Velho espelho. Iapuã Ralmax de Araújo e sá Carmem lucia soares (orgs.)

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2 Velho espelho Iapuã Ralmax de Araújo e sá Carmem lucia soares (orgs.)

3 Conselho Editorial Av. Carlos Salles Block, 658 Ed. Altos do Anhangabaú, 2º Andar, Sala 21 Anhangabaú - Jundiaí-SP contato@editorialpaco.com.br Profa. Dra. Andrea Domingues Prof. Dr. Antonio Cesar Galhardi Profa. Dra. Benedita Cássia Sant anna Prof. Dr. Carlos Bauer Profa. Dra. Cristianne Famer Rocha Prof. Dr. Fábio Régio Bento Prof. Dr. José Ricardo Caetano Costa Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes Profa. Dra. Milena Fernandes Oliveira Prof. Dr. Ricardo André Ferreira Martins Prof. Dr. Romualdo Dias Profa. Dra. Thelma Lessa Prof. Dr. Victor Hugo Veppo Burgardt 2014 Iapuã Ralmax de Araújo e Sá; Carmem Lucia Soares Direitos desta edição adquiridos pela Paco Editorial. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem a permissão da editora e/ou autor. S1 Sá, Iapuã Ralmax de Araújo e; Soares, Carmem Lucia (orgs.). Velho Espelho/Iapuã Ralmax de Araújo e Sá; Carmem Lucia Soares (orgs.). Jundiaí, Paco Editorial: p. Inclui bibliografia. ISBN: Literatura brasileira 2. Poesia contemporânea I. Sá, Iapuã Ralmax de Araújo e; II. Soares, Carmem Lucia. CDD: 800 Índices para catálogo sistemático: Literatura 800 Poesia IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL Foi feito Depósito Legal

4 À esposa, filhos, genros, noras e netos de Antônio de Araújo e Sá.

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6 AGRADECIMENTOS A Deus, por ter nos dado a chama da vida e entusiasmo de publicar a obra do nosso querido pai. Autor: Abrahão Lázaro de Araújo e Sá In Memoriam

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8 ÚLTIMAS PALAVRAS POÉTICAS DE ANTÔNIO DE ARAÚJO E SÁ Parei e machuquei o asseiro do solo, Sentir o peito d alma pisar o peito da terra, E em sentir da terra o amargor e gosto da minha ternura, Sendo assim, as amarguras se transformam em terra, Que procurei transformá-las. Aqui ele já encorajava-se acamado. Ora estava dentro de si, Ora flutuava nas suas imaginações, mesmo assim, quando cobrava os sentidos, Via o mundo sempre poetizando.

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10 HOMENAGEM Este livro contém os escritos de Antônio de Araújo e Sá (in memoriam), reunidos e organizados por sua família em sua homenagem, principalmente dos seus filhos Abrahão Lázaro, Iapuã Ralmax e de seu neto Paulo Vitor, que muito contribuíram para a edição do livro. A vida com seus segredos, Faz de cada homem um poeta. Segredos que são o fôlego de Deus! Poeta não morre, Deixa um espaço, para os que ficam; Refletirem sobre o que escrevem! Iapuã Ralmax

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12 SUMÁRIO Biografia...15 Apresentação...17 Velho espelho...19 Cantando o sertão...21 Sou menor que o mosquito...22 Súplica...23 Fatídico destino...24 O eternamente...25 O mundo não me quis...26 Sertão transformado de novembro...31 O poder eterno...32 Gotas de lágrimas...33 O luar e eu...34 Fazenda rochedo...35 Ao caluniador...36 Na praia de Olinda...37 Meditando...38 Pranto meu...39 Minha vida...40 Deus o salve...41 Luar...42 Os negros cabelos...43 Passando o passado...44 Que sou...46 Deus...47 A mamãe...48 Encantos mortos...50 O destino...51 O livro de minha vida...52 Grandeza transformada...53

13 Meditando...54 Pureza indígena...55 Advertência...56 Flor campestre...57 O natal...58 O falso...59 Teus olhos...60 Passos da vida...61 Destruição moral...62 Bandeira da minha pátria...63 A natureza...64 Transformação...65 Súplica a Deus pela pátria...67 Mocidade velhice dor e mágoa...68 Natal...70 O castigado...71 Teus olhos de criança...72 Mariposa e raio de luz...73 Meditando...74 Brado do Ypiranga...75 Deus...76 Vida...77 A delícia da Brahma...78 O caixa...79 Saudade...80 Sou motorista...81 Com presença de justo...82 Mamãe...83 Cantando a vida...84 Súplica ao Deus justo...85

14 BIOGRAFIA Antônio de Araújo e Sá nasceu na fazenda Barra do Mororó, município de Terra Nova, a 25 de janeiro de 1918, filho de Manoel de Sá Araújo e Mariana Umbilina de Sá, passou a infância no Sítio Rochedo, também no município de Terra Nova, onde, conjuntamente com seu pai, viveu da exploração agropastoril. Aos 17 anos perdeu seu genitor e, sendo o mais velho dos cinco irmãos, assumiu a responsabilidade de chefe de família. Com 25 anos de idade casou-se com Dona Antônia Alves de Sá, filha de Antônio de Sá Araújo Senhor e Percina Lina de Carvalho, passando a residir em Terra Nova, onde explorava o comércio e posteriormente em Serrita, onde trabalhou como agente de estatística e finalmente fixou residência em Salgueiro, onde ficou até o fim dos seus dias, inclusive na mesma função de chefe de agência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, fez o curso por correspondência pelo Instituto Rádio Técnico Monitor S/A, cursos de Radiotécnica, Apicultura e outros mais. Antônio de Araújo e Sá, tendo cursado apenas o primário, exercia com muita competência suas atividades no IBGE, não se limitando à coleta de frios dados estatísticos, mas reunindo informações, verdadeiro acervo histórico de fatos e coisas de Salgueiro. Foi por muito tempo correspondente do Jornal do Comercio e nos momentos vagos atendia as pessoas da zona rural, já lhes fazendo gratuitamente declarações de Imposto de Renda, preenchendo informações do IBRA e INCRA, coisas semelhantes. Membro ativo da Confraria de S. Vicente de Paulo, não só exercitava a caridade, como se preocupava na evangelização verdadeira de seus confrades, proferindo eloquentes interpretações das palavras dos Apóstolos, incitando-os à vivência cristã. Dotado de grande sensibilidade poética, foi por isso autor de centenas de poesias de elevado cunho espiritual. Sua produção literária em termos de poesias, retalhos de sua alma, de seus sonhos, suas vibrações de sertanejo simples, humano, enraizado a terra. Tudo tem a marca da fortaleza que o caracterizou de maneira mais 15

15 Iapuã Ralmax de Araújo e Sá e Carmem Lucia Soares (orgs.) profunda. Como irmão mais velho, foi sempre amado e respeitado. Na falta do pai que faleceu muito novo, foi o conselheiro, o sustentáculo e o líder ao lado da prestimosa mãe Marianinha, sendo sempre acatado por todos os irmãos. Amigo dos filhos e companheiro de todas as horas, amado e respeitado por toda a sociedade salgueirense, funcionário exemplar e competente e de inteligência admirável e uma capacidade de trabalho também surpreendente. Sua família muito numerosa (treze filhos) exigiu-lhe trabalho árduo para encaminhá-la conforme seus padrões de amor ao estudo, trabalho e integridade. Com 59 anos, ainda na plenitude de suas capacidades de agir e produzir boas ações, um câncer o vitimou, pegando-o quase de surpresa, levando-o à morte em 28 de outubro de Foi para DEUS, criador da poesia universal, inspirador de todos os poetas. Naturalmente lá trocam diálogos enternecidos onde não esquecem as Baraúnas, a Asa Branca ou os mandacarus, obras-primas do Criador que sempre lhe tocaram a sensibilidade. 16