RAPARIGAS E RAPAZES NO ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL NO FINAL DOS ANOS 90

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1 RAPARIGAS E RAPAZES NO ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL NO FINAL DOS ANOS 90 Cristina Rocha e Sofia Marques da Silva* O texto que aqui se apresenta procura dar conta de um estudo de carácter exploratório realizado no âmbito de um projecto de investigação denominado «A autonomia visível das raparigas e a desafectação dos rapazes na escola». Num contexto em que se assiste à divulgação de dados que apontam para um maior sucesso académico das raparigas e para um eventual afastamento dos rapazes da escola, analisam-se os dados estatísticos relativos às entradas no ensino superior nos anos de 1997, 1998 e 1999, para detectar a efectiva presença de raparigas e de rapazes no ensino superior nos últimos anos do século XX. Palavras-chave: ensino superior em Portugal, igualdade de oportunidades por sexo, fim do século XX Educação, Sociedade & Culturas, nº 25, 2007, Introdução A investigação exploratória de que este texto procura dar conta desenvolveu- -se entre 2000 e 2002 no âmbito de um projecto de investigação 1. * Universidade do Porto CIIE Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (Porto/Portugal). 1 «A Autonomia Visível das Raparigas e a Desafectação dos Rapazes da Escola?», Projecto de Investigação financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia PIHM/C/SOC/15098/

2 Partindo do princípio que «as relações entre subjectividades, culturas e cidadania nas vidas tanto de mulheres como de homens, em contextos escolares e educacionais mais alargados, não têm sido objecto de investigação no nosso país, de forma sistemática» (Araújo et al., 2002: 10), este projecto tinha como um dos seus principais objectivos «estudar subjectividades e culturas de raparigas e de rapazes na escola». Partia-se do foco e da interrogação de «uma visão generalizada de que as raparigas estão a aumentar a sua autonomia e sucesso e os rapazes a distanciar-se da escola» (ibid.: 5), destacando-se preocupações com a autonomia e o empowering de jovens, nos seus trajectos escolares, em particular das raparigas (ibid.: 119). Com efeito, em Portugal e em outros países europeus, tem-se dado visibilidade a um conjunto de informações que apontam para o maior número de mulheres a concluírem cursos universitários relativamente aos seus pares masculinos, parecendo indicar o seu maior envolvimento e maiores expectativas e aspirações em relação ao mundo escolar. Outras informações indicam, por seu lado, que a esta maior qualificação feminina não corresponde igual visibilidade e presença em lugares do mundo de trabalho, não se fazendo justiça a essa expansão de qualificações. Simultaneamente, e no que se refere aos rapazes, alguns estudos apontam para a sua desafectação da escola, sobretudo os rapazes de origem trabalhadora. Podemos citar o trabalho pioneiro de Miguel Vale de Almeida (1995), acerca da construção da masculinidade numa aldeia alentejana, cujas conclusões se encontram em consonância com algumas das linhas do marcante estudo de Paul Willis (1977) sobre o grupo de rapazes de origem trabalhadora que estudou em Inglaterra, para quem existia uma associação clara entre sucesso escolar e feminilidade. É então necessário problematizar as relações entre masculinidade e escolaridade, considerando que aquela se apresenta no plural, como um espectro de tonalidades diversas, que obriga, consequentemente, a considerar que também para os rapazes, as afinidades com a escola não se definem pelo género, mas e Projecto do CIIE. Este Projecto tinha como investigadora responsável a Profª. Doutora Helena Costa Araújo, integrando-se no domínio das Relações Sociais de Género e das Políticas para a Igualdade entre Homens e Mulheres em Portugal. 170

3 que se acentuam ou se esbatem tendo em conta uma pluralidade de factores, à qual não é estranha a sua origem social e a importância estratégica que o título escolar apresenta na trajectória de futuro que projectam como aceitável e plausível (Rocha & Ferreira, 2002). Estas preocupações em torno da inferioridade dos rapazes e da superioridade das raparigas na escola são exploradas a nível académico e ao nível dos media em registos que denunciam um certo pânico moral (Arnot, David & Weiner, 1998), tal como pode ser identificado na Grã-Bretanha no final do século XX. Num projecto de investigação conduzido sob a preocupação da igualdade e da cidadania, estas preocupações com o menor sucesso escolar dos rapazes, desde logo no ensino básico, não podem deixar de ser consideradas relevantes. Não deve, contudo, deixar de ser notado que, em tempo algum, a menor presença e sucesso escolar das raparigas suscitou nos media e na classe política igual nível de preocupação. Os resultados que se apresentam de seguida foram então produzidos numa fase inicial do projecto. Enquanto excurso num projecto focado no ensino obrigatório, serviram como que para exorcizar o «pânico moral», permitindo ter uma visão antecipada da situação dos rapazes e das raparigas no que se refere ao acesso ao ensino superior para os três anos finais do século XX. Crescimento e diversificação do ensino superior Desde o pós-guerra que camadas sociais sem acesso a determinados bens sociais, como seja a escolaridade, a eles puderam aceder, quer devido a políticas para a igualdade de oportunidades, quer devido à democratização das instituições, nomeadamente das instituições de ensino superior. No caso português, o ensino superior foi, desde os anos 1940, revelando alguma permeabilidade, salientando-se uma procura claramente mais acentuada nos anos 1960 (Sedas Nunes, 1968), apresentando a partir dos anos 1970 uma maior diversidade e expansão (Caraça et al., 1996: 1215) que se torna abrupta nos anos 1990 (Vieira, 1996). No decurso deste processo, o aumento da procura do ensino superior veio tendencialmente a extravasar os grupos sociais que tinham com ele uma rela- 171

4 ção natural, pela incorporação de alunos de outros estratos sociais, bem como veio a revelar uma permeabilidade acentuada à incorporação das raparigas. Não só o crescimento do ensino superior não se entende independentemente da extensão da escolarização, como tal fenómeno provocou alterações irreversíveis a nível social sendo hoje de «indiscutível relevância na configuração das sociedades actuais, e uma dimensão inquestionável de socialização, isto é, de produção e reprodução social» (Vieira, 1996: 316). Esta percepcionase nomeadamente através de uma maior procura do ensino superior pelas raparigas que, sendo uma tendência europeia, apresenta uma maior acentuação no contexto português (Saavedra et al., 2004: 64). Se a intensificação do aumento de alunas no ensino superior significa que o ensino superior é uma possibilidade em termos de percurso e de futuro, aquelas concentram, até ao fim dos anos 1960, as suas escolhas nas áreas de Letras e de Ciências, formações conducentes ao ensino como saída profissional. A partir dos anos 1970, com o aparecimento e desenvolvimento do ensino superior particular e do ensino politécnico e com a diversificação da oferta de formações entretanto operada no ensino superior público (Amaral et al. 2002), as raparigas vêem não só aumentadas as suas possibilidades de ingresso como de escolha, dada a diversidade de formações entretanto disponíveis, vindo ainda a ter a possibilidade de aceder às formações tradicionalmente masculinas. Se identificamos a Medicina Dentária, o Nutricionismo e a Gestão como novas oportunidades então surgidas, teremos que destacar a Medicina e o Direito como áreas tradicionalmente masculinas, entretanto com uma feminização consolidada. Não pode deixar de se considerar que a diversificação das possibilidades de escolha no ensino superior se concretizou enquanto «escolhas», foi potenciada e lida como plausível pelas raparigas no quadro de um conjunto de transformações societais enquadradas numa cultura de direitos e de igualdade de oportunidades cada vez mais acentuada, conducentes a uma grande tolerância, nomeadamente no que se refere à possibilidade de ingresso no mercado de trabalho. Se o aumento da presença feminina no ensino secundário, no ensino superior e nas profissões tem sido objecto de alguma investigação por parte dos cientistas sociais, é sobretudo a comunicação social quem tem colocado a 172

5 questão e alertado a sociedade portuguesa para a «invasão» do ensino superior pelas mulheres. De par com esta invasão, tem sido salientada também a maior presença das raparigas nos outros níveis escolares, bem como o seu melhor aproveitamento nos anos terminais do ensino secundário. Fontes e metodologia No seguimento das preocupações teóricas que norteiam este projecto, e com base nos indícios de que na segunda metade do século XX se assiste a transformações nas relações das mulheres com o sistema educativo que necessita de ser avaliada e interpretada, incidiremos neste estudo exploratório sobre algumas fontes estatísticas relativas aos três últimos anos do século XX, procurando realizar uma fotografia ampla no sentido de captar os traços gerais com que se delimita o fenómeno nos anos que finalizam o século XX. A recolha de dados estatísticos, entre outros, foi efectuada na biblioteca da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, no Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (CIPES) e no Instituto Nacional de Estatística (INE). Procuraram-se dados que permitissem caracterizar o acesso e (in)sucesso das raparigas no ensino superior nos finais da década de 1990 para os anos de 1997, 1998 e Os dados recolhidos foram posteriormente tratados segundo o método de análise de conteúdo. A presença de raparigas e rapazes no ensino superior A pesquisa na base de dados do CIPES relativa ao ensino superior (público e privado) permite-nos uma primeira visão geral relativamente ao acesso ao ensino superior, por sexo, nos três anos referidos. 173

6 QUADRO 1 Candidaturas e matrículas no ensino superior público e privado por ano, a nível nacional para o ensino público e privado Movimento Total Candidatos/as Matrículas Fonte: Base de dados do CIPES referente ao acesso ao ensino superior para os anos de 1997, 1998 e Pela análise do Quadro 1, verificamos que, entre 1997 e 1999, o decrescimento da procura do ensino superior não é acompanhado pelo decrescimento do número de pessoas inscritas. Embora a candidatura ao ensino superior diminua progressivamente ao longo destes três anos, as matrículas apresentam uma expressão crescente, respectivamente de 56%, 59% e 63% para 1997, 1998 e QUADRO 2 Candidaturas e matrículas no ensino superior público e privado por ano e para o sexo feminino, a nível nacional, para o ensino público e privado Movimento Total Candidatas Matrículas Fonte: Base de dados do CIPES referente ao acesso ao ensino superior para os anos de 1997, 1998 e QUADRO 3 Candidaturas e matrículas no ensino superior público e privado por ano e para o sexo masculino, a nível nacional, para o ensino público e privado Movimento Total Candidatos Matrículas Fonte: Base de dados do CIPES referente ao acesso ao ensino superior para os anos de 1997, 1998 e

7 Observada a distribuição das candidaturas por sexo, verificamos para as raparigas (Quadro 2) que as suas candidaturas são em maior número do que as dos rapazes (Quadro 3). QUADRO 4 Matrículas por sexo no ensino superior público e privado por ano, a nível nacional para o ensino público e privado. Valores percentuais Ano Matrículas Raparigas Rapazes Total Total Fonte: Base de dados do CIPES referente ao acesso ao ensino superior para os anos de 1997, 1998 e As matrículas das raparigas apresentam também valores percentuais superiores aos dos rapazes. Como se pode ver pelo Quadro 4, em cada um dos anos em presença, no total, mais de metade das matrículas no ensino superior são protagonizadas pelas raparigas. QUADRO 5 Valores percentuais das matrículas no ensino superior público e privado por ano intra-sexo a nível nacional Ano Raparigas Rapazes Total Fonte: Base de dados do CIPES referente ao acesso ao ensino superior para os anos de 1997, 1998 e No entanto, se atendermos à expressão percentual das matrículas intra-sexo (Quadro 5) verificamos que, no global, as matrículas das raparigas correspondem a 56,4% das candidaturas que protagonizam, ao passo que para os rapazes 175

8 a percentagem de matrículas é de 65.3%, tal como é superior para cada ano, por relação com a sua candidatura, a percentagem de rapazes que se matricula. Quer isto dizer que embora as raparigas se candidatem em maior número, é também nas suas hostes que a «mortalidade» é maior, acabando os rapazes por perder menos efectivos. A sua candidatura apresenta assim mais probabilidade de se converter em matrícula do que a das raparigas que parecem sofrer de uma vulnerabilidade maior na concretização da entrada na universidade. Estes valores permitem-nos concluir para estes anos que, no total, 44% das raparigas candidatas ao ensino superior não viram convertida a sua candidatura em inscrição, ao passo que para os rapazes tal situação se pauta pelos 35%. QUADRO 6 Matrículas por sexo no ensino superior público e privado por ano, a nível nacional para o ensino público e privado. Valores percentuais Áreas Total Raparigas Rapazes Raparigas Rapazes Raparigas Rapazes Raparigas Rapazes Direito Letras/Líng./ Literaturas Comunicação/ Jornalismo Educação/Ens./ Animação Engenharia Ciências Desporto Artes Arquit./ Tecnol. Artísticas C. Sociais e Humanas Saúde Econom. e Gest./ Secretar./Cont. Turismo/Hotel Tradução Fonte: Base de dados do CIPES referente ao acesso ao ensino superior para os anos de 1997, 1998 e

9 Os resultados do Quadro 6 permitem uma visão geral sobre a distribuição de rapazes e raparigas no ensino superior, ao longo dos três anos, nas diferentes áreas científicas e de formação. No presente quadro os diferentes cursos foram agrupados em áreas científicas e de formação: Direito; Letras/Línguas/ Literaturas; Comunicação e Jornalismo; Educação/Ensino/Animação; Engenharias; Ciências; Desporto; Artes; Arquitecturas/Tecnologias Artísticas; Ciências Sociais e Humanas; Saúde; Economia e Gestão/Secretariado/Contabilidade; Turismo/Hotelarias; Tradução. Para cada um dos cursos agrupados e para cada ano, contabilizou-se o número de inscrições para rapazes e raparigas. A partir deste processo foi permitido constatar que as raparigas se apresentam em maior número na generalidade dos cursos com excepção de Engenharia e Desporto. Em Engenharia, curso tradicionalmente masculino, o número de rapazes é ainda claramente superior, cerca do dobro das raparigas. Na área de Desporto, também mais «masculina», o número de raparigas tem vindo a aumentar significativamente. Pela análise deste quadro, podem verificar-se também algumas das tendências apontadas anteriormente que se reportam à presença significativa das raparigas no ensino superior. Se podemos constatar que permanecem em grande maioria nos cursos tradicionalmente femininos, como por exemplo em Letras/ Línguas e Literaturas e Educação/Ensino/Animação, verifica-se que conquistaram, de seguida, novos cursos, como Comunicação e Jornalismo e Ciências Sociais e Humanas, apropriando-se ainda de redutos tradicionalmente masculinos como o Direito, com uma maior expressão, e a Engenharia. No que se refere à área da Saúde, que engloba cursos como Enfermagem, Farmácia, Medicina, Medicina Dentária, Medicina Veterinária, Nutricionismo etc., o maior peso das raparigas no global é assegurado não só por uma maior presença nos cursos tradicionalmente femininos (Enfermagem e Farmácia), bem como por uma presença em cursos tradicionalmente masculinos (Medicina e Medicina Veterinária). 177

10 A situação de rapazes e raparigas no ensino básico e secundário No seguimento da intenção exploratória que norteava esta pesquisa, procurámos confrontar esta presença das raparigas no ensino superior recorrendo a outros dados relativos ao sistema de ensino através da consulta das estatísticas da educação no Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Procurámos confrontar a situação de rapazes e raparigas nos demais níveis de ensino reportados ao ano de inscrição em cada ciclo (1º ano do 1º ciclo, 5º ano do 2º ciclo, 7º ano do 3º ciclo e 10º ano para o ensino secundário), para os anos em que a população do ensino superior, agora em estudo, em média, terá procedido à sua matrícula. GRÁFICO 1 Matrículas no 1º ano do 1º ciclo do ensino básico por sexo e ano Rapazes Raparigas GRÁFICO 2 Matrículas no 5º ano do 2º ciclo do ensino básico por sexo e ano Rapazes Raparigas

11 Tanto à entrada da escola primária (Gráfico 1) como à entrada do 2º ciclo (Gráfico 2), somos confrontadas com um maior número de rapazes no acto de inscrição. GRÁFICO 3 Matrículas no 7º ano do 3º ciclo do ensino básico por sexo e ano Rapazes Raparigas É a partir do 7º ano (Gráfico 3) que o número de matrículas de raparigas se aproxima, ultrapassando ligeiramente para 1991 e 1992 o número de matrículas de rapazes. GRÁFICO 4 Matrículas no 10º ano do ensino secundário por sexo e ano Rapazes Raparigas A tendência verificada para o 7º ano de escolaridade vem a ser confirmada aquando da entrada no 10º ano de escolaridade. Com efeito, raparigas e rapazes equivalem-se no acto de matrícula com um ligeiro predomínio das raparigas em dois anos lectivos. 179

12 GRÁFICO 5 Matrículas no 1º ano do ensino superior por sexo e ano Rapazes Raparigas Se atendermos ao Gráfico 5, somos levadas a considerar que é ao longo do ensino secundário e aquando da entrada no ensino superior que ocorrem os fenómenos mais significativos do ponto de vista da relação dos jovens, por sexo, com o ensino superior. Na verdade, é neste nível de ensino que a discrepância entre rapazes e raparigas em favor das raparigas se acentua. No global, parece poder dizer-se, pela análise dos gráficos, que a frequência da escolaridade básica e secundária não apresenta grandes matizes por sexo, sendo a entrada no ensino superior que marca algumas distâncias. Apreciações finais Embora este estudo se apresente com um carácter eminentemente exploratório, permite-nos chegar a algumas apreciações finais. Com estas, queremos enfatizar o aumento do número de raparigas no ensino superior e a sua distribuição por todas as áreas de formação, quer nos cursos tradicionalmente femininos, quer nos tradicionalmente masculinos, bem como nas novas áreas de formação. No entanto, como vimos, esta presença mais consistente das raparigas no ensino superior na passagem do século XX para o século XXI não existe independentemente de dois outros fenómenos: o da menor expressão dos rapazes na candidatura à universidade e o da menor efectivação das matrículas das raparigas por relação com a sua candidatura. É como se os rapazes compensassem na efectividade da matrícula, por relação com a sua candidatura, os 180

13 elementos que perdem no terminus do ensino secundário, uma vez que, para eles, manter-se na escola, realizando o ensino básico e o ensino secundário, parece constituir um esforço maior. Por seu lado, as raparigas, cuja presença aumenta à medida que avançamos nos graus de ensino, com maior acentuação a partir do 10º ano, parecem estar mais à vontade no ensino. No entanto, se asseguram com mais efectividade que os rapazes a sua candidatura ao ensino superior, acabam por ser menos consistentes na sua concretização através da matrícula. No âmbito deste estudo não é possível proceder a interpretações que não corram o risco de ser fantasiosas e abusivas. A relação das raparigas e dos rapazes com o ensino superior é um fenómeno de complexidade tão acentuada que só se presta ao conhecimento com base em estudos aprofundados tanto no plano teórico como empírico. Contacto: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto, Rua Dr. Manuel Pereira da Silva, Porto crocha@fpce.up.pt; sofiamsilva@fpce.up.pt Referências bibliográficas AMARAL, Alberto, CORREIA, Fernanda, MAGALHÃES, António, ROSA, Maria João, SANTIAGO, Rui A., & TEIXEIRA, Pedro (2002). O ensino superior pela mão da economia. Fundação das Universidades Portuguesas. ARAÚJO, Helena C., MAGALHÃES, Maria José, FONSECA, Laura, ROCHA, Cristina, SILVA, Sofia Marques da, & GOMES, Lúcia (2002). Relatório final do projecto «A autonomia visível das raparigas e a desafectação dos rapazes da escola?». Porto: FPCE-UP/FCT. ARNOT, Madeleine, DAVID, Miriam, & WEINER, Gaby (1998). Closing the gender gap. Cambridge: Polity Press. ALMEIDA, Miguel Vale de (1995). Senhores de si. Uma interpretação antropológica da masculinidade. Lisboa: Fim de Século. CARAÇA, João M. G., CONCEIÇÃO, Pedro, & HEITOR, Manuel V. (1996). Uma perspectiva sobre a missão das universidades. Análise Social, 139, MARTINS, Susana da Cruz, MAURITTI, Rosário, & COSTA, António Firmino (2005). Condições socioeconómicas dos estudantes do ensino superior em Portugal. Lisboa: Direcção de Serviços de Acção Social Direcção-Geral do Ensino Superior. ROCHA, Cristina, & FERREIRA, Manuela (2002). Aprender a ser rapaz entre rapazes e raparigas. 181

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