INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU INCIDÊNCIA DE LESÕES DE ABATE DE CARÁTER ZOONÓTICO EM BOVINOS E SUÍNOS

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1 INCIDÊNCIA DE LESÕES DE ABATE DE CARÁTER ZOONÓTICO EM BOVINOS E SUÍNOS GIARETTON, Camila 1 * TELES, Franciane¹ DACROCE, Diana¹ PIGATTO, Dara¹ MENEGATTI, Ana Luiza¹ MAHL, Deise Luiza² GRANDO, Rodrigo de Oliveira² RIBEIRO, Ticiany Maria Dias² BRUSTOLIN, Joice Magali² CAMARGO, Janine de² MAYER, Andrei Retamoso² PEREIRA, Gabriel Ribas² RESUMO: Com a implantação da lei federal em 1989 as atribuições e responsabilidades da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal voltaram a ser a cargo dos governos federal, estadual e municipal. No Rio Grande do Sul, os técnicos do Departamento de Produção Animal (DPA) fiscalizam os estabelecimentos que realizam comercialização de Produtos de Origem Animal (POA) intermunicipal, registrados na Coordenadoria de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal (CISPOA). Nos abatedouros/frigoríficos, com fiscalização permanente, todas as lesões encontradas são registradas e encaminhadas, mensalmente, ao Serviço de Epidemiologia e Estatística (SEE). Com o intuito de avaliar e garantir a saúde pública, o Médico Veterinário responsável pelo Serviço de Inspeção desempenha uma tarefa essencial na avaliação de vísceras e carcaças, realizando a liberação ou condenação destas. O presente trabalho teve como objetivo verificar a incidência de lesões de abate com caráter zoonótico que ocorrem em órgãos, vísceras e carcaças de bovinos e suínos oriundos de um abatedouro sob Fiscalização do Serviço de Inspeção Estadual do Munícipio de Mariano Moro-RS. Foi acompanhado o abate de suínos e bovinos, no período de janeiro de 2017 a agosto de 2018, sendo que neste período foram abatidos bovinos e suínos. O estabelecimento é fiscalizado por fiscal do Serviço de Inspeção Estadual. Durante a inspeção post morten supervisionadas por fiscal do CISPOA, foram encontrados lesões zoonóticas características de Fascíola hepática, Tuberculose, Cisticercose e Hidatidose. O trabalho do Medico Veterinário em conjunto com os produtores rurais repassando conhecimentos básicos de cuidados e prevenção ao manejar os animais, é de grande valia, aos produtores a respeito das zoonoses. Palavras-chave: zoonose, abate, inspeção. ABSTRACT: With the implementation of the federal law in 1989 the duties and responsibilities of the industrial and sanitary inspection of animal products were again borne by the federal, state and municipal governments. In Rio Grande do Sul, technicians from the Department of Animal Production (DPA) inspect the establishments that commercialize products of animal origin (POA) intermunicipal, registered in the Coordination of Industrial Inspection of Products of Animal Origin (CISPOA). In the abattoirs / slaughterhouses, with permanent inspection, all the lesions found are recorded and sent monthly to the Epidemiology and Statistics Service (SEE). In order to evaluate and guarantee public health, the Veterinarian in charge of the Inspection Service performs an essential task in the evaluation of viscera and carcasses, releasing or condemning them. The present study had as objective to verify the incidence of slaughter lesions with a zoonotic character that occur in organs, viscera and carcasses of cattle and pigs coming from a slaughterhouse under Inspection of the State Inspection Service of the Municipality of Mariano Moro-RS. The slaughter of pigs and cattle was monitored from January 2017 to August 2018, during which 8,485 cattle and 44,783 pigs were slaughtered during this period. The establishment is inspected by the State Inspector Service Inspector. During post-mortem inspection supervised by CISPOA prosecutor, zoonotic lesions characteristic of hepatic Fasciola, Tuberculosis, Cysticercosis and Hydatidosis were 1 Discentes do Curso de Medicina Veterinária, Nível IX 2018/2- Faculdade IDEAU Getúlio Vargas/RS. 2 Docentes do Curso de Medicina Veterinária, Nível IX 2018/2- Faculdade IDEAU Getúlio Vargas/RS. * para contato: camilagiaretton@gmail.com Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 1

2 found. The work of the Veterinary Doctor together with the rural producers passing on basic knowledge of care and prevention when handling animals is of great value to producers regarding zoonoses. Keywords: zoonosis, slaughter, inspection. 1 INTRODUÇÃO No Rio Grande do Sul, os técnicos do Departamento de Produção Animal (DPA) fiscalizam os estabelecimentos que realizam comercialização de Produtos de Origem Animal (POA) intermunicipal, registrados na Coordenadoria de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal (CISPOA). No caso de abatedouros/frigoríficos, os quais recebem fiscalização permanente, todas as lesões encontradas são registradas e encaminhadas, mensalmente, ao Serviço de Epidemiologia e Estatística. Com o intuito de avaliar e garantir a saúde pública, o Médico Veterinário responsável pelo Serviço de Inspeção desempenha uma tarefa essencial na avaliação de vísceras e carcaças, realizando a liberação ou condenação destas. As condenações de carcaças são classificadas em parciais ou totais e variam de acordo com a enfermidade ou extensão da lesão. Em condenações parciais apenas partes da carcaça e/ou vísceras são condenados, já na condenação total condena-se carcaça e/ou vísceras. No momento da inspeção post mortem, todas as vísceras e tecidos são examinados e suas características macroscópicas são observadas. Neste momento, também são realizados palpação e cortes sobre o parênquima. Nesse processo de inspeção sanitária, vísceras e carcaças que apresentem alterações, são condenadas representando assim um prejuízo econômico direto para a indústria frigorífica. O presente trabalho teve como objetivo verificar a incidência de lesões de abate com caráter zoonótico que ocorrem em órgãos, vísceras e carcaças de bovinos e suínos oriundos de um abatedouro sob Fiscalização do Serviço de Inspeção Estadual do Munícipio de Mariano Moro-RS. 2 DESENVOLVIMENTO Nesta parte do trabalho será detalhado o referencial teórico, a metodologia empregada e os resultados encontrados. Contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto tratado do estudo. Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 2

3 2.1 Referenciais Teóricos O Brasil é o segundo maior produtor mundial de carne bovina superando apenas pelos Estados Unidos. Para melhorar o desempenho comercial e conquistar novos mercados, são necessárias ações que assegurem a qualidade da carne, incluindo a inspeção higiênicosanitária que visa eliminar ou reduzir o risco da ocorrência de transmissão de zoonoses (ROSSI, 2014). A partir de 1989, com a implantação da Lei federal 7.889, as atribuições e responsabilidades da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal voltaram a ser a cargo dos governos federal, estadual e municipal. Sendo definido em três níveis de inspeção, dependendo da área de comercialização, para o comércio no próprio município o registro é obtido nas secretarias de Agricultura dos municípios (Serviço de Inspeção Municipal SIM); os que comercializam em nível intermunicipal, o registro é obtido na CISPOA do DPA da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Irrigação (SEAPPI); e para comercialização interestadual ou internacional, o registro é obtido no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Serviço de Inspeção Federal SIF), (FILHO, 2010). Zoonoses são definidas como infecções ou doenças transmitidas naturalmente entre animais e humanos. É preocupante o número dessas doenças, sejam elas provocadas por vírus, bactérias, fungos, parasitas ou por outros agentes. Podem ser transmitidas por diversos agentes e formas, como por exemplo, através dos alimentos de origem animal que não foram devidamente inspecionados ou processados de maneira inadequada, causando preocupação às autoridades veterinárias e de saúde pública (ALVES et al., 2017). A inspeção nos abatedouros consiste em observar ou examinar a carcaça e os órgãos, em busca de condições anormais que, de alguma maneira, impeçam o aproveitamento do produto ou matéria prima para o consumo humano. Os abatedouros fornecem o diagnóstico de enfermidades, entre elas as de caráter zoonóticos. Os responsáveis pela fiscalização dos abatedouros são Médicos Veterinários inspetores, porém em alguns abatedouros a inspeção muitas vezes é feita por auxiliares de inspeção, que às vezes não tem as informações e orientações necessárias para avaliar o estado sanitário das carcaças, carnes e órgãos de animais destinados ao abate deixando algumas brechas na inspeção dos produtos (PRATA & FUKUDA, 2001). Algumas zoonoses como a tuberculose, a brucelose, a cisticercose, a hidatidose e a fasciolose, são consideradas clássicas, além de acarretarem prejuízos econômicos a pecuária, Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 3

4 tem importância em saúde pública (ALVES et al., 2017). As principais condenações, parciais e totais, descritas ocorrem devido a lesões associadas a parasitas como cisticercose, hidatidose e fasciolose. Dentre estas lesões a fasciolose possui uma maior frequência em abatedouros registrados na CISPOA do estado do Rio Grande do Sul, o que causa grandes prejuízos econômicos principalmente pela condenação de grande número de fígados (SANTOS, 2010) Tuberculose A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, de abrangência mundial, que afeta seres humanos e outras diversas espécies animais. A principal espécie infectante para os bovinos é Mycobacterium bovis, endêmico no Brasil e responsável por prejuízos econômicos: redução da produtividade do rebanho e perdas de carcaças no frigorífico (MURAKAMI et.al., 2009). Causada por M. bovis a tuberculose bovina é uma zoonose de evolução crônica e efeito debilitante, acomete diversas espécies mamíferas, incluindo o homem, que pode contrair a doença de diferentes animais e igualmente transmitir-lhes a infecção. Possui distribuição mundial, com alta prevalência nos países em desenvolvimento e baixa nos desenvolvidos, devido a programas de controle e erradicação, inspeção de carnes e pasteurização do leite (ABRAHÃO et.al., 2005). As crianças são mais susceptíveis ao M. bovis quando consomem leite cru proveniente de vacas tuberculosas, mesmo quando infectadas com pequeno número de bacilos. Os adultos mais susceptíveis são aqueles expostos ocupacionalmente, como tratadores de rebanhos, ordenhadores e seus familiares, trabalhadores da indústria de carne (açougueiros, funcionários de abatedouros e frigoríficos) e veterinários, além de membros da comunidade rural, que vivem em íntimo contato com seus animais, infectando-se pela via aerógena ou pelo consumo de leite ou produtos lácteos não fervidos ou pasteurizados. O homem contaminado apresenta sintomas como: tosse, expectoração, febre e hemoptise. (ABRAHÃO, et.al., 2005; RUFFINO, 2000) Cisticercose A cisticercose é causada por dois cestódeos os quais causam doença intestinal (teníase). Taenia solium é a tênia encontrada na carne suína e Taenia saginata é encontrada na carne bovina. Os ovos T. solium desenvolvem infecções somáticas (cisticercose). Na teníase- Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 4

5 cisticercose bovina, os humanos são os únicos hospedeiros definitivos de T.saginata, os quais adquirem a teníase ou solitária através do consumo de carne crua ou mal passada contendo as larvas do parasita, denominadas cisticercose. A teníase é provocada pela presença da forma adulta da T. solium ou da T. saginata no intestino delgado do homem. A cisticercose humana por ingestão de ovos de T. saginata é extremamente rara. Da mesma forma, a cisticercose animal ocorre pela ingestão de ovos de T. saginata ou da T. solium (ROSSI, 2014; NAVARRO, 2012). O homem é o hospedeiro da forma adulta T. saginata. A forma larvar deste parasita pode ser encontrada no tecido muscular e visceral de bovinos. A prevenção da teníase humana apoia-se em um conjunto de medidas, que visam impedir a infecção do homem por T. saginata. Entre estas medidas, a inspeção sanitária de carnes realizada em abatedouros frigoríficos, representa um importante método preventivo, impedindo que carcaças impróprias para o consumo humano sejam comercializadas. Os cisticercos tendem a se localizar nos músculos com rico suprimento de mioglobina, onde ocorre uma melhor oxigenação dos tecidos. Como o coração, os músculos mastigatórios e a língua de bovinos são examinados durante a inspeção sanitária (CORRÊA et. al., 1997). Entre os sintomas estão dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou constipação. Em alguns casos, podem causar retardo no crescimento e no desenvolvimento das crianças e baixa produtividade no adulto. Sintomas neuropsiquiátricos (convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensão intracraniana) e oftálmicos (NAVARRO, 2012) Brucelose A brucelose zoonose de caráter endêmico no Brasil e de grande importância econômica, causada pelo gênero Brucella spp. Acarreta perdas econômicas da ordem de 10 a 20% da produção animal (PESSEGUEIRO et al., 2003). A transmissão da brucelose entre bovinos ocorre por via oral e genital. Muitas vezes no animal apresenta-se de forma assintomática transformando-se em fonte de infecção para outros animais. Pode acometer a glândula mamária, causar problemas na reprodução, como o aborto (geralmente por volta do 5º e do 7º mês de gestação), entre outros. No abate, lesões de bolsas serosas denominadas bursites têm sido associadas com infecção brucélica (MARTINHO et al., 2011). Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 5

6 A infecção do homem se dá pelo contato direto ou indireto com animais infectados e/ou pela ingestão de produtos contaminados. É comum trabalhadores de abatedouros, tanto pelo contato direto com a carcaça de animais infectados, como pela formação de aerossóis. O controle sanitário em abatedouros deve ser rigoroso, para que se evite a proliferação da doença, pois uma carcaça contaminada quando não condenada, virá a ser consumida por dezenas de pessoas. Veterinários de campo e tratadores podem se infectar durante a vacinação dos animais contra a brucelose, pelo manuseio de vacinas vivas. O ser humano pode apresentar febre contínua, intermitente ou irregular, calafrios, cefaleias, constipação, dores generalizadas e até diminuição da fertilidade (SANTOS et al., 2007) Fasciolose A fasciolose é uma doença causada pelo trematódeo Fascíola hepática que parasita preferencialmente o fígado de bovinos e ovinos podendo acometer humanos e outros animais. É uma doença que causa grandes perdas econômicas pela perda de peso dos animais contaminados, queda na produção e da elevada condenação de fígados nos abatedouros (MARTINS, 2008). F. hepática é hermafrodita e para desenvolver seu ciclo de vida necessita de um caramujo (Lymnaea spp.) como hospedeiro intermediário, os ovos são eliminados com a bile, e posteriormente com as fezes. Quando no pasto, em condições adequadas de calor e umidade, os ovos eclodem produzindo um miracídio (forma larval) em aproximadamente 10 dias. O miracídio pode sobreviver apenas em ambientes úmidos, ele é móvel, penetra no caramujo aquático (MATTOS et al., 1997). O hospedeiro final (humanos, bovinos e outros animais) se contamina com a ingestão de plantas ou água contaminada com as metacercárias. As metacercárias ingeridas excistam no duodeno do hospedeiro definitivo e penetram na parede intestinal. Após penetram na cápsula hepática e migram através do parênquima (TESSELE et al., 2013). Cerca de sete semanas após a infecção, os trematódeos imaturos alcançam os ductos biliares. A partir desse momento, os ovos são encontrados na bile e, subsequentemente, nas fezes. Alguns trematódeos podem penetrar acidentalmente nas veias hepáticas e atingirem a circulação sistêmica e localizar-se em sítios incomuns, particularmente nos pulmões de bovinos (SILVA, 2008). Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 6

7 No ser humano, a transmissão da fasciolose está diretamente relacionada à ecologia dos caramujos (hospedeiros intermediários) e à ingestão de água e verduras contaminadas com as formas larvais do parasita (metacercárias). Os sinais e sintomas são variáveis; diferem de acordo com a fase e duração da infecção e do número de parasitas. Na fase aguda, em razão da migração do parasita imaturo (larva) no organismo do hospedeiro, podem ocorrer dor e liquefação dos tecidos hepáticos pela ação da enzima produzida pelo verme que favorece não só a migração do verme, mas a alimentação do mesmo, que é constituída de células hepáticas e sangue abdominal. Na medida em que vai migrando deixa um rastro de parênquima destruído, que é substituído por tecido conjuntivo fibroso. Na fase crônica há presença do parasita adulto nos canais e ductos biliares pela presença de espinhos na cutícula, causa irritação, hiperplasia endotelial seguido de enrijecimento e fibrose com posterior deposição de sais cálcio causando obstrução do fluxo biliar, cirrose e insuficiência hepática (NEVES, 2003) Hidatidose Hidatidose ou Equinococose é uma zoonose, causada pelo cestódeos do gênero Echinococcus spp., que afeta vários animais e o homem, no qual é hospedeiro acidental, só se contamina a partir do ambiente ou quando em contato direto com ovos do Echinococcus. Em geral a infecção pode ocorrer por via oral, ao ingerir alimentos contaminados com os ovos eliminados pelas formas adultas dos vermes (ALMEIDA, 1997). E. granulosus, na sua forma adulta, o hospedeiro definitivo é o cão, que se infecta ao se alimentar de vísceras dos bovinos (hospedeiro intermediário) contaminadas pelos cistos hidáticos. Para E. Vogeli, o hospedeiro definitivo é o cão selvagem ou cão doméstico, e o hospedeiro intermediário, a paca ou a cutia. Ovos com a oncosfera são liberados no intestino delgado dos hospedeiros intermediários, ela atravessa as paredes do intestino, penetra nos vasos sanguíneos e linfáticos e se fixa em órgãos como fígado e pulmão, dando início à formação do cisto hidático (BRASIL, 2011). Em humanos a sintomatologia ocorre através de sinais de compressão de órgãos pelo grande volume que os cistos uniloculares podem atingir, quando estes forem pequenos são assintomáticos. Esse crescimento causa deformação nos órgãos e alterações em suas funções. Quando a localização é hepática, ocorre dor abdominal no hipocôndrio direito, massas palpáveis, icterícia e hepatomegalia, casos graves ocorre insuficiência hepática, Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 7

8 hipoalbuminemia grave, levando à ascite e ao edema de membros inferiores.. Em casos de localização pulmonar, a tosse, dor torácica, hemoptise e dispneia são os sintomas mais frequentes. Os casos de localização óssea produzem destruição das trabéculas, necrose e fratura espontânea. O prognóstico se agrava quando a localização do cisto ocorre em órgãos vitais como sistema nervoso, coração e rins. O rompimento do cisto hidático facilita a liberação de material antigênico, causando uma reação alérgica sistêmica, severa e rápida, que pode terminar em choque anafilático (BRASIL, 2011). 2.2 Material e Métodos Foi acompanhada a incidência de lesões zoonóticas em um abatedouro de suínos e bovinos, localizado no município de Mariano Moro- RS; no período de janeiro de 2017 a agosto de 2018, sendo que neste período foram abatidos bovinos e suínos. O estabelecimento é fiscalizado por fiscal do Serviço de Inspeção Estadual. O recebimento dos animais nos curais/baias de espera/descaço é realizada por um funcionário autorizado do estabelecimento e ocorre no máximo 15 horas antes do abate, no momento da chegada o proprietário entrega junto à guia de transito animal (GTA) a nota fiscal do produtor, de cada lote encaminhado ao abate, nestes há informações como: procedência, proprietário, propriedade, vacinação (aftosa e brucelose), quantidade de animais, marca, meio e transporte, destino, finalidade, espécie, raça, sexo e categoria de animais. Animais que chegarem sem a guia de trânsito animal, nota fiscal e com divergência de informações não são abatidos. A empresa fornece ao fiscal o mapa de abate, onde esta descrita à ordem em que serão abatidos, para conferencia no curral e conferencia de dados entre a guia de trânsito e notas. A avaliação ante mortem é realizada pelo fiscal do Serviço de Inspeção Estadual, em duas etapas: a primeira durante descarregamento nos currais de chegada e seleção, onde os animais ficam em jejum de sólidos evitando assim a contaminação na evisceração e facilitando a sangria, porém a dieta hídrica é livre mantendo os animais hidratados, facilitando a esfola e sangria. Nos currais/baias verificam-se as condições de água, se é limpa e suficiente aos animais, avaliando o seu estado nutricional, escore corporal, atividade dentro dos currais, se há contusões, machucados ou sangramentos, se apresentam secreções nasais, presença de aftas no fusinho ou qualquer lesão cutânea, herniados, com magreza ou febre. Caso algum Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 8

9 deles apresente qualquer alteração são colocados no curral/baia de sequestro/observação. Há segunda etapa da avaliação ante mortem realizada pelo fiscal é feita uma hora/meia hora antes do início do abate nos currais/baias de matança (BRASIL, 2017). Após o exame Ante mortem, é feito a inspeção interna do abatedouro/frigorífico para posterior liberação do abate. São verificadas todas as áreas do abate quanto à higienização das salas e utensílios e mesas, temperatura da água, cloração da água e temperatura das câmaras frias. Somente após todos os procedimentos de inspeção é liberado o abate. Antes da insebilização os animais saem dos currais e vão em direção à seringa onde recebem um banho de aspersão através de chuveiros com finalidade de fazer a limpeza da pele; gerar vasoconstrição periférica (melhora a sangria); acalmar os animais e após é feita a insensibilização individual, com pistola pneumática de penetração produzindo uma laceração encefálica grave promovendo inconsciência rápida, sendo considerado como um método mais eficiente para o abate em bovinos. Nos suínos usa-se choque elétrico (alta voltagem e baixa amperagem), com três eletrodos. Após a insensibilização o animal cai sem reflexos e é puxado para a parte interna do frigorífico onde é realizada a sangria (Figura 1) fazendo um corte dos grandes vasos do pescoço (carótida e jugular) próximo da base do coração, com uso de duas facas, permanecendo por no mínimo três minutos. Após nos bovinos é realizado a obstrução do reto e esfola, posteriormente a amarração do esôfago, retirada da cabeça (que é numerada), e secção do osso esterno. Então a carcaça vai para a zona limpa onde ela é eviscerada, não devendo passar de 30 minutos da insensibilização. Figura 1: Bovinos após a insensibilização e sangria na calha de sangria, aguardando três minutos pra iniciar a esfola. Fonte: Giaretton, C Getúlio Vargas/RS. Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 9

10 Nos suínos após a sangria, passam pelo chuveiro após sangria, escaldagem, depilação, chamuscamento (Figura 2) e toalete (remoção: cascos, ouvido médio, pálpebras). Seguindo para a zona limpa para a oclusão do reto, corte da sínfese pubiana, abertura abdominaltorácica, abertura da papada, inspeção de cabeça e papada, evisceração, inspeção das vísceras, divisão longitudinal da carcaça, inspeção da carcaça, entrada para DIF, retirada da cabeça, papada, rabo e unto toalete de carcaças, tipificação e chuveiro de carcaças. Figura 2: Funcionário realizando chamuscamento na região da cabeça do suíno. Fonte: Teles, F Getúlio Vargas/RS. Os lotes são identificados na primeira meia-carcaça com um carimbo numérico na paleta logo após a retirada do couro. Nas demais de cada lote carimba-se nas duas meias carcaças o número do lote ao qual pertencem e um número de código referente ao sexo (1 macho e 2 fêmea). A cabeça é separada entre o occipital e o atlas, e é identificada com lápistinta, na desarticulação da cabeça no côndilo do occipital e na articulação do atlas com o número sequencial dos animais do lote referido, mantendo a correlação com a carcaça. As vísceras brancas (exceto fígado e rins) caem em mesas fixas, onde são inspecionadas pelo auxiliar com avaliação visual e palpação; cortes nos linfonodos da cadeia mesentérica e linfonodo gástrico, e no parênquima esplênico. As vísceras vermelhas (coração, pulmões, fígado) e rins, são separados e caem em uma calha e mesa, onde outro auxiliar de inspeção faz a avaliação visual e palpação do parênquima e ductos biliares, cortam-se os linfonodos hepáticos e no parênquima (sem romper) e comprimido a vesícula biliar. O exame dos pulmões se dá através de avaliação visual e palpação; incisão feita na altura dos brônquios nos linfonodos apicais, traqueobrônquicos, esofagiano e mediastínicos; Exame do coração é feito sob água morna visual e palpação do coração e pericárdio; Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 10

11 incisando os grandes vasos, pericárdio, longitudinalmente fazendo a avaliação interna, secção das cordas e desfolhar da base ao ápice. Exame: Visual e palpação (aspecto e consistência) da superfície e pelve renal. As lesões condenadas nas linhas devem ser marcadas por lote de animais em um ábaco, que ao final do abate de cada lote é zerado e os dados são anotados em planilhas. Nas linhas de inspeção há pias com presença de esterilizadores, desinfetantes, boa iluminação, drenagem adequada, dispositivo para parar nórea caso necessário. As três etapas (inspeção da cabeça, vísceras brancas e vermelhas) são realizadas simultaneamente. Depois de eviscerada a carcaça é cerrada, iniciando pela região isquiopubiana, coluna vertebral e esterno, nos bovinos posteriormente é retirado a medula espinhal (MER), contusões, reações vacinais e possíveis contaminações, retirada dos linfonodos inguinais, retromamários, pré-escapular, pré-crural, ilíaco e isquiático posteriormente faz-se a marcação da carcaça com carimbo referente ao número correspondente à sequência do abate, sexo e o carimbo da CISPOA com o número do estabelecimento, posteriormente é pesada, lavada e então é colocada na câmara fria respeitando o espaçamento entre carcaças, onde a temperatura deve ficar entre 0 a 4 C, por 24 às 48h, para que haja o Rigor Mortis corretamente (BRASIL, 2017). 2.3 Resultados e Discussão Analisado dados do Sistema de Defesa Animal (SDA) verificou-se que durante a inspeção post morten supervisionadas por fiscal do CISPOA, foram encontrados lesões zoonóticas características de Fascíola hepática, Tuberculose, Cisticercose e Hidatidose (Tabela 1). A maior prevalência, segundo os registros do frigorífico, é a Fasciolose com 126 leões encontradas, seguida da Tuberculose com 10 lesões, Cisticercose com 13 lesões e Hidatidose com 09 lesões (SDA, 2018). ANIMAL TOTAL PATOLOGIAS SADIOS FASCÍOLA TUBERCULOSE CISTICERCOSE HIDATIDOSE Bovinos Suínos Tabela 1: Lesões encontradas segundo os registros do frigorífico. Fonte: Giaretton, C Getúlio Vargas/RS Tuberculose Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 11

12 Na tuberculose as lesões são granulomatosas em diversos órgãos, com abscessos de conteúdo purulento e caseificado (Figura 3), além de lesões pulmonares características, como também, lesões nos rins, coração, fígado, linfonodos, tubérculos múltiplos sobre a superfície pleural e peritoneal e lesões disseminadas de caráter miliar. Desta forma caracterizam-se como lesões de tuberculose: necrose de caseificação no centro da lesão ou ainda calcificação nos casos mais avançados (SANTOS et al., 2010).. Figura 3: Lesão caseosa de tuberculose em linfonodos mesentéricos. Fonte: Teles, F Getúlio Vargas/RS. Segundo Brasil, 2017 lesões discreta, calcificada e localizada, deve-se condenar o órgão e libera a carcaça; por exemplo, se ocorrer uma lesão calcificada pequena em um linfonodo ou em uma víscera (pulmão). Órgãos, carcaça ou cabeça com lesões caseosas discretas, localizadas, ou encapsuladas e limitadas a linfonodos do mesmo órgão ou com lesões concomitantes em linfonodos e em órgãos pertencentes à mesma cavidade o destino pode ser tratamento por calor, feito sempre remoção e condenação das partes atingidas. Porém em casos com alterações tuberculosas nos músculos, ossos, articulações ou linfonodos que drenam essas partes a condenação de ser total da carcaça. No abatedouro acompanhada em casos de lesões discretas e localizadas condena-se apenas a parte afetada e libera-se a carcaça, nas demais situações a carcaça é condenada totalmente Cisticercose O cisticerco maduro, no bovino, é branco acinzentado, com cerca de 1 cm de diâmetro e cheio de líquido, no qual o escólex em geral é nitidamente visível, também não possui nem rostelo nem ganchos. Pode ser encontrado em qualquer parte da musculatura estriada. Os cisticercos podem se extinguir em todas as fases de desenvolvimento, podendo se calcificar Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 12

13 serem absorvidos e substituídos por tecidos de granulação, 14 dias após a morte do animal, os cisticercos vivos se extinguem da musculatura (ROSSI, 2014; NAVARRO, 2012). As carcaças são condenadas em casos de infestações intensas pelo Cysticercus bovis ou quando a carne encontra-se aquosa ou descorada. Entende-se por infestação intensa a comprovação de um ou mais cistos em incisões praticadas em várias partes de musculatura e numa área correspondente a aproximadamente à palma da mão (BRASIL, 2017). A rejeição parcial ocorre nos seguintes casos; quando se verifica infestação discreta ou moderada, após cuidadoso exame sobre o coração (Figura 4), músculos da mastigação, língua, diafragma e seus pilares, e sobre músculos facilmente acessíveis. Nestes casos devem ser removidas e condenadas todas as partes com cistos. As carcaças são desossadas e a carne tratada por salmoura, pelo prazo mínimo de 21 dias em condições que permitam, a qualquer momento, sua identificação e reconhecimento. Esse período pode ser reduzido para 10 dias, desde que a temperatura nas câmaras frigoríficas seja mantida sem oscilação e no máximo a 1º C (TESSELE et al., 2013). Figura 4: Lesão cisticercose, com presença de cisticerco no musculo do coração. Fonte: Teles, F Getúlio Vargas/RS. Podem ser aproveitadas para consumo as carcaças que apresentem um único cisto já calcificado, após remoção e condenação dessa parte. As vísceras, com exceção dos pulmões, coração e porção carnosa do esôfago e a gordura das carcaças destinadas ao consumo ou à refrigeração, não sofrerão qualquer restrição, desde que consideradas isentas de infestação. Os intestinos podem ser aproveitados para envoltório (BRASIL, 2017). Nestes casos em que há ocorrência de cistos vivos as carcaças são destinadas a graxearia, devido o estabelecimento não dispor de tratamento especifico, como salmoura ou câmeras fria para tratamento térmico. Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 13

14 2.3.3 Fasciolose As lesões encontradas se desenvolveram no fígado dos bovinos e suínos os quais apresentavam ductos biliares dilatados, com fibrose de parede e presença ao corte da Fascíola hepática adulta íntegra. Em um dos fígados, o parasita na luz do ducto, apresentava se degenerado (Figura 5) e o conteúdo parcialmente calcificado com calcificação da parede, corroborando com o descrito por Tessele et al., Figura 5: Lesão com presença de fascíola nos ductos hepáticos. Fonte: Teles, F Getúlio Vargas/RS. Com relação ao destino das carcaças dos animais acometidos por Fascíola hepática segundo BRASIL, 2017 as carcaças e os órgãos de animais parasitados devem ser condenados quando houver caquexia ou icterícia. Quando a lesão for circunscrita ou limitada ao fígado, sem repercussão no estado geral da carcaça, este órgão deve ser condenado e a carcaça poderá ser liberada. Nos casos observados durante o período de estudo encontrou-se apenas lesões localizadas em órgãos sem repercussão na carcaça, levando a condenação total do órgão ou parcial Hidatidose As lesões de hidatidose se localizam em vários órgãos, mas principalmente no pulmão e coração. Os cistos podem ser numerosos em um mesmo órgão e variam de tamanho, são frequentes múltiplos e uniloculares. Cisto cheio de hidatina, envolto por 02 membranas. A hidatidina está cheia de vesículas prolíferas e de milhares de escólex (cabeças), chamada areia hidática. Com o passar do tempo o cisto hidático degenera e se torna inviável nesse fato observa se uma massa mineralizada e caseosa (TESSELE, et al., 2013). Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 14

15 Em casos de uma única lesão no coração (Figura 6) ou lesões discretas e localizadas as partes atingidas são concondenadas e a carcaça e demais órgãos liberados. No caso de lesão no fígado este pode ter aproveitamento condicional se uma ou outra lesão calcificada e circunscrita, após remoção da mesma, em caso de lesões generalizadas condenação total (BRASIL, 2017). Nos nove casos de hidatidose encontrados durante o período acompanhado no abatedouro as condenações foram apenas parciais ou totais de órgãos sem repercussão de carcaças. Figura 6: Cisto hidático localizado na musculatura do coração. Fonte: Teles, F Getúlio Vargas/RS. 3 CONCLUSÃO Com a análise dos dados, pode-se perceber que o trabalho do Medico Veterinário na área de defesa sanitária animal e na área de inspeção de produtos de origem animal, é de grande importância para a prevenção das zoonoses, uma vez que estas são transmitidas por alimentos de origem animal. Assim como o trabalho em conjunto do Medico Veterinário com as instituições públicas e privadas como a SEAPPI, a Secretaria Estadual da Saúde (SES), as Secretarias municipais de Saúde, o Ministério da Agricultura, Pecuária, e Abastecimento (MAPA) e entidades ligadas ao agronegócio é fundamental, para garantir o bem estar e a saúde publica. O trabalho do Medico Veterinário em conjunto com os produtores rurais repassando conhecimentos básicos de cuidados e prevenção ao manejar os animais, é de grande valia, pois grande parte dos produtores não possuem muito conhecimentos a respeito das zoonoses, assim como é fundamental que o Veterinário repasse as informações de abate, e realize trabalhos de educação sanitária nas áreas e propriedades rurais de maior prevalência dessas Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 15

16 enfermidades, em especial aquelas com interesse em saúde pública e também, aquelas que acarretem prejuízos econômicos ao produtor rural. REFERÊNCIA ABRAHÃO, R.M.C.M., NOGUEIRA, P.A., MALUCELLI, M.I.C. Comércio clandestino de carne e leite no Brasil e o risco da transmissão da tuberculose bovina e de outras doenças ao homem: um problema de saúde pública. Archives of Veterinary Science v. 10, n. 2, p. 1-17, ALMEIDA, S., C., X.; MARTINS, R., L., M.; MORAES, M., A., P.; VIEGAS, C., A.; GRILO, M.; Hidatidose pulmonar policística mimetizando lesões metastáticas: relato de caso, ALVES. F. S. F., PINHEIRO. R. R., Potencial de transmissão de enfermidades pela carne, leite e derivados de caprinos e ovinos. Embrapa caprinos, 2017: BRASIL; Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA ) Disponível em : www. Extranet.agricultura. gov.br/ sislegis consulta/ servlet BRASIL. Hidatidose humana no Brasil : manual de procedimentos técnicos para o diagnóstico parasitológico e imunológico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde; Fundação Oswaldo Cruz. Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados. Serviço de Referência Nacional em Hidatidose Brasília. Disponível em BRASIL. Sistema de Defesa Agropecuário (SDA), CORRÊA, G. L. B., ADAMS, N. A., ANGNES, F. A., GRIGOLETTO, D. S. Prevalência de cisticercose em bovinos abatidos em Santo Antônio das missões, RS, brasil. Revista da FZVA. Uruguaiana, v. 4, n. 1, p FILHO, A. S & FONSECA, P.B.R. Breve história da inspeção sanitária animal no Brasil Disponível em: ntent&view=article&id=515:artigo-breve-historia-da-inspecao-sanitaria-animal-no-br asil&catid=36:artigos&itemid=62> NAVARRO, I., T., Complexo Teníase-Cisticercose; NEVES, D., P. Parasitologia humana. São Paulo: Atheneu; ed. MARTINHO, F., S.; JUNIOR, F., G., S.; JUNIOR, D., S., S.; SANTOS, M., F.; GOMES, W., M.; CASTILLO, L., A., C.; Diagnóstico de brucelose em bovinos no abatedouro municipal de imperatriz-ma, Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 16

17 MARTINS, I., V., F.; BERNARDO, C., C.; AVELAR, B., R.; ARAÚJO, I., B. B., A.; DONATELE, D., M.; NUNES, L., C.; Sensibilidade E Reprodutibilidade Da Técnica De Sedimentação Para O Diagnóstico De Fasciola Hepática; Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, vol. 17, núm. 1, Jaboticabal BR, MATTOS M J T de UENO H, GONÇALVES P C, ALMEIDA J E M de. Ocorrência estacional e bioecologia de Lymnaea columella Say, 1817 em habitat natural no Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Medicina Veterinária, MURAKAMI, P. S., FUVERKI, R. B. N., NAKATANI, S. M., FILHO, I. R. B., BIONDO, A. W. Tuberculose bovina: saúde animal e saúde pública. Arq. Ciênc. Vet. Zool. Unipar, Umuarama, v. 12, n. 1, p , jan./jun PRATA, L.F., FUKUDA, R.T. Fundamentos de higiene e inspeção de carnes. São Paulo, jabuticabal: funep, PESSEGUEIRO, P., BARATA, C., CORREIA, J.; Brucelose uma revisão sistematizada Brucellosis a systematic revision. Évora, Portugal, ROSSI, G. A. M.; GRISOLIO, A. P. R.; PRATA, L. F.; BURGER, K. P.; HOPPE, E. G. L.; Situação da cisticercose bovina no Brasil. Semina-ciencias agrarias. Londrina: Univ. Estadual Londrina, v. 35, n. 2, p , RUFFINO, N., A. Controle da tuberculose no Brasil: dificuldades na implantação do programa. J. Pneumologia vol.26 no.4 São Paulo July/Aug SANTOS, H., P.; TEIXEIRA, W., C.; OLIVEIRA, M., M., M.; PEREIRA, H., M.; OLIVEIRA, R., A.; NEGREIROS, R., C.; SOARES, P., M.; SANTANA, S., S.; CASTRO, R., S.; Brucelose Bovina E Humana Diagnosticada Em Matadouro Municipal De São Luís - Ma, Brasil, SANTOS, D.V. Analise das principais lesões encontrados nos abatedouros registrados no CISPOA. Informativo técnico, SILVA, E. R.V et al., Fasciolose hepática. Revista Científica de Medicina Veterinária, SOUZA S.P.; KLEM, M.C.A.; COSTA, K.P.; SILVA, L.F.; Principais causas de condenação de fígado bovino em estabelecimento sob Serviço de Inspeção Federal na Zona da Mata mineira ;Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., TESSELE, B.; BRUM, J. S.; BARROS C. S.L.; Lesões parasitárias encontradas em bovinos abatidos para consumo humano ;Pesq. Vet. Bras., julho Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático Getúlio Vargas RS Brasil 17

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