ECONOMIA INTERNACIONAL: NOTAS DE AULA

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1 ECONOMIA INTERNACIONAL: NOTAS DE AULA Este documento consiste em notas de aula para o capítulo 14 de Krugman & Obstfeld (Economia Internacional. 8 ā edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010). 4 MOEDA, TAXAS DE JUROS E TAXAS DE CÂM- BIO Capítulo anterior: E como função de R, R e E e. Este capítulo: determinação de R para um dado nível de Y (PIB). Próximo capítulo: um modelo de longo prazo para E (e E e ). Próximo passo: analisar os efeitos de mudanças na oferta e demanda por moeda sobre R e E. A conjuntura monetária impacta a taxa de câmbio através dos seus efeitos sobre as taxas de juros domésticas e as expectativas sobre a taxa de câmbio no futuro (E e ). Porém, E e também é afetada por variáveis reais. Estudaremos neste capítulo a determinação de R no mercado de moeda e como os choques monetários podem impactar E. Para dados valores de R e E e. Demanda agregada por moeda M d = P L(R; Y + ) (14-1) M d P = L(R; Y ) (14-2) 1

2 Notas de Aula para Krugman & Obstfeld Figuras 14.1 (p. 271) e 14.2 (p. 272). Taxa de juros de equilíbrio: a interação entre a oferta de moeda e a demanda por moeda Estudaremos a determinação de R; P e Y são dados. Equilíbrio no mercado monetário M s = M d (14-3) M s P = L(R; Y ) (14-4) Figura 14.3 (p. 272). Exercícios: M s > 0 ( gura 14.4, p. 273) e Y > 0 ( gura 14.5, p. 273). A oferta de moeda e a taxa de câmbio no curto prazo P e Y dados. Figura 14.6 (p. 274). Exercícios: M s > 0 ( gura 14.8, p. 276) e M s > 0 ( gura 14.9, p. 277). Mais um exercício: Y > 0; ocorre uma apreciação cambial. Moeda, nível de preços e taxa de câmbio no longo prazo Objetivo: analisar como os fatores monetários afetam P no longo prazo. Equilíbrio de longo prazo: estado para a qual a economia convergiria na ausência de choques. A igualdade (14-4) implica que P = M s L(R; Y ). (14-5) De acordo com o livro texto, o valor de P no longo prazo é aquele que satisfaz a última igualdade. 2

3 Notas de Aula para Krugman & Obstfeld Bom, a igualdade também deveria se veri car no curto prazo! Qual é o truque? Observe que Y e R são dados no longo prazo. Y : produto potencial (crescimento econômico) R: R = r + ; é taxa de in ação (constante no longo prazo) e r é dada pelo produto marginal do capital (líquido da depreciação). Como L é uma função estável, M e P crescem a mesma taxa. Desta forma, no longo prazo é igual à taxa de crescimento de M s. Observe que ausência de choques implica que M s cresce a uma taxa constante (não necessariamente nula). Evidência empírica: No mundo real a relação de longo prazo entre M e P não deve se veri car com exatidão. Y, mudança tecnológicas (ex.: cartões de débito), choques, etc. Figura (p. 280) Caso brasileiro: grá cos 1, 2 e 3. Comentário: M t V = P t Y t ) ln P t = ln M t ln Y t + ln V Observe que assumimos um formato bem especí co para demanda por moeda. Por exemplo, se M t = P t k(r t )Y t, então ln P t = ln M t ln Y t + ln k(r t ). Nível vs. taxa: alguns comentários. Tempo discreto Tempo contínuo X t = X 0 (1 + x) t X(t) = X 0 e xt X 0 : mudança no nível; x: mudança na taxa Grá cos para tempo contínuo: X(t), mudança no nível e mudança na taxa. 3

4 Notas de Aula para Krugman & Obstfeld Vários autores argumentam que uma reforma monetária deveria ser neutra. Usualmente este é o caso. Porém, o que aconteceria no Brasil se uma reforma monetária fosse implantada logo após o Plano Collor? Mudanças no nível de M não tem efeitos reais no longo prazo. Moeda e taxa de câmbio no longo prazo M e E se relacionam de forma proporcional no longo prazo. Discutiremos detalhadamente este tópico no próximo capítulo. Neste capítulo o livro utiliza o argumento da reforma monetária. Conclusão: um acréscimo (decréscimo) na oferta de moeda leva a uma depreciação (apreciação) cambial no longo prazo. In ação e dinâmica da taxa de câmbio Evidência empírica: E é muito mais volátil do que P. Exceção: países com in ação extremamente elevada (ex.: Brasil antes do Plano Real). Assumiremos que os preços são rígidos no curto prazo. Ultrapassagem da taxa de câmbio. Overshooting; será novamente discutido no tópico 8. Ocorre uma expansão monetária. Observe que, apesar disso não ser mencionado no livro, essa expansão é dada por um aumento no nível de M s. Figura (p. 283). Ocorre uma depreciação (E 1 < E 2 ). Passagem de 1 para 3 : induzida por R < 0; E e não varia. Passagem de 3 para 2 : induzida por E e > 0. Longo prazo: elevação em P faz com que M=P retorne ao seu valor original; ocorre uma apreciação (E 2 > E 3 ). 4

5 Notas de Aula para Krugman & Obstfeld Importante: não há razão para que E(4 ) seja igual a E(3 ). Ocorreu uma mera coincidência no grá co do livro. Figura (p. 285). A rigidez de preços é essencial para que a ultrapassagem ocorra. Se os preços fossem perfeitamente exíveis a taxa de câmbio pularia imediatamente para o seu valor nal. Exercício 10 (p. 289); M > 0 gera uma expansão temporária em Y. A curva L no grá co de curto prazo se desloca para a direita. Haverá duas curvas Ls no grá co referente à transição para o longo prazo. Para que a ultrapassagem continue a ocorrer, é necessário e su ciente que a desigualde R 2 < R 1 se veri que. Podemos ter certeza que R 2 < R 1? Sim. Observe que o crescimento em Y é decorrente da queda em R (via I e multiplicador). Ora, se R 2 fosse igual a ou maior que R 1, então Y não poderia ter crescido. Ver grá co para o longo prazo. Suponha que a economia opere em um regime de câmbio xo. O que acontecerá se os agentes passarem a esperar uma desvalorização cambial? Grá co 4. Perda de reservas internacionais: M 1 M 2 E. Se o banco central não tiver acesso a tal montante de reservas, então haverá o colapso do regimen de câmbio xo. Minicaso: A crise mexicana de 1994/ de dezembro de 1994: governo mexicano anunciou desvalorização de 15%. Um pequena curiosidade: governo havia tomado posse no dia 1 ō de dezembro. Desvalorização: na verdade, o governo anunciou que estava ampliando a banda de utuação. O anúncio foi seguido de uma corrida contra o peso. A taxa de câmbio imediatamente atingiu o teto da banda. 5

6 Notas de Aula para Krugman & Obstfeld No dia 22 o governo mexicano permitiu que o câmbio utuasse. A moeda se desvalorizou ainda mais. No começo de janeiro o peso já havia se desvalorizado 40%. Investidores retiraram capital do México. Outros países foram afetados. Inclusive o Brasil. O governo mexicano havia emitido títulos indexados ao dólar (Tesobonos). No nal de janeiro o governo estava prestes a declarar um default. Socorro internacional: Tesouro dos EUA, FMI e BIS emprestaram US$ 53 bilhões ao governo mexicano. 6

7 Gráfico 1 IPCA e base monetária: dados mensais, de 01/1980 até 12/2016 IPCA base escala vertical: logaritmo natural fonte dos dados: IPEADATA

8 Gráfico 2 IPCA e base monetária: dados mensais, de 01/1995 até 12/2016 IPCA base 2,85 2,35 1,85 1,35 0,85 0,35-0, escala vertical: logaritmo natural fonte dos dados: IPEADATA

9 Gráfico 3 IPCA, base monetária e IBC-Br: dados mensais, de 01/2003 até 12/2016 IPCA base IBC-Br BASE IBC-Br 1,35 1,15 0,95 0,75 0,55 0,35 0,15-0,05-0, escala vertical: logaritmo natural fonte dos dados: IPEADATA

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