Produção: Fundação Republicana Brasileira Diagramação: Joshua Fillip
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- Alana Corte-Real Cunha
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2 Produção: Fundação Republicana Brasileira Diagramação: Joshua Fillip
3 Uma produção da Fundação Republicana Brasileira 2013
4 O Congresso Nacional promulgou, no dia 2 de abril, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n 66/2012, que dá novos direitos aos trabalhadores domésticos. O texto foi publicado no Diário Oficial da União do dia 3 de abril. Com a publicação, parte do novo texto legal entrou em vigor automaticamentet e parte terá de passar por regulamentação. Entre os pontos aprovados automaticamente estão a jornada de 44 horas semanais, o pagamento de horas extras com adicional de no mínimo 50% e o respeito a acordos e convenções coletivas.
5 A nova lei estabelece 17 novas regras e se somarão a outros direitos já existentes, como 13º salário, descanso semanal, férias anuais, aviso prévio e licençagestante. Ainda existem sete itens que, para entrar em vigor, dependem de mais regulamentação. São eles: Proteção contra demissão arbitrária ou sem justa causa Seguro-desemprego FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) Adicional por trabalho noturno Assistência gratuita a dependentes de até cinco anos em creches e pré-escolas Salário-família Seguro contra acidentes de trabalho
6 Perguntas e respostas Quem é considerado trabalhador doméstico? Por lei, são trabalhadores domésticos todos aqueles que prestam serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa a pessoa ou a família no âmbito residencial. Podem ser empregadas domésticas, jardineiros, motoristas, cozinheiras ou babás, acompanhantes de idosos ou doentes, caseiro, vigia, por exemplo, desde que atuem nas condições acima e tenham frequência de trabalho maior que duas vezes por semana. Ou quando fica configurado o vínculo empregatício, mesmo com frequência menor. Qual a jornada de trabalho? Como era: Os horários são acordados entre empregado e empregador. Como é agora: A jornada dos trabalhadores domésticos passa a ser de no máximo 8 horas diárias.
7 E a hora extra? Como era: Atualmente não há regras para o pagamento de horas adicionais. Como é agora: As horas excedentes à jornada de oito horas devem ser remuneradas com adicional de no mínimo 50%. É permitido fazer banco de horas em vez de pagar hora extra? Em tese sim, mas é recomendável aguardar o acordo coletivo que será realizado entre os sindicatos de empregados e de empregadores da categoria.
8 Se o empregado trabalhar menos de 44 horas por semana, o patrão poderá aplicar um desconto no salário? Não. Contratar uma agência é garantia de não ter obrigações trabalhistas? Não. É raro acontecer, mas há decisões judiciais que fazem o tomador de serviço dividir as responsabilidades com a agência. Se a empresa não pagou o funcionário ou não recolheu todos os encargos devidos e, condenada na Justiça, não tiver como pagar a conta, ela será cobrada do contratante. Qual é o prazo para um empregado processar um patrão? Até dois anos depois da rescisão contratual, retroativos aos últimos cinco anos da data do início da ação. O patrão pode diminuir o salário do empregado para compensar o aumento dos encargos? Não.
9 Se o empregado não vai aos sábados, ela pode trabalhar nove horas durante quatro dias da semana para somar 44 horas no total? Em tese, sim, sem que isso conte como hora extra. É bom registrar essa informação no contrato de trabalho. E o trabalho noturno? Como era: Não é remunerado de forma especial. Como é agora: Falta regulamentar o adicional para os empregados que trabalham entre as 22h e as 5h. E se o trabalhador doméstico dorme no emprego? É uma das questões mais complexas quando se trata da efetividade do cumprimento da jornada de oito horas diárias nos casos em que o empregado dorme na casa do empregador. O raciocínio defendido pelos autores do então projeto, mas não fixado na lei, é de que o trabalhador deverá receber adicionais quando estiver à disposição do patrão, ainda que em seus aposentos. Quem trabalha 3 vezes por semana está incluído? A lei não valerá para as diaristas ou seja, os casos em que o trabalhador doméstico vai à casa do empregador até duas vezes por semana. A partir de três dias trabalhados, começa a se configurar o vínculo empregatício.
10 Auxílio-creche Como era: O empregador não paga os custos da creche dos filhos das domésticas. Como é agora: A assistência gratuita a filhos de até 5 anos e dependentes do empregado passa a ser obrigatória. Mas ainda não é certo que o patrão terá que desembolsar o benefício. É possível que o governo arque com essa despesa para não inviabilizar a contratação do trabalhador doméstico. Quando muda: Depende de regulamentação. Seguro-desemprego Como era: Trabalhadores domésticos não tinham direito ao seguro-desemprego. Como é agora: A emenda à Constituição estabelece o direito ao seguro-desemprego se o trabalhador for demitido. Não gera gasto para o patrão: o dinheiro sairá do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Quando muda: Depende de regulamentação.
11 Salário-família Como era: Não existia salário-família para trabalhadores domésticos. Como é agora: O salário-família passa a ser obrigatório para trabalhadores domésticos com dependentes menores de 14 anos. A tendência é o governo arcar com o custo, para não onerar os empregadores. Quando muda: Depende de regulamentação. FGTS Como era: Opcional para o empregador. Como é agora: Passa a ser obrigatório o recolhimento pelo patrão de 8% do salário do empregado doméstico ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Fonte: Câmara dos Deputados
12 Ajudando a formar cidadãos Fundação Republicana Brasileira contato@fundacaorepublicana.org.br Facebook.com/fundacaorepublicanabrasileira Site: fundacaorepublicana.org.br Fone: (61)
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