Embalagens logísticas: proteção do produto na movimentação e armazenagem

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1 Embalagens logísticas: proteção do produto na movimentação e armazenagem Washington Spejorim As embalagens podem ser definidas de diferentes formas, variando de acordo com o profissional que fizer essa determinação. Embora uma embalagem sempre precise preencher os requisitos de proteção, contenção, comunicação e utilidade, ela pode ser idealizada sob diferentes perspectivas. Um profissional de marketing dará um enfoque diferente de um profissional de logística, pois para ele o foco principal da embalagem é a apresentação do produto ao público e, na logística, o foco principal da embalagem é a proteção do produto ao longo de todo o processo da cadeia de suprimentos. Esta aula tem por objetivo apresentar embalagens destinadas à proteção dos produtos durante os processos de movimentação e armazenagem, suas funções e importância para a cadeia de suprimentos. Classificação das embalagens As embalagens compõem um dos elementos mais importantes dentro da cadeia de suprimentos, pois estão presentes durante todo o fluxo percorrido pelos materiais, desde os fornecedores até o cliente final. Elas são responsáveis pelo envolvimento, contenção e proteção dos produtos durante as atividades de movimentação, transporte e armazenagem, tarefas típicas da área de logística. Deve-se entendê-las como uma função técnico-econômica, pois elas devem prover a proteção e, ao mesmo tempo, possuir o menor custo possível. Para isso, cabe ao profissional responsável por sua concepção o conhecimento de resistência dos materiais, processos logísticos e técnicas de fabricação. Para o profissional de marketing, é também necessário o conhecimento de cores, formas, mercado, enfim, de tudo o que está ligado à função de venda do produto ao cliente final. O que se percebe facilmente é

2 que o projeto de uma embalagem é complexo e depende da interação de profissionais e áreas distintas. Ao estudar embalagens, o profissional de logística precisa ter um conhecimento sistêmico do processo. Isso significa que além das embalagens, é necessário saber quais equipamentos de movimentação estarão presentes durante todas as operações como as linhas de produção que serão atendidas, o transporte a ser utilizado, enfim, é imprescindível um mapeamento completo do processo, entradas, saídas e recursos envolvidos. Uma embalagem pode ser classificada de diferentes maneiras. Em relação à função, elas podem ser primárias, secundárias ou terciárias. Embalagens primárias são aquelas que contém o produto, que estão em contato direto com ele. Embalagens secundárias servem para proteger e acondicionar as primárias. Já as embalagens terciárias servem para facilitar os processos de movimentação e armazenagem de produtos. Por exemplo, no caso de movimentação e armazenagem de uma tinta: embalagem primária galão de tinta. embalagem secundária embalagem de papelão com quatro galões de tinta. embalagem terciária palete com 10 caixas de tinta. Tal distinção é importante porque há um desenho de processos por trás de informações como essas. No caso de um almoxarifado de materiais perigosos e produtos inflamáveis, onde essa tinta seria armazenada, é necessário prever um espaço para o recebimento e a inspeção desses paletes contendo as caixas de tinta. Em seguida, há necessidade de fracioná-los e armazenar as caixas de papelão (embalagens secundárias). Já a eventual transferência para o cliente final, que no caso de uma indústria pode ser uma cabine de pintura, se faz com os galões. Dessa forma, o projetista deve conceber a estrutura de armazenagem baseando-se nas dimensões das embalagens secundárias, assim como deve planejar todo o abastecimento da produção com embalagens primárias. Outras maneiras de classificar uma embalagem podem ser visualizadas na tabela 1. Para o profissional de logística, o entendimento desse conjunto 230

3 de critérios possibilita uma definição mais correta de processos de armazenagem e transporte, descarte, reciclagem, retorno ao fornecedor etc. Tabela 1 Classificação de Embalagens Critério Funções Finalidade Movimentação Utilidade Primária, secundária e terciária. Classificação De consumo, expositora, de distribuição física, de transporte e exportação, industrial ou de movimentação, de armazenagem. Movimentação manual ou mecânica. Retornáveis e não retornáveis. Washington Spejorim. Objetivos de uma embalagem O projeto de uma embalagem para um determinado produto deve sempre alcançar as seguintes funções, independente da finalidade: contenção; proteção; comunicação; utilidade. Contenção Diz respeito à propriedade de uma embalagem em conter o produto. A contenção deve também refletir o tipo de material a ser embalado. Para itens que representem algum risco, é essa propriedade que garantirá a devida segurança às pessoas que tiverem a necessidade de manipulá-lo. Por exemplo, num almoxarifado de produtos químicos, as embalagens devem evitar possíveis vazamentos ou transbordamentos. É o caso de óleos, solventes, combustíveis, entre outros. Não somente a segurança é importante como também questões ambientais estão relacionadas a essa função das embalagens. Caso seja constata- 231

4 do algum tipo de vazamento de produto e isso venha a acarretar prejuízos ao meio ambiente, as empresas sofrerão punições, seja uma multa ou até mesmo a perda de alguma certificação. Por exemplo, a armazenagem de óleo diesel, a empresa que possua esse item em seu estoque deve garantir que as embalagens cumpram a função de contenção e, de maneira complementar, deve ainda possuir uma estrutura como uma bacia de contenção, item que permite o esgotamento do material no caso de vazamento. Na ilustração a seguir, tem-se o exemplo de embalagens do tipo bombonas, as quais são facilmente encontradas em armazéns de produtos perigosos e inflamáveis. Divulgação Continental Embalagens Ltda. Figura 1 Bombonas para contenção de produtos líquidos. Proteção A função de proteção de uma embalagem está diretamente ligada à logística. Uma embalagem deve ser capaz de proteger um produto durante todas as atividades desenvolvidas ao longo da cadeia de suprimentos, isto é, transporte, movimentação, armazenagem. São ações de vibrações, proteção contra ações climáticas como variações de temperatura e umidade, empilhamento, choques. 232

5 Em empresas que trabalham com produtos e matérias-primas de maior valor, percebe-se que o investimento no quesito proteção é alto. É o caso da indústria aeronáutica, onde é fácil encontrar embalagens complexas. Como o número de fabricantes e de fornecedores desse setor é relativamente baixo, operações que envolvam o comércio internacional são frequentes, associando-se ao fato de que muitas vezes são transportadas peças frágeis, de altíssimo valor e de grandes dimensões. Na figura mostrada a seguir, é possível verificar o uso de espumas que se moldam ao produto, conferindo-lhe proteção nas fases de transporte, armazenagem e manuseio. Divulgação Sealed Air. Figura 2 Exemplo de proteção ao produto. Comunicação Diz respeito às informações que uma embalagem deve passar. No caso da logística, exemplos de informações que podem ser encontradas são as seguintes: listagem do conteúdo existente na embalagem; indicação dos pontos de içamento ou marcação de entrada do garfo da empilhadeira; 233

6 indicação do empilhamento máximo; 1 Tratamento fitossanitário refere-se à eliminação da presença de insetos ou outros agentes nocivos. Existem métodos baseados no uso de produtos químicos ou tratamento térmico. no caso de embalagens de madeira bruta, o tipo de tratamento fitossanitário 1 sofrido pela embalagem; centro de gravidade da embalagem, para a correta movimentação de produtos por empilhadeiras ou outros equipamentos similares. (SETON, 2009) Figura 3 Exemplos de ilustrações para o auxílio na manipulação de embalagens. Utilidade Essa função pode ser entendida de duas maneiras. Para usuários finais, é a capacidade de a embalagem servir de alguma maneira, seja um bico dosador ou uma maneira de fechar o conteúdo após o uso. Na logística, a utilidade pode ser interpretada como a facilidade apresentada durante sua manipulação. Por exemplo, uma caixa de madeira que possua um encaixe, o qual possibilita uma fácil manipulação com auxílio de carrinho ou empilhadeira. 234

7 Divulgação Bellaforma. Figura 4 Exemplo de caixa de madeira com encaixe para garfo de empilhadeira. Características das embalagens Dentro dos processos desenvolvidos ao longo da cadeia de suprimentos, as embalagens devem apresentar determinadas características, a fim de satisfazer seus usuários. Dessa forma, pode-se citar como necessário para as embalagens logísticas: custo adequado ao produto e compatível com a operação. Lembrem- -se, itens de alto valor agregado merecem embalagens com projetos mais sofisticados, justamente para evitar danos que levariam a prejuízos maiores. resistência mecânica compatível com as operações realizadas ao longo da cadeia de suprimentos. Por exemplo, motores de aviões possuem recomendações bem claras sobre como evitar o excesso de vibrações ao longo do transporte e armazenagem. acomodação do produto. Nesse quesito é possível encontrar determinados materiais de preenchimento que funcionam a partir de reações químicas. Por exemplo, algumas espumas que se formam a partir de uma forma líquida; essas espumas contornam o produto, adaptando- -se perfeitamente a eles. 235

8 facilidade de identificação do conteúdo. para o caso de embalagens retornáveis, sua estocagem e manipulação, quando vazias, deve ser algo fácil para o usuário. É o caso de berços metálicos, os quais devem apresentar capacidade de empilhamento ou desmontagem. facilidade de manuseio, tanto no processo manual quanto no mecânico. facilidade de unitização, ou seja, devem ser facilmente agrupadas de forma a constituir uma unidade de movimentação. capacidade de ser adaptarem à operação de abastecimento de linhas de produção, o que significa dizer que devem possuir dimensões, peso e características geométricas próprias para essa finalidade. Esse tópico é importante, pois cada vez mais as indústrias procuram reduzir ciclos e estoques. Conceber embalagens que contribuam nesse sentido pode fazer com que as empresas atinjam certas vantagens competitivas, seja no abastecimento kanban ou em técnicas de abastecimento JIT (Just in time). Projeto de embalagens As empresas vivem, atualmente, uma era de competição entre cadeias de suprimentos. Isso significa que não basta uma companhia ser excelente em todos os seus processos, é necessário que seus parceiros também o sejam. Nesse contexto, percebe-se que as embalagens assumem um importante papel para a obtenção de objetivos de redução de custos e melhoria da produtividade nas linhas de produção. Em função da grande oferta de materiais e técnicas para a confecção de embalagens, a arbitrariedade deve ser evitada. Ao se conceber uma embalagem, é necessário que o projetista busque sempre alternativas que possibilitem: redução do custo unitário do produto; preservação das características dos itens embalados; fácil movimentação e armazenagem; 236

9 atendimento a normas e regulamentações internacionais, seja na questão de tratamento fitossanitário de madeiras brutas, seja pela adequação à segurança para produtos perigosos, inflamáveis ou explosivos; padronização, a fim de aperfeiçoar o processo de movimentação e armazenagem de materiais. Por exemplo, estruturas de armazenagem do tipo porta-paletes são possíveis a partir do momento em que haja um volume considerável de embalagens padrão. Se cada palete fosse diferente, dificilmente seria viável a aplicação de tal solução. Outra razão importante para padronizar embalagens diz respeito ao equipamento de movimentação a ser utilizado. Normalmente são utilizadas empilhadeiras, as quais representam valores consideráveis de investimento. Se as embalagens são similares, isso significa que um mesmo tipo de equipamento estará apto a realizar as atividades de movimentação e armazenagem de materiais. Um terceiro ponto a ser citado refere-se à questão de métodos de trabalho, os quais também podem ser simplificados. No caso de embalagens logísticas, é interessante lembrar que elas não agregam valor ao produto final. Dessa forma, criatividade e bom-senso são imprescindíveis, pois a lista de critérios a serem atendidos é grande, ao mesmo tempo que gastar com embalagens é visto como uma despesa para a empresa. O desenvolvimento de uma embalagem engloba vários enfoques, entre os quais podem ser citados: conhecimento do produto a ser embalado; conhecimento da cadeia de suprimentos e dos recursos envolvidos no processo; pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias; facilidade para embalar/desembalar; preocupação com questões ambientais (resíduos, reciclagem, necessidade de fumigação para embalagens de madeira); resistência dos materiais; facilidade de aquisição de matéria-prima; aspectos ergonômicos. 237

10 É evidente que a embalagem deve atender ao contexto de onde ela será empregada, ou seja, uma embalagem para um produto perigoso terá maior ponderação para o critério de proteção e segurança do que uma embalagem destinada para a contenção de peças simples. As etapas de desenvolvimento de uma embalagem incluem o levantamento de dados e informações sobre a necessidade, conhecimento das características do produto (forma, dimensões e peso), o tipo de material a ser embalado, se é líquido, pó ou outro, quais os riscos de danos associados à sua manipulação, resistência à compressão, ao impacto, sua fragilidade e resistência à vibração. Outro ponto muito importante é o conhecimento da periculosidade associada ao produto. De acordo com o IMO (International Maritime Organization), os produtos perigosos podem ser classificados em categorias diferentes: Tabela 2 Classificação de Substâncias Perigosas Material Divisão de perigo Explosivos 1 Gases 2 Líquidos inflamáveis 3 Washington Spejorim. Sólidos inflamáveis 4 Agentes oxidantes 5 Substâncias venenosas 6 Substâncias radioativas 7 Substâncias corrosivas 8 Outras substâncias perigosas 9 Para cada uma dessas divisões existem diferentes recomendações e requisitos de segurança para o manuseio, armazenagem, transporte e, evidentemente, as embalagens. É necessário ao projetista o conhecimento de propriedades físicas, tais como ponto de fulgor, possíveis danos ao organismo, indicação de tratamento para o caso de contaminação e o tipo de explosão provocada. 238

11 Materiais empregados na confecção de embalagens A escolha do material se baseará em propriedades físicas, custos, disponibilidade e facilidade de uso. O que muitas empresas fazem é a combinação deles, a fim de obter uma embalagem com qualidades superiores a embalagens compostas de somente uma matéria-prima. A escolha do material que fará parte da composição da embalagem se dará em função do tipo de produto a ser embalado, sua finalidade, tipo de transporte, estrutura de armazenagem, entre outros fatores. Basicamente, são usados como materiais para a confecção de embalagens: madeira, papel, papelão, plástico, vidro e metal. Na tabela a seguir, tem-se um resumo das principais características de cada um desses materiais. Tabela 3 Matérias-Primas para Confecção de Embalagens Vidros Metais Material Características Material 100% reciclável, o vidro é um dos mais antigos materiais usados como embalagem. Pode servir como embalagem primária de líquidos, medicamentos, alimentos, produtos químicos. Também recicláveis, possuem maior resistência a esforços mecânicos. São exemplos de embalagens metálicas tambores de aço, embalagens de alumínio. Washington Spejorin. Madeiras Papéis/papelão Plásticos Muito utilizadas para o transporte de matérias-primas. São mais facilmente trabalháveis que outros materiais, facilitando o processo de confecção de embalagens em indústrias com produtos diversos. Matérias-primas biodegradáveis e recicláveis. Nesse grupo estão as embalagens de papelão liso, ondulado, papéis de embrulho. Facilmente adaptáveis a quase todos os tipos de produtos, precisam ser combinados com outros materiais para terem sua resistência à umidade aumentada. Facilmente moldados para diversos tipos de produtos. No Brasil, compõem o grupo com maior representatividade no mercado. Fazem parte desse grupo materiais como polipropileno (PP), poliestireno (PS), policloreto de vinila (PVC), polietileno tereftalado (PET), polietileno de alta densidade (PEAD). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2006), a indústria da embalagem no Brasil representou, em 2006, um mercado de aproximadamente R$30 bilhões, com predominância para embalagens de plástico e papelão, conforme pode ser verificado no gráfico a seguir: 239

12 Embalagens de papel Embalagens de vidro 6% 8% Embalagens de madeira 3% (IBGE, 2006) 17% 40% Embalagens de material plástico Embalagens metálicas 26% Embalagens de papelão Figura 5 Receita líquida de vendas em 2006: % por material empregado. Empresas com 30 empregados ou mais. Ainda em relação à escolha do material, convém lembrar que para cada tipo está associada uma determinada resistência durante sua armazenagem. Por exemplo, o papelão ondulado perde cerca de metade de sua resistência ao empilhamento após um ano sob aplicação de cargas. Mais uma vez, fica evidente que é preciso mapear todo o processo logístico ao qual a embalagem será inserida antes de escolher o material a ser utilizado. Unitização Unitização é o termo utilizado para o processo que reúne diversas embalagens ou produtos em uma única unidade física. Basicamente, isso é feito para facilitar o processo de movimentação de materiais, bem como seu manuseio. Cargas unitizadas promovem o aumento da produtividade nas atividades de carga e descarga de caminhões, viabilizam o uso de empilhadeiras etc. Um exemplo extremamente simples, mas que pode ilustrar bem a situação é o descarregamento de uma carga de tijolos. Se os tijolos não estiverem agrupados, essa atividade pode levar até horas, enquanto o mesmo processo pode ser concluído em minutos com o uso de empilhadeira e carga paletizada e unitizada. Outra vantagem é o fato de que uma carga unitizada, justamente por estar padronizada, é muito mais fácil de controlar. 240

13 Resumidamente, a unitização promove: ganho de produtividade em tarefas de movimentação; aumento da eficiência no processo de controle e verificação de mercadorias; padronização de equipamentos de movimentação de materiais; padronização de estruturas de armazenagem. Outros ganhos advindos do uso de técnicas de unitização são almoxarifados melhor organizados, maior facilidade no controle de umidade para o caso de armazéns frigoríficos, diminuição de danos causados às embalagens, redução de furtos de embalagens, melhor condição para a realização de inventários. Divulgação Phithil. Divulgação Phithil. Divulgação Phithil. Figura 6 Exemplo de materiais usados para unitização de embalagens. Filme plástico, fita metálica, arqueador. Embalagens na logística Ao projetar embalagens, muitas vezes os departamentos de marketing ou de engenharia acabam tendo suas necessidades prevalecendo sobre as demais. Nesse momento, é importante que a logística também se manifeste e interaja no processo, pois é justamente ela a responsável por todo o fluxo do material até o momento da entrega ao cliente final. Durante as operações logísticas, as embalagens estão sujeitas a danos provocados por ações mecânicas (choques, perfurações, vibrações, compressão) e ações ambientais (umidade, chuva, corrosão, radiação solar). Considerando esses e outros aspectos como a questão financeira, as empresas 241

14 têm procurado projetar suas embalagens de maneira a integrar todo o conjunto, e dessa forma reduzir custos operacionais com a racionalização do uso de meios de transporte e armazenagem. É importante lembrar que as embalagens acompanharão o produto durante as atividades que fazem parte da cadeia de suprimentos, conforme pode ser verificado na figura a seguir. Portanto, é fácil perceber que elas precisam estar adequadas a todo o processo, oferecendo segurança e proteção ao produto, bem como facilidade operacional a todos que tiverem algum contato com elas. Embalagem do produto Paletização/ unitização Armazenagem Separação Transporte (Moura; Banzato, Adaptado.) Recebimento Armazenagem Picking Consumo Figura 7 Fluxo genérico de atividades logísticas. Ao pensar em embalagens e logística, o raciocínio não pode se limitar a operações restritas aos almoxarifados. Cada vez mais as empresas têm procurado a manutenção de operações consideradas enxutas, isto é, sem excessos de estoque e com linhas de produção abastecidas com quantidades adequadas de material. Contribuem, nesse sentido, técnicas de abastecimento do tipo kanban e JIT, as quais dependem em muito de embalagens próprias para essas finalidades. No sistema JIT, a técnica consiste em puxar a produção em pequenos lotes. Dessa forma, a concepção da embalagem deve considerar o emprego de unidades facilmente manuseáveis, o que inclui embalagens com pesos inferiores a 20kg, por exemplo. Como no sistema JIT há o requisito de produzir em pequenos lotes, a tendência se faz pela escolha de embalagens pequenas, leves e reutilizáveis, até mesmo pela questão de procurar constantemente a redução de custos. Já no kanban, as embalagens ou contenedores servem como um alerta para a necessidade de ressuprimento. O processo é desenhado de tal forma 242

15 a permitir um controle visual sobre as necessidades da linha de produção. Dessa forma, as embalagens são parte de um sistema, o que implica que elas devem ser adequadas a ele. Por exemplo, uma determinada linha de montagem optou pelo uso de caixas plásticas para o reabastecimento. Nesse caso, essas caixas e as estantes precisam ser padronizadas. Também é necessário pensar o método de abastecimento, como o material chegará até essas estantes, o que envolve a saída do material de uma área de armazenagem e toda sua movimentação até a linha de produção. Nos dois sistemas, as embalagens servem como comunicação para a necessidade de novo abastecimento. Dessa maneira, o resultado obtido pelas empresas que se utilizam dessas técnicas não é eliminação de estoque, mas sim sua redução para níveis mínimos. Para ambos, o projeto das embalagens envolve a necessidade de conhecimento do processo produtivo e do cálculo de quais seriam as quantidades de material necessárias para a correta alimentação da linha, além de procurar suprir a capacidade de atendimento da área de logística. O quesito embalagem é tão importante no contexto da cadeia de suprimentos que algumas empresas chegam a elaborar um caderno de especificações sobre como elas deveriam ser. Tal documento serve de base aos fornecedores sobre a maneira como os produtos devem ser entregues. Normalmente, as informações que podem ser consultadas em tal documento são: Relação de normas internacionais a serem respeitadas. Normalmente, mercadorias que sofrem processos de exportação/importação devem respeitar as normas estipuladas pela IATA (International Air Transport Association) e pela IMO (International Maritime Organization). Nelas é possível encontrar classificações sobre o grau de periculosidade, restrições quanto a dimensões, material, identificação, entre outros aspectos, das embalagens para esse transporte. Recomendações sobre a identificação das embalagens, posição e conteúdo das etiquetas, padronização de códigos de barra, lista de documentos que devem acompanhá-las, marcação de pontos de içamento ou pontos para elevação com empilhadeiras. Recomendações sobre as dimensões das embalagens. Restrições de transporte às quais elas estarão sujeitas no país de destino. 243

16 Recomendações sobre o travamento e abertura de caixas, necessidade de eventuais janelas de inspeção. Método de travamento dos produtos dentro das embalagens. Recomendações sobre elementos de preenchimento aceitos (uso de espumas, plásticos bolha, entre outros). Recomendações sobre o uso de paletes e contenedores. Recomendações sobre a exposição a agentes naturais (calor, umidade etc). Quais os critérios para a aceitação de produtos. Recomendação para o caso de proteções eletrostáticas, eletromagnéticas, magnéticas. Recomendações sobre a eventual necessidade de instalação de dispositivos especiais nas embalagens como registradores de temperatura. Enfim, como as embalagens logísticas podem ser muito variadas, seja pela aplicação de diversos materiais ou pelas dimensões, é necessário que as empresas esclareçam a seus fornecedores com objetividade e clareza como devem ser essas embalagens. Entenda-se nesse contexto tanto as embalagens destinadas às operações entre almoxarifados, quanto as que se destinam ao abastecimento direto de linhas de produção e montagem. Comentários finais O objetivo de qualquer cadeia de suprimentos é o de gerar competitividade aos seus integrantes e, assim, obter vantagens sobre seus concorrentes. Nesse aspecto, as embalagens podem representar um impacto significativo sobre toda a operação e, consequentemente, sobre o sucesso pela busca de tal meta. O projeto de uma embalagem deve ser entendido como um processo complexo que deve atender as necessidades de diversos departamentos. Além de representar o contato com o cliente final, uma embalagem pode significar maior precisão nos sistemas de identificação durante operações logísticas, melhor eficiência para processos de separação de materiais e atendimento a pedidos, manuseio, transporte e qualidade. 244

17 Para uma companhia atingir melhores níveis, é necessário que ela invista tempo e recursos financeiros no projeto de embalagens, bem como interagir com parceiros e fornecedores, para que eles compreendam a importância da integração entre todos os envolvidos, pois dessa forma conseguirão agilizar processos, melhorar seus desempenhos operacionais e financeiros, além de serem melhor avaliados pelos clientes finais. Ampliando seus conhecimentos Case Otimização da paletização dos displays de chocolates com foco no supply chain em uma indústria de alimentos (VIEIRA, 2008) Após análise de suas operações de logística de distribuição, a empresa percebeu que a caixa de transporte dos displays de chocolate apresentava muitas avarias e consequentes retornos dos produtos vindos dos clientes atacadistas/varejistas para a fábrica e, dessa forma, gerando reprocesso e perda de material de embalagem. A caixa de embarque tinha como dimensionais externos 444 x 330 x 328mm, onda BC e resistência colunar de 7,5kgf/cm. Utilizando a fórmula de McKee, notou-se que a caixa estava superdimensionada (o necessário seria 5,2kgf/cm, considerando perdas por fadiga e umidade), e mesmo assim ocorriam rompimentos e amassamentos. A paletização tinha como empilhamento oito caixas por camada e cinco camadas por palete. Os fatores de restrição são 1 200kg de peso bruto total e 2 100mm de altura máxima com palete. Outros pontos restritivos importantes são a altura máxima da penúltima camada, que não deve passar de 1 846mm por ergonomia operacional e, pelo lado mercadológico, não poderia haver mudanças na quantidade de produtos por caixa. Calculando os dimensionais da caixa no palete, pode-se perceber que havia overhang. Esse overhang (transposição da caixa no palete) fazia com que a 245

18 caixa sofresse uma redução de coluna para 4,42kgf/cm, considerando a perda mínima de 32% de resistência. Outro ponto importante analisado foi o fato do empilhamento das caixas ser totalmente cruzado, e isso reduz ainda mais esse valor encontrado. Análise do problema Foi realizado um brainstorming, em que várias sugestões foram avaliadas, sendo a mais viável a substituição da onda BC por somente onda C. Normalmente as empresas adotam a onda BC com espessura de 7mm, e a onda C com espessura de 4mm. Com essa alteração, foram ganhos 6mm de redução das medidas externas na largura e no comprimento da caixa, e de 12mm na altura (considerando as duas abas inferiores e as duas superiores). Assim, foi realizada uma aplicação de engenharia simultânea com o fornecedor da caixa para se obter um ganho de coluna, fazendo modificações nas fibras da estrutura da caixa (miolo e capas). Resultado Com a redução dos dimensionais externos e a melhoria nas fibras, chegou- -se a uma solução de caixa com a seguinte especificação: 438 x 324 x 316mm, onda C e coluna de 8,5kgf/cm. Esse aumento de 1kgf/cm foi necessário por dois motivos: primeiramente por ter somente uma onda na estrutura corrugada. Em seguida, pelo fato de ter uma redução na altura das caixas, foi possível colocar uma camada a mais de caixas no palete, que não apresentou problema em ultrapassar o limite máximo de 2 100mm. Outro ponto melhorado foi a colocação das duas primeiras camadas de forma colunar e as demais cruzadas, para diminuir a fadiga nas caixas-base que são mais exigidas a manter a estabilidade durante o transporte. Ganhos no projeto Diminuiu consideravelmente o número de reclamações de clientes e as devoluções de produtos avariados, não existindo mais retrabalho com alocação de mão de obra e perda de materiais de embalagem. Mesmo tendo um ganho de coluna na caixa (7,5kgf/cm para 8,5kgf/cm), o valor unitário do custo da caixa teve uma redução de 22% por ter agora somente uma onda (redução de um miolo e uma capa). 246

19 A ocupação cúbica do palete passou de 81,9% para 93,8%, produzindo um ganho de 12,68% com relação à situação anterior. Ganho de 20% no volume transportado e armazenado em relação à situação anterior (passando de 40 caixas/palete para 48 caixas/palete na atualidade). Atividades de aplicação 1. Considere as quatro funções de uma embalagem: contenção, proteção, comunicação e utilidade. Para embalagens logísticas, qual dessas funções deve prevalecer em relação às demais? Justifique. a) Contenção. b) Proteção. c) Comunicação. d) Utilidade. 2. Como profissional da área de planejamento logístico de sua empresa, indique quais seriam os requisitos mínimos para a aceitação de mercadorias em seu almoxarifado. 3. Imagine que você é projetista de embalagens e tem a função de projetar uma embalagem primária de um determinado produto. Cite que vantagens sua embalagem deverá trazer para a empresa, para o produto e para os consumidores. 247

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