Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial
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- Marina Azeredo
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1 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança Outubro/2004
2 Conselho do IEDI Abraham Kasinski Sócio Emérito Amarílio Proença de Macêdo Andrea Matarazzo Antonio Marcos Moraes Barros Benjamin Steinbruch Carlos Antônio Tilkian Carlos Francisco Ribeiro Jereissati Carlos Mariani Bittencourt Carlos Pires Oliveira Dias Claudio Bardella Daniel Feffer Décio da Silva Eugênio Emílio Staub Flávio Gurgel Rocha Francisco Amaury Olsen Guilherme Peirão Leal Hugo Miguel Etchenique Ivo Rosset Ivoncy Brochmann Ioschpe Presidente do Conselho Jacks Rabinovich Jorge Gerdau Johannpeter José Roberto Ermírio de Moraes Josué Christiano Gomes da Silva Diretor Geral Lirio Albino Parisotto Luiz Alberto Garcia Marcelo Bahia Odebrecht Mário Milani Miguel Abuhab Nildemar Secches Olavo Monteiro de Carvalho Paulo Guilherme Aguiar Cunha Paulo Setúbal Pedro Eberhardt Pedro Franco Piva Pedro Grendene Bartelle Rinaldo Campos Soares Robert Max Mangels Roberto Caiuby Vidigal Roberto de Rezende Barbosa Rogério Pinto Coelho Amato Salo Davi Seibel Sérgio Haberfeld Thomas Bier Herrmann Victório Carlos De Marchi Paulo Diederichsen Villares Membro Colaborador Paulo Francini Membro Colaborador Julio Sergio Gomes de Almeida Diretor-Executivo
3 AUMENTO DA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA EM 2004 ATRAVÉS DA COFINS: ANÁLISE DAS PRIMEIRAS MUDANÇAS DE SUA COBRANÇA 1 Principais conclusões e sugestões O IEDI divulgou há poucos dias uma estimativa do comportamento da arrecadação dos principais tributos federais e estaduais no primeiro semestre de 2004 e concluiu que houve um aumento da carga tributária global da ordem de 1,5 ponto percentual do PIB em relação a igual período de A maior parte deste aumento foi explicado pelo comportamento da carga federal, sendo que a Cofins, sozinha, respondeu por mais de 40% do incremento nacional. A legislação que dita a cobrança da contribuição social para a seguridade incidente sobre o faturamento dos empregadores a chamada Cofins foi alterada significativamente, por uma série de medidas adotadas desde meados do ano passado. Resumidamente, em ordem cronológica de início de vigência: i) as instituições financeiras tiveram sua alíquota majorada de 3% para 4%; ii) iii) iv) os prestadores de serviços passaram a sofrer retenção na fonte (junto com o PIS e a CSLL), a cargo dos contratantes, administrações públicas e pessoas jurídicas, quando do pagamento dos serviços; as empresas sujeitas ao regime de lucro real do IRPJ foram enquadradas em um novo, regime não-cumulativo, com alíquota majorada de 3% para 7,6% (excetuadas algumas atividades que permaneceram no regime do faturamento); a importação passou a ser gravada, à alíquota de 7,6% (junto com o PIS). O detalhamento da arrecadação federal da Cofins nos primeiro sete meses de 2004 permite avaliar o impacto dessas mudanças e, em especial, verificar como atingiu diferentemente os vários setores econômicos. Além das estatísticas mensais da receita administrada pela Secretária da Receita Federal, agregadas por tributo, a abertura da Cofins por código de recolhimento nos primeiros meses de 2003 e 2004 foi extraída de dois sistemas de acompanhamento fazendário, da arrecadação e da execução orçamentária (os chamados Angela e SIAFI) sendo julho, o último mês com informação disponível. Para análise da evolução real a arrecadação foi corrigida pela variação do IPCA. A análise agregada não deixa a menor dúvida do aumento da arrecadação tributária federal e de sua correspondente carga, bem assim da predominância da Cofins nesse movimento: i) A COFINS cresceu muito rápido e bem à frente dos demais tributos federais: sua arrecadação aumentou 22%, comparados os primeiro sete meses de 2003 e de 2004, e com um ritmo que foi o triplo do observado no restante da receita administrada pela SRF (7,1%) vide Tabela 1. ii) O crescimento econômico não explica uma expansão tão acelerada da Cofins: 1 Trabalho preparado por José Roberto R. Afonso e Erika Amorim Araújo. Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 1
4 a. se foi considerado surpreendentemente alto o incremento de 4,2% do PIB no primeiro semestre de 2004, a variação da Cofins foi cinco vezes mais rápida que a do produto vide Tabela 2; b. mesmo considerando apenas o segundo trimestre de 2004, em que foi melhor ainda a expansão da economia brasileira (5,7% sobre igual trimestre de 2003), também se elevou o diferencial em favor da Cofins, cuja velocidade de aumento da cobrança foi seis vezes maior que a do produto (34,4% no mesmo período), explicado pela entrada em vigor de todas alterações legislativas. iii) Para identificar os determinantes do aumento acelerado da Cofins, é possível se começar analisando em separado a arrecadação proveniente das instituições financeiras, que sofreu a primeira alteração legislativa: a. mantida a mesma base, a alíquota foi majorada em um quarto (de 3% para 4%), porém, foi inferior a taxa de incremento (17%) registrada na Cofins arrecadada neste setor entre janeiro e julho de 2004, contra igual período do ano passado vide Tabela 3; b. tal percentual também fica bem aquém do aumento da Cofins registrado nos demais setores no mesmo período (22%), de modo que as instituições financeiras explicam apenas 5,3% do aumento da contribuição agregada; iv) A evolução mensal da arrecadação Cofins mostra que sua taxa de crescimento se acelerou à medida que entraram em vigor as demais medidas: a. a partir de fevereiro, a retenção na fonte e o recolhimento pelos contratantes de serviços; a partir de março, o regime não-cumulativo para as grandes empresas (em termos de competência, exigido desde o faturamento de fevereiro); a partir de maio, a criação da contribuição sobre importações (exigida junto com o respectivo registro) vide Tabela 4 e Gráfico 1; b. assim, o aumento de apenas 2% entre os meses de janeiro, sem nenhum daqueles efeitos, saltou para 41% em maio e junho, com todos efeitos vide Tabela 5; por isso, além da análise da arrecadação acumulada no ano de 2004, é mais importante estudar o último bimestre, de junho e julho, em que se aplicavam plenamente todas as mudanças legislativas. Se não há dúvidas de que a criação do novo regime levou a um aumento da carga da Cofins e também tornou mais complexo sua apuração, por outro lado, isto deve levar a novos questionamentos no debate sobre a melhoria competitividade brasileira, inimagináveis até há pouco tempo: seja indagando se a cumulatividade era tão danosa à economia como apontado por consenso absoluto entre os especialistas tributários e mesmo a experiência internacional, seja perguntando se a não-cumulatividade era a solução mais adequada. É preciso muita atenção, inclusive aos detalhes, no debate da Cofins, por mais complicada e mesmo enfadonha que seja esta matéria, para evitar que tal debate obstrua ou prejudique a demanda que continua latente por uma reforma ampla e profunda do sistema tributário nacional. Importa sempre lembrar que a Cofins, como o PIS, não se transformaram num tributo sobre valor agregado. O novo regime só é aplicado às empresas do regime do lucro real Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 2
5 (vide Figura 1), e ainda com exceções (Figura 2). Há um pecado capital na filosofia que comandou suas mudanças recentes: supor que os setores da economia não se inter-relacionam entre si; como se o bloco formado pelas grandes empresas constituísse uma autarquia encrava na economia, nada ou pouco comprando ou vendendo de ou para as demais empresas. Mesmo no caso do novo regime, se ficou longe do IVA moderno, pelo método de regime financeiro, em que toda compra gera crédito, inclusive dos bens de capital, optando por restringir e dificultar o crédito de muitos setores, especialmente os industriais e de serviços, pois a lógica geral está mais voltada para quem compra e revende uma mercadoria pronta. Não bastasse a parcialidade do regime não-cumulativo, a Cofins e o PIS ainda sofrem do problema da aplicação para os demais contribuintes não de um mas de vários e diferenciados regimes isto é, além da cobrança sobre o faturamento bruto, ainda existem regimes especiais, por cobrança monofásica, ou por substituição tributária (como no caso de combustíveis, veículos, remédios), e ainda o simplificado para as micro e pequenas empresas (o Simples). Ou seja, um mesmo tributo aplica diferentes regimes de cobrança. À parte as distorções conceituais e operacionais da nova contribuição, é muito importante esclarecer que não foi a adoção do regime não-cumulativo, por si só, que elevou sua arrecadação e sim a alíquota adotada. Sempre se soube que tal mudança provocaria grandes e (um tanto) desconhecidos impactos setoriais, e que, por sua vez, o governo federal não poderia correr o menor risco de perder arrecadação com tal mudança diante do imperioso ajuste fiscal. Daí, se decidiu mudar primeiramente o PIS para que, com base nos resultados efetivamente observados, o novo regime fosse aplicado também a Cofins. Infelizmente, foi ignorada (ou indevidamente analisada) a evolução comparada da arrecadação dessas duas contribuições durante 2003: ao contrário do que alegavam as autoridades fazendárias, não foi neutra a mudança do PIS, nem houve convergência de sua taxa de crescimento com a do Cofins mantido na velha base vide Gráfico 2. O laboratório com o PIS revelou que seria evidentemente exagerado majorar a alíquota da Cofins em duas vezes e meia para tornar neutra a troca de regime. Os legisladores preferiram ignorar esse fato e, diante das pressões de muitos segmentos empresariais ao invés de recalibrarem a alíquota, optaram por conceder benefícios para alguns setores ou mesmo atividade (vide Figura 2), não apenas mantendo no regime cumulativo, como as vezes concedendo isenções ou outros benefícios fiscais. Tal desenho aumentou ainda mais a complexidade do sistema, a tal ponto que, as vésperas de completar um ano do anúncio da medida que criou o novo regime, nem a Receita Federal conseguiu divulgar uma consolidação das normas de cobrança ora vigentes. Chegou-se a situação absurda de uma mesma empresa recolher a contribuição social por diferentes regimes, conforme o produto que vende ou o serviço que presta. Diante das notícias de que estaria havendo aumento da carga tributária puxado pela Cofins, as autoridades fazendárias alternam o discurso ora tentam negar (por exemplo, alegando que o valor oficial do PIB ainda é desconhecido para se calcular a carga, embora uma estimativa seja oficialmente usada pela STN ou pelo BACEN para divulgar o superávit fiscal e o externo, inclusive em atendimento as metas com o FMI), ora voltam ao discurso adotado no caso do aumento da PIS, de que a mudança provoca uma elevação da arrecadação no primeiro momento, com queda e acomodação nos meses seguintes, ou de que o aumento é decorrente da nova tributação dos importados. A abertura da arrecadação por código de recolhimento em 2004 não confirma tais teses: Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 3
6 i) no caso do regime não-cumulativo, no primeiro mês em que foi recolhido (março), explicou 32% da receita agregada, em julho, respondia por 39% da Cofins líquida da tributação das importações (ver Tabela 6). ii) no caso da Cofins especificamente vinculada a importações, no primeiro mês (maio), explicou 15,4% do total arrecadado pela Cofins; dois meses depois, a participação tinha subido mais três pontos percentuais. A alegação de que o aumento da Cofins decorre de importações carece de qualquer fundamentação técnica. Isto só faria sentido se o tributo continuasse incidindo exclusivamente sobre o faturamento bruto. Com o regime não-cumulativo, a cobrança de Cofins sobre a importação de insumos e de qualquer bem constitui uma simples antecipação do recolhimento que incidiria sobre a revenda de tais bens ou a venda dos bens produzidos com insumos e bens importados. Ora, a inclusão das importações na base de cálculo da Cofins deveria ter levado a uma nova e menor calibragem de sua alíquota geral. De modo simples, para manter o mesmo montante arrecadado, bastaria dividir a arrecadação por uma base em que fosse computada não apenas a receita líquida de compra de insumos no mercado interno, como também o valor das importações. A análise setorial da arrecadação da Cofins revela outros resultados, alguns surpreendentes - além da frustração já mencionada no caso das instituições financeiras, cuja receita subiu menos do que a majoração de sua alíquota. É brutal o incremento dos recolhimentos em alguns importantes setores da economia, com taxas na casa de 2 e até 3 dígitos. Numa visão mais geral, a indústria foi muito mais penalizada pelo aumento da Cofins do que os serviços, ao contrário do que era esperado com base em simulações elaborados por trabalhos que defendiam a criação de uma contribuição não-cumulativa. 2 Quase todos os setores contribuíram para elevar a receita da Cofins, mas a maior contribuição veio da indústria de transformação, que explica dois terços do incremento global, seguida pelos serviços industriais de utilidade pública com 14%, nos primeiro sete meses deste ano (vide Tabela 11). A indústria de transformação aumentou sua participação para 42% na geração da Cofins, tendo sido atingida especialmente pela nova cobrança sobre as importações, em que explica 74% dos recolhimentos (vide Tabela 12 e Gráficos 3 e 4). A observação setorial mais amiúde deve privilegiar o aumento da Cofins no bimestre julhojulho, entre 2003 e 2004, porque já expressa um efeito pleno de todas as mudanças (se a retenção na fonte começa em fevereiro, a apuração pelo regime não-cumulativo só é recolhida a partir de março e a dos importados, a partir de maio). Além de afetar fortemente fornecedores de insumos básicos para a economia, como no caso de produtos químicos e eletrônicos, a arrecadação da Cofins também aumentou muito sobre responsáveis pela infra-estrutura básica, como eletricidade, saneamento, transportes e comunicações, o que tende a prejudicar ainda mais a crescente carência de investimentos em infra-estrutura, a saber: 2 Na análise setorial, foram excluídos três setores cujo comportamento da arrecadação foi atípico ou não pode ser diretamente relacionado à introdução da Cofins não-cumulativa e da tributação direta das importações. São eles: instituições financeiras, refino de petróleo e administração pública (Ver seção II, item 2, para maiores detalhes sobre os ajustes metodológicos). Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 4
7 i) nesse bimestre, apresentaram crescimento da Cofins acima da média (+37%): os serviços industriais de utilidade pública (+71%), com impacto mais acentuado sobre as empresas de eletricidade e gás, e aqui explicado basicamente pelo regime não-cumulativo; a indústria de transformação, com incremento de 67%, basicamente decorrente da tributação das importações; e ainda transportes, com incremento de 46%, também por conta da nãocumulatividade (vide Tabelas 13 e 14); no outro extremo, o aumento dos recolhimentos do comércio foi de apenas 13%, tendo o varejista sido largamente beneficiado com a troca para o regime não-cumulativo, e menor ainda no caso de outros serviços, apenas 4%, e nulo no caso da construção (eventualmente refletindo a retenção na fonte por outros setores e os tratamentos excepcionais); ii) iii) no caso de importações, é possível destacar que os segmentos mais afetados foram: complexo eletro-eletrônico, produtos químicos e automobilística; nos três casos, as taxas de crescimento real da arrecadação total, que foram bem maiores que a média da indústria, caíram expressivamente quando a tributação das importações foi desconsiderada (ver Gráfico 5); as alterações na estrutura setorial refletem os impactos diferenciados acima apontados, com aumento do peso da indústria de transformação e de utilidade pública (vide Tabela 15). O impacto da Cofins sobre os preços industriais é reconhecido até mesmo pelo Bacen: a ata da reunião do COPOM de 16-17/3/2004, após acusar que, em fevereiro, a variação dos preços industriais atingiu 2,3%, foi clara... a generalização dos itens com variações positivas no IPA-industrial 66,7% dos itens tiveram aumento indica influência da alteração na legislação da Cofins. Poder-se-ia acrescentar que dos efeitos mais danosos se dá em termos de encarecimento do custo de investimento no País: em 2004, até julho, enquanto o IPCA aumentou 4,4%, o INCC cresceu 6,9% e o IPA-Máquinas Equipamentos, 14,3% (neste último, a vinculação é evidente, em fevereiro, quando passa a ser cobrada a nova Cofins, o citado IPA aumentou 2,8% contra 1,0% do IPCA, relativamente a janeiro). Por certo os tributos não são os únicos determinantes, mas devem ser importantes fatores explicativos da carestia crescente que assola mais os custos da construção e, especialmente, dos bens de capital, do que os preços ao consumidor, afinal, é um sistema tributário que tributa o crescimento. O detalhamento da análise da estrutura da arrecadação da Cofins nos primeiros meses de vigência das alterações em sua legislação indica que provocaram mudanças expressivas e diferenciadas, por regime e por atividade econômica. O aumento de preços industriais pode ser apenas um indício dessas mudanças, que, por certo, teve outras implicações profundas sobre a organização e as relações empresariais e econômicas. O ideal seria atualizar e ampliar os diagnósticos sobre a atual tributação para melhor avaliar a extensão de tantas mudanças. Uma verdadeira e nova reforma da Cofins certamente passaria por uma redução da alíquota aplicada no regime não-cumulativo e sobre as importações, porém, seria necessário também uma simplificação radical da cobrança, para se ter uma apuração mais simples e com uma incidência, regras, alíquotas, a mais universal possível. Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 5
8 Diante da pressão pela retomada de investimentos decorrentes da aceleração do crescimento econômico, uma das medidas mais importantes e prementes para reformar a Cofins seria conceder uma ampla e efetiva desoneração de bens de capital. Seguindo as lições já aprendidas com a Lei Kandir e a experiência da maioria dos países que aplicam um IVA, ao invés de reduzir a alíquota (aqui, com o agravante que a Cofins não tributa um produto mas sim uma atividade e uma atividade), é muito melhor conceder crédito da Cofins cobrada anteriormente dos bens comprados e incorporados ao ativo permanente. Na verdade, tal crédito já é previsto na legislação presente, porém, sujeita a uma série de limitações e, o principal, diferida ao longo de um tempo muito largo. Se o governo tem urgência em estimular investimentos, o melhor caminho seria permitir o crédito à vista, não apenas das máquinas, como também dos gastos realizados em obras. Seria o caso de transformar em vantagem a distorção cometida pelo aumento evidentemente exagerado da carga da Cofins imposto justamente sobre importantes setores de infra-estrutura. Se estes pudessem se creditar, à vista, e recuperar a Cofins embutida no custo de seus investimentos, teriam um incentivo imediato e eficiente para retomar as inversões. A maior vantagem desse sistema de concessão de crédito é que, por princípio, assegura que o benefício seja dado ao investidor responsável pelo empreendimento. Já a opção por redução de alíquota pode, eventualmente, levar a manutenção do preço do bem de capital e a um aumento da margem de rentabilidade do produtor do mesmo bem. Tudo que aqui foi proposto para a Cofins se aplica também ao PIS. E no caso do crédito e à vista, mais ainda ao IPI, que sequer contempla tal hipótese. Os estados também poderiam rever o tratamento dado no ICMS, uma vez que trocaram o crédito à vista previsto na versão original da Lei Kandir pelo parcelamento em 48 meses. Enfim, neste momento em que a economia demanda uma retomada dos investimentos para sustentar uma taxa de crescimento mais acelerada e que o Banco Central eleva a taxa de juros temendo uma pressão inflacionária, é uma boa oportunidade para se rever e atenuar o aumento da Cofins, reduzindo sua alíquota do regime não-cumulativo e sobre importações, simplificando a cobrança e adotando um regime pleno de crédito financeiro, com crédito a vista e mesmo eventualmente compensação do tributo anteriormente cobrado sobre bens adquiridos para o ativo permanente. Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 6
9 SEÇÃO I - O EXPRESSIVO AUMENTO DA ARRECADAÇÃO TOTAL DA COFINS 1. O que explica o acentuado aumento da Cofins em 2004? De acordo com dados de arrecadação divulgados pela SRF (Secretaria da Receita Federal), a receita da Cofins cresceu expressivamente nos sete primeiros meses deste ano em comparação com igual período do ano anterior. Enquanto todos os tributos administrados pela SRF (também conhecidos por RAD) tiveram um crescimento real de 10,51% no período janeirojulho, a arrecadação da Cofins aumentou 22,06%. 3 Para se ter uma idéia da magnitude do incremento da Cofins, basta considerar que apenas esta contribuição explicou quase a metade da variação da RAD. Sem a Cofins, a taxa de crescimento dos tributos administrados pela SRF caiu para 7,12%. Tabela 1 - Arrecadação das Receitas Administradas pela SRF (RAD) e da Cofins - Período: Janeiro a Julho /2003 R$ milhões Variação 04 x 03 de jul/04 1/ R$ mi % Receita Administrada pela SRF Total , ,7 10,51% Líquida da Cofins , ,8 7,12% Cofins , ,9 22,06% Elaboração Própria. Fonte Primária: "Análise da Arrecadação das Receitas Federais - Julho de 2004" publicada pela SRF. Nota: 1/ Valores atualizados pelo IPCA para preços de julho de A retomada do crescimento da economia tem sido apontada como uma das causas para o bom desempenho de tributos como a Cofins e, conseqüentemente, da arrecadação global uma vez que predominam no país impostos e contribuições incidentes sobre o mercado local de bens e serviços. A questão é que, no que diz respeito à Cofins, este fator tem se mostrado insuficiente para explicar um aumento tão surpreendente de arrecadação. Enquanto o PIB brasileiro obteve um crescimento real de 4,2% no 1 semestre de 2004 em relação ao mesmo período do ano anterior, a Cofins cresceu 21,1% - cerca de cinco vezes a mais que o produto -; já a RAD, líquida desta contribuição, aumentou 7,2% (Tabela 2). 4 Em resumo, sem dúvida, o reaquecimento da atividade econômica é um dos fatores que contribuíram para aumentar a arrecadação de tributos cobrados sobre as vendas domésticas de bens e serviços, porém, por mais que haja uma forte correlação entre ambos, no caso da Cofins, a variação real da sua arrecadação se mostrou muito superior a do PIB; o que indica que outros fatores devem ser importantes na explicação de um crescimento tão expressivo. 3 A receita administrada pela SRF é divulgada mensalmente pela Secretaria no endereço A RAD inclui: (i) impostos, cujos principais são o IPI e o IR; e (ii) contribuições que contemplam, principalmente, a CPMF, Cofins, PIS-Pasep e a CSLL. 4 É importante ressaltar que as taxas de crescimento da RAD líquida e da Cofins diferem das apresentadas na Tabela 1 porque foram consideradas as taxas de variação trimestral e semestral para efeito de comparação com a evolução real PIB. Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 7
10 Tabela 2 - Taxa de Crescimento Real Trimestral e Semestral da RAD, Cofins e do PIB: 2004 x / RAD Líquida 2/ Cofins PIB 1 semestre/04 x 1 semestre/03 7,2% 21,1% 4,2% 1 trimestre/04 x 1 trimestre/03 8,2% 8,3% 2,7% 2 trimestre/04 x 2 trimestre/03 6,1% 34,4% 5,7% Elaboração Própria. Fontes primárias: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais (PIB) e SRF - "Análise da Arrecadação das Receitas Federais - Junho de 2004". (RAD e Cofins). Notas: 1/ As taxas de crescimento real da RAD e Cofins foram caliculadas a partir de valores atualizados pelo IPCA para preços de julho de / Líquida da Cofins. O desempenho recente da arrecadação da Cofins pode estar relacionado a três mudanças legislativas cujos efeitos estiveram presentes nos sete primeiros meses de 2004 sem paralelo com igual período do ano anterior, quais sejam: (i) o aumento da alíquota de 3% para 4% da Cofins devida por instituições financeiras, seguradoras e assemelhados (Lei n /03), que entrou em vigor a partir de 1º de setembro de 2003; (ii) a elevação da alíquota de 3% para 7,6% face à introdução da Cofins nãocumulativa para os grandes contribuintes (Lei n /03), que passou a ser cobrada a partir de 1 de fevereiro de 2004; e (iii) a ampliação da base de cálculo pela tributação direta das importações (Lei n /04), que entrou em vigor a partir de 1 de maio de Como mostra a Tabela 3, o aumento da alíquota da Cofins sobre entidades financeiras teve um baixo poder explicativo sobre o incremento total da arrecadação da contribuição. Isto é, ainda que o recolhimento sobre as referidas entidades tenha apresentado um crescimento real de 16,63%, quando o mesmo foi excluído da arrecadação global da Cofins, a variação real desta última que era de 22,06% aumentou para 22,47%. Sendo assim, é razoável supor que foram as outras mudanças legislativas a introdução da Cofins não-cumulativa e a tributação direta das importações as principais responsáveis pelo excelente desempenho da Cofins. A análise da evolução mensal da arrecadação da contribuição é um bom indicativo desta hipótese. Tabela 3 - Evolução da Arrecadação da Cofins Total e Sobre Entidades Financeiras: 2004 x Período: Janeiro a Julho Cofins R$ milhões Variação 04 x 03 de jul/04 1/ R$ mi % Total , ,9 22,06% Líquida de Entidades Financeiras , ,4 22,47% Entidades Financeiras 2.935,8 418,5 16,63% Elaboração Própria. Fonte Primária: "Análise da Arrecadação das Receitas Federais - Julho de 2004" publicada pela SRF. Nota: 1/ Valores atualizados pelo IPCA para preços de julho de Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 8
11 No caso da cobrança da Cofins não-cumulativa, a medida entrou em vigor desde 1 de fevereiro de 2004, mas só surtiu efeito na arrecadação a partir de março deste ano. A tributação direta das importações passou a produzir efeitos desde a data de sua implementação, em maio de 2004 (Tabela 4). Tabela 4 - Arrecadação Mensal da Cofins Total, Líquida Importações, Não-Cumulativa (NC) e Sobre Importações: 2004 Período: Janeiro a Julho - R$ Milhões de Julho de 2004 (IPCA) Total (A) Total Líquida (A) - (C) NC + Imp (B) + (C) Não-cumulativa (NC) (B) Importações (C) TOTAL , , , , ,9 jan 5.989, ,9 0,3 0,3 fev 5.392, ,6 15,5 15,5 mar 5.567, , , ,7 abr 5.975, , , ,8 mai 6.951, , , , ,0 jun 7.251, , , , ,0 jul 6.356, , , , ,9 Elaboração Própria. Fontes Primárias: "Análise da Arrecadação das Receitas Federais - Julho de 2004" publicada pela SRF (Cofins Total) e Sistema Angela (Cofins não-cumulativa e importações). Assim, ainda que em todos os meses de 2004 a Cofins tenha aumentado em relação aos mesmos meses de 2003, não é por coincidência que em janeiro e fevereiro o aumento de arrecadação tenha sido pequeno quando comparado aos meses seguintes (Gráfico 1 e Tabela 5). 5 Gráfico 1 - Variação Mensal da Cofins Período: Janeiro a Julho 2004 x R$ Bilhões Jul/04 (IPCA) 2.014, , , ,3 658,5 529,2 118,0 jan fev mar abr mai jun jul Elaboração própria. Fonte: Tabela 5. 5 É importante notar que a análise considera a variação real da Cofins, isto é, sua variação líquida dos efeitos da inflação. Os valores foram atualizados para preços de julho de 2004 pelo IPCA. A análise mensal leva em consideração a variação real em relação ao mesmo mês do ano anterior. Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 9
12 Tabela 5 - Evolução Mensal da Arrecadação Mensal da Cofins: 2004 x 2003 Período: Janeiro a Julho Variação Determinante da R$ milhões jul/04 1/ variação (%) Taxa de crescimento real (%) TOTAL 7.857,9 100,00 22,06% jan 118,0 1,50 2,01% fev 529,2 6,73 10,88% mar 658,5 8,38 13,42% abr 1.047,3 13,33 21,25% mai 2.014,3 25,63 40,80% jun 2.101,2 26,74 40,80% jul 1.389,3 17,68 27,97% Elaboração própria. Fonte: Tabela anterior. Nota: 1/ Valores atualizados pelo IPCA para preços de julho de Se considerarmos apenas o mês de março do presente ano, quando a Cofins não-cumulativa passou a surtir efeitos na arrecadação, o crescimento da contribuição em relação a março de 2003 R$ 658,5 milhões foi maior do que o observado em janeiro e fevereiro juntos cerca de R$ 647,2 milhões (Gráfico 1 e Tabela 5). Se à análise anterior, agregarmos o mês de abril, a discrepância em relação ao primeiro bimestre deste ano fica ainda maior. Em março e abril, o crescimento da Cofins (cerca de R$ 1,7 bilhões) explicou pouco mais de 1/5 da variação global da arrecadação da Cofins (aproximadamente R$ 7,8 bilhões); já o incremento observado em janeiro e fevereiro foi responsável por apenas 8,24% desta variação. O desempenho da Cofins mostrou-se ainda mais favorável a partir de maio quando a tributação direta das importações também passou a vigorar. Entre maio e julho deste ano, o aumento da contribuição foi de cerca de R$ 5,5 bilhões e respondeu por aproximadamente 70% do incremento total (Tabela 5). Vale notar também que a partir de março a contribuição passou a apresentar taxas crescentes de elevação real até atingir seu pico em maio e junho, alcançando 40,80%. Em julho, a variação real recuou para 27,97%, um índice ainda muito elevado se comparado ao que foi observado no início do ano (Tabela 5). Em resumo, em comparação com 2003, a arrecadação da Cofins experimentou um excelente desempenho nos sete primeiros meses de 2004: em termos reais, cresceu R$ 7,8 bi ou 22,06%. No primeiro bimestre do ano - quando a única mudança legislativa que efetivamente tinha efeito sobre a arrecadação era o aumento de alíquota da contribuição de entidades financeiras o crescimento não foi tão surpreendente R$ 647,2 milhões. O aumento de arrecadação foi concentrado nos meses posteriores R$ 7,2 bilhões ou cerca de 91,8% do incremento total quando as outras mudanças legislativas passaram a surtir efeito, o que leva a crer que introdução da Cofins não-cumulativa e a tributação direta das importações tiveram um alto poder explicativo sobre a performance da Cofins. Admitida esta hipótese, vejamos então de que maneira estas duas mudanças podem provocar aumento de arrecadação da Cofins. Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 10
13 2. De que maneira as mudanças legislativas da Cofins podem afetar a arrecadação global da contribuição? A seguir, serão analisadas separadamente as possibilidades da Cofins não-cumulativa e da Cofins-importações de provocar aumento de arrecadação. Qualquer mudança que se faça na forma de cobrança de determinado tributo será neutra do ponto de vista da arrecadação total deste tributo dependendo da calibragem da alíquota face à nova base de incidência. Ou seja, para que a mudança seja neutra é preciso fixar uma alíquota que gere na nova situação a mesma arrecadação que proporcionava no sistema antigo. Por exemplo, uma contribuição cumulativa que incida sobre uma base de 1000 unidades monetárias a uma alíquota de 3% vai gerar uma arrecadação de 30 unidades monetárias. Caso as autoridades tributárias desejem substituir esta contribuição por outra não-cumulativa, qual deve ser a nova alíquota para que a arrecadação atual seja igual a anterior? Na nova situação, a base de incidência deverá ser menor, pois uma das condições para que a comutatividade seja eliminada é que os insumos deixem de ser tributados. Isto é, em tal situação a base de incidência deve ser algo próximo ao valor adicionado por cada unidade produtiva. Assim, supondo que na nova situação a base de cálculo caia para 500 unidades monetárias, a alíquota necessária para gerar uma arrecadação de 30 unidades seria de 6%. Com uma alíquota de 7%, por exemplo, a arrecadação aumentaria para 35 unidades monetárias. Em resumo, a substituição de uma contribuição cumulativa por uma não-cumulativa, uma vez que esta mudança provoca diminuição da base de cálculo do tributo, requer que se estabeleça uma alíquota maior para que o fisco não incorra em perda de arrecadação. O limite máximo desta alíquota é dado pelo cotejo entre a nova base de cálculo e a arrecadação anterior; qualquer alíquota que seja estabelecida acima deste limite vai provocar aumento de arrecadação. Há fortes indícios de que este foi o caso da Cofins, cuja elevação da alíquota (de 3% para 7,6%) utilizou a experiência do PIS como laboratório. A Lei n /02 criou expedientes para transformar o PIS em uma contribuição nãocumulativa. Quando a mudança na legislação desta contribuição foi implementada, a proposta era testar a eficácia do novo mecanismo de cobrança e depois estendê-lo à Cofins. O argumento era de que começar a reforma pelo PIS daria mais segurança à Receita Federal de que a nova sistemática de cobrança, quando aplicada à Cofins, não alteraria o montante anteriormente arrecadado. O novo PIS entrou em vigor em 2003 e sua alíquota aumentou de 0,65% para 1,65%. Tudo indica, no entanto, que o aumento da alíquota foi maior do que o necessário para evitar que o governo federal incorresse em perda de receita, pois a Cofins, que em 2002 era arrecadada sobre a mesma base de cálculo do PIS e continuou sendo cobrada de modo cumulativo em 2003, decresceu em termos reais enquanto o PIS obteve um crescimento expressivo. Segundo os dados da Secretaria da Receita Federal, entre 2002 e 2003, a arrecadação do PIS- Pasep cresceu 17,71% enquanto a da Cofins caiu 0,46%. 6 É importante notar que não se pode atribuir o desempenho do PIS ao crescimento econômico uma vez que no período em questão o PIB experimentou uma retração real de 0,2%. Tal fato o crescimento tão díspare da arrecadação das duas contribuições não foi levado em consideração quando a alíquota da Cofins foi majorada de 3% para 7,6% face à introdução da não-cumulatividade em As taxas de crescimento real foram calculadas a partir de valores atualizados pelo IPCA. Conforme aponta o boletim da SRF, quase a totalidade do crescimento do PIS-Pasep foi devido ao desempenho do PIS. Para maiores detalhes, ver o boletim de dezembro de 2003 no endereço: Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 11
14 Simplesmente, foi aplicada à alíquota da Cofins a mesma proporção de aumento que havia sido atribuída ao PIS aproximadamente 40%. Ainda que sem fazer maiores considerações sobre a correta calibragem da alíquota, o Ministério da Fazenda, em um documento elaborado em 2003 Impactos da Mudança do Regime de Tributação da Cofins, admitiu que poderia haver aumento de arrecadação, mas considerou que o mesmo teria caráter transitório tal como seus técnicos supunham ter ocorrido com o PIS. 7 O argumento da transitoriedade estava baseado no seguinte (p.p. 4): o que todos estes dados indicam é que o impacto positivo da mudança na legislação do PIS sobre a arrecadação parece ser temporário, sinalizando para uma convergência entre a taxa de variação do PIS e a taxa de variação da Cofins sinalizando que o efeito permanente da mudança no regime do PIS sobre a carga tributária é neutro ou, no mínimo, muito inferior àquele observado nos primeiros meses de Na prática, o que foi observado é que, apesar do crescimento do PIS-Pasep ter se desacelerado a partir de maio, nem de longe pode se falar que houve convergência das taxas de variação real deste tributo e da Cofins. Ao contrário, após esse período, enquanto, em vários meses, a Cofins decresceu em termos reais, o PIS-Pasep apresentou taxas de crescimento positivas ainda que menores do que as verificadas no início de Mesmo que a receita do PIS seja considerada líquida do Pasep e de receitas atípicas, como sugere a Fazenda, não foi observada a esperada convergência das taxas de crescimento; o que significa que, diferente do que foi sugerido no documento da Fazenda, não se pode dizer que o efeito permanente da mudança no regime do PIS sobre a carga tributária tenha sido neutro (Gráfico 2). 40% Gráfico 2 - Taxa de Crescimento Real da Cofins, PIS-Pasep e PIS: 2003 x % 20% 10% 0% -10% -20% jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Cofins PIS-Pasep PIS (s/ receitas atípicas) Elaboração própria. Fontes primárias: Boletins Mensais da Arrecadação de Tributos Administrados pela SRF. 7 A nota está disponível na Internet no endereço: Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 12
15 Feitas estas considerações, a indagação pertinente é: se o aumento da alíquota do PIS fez a sua arrecadação crescer substancialmente por que o mesmo efeito não aconteceria com a Cofins? Em princípio, não há nenhum argumento contundente que confira uma resposta negativa a tal pergunta. Ao contrário, na seção anterior foi visto que, até o presente, a arrecadação da Cofins cresceu muito a frente dos outros tributos administrados pela SRF assim como da própria economia; o que nos leva a crer que, tal como no caso do PIS, o aumento da alíquota face à nova sistemática de cobrança foi mais do que suficiente para manter a arrecadação. Conforme será comentado adiante, a Cofins não-cumulativa não foi estendida a todos os contribuintes, o que significa que sua base de cálculo pode ser menor que a do PIS. No entanto, o quão menor é esta base de cálculo a ponto de justificar que se tivesse aplicado à alíquota da Cofins a mesma proporção de aumento conferido à alíquota do PIS? Também neste caso não há nenhuma resposta satisfatória à pergunta. Além disso, na determinação da nova alíquota da Cofins não foi levado em consideração que a tributação direta das importações medida que passou a vigorar após a introdução nãocumulatividade ampliaria a base de cálculo da contribuição, o que é mais um indicativo de que a alíquota de 7,6% foi superestimada. Outro indicativo também pode ser encontrado em uma simulação feita em 2001 por técnicos do Ipea e do BNDES da alíquota necessária para substituir o PIS e a Cofins por uma contribuição não-cumulativa e manter a mesma arrecadação. 8 No caso em que não seria dado crédito integral para os bens de capital (tal como ocorre hoje com o PIS e a Cofins), a simulação baseada nos dados do IRPJ de 1996 estimou uma alíquota de 6,5% e a baseada nas Contas Nacionais de 1999 calculou uma alíquota de 5,7%. 9 Em ambos os casos, as importações foram incluídas na base de cálculo. Nestas simulações, seja qual for a fonte dos dados (IRPJ ou Contas Nacionais) foi considerado que a nova contribuição atingiria, amplamente e sem diferenciação de alíquota, todos os setores da economia; o que é bem distinto da situação em que se aplica à nova legislação da Cofins. Ainda assim, em que pesem as diferenças, é espantoso que a maior alíquota 6,5% pelo IRPJ 1996 seja bem inferior que a alíquota da Cofins (7,6%). Além das observações anteriores, resta ainda uma outra pergunta atinente à diferença entre a alíquota cobrada de entidades financeiras e a praticada sobre as demais empresas que estão no regime não-cumulativo. A Cofins cobrada de entidades financeiras não incide sobre a receita bruta, mas sim sobre a receita líquida de captação, ou seja, algo próximo ao spread bancário que corresponde ao valor adicionado pelas mesmas. No caso das demais empresas, que estão no regime nãocumulativo, o valor adicionado é obtido de maneira semelhante aos bancos e afins pela dedução de gastos operacionais das receitas operacionais. 8 VARSANO, RICARDO; PEREIRA, THIAGO; ARAUJO, ERIKA; SILVA, NAPOLEÃO; e IKEDA, MARCELO. Substituindo o PIS e a Cofins e por que não a CPMF? por uma Contribuição Não-cumulativa Rio de Janeiro: Ipea, outubro de 2001 (Texto para Discussão, 832). Disponível na Internet no endereço: ~e~por~que~não~a~cpmf?~ ~Por~uma~Contribuição~Não-Cumulativa. 9 Na nova legislação do PIS e da Cofins, o tributo pago na aquisição de bens de capital só pode ser contabilizado como crédito à medida que os equipamentos vão sendo depreciados. Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 13
16 Isto posto, pergunta-se: por que no caso das entidades financeiras a alíquota da Cofins passou de 3% para 4% e no caso das demais empresas cuja base de cálculo é apurada de forma semelhante houve um aumento de alíquota de 3% para 7,6%? Ao invés da experiência do PIS, porque as autoridades tributárias não utilizaram a experiência das entidades financeiras para calibrar a alíquota da Cofins não-cumulativa cobrada das demais empresas? Em síntese, por tudo o que foi observado até aqui, são inequívocos os sinais de que a alíquota da Cofins não-cumulativa foi superestimada. Tal como ocorreu com o PIS, o crescimento da Cofins deve se desacelerar à medida que as empresas que estão no regime não-cumulativo passarem a se creditar do tributo recolhido sobre seus insumos, mas isto não significa que os efeitos sobre a arrecadação da contribuição possam ser considerados neutros e nem tão pouco transitórios. Ainda é cedo para afirmar qual será a magnitude do aumento da Cofins, pois o período de análise é curto. Vale lembrar que a Cofins não-cumulativa só passou a vigorar efetivamente a partir de março deste ano e só existem dados disponíveis até julho. No entanto, se fosse verdade que a contribuição não-cumulativa só provocaria aumento de arrecadação nos primeiros meses de sua vigência e que depois cairia vigorosamente face ao aproveitamento de créditos, como sugerem as autoridades fazendárias, era de se esperar que sua participação no total arrecadado mensalmente estivesse caindo sensivelmente; porém, não é isto que está sendo observado. Como demonstra a Tabela 6, em março de 2004, a Cofins não-cumulativa explicou 32,47% do total arrecadado no mês. Tal proporção caiu para 31,88% em julho; um decréscimo bem pequeno se considerarmos que há cinco meses a nova Cofins já está em vigor e que a partir de maio a tributação direta das importações também passou a produzir efeitos sobre a arrecadação. A relativa estabilidade da participação da Cofins não-cumulativa na arrecadação global também demonstra que precisa ser visto com cautela o argumento de que o comportamento da Cofins tem sido explicado preponderantemente pela tributação das importações. Quando descontamos a Cofins-importações da arrecadação total da contribuição, a participação da não-cumulativa que em maio era de 37,43%; em julho, ao invés de decrescer, subiu para 39,09% (Tabela 6). Admitida a hipótese de que a alíquota da Cofins foi superestimada e de que este foi um fator que influenciou no aumento da arrecadação total da contribuição, vejamos de que forma a tributação direta das importações pode produzir o mesmo efeito. Quando a Cofins era cobrada de maneira cumulativa, os produtos importados ingressavam no país livre de tributação e só passavam a ser tributados quando incorporados como insumos na fabricação de uma outra mercadoria ou revendidos. Com a introdução da Cofins-importações, os bens e serviços comprados do exterior passaram a ser tributados diretamente. A Lei estabeleceu que, regra geral, a alíquota deveria ser idêntica a da contribuição não-cumulativa, ou seja, 7,6%. No entanto, como ainda persistem modalidades distintas de incidência da Cofins, foram estabelecidas uma série de outras alíquotas para contribuintes que apuram a Cofins sobre regimes especiais como o monofásico e o de substituição tributária (ver artigo 8 da Lei /04) Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 14
17 Tabela 6 - Participação da Cofins Não-Cumulativa e da Cofins Importações na Arrecadação Mensal da Cofins Período: Janeiro a Julho Participação (%) Total Mensal Participação NC + Imp Não-cumulativa (%) NC no total Importações (NC) mensal líquido TOTAL 32,87 24,88 8,00 27,04 jan 0,01 0,01 0,00 0,01 fev 0,29 0,29 0,00 0,29 mar 32,47 32,47 0,00 32,47 abr 35,90 35,90 0,00 35,90 mai 47,04 31,68 15,36 37,43 jun 53,21 36,13 17,07 43,57 jul 50,32 31,88 18,44 39,09 Elaboração própria. Fonte primária: Tabela 4. A despeito da diferença de alíquotas, em princípio, a tributação das importações só deveria provocar aumento de arrecadação quando efetuada diretamente por consumidores finais. No regime anterior, os bens e serviços adquiridos pelos mesmos eram isentos e no novo regime também passaram a ser tributados a uma alíquota de 7,6%. Não obstante, tal efeito sobre a arrecadação global deve ser pequeno uma vez que as importações feitas por consumidores finais não costumam ser muito representativas no total comprado do exterior. O problema é que o exposto acima só seria verdade se a Cofins não-cumulativa tivesse sido estendida a todos os contribuintes do tributo. Se fosse este o caso, em um primeiro momento poderia haver aumento de arrecadação, mas este efeito desapareceria quando os contribuintes que adquiriram bens e serviços do exterior quer na qualidade de insumos ou de mercadorias para revenda passassem a se creditar do tributo recolhido diretamente nas suas importações. O problema é que o regime não-cumulativo não foi adotado amplamente. Por exemplo, conforme mencionado, em julho deste ano, a Cofins não-cumulativa respondeu por 39,09% da arrecadação total da contribuição líquida da Cofins-importações, o que significa que o restante da arrecadação foi proveniente do recolhimento sobre o faturamento bruto ou de regimes especiais. No caso dos contribuintes não submetidos ao regime não-cumulativo, a tributação direta das importações é uma fonte importante de aumento de arrecadação, pois não há direito a crédito. Não causa espanto que a participação da Cofins-importações no total arrecadado mensalmente esteja crescendo desde a sua implementação. Em maio deste ano, tal proporção era de 15,36% e em julho subiu para 18,44% (Tabela 6). Em síntese, em razão dos motivos expostos nesta seção, foi visto que tanto a introdução da Cofins não-cumulativa quanto da Cofins-importações tendem a provocar aumento da arrecadação global. O impacto positivo sobre a arrecadação, no primeiro caso, é derivado da existência de fortes indícios de que a alíquota foi superestimada; e no segundo caso, devido ao fato de que os contribuintes não submetidos a regime não-cumulativo não têm direito à crédito da Cofins recolhida sobre suas importações. Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 15
18 SEÇÃO II CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A ANÁLISE SETORIAL 1. De que maneira as mudanças legislativas da Cofins podem afetar a de forma diferenciada os diversos setores da economia? Ainda que a introdução da Cofins não-cumulativa e da Cofins-importações fossem neutras do ponto de vista da arrecadação global; não era de se esperar que produzisse o mesmo efeito sobre a arrecadação setorial. Um tributo é cumulativo quando incide sobre o faturamento bruto das empresas sem conceder crédito sobre o que foi arrecadado na compra de insumos ou seja, acumulando sobre o mesmo imposto já incidente sobre as aquisições intermediárias. Gravames com tais características, mesmo que tenham alíquota uniforme, geram grande dispersão entre as cargas setoriais efetivas e, na maior parte dos casos, essas cargas são muito distintas da alíquota nominal praticada. Um exercício realizado por técnicos do BNDES e do Ipea, que estimou as cargas setoriais efetivas decorrente da cobrança de três contribuições sociais cumulativas Cofins, PIS-Pasep e CPMF -, concluiu que o impacto setorial da cumulatividade dependia do número de elos que compõem as respectivas cadeias produtivas e do peso do consumo intermediário relativamente ao valor da produção. Quanto maior o número de elos e quanto maior o peso do consumo intermediário na produção total, maior era o impacto da incidência em cascata das três contribuições. 10 Além disso, foi constatado que uma elevada relação consumo intermediário/valor da produção poderia gerar impactos distintos dependendo do nível de demanda por insumos importados, pois os mesmos não sofriam incidência direta de nenhuma das três contribuições. A substituição de uma contribuição em cascata por outra incidente sobre o valor adicionado, dentre outras vantagens, tem o mérito de eliminar os problemas anteriores. Um tributo com tais características não onera as transações intermediárias do processo de produção e distribuição de mercadorias. Em condições ideais, sua base de incidência se constitui apenas dos gastos finais dos agentes econômicos de tal sorte que os bens e serviços são tributados somente na proporção do valor que lhes é adicionado. Na presença de um IVA (imposto sobre valor adicionado), os preços relativos não são distorcidos por motivos essencialmente tributários. A incidência setorial deixa de depender do 10 A mensuração da cumulatividade da Cofins, PIS-Pasep e CPMF foi realizada pioneiramente por PEREIRA e IKEDA (2001). No trabalho realizado por VARSANO et al. (2001), no qual os dois autores também participaram, a estimativa foi aperfeiçoada, mas os argumentos gerais em relação aos impactos setoriais da cumulatividade não foram alterados. PEREIRA, THIAGO e IKEDA, MARCELO. Custo Brasil - Mensurando a cumulatividade das contribuições: uma proposta metodológica Rio de Janeiro: BNDES, junho de 2001 (Informe, 27). Disponível na Internet no endereço: VARSANO, RICARDO; PEREIRA, THIAGO; ARAUJO, ERIKA; SILVA, NAPOLEÃO; e IKEDA, MARCELO. Substituindo o PIS e a Cofins e por que não a CPMF? por uma Contribuição Não-cumulativa Rio de Janeiro: Ipea, outubro de 2001 (Texto para Discussão, 832). Disponível na Internet no endereço: ~e~por~que~não~a~cpmf?~ ~Por~uma~Contribuição~Não-Cumulativa. Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 16
19 número de elos que compõem a cadeia produtiva e é possível conceder tratamento isonômico aos bens nacionais e importados. Isto posto, qual o impacto setorial que se poderia esperar se um tributo cumulativo fosse substituído por outro incidente sobre o valor adicionado? Os setores cuja proporção entre a aquisição de insumos e o faturamento tende a ser relativamente alta (caso de importantes segmentos da indústria de transformação) deveriam se beneficiar da mudança. Ao contrário, os setores onde o valor agregado é alto proporcionalmente ao valor total da produção (caso do setor de serviços que costuma ser altamente intensivo em mão-de-obra) deveriam ser penalizados pela mudança. Além disso, a utilização de insumos domésticos vis-à-vis insumos importados não afetaria a incidência setorial uma vez que, nos dois casos, os bens e serviços seriam tributados de forma idêntica. O problema é que, para avaliar os impactos setoriais decorrentes das mudanças recentes na Cofins, as evidências anteriores são insuficientes; pois, não se pode dizer que a introdução da Cofins não-cumulativa tenha transformado a contribuição em um autêntico IVA. A cobrança da Cofins não-cumulativa só foi estendida aos grandes contribuintes que declaram o imposto de renda pelo regime do lucro real. De acordo com a análise da SRF dos declarantes do IRPJ de 2002, tais contribuintes excluídas as instituições financeiras - representaram apenas 6,08% de um universo de 2,9 milhões de empresas sujeitas à tributação. Por outro lado, ainda que em número reduzido, foram os principais responsáveis pela receita tributável (Figura 1). A maior parte das micro e pequenas empresas sujeitas à tributação pelo SIMPLES e as pequenas empresas optantes pelo regime de lucro presumido continuaram recolhendo a Cofins sobre o faturamento total a uma alíquota de 3%. Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 17
20 Figura 1 - Resumo da Declaração do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas Fonte: SRF. Não apenas a Cofins não-cumulativa não foi estendida a todos os contribuintes, como mesmo entre os declarantes do IRPJ pelo lucro real, persistiu a existência de regimes especiais, merecendo destaque: (i) as entidades financeiras que são tributadas a uma alíquota de 4%; e (ii) os setores onde a contribuição é recolhida de uma só vez o chamado regime monofásico no qual as alíquotas variam conforme o caso. Vale destacar que no regime monofásico encontram-se importantes segmentos da indústria: automotivo (inclusive autopeças), medicamentos e perfumaria, combustíveis e bebidas. Aumento da Arrecadação Tributária em 2004 Através da Cofins: Análise das Primeiras Mudanças de sua Cobrança 18
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