SEFAZ DIREITO EMPRESARIAL REVISÃO QUESTÕES AULA
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- Joana Cordeiro
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1 SEFAZ DIREITO EMPRESARIAL REVISÃO QUESTÕES AULA 03 Prof. Fidel Ribeiro
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3 Direito Empresarial 1. (CESPE 2018) O imóvel de uma sociedade empresarial utilizado exclusivamente como clube para seus funcionários integra o estabelecimento empresarial. CC, Art Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. 2. (CESPE 2017) Após a alienação e entrega de um estabelecimento comercial, entre duas sociedades empresárias, o objeto do negócio foi penhorado em face de dívida contabilizada do vendedor constituída antes do negócio. A respeito dessa situação hipotética, julgue o próximo item, considerando as premissas civilistas sobre o direito de empresa. O negócio jurídico realizado na referida situação hipotética constitui um trespasse. 3. (CESPE 2017) (continuação do texto anterior) A referida penhora será considerada legal apenas se o alienante não tiver outros bens suficientes para solver o passivo do estabelecimento. 3
4 Art O adquirente (comprador) do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo (vendedor) solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento 4. (CESPE 2015) Julgue o item a seguir com base no entendimento atual do STJ acerca de direito empresarial. O imóvel no qual se localize o estabelecimento da empresa é impenhorável, inclusive por dívidas fiscais. SÚMULA 451 STJ: É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial. 5. (CESPE 2014) Para que tenha eficácia a venda do estabelecimento comercial, o empresário alienante deve pagar a seus credores ou deve deles colher aquiescência da venda, expressa ou tácita, salvo se existirem, em seu patrimônio, outros bens que sejam suficientes para a solvência do passivo. Art Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. 4
5 SEFAZ - RS Direito Empresarial Prof. Fidel Ribeiro 6. (CESPE 2018) É vedado transformar registro de empresário individual em registro de sociedade empresária. Código Civil. Art. 968, 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts a deste Código. 7. (CESPE 018) Os exercentes de atividade econômica rural estão obrigados a realizar a sua inscrição no registro público de empresas mercantis, como empresários ou sociedade empresarial. 8. (CESPE 2009) A escrituração mercantil deverá ser obrigatoriamente realizada por intermédio de contabilista legalmente habilitado, salvo se não houver nenhum na localidade. Art Sem prejuízo do art , a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade. 5
6 9. (CESPE 2007) Em assembléia, os sócios de certa distribuidora de bebidas, localizada em Porto Alegre RS, decidiram promover modificações no contrato social da referida sociedade e instituir filial em São Paulo SP. A distribuidora de bebidas deverá inscrever sua filial no registro civil das pessoas jurídicas do estado de São Paulo com a prova da inscrição originária. Art A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na circunscrição de outro Registro Civil das Pessoas Jurídicas, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição da sucursal, filial ou agência deverá ser averbada no Registro Civil da respectiva sede. 10. (CESPE 2014) É característica da sociedade cooperativa a intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, mesmo que por herança. Art São características da sociedade cooperativa: I variabilidade, ou dispensa do capital social; II concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da sociedade, sem limitação de número máximo; III limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar; IV intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança; V quorum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios presentes à reunião, e não no capital social representado; VI direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação; 6
7 SEFAZ - RS Direito Empresarial Prof. Fidel Ribeiro VII distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado; VIII indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da sociedade. 11. (CESPE 2007) Uma sociedade cooperativa constituída por donas de casa, que tem por objeto a produção de bolsas de praia, tem lançado mão de meios ilegais para realizar pagamentos a credores. A propósito dessa situação hipotética, julgue o item abaixo à luz do direito falimentar. Na hipótese considerada, é lícito que o juízo competente decrete a falência da sociedade cooperativa, desde que haja petição devidamente fundamentada de qualquer credor. Art. 1º, LF: Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. Art. 982, p.ú., CC/02: Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. 12. (CESPE 2016) Ainda com relação ao direito empresarial em sentido amplo, julgue o item que se segue. Aberto um processo de falência, as ações em que se demande quantia ilíquida contra o falido permanecerão sendo processadas no juízo original da ação. 7
8 Lei Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida 13. (CESPE 2010) O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas na lei de regência, caso o falido figure como autor ou litisconsorte ativo. Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo. 14. (CESPE 2013) Na falência, os créditos decorrentes de acidentes de trabalho, ao contrário dos créditos trabalhistas, não estão limitados ao valor de cento e cinquenta salários mínimos. (com ressalvas do Prof. Fidel) CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS par conditio creditorium princípio pelo qual os credores da mesma classe devem ter tratamento igualitário. 8
9 SEFAZ - RS Direito Empresarial Prof. Fidel Ribeiro OITO CLASSES DE CREDORES (art. 83) 1 a ) credores trabalhistas limitados a 150 salários por trabalhador e créditos derivados de acidente de trabalho. aquilo que ultrapassar o valor será considerado quirografário, sexta classe. Para créditos decorrentes de acidente de trabalho não se aplica, recebendo apenas na 1 a classe. 2 a ) credores com garantia real (hipoteca, penhor, etc). limita-se ao valor do bem gravado. Excesso, é considerado crédito quirografário. 3 a ) créditos tributários, exceto multas tributárias. podem ser decorrentes de tributos federais, estaduais, municipais ou contribuições parafiscais (INSS, FGTS, etc). 4 a ) créditos com privilégio especial decorrentes da legislação (ex: credor de benfeitorias necessárias) créditos dos microempreendedores individuais (MEIs) e microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs) são considerados de privilégio especial. 5 a ) créditos com privilégio geral previstos em lei (ex: credor por despesas de funeral) 6 a ) créditos quirografários créditos comuns, sem nenhum privilégio ou garantia 7 a ) créditos de multas contratuais ou tributárias multas são obrigações assessórias separadas do principal. 8 a ) créditos subordinados assim classificados por contrato ou lei. Ex: créditos dos sócios e administradores de sociedade, sem vínculo empregatício, perante esta; créditos derivados de pro labore ou dividendos de participação nos lucros da empresa ao tempo da falência. CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS não são créditos da falência e sim da massa falida. 1) remuneração do administrador judicial e seus auxiliares; 2) despesas com a massa falida (p. ex., com a manutenção de bens, para a arrecadação de bens, venda do ativo); 3) custas judiciais de ações e execuções da massa, tendo sido vencida; 9
10 4) obrigações resultantes de atos praticados durante a recuperação judicial que se transformou em falência; 5) dos tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência etc. PEDIDO DE RESTITUIÇÃO EM DINHEIRO Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição. Parágrafo único. Também pode ser pedida a restituição de coisa vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada. Art. 86. Proceder-se-á à restituição em dinheiro: I se a coisa não mais existir ao tempo do pedido de restituição, hipótese em que o requerente receberá o valor da avaliação do bem, ou, no caso de ter ocorrido sua venda, o respectivo preço, em ambos os casos no valor atualizado; II da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para exportação, na forma do art. 75, 3o e 4o, da Lei no 4.728, de 14 de julho de 1965, desde que o prazo total da operação, inclusive eventuais prorrogações, não exceda o previsto nas normas específicas da autoridade competente; III dos valores entregues ao devedor pelo contratante de boa-fé na hipótese de revogação ou ineficácia do contrato, conforme disposto no art. 136 desta Lei. Parágrafo único. As restituições de que trata este artigo somente serão efetuadas após o pagamento previsto no art. 151 desta Lei. CRÉDITOS TRABALHISTAS SALARIAIS 3 meses anteriores à falência, até 5 S.M. p/ trabalhador Art Os créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores à decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, serão pagos tão logo haja disponibilidade em caixa. 15. (CESPE 2008) Segundo a doutrina dominante, são princípios gerais do direito cambiário a cartularidade, literalidade e autonomia das obrigações. 10
11 SEFAZ - RS Direito Empresarial Prof. Fidel Ribeiro 16. (CESPE 2015) A sociedade empresária X firmou contrato com a sociedade empresária Y, para que Y lhe prestasse determinado serviço, tendo Y recebido como título de crédito uma nota promissória, sem indicação expressa da sua vinculação ao citado contrato. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte. Caso o contrato não seja cumprido e a sociedade Y ponha a nota promissória em circulação, o devedor não poderá opor-se ao pagamento a terceiro que apresente o referido título de crédito, em face da autonomia da cártula e da inoponibilidade das exceções ao terceiro de boa-fé., com ressalvas do Prof. Fidel para a CESPE não seria decorrência do princípio da autonomia e sim da abstração(que, para os autores modernos, é subprincípio da autonomia). 17. (CESPE 2010) Aceite é o ato cambial pelo qual o sacado concorda em acolher ordem incorporada por letra de câmbio, nota promissória ou cheque. Aceite: ato pelo qual uma pessoa se vincula a obrigação cambial, tornando-se o principal devedor. Títulos que comportam aceite: - letra de câmbio e duplicata (Cheque e Nota Promissória não estão sujeitos a aceite). Momento do aceite: qualquer data anterior à do vencimento do título. O aceitante torna-se o devedor principal do título. Recusa ao aceite consequência: vencimento antecipado do título, podendo o beneficiário cobrar diretamente do sacador. 11
12 18. (CESPE 2006) Na nota promissória, o aceite pode ser dado tanto pelo emitente quanto por seu procurador devidamente habilitado. não confundir: aceite e assinatura não são sinônimos. 19. (CESPE 2011) O aceite é essencial para a letra de câmbio, sem o qual tal título de crédito não se caracteriza. Aceite é obrigatório na DUPLICATA. Na Letra de Câmbio é facultativo. 20. (CESPE 2007) Júlia adquiriu de Poliana um aparelho televisor pela quantia de R$ 400,00. A dívida ainda não foi quitada porque Júlia não dispõe do montante necessário para fazê-lo. Como Camila deve R$ 400,00 a Júlia, que pegou emprestado há cerca de um ano, a credora sacou letra de câmbio para que Camila efetuasse o pagamento dos R$ 400,00 a Poliana. Tendo como referência inicial a situação hipotética acima, julgueos itens seguintes, a respeito das normas atinentes aos títulos decrédito. Camila se obriga a pagar a letra de câmbio emitida por Júlia pelo simples fato da emissão do título de crédito. 12
13 SEFAZ - RS Direito Empresarial Prof. Fidel Ribeiro 21. (CESPE 2006) A duplicata é um título de crédito sacado exclusivamente em razão de compra e venda a prazo de mercadorias para cobrança futura. 22. (CESPE 2013) O aceite nas duplicatas é uma obrigação do devedor, ressalvadas as hipóteses de recusa elencadas na lei. Lei das Duplicatas Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de: I avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco; II vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados; III divergência nos prazos ou nos preços ajustados. Art. 13 da lei 5.474/68. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. 23. (CESPE 2013) De acordo com a legislação empresarial vigente, julgue o item a seguir. O denominado cheque pré-datado, apesar de usual no comércio brasileiro, não está previsto na legislação, segundo a qual o cheque é uma ordem de pagamento à vista, estando a instituição bancária obrigada a pagá-lo no ato de sua apresentação, de modo que a instituição não pode ser responsabilizada pelo pagamento imediato de cheques datados com lembrete de desconto para data futura. 13
14 Cuidado: Súmula 370-STJ: Caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque pré-datado. 24. (CESPE 2013) Uma sociedade estrangeira não pode funcionar no Brasil sem autorização do governo do estado onde será instalada e sem certidão de nada consta emitida pela Polícia Federal, por meio de sua superintendência local. Art A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem autorização do Poder Executivo, funcionar no País, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira. 1º Ao requerimento de autorização devem juntar-se: I prova de se achar a sociedade constituída conforme a lei de seu país; II inteiro teor do contrato ou do estatuto; III relação dos membros de todos os órgãos da administração da sociedade, com nome, nacionalidade, profissão, domicílio e, salvo quanto a ações ao portador, o valor da participação de cada um no capital da sociedade; IV cópia do ato que autorizou o funcionamento no Brasil e fixou o capital destinado às operações no território nacional; V prova de nomeação do representante no Brasil, com poderes expressos para aceitar as condições exigidas para a autorização; VI último balanço. 25. (CESPE 2011) Caso um juiz de direito tenha determinado a desconsideração da personalidade jurídica de certa sociedade empresária, a fim de garantir o pagamento de um credor vítima de fraude, tal desconsideração não atingirá a validade do ato constitutivo da sociedade empresária. 14
15 SEFAZ - RS Direito Empresarial Prof. Fidel Ribeiro 26. (CESPE 2008) A transformação é a mudança de um tipo societário em outro e, para que ela ocorra, exigese, além do consentimento de todos os sócios, a prévia dissolução e liquidação da sociedade transformada. Art O ato de transformação INDEPENDE de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos da constituição e inscrição do tipo em que vai converter-se. Art A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art (CESPE 2015) Caso um dos sujeitos da relação jurídica seja uma sociedade, admite-se excepcionalmente a desconsideração da regra de separação patrimonial entre a sociedade e seus sócios com o intuito de evitar fraude, situação em que haverá a dissolução da personalidade jurídica. 15
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