidir de compraremos determinado imóvel, por exemplo. 24

25 Por isso, em função de uma série de fatores, como a disponibilidade de recursos, de tempo, e de aspectos da cultura em que estamos inseridos, o tempo e a complexidade das decisões tomadas variam de acordo com a quantidade de opções disponíveis quando vamos tomar a decisão em questão. Dessa forma, conforme proposto por Sousa e Torralvo, apresentamos uma hierarquia da tomada de decisões de acordo com a complexidade das mesmas: Alto Tempo, motivação, importância da aquisição e valor que será gasto com ela. Médio Baixo engenheiro. Para ilustrar a complexidade das decisões, vamos ver o exemplo de Marcos, um Marcos, casado, descobre que ele e a esposa terão outro filho, o que lhe traz a necessidade de comprar uma casa maior. O casal então começa a procurar nos classificados de anúncios da cidade em que mora um apartamento de três quartos que esteja de acordo com as capacidades financeiras dos ganhos de ambos. Além disso, Marcos deseja morar em uma região com boas escolas para que possa matricular seus dois filhos, além de procurar um lugar seguro em relação a assaltos. Marcos e sua esposa visitam três apartamentos no final de semana para que possam avaliar qual escolher e acabam gostando de um em uma região mais cara da cidade, mas que atende aos critérios que ambos estabeleceram. 25

26 Além do local onde ficará a futura residência, Marcos e a esposa também avaliaram outros fatores relacionados ao imóvel, como: - condomínio - presença de área de lazer para os filhos - condições do imóvel, ou seja, estado de conservação da construção, eventuais problemas da estrutura do prédio, etc. Depois da análise previamente descrita, Marcos passa a etapa da avaliação financeira. Qual será a melhor opção: pagar o apartamento à vista ou fazer um financiamento? Se optar pelo financiamento, qual será o melhor meio de fazê-lo. Qual instituição financeira oferece os juros mais baixos? De acordo com o nosso exemplo, quando pensamos em fazer uma aquisição de um produto de alto valor, são levantadas várias questões e analisados muitos fatores para que a decisão possa ser tomada. É preciso que isso seja feito, pois, caso não consideremos todas as variáveis no processo de escolha, podemos ter consequências indesejadas. Se Marcos e a esposa não avaliarem o estado de conservação do imóvel, por exemplo, é possível que depois da aquisição, eles precisem reformar o apartamento, um custo não planejado, que pode dificultar a mudança da família ou ainda colocar no vermelho as contas do engenheiro. Quando compramos uma caneta, por exemplo, não paramos muito para pensar sobre as variáveis relacionadas a esta aquisição, pois se ela deixar de funcionar em pouco tempo, por exemplo, poderemos jogá-la fora e comprar outra. 26

27 Desta forma, comprar uma caneta está relacionado a uma compra de baixa complexidade, pois gastamos menos tempo e dinheiro com ela, do que no caso de comprar um apartamento, decisão que consome mais tempo e recursos. Em geral compras de baixo grau de complexidade estão relacionadas a compras repetidas ou baseadas em hábitos de rotinas. As compras de médio grau de complexidade são aquelas em que se exige uma quantidade mínima de informações sobre o produto, mas esse levantamento de informações é feito de maneira superficial e a decisão tende a ser tomada rapidamente. Isso acontece quando escolhemos um filme para assistir ou quando decidimos em que lugar jantaremos em um dia de lazer, por exemplo. Assim como existe um determinado grau de complexidade em relação à decisão de comprar um item ou não, escolher também está relacionado a variáveis individuais, influências ambientais e aspectos psicológicos do consumidor. As diferenças individuais correspondem às motivações, atitudes e à personalidade de quem compra. Um consumidor não motivado a adquirir um produto dificilmente irá fazê-lo, da mesma forma que não o faria caso não tivesse dinheiro pra isso. Da mesma forma a percepção do consumidor em relação ao nível de preços do produto também influenciará sua decisão em comprar ou não. Se ele quiser adquirir um computador com determinadas configurações, e perceber que o preço caiu nos seis últimos meses, provavelmente esperará para comprá-lo depois que o seu custo tiver diminuído mais. Aspectos exteriores ao comprador também o influenciam na tomada de decisão. É esperado que o comportamento de uma pessoa se altere de acordo com determinada situação, quando ele se sente pressionado a realizar uma compra, por exemplo. Essa é a chamada pressão ambiental. 27

28 Quando adquirimos um produto, em razão da pressão de um colega de trabalho ou de um parente, estamos sofrendo a pressão ambiental e é muito comum que essas aquisições acabem trazendo arrependimentos. Isso se dá porque essas tomadas de decisões acabam sendo precipitadas e os fatores que deveriam ser levados em conta geralmente são deixados de lado. Em outros casos é possível que o consumidor seja influenciado pelos mais diversos instrumentos de marketing, como por propagandas, folhetos e por meios que são não visíveis, como música ambiente e, ainda que imperceptíveis, alguns aromas especialmente elaborados para incentivar o consumo. A influência ambiental ainda pode se manifestar de outras formas, como conselhos de amigos e familiares, classe social e cultura. Esta, por meio de seus valores, tende a contribuir na atribuição de maior ou menor grau de reflexão sobre os critérios utilizados para a avaliação da decisão de comprar ou não. Além dos fatores ambientais e individuais, a tomada de decisão também é afetada pelo modo como o estimulo é recebido, interpretado e armazenado na memória do consumidor. Quando estamos expostos a uma grande quantidade de informações, por exemplo, não conseguimos nos lembrar de todas elas e apenas parte daquelas que recebemos acabarão influenciando a compra do produto. Se um consumidor adquire um bem ou serviço que não correspondeu às suas expectativas, da próxima vez que ele for fazer a compra provavelmente escolherá outra marca. Assim, podemos ver que existe um aprendizado no ato da compra, processo pelo qual a experiência leva à mudanças no conhecimento, nas atitudes e nos comportamentos, o que acaba influenciando a tomada de decisões. 28

29 Influências na tomada de decisões Diferenças pessoais Ambientais Psicológicos Pressão Pressão Aspectos emocionais Atitudes Instrumentos de marketing Processamento de informações Hábitos Conselho/opinião de outros Reflexão Personalidade Recursos não visíveis Análise pós-compra Quantidade disponível de recursos para aquisição Expectativa sobre a trajetória dos preços Recursos imperceptíveis Aspectos sociais Necessidades emergenciais Aspectos culturais Fonte: Aprenda a administrar seu próprio dinheiro. Sousa e Torralvo. Freando os impulsos na hora da compra Conhecer os motivos que nos levam a comprar pode nos ajudar, enquanto consumidores, a aprimorar o processo de tomada de decisão no momento em que compramos um bem ou um serviço. 29

30 É importante que o comprador consiga identificar com clareza quais são os principais fatores de influência na tomada de decisão e, ao mesmo tempo, aumente a procura a respeito das informações sobre o produto. Isso dá ferramentas ao consumidor para que aja de forma mais autônoma frente às pressões de marketing e ambientais de forma geral, evitando as compras por impulso e outras atitudes que podem comprometer sua vida financeira. Quando você gasta mais tempo para decidir, levantando alternativas e informações relativas ao que irá adquirir, ao mesmo está reduzindo o caráter impulsivo da compra, o que beneficia diretamente suas finanças pessoais. Um consumidor capaz de identificar os fatores que influem sobre suas decisões, como os aspectos individuais, ambientais e psicológicos, quando percebe as influências e pondera mais na tomada de suas decisões, torna-se um consumidor mais maduro, capaz de refrear os impulsos e ser um bom administrador de suas finanças pessoais. 1.6 Compra a prazo e compra à vista Como decidir entre fazer uma compra a prazo ou à vista? Para muitos consumidores, a decisão é simples, sendo que sempre que desejam comprar algo que custa mais do que podem pagar à vista, acabam optando pela compra a prazo. Mas será que essa é sempre a melhor opção? Quando fazemos uma compra a prazo é muito difícil que identifiquemos os juros que estão embutidos nos preços desta aquisição. Na maioria das vezes a vantagem de adiar o pagamento do preço do produto é uma desvantagem para o consumidor, uma vez que os juros que serão pagos na parcela acabam aumentando e muito o preço final do produto. 30

31 Veja o exemplo abaixo: O pedreiro Vicente precisava concluir a reforma da sua residência. Então, fez a cotação de alguns materiais de construção e concluiu que os itens de maior peso na reforma seriam os blocos de cimento. Encontrou o milhar desses itens com preços variando entre R$ 650,00 na cidade de Bom Jesus dos Perdões e R$ 850,00 na cidade de Atibaia, observando-se a mesma proporção nos demais materiais da lista. O dilema do pedreiro Vicente é que em Atibaia os blocos e outros produtos orçados, ao todo, em R$ 1,250,00 podem ser pagos em cinco parcelas mensais iguais, sem acréscimo, vencendo a primeira na data da compra. Já em Bom Jesus dos Perdões o pagamento teria de ser todo à vista. Feitas as contas, Vicente concluiu que R$ 250,00 [R$ = R$ 250,00] por mês caberiam em seu orçamento e partiu para o que entendia ser a melhor opção, alegando não ter encontrado ninguém mais que oferecesse tais facilidades sem juros. Veja o engano em que caiu esse pedreiro. Tomando a diferença de preços dos blocos de concreto em que pagaria 31% a mais: {[(R$850,00 R$650,00) 1] x 100} = 31% O total da compra poderia sair por R$ 862,50: [(1-0,31) x R$ 1.250,00 = R$ 862,50] Colocado em termos de taxa de juros, Vicente pagará o equivalente a 2,96% ao mês por sua decisão. Se tivesse adiado a compra e guardado R$ 250,00 por mês, estaria em condições de realizá-la à vista dali a pouco mais de dois meses. Fonte: Aprenda a administrar seu próprio dinheiro. Sousa e Torralvo. 31

32 Quando escolhemos pagar a prazo, estamos adquirindo uma obrigação financeira no futuro, o que exige que tenhamos disciplina para guardar aquele dinheiro até a data do pagamento. Isso significa que é preciso guardar o dinheiro da parcela até quitá-las, sem gastar em outros desejos eventuais que possam surgir no período em que este valor está em nossas mãos. Para decidir se comprar à prazo podemos pensar no esquema a seguir: O produto ou serviço a ser adquirido é realmente uma necessidade ou um desejo? Desejo Necessidade Posso adiar esta aquisição? Não Sim Não comprar O pagamento a prazo é vantajoso (considerando os juros e o valor final do bem ou serviço)? Sim Não Comprar a vista Conseguirei guardar o valor das parcelas todos os meses até que elas estejam quitadas? Não Comprar a prazo Conforme afirmamos, muitos consumidores compram à prazo apenas porque não possuem recursos suficientes para pagar à vista no momento em que vão realizar a compra. A melhor recomendação é que, neste momento, ele avalie criteriosamente a necessidade do item que quer adquirir, para evitar que realize uma compra compulsiva e comprometa o seu orçamento. 32

33 Assim ele verá o quão é necessária a compra a ponto de valer a pena o pagamento dos juros pela compra a prazo. Se o consumidor ponderou e decidiu que a aquisição a prazo é vantajosa, o segundo passo é a avaliação de como ele poderá levantar os recursos necessários para pagar a menor taxa de juros possível. Isso significa que quem compra à prazo deve antes fazer uma pesquisa sobre a taxa de juros praticada por mais de uma loja ou instituição financeira antes de fazer a compra propriamente dita. Esta é a etapa mais importante, uma vez que existem várias linhas de financiamento presentes no mercado, conforme você poderá perceber na tabela abaixo: Comparativo de linhas de financiamento (ano de 2007) Linha de Taxa de juros Taxa de juros financiamento mensal Em 1 ano Em 2 anos Compra de 2,29% 31,20% 72,13% veículo Crédito pessoal 3,63% 53,4% 135,32% Cheque especial 7,6% 140,8% 479,85% Cartão de 10,3% 224,27% 951,51% crédito Disponível em Caso o consumidor escolha pela compra a prazo, um ou dois pontos percentuais de diferença entre uma ou outra taxa de juros não fará grande diferença no valor final caso o número de parcelas seja pequeno. 33

34 Mas caso o número de parcelas for grande, como no caso de uma compra de imóvel ou carro, que em geral demoram mais do que 12 meses, qualquer ponto percentual significa uma grande quantia a mais despendida na aquisição do bem. Digamos que, em 2007, você decidiu adquirir um bem por meio do crédito em cheque especial em vez de fazê-lo pelo crédito pessoal. A cada mês você teria pagado 3,97 pontos percentuais a mais por ter tomado essa decisão. No final de um ano, a diferença seria de 87,4 pontos percentuais (140,8% - 53,4% = 87,4 pp), ou seja, você teria pagado quase o dobro do valor no financiamento em cheque especial apenas porque decidiu por esta linha de financiamento em vez do crédito pessoal! Isso significa que se você financiasse R$100,00 no crédito pessoal, e pagasse em 12 meses, sua dívida seria de R$153,40, mas se o fizesse no cheque especial, o valor seria de R$240,85, ou seja, por uma diferença percentual mensal de 3,97 o dinheiro que você gastaria a mais seria R$87,45! Para fazer o cálculo das prestações de uma parcela, é importante que você saiba calcular juros compostos, pois é assim que é feito o cálculo quando contratamos uma linha de crédito. Os juros podem ser de dois tipos: simples e compostos. Quando colocamos o dinheiro para render em uma aplicação de juros simples, isso significa que a taxa de juros é calculada sobre o valor inicial que você aplicou. Por exemplo, se colocou R$1.000,00 em uma aplicação de juros simples por 12 meses, a taxa de juros irá incidir sobre o valor de R$ 1.000,00 durante os 12 meses. 34

35 Se esta aplicação render 1% ao mês, a cada mês os juros renderão: 0,01 x R$1.000,00 = R$10,00 Portanto, no final dos 12 meses, sua aplicação terá rendido: 12 x R$10,00 = R$120,00 Ou seja, em uma aplicação de juros simples você teria o valor final de R$1.120,00 no final de um ano de investimento. Já o cálculo de juros compostos é feito de uma forma um pouco diferente. Enquanto nos juros simples a taxa incide apenas sobre o valor inicial aplicado, no cálculo de juros compostos o lucro do rendimento de juros entra no cálculo do mês seguinte. Digamos que você investiu aqueles R$ 1.000,00 em uma aplicação de juros compostos durante 12 meses com rendimento de 1% ao mês. O cálculo seria feito da seguinte forma: Mês 1: 0,01 x R$1.000,00 = R$10,00 Valor da aplicação no mês 1: R$1.010,00 Mês 2: 0,01 x R$ 1.010,00 = R$10,10 Valor da aplicação no mês 2 = R$1.020,10 Mês 3: 0,01 x R$1.020,10 = R$10,20 Valor da aplicação no mês 3 = R$1.030,30 E assim por diante. 35

36 Enquanto na aplicação de juros simples o dinheiro rende R$ 10,00 todos os meses, na aplicação de juros compostos o dinheiro rende todos os meses mais. para calcular os juros compostos: Como podemos fazer aplicações em muitos meses, com taxas de juros e valores quebrados, temos uma forma M = C x (1 + i) n Onde: M = montante final, ou seja, o valor final da aplicação (valor inicial aplicado + rendimento dos juros). C = capital inicial investido, no nosso caso, R$1.000,00. i = taxa de juros (em percentual). n = tempo de investimento. Se a taxa de juros for ao ano, o tempo deverá ser calculado em anos, mas se ela for ao mês, coloque os juros mensais. Vamos aplicar esta fórmula ao nosso exemplo. M = x (1 + 1%) 12 M = x ( 1 + 0,01) 12 M = x 1,

37 M = x 1, M = 1.126,83 Ou seja, enquanto com juros simples você teria tido o rendimento de R$ 120,00, no final de um ano de aplicação, com os juros compostos você tem R$ 126,83 de lucro. Pode não parecer muita diferença, mas com um maior capital investido e com mais tempo, a diferença pode ser bem grande. Agora que já aprendemos como calcular os juros compostos, vamos voltar aos nossos casos de linhas de financiamento. Tanto o cheque especial, o crédito pessoal e o cartão de crédito são calculados de acordo com as regras dos juros compostos daí a importância de você conhecer como é feita essa conta. Veja a seguir uma tabela que mostra o impacto de um empréstimo de R$ 100,00 nas diferentes modalidades mostradas anteriormente: 37

38 Meses Total devido após o número de meses Cheque Crédito pessoal Cartão de crédito especial 1 R$107,60 R$103,63 R$110,30 2 R$115,78 R$107,39 R$121,66 3 R$124,58 R$111,29 R$134,19 4 R$134,04 R$115,33 R$148,01 5 R$144,23 R$119,52 R$163,26 6 R$155,19 R$123,85 R$180,07 7 R$166,99 R$128,35 R$198,62 8 R$179,68 R$133,01 R$219,08 9 R$193,33 R$137,84 R$241,65 10 R$208,03 R$142,84 R$266,54 11 R$223,84 R$148,03 R$293,99 12 R$240,85 R$153,40 R$324,27 24 R$580,09 R$235,32 R$1.051,51 36 R$1.397,15 R$360,98 R$3.409,72 Isso nos mostra a importância de verificar qual é a taxa de juros cobrada pela linha de crédito que o consumidor visa adquirir. Sempre pesquise as opções possíveis, lembrando sempre que devemos avaliar outras possibilidades antes de comprar à prazo, pois essa decisão implica em uma dívida em longo prazo que, se não for quitada, pode gerar graves problemas à nossa saúde financeira. 38

39 Unidade 2 Planejamento Financeiro Pessoal Olá aluno, Nesta unidade veremos o que é o planejamento financeiro pessoal, seus conceitos e sua importância para aqueles que querem ter uma vida financeira equilibrada. Vamos mostrar a você como fazer uma autoanálise da sua vida financeira, ou seja, da forma como faz seus gastos, aprendendo a identificar o que é supérfluo e pode ser eliminado. Em seguida serão apresentadas as etapas de como elaborar um orçamento financeiro pessoal, quais são os erros mais recorrentes na elaboração deste e alguns mecanismos que podem ser utilizados na contenção dos gastos. Enfim, mostraremos como é feito o planejamento e a manutenção de um fundo de emergência, que visa proteger você e sua família de situações imprevistas que podem colocar qualquer pessoa com as contas em vermelho. Bons estudos! 39

40 2.1 Conceito de planejamento financeiro pessoal Quando pensamos em planejamento financeiro, a princípio pode parecer algo complexo, realizado apenas por grandes empresas. Quando pensamos em planejamento financeiro pessoal, à primeira vista pode-se pensar em algo voltado apenas para quem tem muito dinheiro para administrar. Mas, conforme foi visto, a falta de planejamento pode levar um indivíduo que faz um empréstimo pequeno como no exemplo sobre juros a pagar muito mais dinheiro do que deveria. O planejamento financeiro pessoal é um procedimento simples, amplamente utilizado para os mais diversos fins, cujo objetivo principal é organizar a vida financeira de uma pessoa. Assim, ela poderá administrar melhor o que ganha, a fim de poupar e atingir seus objetivos na vida. O planejamento, em si, é um processo que envolve tomada de decisões no presente que se refletirão no futuro, a médio e longo prazo. Quando uma pessoa planeja suas férias de fim de ano está visando um objetivo futuro para poder desfrutar melhor dele. Para realizar o seu planejamento financeiro pessoal é recomendado que sejam seguidos cinco passos: 1) Defina os seus objetivos. Ter um objetivo é a principal motivação das pessoas para elaborar um planejamento financeiro. Já vimos no curso como delimitar os objetivos e fazer uma hierarquia entre eles, definindo qual é a meta principal. 40

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