Desenvolvimento de Sistemas Distribuídos Aula 03 Sistema de Arquivos Distribuídos
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- Regina Furtado Meneses
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1 Desenvolvimento de Sistemas Distribuídos Aula 03 Sistema de Arquivos Distribuídos Prof. Gustavo Callou
2 Agenda Sistema de Arquivos Distribuídos Introdução Requisitos do sistema de arquivos distribuídos Arquitetura do serviço de arquivos Estudos de caso Sun NFS AFS, Coda, SMB Prof. Gustavo Callou 2
3 Introdução O compartilhamento de informações armazenadas talvez seja o aspecto mais importante dos recursos distribuídos. Os requisitos de compartilhamento dentro de redes locais e intranets levam à necessidade de um serviço que suporte o armazenamento persistente dos dados e programas. Descreveremos os sistemas de arquivos distribuídos básicos Sem replicação, garantias de largura de banda e temporização Prof. Gustavo Callou 3
4 Introdução Os sistemas de arquivos foram originalmente desenvolvidos como um recurso do sistema operacional. Depois, eles adquiriram características como controle de acesso e mecanismos de proteção de arquivos. Úteis para compartilhamento de dados e programas Um serviço de arquivos permite que os programas armazenem e acessem arquivos remotos exatamente como se fossem locais. Prof. Gustavo Callou 4
5 Sistemas de Armazenamento e suas Propriedades Sharing Persistence Distributed Consistency Example cache/replicas maintenance Main memory File system Distributed file system Web 1 1 RAM UNIX file system Sun NFS Web server Distributed shared memory Ivy (DSM, Ch. 18) Remote objects (RMI/ORB) 1 CORBA Persistent object store 1 CORBA Persistent Object Service Peer-to-peer storage system 2 OceanStore (Ch. 10) Types of consistency: 1: strict one-copy. 3: slightly weaker guarantees. 2: considerably weaker guarantees. Prof. Gustavo Callou 5
6 Requisitos do sistema de arquivos distribuído (1) Transparência deve suportar muitos dos requisitos de transparência dos sistemas distribuídos: Transparência de acesso Transparências de localização Transparência de mobilidade Transparência de desempenho Transparência de mudança de escala Prof. Gustavo Callou 6
7 Requisitos do sistema de arquivos distribuído (2) Atualizações concorrentes de arquivos As alterações feitas em um arquivo por um único cliente não devem interferir na operação de outros clientes que estejam acessando o mesmo arquivo Problema do controle da concorrência Serviços de arquivos atuais utilizam travamento (lock) em nível de arquivo ou em nível de registro. Prof. Gustavo Callou 7
8 Requisitos do sistema de arquivos distribuído (3) Replicação de arquivos um arquivo pode ser representado por várias cópias de seu conteúdo em diferentes locais. Melhora a escalabilidade do serviço Melhora a tolerância a falhas A maioria suporta caches locais que é uma forma limitada de replicação Prof. Gustavo Callou 8
9 Requisitos do sistema de arquivos distribuído (4) Heterogeneidade da plataforma As interfaces de serviço devem ser definidas de modo que o software cliente e servidor possa ser implementado para diferentes plataformas. Prof. Gustavo Callou 9
10 Requisitos do sistema de arquivos distribuído (5) Tolerância a falhas o serviço deve continuar diante das falhas de clientes e servidores Semânticas de invocação (no max 1 vez, ao menos 1 vez) Operações idempotentes (pedidos duplicados não resultam em atualizações inválidas) Servidores sem estado (stateless sem necessidade de recuperar estado anterior ao ocorrer uma falha/desligamento) Replicação de arquivos Prof. Gustavo Callou 10
11 Requisitos do sistema de arquivos distribuído (6) Consistência Os sistemas de arquivos convencionais oferecem semântica de atualização de cópia única (one-copy). Os processos concorrentes percebem apenas uma cópia do conteúdo do arquivo Atrasos inevitáveis na propagação de modificações Prof. Gustavo Callou 11
12 Requisitos do sistema de arquivos distribuído (7) Segurança praticamente todos os sistemas de arquivos fornecem mecanismos de controle de acesso baseados no uso de listas de controle de acesso. Em serviço de arquivos distribuídos, há necessidade de autenticar as requisições dos clientes Assinatura digital e criptografia Prof. Gustavo Callou 12
13 Requisitos do sistema de arquivos distribuído (8) Eficiência deve ser tão eficiente quanto um sistema de arquivo convencional Desempenho e confiabilidade Instalação e operação adequada Prof. Gustavo Callou 13
14 Arquitetura do serviço de arquivos distribuídos A estruturação do serviço de arquivo distribuído é feita em três componentes: Um serviço de arquivo plano Um serviço de diretório Um módulo cliente Os serviços exportam uma interface para uso dos programas clientes O módulo cliente fornece uma única interface de programação (operações semelhantes àquelas encontradas em sistemas de arquivos convencionais) Prof. Gustavo Callou 14
15 Arquitetura do serviço de arquivos distribuídos Client computer Server computer Application program Application program Directory service Flat file service Client module Prof. Gustavo Callou 15
16 Serviço de arquivos plano Se preocupa com a implementação de operações sobre o conteúdo dos arquivos. São usados idenficadores exclusivos de arquivo (UFIDs Unique File IDentifiers) para fazer referências a arquivos em todas as requisições de operações. As UFIDs são longas seqüências de bits gerada pelo serviço de arquivos plano e que é retornada para o solicitante do arquivo Prof. Gustavo Callou 16
17 Serviço de diretório Fornece um mapeamento entre nomes textuais de arquivos e seus UFIDs. Os clientes podem obter um UFID de um arquivo citando seu nome textual para o serviço de diretório O serviço de diretório fornece as funções necessárias para gerar diretórios, adicionar novos nomes de arquivos a eles e para obter suas UFIDs. Ele é um cliente do serviço de arquivos plano Prof. Gustavo Callou 17
18 Módulo cliente Integra e estende as operações do serviço de arquivos plano e do serviço de diretório sob uma interface de programação de aplicativo única. O módulo cliente também contém informações sobre locais de rede dos processos servidor de arquivos plano e servidor de diretório. Pode implementar uma cache de blocos de arquivo recentemente usados no cliente. Prof. Gustavo Callou 18
19 Operações do serviço de arquivos plano Read(FileId, i, n) -> Data - gera BadPosition Se 1 i Length(File): lê uma seqüência de até n elementos de um arquivo, começando no elemento i, e a retorna em data. Gera uma exceção se o valor i é inválido. Write(FileId, i, Data) -gera BadPosition Se 1 i Length(File)+1: grava uma seqüência de Data em um arquivo, começando no elemento i, ampliando o arquivo, se necessário. Gera uma exceção se o valor i é inválido. Prof. Gustavo Callou 19
20 Operações do serviço de arquivos plano Create() -> FileId Cria um novo arquivo de tamanho 0 e gera um UFID para ele. Delete(FileId) Remove o arquivo GetAttributes(FileId) -> Attr Retorna os atributos do arquivo SetAttributes(FileId, Attr) Configura os atributos do arquivo Prof. Gustavo Callou 20
21 Comparação com o UNIX (1) O serviço de arquivos plano não tem as operações open e close o acesso é através da UFID apropriada. As funções Read e Write incluem um parâmetro especificando um ponto de partida dentro do arquivo para cada transferência. No UNIX, cada operação read ou write começa na posição corrente do ponteiro de leitura e escrita. Operação seek para posicionamento explícito. Prof. Gustavo Callou 21
22 Comparação com o UNIX (2) A interface do serviço de arquivos distribuídos diferem da interface do sistema de arquivos UNIX por motivos de tolerância a falhas: Operações que podem ser repetidas operações idempotentes com semântica pelo menos uma vez. Servidores sem estado (stateless) um servidor sem estado pode ser reiniciado após uma falha e retomar a operação sem necessidade de restaurar qualquer estado. As operações de arquivo do UNIX não são idempotentes, nem consistentes, com o requisito de uma implementação sem estado. Prof. Gustavo Callou 22
23 Controle de acesso Nas implementações distribuídas, as verificações de direitos de acesso podem ser feitas de duas maneiras: É feita uma verificação de acesso quando um nome de arquivo é convertido em um UFID e os resultados são codificados na forma de uma capacidade, a qual é retornada para o cliente. Uma identidade de usuário é enviada com cada requisição de cliente e as verificações de acesso são realizadas pelo servidor para cada operação de arquivo. Os dois métodos permitem implementação de servidor sem estado e são usados em sistema de arquivos distribuídos atuais. Prof. Gustavo Callou 23
24 Operações do serviço de diretório Lookup(Dir, Name) -> FileId - gera NotFound Localiza o nome textual no diretório e retorna o UFID relevante. Se Name não estiver no diretório, gera uma exceção. AddName(Dir, Name, FileId) - gera NameDuplicate Se Name não estiver no diretório, adiciona (Name, File) no diretório e atualiza o registro de atributos do arquivo. Se Name já estiver no diretório, gera uma exceção. Prof. Gustavo Callou 24
25 Operações do serviço de diretório UnName(Dir, Name) Se Name estiver no diretório, a entrada contendo Name é removida do diretório. Se Name não estiver no diretório, gera uma exceção. GetNames(Dir, Pattern) -> NameSeqRetorna todos os nomes textuais presentes no diretório que correspondam à expressão regular Pattern. Prof. Gustavo Callou 25
26 Sistema de arquivos hierárquico Um sistema de atribuição de nomes de arquivos como o do UNIX pode ser implementado pelo módulo cliente através dos serviços de arquivos planos e de diretório. A raiz da árvore é um diretório com um UFID conhecido. Pode ser fornecida uma função que obtenha o UFID de um arquivo a partir de seu nome de caminho. Prof. Gustavo Callou 26
27 Grupos de arquivos Um grupo de arquivos é um conjunto de arquivos localizado em determinado servidor. Semelhante a um sistema de arquivo tradicional de sistemas operacionais. Foram introduzidos para mover conjuntos de arquivos armazenados em mídia removível entre computadores. A representação de UFIDs inclui um componente identificador de grupo de arquivos. Os identificadores de grupo devem ser únicos em todo um sistema distribuído. Prof. Gustavo Callou 27
28 Sun NFS O NFS foi o primeiro serviço de arquivo projetado como um produto. As definições das principais interfaces foram colocadas em domínio público. O NFS fornece acesso transparente a arquivos remotos para programas clientes executando em UNIX e outros sistemas operacionais O NFS possui um alto nível de suporte para heterogeneidade de hardware e sistema operacional NFSv4.1 publicado na RFC 5661 em Jan/2010 Prof. Gustavo Callou 28
29 Sistema de Arquivos Local e Remoto acessível ao Cliente do NFS Server 1 (root) Client Server 2 (root) (root) export... vmunix usr nfs people Remote mount students x staff Remote mount users big jon bob... jim ann jane joe Note: The file system mounted at /usr/students in the client is actually the sub-tree located at /export/people in Server 1; the file system mounted at /usr/staff in the client is actually the sub-tree located at /nfs/users in Server 2. Prof. Gustavo Callou 29
30 Outros sistemas de arquivos distribuídos Andrew File System (AFS) Focado em sistemas de grande escala Existem versões comerciais e é de domínio público Base do sistema de arquivos DCE/DSF no DCE (Distributed Computing Environment) Coda File System Descendente do AFS Maior tolerância a falhas Server Message Block (SMB) / Common Internet File System (CIFS) Acesso a arquivos, impressoras e portas seriais Muito utilizado no Windows Prof. Gustavo Callou 30
31 Resumo Requisitos do sistema de arquivos distribuídos Arquitetura do serviço de arquivos Estudos de caso Sun NFS AFS, Coda, SMB Prof. Gustavo Callou 31
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