Recebido em 25/agosto/2008 Aprovado em 22/dezembro/2008 Área Temática: Tecnologia de Informação
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1 Portais de disseminação de práticas em tecnologias de informação e comunicação no setor público: o caso do Observe-gov Cesar Alexandre de Souza Newton Vagner Diniz Roberto Meize Agune Maria Luiza Pascale Recebido em 25/agosto/2008 Aprovado em 22/dezembro/2008 Área Temática: Tecnologia de Informação Cesar Alexan dre de Souz a, E ngen heiro de Produçã o p ela Escola Politécnica da Universidad e d e Sã o P aulo (US P), Mest re e Dout or em Ad ministração pela Fa culdad e d e Econ omia, Administ ração e Conta bilidade (FEA) da USP, é Professo r Dou tor na á rea de Mé todos Quan titativos e Inform ática do Depa rta ment o de Administraçã o da FEA-USP (CEP São Pa ulo/sp, Brasil) e Professo r, Coo rden ado r de Projet os e Consulto r e m Projetos d a Fundaçã o Institut o de Administração. Endereço: Universidad e de São P aulo FEA Dep art ame nto d e Administ ração Avenida Professo r Lucian o Gualbe rto, 908 FEA 1 Sala G S ão Pa ulo SP Newt on Vagn er Diniz, Gra duad o em Engen ha ria Eletrônica, Pós -Gra duad o em Administração pela Fundaçã o Getulio Vargas, Pós -Gradua do em Ide ologia e Educação pela Universidade d e Geneb ra (Suíça ), é Diret or-p residente do I nstituto Conip Co nhecime nto, I novação e P ráticas de TI na Gestã o Pública e G ere nte Ge ral d o Escritó rio W3 C B rasil (CEP São Paulo/SP, Brasil). nva gne r@co nip.com. br Robe rto M eize Agune, G rad uado e m Arq uitetu ra e Urba nismo pela Universidade d e São Pa ulo, Especialização em Planeja mento E ducacional pelo Institut o Sedes Sa pientiae e e m Administr ação e Planejamen to Urb ano pela Fun dação Getulio Va rg as de São P aulo, é Coordena dor do Gru po d e Ap oio Técnico à I novação da Secre ta ria de G estão Pública do Governo d o Esta do d e Sã o Paulo (CEP Sã o Pa ulo/sp, B rasil). ragu br Maria Luiza Pascale, G rad uada em A dministração Pú blica pela Fund ação Ge tulio Va rgas, Esp ecial ização em G ere nciament o de Sistemas d e Inf ormação pela Po ntifícia Universidade Cat ólica de Campin as, Pós G rad uada em P rocessa ment o Eletrônico de Da dos pa ra Sistemas d e Inf ormação G overn ame ntais pela Ja pan Inte rnatio nal Coope ration Agency (Tokyo, Jap ão), é Funcion ária da Fundação d o Desenvolviment o Ad ministrativo (Funda p) (CE P São Paulo/S P, Brasil), Professo ra na Escola de G overno da Fundaçã o do Dese nvolvimento A dministrativo (EGAP -Fund ap ) e da Fundaçã o Escola de Sociologia e Política de S ão Pa ul o. dap.sp.gov.b r Sistema de Avaliação: Double Blind Review Editor Científico: Nicolau Reinhard Copyright 2008 FEA-USP/RAUSP-e. Todos os direitos reservados. Permitida a citação parcial, desde que identificada a fonte. Proibida a reprodução total.
2 RESUMEN ABSTRACT RESUMO Cesar Alexandre de Souza, Newton Vagner Diniz, Roberto Meize Agune e Maria Luiza Pascale Portais de disseminação de práticas em tecnologia s de informação e comunicação no setor público: o ca so do Observe -gov Palavras-Chave: O novo contexto tem exigido do setor público a modernização e a mudança de seus processos, para atender às crescentes demandas dos cidadãos. Os processos de inovação por meio da aplicação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) desempenham papel fundamental, para o qual o uso de informações externas sobre projetos semelhantes bem-sucedidos pode ser importante. Neste trabalho, tem-se como objetivo estudar o efeito que repositórios de projetos inovadores e bemsucedidos podem exercer nesses processos. Esses repositórios podem ser considerados como ferramentas para a disseminação e o compartilhamento do conhecimento no setor público. Assim, são apresentados e analisados exemplos de repositórios internacionais e descrito o caso específico do Observatório de Práticas de Tecnologia da Informação e Comunicação na Gestão Pública (Observegov), de Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap), Instituto Conip Conhecimento, Inovação e Práticas de TI na Gestão Pública e Fundação Instituto de Administração (FIA). Este estudo exploratório é a etapa inicial de um projeto maior em que se pretende levantar e avaliar, junto a gestores, autores de trabalhos e usuários do observatório, as medidas de sucesso para iniciativas desse tipo e como fomentar a disseminação do conhecimento por meio desse mecanismo. governo eletrônico, difusão e compartilhamento de inovação em TIC, conhecimento, comunidades de prática, portais de governo eletrônico. Information and communication technologie s diffusion portals in the government sector: the case of Observe-gov Keywords: Change and modernization have become imperative in the public sector. Information and Communication Technologies (ICTs) are a central part of this modernization process, and literature highlights the importance of information sharing between government sectors and agencies to promote the diffusion of ICT-based innovation in the public sector, for which Web tools currently play a key role through portals that make knowledge on ICT available. Such websites or web portals, known as observatories, may be created and maintained by governments, NGOs and universities. This paper seeks to explore the possibilities of these best practices observatories as tools for disseminating knowledge on ICT-based innovation in the public sector. Initially, a brief review of the theory on ICT-based innovation in the public sector is presented. These concepts are then connected to characteristics believed to be desirable in observatory portals. We follow with examples of observatories focusing on ICT practices in the public sector (secondary data) and conclude by presenting a case study of one such Brazilian portal (Observe-gov). The case was devised after data obtained through interviews with the managers in charge of developing the portal and through analysis of registered users information and of the papers submitted to the website. e-government, ICT innovation sharing and diffusion, knowledge, Brazil, communities of practice, e-government portals. Portales de difusión de las tecnología s de información y de comunicación en el sector de gobierno: el caso de Observe-gov Palabras Clave: El cambio y la modernización se han tornado imprescindibles en el sector público. Las tecnologías de información y de comunicación (TICs) constituyen el centro de este proceso de modernización y la literatura destaca la importancia de la información compartida entre los sectores del gobierno y las agencias para promover la difusión de la innovación basada en TIC en el sector público, en lo que la Web desarrolla un papel dominante a través de los portales que hacen conocimiento en TIC disponible. Tales portales, conocidos como observatorios, se pueden crear y mantener por gobiernos, ONGs y universidades. Este trabajo intenta explotar las posibilidades de estos observatorios de mejores prácticas como herramientas para diseminar conocimiento en la innovación basada en TIC en el sector público. Se lo empieza con una breve revisión de la teoría en la innovación basada en TIC en el sector público. Estos conceptos entonces son conectados a las características que se creen deseables en tales portales. Seguimos con ejemplos de observatorios centrados en prácticas de TIC en el sector público (datos secundarios) y concluimos presentando un "case" sobre el portal brasileño Observe-gov. La idea de profundizar el estudio del caso brasileño surgió después de realizadas las entrevistas con los responsables por el desarrollo del portal, del analisis de los datos de los usuarios registrados y de los trabajos sometidos al portal. gobierno electrónico, difusión de la innovación basada en TIC, conocimiento, portales de gobierno electrónico. 2 R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez. 2008
3 PORTAIS DE DISSEMINAÇÃO DE PRÁTICAS EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO SETOR PÚBLICO: O CASO DO OBSERVE-GOV 1. INTRODUÇÃO Mudança e modernização tornaram-se imperativas também no setor público. O desafio de atender às diversas demandas por melhores serviços, ante limitações cada vez mais acentuadas nos orçamentos públicos, tem imposto pressões severas para que se encontrem maneiras de reformar o Estado e inovar (KIM, 1999). Para Albury (2005), a inovação no setor público precisa ser institucionalizada como um valor central, em vista da pressão constante para a redução dos custos de administração, sendo para isso necessário um fluxo constante de inovações na prestação de serviços públicos. A literatura aponta para a importância da troca de informações entre diferentes órgãos e agências governamentais visando promover e disseminar inovações no setor público (CAUDLE, GORR e NEWCOMER, 1991; HARTLEY e BENINGTON, 2006), para o que as ferramentas atuais da Web desempenham papel importante, a partir de portais que disponibilizem conhecimento constituído por relatos de projetos bemsucedidos de implementação de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) realizados na área pública e que possam ser compartilhados por outros órgãos e organizações. Esses sítios ou portais, muitas vezes designados observatórios, podem ser criados e mantidos por governos, instituições não-governamentais e universidades. Um exemplo é o epractice.eu (< criado e mantido pela Comissão Européia, que apresenta casos bemsucedidos de aplicações do governo eletrônico na Comunidade Européia, avaliados e selecionados com base em diversas premiações (entre elas o European egovernment Award, realizado anualmente pela Comissão Européia). O objetivo no presente trabalho é explorar as possibilidades dos observatórios de melhores práticas para a disseminação do conhecimento para a inovação baseada em TIC no setor público e apresentar o caso específico de um observatório brasileiro criado por uma parceria entre governo, sociedade civil e academia, o Observatório de Práticas de Tecnologia da Informação e Comunicação na Gestão Pública (Observe-gov). Inicialmente é apresentado um referencial teórico sobre a inovação no setor público em geral e, em seguida, sobre a inovação com base no uso de TIC. Ao longo do texto, os diversos aspectos apresentados são relacionados a características desejáveis para os observatórios. Na seqüência, são apresentados exemplos de observatórios de melhores práticas na aplicação da TIC no setor público identificados na Web (dados secundários) e, finalmente, é apresentado e discutido o caso específico do Observe-gov. O caso foi elaborado com base em entrevistas com os gestores responsáveis pela elaboração do Portal e em análise dos dados informados no cadastro dos usuários e no dos trabalhos registrados no sítio. O estudo aqui relatado corresponde à etapa exploratória inicial de um projeto maior em que se pretende identificar como ocorrem os processos de inovação no setor público, além de levantar e avaliar as medidas de sucesso para iniciativas de compartilhamento de conhecimento, e apontar maneiras de fomentar a disseminação do conhecimento por meio desses mecanismos. R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez
4 Cesar Alexandre de Souza, Newton Vagner Diniz, Roberto Meize Agune e Maria Luiza Pascale 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. Inovação e compartilhamento de conhecimento no setor público De acordo com Hartley e Benington (2006), a inovação no setor público não acontece de maneira isolada dentro de uma única organização, mas sim com ênfase em diferentes contextos e por meio de grande troca de informações e conhecimentos entre diferentes organizações. Albury (2005, p.53) afirma, por sua vez, que muitas inovações no setor público acontecem pelo aprender com os outros e coletando os insights e a energia de indivíduos externos à organização. Segundo Caudle, Gorr e Newcomer (1991), em contraste com as empresas privadas, os governos produzem bens públicos, tais como a educação, a segurança e a saúde. Por definição, não é possível ou desejável excluir indivíduos do consumo de bens públicos, e os custos de sua produção devem ser divididos. Assim, esses autores introduzem o conceito de vantagem cooperativa, advinda da transferência de tecnologia desenvolvida em um órgão ou setor para outros órgãos. Para Bozeman e Bretschneider (1986, p.479), enquanto a competição é uma virtude no setor privado, no setor público geralmente não é. De acordo com os autores, quando os órgãos trabalham de maneira conflituosa normalmente são vistos como ineficientes e espera-se que os órgãos e servidores públicos trabalhem pelo interesse público. Assim, pode-se afirmar que o compartilhamento de conhecimento sobre as iniciativas de inovação entre os órgãos públicos não só é desejado, mas também é esperado, e pode ser considerado como um dos meios para promover a inovação no setor público. Para Hartley e Benington (2006), a noção do compartilhamento de conhecimento como um meio de melhorar a qualidade dos serviços públicos pode ser observada, por exemplo, nas políticas do governo britânico, ao longo de uma série de iniciativas desenvolvidas para o compartilhamento de melhores práticas e o encorajamento da difusão de soluções inovadoras para a realização dos serviços públicos. De acordo com os autores, percebeu-se na experiência inglesa que, além do compartilhamento do conhecimento explícito disponibilizado por meio de publicações ou websites, os praticantes também valorizam as oportunidades de obtenção de conhecimento tácito por meio de visitas aos órgãos que implementaram as melhores práticas e por diálogos ativos com seus pares ou mesmo em workshops. Os autores sugerem, assim, que as visitas e a interação social que ocorrem entre organizações e indivíduos com o propósito de compartilhamento do conhecimento podem agir como catalisadoras para acelerar planos existentes de mudança, tanto por mobilizarem e reforçarem os comprometimentos gerencial e político necessários como por gerarem entusiasmo e confiança pela comparação com outros praticantes em situações semelhantes. Iniciativas semelhantes no Brasil são apontadas por Paulics (2004), que apresenta estudo sobre a disseminação de inovações em gestão local ao longo dos anos 1980 e 1990, identificando a construção de vários bancos de dados com experiências inovadoras na gestão pública, como base de referência para estudos ou para replicação em outras localidades. A autora cita como exemplos a Rede de Comunicação de Experiências Municipais (RECEM) do Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (CEPAM), a revista Dicas do Instituto Pólis e o Programa Gestão Pública e Cidadania da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas. 4 R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez. 2008
5 PORTAIS DE DISSEMINAÇÃO DE PRÁTICAS EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO SETOR PÚBLICO: O CASO DO OBSERVE-GOV 2.2. Características das inovações e dos inovadores no setor público Segundo Rosacker (2005), os objetivos primários de qualquer governo são o provimento de serviços universalizados, ou seja, que abranjam de maneira igualitária a todos os cidadãos, e a estabilidade na administração. Esses objetivos levaram à criação de estruturas burocráticas que são principalmente (e talvez propositadamente) inibidoras de mudanças. Borins (2001, p.310) afirma, por sua vez, que o setor público tem sido considerado como inóspito a inovações, visto que ele é caracterizado por incentivos assimétricos que punem inovações malsucedidas mais severamente do que recompensam as bem-sucedidas. O autor apresenta, entretanto, um estudo em que analisou 217 casos de inovações no setor público norte-americano e no qual obteve evidências de que diversos órgãos e organizações do setor público têm apresentado e produzido número consistente de inovações reconhecidas. Naquele estudo, o autor verificou que em aproximadamente 50% dos casos analisados a inovação tinha como origem gerentes intermediários e funcionários técnicos, em 25% dos casos ela vinha da alta-direção do órgão ou instituição, em 20% dos casos era originada na esfera política e em 25% dos casos partia de grupos de interesse ou indivíduos fora da organização (respostas múltiplas permitidas). Assim, sustenta o autor, a inovação no setor público não parte principalmente da esfera política, mas dos servidores mais próximos à linha de frente da execução dos serviços. Também para Albury (2005), embora existam inovações no setor público que vêm de cima para baixo, ou mesmo inovações de ruptura como as baseadas na introdução de novas TIC, a maioria das inovações é incremental, conduzida por servidores para melhorar o desempenho e o atendimento ao público. Em relação à motivação para a inovação, Borins (2001) apontou que em 60% dos casos ela se originou como solução de um problema interno, como a impossibilidade de atingir uma população-alvo ou a restrição de recursos. Em apenas 30% dos casos a inovação surgiu como resposta a uma crise, o que, segundo o autor, pode desmistificar a questão de que a inovação no setor público surge sempre como resposta a crises. A influência política e as novas oportunidades apareceram em 30% dos casos, enquanto inovações introduzidas por novas lideranças apareceram em 10% dos casos relatados. Assim, concluiu o autor, os inovadores estão, mais provavelmente, respondendo a problemas internos antes de que atinjam proporções de crise ou, ainda, aproveitando oportunidades, como a disponibilidade de novas TIC Modelo de difusão da inovação em TIC no setor público A TIC tem sido considerada como importante ferramenta para a implementação de inovações nos serviços públicos, especialmente após o surgimento da Web e das aplicações de governo eletrônico, havendo um conjunto específico de estudos que analisam as características desse tipo de inovação. O modelo de difusão de inovações de Rogers (1995), por exemplo, tem R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez
6 Cesar Alexandre de Souza, Newton Vagner Diniz, Roberto Meize Agune e Maria Luiza Pascale sido amplamente utilizado para o estudo da difusão e da adoção de aplicações de TIC nas organizações privadas e pode, também, ser aplicado nas organizações públicas (KAMAL, 2006). De acordo com esse modelo, o processo de adoção de uma inovação em TIC é composto por vários estágios pelos quais uma organização passa na adoção de uma nova tecnologia. Becker e Whisler (1967, apud KAMAL, 2006) indicam que o início do processo de adoção da inovação ocorre no estágio de estímulo para a inovação, mediado pela ação de indivíduos que buscam motivar a organização a adotar a inovação. Kamal (2006) apresenta também o modelo de Darmawan (2002, apud KAMAL, 2006) que divide o processo em adoção organizacional, quando a organização decide implantar a inovação em TIC, e adoção individual, quando os indivíduos adotam a tecnologia escolhida pela organização. A etapa da adoção organizacional tem início quando a organização percebe a necessidade de uma mudança e decide incorporar a TIC como solução. Kamal (2006) compara diversos modelos para o processo de inovação em TIC baseados no modelo de Rogers (1995) e em outros e apresenta, então, um modelo sintético para organizações do setor público, divido em duas fases, cada uma delas com quatro etapas: Fase de pré-adoção etapas de motivação, concepção, proposta e implantação. Fase de pós-adoção etapas de implementação, confirmação, aceitação pelo usuário e uso da inovação. Na etapa de motivação, a organização torna-se ciente da existência de uma inovação específica e busca adquirir conhecimento sobre ela, o que a leva a formar, posteriormente, sua opinião sobre essa inovação. Nessa etapa, recursos de observatórios, como um banco de casos de sucesso, e mesmo uma newsletter que noticie novas implementações e inovações podem contribuir para a obtenção de conhecimento sobre a inovação, assim como possibilitar o aprofundamento do conhecimento específico sobre uma dada inovação ou tecnologia. É na etapa de concepção que a organização define o plano de ação a ser seguido. Em organizações altamente inovadoras, há a participação de grande número de membros para a definição da atitude em relação à adoção da inovação. Rogers (1995) refere-se a essa etapa como estágio de persuasão, que ocorre quando um indivíduo ou uma unidade de tomada de decisão assume uma atitude favorável ou desfavorável em relação a uma inovação. Novamente, um banco de casos disponível em um observatório pode ter papel importante, principalmente se as iniciativas estiverem associadas a medidas de sucesso e com indicações da continuidade ou da evolução do uso ao longo do tempo. Os casos podem ser utilizados como argumentos para o convencimento das pessoas na organização. Jarke (2007) também aponta esse uso como relevante para os casos de boas práticas utilizados no compartilhamento do conhecimento. Na etapa seguinte, de proposta, é criada uma proposta formal para a adoção da inovação na organização. Nesse ponto, para facilitar a decisão, os departamentos responsáveis pela adoção devem prover razões substantivas para obter a aprovação da organização, demonstrando os custos e benefícios dos projetos. A etapa de implantação é a introdução, de fato, da inovação na organização. Nessa etapa é importante o acesso a informações sobre as dificuldades enfrentadas por organizações que implantaram sistemas semelhantes. No banco de iniciativas, informações como dificuldades encontradas e lições aprendidas são importantes. Além disso, o contato com a equipe que 6 R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez. 2008
7 PORTAIS DE DISSEMINAÇÃO DE PRÁTICAS EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO SETOR PÚBLICO: O CASO DO OBSERVE-GOV implementou a iniciativa pode ser de grande valia, principalmente pela possibilidade de contextualização e de troca de conhecimento tácito (JARKE, 2007). Nas etapas da fase de pósadoção, a existência de casos semelhantes pode auxiliar no convencimento dos usuários individuais. Um dos aspectos interessantes apontados por Jarke (2007) é o cuidado que se deve ter ao preparar os casos de boas práticas, pois o narrador tende a salientar apenas os aspectos positivos do caso (o que deu certo), principalmente se o julgamento da sua validade estiver associado à submissão para algum tipo de premiação em que ele será avaliado por especialistas e poderá obter reconhecimento da comunidade em caso de sucesso ou de recebimento do prêmio. Na verdade, como foi constatado pela autora ao entrevistar diversos praticantes da área, um relato sincero sobre o que não deu certo pode ter importância ainda maior quando o objetivo é o compartilhamento do conhecimento, para que seja possível evitar a repetição dos erros cometidos Características das inovações e dos inovadores em TIC no setor público As inovações em TIC no setor público possuem características que as distinguem das inovações conduzidas em empresas privadas. Por exemplo, Caudle, Gorr e Newcomer (1991) verificaram que em empresas públicas eram os gerentes intermediários (funcionários de carreira) os mais propensos ao desenvolvimento de novos sistemas de informação, enquanto nas empresas privadas eram os executivos do alto escalão os fundamentais para o processo de introdução de novos sistemas. Isso é corroborado por Borins (2001) em relação às inovações em geral (não necessariamente ligadas às TIC). Kraemer e Dedrick (1997, p.91) apresentam outro aspecto, constatando que no setor público norte-americano a difusão da inovação em TIC é largamente conduzida por usuários finais que tentam resolver problemas específicos, e não pelas elites técnicas com grande conhecimento sobre as novas tecnologias. Em outras palavras, no setor público as inovações em TIC são iniciadas não por indivíduos ligados especificamente às áreas de Tecnologia de Informação (TI), mas sim por usuários finais. Mais ainda, os autores afirmam que a típica abordagem supply-push, em que a área de TI apresenta e implementa soluções tecnológicas, é inadequada para a difusão da TIC nas organizações públicas, e que os usuários finais parecem estar encontrando informações sobre as tecnologias a partir de contatos externos com outras organizações, com as quais eles interagem proximamente. É preciso considerar, então, que os repositórios de iniciativas serão, provavelmente, consultados também por usuários finais, o que requer adequação da linguagem, incorporando aos projetos descrição de benefícios organizacionais e aspectos ligados à implementação. Os cidadãos comuns também poderão ter interesse em conhecer os benefícios sociais das inovações. Jarke (2007) aponta também para a heterogeneidade da comunidade de governo eletrônico, em termos de atuação profissional e perfil acadêmico, salientando que os portais para a troca de conhecimento devem observar essas diferenças. Nesse contexto de compartilhamento de conhecimento existente no setor público, Rocheleau e Wu (2002) apontam que as transferências de conhecimento e tecnologia ligados a sistemas de informação entre as agências públicas devem ser encorajadas e, por vezes, impostas. R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez
8 Cesar Alexandre de Souza, Newton Vagner Diniz, Roberto Meize Agune e Maria Luiza Pascale Para esses autores, os servidores públicos muitas vezes desejam compartilhar o conhecimento sobre suas aplicações, das quais são muito orgulhosos. Os gerentes e funcionários públicos podem ganhar prestígio e oportunidades profissionais ao compartilhar seu conhecimento. Os observatórios podem servir como meio para que os servidores compartilhem o seu conhecimento e também como meio para a obtenção de prestígio e mesmo de legitimidade externa pela divulgação de seu caso de sucesso. Isso pode ser importante no setor público, uma vez que, em mudanças de mandato, os novos governantes podem questionar ou interromper o uso de sistemas implantados por gestões anteriores, mesmo quando apresentem resultados positivos. Esse tipo de ação pode tornar-se mais difícil no caso de um projeto com reconhecimento público externo. 3. OBSERVATÓRIOS DE TIC NO SETOR PÚBLICO E SUAS CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS A Internet tem sido utilizada desde o início como meio para a transmissão e a divulgação de informações. Com o surgimento da Web, esse uso potencializou-se de maneira intensa e de maneira quase ubíqua. Empresas, pessoas e governos utilizam os recursos da Web para publicar e divulgar os mais diversos tipos de informação. De acordo com a Wikipédia, portal é um sítio na Internet que funciona como centro aglomerador e distribuidor de conteúdo para uma série de outros sítios ou subsítios dentro, e também fora, do domínio ou subdomínio da empresa gestora do portal. Ainda segundo a Wikipédia, em sua estrutura mais comum, o portal é composto por um mecanismo de busca, um conjunto de áreas subordinadas com conteúdos próprios, uma área de notícias, um ou mais fóruns e outros serviços de geração de comunidades e um diretório, podendo incluir também outros tipos de conteúdos. Os portais podem ter as mais diversas finalidades. No setor público, os portais têm sido utilizados como pontos de acesso aos serviços de governo eletrônico ou às informações para os cidadãos. Os portais também têm sido usados por diversas instituições públicas e nãogovernamentais com a finalidade específica de publicação e troca de conhecimento a respeito de problemas ou assuntos específicos, como a formulação de políticas públicas, o combate à pobreza, entre outros. Como exposto anteriormente, na inovação em TIC no setor público, a troca de conhecimentos e experiências sobre projetos implementados tem papel fundamental. E, como descrito na introdução, esse é o propósito dos portais observatórios que disponibilizam na Web informações sobre projetos realizados na área pública, passíveis de serem compartilhados por outros órgãos e organizações, na mesma esfera ou em diferentes esferas. O termo observatório pode ser usado para apontar que o conteúdo do portal é construído a partir da observação de experiências reais selecionadas segundo determinados critérios, como seu sucesso e sua replicabilidade. Conforme descrito ao longo dos tópicos anteriores, as características desejáveis para os observatórios de TIC na área pública podem ser hipotetizadas e relacionadas às características e etapas da difusão de inovação no setor público. As características propostas estão apresentadas no quadro 1 e serão usadas, mais adiante, na análise do estudo de caso do Observe-gov. 8 R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez. 2008
9 PORTAIS DE DISSEMINAÇÃO DE PRÁTICAS EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO SETOR PÚBLICO: O CASO DO OBSERVE-GOV Quadro 1 Características da Inovação em TIC e dos Observatórios Aspectos da Inovação em TIC no Setor Público Na etapa de motivação do processo de inovação em TIC, a organização torna-se ciente de uma possibilidade de inovação específica (KAMAL, 2006). Na etapa de concepção, a organização define o plano de ação a ser seguido e, na etapa de proposta, cria uma proposta for mal para a adoção da inovação (KAMAL, 2006) e há, também, o processo de persuasão dos tomadores de decisão (ROGERS, 1995). Na etapa de implantação, a inovação é de fato introduzida na organização (KAMAL, 2006). A inovação no setor público é realizada, principalmente, de maneira bottom-up, com a participação de diversos stakeholders (KRAEMER e DEDRICK, 1997; BORIN S, 2001; JARKE, 2007). A inovação no setor público depende de grande troca de infor mações e conhecimentos entre diferentes organizações (HARTLEY e BENINGTON, 2006). Características Desejáveis dos Observatórios Existência de mecanismos para infor mar os usuários sobre novidades no por tal em sua área de interesse, tal como uma newsletter ou RSS feeds. Existência de mecanismos de busca que facilitem encontrar as iniciativas por área do setor público e características da inov ação. Os casos devem incluir infor mações sobre resultados esperados e obtidos, custos, prazos, for ma de financiamento. O observatório deve possuir mecanismos para acompanhar os resultados dos projetos ao longo do tempo (diferenciando as inovações replicadas daquelas para as quais não houve replicação). Existência de mecanismos para validar os projetos cadastrados, aumentando sua credibilidade (por meio de julgamento por experts, por exemplo). Os casos devem incluir infor mações relevantes para os estágios de pós-adoção (lições aprendidas, dificuldades enfrentadas), para que seja evitada a repetição dos erros cometidos (JARKE, 2007). Prover o canal de contato com os responsáveis pelas iniciativas, para que sejam possíveis o esclarecimento de dúvidas e a troca de informações adicionais. O observatório deve utilizar linguagem acessível aos públicos técnico e não- técnico. Os casos devem apresentar informações relevantes para os cidadãos (por exemplo: benefícios sociais dos projetos). O observatório deve disponibilizar mecanismos para promover a interação entre os usuários do por tal. 4. CARACTERÍSTICAS DE OBSERVATÓRIOS LOCALIZADOS NA WEB Com a finalidade de realizar comparações e obter dados adicionais para a análise do estudo de caso do Observe-gov, foi realizada uma busca na Web para identificar a existência de observatórios de TIC no setor público e na sociedade e as suas características. A busca foi realizada em janeiro e fevereiro de 2007 e atualizada continuamente durante o ano de 2007, com a utilização dos mecanismos de busca Google e Yahoo, combinando as palavras-chave observatory, information technology, government e e-government (também em português e espanhol). Por julgamento dos pesquisadores, foram identificados 106 portais que disponibilizam conteúdo sobre governo eletrônico e impactos da TIC na sociedade. Desses, 21 denominam-se observatórios ou monitores. No quadro 2, apresentam-se alguns dos 21 portais observatórios localizados, selecionados com base em suas características. Obviamente, não se pretende que o quadro 2 seja exaustivo, mas apenas represente uma amostra que servirá de base para a comparação e a análise do caso apresentado neste estudo. Uma lista completa dos portais R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez
10 Cesar Alexandre de Souza, Newton Vagner Diniz, Roberto Meize Agune e Maria Luiza Pascale identificados pode ser obtida por solicitação aos autores deste artigo. Os dados constantes no quadro referem-se a dezembro de Quadro 2 Exemplos de Observatórios de TIC na Área Pública Localizados na Internet Observatório e Tema Instituições Promotoras /País Tipo de Conteúdo Número de Inscritos Número de Trabalhos Ligado a Congresso, Prêmio? epractice.eu < (Governo Eletrônico) Comissão Européia Notícias, efactsheets, Biblioteca, Estudos de Caso, Documentos, Cadastro de Praticantes, Agenda de Eventos, Newsletter, Fóruns, Vídeos, Blogs, Journal of epractice usuários registrados 682 documentos, 44 Country efactsheets, 793 casos no banco de projetos, 32 vídeos Award of Good Practice Labels e European egovernment Award The egovernment Interoperability Observatory < (Governo Eletrônico) Comissão Européia Notícias, Conferência Anual, Ar tigos de Congressos, Relatórios de Pesquisa, Estudos de Caso, Agenda de Eventos, Cursos à Distância, Newsletter, Links 129 usuários registrados (em 2004) e 350 participantes em workshops (2004) 42 estudos de caso, 130 artigos apresentados nas conferências, 11 relatórios de pesquisa, 2 cursos on-line, workshops trimestrais (25 já realizados) egov- Interop, realizado em 2005, 2006, 2007 Observator io Valenciano de la Sociedad Tecnológica y del Conocimiento < (Sociedade da Infor mação) Fundación de la Oficina Valenciana para la Sociedad de la Infor mación (Espanha) Publicações Próprias, Indicadores de Infoinclusão (Infobarômetros), Notícias, Agenda de Eventos, Newsletter, Links, Serviços (estudos derivados dos infobarômetros) N/D 50 documentos (estimado) Não Observe-gov Observatório de Práticas de Tecnologia da Infor mação e Comunicação na Gestão Pública (Governo Eletrônico) FUNDAP/ CONIP/FIA (Brasil) Notícias, Estudos de Caso, Documentos, Agenda de Eventos, Links 664 usuários registrados 467 casos no banco de projetos Prêmio Mário Covas/ Prêmio Excelência em Governo Eletrônico Observatór io da Sociedade da Infor mação da UNESCO <osi.unesco.org.br> UNESCO Notícias, Newsletter, Links, Agenda de Eventos N/D N/D Não (Sociedade da Infor mação) Sistema Regional de Infor mación sobre Buenas Prácticas de Gestión Pública en América Latina y El Caribe < (Governo Eletrônico) Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO) (Chile) Banco de Iniciativas (submetidas pelos autores e validadas por uma comissão), Ar tigos N/D N/D Não 10 R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez. 2008
11 PORTAIS DE DISSEMINAÇÃO DE PRÁTICAS EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO SETOR PÚBLICO: O CASO DO OBSERVE-GOV Por questões de espaço, não foram incluídos a missão e os objetivos dos observatórios como divulgado em seus sítios. Apenas para ilustração, a missão do epractice.eu é permitir a análise, a medição e a disseminação de boas práticas em egovernment, com os objetivos de: coletar exemplos de casos bem-definidos de egovernment e torná-los disponíveis aos envolvidos em egovernment por meio de uma base de conhecimentos inteligente; oferecer expertise em funções gerais ou específicas do egovernment e prover fácil acesso a comunidades existentes ou centros de especialistas; dar suporte à transferência sustentável de boas práticas e experiências de aprendizagem de maneira fácil e amigável. Além disso, selos de boa prática são oferecidos a eventos que possam dar uma contribuição substancial ao modelo (epractice, 2007). Como pode ser observado no quadro 2, foram localizados observatórios patrocinados por governos (Comissão Européia), organizações não-governamentais e universidades. Também, foram localizados observatórios de abrangência local (Cevalsi), nacional (Flacso, Observe-gov) e mundial (Osi-Unesco). Entre os conteúdos disponíveis, destacam-se as notícias e as newsletters, presentes em todos os observatórios. Três deles possuem banco de projetos implementados (o epractice, o Observe-gov e o Sipal), e um outro tem foco específico na construção de indicadores de infoinclusão (Cevalsi). Os observatórios que possuem bancos de projetos também têm meios estabelecidos para a avaliação dos trabalhos submetidos. No caso do epractice, é oferecido um selo de boas práticas àqueles trabalhos que foram submetidos a premiações na Europa e, no do Sipal, os trabalhos submetidos são avaliados por uma comissão antes de serem disponibilizados no portal. Quanto ao Observe-gov (discutido em detalhes adiante), os trabalhos são derivados de submissões a premiações no Brasil. Em relação ao epractice.eu, é interessante destacar a preocupação com a troca de experiências que vai além das simples publicação e leitura dos casos submetidos. Segundo consta no portal, o epractice.eu é baseado na natureza inerentemente participativa dos web services: ele vai além da troca de casos, e facilita a troca de conselhos, experiências, eventos e histórias (epractice, 2007). Para isso, o portal provê a possibilidade de os praticantes cadastrarem-se e indicarem suas áreas de interesse, disponibiliza uma área para que os usuários façam comentários sobre os casos publicados, além de realizar workshops sobre diversos temas ao longo do ano. Durante 2007, o portal apresentou inovações em seu formato, incluiu um repositório de vídeos de seus workshops (epractice.eu TV), disponibilizou uma área de Blogs, lançou o primeiro número do European Journal of epractice e tem promovido a criação de comunidades de prática, como a European Observatories Network, voltada a estabelecer uma rede de pessoas envolvidas em portais observatórios na Europa e no mundo. Ligada a essa última iniciativa, o epractice.eu promoveu uma pesquisa buscando identificar os observatórios existentes na Europa, por meio de cadastro espontâneo no site. Cerca de cem portais fizeram o cadastro (90% originários de países da Europa) e responderam à pesquisa, o que permitiu avaliar os portais quanto aos aspectos abaixo (múltiplas respostas) e possibilitou a análise de características de portais observatórios (PRIETO, 2007): Assuntos abrangidos egovernment (86%), Sociedade da Informação (74%), TIC (63%), einclusion (48%), ebusiness (47%), ehealth (45%), Open Source (44%) e outros (13%). Tipo de instituição promotora pública (32%), privada (24%), acadêmica (17%), organização não-governamental (14%), parceria público-privada (7%) ou outras (6%). Abrangência geográfica nacional (47%), local ou regional (43%), Européia (41%) ou global (32%). Serviços e informações disponíveis newsletter (30%), publicação de indicadores (38%), produção de pesquisas próprias (44%), organização de workshops (50%). R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez
12 Cesar Alexandre de Souza, Newton Vagner Diniz, Roberto Meize Agune e Maria Luiza Pascale 5. ESTUDO DE CASO: O OBSERVE-GOV 5.1. Metodologia A pesquisa relatada neste artigo é de natureza exploratória, conduzida pelo método do estudo de caso único, tendo como objetivo identificar possibilidades de melhores práticas dos observatórios para a disseminação do conhecimento para a inovação baseada em TIC no setor público. Essa abordagem justifica-se por serem os estudos de caso úteis nas pesquisas que têm como objetivo contextualizar e aprofundar o estudo de um tema, obtendo indicações de questões ou hipóteses para futuro aprofundamento (YIN, 2001). Em relação ao caso único, Yin (2001) apresenta três situações típicas para o seu uso: quando ele representa todos os aspectos de uma teoria bem-formulada, quando ele representa um caso extremo ou único, e quando ele representa uma oportunidade única de estudo para um determinado pesquisador. As duas últimas opções aplicam-se ao caso selecionado para estudo: trata-se do primeiro portal do tipo desenvolvido no Brasil (e único, pelo conhecimento dos autores até o momento da elaboração deste trabalho) e os autores deste artigo estiveram envolvidos no projeto do Observatório, principalmente em suas partes de concepção técnica e operação, o que facilitou o acesso aos responsáveis e aos dados secundários. Com o objetivo de complementar o estudo de caso único e possibilitar a comparação com aspectos derivados de outros contextos, foi realizada uma busca na Web para identificar outros observatórios, descrita no tópico 4. Para a elaboração do estudo de caso foram entrevistados dois dos gestores do Portal, ligados às instituições envolvidas [Instituto Conip Conhecimento, Inovação e Práticas de TI na Gestão Pública (Conip) e Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap)], e a responsável técnica pelo portal da Fundap. Foram analisados de maneira exploratória os dados referentes aos trabalhos e os dados demográficos dos usuários cadastrados no Portal, referentes a dezembro de 2007, bem como os recursos e ferramentas disponíveis no próprio Portal, por meio de observação do sítio. As entrevistas com os gestores foram realizadas nos meses de abril e maio de 2007, e conduzidas a partir de um roteiro semi-estruturado em que se procurou levantar, entre outros aspectos, a história do Observatório, os seus objetivos iniciais, as características do público-alvo, as medidas de sucesso que foram definidas para a avaliação dos resultados do Observatório e as medidas que podem ser tomadas para incentivar o seu uso. Os dados cadastrais e de acesso aos trabalhos pelos usuários foram disponibilizados sem a identificação dos usuários, mantendo a privacidade das informações Descrição do Observe-gov O portal brasileiro Observatório de Práticas de Tecnologia da Informação e Comunicação na Gestão Pública (Observe-gov) é uma iniciativa conjunta da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap), do Instituto Conip Conhecimento, Inovação e Práticas de TI na Gestão Pública, e da Fundação Instituto de Administração (FIA). Seu objetivo é disponibilizar para o público em geral casos de implementação de TIC na área pública. A Fundap é um órgão do Governo do Estado de São Paulo que oferece consultoria e programas de treinamento aos demais órgãos do estado. Ela promove anualmente, em conjunto com a Secretaria de Gestão Pública do Estado de São Paulo, o Prêmio Mário Covas que tem como objetivo a identificação e o reconhecimento de projetos inovadores e melhores práticas na administração pública. Em 2007, o Prêmio estava em sua quarta edição. O Instituto Conip é uma entidade da sociedade civil cujo objetivo é a disseminação das melhores práticas em TIC no setor público. Promove uma conferência anual sobre o tema e também um prêmio anual para 12 R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez. 2008
13 PORTAIS DE DISSEMINAÇÃO DE PRÁTICAS EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO SETOR PÚBLICO: O CASO DO OBSERVE-GOV casos bem-sucedidos de aplicação em TIC, chamado Prêmio Conip. Finalmente, a FIA é uma fundação de pesquisa, consultoria e ensino ligada à área de Administração. O Observe-gov é, então, uma iniciativa que une parceiros do governo, da sociedade civil e da academia. Inicialmente, ele disponibilizou os casos de inovação em TIC submetidos aos prêmios Mario Covas, Conip e Abep (prêmio ligado a iniciativas em TIC na área pública promovido pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação Abep), e mais recentemente, também os trabalhos submetidos ao Prêmio Ceará Governo Eletrônico (promovido pelo Governo do Estado do Ceará). Dessa maneira, de acordo com as características levantadas por Prieto (2007), o Observe-gov pode ser identificado como um observatório voltado ao tema de e-government, promovido por uma parceria público-privada e de abrangência nacional (apesar de, para fins de divulgação e troca de informações, os casos estarem disponíveis em português, inglês e espanhol). Em novembro de 2007, o Portal recebeu premiação por sua contribuição na disseminação das práticas de governo eletrônico (Prêmio TI & Governo 2007). O Observe-gov está disponível em < Histórico do Observe-gov De acordo com os gestores do Portal, a proposta de construção do Observe-gov surgiu no Conselho do Instituto Conip, do qual eles participam. O Conip foi criado em 1995 como uma organização não-governamental que preparava um congresso anual reunindo praticantes e acadêmicos da área de Informática Pública, os quais submetiam e apresentavam artigos e palestras. Nessa época, no Brasil, os municípios começavam a ter grande importância devido a um movimento de descentralização do governo Federal e estavam buscando alternativas para a sua modernização. Havia também, como conseqüência dos avanços da microinformática e do aparecimento da Internet, interesse na divulgação de novas práticas de TIC para a área pública. O Congresso do Conip surgiu como uma via para mostrar o que era possível fazer em termos de informática pública, já com a idéia de apresentação de casos brasileiros bem-sucedidos de inovação utilizando as TIC. A partir daí, esse congresso foi ganhando reconhecimento público e se firmando como um fórum que reunia boas práticas do uso das TIC na administração pública brasileira. Em 1999, foi criado o Prêmio Conip de Excelência em Informática Pública como uma estratégia para identificar e dar visibilidade ao que de bom estava acontecendo (as best practices ou melhores práticas). Segundo o gestor do Conip, no Brasil inexistem políticas públicas específicas para a disseminação de boas práticas em TIC, fazendo com que as iniciativas e os projetos em TIC aconteçam de maneira isolada e sem replicação. Isso significa grande desperdício de recursos, além da possibilidade de repetição dos erros cometidos. Surgiu, então, a idéia do Prêmio e a conseqüente necessidade de reunir um conselho consultivo para que fizesse o julgamento dos prêmios e passasse a orientar o conteúdo do Congresso. O Conselho reuniu um conjunto de especialistas das áreas pública e acadêmica que já lidavam com informática pública e estabeleceu os critérios de avaliação para o Prêmio. O princípio geral dos critérios era a identificação de práticas que já estavam funcionando e apresentando resultados práticos. A partir daí houve grande aumento no número de inscritos e, por volta de 2003, o Conselho do Conip passou a buscar uma maneira adequada de disponibilizar o conteúdo produzido ao longo de todos os congressos, cujo acervo naquele momento era de cerca de mil trabalhos (em 2007, inscreveram-se em torno de 180). De acordo com o entrevistado, a disponibilização dos trabalhos seria até uma questão de responsabilidade política. Nesse período surgiram também outros prêmios ligados à inovação no setor público (o Prêmio Mario Covas, R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez
14 Cesar Alexandre de Souza, Newton Vagner Diniz, Roberto Meize Agune e Maria Luiza Pascale promovido pela Fundap, e o Prêmio Abep). A idéia de criação do Observatório surgiu, então, como um meio para a constituição de uma rede de bancos de iniciativas que englobasse essas diversas fontes de conteúdo. O projeto do Observatório começou a ser efetivamente elaborado em 2005, quando houve a oportunidade e a sinergia de um projeto conjunto entre o Conip, a Fundap e a FIA. Segundo o gestor da Fundap, esse foi um arranjo ideal, pois uniu representantes da sociedade civil (o Conip), do governo (a Fundap) e da academia (a FIA). O ano de 2006 marcou o início do desenvolvimento da aplicação e a carga dos trabalhos no banco de dados. Conforme informações disponíveis no sítio, o Observe-gov foi construído com o objetivo de disseminar informações sobre iniciativas de sucesso, incentivar o desenvolvimento de comunidades de prática e promover a criação de repositórios de informações e indicadores para outras fontes de referência. Os objetivos do Observatório incluem, também, o aumento da visibilidade das iniciativas brasileiras de governo eletrônico à comunidade internacional (por isso, os trabalhos são disponibilizados em três línguas), além de facilitar estudos analíticos sobre o tema e servir como ponto de encontro para praticantes e acadêmicos ligados à área. O Observatório permite, ainda, que agências de financiamento nacionais e internacionais obtenham informações relevantes sobre o estado-da-arte das práticas brasileiras em governo eletrônico e de aplicação das TIC no setor público. O Observe-gov foi lançado oficialmente durante o 11º Conip, em maio de Para os entrevistados, os públicos-alvo preferenciais do Observatório são os gestores e os servidores públicos envolvidos em projetos de modernização da gestão pública, os quais podem buscar no acervo informações sobre o que já foi feito a respeito do seu problema Recursos do Observe-gov O principal recurso do Observe-gov é, como descrito, o banco de casos de iniciativas e projetos de aplicação de TIC no setor público. Até o momento da elaboração deste estudo, estavam cadastrados no Observatório 467 casos de inovação em TIC, referentes aos finalistas e ganhadores dos prêmios Mário Covas, Conip, Abep e Ceará Governo Eletrônico. O número de casos disponíveis no Portal é compatível com o apresentado por outros sítios identificados, conforme consta no tópico 4. O mecanismo de busca implementado permite a localização dos casos por título, tema e setor da administração, entre outras opções, facilitando a procura de tema ou interesse específico. É importante salientar que os casos submetidos aos diversos prêmios são elaborados a partir de um template (modelo) de submissão em que são solicitadas aos autores várias informações sobre os projetos, como tecnologia utilizada, custos e retornos obtidos ou previstos, impactos sociais da inovação e lições aprendidas, bem como os dados para contato com os responsáveis (telefone e endereço eletrônico), características desejáveis importantes de acordo com o apresentado anteriormente. Além dos casos, o sítio possui banco de documentos sobre TIC aplicadas ao setor público (artigos, relatórios de pesquisa, entre outros), agenda de prêmios, links para outros sítios de interesse e apresentação de notícias relativas a prêmios e congressos sobre aplicação de TIC na área pública, mas não dispõe de outros recursos identificados por Prieto (2007), como newsletter, publicação de indicadores, produção de pesquisas próprias, organização de workshops. O Observe-gov tem como característica o fato de dispor de um processo de validação dos casos cadastrados, visto que eles são originados dos prêmios citados. 14 R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez. 2008
15 PORTAIS DE DISSEMINAÇÃO DE PRÁTICAS EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO SETOR PÚBLICO: O CASO DO OBSERVE-GOV 5.5. Análise dos dados de trabalhos e usuários cadastrados Trabalhos cadastrados Em relação à abrangência geográfica dos 467 casos cadastrados no Portal, 57% deles são de âmbito regional ou estadual, 23% de âmbito local ou municipal e 20% de âmbito nacional. Na tabela a seguir, mostram-se a quantidade e a porcentagem de casos por área temática (comunicada pelos pesquisadores do Observatório durante o cadastramento no Portal). Note-se que, na tabela, a quantidade total (644) é maior do que a quantidade de casos cadastrados (467), pois cada trabalho pode ser classificado em mais de uma área temática. Trabalhos do Observe-gov Distribuídos por Área Temática Área Temática Quantidade de Porcentagem Trabalhos de Trabalhos Serviços Eletrônicos para o Cidadão ,8 Sistemas Integrados 75 11,6 Serviços Eletrônicos para Governo 60 9,3 Inclusão Digital 50 7,8 Portais 46 7,1 Gestão Eletrônica de Documentos e Imagens 42 6,5 Sistemas de Informações Gerenciais 41 6,4 Gestão de Tecnologia 35 5,4 Transparência 35 5,4 Integração de Serviços 28 4,3 Compras Eletrônicas 21 3,3 Gestão do Conhecimento 21 3,3 Software Livre 21 3,3 Comunidade Virtual 19 3,0 Infra-estrutura e Hardware 17 2,6 Geoprocessamento 16 2,5 Outras 9 1,4 Total ,0 É possível perceber que a maioria dos trabalhos trata do Governo Eletrônico (a primeira e a terceira áreas temáticas, somando 26,1% dos trabalhos), seguida pela aplicação de sistemas que visam integrar as operações da gestão pública. A inclusão digital também é responsável por importante número de trabalhos. No gráfico 1 podem ser observadas as distribuições, por estado da Federação, dos trabalhos submetidos aos prêmios Abep e Conip (não foram considerados para essa análise o Prêmio Mário Covas, que tem apenas trabalhos do estado de São Paulo, e o Prêmio Ceará Governo Eletrônico, que tem somente trabalhos do estado do Ceará). Os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul aparecem entre os três primeiros em ambos os prêmios. A R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez
16 Cesar Alexandre de Souza, Newton Vagner Diniz, Roberto Meize Agune e Maria Luiza Pascale grande quantidade de casos submetidos pelo Distrito Federal justifica-se por lá estarem localizadas as sedes das principais agências do Governo Federal. 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% SP RS PE MS DF PR BA SC AL MG RN CE RJ MT GO SE PB PI ES AM PA RO ABEP CONIP Gráfico 1: Distribuição dos Trabalhos dos Prêmios Abep e Conip por Estados da Federação No gráfico 2, a distribuição está resumida por região do País da qual o trabalho se originou. As regiões Sul e Sudeste são as que submeteram a maior parte dos casos de inovação em TIC registrados no Observatório. Nesse gráfico, como no anterior, não são considerados os trabalhos referentes ao Prêmio Mário Covas, pois esse prêmio só admite submissões de casos do estado de São Paulo. Se considerados os casos relativos a esse prêmio, o percentual de trabalhos da região Sudeste subiria para 57%. CENTRO- OESTE 8% NORTE 1% DF 16% SUDESTE 34% NORDESTE 18% SUL 23% Gráfico 2: Casos por Região do Brasil 16 R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez. 2008
17 PORTAIS DE DISSEMINAÇÃO DE PRÁTICAS EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO SETOR PÚBLICO: O CASO DO OBSERVE-GOV Apresenta-se, no gráfico 3, a distribuição dos casos por esfera de governo (desta vez incluindo os trabalhos de todos os quatro prêmios), podendo ser observada a predominância dos casos vindos da esfera estadual. Isso pode ser explicado pela natureza das fontes dos trabalhos (os prêmios Abep e Mário Covas têm grande influência da esfera estadual). MUNICIPAL 22% ESTADUAL 58% FEDERAL 20% Gráfico 3: Casos por Esfera de Governo Usuários No Observe-gov, o acesso ao banco de casos é livre e gratuito, desde que o usuário faça o seu cadastramento. Assim, é possível obter informações sobre as pessoas que acessaram o site e visualizaram trabalhos. O gráfico 4 mostra a distribuição dos cadastros por região do País para aqueles que informaram seu estado de origem (520 em 664, ou 78,3%). Havia apenas quatro cadastrados estrangeiros, um da Argentina, um da Itália e dois da Espanha. Mostra, também, que a maioria dos usuários cadastrados é da região Sudeste (à qual pertence o estado de São Paulo). O gráfico 5 apresenta a distribuição dos usuários cadastrados por tipo de instituição (PUBlica, PRIVada, UNIVersidade ou Organização Não-Governamental ONG). Dos cadastrados, 56% estão filiados a organizações públicas e 14% não informaram a instituição. CENTRO- OESTE 3% NORTE 3% DF 12% NORDESTE 12% SUL 10% SUDESTE 60% Gráfico 4: Usuários por Região do País R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez
18 Cesar Alexandre de Souza, Newton Vagner Diniz, Roberto Meize Agune e Maria Luiza Pascale N/I 14% ONG 4% PRIV 13% UNIV 13% PUB 56% Gráfico 5: Usuários por Tipo de Instituição Os usuários de empresas privadas são, principalmente, fornecedores de tecnologia, sendo provável que busquem oportunidades para atuação comercial. Dividindo-se o total de usuários pertencentes a organizações públicas (56%) de acordo com a esfera da instituição à qual pertencem, verifica-se que 26% são da esfera federal, 39% da estadual e 29% da municipal. Os 6% restantes pertencem a empresas públicas das diversas esferas. Nota-se que os usuários estão divididos proporcionalmente entre as três esferas, com pequeno destaque para a esfera estadual (talvez por conta da natureza das instituições promotoras e do Prêmio Mário Covas). Esses dados constam no gráfico 6. MUNICIPAL 29% EMP.PUBL. 6% ESTADUAL 39% FEDERAL 26% Gráfico 6: Usuários por Esfera de Governo Do total de cadastrados, 223 usuários de instituições públicas informaram o seu cargo, o que permitiu verificar se estavam ligados à área de TI das organizações ou às áreas de negócio ou às áreas usuárias (de acordo com o julgamento dos autores do artigo, com base nos cargos informados). O resultado está no gráfico R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez. 2008
19 PORTAIS DE DISSEMINAÇÃO DE PRÁTICAS EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO SETOR PÚBLICO: O CASO DO OBSERVE-GOV 70% 60% 50% 40% 30% 20% 38% 25% 62% 50% 10% 0% 13% 12% TI NEGÓCIO EXECUTIVO OPERACIONAL Gráfico 7: Usuários por Área e Posição Como pode ser observado no gráfico 7, a maioria dos usuários ligados a instituições públicas (62%) pertence às áreas de negócio de suas organizações (usuários de TI). Isso está de acordo com o apresentado por Kraemer e Dedrick (1997), para quem os servidores públicos envolvidos na realização dos serviços buscam ativamente soluções para seus problemas operacionais. Relativamente ao Observatório, isso pode indicar a importância da adequação da linguagem, quando os casos são escritos para que possam ser acessíveis a esse público (evitando linguagem técnica e dando foco aos resultados obtidos). No gráfico 7 também são apresentadas as porcentagens de usuários das áreas de TI e das áreas usuárias que pertencem ao nível executivo ou ao nível gerencial médio e operacional, resultado consistente com o obtido por Borins (2001), identificando a predominância de representantes dos níveis gerencial médio e operacional, tanto na área de TI como nas áreas usuárias. Finalmente, cabe destacar que 93% dos usuários cadastrados informaram aceitar o recebimento de boletim ou informações periódicas, o que aponta para a oportunidade de o Observatório implementar uma newsletter Acessos ao site e visualizações de trabalhos O gráfico 8 mostra o número de novos usuários cadastrados por mês, desde o lançamento oficial do Observe-gov em junho de 2006, e o número de cadastrados acumulado. Pode-se verificar uma tendência ascendente nos cadastramentos mensais. Os dois picos de cadastramento observados em novembro e dezembro de 2007 estão associados a uma ação de envio de s para a lista de contatos da Fundap e do Conip comunicando sobre o prêmio recebido pelo Observatório. R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez
20 jan-07 fev-07 mar-07 abr-07 mai-07 jun-07 jul-07 ago-07 set-07 out-07 nov-07 dez-07 jun-06 jul-06 ago-06 set-06 out-06 nov-06 dez-06 jan-07 fev-07 mar-07 abr-07 mai-07 jun-07 jul-07 ago-07 set-07 out-07 nov-07 dez-07 jan-08 Cesar Alexandre de Souza, Newton Vagner Diniz, Roberto Meize Agune e Maria Luiza Pascale mensal total Gráfico 8: Cadastramentos Mensais e Acumulados de Junho/2006 até Dezembro/2007 No gráfico 9 consta a quantidade de trabalhos visualizados pelos usuários que acessaram o Portal no período de janeiro a dezembro/ Gráfico 9: Trabalhos Visualizados no Portal no Período de Janeiro a Dezembro de 2007 Em relação à área temática dos trabalhos visualizados, acompanhando a natureza dos estudos cadastrados, os dois temas mais procurados são os serviços eletrônicos para o cidadão 20 R.Adm.Eletrônica, São Paulo, v.1, n.2, art.8, jul./dez. 2008
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