IMPORTANTE ALTERAÇÃO NO CÓDIGO CIVIL = ART

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1 IMPORTANTE ALTERAÇÃO NO CÓDIGO CIVIL = ART Comentários sobre a Lei n /2019, que impede o casamento de quem ainda não tem idade núbil (idade infantil). CAROS ALUNOS No dia 13 de março de 2019 foi publicada a Lei n /2019, que entrou em vigor na data de sua publicação, dando nova redação ao art do Código Civil (Lei n , de 10 de janeiro de 2002), para suprimir as exceções legais permissivas do casamento de quem ainda não tinha completado a idade núbil (ou seja, a chamada idade infantil). Levando esse fato em consideração, fiz alguns breves comentários acerca dessa importantíssima alteração e que certamente será objeto de muitas questões em concursos públicos. O projeto que resultou na lei é de autoria da então deputada Laura Carneiro (DEM-RJ). Na justificativa, ela afirmou que, segundo estudo da ONG Promundo, publicado em 2015, o Brasil é o quarto país em números absolutos com mais casamentos infantis no mundo. Três milhões de mulheres afirmaram ter casado antes dos 18 anos. Além disso, o estudo indica que 877 mil mulheres brasileiras se casaram com até 15 anos de idade e que, atualmente, existiriam cerca de 88 mil meninos e meninas (com idades entre 10 e 14 anos) em uniões consensuais, civis e/ou religiosas no Brasil. Vejamos então os comentários sobre a nova disposição legal. Como sabemos, o casamento é uma união que produz importantes efeitos jurídicos. Por isso, foi necessário estabelecer uma idade mínima para que a pessoa possa se casar. Isso é chamado de idade núbil. No Brasil a idade núbil é de 16 anos. No entanto, se essa pessoa for maior de 16, mas menor de 18 anos, ela só poderá casar se houver autorização. Nesse sentido, estabelece o art , CC: O homem e a mulher com dezesseis

2 anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil (que se dá aos 18 anos completos, nos termos do art. 5, caput, CC). Se um ou ambos os pais não autorizarem e o juiz entender que a recusa foi injusta, ele pode autorizar o casamento. No entanto, nessa situação o casamento deve ser realizado sob o regime da separação obrigatória de bens (ou separação legal de bens), conforme estabelece o art , III, CC. Agora vamos ao cerne da nova redação do dispositivo legal: existe alguma hipótese em que é permitido o casamento da pessoa mesmo que ela seja menor de 16 anos? Anteriormente o Código Civil assim dispunha: Art : Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. Portanto, era permitido, de forma excepcional e por meio de autorização judicial, o casamento de menores de 16 anos em duas situações: a) para evitar a imposição ou o cumprimento de pena criminal; b) em caso de gravidez. Observem que, pela literalidade da lei, havia duas hipóteses excepcionais em que seria permitido o casamento de pessoa menor de 16 anos. Vejamos. A primeira hipótese era uma excludente que abrangia os delitos enumerados nos artigos 213 a 220 do Código Penal (crimes contra a dignidade sexual; crimes contra a liberdade sexual). Ou seja, o art. 107, incisos VII e VIII do Código Penal previa que se a vítima daqueles crimes casasse com o autor do delito ou ainda que fosse com uma terceira pessoa, o agente poderia ter a sua punibilidade extinta. Exemplo: João (18 anos) e Ana (13 anos) são namorados e mantiveram relações sexuais. Ainda que tenha sido um sexo consensual, houve crime por parte de João uma vez que Ana, por ser menor de 14 anos, não deveria estar sujeita a experiências sexuais (é considerado estupro de vulnerável atualmente trata-se de crime de ação penal pública

3 incondicionada). No entanto se João e Ana se casassem, João teria extinta a punibilidade. Daí porque o art , CC previa a possibilidade do casamento com idade inferior a 16 anos, evitando-se o cumprimento de pena criminal. Ocorre, que a Lei n /2005, revogou os incisos VII e VIII do art. 107 do Código Penal, fazendo com que a primeira parte do art , CC perdesse o sentido para continuar vigorando (foi tacitamente revogado ou, no mínimo, perdeu sua aplicabilidade prática). Ou seja, ainda que João se casasse com Ana, não haveria mais extinção de punibilidade. Ou seja, eventual casamento de João com não em nada interfere na tipificação do crime ou na pena a ser aplicada. Mas a segunda hipótese continuou a ser aplicada: em caso de gravidez. Assim, exemplificando, Carlos (18 anos) e Maria (15 anos), namorados, mantiveram relações sexuais consensuais, sendo que Maria engravidou. Maria, que ainda não tivesse idade núbil (16 anos), pediria uma autorização judicial e o casamento seria celebrado. No entanto, com a edição da Lei n /2019, impede-se o casamento de quem ainda não tem idade núbil, não havendo mais exceções. Ou seja, o menor de 16 anos não pode mais se casar em hipótese alguma. Ocorre que a lei em comento foi muito simplista, alterando somente o art , CC. Ela não se pronunciou expressamente em relação acerca de outros importantíssimos efeitos e reflexos jurídicos, podendo gerar múltiplas interpretações a respeito. Exemplificando. Digamos que uma pessoa com 15 anos conseguiu se casar (na prática isso é muito difícil de ocorrer... mas pode acontecer). Esse casamento é nulo ou anulável? A nova lei é omissa, nada se referindo a respeito. Há quem sustente que o casamento é nulo, pois a lei simplesmente proíbe esse casamento em qualquer hipótese. Como tal casamento é proibido fica implícito que a consequência é a sua nulidade

4 absoluta, equiparando a uma das hipóteses de casamento contraído por infringência de impedimento absoluto para o matrimônio. E, como o casamento seria considerado nulo, tal vício seria imprescritível, e a ação judicial visando a declaração de nulidade poderia ser promovida por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público. Mas isso não está previsto expressamente em lei (em especial na relação dos impedimentos absolutos previstos no art , CC). Daí porque outros autores sustentam que o casamento é anulável, pois ainda estaria em vigor o art , inciso I, CC: É anulável o casamento: I. de quem não completou a idade mínima para casar;. Nesse sentido, a alteração do art , CC não criou uma nova hipótese de impedimento matrimonial. Isso porque, conforme dissemos, não houve qualquer alteração com inclusão dessa nova hipótese no art , CC. Além disso, como esse dispositivo é uma norma restritiva da autonomia privada não poderia haver hipótese presumida ou subentendida. Como consequência, ainda que defeituoso, o casamento poderia ser mantido em duas situações (que também não foram objeto de alteração pela nova lei): A) Quando o cônjuge menor, depois de atingir a idade núbil, confirmar seu casamento. Art , CC: O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de completá-la, confirmar seu casamento, com a autorização de seus representantes legais, se necessária, ou com suprimento judicial. B) Se do casamento resultou gravidez: Art , CC: Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez. Por último convém esclarecer que em face da nova legislação, enquanto o menor atingir pelo menos os 16 anos de idade, ele estará proibido de casar, e, por analogia, não será reconhecida formalmente a união estável. Em conclusão, podemos dizer que a lei é clara no sentido de não admitir mais casamento de pessoa menor de 16 anos, em qualquer hipótese. No entanto, se essa pessoa conseguiu se casar, burlando essa proibição, diante da omissão legislativa, há uma divisão na doutrinária, como vimos. Mais uma vez, não havendo um complemento legislativo posterior, a palavra

5 final ficará com a jurisprudência. Mas até que um caso concreto chegue ao STJ ou ao STF, vai demorar muito. Assim, até lá, muita cautela nos concursos em relação aos efeitos. Se eventualmente o casamento foi realizado com burla a esse dispositivo, por enquanto, ainda não há um consenso se esse casamento será considerado nulo ou anulável. Espero que esses comentários tenham sido úteis, especialmente para os interessados em prestar concursos públicos, pois com certeza essa alteração na redação do art , CC será muito exigido nas provas dos anos vindouros, uma vez que se trata de uma novidade (os examinadores adoram exigir novidades nas provas) que traz muitos efeitos práticos. Forte abraço a todos Sucesso! Lauro Escobar

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