Capacidades para a transformação produtiva: uma abordagem baseada em conhecimento para o desenvolvimento
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1 Capacidades para a transformação produtiva: uma abordagem baseada em conhecimento para o desenvolvimento Irmgard Nübler Organização Internacional do Trabalho Departamento de Pesquisa de agosto de 2016
2 Tipos de competitividade Estática: Capacidade de competir nos mercados globais de determinados produtos visando a promoção do crescimento. Abordagem da minimização: cortando custos (salários, terceirização) Abordagem da maximização: aumentando a produtividade e a qualidade do produto por meio de tecnologias e habilidades avançadas. Dinâmica: Capacidade de transformar o sistema econômico para atingir simultaneamente diversos objetivos de desenvolvimento: crescimento da produtividade, criação de empregos, melhora nos tipos de empregos, "ecologização" da economia. Slide fonte Arial, tamanho 11, por exemplo, 2
3 As pesquisas demonstram que O crescimento na complexidade econômica permite que os países aumentem sua produtividade, criem empregos e melhorem a qualidade dos empregos gerados. diversificação da produção e estruturação da exportação dentro e entre setores - criação de postos de trabalho. Venda de produtos mais sofisticados - crescimento da produtividade e no número de empregos de maior remuneração. Foco em indústrias com alto potencial de inovação, retornos crescentes, curvas ascendentes de aprendizagem - aumenta a velocidade e sustentabilidade da transformação econômica Foco em indústrias com grande elasticidade da demanda (mercados interno e externo): Amplia e sustenta a criação de empregos Modernização das tecnologias dentro dos setores e indústrias (incluindo no setor de artesanato e economias informais - aumento da produtividade, mas pode haver destruição de empregos 3
4 Venezuela Chile Brasil Uruguai Bolívia Peru Argentina Paraguai Colômbia Equador Panamá Honduras Nicaragua Guatemala Costa Rica El Salvador México Cuba Jamaica República Dom. Trinidad &Tob Bangladesh Indonesia Malásia Paquistão Filipinas Sri Lanka Vietnã Cingapura Cambodia Coréia China Hongkong Tailândia 1,5 1 Mudança na Complexidade Econômica, 1998 a 2008 América Latina e Ásia América do Sul América Central México Ásia 0,5 0-0,5-1 -1,5
5 Um Estudo Comparativo entre a América Latina e a Ásia mostra que Em uma economia globalizada, os países competem em termos de complexidade econômica. O aumento da complexidade econômica no Leste da Ásia e Sudeste Asiático é contrastado com o declínio da complexidade econômica na América do Sul. Os países asiáticos se integraram à economia global com o objetivo de diversificar as suas exportações com produtos mais sofisticados e de promover a qualificação dos trabalhadores, das empresas nacionais e das sociedades.
6 O papel das capacidades na transformação produtiva A transformação produtiva é composta por dois processos distintos Acúmulo de capacidades produtivas Foco do estudo econômico tradicional Residem na esfera física Criadas por meio do investimento em fatores produtivos (capital, máquinas, equipamentos); capital humano (qualificações) e infraestrutura Evolução das capacidades dinâmicas Foco do estudo econômico estrutural e evolucionário Residem na esfera do conhecimento Criadas por meio da aprendizagem e do desenvolvimento de novos conhecimentos, habilidades e competências. As capacidades não podem ser importadas.
7 O papel das capacidades na transformação produtiva As capacidades moldam a transformação produtiva de duas maneiras: determinando a possível gama de novos produtos e tecnologias que um país pode desenvolver no futuro (opções de diversificação) estão incorporadas em um conjunto especial de habilidades e conhecimentos gerais, técnicos, culturais e empresariais da força de trabalho. Quanto mais diversificada, sofisticada e complexa for a base de conhecimento, mais ampla será a gama de produtos, indústrias e tecnologias que um país pode desenvolver por meio da recombinação desses diversos conjuntos de conhecimento. determinando as competências (ou o know-how) das empresas, redes de produção e sociedades para gerenciar o processo de transformação produtiva incorporadas em rotinas e procedimentos que as empresas, instituições e sociedades desenvolveram por meio de experiências passadas. As rotinas "inteligentes" e instituições permitem que um país chegue a um processo de transformação produtiva rápido e sustentado.
8 Educação e capacidades O mix de conhecimentos adquiridos pela força de trabalho na educação formal determina as capacidades para o desenvolvimento da complexidade econômica. Indicador: Estruturas de Nível Educacional Fatia sem escolaridade, ensino fundamental incompleto, fundamental completo, médio incompleto, médio completo, superior Tipologia da Estrutura de Escolaridade:
9 2 1,5 1 0,5 0-0,5-1 -1,5-2 MOZ LBR Estruturas de Nível Educacional e Complexidade Econômica SEN KEN UGA TZA MWI MLI CMR PNG SDN IND GTM PAK PRY HND BGD ZMB KWT IDN EGY TTO JAM GHA IRN COG THA BGR TUN BRA CRI ARG SLV SYR MUS BOL URY PER NIC JOR COL ZAF DOM CHL ZWE ECU Forma de L Dual VEN Falta de Ensino Médio CZE SVN SVK POL HRV ROM SGP HUN MEX CHN MYS RUS LKA CUB BWA Estrutura de Níveis Educacionais KOR IRL ISR HKG PAN PHL Ensino Médio Forte
10 Comunidades de conhecimento tecnológico e capacidades As políticas industriais precisam entender as opções de diversificação incorporadas ao conjunto de competências profissionais que a força de trabalho possui.
11 Comunidades de conhecimento tecnológico e capacidades Um modelo para desenvolver uma nova ferramenta para entender as capacidades Produto P: combinação de elementos complementares do conhecimento. Comunidade do conhecimento: um conjunto de elementos do conhecimento compartilhados por diferentes produtos Os produtos P1, P2 e P3 são produzidos no país. A força de trabalho desenvolveu, portanto, todos esses elementos do conhecimento. A recombinação permite que o país se diversifique e entre no P e P5. O P1 pertence a uma comunidade de conhecimentos com um conjunto diversificado de elementos do conhecimento mais sofisticados. A força de trabalho desenvolveu os elementos do conhecimento necessários para o P1. P6, P7 e P8 ainda não podem ser desenvolvidos porque a força de trabalho carece de importantes elementos de conhecimento complementares. É possível dar um salto adiante e passar para a comunidade do conhecimento complexo e a produção de P6, P7 e P8: as ações educacionais precisam visar os elementos do conhecimento que estão faltando
12 Vietnã (1990) Couro Peixe e Frutos do Mar Têxteis Algodão / Arroz / Soja e Outros
13 Espaço dos Produtos no Vietnã em 2009 Eletrônicos Alimentos Processados Couro Peixe e Frutos do Mar Têxteis Casa e escritório Maquinários Equipamentos e Materiais de Construção Algodão / Arroz / Soja e Outros
14 Conclusões A crescente complexidade econômica é essencial para que as economias em desenvolvimento atinjam múltiplos objetivos de desenvolvimento. A transformação produtiva é fundamentalmente um processo de aprendizado e de construção de capacidades que permitem a diversificação da economia com produtos mais complexos e sofisticados, por meio de processos ágeis e sustentáveis. Os países que não conseguem melhorar e transformar suas capacidades correm o risco de cair na armadilha da renda média. Os governos que desejam moldar o desenvolvimento produtivo precisam entender as capacidades que estão incorporadas à base de conhecimento da força de trabalho. Os desafios consistem em desenvolver novas abordagens, conceitos e metodologias de análise e diagnóstico de capacidades e a realização de estudos-piloto no país. Políticas de educação e formação devem ser formuladas e instituições devem ser desenvolvidas para criar capacidades que estimulem as dinâmicas e os padrões desejados da transformação produtiva.
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