Cenário Econômico. Diretoria de Desenvolvimento Econômico Guilherme Mercês. LUBES 5 Encontro com o Mercado
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- João Pedro Garrau Sales
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1 Cenário Econômico Diretoria de Desenvolvimento Econômico Guilherme Mercês LUBES 5 Encontro com o Mercado
2 Quadro Internacional
3 Internacional Petróleo Guerra do óleo : impactos econômicos e geopolíticos Perspectivas Preços de petróleo: recuo muda equilíbrio global Quem ganha e quem perde? Redução de custos e viés deflacionista: cortes inesperados de juros (China, Índia, Turquia, entre outros) Redução da Riqueza nos Países Petroleiros: Rússia, Canadá, Brasil, entre outros.
4 Zona do Euro: Grécia Grexit : sem acordo com BCE, aumentam os riscos de a Grécia sair a zona do Euro Internacional Risco: CDS de 10 anos Grécia atrasou pagamento ao FMI. E agora? Fechamento do sistema bancário evitou overshooting de CDS e fuga massiva de capitais; Se o pagamento não ocorrer hoje, será o default declarado; Efeitos colaterais Contágio na Europa periférica; Enfraquecimento do Euro
5 EUA vs. Zona do Euro Política monetária: momentos distintos Internacional Balanço dos Bancos Centrais % do PIB Ata do FOMC Destaque para atividade fraca e inflação abaixo da meta; Expectativas são de elevação de juros a partir de setembro mas pode atrasar Efeitos colaterais Dólar mais fraco no mundo; Recuo dos juros longos (combatidos verbalmente) Fonte: Fed, ECB, J.P Morgan
6 Internacional China Mudança no padrão de crescimento. Largada mais fraca Desaceleração: 7,0% YoY; Colapso do investimento; Aumento da participação relativa do consumo. Múltiplos estímulos Compulsórios: corte de 100bps; US$ 60bi para policy banks (das reservas); Reestruturação de dívidas locais E a transição de modelo?
7 Brasil
8 75,6% 75,1% Depreciação da taxa de câmbio (de jan/2010 a mar/2015) 62,7% 50,0% 33,5% 26,5% 23,7% 18,4% 16,7% 1,1% 95,0% 90,8% Desempenho do mercado acionário (jan/2010 a mar/2015) 54,2% 40,2% 39,8% 8,6% 0,4% 7,3% 11,0% 25,2% A culpa não é só do cenário externo É fato que o mundo está desafiador; Mas como explicar a piora relativa dos ativos brasileiros desde a Crise? Questões internas são relevantes sim! África do Sul Nova Zelândia Turquia México Polônia Chile Austrália Colômbia Hungria Brasil Brasil Turquia África do Sul Hungria Polônia Colômbia Chile México Austrália Nova Zelândia Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg 163,3 102,8 Variação do risco país (em bps jan/2010 a mar/2015) 66,7 46,5 40,7 10,3 9,3 1,1 39,8 92,7 Brasil África do Sul Turquia Colômbia Chile México Austrália Nova Zelândia Polônia Hungria Fonte: Bloomberg Variação da taxa básica de juros (em bps jan/2010 a mar/2015) Brasil Chile Nova Zelândia Turquia Colômbia África do Sul México Austrália Polônia Hungria Fonte: Bloomberg
9 Crescimento PIB Crescimento continuará baixo em 2015 Ótica da demanda: Investimento negativo ( 4,4%) e desaceleração do Consumo (+0,9%); Ótica da oferta: Indústria em forte queda Transformação 3,8% Construção Civil 2,6% 2016? Ajuste fiscal; Subida dos juros; Colapso da confiança
10 Indústria Abr/15: Pior resultado desde dez/09 Vetores Bens de Capital ( 24,0%) Bens Duráveis ( 17,1%) Setor automotivo: 13º resultado negativo consecutivo ( 20,2%) Recuperação da extrativa Mas pouca contribuição para o resultado agregado
11 Indústria Abr/15: PIM RJ cai menos do que PIM BR Abr/15: 3,8% vs. 4,8% DiferençanaExtrativa Sobe menos, mas tem peso maior Transformação em queda desde jan/14
12 Queda da competitividade Custo Unitário do Trabalho Variação real entre Brasil foi o único a não fazer reformas
13 Carga tributária Não há mais o que tirar da indústria Queda da competitividade Indústria é sobretaxada Maior carga: 45,4% de seu PIB; Muito acima da média da economia; Maior crescimento da carga: 7,1p.p entre 2009 e 2012; Margem de Lucro: queda explica queda dos investimentos Fonte: Elaboração FIRJAN - Dados de 2012
14 Setor externo: Balança comercial Importações e Exportações em queda Balança Comercial Colapso da corrente de comércio Absorção externa mais fraca; Só a desvalorização do câmbio não é suficiente Fraca atividade econômica interna Queda do consumo reduz absorção interna e derruba as importações;
15 Taxa de Câmbio Tendência de depreciação da moeda Câmbio Piora dos fundamentos Risco Brasil volta a subir; USD enfraquece; Queda do CRB; Diferencial de juros em leve expansão BRL melhora mais do que as outras Voltando de overshooting? Maior instabilidade do que as outras
16 Inflação Inflação 2015 está perdido: carta de justificativa ou ajuste da meta? Inflação elevada e crescente Não só nos administrados; Núcleo com leve desaceleração, mas acima do topo da banda; Pressões de preços no atacado: alimentos + efeitos da depreciação cambial; Riscos no curto prazo: energia + passthrough + atacado IPCA vai chegar a 9,0%?
17 Política monetária Taxa de Juros BCB adota postura mais hawkish e promete colocar a inflação na meta em 2016 Ainda mais juros no jogo Piora de 2015; Preocupação com efeitos de segunda ordem; Mais administrados em 2015 (12,7%) Expectativas Pelo menos 14,5% a.a (+50bps e +25bps)
18 Fiscal O tamanho do problema Política fiscal A mãe de todos os desequilíbrios Situação grave Resultado piora no início de 2015; Largada dada, mas ainda há muito a fazer, Em 2016, esforço será maior Como entregar o ajuste fiscal? 40% depende da aprovação do Congresso; Estratégia errada: Tributação, boca do caixa e corte de investimentos
19 O ajuste anunciado Medidas anunciadas Impacto total 2015 (R$ bi) 1 A U M E N T O D E A R R E C A D A Ç Ã O 34.7 PIS/Confins e Cide combustíveis 12.2 Fim da desoneração da folha de pagamentos (PL 863/15 )¹ 10.0 IOF Crédito Pessoal Física 7.4 IPI Veículos 5.0 Bebidas 2.5 Reintegra Exportações 1.8 Aumento de CSLL (de 15% para 20% MP 675) 0.7 PIS/Confins de importações 0.7 IPI Cosméticos 0.4 Revisão da tabela de Imposto de Renda T R A N S F E R Ê N C I A DE CUSTOS À S O C I E D A D E 22.4 Aportes à CDE 7.9 Abono e Seguro Desemprego (MP 665 ) Auxílio Doença e Pensão por Morte (MP 664) R E D U Ç Ã O D A S D E S P E S A S 20.9 Corte Investimento e PAC ³ 25.7 Corte Despesas Obrigatórias 4.8 Corte de Custeio (1/18 das despesas) ³ 0.0 Corte de Restos a Pagar 0.0 Medidas Anunciadas: R$ 78,0bi Corte de gastos: principalmente de Despesas Discricionárias Impostos: R$ 34,7 bi (44,5%); Transferência de custos às empresas e trabalhadores: R$ 22,4 (28,7%); Corte de investimento: R$25,7 bilhões (32,9%); T O T A L D O A J U S T E (R$ bi) Ainda falta votação no senado Fonte: Ministério da Fazenda Elaboração: Sistema FIRJAN
20 Propostas do Sistema FIRJAN
21 1) Meta para os Gastos Correntes Mudança da composição do gasto público Gastos correntes Volta ao patamar de 2008; Redução anual: 0,7% PIB/ano até Investimentos Preservação do nível atual Regra de Ouro crescimento do gasto corrente sempre inferior ao PIB Fonte: Tesouro Nacional Elaboração: Sistema FIRJAN
22 2) Venda de ativos Ganho potencial de até 4,0% do PIB Estado pode abrir espaço ao setor privado Receita extra seria alternativa ao aumento de impostos Estratégia Bancos; Infraestrutura (destacando setor elétrico); Fonte: Tesouro Nacional Elaboração: Sistema FIRJAN
23 Projeções macroeconômicas Conclusão Inflação: próximo de 9,0% em 2015 e perto de 6,0% em 2016; Risco de trajetória com fiscal, taxa de câmbio e novas pressões no atacado Juros: BCB vai continuar subindo até quanto? 14,5%a.a. já parece contratado; chegaremos a 15%a.a? PIB: Recessão em 2015 e potencialmente em 2016; Ainda não chegamos no pior momento Grosso da política anticíclica será no ano que vem
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