Aula nº. 04 e Hipóteses de Emancipação (continuação)

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1 Página1 Curso/Disciplina: Direito Civil Objetivo Aula: Personalidade 04 e 05 Professor(a): Rafael da Mota Mendonça Monitor(a): Sarah Padilha Gonçalves Aula nº. 04 e Emancipação Hipóteses de Emancipação (continuação) a) Emancipação legal A emancipação legal pode se dar em diversas hipóteses, listadas nos incisos II a V do art. 5º, paragrafo único do Código Civil. Vejamos: Art. 5º (...) Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: (...) II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Assim, são hipóteses de emancipação legal: O casamento (Art. 5º, parágrafo único, II) A primeira hipótese é o CASAMENTO (art. 5º, parágrafo único, II, do CC/2002). A capacidade geral para todos os atos da vida civil, à luz do vigente Código Civil, somente advém a partir dos dezoito anos. Todavia, podem casar o homem e a mulher a partir dos DEZESSEIS ANOS desde que tenham a autorização de ambos os pais ou de seus representantes legais (art do CC/2002). Recebendo-se em matrimônio, portanto, antecipam a plena capacidade jurídica, estando implícita a manifestação de vontade dos pais ou representantes legais de emancipar o(s) menor(es) nubente(s). Art O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.

2 Página2 Não faria sentido que permanecessem os cônjuges sob o poder familiar (expressão consagrada em substituição a pátrio poder ), se passam a formar um novo núcleo familiar. A responsabilidade decorrente do casamento justifica essa hipótese legal de emancipação. Insista-se que a IDADE MÍNIMA para o casamento do homem e da mulher é 16 anos, com autorização dos representantes legais (art ). EXCEPCIONALMENTE, porém, será permitido o casamento de quem não alcançou a idade núbil mediante suprimento judicial de idade, em caso de gravidez. Art Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. ATENÇÃO! A Lei n , de 28 de março de 2005, revogou, além de outros dispositivos, o inc. VII do art. 107 do Código Penal. Com isso, o casamento deixou de evitar a imposição ou o cumprimento de pena criminal nos crimes contra a dignidade sexual (cf. Lei n , de ) de ação penal pública. Deste modo, a parte do art do Código Civil que refere-se à possibilidade de casamento para evitar a imposição ou cumprimento de pena criminal foi REVOGADA TACITAMENTE. Assim, emancipa-se a jovem que tem a sua idade suprida pelo juiz, na hipótese de gravidez, que se casa com menos de 16 anos de idade. Interessante notar que, mesmo havendo a DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO (pelo divórcio ou morte do outro cônjuge), o emancipado não retorna à anterior situação de incapacidade civil. Em caso de NULIDADE OU ANULAÇÃO, a emancipação persiste apenas se o matrimônio fora contraído de boa-fé (casamento putativo). Nesse caso, o casamento será putativo em relação a ele e produzirá todos os efeitos de um casamento válido, inclusive a emancipação (art ). Em caso contrário, retorna-se à situação de incapacidade, como consectário lógico de um retorno ao status quo ante. Por fim, importante destacar que as regras sobre capacidade constantes da Parte Geral do Código Civil são de CARÁTER GERAL e SUCUMBEM ANTE REGRAS ESPECIAIS. Desse modo, por exemplo, a jovem que se casa com 14 ou 15 anos de idade mediante alvará judicial de suprimento de idade não pode, mesmo emancipada, obter logo título de eleitora, porque o Código Eleitoral exige, para tanto, idade mínima de 16 anos. Da mesma forma, não pode receber carteira de habilitação para dirigir automóveis, pois a idade mínima exigida pelo Código de Trânsito Brasileiro é 18 anos. Pelo mesmo motivo, pode ter o seu ingresso obstado em locais que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, só podem ser frequentados por maiores de 18 anos. O exercício de emprego público efetivo (Art. 5º, parágrafo único, III)

3 Página3 Em seguida, prevê a lei como causa de emancipação legal o exercício de emprego público efetivo (art. 5º, parágrafo único, III, do CC/2002). A expressão emprego público utilizada não é a mais adequada, uma vez que limita, tecnicamente, a finalidade da norma. De fato, servidor público é o indivíduo que mantém, com o Estado ou entidades de sua Administração direta ou indireta, relação de trabalho de natureza profissional e caráter não eventual, sob vínculo de dependência. O servidor, entretanto, é um gênero, do qual se extraem duas espécies: o empregado público (conhecido pelo neologismo celetista ), que mantém relação de trabalho subordinado, regida, portanto, pela legislação trabalhista comum (no caso brasileiro, a CLT, de onde se origina o epíteto mencionado); e o serventuário ou funcionário público, que é o trabalhador que exerce cargo ou função pública, mediante aprovação em concurso público, eleição ou nomeação em comissão, com disciplina por Estatuto (daí também o neologismo de servidor estatutário ), que é instituto jurídico regido pelo Direito Administrativo. (José Augusto Rodrigues Pinto e Rodolfo Pamplona Filho, Repertório de Conceitos Trabalhistas) O objetivo da regra legal e é assim que deve ser interpretada é que essa causa especial de emancipação diz respeito às hipóteses de provimento efetivo em cargo ou emprego público, não importando a atecnia. Desde que haja NOMEAÇÃO em caráter efetivo afastadas, portanto, as designações para cargos comissionados ou temporários, o agente adquire plena capacidade civil, emancipando-se. Obs.: A par dessas considerações, importante reconhecer que, a partir da vigência do Código Civil de 2002, essa hipótese restou esvaziada, perdendo importância prática. Tal conclusão se dá pela circunstância de que dificilmente a lei admitirá o provimento efetivo em cargo ou emprego público antes dos dezoito anos, até mesmo porque esta é a idade mínima admitida para a capacidade plena trabalhista. E, como se sabe, atingido esse patamar de dezoito anos, já estará adquirida a plena capacidade civil. Na codificação anterior, em que a maioridade plena era alcançada aos vinte e um anos, a hipótese era bem mais factível A Colação de grau em curso de ensino superior (Art. 5º, parágrafo único, IV) Esta hipótese se justifica porque demonstra maturidade própria do menor. Excepcionalmente, todavia, uma pessoa consegue colar grau em curso de nível superior com menos de 18 anos de idade, a não ser os gênios, que se submeteram a procedimento especial para avaliação dessa circunstância junto ao Ministério da Educação. Sobre esse item, cumpre transcrever a arguta preleção de WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO: dificilmente alguém se emancipará presentemente por essa forma, dada a considerável extensão dos cursos (1º e 2º graus superior). Quando vier a receber o grau, o estudante terá certamente atingido a maioridade

4 Página4 ESPÉCIES DE EMANCIPAÇÃO Estabelecimento civil ou comercial ou existência de relação de emprego que permita que o menor tenha economia própria (Art. 5º, parágrafo único, V) Tais fatos justificam a emancipação por afastarem as dificuldades que a subordinação aos pais acarretaria na gestão dos negócios ou no exercício do emprego particular, ao mesmo tempo em que tutela o interesse de terceiros, que de boa-fé com eles estabeleceram relações comerciais. Raramente, também, alguém consegue estabelecer-se civil ou comercialmente antes dos 18 anos. É importante, porém, deixar claro que a emancipação não se adquire, pura e simplesmente, com a celebração de contrato de trabalho, devendo concorrer, como outro requisito, A EXISTÊNCIA DE ECONOMIA PRÓPRIA, o que descarta, a priori, os contratos de aprendizagem (art. 428 da CLT) e os de jornada a tempo parcial (art. 58-A da CLT), que admitem contratação com remuneração por valores inferiores ao salário mínimo mensal legal. VOLUNTÁRIA É a concedida pelos PAIS, se o menor for mais de 16 anos (art. 5º, paragrafo unico, I, 1ª parte, CC) JUDICIAL - Realizada por SENTENÇA JUDICIAL, ouvido o tutor, em favor do tutelado maior de 16 anos - pressupõe a falta de ambos os pais, motivo pelo qual a emancipação somente se dará pela via judicial; - (art. 5º, paragrafo unico, I, 2ª parte, CC) - O casamento (Art. 5º, paragrafo unico, II) LEGAL É a que decorre de determinados fatos previstos na lei: - Emprego público efetivo (Art. 5º, paragrafo unico, III) - Colação de grau em nível superior (Art. 5º, paragrafo unico, IV) - Estabelecimento civil ou comercial ou existencia de relação de emprego, desde que, em função desta, o menor de 16 anos tenha economia propria (Art. 5º, paragrafo unico, V)

5 Página5 2. DOS DIREITOS DE PERSONALIDADE 2.1. Conceito Uma das principais inovações da Parte Geral do Código Civil de 2002 é a existência de um capítulo próprio destinado aos direitos da personalidade. Conceituam-se os DIREITOS DA PERSONALIDADE como aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas projeções sociais. A concepção dos direitos da personalidade apoia-se na ideia de que, a par dos direitos economicamente apreciáveis, destacáveis da pessoa de seu titular, como a propriedade ou o crédito contra um devedor, outros há, não menos valiosos e merecedores da proteção da ordem jurídica, inerentes à pessoa humana e a ela ligados de maneira perpétua e permanente. Os direitos da personalidade são inalienáveis e sua existência tem sido proclamada pelo direito natural, destacando-se, dentre outros, o direito à vida, à liberdade, ao nome, ao próprio corpo, à imagem e à honra Concepção histórica e previsão constitucional O reconhecimento dos direitos da personalidade como categoria de direito subjetivo é relativamente recente, como reflexo da Declaração dos Direitos do Homem, de 1789 e de 1948, das Nações Unidas, bem como da Convenção Europeia de O grande passo para a proteção dos direitos da personalidade foi dado com o advento da Constituição Federal de 1988, que expressamente a eles se refere no art. 5º, X, nestes termos: Art. 5º (...) X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação 2.3. Fundamentos dos direitos da personalidade Os direitos da personalidade dividem-se em duas categorias: os inatos, como o direito à vida e à integridade física e moral; e os adquiridos, que decorrem do status individual e existem na extensão da disciplina que lhes foi conferida pelo direito positivo, como o direito autoral. Os doutrinadores em geral entendem que caberia ao Estado apenas reconhecê-los e sancioná-los em um ou outro plano do direito positivo em nível constitucional ou em nível de legislação ordinária, dotandoos de proteção própria, conforme o tipo de relacionamento a que se volte, a saber: contra o arbítrio do poder público ou as incursões de particulares.

6 Página Características dos Direitos de Personalidade Dispõe o art. 11 do Código Civil: Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. Sendo direitos ínsitos à pessoa, em suas projeções física, mental e moral, os direitos da personalidade são dotados de certas características particulares, que lhes conferem posição singular no cenário dos direitos privados. Assim, os direitos da personalidade são: (I) ABSOLUTOS: oponibilidade erga omnes, irradiando efeitos em todos os campos e impondo à coletividade o dever de respeitá-los; (II) GERAIS OU NECESSÁRIOS: outorgados a todas as pessoas, simplesmente pelo fato de existirem; (III) EXTRAPATRIMONIAIS: ausência de um conteúdo patrimonial direto, aferível objetivamente, ainda que sua lesão gere efeitos econômicos; (IV) INDISPONÍVEIS: nem por vontade própria do indivíduo o direito pode mudar de titular, o que faz com que os direitos da personalidade sejam alçados a um patamar diferenciado dentro dos direitos privados. A indisponibilidade dos direitos da personalidade abarca tanto a intransmissibilidade (impossibilidade de modificação subjetiva, gratuita ou onerosa inalienabilidade) quanto a irrenunciabilidade (impossibilidade de reconhecimento jurídico da manifestação volitiva de abandono do direito); Contudo, há EXCEÇÕES: Alguns atributos da personalidade, contudo, admitem a CESSÃO DE SEU USO, como a imagem, que pode ser explorada comercialmente mediante retribuição pecuniária. Os direitos autorais e o relativo à imagem, com efeito, por interesse negocial e da expansão tecnológica, entram na circulação jurídica e experimentam temperamentos, sem perder seus caracteres intrínsecos. É o que se apura na adaptação de obra para novela ou no uso da imagem para a promoção de empresas Pode-se concluir, pois, que a indisponibilidade dos direitos da personalidade não é absoluta, mas relativa. Nessa direção é o Enunciado 4 da I Jornada de Direito Civil promovida pelo Conselho da Justiça Federal: Enunciado nº 4 da JDC: O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral.

7 Página7 Vale destacar, ainda, que malgrado os direitos da personalidade, em si, sejam personalíssimos (direito à honra, à imagem etc.) e, portanto, intransmissíveis, a pretensão ou direito de exigir a sua reparação pecuniária, em caso de ofensa, transmite-se aos sucessores, nos termos do art. 943 do Código Civil. (V) IMPRESCRITÍVEIS: inexiste um prazo para seu exercício, não se extinguindo pelo não uso. Quando se fala em imprescritibilidade do direito da personalidade, está-se referindo aos efeitos do tempo para a aquisição ou extinção de direitos. ATENÇÃO! NÃO CONFUNDA! Não há como se confundir, porém, a imprescritibilidade do exercício de direito personalíssimo com a prescritibilidade da pretensão de reparação por eventual violação a um direito da personalidade. Se há uma violação, consistente em ato único, nasce nesse momento, obviamente, para o titular do direito, a pretensão correspondente, que se extinguirá pela prescrição, genericamente, no prazo de 3 (três) anos (art. 206, 3º, V, do CC/2002); Art Prescreve: (...) 3 o Em três anos: (...) V - a pretensão de reparação civil; (VI) IMPENHORÁVEIS: decorrente da extrapatrimonialidade e indisponibilidade, direitos morais jamais poderão ser penhorados, não havendo, porém, qualquer impedimento legal na penhora do crédito dos direitos patrimoniais correspondentes; Todavia, como foi dito no item concernente à intransmissibilidade e irrenunciabilidade, retro, a indisponibilidade dos referidos direitos não é absoluta, podendo alguns deles ter o seu uso cedido para fins comerciais mediante retribuição pecuniária, como o direito autoral e o direito de imagem, por exemplo. Nesses casos, os reflexos patrimoniais dos referidos direitos podem ser penhorados. Não sujeição à desapropriação: os direitos da personalidade inatos não são suscetíveis de desapropriação, por se ligarem à pessoa humana de modo indestacável. Não podem dela ser retirados contra a sua vontade nem o seu exercício sofrer limitação voluntária (CC, art. 11). (VII) VITALÍCIOS: acompanham a pessoa desde a primeira manifestação de vida até seu passamento. Sendo inerentes à pessoa, extinguem-se, em regra, com o seu desaparecimento. Destaque-se, porém, que há direitos da personalidade que se projetam além da morte do indivíduo, como no caso do direito ao corpo morto (cadáver). Além disso, se a lesão, por exemplo, à honra do indivíduo ocorrer após o seu falecimento (atentado à sua memória), ainda assim poder-se-á exigir judicialmente que

8 Página8 cesse a lesão (ou sua ameaça), tendo legitimidade para requerer a medida, na forma do parágrafo único do art. 12 do CC/2002, o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau Aplicação dos direitos de Personalidade à Pessoa Jurídica Dispõe o art. 52 do Código Civil: Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade Dos direitos de personalidade em espécies Todo um capítulo novo foi dedicado aos direitos da personalidade no Código Civil de 2002, visando à sua salvaguarda, sob múltiplos aspectos. Tal importante inovação representa um grande progresso e coloca o novo diploma, nesse campo, entre os mais avançados do mundo. O referido capítulo disciplina os atos de disposição do próprio corpo (arts. 13 e 14), o direito à não submissão a tratamento médico de risco (art. 15), o direito ao nome e ao pseudônimo (arts. 16 a 19), a proteção à palavra e à imagem (art. 20) e a proteção à intimidade (art. 21). Estudaremos separadamente cada espécie de direito de personalidade, além dos mecanismos legais de proteção destes direitos A proteção aos direitos de personalidade Os direitos da personalidade destinam-se a resguardar a DIGNIDADE HUMANA por meio de medidas judiciais adequadas, que devem ser ajuizadas pelo ofendido ou pelo lesado indireto. Em regra, a ação cabível é A AÇÃO REPARATÓRIA DE DANOS MORAIS E MATERIAIS Estas podem ser de natureza PREVENTIVA, cautelar, objetivando suspender os atos que ofendam a integridade física, intelectual e moral, ajuizando-se em seguida a ação principal ou de natureza cominatória, com fundamento nos arts. 287, 461 e 644 do Código de Processo Civil, destinadas a evitar a concretização da ameaça de lesão. Pode também ser movida desde logo a ação de indenização por danos materiais e morais, de natureza REPRESSIVA, com pedido de antecipação de tutela, como tem sido admitido. Neste sentido, o art. 12 do Código Civil: Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Pode-se afirmar que, além do próprio ofendido, quando este sofre o gravame, poderão reclamar a reparação do dano, dentre outros, seus herdeiros, seu cônjuge ou companheiro e os parentes em linha reta

9 Página9 ou colateral, até o quarto grau, desde provando o nexo de causalidade, o prejuízo e a culpa, salvo quando se tratar de hipótese de CULPA PRESUMIDA ou de RESPONSABILIDADE INDEPENDENTE DE CULPA. Art. 12 (...) Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. Direito de dispor do próprio corpo Arts. 13 a 15 CC O direito à integridade física compreende a proteção jurídica à vida, ao próprio corpo vivo ou morto, quer na sua totalidade, quer em relação a tecidos, órgãos e partes suscetíveis de separação e individualização, quer ainda ao direito de alguém submeter-se ou não a exame e tratamento médico. O corpo, como projeção física da individualidade humana, também é inalienável, embora se admita a disposição de suas partes, seja em vida, seja para depois da morte, desde que, justificado o interesse público, isso não implique mutilação, e não haja intuito lucrativo. Nesse sentido, em relação ao próprio corpo, foi consagrada regra expressa no art. 13 do CC/2002, nos seguintes termos: Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. O art. 13 nos traz a discussão de dois tópicos importantes, referente à disposição do próprio corpo: A cirurgia de transsexualismo; e A pratica dos transplantes de órgãos. a) Transgenitalização TRANSEXUALISMO Henry Frignet - é reconhecido por entidades médicas como uma doença, em que a pessoa rejeita o sexo físico. Surge, em regra, a necessidade da cirurgia de transgenitalização (adequação de sexo) para afastar tendências de suicídio ou de automutilação (exigência médica). A Resolução n /97 do Conselho Federal de Medicina considera LÍCITA a realização de cirurgias que visam à adequação do sexo, autorizando a sua realização. A Constituição Federal de 1988, por sua vez, em seu art. 5º, X, inclui entre os direitos individuais, a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, fundamento legal autorizador da mudança do sexo jurídico de transexual que se submeteu a cirurgia de mudança de sexo, pois patente seu constrangimento cada vez que se identifica como pessoa de sexo diferente daquela que aparenta ser.

10 Página10 Em conformidade com tal posicionamento, aprovou-se, na IV Jornada de Direito Civil realizada pelo CJF/STJ, o Enunciado 276, do seguinte teor: Enunciado nº 276 da IV JDC: O art. 13 do Código Civil, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência médica, autoriza as cirurgias de transgenitalização, em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, e a consequente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil. Importante trazer a tona a jurisprudência sobre o assunto: JURISPRUDÊNCIA (Informativo 608, STF) O direito dos transexuais à retificação do prenome e do sexo/gênero no registro civil não é condicionado à exigência de realização da cirurgia de transgenitalização. Trata-se de novidade porque, anteriormente, a jurisprudência exigia a realização da cirurgia de transgenitalização. STJ. 4ª Turma. REsp RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 9/5/2017 b) Transplante O art. 13, em seu paragrafo único, autoriza a pratica dos TRANSPLANTES. Tal pratica é regulada pela Lei n /1997, O art. 9º e parágrafos da Lei n /97, regulamentada pelo Decreto n , de 30 de junho de 1997, permitem à pessoa juridicamente capaz dispor GRATUITAMENTE de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo para fins terapêuticos ou para transplantes, desde que o ato não represente risco para a sua integridade física e mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável. Só é permitida a doação em caso de órgãos duplos (rins), partes regeneráveis de órgão (fígado) ou tecido (pele, medula óssea), cuja retirada não prejudique o organismo do doador nem lhe provoque mutilação ou deformação. Em vida, a doação pode ser feita livremente pelo titular, por decisão exclusivamente sua. Permite-se ao donatário, nesse caso, escolher o beneficiário do transplante, desde que se trate de parente evitandose, assim, o caráter pecuniário do ato. Exatamente por isso exige-se que o médico, antes de realizar o transplante entre vivos, comunique ao Promotor de Justiça da comarca do domicílio do doador para que, instaurando um procedimento administrativo-investigatório, possa confirmar o respeito aos requisitos legais, nos termos dos arts. 20 e 25, II, do Decreto n /97. c) Disposição do cadáver Art. 14 O Código Civil de 2002 também se preocupou com o tema do DIREITO AO CADÁVER, consoante se depreende da análise do seu art. 14:

11 Página11 Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. O art. 14 e parágrafo único do Código Civil tratam da DISPOSIÇÃO POST MORTEM GRATUITA DO PRÓPRIO CORPO, disciplinada nos arts. 3º ao 9º da Lei n /97. Nesse caso, a retirada das partes doadas para transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada na forma da lei (art. 3º). Os mencionados dispositivos legais consagram nitidamente o princípio do consenso afirmativo, pelo qual cada um deve manifestar sua vontade de doar seus órgãos e tecidos depois de sua morte, com objetivo científico ou terapêutico, tendo o direito de, a qualquer tempo, revogar livremente essa doação feita para tornar-se eficaz após a morte do doador. A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo do falecido dependerá da AUTORIZAÇÃO de qualquer parente maior, da linha reta ou colateral até o 2º grau, ou do cônjuge sobrevivente, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte (Lei n /97, art. 4º). Em se tratando de PESSOA FALECIDA JURIDICAMENTE INCAPAZ, a remoção de seus órgãos e tecidos apenas poderá ser levada a efeito se houver anuência expressa de AMBOS OS PAIS ou por seu representante legal (Lei n /97, art. 5º). E se o corpo for de PESSOA NÃO IDENTIFICADA, proibida está a remoção post mortem de seus órgãos e tecidos (Lei n /97, art. 6º). Todavia, com fundamento na ideia de que é preciso proteger a dignidade do ser humano e seus restos mortais lhe representam post mortem, tem-se admitido a preservação, como direito da personalidade, do cadáver É indispensável, ainda, que, após a remoção de partes do corpo, o cadáver seja condignamente recomposto e entregue a seus familiares ou responsáveis legais para sepultamento (Lei n /97, art. 8º). A comercialização de órgãos do corpo humano é expressamente vedada pela Constituição Federal (art. 199, 4º). d) Rejeição de tratamento médico ou intervenção cirúrgica Art. 15 Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica

12 Página12 A regra obriga os médicos, nos casos mais graves, a não atuarem sem prévia autorização do paciente, que tem a prerrogativa de se recusar a se submeter a um tratamento perigoso. A sua finalidade é proteger a inviolabilidade do corpo humano. Vale ressaltar, in casu, a necessidade e a importância do fornecimento de informação detalhada ao paciente sobre o seu estado de saúde e o tratamento a ser observado, para que a autorização possa ser concedida com pleno conhecimento dos riscos existentes. Se o paciente sob risco de morte, por convicções religiosas, negar-se à intervenção cirúrgica, mesmo assim deve o médico efetuar a operação? Flavio Tartuce entende que SIM, em casos de emergência, deverá ocorrer a intervenção cirúrgica, eis que o direito à vida merece maior proteção do que o direito à liberdade, particularmente quanto àquele relacionado com a opção religiosa. Em entendimento oposto, a V Jornada de Direito Civil foi aprovado o seguinte enunciado doutrinário (Enunciado n. 403): Enunciado nº 403, V JDC O direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art. 5.º, VI da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou assistente; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante 2.7. Direito ao nome Art. 15 a 19 Os arts. 16 a 19 do CC tutelam o direito ao nome, sinal ou pseudônimo que representa uma pessoa natural perante a sociedade, contra atentado de terceiros, principalmente aqueles que expõem o sujeito ao desprezo público, ao ridículo, acarretando dano moral ou patrimonial. Sendo o nome reconhecido como um direito da personalidade, as normas que o protegem também são de ordem pública. Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Conforme o art. 16 do CC. todos os elementos que fazem parte do nome estão protegidos: o prenome, nome próprio da pessoa, podendo ser simples (v.g., Flávio), ou composto (v.g., Flávio Murilo); o sobrenome, nome, apelido ou patronímico, nome de família, também podendo ser simples ou composto (v.g., Tartuce, Silva); a partícula (da, dos, de); o agnome, que visa perpetuar um nome anterior já existente (Júnior, Filho, Neto, Sobrinho). A proteção de todos esses elementos consta expressamente nos arts. 17 e 18:

13 Página13 Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. Deve ficar claro, como bem pondera Silmara Chinellato, que a tutela do nome cabe mesmo sendo este utilizado indevidamente sem que exponha a pessoa ao desprezo público Nos dois casos, tratados pelos arts. 17 e 18 da codificação, em havendo lesão, caberá reparação civil, fundamentada nos arts. 186 e 927 da codificação privada. Sendo possível, cabem também medidas de prevenção do prejuízo. Nesse sentido, preconiza o Enunciado n. 278, também da IV Jornada de Direito Civil: Enunciado n. 278, IV JDC: A publicidade que venha a divulgar, sem autorização, qualidades inerentes a determinada pessoa, ainda que sem mencionar seu nome, mas sendo capaz de identifica-la, constitui violação a direito da personalidade. Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. O art. 19 do CC consagra expressamente a proteção do pseudônimo, nome atrás do qual se esconde um autor de obra artística, literária ou científica. Essa proteção não constitui novidade, pois já constava no art. 24, II, da Lei 9.610/1998, que elenca os direitos morais do autor. Aliás, prevê especificamente o art. 27 dessa lei específica que os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis. Apesar da falta de previsão, deve-se concluir que a proteção constante no art. 19 do Código Civil atinge também o cognome ou alcunha, nome artístico utilizado por alguém, mesmo não constando esse no registro da pessoa. Acrescenta-se que o direito ao nome é espécie dos direitos da personalidade, pertencente ao gênero do direito à integridade moral, pois todo indivíduo tem o direito à identidade pessoal, de ser reconhecido em sociedade por denominação própria. Tem ele caráter absoluto e produz efeito erga omnes, pois todos têm o dever de respeitá-lo. Dele deflui para o titular a prerrogativa de reivindicá-lo quando lhe é negado. Um dos efeitos da procedência da ação de investigação de paternidade, por exemplo, é atribuir ao autor o nome do investigado, que até então lhe fora negado Direito à imagem e a palavra - Arts. 20 e 21 a) Proteção à palavra A transmissão da palavra e a divulgação de escritos já eram protegidas pela Lei n , de 19 de fevereiro de 1998, que hoje disciplina toda a matéria relativa a direitos autorais. O art. 20 do Código Civil, considerando tratar-se de direitos da personalidade, prescreve que a transmissão e a divulgação da palavra poderão ser proibidos, a requerimento do autor e sem prejuízo da indenização que couber se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a

14 Página14 fins comerciais, salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública. Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815) Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. O paragrafo único do art. 20 estende esta proteção aos parentes do morto e do ausente, cabendo a estes a proteção da honra, boa fama e respeitabilidade do indivíduo. O Enunciado 275 da IV Jornada de Direito Civil realizada pelo Conselho da Justiça Federal entende pela extensão do rol de legitimados do art. 20 do CC ao COMPANHEIRO(A). Vejamos: Enunciado nº 275, JCD: O rol dos legitimados de que tratam os artigos 12, parágrafo único, e 20, parágrafo único, do Código Civil, também compreende o companheiro. É preciso distinguir, ainda, duas classes de interesses nos direitos autorais: os MORAIS e os PATRIMONIAIS. Os primeiros é que, em nossa opinião, são os efetivos direitos da personalidade, enquanto os últimos nada mais são do que manifestações econômicas de um direito de propriedade. Nesse sentido parece ser a disciplina feita pela Lei n /98: Art. 49. Os direitos de autor poderão ser total ou parcialmente transferidos a terceiros, por ele ou por seus sucessores, a título universal ou singular, pessoalmente ou por meio de representantes com poderes especiais, por meio de licenciamento, concessão, cessão ou por outros meios admitidos em Direito, obedecidas as seguintes limitações: I a transmissão total compreende todos os direitos de autor, salvo os de natureza moral e os expressamente excluídos por lei. Por fim, temos que a proteção à transmissão da palavra abrange a tutela da voz, que é a emanação natural de som da pessoa, também protegida como direito da personalidade, como dispõe o inc. XXVIII, a, do art. 5º da Constituição Federal, verbis: Art. 5º (...) XXVIII são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas. b) Proteção à imagem DIREITO À IMAGEM: em definição simples, constitui a expressão exterior sensível da individualidade humana, digna de proteção jurídica. Para efeitos didáticos, dois tipos de imagem podem ser concebidos, como IMAGEM-RETRATO (que é literalmente o aspecto físico da pessoa) e IMAGEM-ATRIBUTO (que corresponde à exteriorização da personalidade do indivíduo, ou seja, à forma como ele é visto socialmente).

15 Página15 O CC/2002, de forma expressa, consagra o direito à imagem, em seu art. 20: Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815) Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. Portanto, considerando que a imagem, que abrange até mesmo a transmissão da palavra (ou seja, a voz), traduz a essência da individualidade humana, a sua violação merece firme resposta judicial. Por isso, não só a utilização indevida da imagem (não autorizada) mas também o desvio de finalidade do uso autorizado (ex.: permite-se a veiculação da imagem em out door, e o anunciante a utiliza em informes publicitários) caracterizam violação ao direito à imagem, devendo o infrator ser civilmente responsabilizado. A despeito, portanto, de a natureza do próprio direito admitir a sua cessão de uso, a autorização do titular há de ser expressa, não se admitindo interpretação ampliativa das cláusulas contratuais para se estender a autorização a situações não previstas. A parte lesada pelo uso não autorizado de sua palavra ou voz ou de seus escritos, bem como de sua imagem, pode obter ordem judicial interditando esse uso e condenando o infrator a reparar os prejuízos causados. c) Proteção à intimidade Direito à privacidade: também considerada inviolável pelo inciso X do art. 5º da CF, a vida privada é entendida como a vida particular da pessoa natural (right of privacy), compreendendo como uma de suas manifestações o direito à intimidade. Trata-se de um direito da personalidade, cuja tutela jurídica veio a ser consagrada, também, no art. 21 do CC/2002, a saber: Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. Manifesta-se, principalmente, por meio do direito à intimidade, não obstante a proteção legal da honra e da imagem lhe seja correlata. O elemento fundamental do direito à intimidade, manifestação primordial do direito à vida privada, é a exigibilidade de respeito ao isolamento de cada ser humano, que não pretende que certos aspectos de sua vida cheguem ao conhecimento de terceiros 60. Em outras palavras, é o direito de estar só.

16 Página16 Há vários elementos que se encontram ínsitos à ideia de intimidade: o lar, a família e a correspondência são os mais comuns e visíveis Direito à honra A honra é um dos mais significativos direitos da personalidade, acompanhando o indivíduo desde seu nascimento até depois de sua morte. Consiste em um conceito valorativo, que pode se manifestar sob duas formas: HONRA OBJETIVA: correspondente à reputação da pessoa, compreendendo o seu bom nome e a fama de que desfruta no seio da sociedade; e HONRA SUBJETIVA: correspondente ao sentimento pessoal de estima ou à consciência da própria dignidade. Trata-se, também, de um direito da personalidade alçado à condição de liberdade pública, com previsão expressa no inciso X do art. 5º da CF/88 ( X são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação ).

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