RESPOSTA AO RELATÓRIO de
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1 RESPOSTA AO RELATÓRIO de Comissão Externa de Avaliação Comissão D. Educação Subcomissão D.4.1 Educação de Infância + 1º Ciclo Do Curso de Licenciatura de Educação de Infância Da Escola Superior de Educação Do Instituto Politécnico de Viana do Castelo Viana do Castelo, 27 de Novembro de 2002
2 Subcomissão de Avaliação da ESEVC responsável pelo processo de auto-avaliação do Curso de Licenciatura de Educação de Infância Prof. Doutora Alice Bastos Drª Isabel Carvalho Mestre Jorge Barbosa Aluna: Amélia Magalhães Vieira 2
3 3 Introdução A presente resposta ao Relatório efectuado pela Subcomissão Externa de Avaliação, datado de Junho de 2002, relativo à avaliação do Curso de Licenciatura em Educação de Infância, enquadra-se no pressuposto da metodologia de trabalho da referida Comissão, que assenta, entre outros, no carácter pedagógico do actual processo de avaliação e num clima de objectividade, seriedade, transparência, isenção e cooperação, tendo em vista a melhoria da qualidade do ensino Superior Português na área da Educação (pg. 4). A propósito do Relatório enviado à instituição, sem prejuízo da sua qualidade e isenção, gostaríamos de tecer algumas considerações acerca de dois dos aspectos que a Subcomissão avaliou como menos positivos. 1. Cultura de investigação: algumas evidências O primeiro aspecto diz respeito à cultura de investigação desenvolvida ao nível geral da Escola mas não na área específica do Curso de Licenciatura em Educação de Infância (pg. 22). Relativamente a este assunto temos alguns dados objectivos a contrapor Cultura de investigação associada ao curso Em primeiro lugar, gostaríamos de salientar que o facto deste parâmetro aparecer como deficitário constitui para nós uma surpresa, já que este é um dos Cursos existentes nesta Escola que tem investigação agregada ao Curso. Para o mostrar vamos retomar alguns dos elementos que constam do Relatório de Auto-avaliação e inseri-los no contexto do próprio curso.
4 4 Em 1999, pelo facto de nos encontrarmos no Plano de Transição de um Curso Médio para um Curso Superior, a Profª Doutora Alice Bastos, na qualidade de elemento designado pelo Conselho Científico para Coordenar o Curso, propôs em Conselho Científico que essa transição fosse objecto de investigação. Para o efeito formulamos um projecto, que envolvia elementos de vários Departamentos desta Escola (Fundamentos Gerais da Educação, Ciências Sociais e Humanas, Línguas e Literatura), instituições com quem tínhamos parcerias (Jardim de Infância nº1 da Abelheira e Lar de Santa Teresa), bem como investigadores externos à instituição (Universidade do Porto, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar). Este projecto visava recolher evidências acerca das práticas educativas e envolvia: crianças, estudantes do 4º ano, educadores-cooperantes, docentes e supervisores. Esta proposta formalizou-se num projecto de investigação, intitulado Práticas educativas em jardim de infância: uma questão de (des)emparelhamentos desenvolvimentais? (IIE, medida 2, 55/99), referido na pg.63 do Relatório de Auto-Avaliação. Este projecto foi submetido a financiamento público, ao Instituto de Inovação Educacional, tendo sido aprovado e financiado. Este projecto foi considerado, pelo júri de Avaliação, como sendo de elevado mérito científico, e de entre as candidaturas nacionais foi hierarquizado numa das melhores posições (Cf. anexo 1). Portanto, quando se afirma que o Curso carece urgentemente de trabalho interdisciplinar e de articulação entre teoria e prática, em que os docentes das disciplinas de base tomem consciência de que elas só têm sentido se servem a praxis da vida (...) e os docentes mais ligados às áreas de actividades específicas seminários, prática pedagógica, estágio reconheçam que elas só podem ter consistência se penetradas de plena cientificidade (...), lembramos que, num período de transição de Curso Médio para Licenciatura e transição de Plano de Estudos, cumprimos, em nosso entender, as preocupações anteriormente assinaladas. Para os devidos efeitos, remetemos para as nossas publicações, que incluem docentes das disciplinas de base e docentes ligados às áreas de actividades específicas seminários, prática pedagógica. Quanto ao estágio, lembramos que o nosso modelo de formação não contempla estágio, mas somente prática(s) pedagógica(s).
5 Produção científica associada ao curso Como produtos da execução deste projecto, apresentamos nas páginas relativas à Produção científica da instituição entre (pp ) os artigos publicados, cuja listagem se anexa (anexo 2). Igualmente, desse projecto, foram apresentadas diversas comunicações, junto da comunidade científica e/ou profissionais da Educação, em diferentes fases do projecto (anexo 3), bem como o Relatório Final ao IIE Formação avançada associada ao curso No que diz respeito à formação avançada do corpo docente será ainda de considerar a investigação efectuada com vista à obtenção de graus académicos. Dentre os vários estudos desenvolvidos na instituição, efectuados nos últimos anos, com vista à obtenção de graus académicos, destacamos, por exemplo, os estudos efectuados pela Doutora Lurdes Magalhães, (2001) ou ainda o estudo realizado pela Prof. Doutora Alice Bastos (1999), de que se anexam resumos (Anexo 3). De salientar ainda, os projectos de investigação em curso, conducentes ao grau de Doutor, designadamente, ao nível do desenvolvimento motor, pelo Mestre Luís Paulo Rodrigues ou ainda a investigação, em curso, realizada pela Mestre Ana Peixoto, ao nível da Física, na Didáctica das Ciências (Anexo 4). Igualmente, no que se refere à obtenção do grau de Mestre, destaca-se no âmbito da Sociologia e Políticas Educativas, um estudo crítico levado a cabo pela Dra. Isabel Carvalho, em fase de finalização, sobre as Orientações Curriculares. Ou ainda, a Dra. Luciana Morais a frequentar o Mestrado em Estudos da Criança, especialização em Comunicação Visual e Expressão Plástica (Anexo 5). 2. A transição em análise Um segundo aspecto diz respeito à metodologia de conceptualização e organização da estrutura curricular da licenciatura (pg. 22). O facto de se tratar, como refere a própria Subcomissão da transição recente de um curso médio para um curso superior (pg. 22), em nosso entender, implica que todos os membros associados ao Curso se organizem no sentido de clarificação dos
6 6 objectivos deste Curso, ainda que esta seja uma tarefa particularmente difícil, como refere a própria Subcomissão. E aí concordamos com a Subcomissão. Finalmente, no que diz respeito ao perfil profissional do licenciado em Educação de Infância, consideramos que os trabalhos elaborados e publicados em Portugal (pelo extinto Inafop) e ao nível da Comunidade Europeia (Bolonha e seus críticos) são suficientemente explícitos, servindo de base ao trabalho que vimos fazendo. Não será demais lembrar que, paralelamente à feitura do relatório de auto-avaliação do Curso de Licenciatura de Educação de Infância, se preparou a candidatura de acreditação do curso ao Inafop, em que este perfil foi devidamente ponderado. Neste contexto, considerando que concluímos a transição de um curso médio para um curso superior, cremos que muito do trabalho desenvolvido nesta licenciatura por docentes, supervisores da prática pedagógica, educadorescooperantes, estudantes, administração e demais órgãos da instituição poderão não ser visíveis, mas tal não significa que um trabalho sério e profundo não esteja em curso, ainda que se possa discutir a visibilidade dos seus efeitos. Assim, tomando em consideração estes dados e atendendo ao carácter pedagógico do actual processo de avaliação, gostaríamos que se procedesse a uma nova avaliação do Curso de Licenciatura de Educação de Infância daqui a um ano.
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