Estudo dos Diferenciais Raciais/Étnicos no Uso de Drogas *

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1 Estudo dos Diferenciais Raciais/Étnicos no Uso de Drogas * Luís Carlos Araújo Lima CEBRAP - Universidade Bandeirantes/SP Elza Berquó CEBRAP CNPD UNICAMP/NEPO Fernanda Lopes CEBRAP USP/Faculdade de Saúde Pública Kelly Adriano Oliveira CEBRAP Maria Dirce Gomes Pinho CEBRAP - Fala Preta!/Org. Mulheres Negras/SP Noeli Pereira CEBRAP- Fundação Seade Palavras chave: uso de drogas, raça, violência. I INTRODUÇÃO A questão das drogas, notadamente as ilícitas, tem se convertido em um foco de preocupação para as autoridades sanitárias, geradoras de políticas assistenciais de saúde e de segurança pública, quer pelos crescentes indícios do seu uso pela população (DENARC-SP, 1995), quer pela crescente associação entre o tráfico de drogas e violência urbana (Minayo & Deslandes, 1998). Os estudos que investigam as interações entre drogas e violência, geralmente abarcam as relações entre o consumo e os comportamentos agressivos que foram objetos de ocorrência policial, ou procuram estabelecer, por meio de comparações, as substâncias psicoativas que apresentam maior associação com comportamentos violentos, um enfoque que prioriza as relações entre o indivíduo e a droga. Apesar das críticas dirigidas ao estabelecimento das relações de causalidade entre pobreza, uso de drogas, delinqüência e violência relações que podem, mesmo que indiretamente, estigmatizar ainda mais as comunidades de baixo poder aquisitivo e * Trabalho apresentado no XIII Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, realizado em Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil de 4 a 8 de novembro de 2002.

2 usuários de drogas ilícitas dos grandes centros urbanos, a predominância de altos índices de violência fatal nas comunidades em que precárias condições de vida coletiva coexistem com o tráfico de drogas não passa despercebida. Um estudo recente realizado na cidade de Belo Horizonte aponta que das 10 áreas de maior risco de homicídios, quase a totalidade está concentrada em favelas com forte presença do tráfico de drogas (Beato Filho et al., 2001). Considerando que o contexto social é fator determinante nas interações estabelecidas entre usuário, a droga, comunidade e o tráfico, toda e qualquer investigação sobre fenômenos sociais do tráfico/uso de drogas e violência urbana necessita de uma contextualização sócio-histórica. Isto significa reconhecer que as relações entre os usuários e as drogas são demarcadas por questões econômicas, de gênero, legais, raciais e culturais. No Brasil a atual política vigente de combate às drogas, que até bem pouco tempo equiparava juridicamente, usuário de drogas e traficante, parece ser um aspecto essencial para a compreensão do cenário social dos grandes centros urbanos brasileiros. A ilegalidade, tanto do uso quanto do tráfico, a pressão exercida pela demanda por drogas, a sua crescente oferta e os lucros auferidos pelo seu comércio, potencializam e tornam mais complexo o conjunto das ações violentas registradas no cotidiano das metrópoles, sejam elas praticadas pelo crime organizado, ou agenciadas pela polícia e pelas instituições de segurança do estado, a violência social dispersa, a promovida por grupos de extermínio e também por gangs juvenis (Minayo & Deslandes, 1998). Este é o contexto onde acontece o tráfico de drogas: um lugar onde as disputas de poder estabelecidas entre traficantes, policiais, usuários de drogas (dependentes químicos ou não) são mediadas pela violência, em que a comunidade é obrigada a conviver no mesmo espaço (Araújo-Lima, 1997). Sendo assim, os ditos comportamentos anti-sociais e violentos atribuídos aos usuários são, muitas vezes, parte de um repertório que integram as relações estabelecidas e reeditadas pelas regras do jogo. O percurso traçado por jovens dependentes de drogas (Zaluar, 1993,1994 apud Minayo & Deslandes,1998), sobretudo os mais pobres, abrange múltiplos e sucessivos 2

3 processos de exclusão até acabarem, por fim, sendo perseguidos pela polícia como criminosos. É sabido que no Brasil, homens e mulheres negros são os que mais sofrem com as desigualdades no mercado de trabalho no que diz respeito à ocupação e rendimento (INSPIR, 1999; Soares, 2001), como também são aqueles que apresentam as piores condições de educação e moradia e que representam cerca de 65% da pobreza (IBGE, 2000; Martins, 2001). Neste sentido, o objetivo central desse trabalho parece ser bastante oportuno, o mesmo consiste em procurar obter perfis de grupos mais expostos ao uso de drogas, por meio da análise comparativa dos indicadores sócio-demográficos raça/cor, idade, estado conjugal, escolaridade, sexo e renda pessoal e per capta dos entrevistados da pesquisa Comportamento Sexual da População Brasileira (CEBRAP, 2000). Muito embora a pesquisa não tenha sido conduzida para este fim, a mesma contém informações que permitem um primeiro passo na direção de identificar os diferenciais raciais/étnicos dos usuários de drogas, podendo desta forma contribuir para uma compreensão das especificidades da interação drogas-violência na realidade brasileira. II A PESQUISA E A POPULAÇÃO NEGRA. Conduzida pela Área de População e Sociedade do Centro Brasileiro de Analise e Planejamento (CEBRAP) 1, a pesquisa Comportamento sexual da população brasileira e percepções do HIV/AIDS teve como objetivo geral identificar representações, comportamentos, atitudes e práticas sexuais da população brasileira, e investigar seus conhecimentos sobre HIV/AIDS, com vistas a estabelecer estratégias de intervenções preventivas das DSTS e HIV. Realizada de dezembro de 1997 a dezembro de 1998, refere-se a um universo composto por indivíduos de ambos os sexos, de 16 a 65 anos, moradores nas áreas urbanas de 169 micro regiões do Brasil, constituindo-se assim, num total de pessoas, segundo a contagem realizada pelo IBGE em Vale ressaltar que a 1 Sob coordenação de Elza Berquó, por solicitação da Coordenação Nacional da DST/AIDs do Ministério da Saúde. 3

4 população urbana do Brasil pertencente a esta mesma faixa etária era, em 1996, de pessoas, significando que o processo amostral visou garantir um poder de inferência para 77,7% do universo. A amostra final foi de pessoas, entre 16 e 65 anos, residentes em áreas urbanas. O instrumento de coleta de informações foi um questionário contento 204 questões, entre fechadas e abertas, cobrindo os seguintes blocos: Identificação pessoal; opiniões sobre sexualidade e normas sexuais; iniciação sexual e experiências sexuais; comportamento sexual; conhecimento e prevenção do HIV/AIDS; reprodução e saúde; uso de drogas. Esta pesquisa oferece pela primeira vez, no Brasil, a oportunidade de conhecer e avaliar, para a população negra, a forma como os fatores estruturais, relacionais e individuais, intervêm no conhecimento, nas atitudes, no comportamento e nas práticas sexuais. Há um ano, um grupo de pesquisadores negros 2, de diversas áreas do conhecimento, coordenado pela Profa. Dra. Elza Berquó, vem utilizando as informações do banco de dados da pesquisa acima citada, com o objetivo de dar um primeiro passo na direção dos diferenciais raciais/étnicos do comportamento, inclusive dos usuários de drogas. Importante salientar também que, por se tratar de uma pesquisa realizada face a face, espera-se uma subestimação dos resultados na medida em que, em nosso país, o uso de drogas é ainda passível de imputação penal. Para o presente estudo foram considerados válidos os casos de pessoas que declararam o uso de drogas lícitas e/ou ilícitas nos 12 meses anteriores à entrevista. O recorte de 12 meses nos permite indagar sobre a disseminação do uso de drogas em nossa sociedade, basicamente por abordar pessoas que mantiveram/mantém o uso de drogas em um período recente. III - OBJETIVO Realizar estudo exploratório dos diferenciais raciais/étnicos no uso de drogas para a obtenção de perfis de grupos mais expostos ao uso de drogas. 2 Fernanda Lopes, Kelly Adriano de Oliveira, Luís Carlos Araújo Lima, Maria Dirce Pinho e Noeli Pereira. 4

5 IV - METODOLOGIA Para o tratamento estatístico dos dados foi realizado utilizando o modelo log linear ponderado CHAID Chi-squared Automatic Interaction Detector. O método CHAID utilizado para classificação de dados categóricos tem como objetivo a geração de segmentos exclusivos e exaustivos, significativamente diferentes em relação à distribuição da variável dependente (usou alguma substância psicoativa nos 12 últimos meses), segundo valores determinados pelo teste do chi-quadrado. Para cada grupo ou segmento gerado, a associação entre as variáveis será novamente testada pelo chiquadrado, até que não sejam mais observadas dependências significativas. Necessário frisar que, para que fosse possível o estudo comparativo dos usuários de drogas por raça/cor, o modelo CHAID foi aplicado separadamente a negros e brancos que declararam o uso de drogas. As variáveis utilizadas para a construção dos modelos estatísticos foram: faixa etária, escolaridade, faixa etária, filiação religiosa, estado conjugal, classe sócioeconômica (critério Brasil), ativos economicamente, renda pessoal, familiar per capta, ativo economicamente, e sexo do entrevistado - aqui denominados variáveis sócio demográficas. Serão objeto de análises mais aprofundadas os grupos em que o uso de drogas lícitas/ilícitas entre os seus integrantes supera a média esperada para toda a população. Este procedimento de análise se faz com o objetivo de se proceder a uma análise comparativa do perfil, a partir de recorte racial e das variáveis estruturais, dos indivíduos que se apresentam mais expostos ao uso de drogas. V.1 - RESULTADOS Os grupos resultantes do modelo CHAID, como mais expostos ao uso de drogas, seguem relacionados abaixo: 1. Uso de drogas 31,5%, de homens negros sem religião. 2. Uso de drogas 9,8%, homens negros católicos e protestantes históricos, analfabetos e com ensino fundamental e incompleto. 5

6 3. Uso de drogas 8,9%, pessoas brancas com ensino médio e superior, com idade entre 26 a 45 anos. 4. Uso de drogas de 5,7% entre mulheres negras solteiras, com o fundamental completo. 5. Uso de drogas de 4,9% entre pessoas brancas de 26 a 35 anos, com o fundamental incompleto. 6. Uso de drogas de 4.8% entre homens brancos de 16 a 25 anos, com o ensino médio e superior. V.2 COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS IDENTIFICADOS PELO MODELO CHAID, SEGUNDO VARIÁVEIS SÓCIO-DEMOGRÁFICAS E TIPO DE DROGAS USADAS. GRUPO 1 (base 835) HOMENS NEGROS SEM RELIGIÃO. Este grupo é composto por homens negros que em sua maioria residem nas regiões SulX (93,0%). As variáveis mais fortemente associadas ao uso de drogas neste grupo são o sexo dos entrevistados e a ausência de filiação religiosa, sendo que o percentual de usuários de drogas de 31,5% entre os seus componentes se mostra bem acima da média de 5,0% para toda a população de negros. Outra característica deste grupo ésua composição por renda, por renda familiar per capita, e pela inserção no mercado de trabalho. Verifica-se que 50,5% dos usuários tem renda de até 1 SM a 5 SM, e que 48,0% tem renda entre mais de 5 SM a 10 SM. A renda familiar per capita de 97,0% dos indivíduos está localizada na faixa de até 3 SM. Quanto à inserção no mercado de trabalho constatamos que 83,0% dos indivíduos trabalham por conta própria ou autônomo, 7,0% estão desempregados e 8,5% trabalham com carteira assinada. Quanto ao estado conjugal, 57,2% são casados/unidos e 42,8% são solteiros. A escolaridade de 95,5% dos indivíduos deste segmento está concentrada no fundamental incompleto ao fundamental completo, de 57,5 % dos indivíduos estão na classe social D/E, 39,4% na classe C e 3,1% na classe A/B. 6

7 A sua composição por faixa etária não apresenta variações significativas quanto a sua distribuição: 47,0% se encontram nas faixas etárias compreendidas entre 16 e 35 anos e 51,5% estão nas faixas compreendidas entre 36 a 55 anos. Estes dados contrariam a crença, amplamente disseminada em nossa sociedade, de que o uso de drogas está localizado entre os jovens. Não há uso de drogas lícitas neste grupo, a maconha é citada por 51,0% dos integrantes desse grupo, a cocaína aparece com 37,6%, a cola aparece com 29,7%, o cheirinho da loló aparece com 29,3% e o crack com 0,4%. GRUPO 2 (base 452) HOMENS NEGROS CATÓLICOS E PROTESTANTES DE BAIXA RENDA. O grupo é composto por homens negros jovens (65,6% tem entre 16 a 25 anos) e solteiros (61,0%), apresenta um percentual de usuários de 9,8%, superior a média encontrada na população de negros, em sua maioria residem no SUL X (64,4%), e tem baixa escolaridade, 10,8% são analfabetos e 89,2% tem o fundamental incompleto. No que se refere à renda constata-se que, 36,0% dos integrantes do grupo não tem rendimentos e que para 64,0% a renda é de até 3 SM, e que a renda familiar percapita é de até 3 SM. A classe social deste grupo está concentrada nos estratos D/E (75,3%) e C (24,7%) Outra característica deste grupo é a sua inserção no mercado de trabalho, 51,0% dos seus integrantes estão desempregados, 24,8% são autônomos, 12,9% são assalariados com carteira assinada, 8,8% são aposentados, 1% é assalariado é assalariado sem carteira assinada e 1,5% é estudante. Quanto ao uso de drogas 17,2% usam drogas lícitas e 60,0% usam drogas ilícitas. As drogas mais citadas/usadas foram: Maconha (51,1%); Cocaína (37,8%); Calmantes (17,2%); Cola (9,3%); Cheirinho da Loló (1,6%). 7

8 GRUPO 3 (base- 520) PESSOAS BRANCAS COM ALTA ESCOLARIDADE DE 26 A 45 ANOS. Este grupo é composto por 61,0% de homens e 39,0% de mulheres brancos que, em sua maioria residem nas regiões Sul X (75,5%), possuem escolaridade mais alta que e tem entre 26 a 45 anos. O grupo apresenta um percentual de usuários de 9,0%, superior a média para a população branca que é de 4,0%, e as variáveis mais fortemente associadas ao uso de drogas são escolaridade e idade. Tanto homens quanto mulheres estão concentrados nas faixas etárias compreendidas entre 26 a 45 anos, 68,0% dos homens e 63,0% das mulheres tem renda entre 3 a mais de 10 SM, sendo que para os homens a maior concentração se encontra em mais de 10 SM, para as mulheres a maior concentração se encontra na faixa de 5 a 10 SM. A tabela de colocação no mercado de trabalho entre os homens deste segmento aponta que 31,0% são assalariados e tem carteira assinada, 25,0% estão desempregados, 20,0% trabalham por conta própria e 16,5% trabalham sem carteira assinada. Entre as mulheres 29,5% trabalham no setor público, 24,5% trabalham como autônomas, como assalariadas sem carteira assinada 11,0%, como assalariadas com carteira assinada 6,5%, são donas de casa 9,0%, e 7.5% estão desempregadas. A maioria dos homens e mulheres está nas classes sociais A/B (73,5%), o nível de escolaridade dos homens (62,5%) se concentra no ensino superior e das mulheres (73,0%) no ensino médio. O consumo de drogas lícitas atinge 49,5% dos homens deste segmento e 44,0% das mulheres, as drogas ilícitas são utilizadas por 55,0% dos homens de por 17,5% das mulheres. Neste segmento, a maconha a foi a droga mais consumida/citada por homens (42,5%), outra droga aparece com 31,5%, e a cocaína aparece como a 3º droga mais citada/consumida (12,5%). Entre as mulheres deste segmento, as outras drogas aparecem como as mais consumidas com (39,0%), os calmantes/tranqüilizantes ocupam o 2º lugar com 36,0%, a maconha ocupa o 3º lugar com 17,5%. 8

9 GRUPO 4 (base 163) MULHERES NEGRAS SOLTEIRAS COM MÉDIA ESCOLARIDADE. O grupo é composto por mulheres negras solteiras que tem como nível de escolaridade o fundamental incompleto, que residem no SULX (53,1%) e NOR NOR (45,7%),o percentual de 5,5% de uso de drogas deste segmento é levemente superior a média apresentada pela população negra que é de 5,0%, o consumo de drogas ilícitas atinge 61,0% do grupo, e as drogas lícitas foram utilizadas por 39,0%. A distribuição por faixa etária apresenta poucas variações, 46,6% tem entre 16 e 26 anos e 49,1% tem entre 26 a 35 anos, apenas 4,3% tem entre 36 e 45 anos. Outra característica deste grupo diz respeito a renda, 61,0% das mulheres deste segmento não tem renda, 38,0 % tem renda de ate 3 SM, 1,2% tem renda superior a 10 SM. Quanto a classe social, 79,0% das integrantes do grupo estão concentradas nas classes sociais D/E, 3,1% estão na classe C, enquanto que 18,2% estão na classe A/B. A totalidade das integrantes tem o fundamental incompleto, e sua situação no mercado de trabalho se apresenta da seguinte forma, 43,0% são estudantes, 31,0% das mulheres trabalham por conta própria ou como autônomas, 18,0% estão desempregadas, 4,0% são domesticas domésticas. Neste grupo as drogas consumidas/citadas foram as seguintes: cheirinho da loló (43,0%), calmantes/tranqüilizantes (39,0%), e cocaína (18,2%). GRUPO 5 (base 166) PESSOAS BRANCAS JOVENS COM BAIXA E MÉDIA ESCOLARIDADE. Este grupo apresenta em sua composição 58,6% de mulheres e 41,4% de homens brancos com idade entre 26 e 35 anos com o fundamental incompleto, e apresentou um índice percentual de usuários de drogas de 4,9%, levemente superior a média os brancos que é de 4,0%. As mulheres deste grupo residem em sua maioria no SulX (72,3%) sendo que 27,7% residem no Centro X, enquanto que os homens residem em sua maioria no Centro X (50,8%) sendo que 36,9% estão no SulX e 12,3% no Nor Nor. 9

10 A renda individual dos homens está distribuída da seguinte forma, 71,2% ganham até 1 SM, 16,7% ganham de mais de 1 a 3 SM e 12,1% ganham mais de 3 a 5 SM. A maioria das mulheres deste grupo não tem rendimento (73,9%) e 26,1% ganham de 1 a 3 SM. A renda familiar per capta de 87,9% dos homens é de até 1 SM enquanto que para 12,1% a renda familiar per capta é de mais de 1 a 3 SM. Para 64,0% das mulheres, a renda é de até 1 SM e para 36,0% é de mais de 1 a 3 SM. A classe social dos homens está concentrada nos estratos sociais D (87,9%) e C 12,1%, enquanto que as mulheres estão distribuídas por todos os estratos sociais, porém com percentuais mais equilibrados nos estratos D (36,6%) e C (31,7%). Outra característica deste grupo é a sua inserção no mercado de trabalho, 42,4% dos homens trabalham por conta própria, 39,4% estão desempregados, 18,2% são assalariados com carteira assinada. Entre as mulheres 36,6% estão desempregadas, 25,7% são donas de casa, 25,7% são donas de seu próprio negócio e 9,9% são empregadas domésticas ou diaristas. Com relação ao uso de drogas, 50,8% declararam consumo de drogas ilícitas, entre as mulheres este percentual é de 12,9%. Entre os homens não existe o consumo de drogas lícitas, enquanto entre as mulheres, 8,9% consomem. Entre os homens as outras drogas são citadas/consumidas por 49,2%, a maconha é consumida/citada por 19,9% dos integrantes do grupo. Entre as mulheres, as outras drogas são consumidas/citadas por 78,2%, os calmantes são consumidos/citados por 8,9% das integrantes, a maconha é citada consumida por 7,8% das integrantes. GRUPO 6 (base379) HOMENS BRANCOS JOVENS COM ALTA ESCOLARIDADE. Este grupo é composto por homens brancos com idade entre 16 a 25 anos, em sua maioria residentes no SulX (88.8%), com ensino médio ou superior, e apresenta um índice de consumo de drogas de 4,8% que é levemente superior ao índice de 4,0% para os brancos. 10

11 Estes jovens são solteiros, estão concentrados nos estratos sociais A/B (90,1%), em sua maioria não tem rendimentos pessoais (86,9%). Outra característica deste grupo diz respeito ao tipo de inserção no mercado de trabalho, 84,2% são estudantes, 5,7% são assalariados com carteira assinada, 3,7% são donos de negócio familiar/trabalhador familiar, 3,5% estão desempregados e 2,9% trabalham por conta própria. Com relação ao consumo de drogas este grupo apresentou um alto índice de consumo de drogas ilícitas (93,1%), 2,4% dos integrantes consumiu drogas lícitas, a maconha foi consumida/citada por 84,2% dos integrantes, cheirinho da loló (8,9%), outras drogas (8,0%), cola (3,5%), e calmante por (2,4%). V.3 - ANÁLISE DOS GRUPOS. PESSOAS NEGRAS Uma explicação para a discrepância entre 31,5% e 9,8% do uso de drogas entre os homens negros é que o grupo que consome menos drogas é mais jovem, de baixa renda e escolaridade, apresenta maior índice de desempregados, maior filiação católica e de protestantismo histórico e residentes tanto no Sul X como no Nor-Nor. Por outro lado, o grupo de maior consumo é mais velho, é mais remediado, estão trabalhando, tem escolaridade média, a maioria vive no Sul X, não tem nenhuma filiação religiosa e consomem principalmente drogas ilícitas. As mulheres negras solteiras e com média escolaridade, 5,7% consumindo drogas, tem renda pessoal e familiar baixa, filiação religiosa predominante pentecostal, residindo tanto no Nor-Nor quanto no Sul X Embora apresente alto consumo de drogas ilícitas, como os homens negros do Grupo 1, chama a atenção a presença acentuada de drogas lícitas, como os calmantes. PESSOAS BRANCAS Os indicadores sócio-demográficos das pessoas brancas apresentam diferenças significativas entre os grupos 3 e 5. A forte presença de homens e mulheres do Sul X no grupo 3, parece elevar expressivamente os indicadores de renda pessoal, classe social e 11

12 escolaridade deste grupo, ao passo que a distribuição mais equilibrada dos homens do grupo 5 entre as regiões Centro X e Sul X, faz com que os indicadores de renda pessoal, classe social e escolaridade de homens e mulheres deste grupo se assemelhe aos indicadores de homens negros que residem no Sul X. Os homens brancos do grupo 6, jovens de 16 a 25 anos, apresentam características de filhos de classe média/alta do Suln X, tem escolaridade e classe social elevadas e dependem financeiramente dos país. Tanto para os jovens adultos do grupo 3 como para os jovens do grupo 6, a maconha é a droga mais consumida, para os homens brancos do grupo 5 a maconha aparece como a 2º droga. As mulheres brancas do grupo 3 tem renda, escolaridade e classe social média/alta, diferente das mulheres do grupo 5 que tem baixa escolaridade e distribuição proporcional entre as classes C e D. Quanto ao uso de drogas, existe uma maior presença de usuárias de drogas ilícitas no grupo 3 enquanto que no grupo 5 as outras drogas e os calmantes são os mais citados/consumidos. VII - COMENTÁRIOS Muito embora a pesquisa não tenha sido conduzida para este fim, os dados apresentados revelam que as drogas ilícitas são consumidas por negros e brancos de diferentes estratos sociais, e sugerem que as conseqüências relativas ao seu uso devem levar em conta os diferenciais raciais/étnicos decorrentes das variáveis sóciodemográficas. Os perfis, resultantes da aplicação do modelo CHAID nesta pesquisa sugerem que os crescentes indícios do uso de drogas ilícitas pela população, podem estar acometendo a população negra dos grandes centros urbanos do Sul X. Este dado é extremamente preocupante na medida em que os diversos estudos citados nesta pesquisa estabelecem a relação direta entre uso/tráfico de drogas e a violência urbana das periferias das grandes cidades brasileiras, particularmente Rio de Janeiro, Belo Horizonte. É provável que esta relação também seja verdadeira para o município de São Paulo, mas a ausência de dados impede que esta relação seja estabelecida com fidedignidade (Adorno, 2002). 12

13 Os diferenciais étnicos/raciais, apontados pelas variáveis sócio-demográficas de usuários de drogas negros e brancos, sugerem que, o uso de drogas por negros pode se converter em um fator de maior exposição à violência das regiões urbanas das grandes capitais que apresentam como característica a falta de capital social ( Cárdia & Schiffer, 2002). É preciso frisar que este cenário de violência é apenas potencializado pelo tráfico de drogas, pois a inacessibilidade as redes de proteção social que afeta parte da população brasileira, em especial a população negra, é bem anterior ao narcotráfico. Neste sentido, ações de geração de emprego e renda, de melhoria das condições de educação, acesso ao lazer e as artes, devem ser combinadas com programas de prevenção ao uso de drogas. É urgente a estruturação de uma rede de atendimento e apoio aos dependentes químicos, inclusive com a adoção de programas de redução de danos voltados para o resgate daqueles dependentes que querem ajuda, mas não conseguem parar de usar as drogas, como também para aqueles que nunca tiveram acesso aos serviços de saúde. No que diz respeito ao tráfico de drogas, é necessário repensar social e politicamente toda a rede de negócios que faz das drogas um assunto criminoso como um dos maiores fatores, hoje, de incremento da violência social. ( Minayo e Deslandes, 1998) BIBLIOGRAFIA ADORNO, R. (2002) Crime e violência na sociedade brasileira contemporânea. In Jornal do Conselho Regional de Psicologia 6º Região, nº 132, p. 7. São Paulo. ARAÚJO LIMA, L. C. (1997) O vício e a violência: O cotidiano do crack e as narrativas do vício. Dissertação de Mestrado em Psicologia Social. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, S. P. BEATO FILHO, C.C.; ASSUNÇÃO, R. M.; SILVA, B. F.ª; MARINHO, F.C.; e Almeida, M.C.M.; Conglomerados de homicídios e o tráfico de drogas em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, de 1995 a In Cadernos de Saúde Pública, v.17 número5. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, R. J. 13

14 CARDIA, N. & SCHIFFER, S. Violência e desigualdade social. In Revista Ciência e Cultura (SBPC), Nº Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, SP. DENARC Departamento de Narcóticos da Polícia Civil do Estado de São Paulo Relatório Anual de 1995 São Paulo. MINAYO, M. C. S., & DESLANDES, S. F. (1998). A complexidade das relações entre drogas, álcool e violência. In Cadernos de Saúde Pública, v.14 nº 1. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, R. J. MINISTÉRIO DA SAÚDE (2000) Comportamento Sexual da População Brasileira e Percepções do HIV/AIDS. Série Avaliação, nº 4. Brasília, D. F. [INSPIR] INSTITUTO SINDICAL INTERAMERICANO PELA IGUALDADE RACIAL. Mapa da População Negra no Mercado de Trabalho. Disponível em <URL: www. inspir.org.br> [2001 Jan 24]. SOARES S. (2001) Discriminação de gênero e raça no mercado de trabalho. In: Mercado de trabalho: conjuntura e análise (edição especial para a Conferência Nacional contra o Racismo e a Intolerância). IPEA: Rio de Janeiro, Ano 6, nº 13, p

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