CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS UNI-ANHANGUERA REMIÇÃO COMO DIREITO DO PRESO

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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS UNI-ANHANGUERA REMIÇÃO COMO DIREITO DO PRESO Centro Universitário de Goiás Uni -Anhanguera Direito Penal - Projeto Pesquisa Juliana de Brito Rudgeri Silva RESUMO O presente artigo de pesquisa, busca trazer os aspectos da remição como um direito adquirido do preso condenado, bem como seus requisitos, conceitos, natureza jurídica, as pessoas que podem ser beneficiadas, e as novidades dentro do assunto, como por exemplo, a remição pelo estudo, que é hoje um projeto e uma necessidade, devido ao sentido de humanização da sociedade na busca de leis mais justas e humanas. A remição trata do abatimento da pena, não se confundindo como o perdão de que trata a remissão (com ss) da pena. O instituto da remição trás consigo algumas discussões em se tratando de remição pelo trabalho e pelos estudos, mesmo não havendo lacunas na LEP que possa ser suprida pela interpretação analógica ou pela edição de portaria por autoridade destituída de poderes para alterá-la. Mas o questionamento é necessário para que haja o devido esclarecimento acerca do que é justo, no que diz respeito à remição como direito adquirido. Introdução Dentro do contexto da remição, foi buscado embasamento de acordo com o entendimento de muitos doutrinadores, como Júlio Fabrini Mirebete, Jason Albergaria, José Antônio Paganella, bem como vários artigos, tirados da internet, de estudiosos do Direito. Pode-se dizer que a remição é um benefício que o preso que cumpre pena e, regime fechado ou semi-aberto tem, tendo em vista que a remição só alcança condenado à pena de reclusão.

2 Mesmo sendo, a remição, um direito do preso e uma obrigação do Estado, nas penitenciárias onde não existe o oferecimento de oficinas de serviços, os presos não são beneficiados com o instituto, o que torna um direito a ela um direito morto, visto não ser por culpa deles (presos), que não estão trabalhando. Além do trabalho feito, o preso pode receber até ¼ do salário mínimo para poder, enquanto estiver preso, ajudar de alguma forma, sua família que está fora da penitenciária e às vezes, passando dificuldades; garantir ainda, que quando sair da prisão, terá algum dinheiro para começar a vida, tendo em vista que o retorno de um preso à vida em sociedade não é fácil, por gerar grandes desconfianças por parte das pessoas que sabem que ele é um preso recém saído de uma penitenciária. Por ter, a remição, caráter geral, e por inexistir obrigação legal, aplica-se também aos condenados por crimes hediondos, visto que, não encontra nenhuma violação à Lei nº 8.072/90. Todo ser humano tem direitos e deveres. Isso acontece em qualquer parte do mundo. Em grande número de países há pessoas que tem mais direitos do que as outras. Existem diferenças também quanto ao respeito pelos direitos, pois enquanto em certos países os direitos fundamentais da pessoa humana são respeitados, em outros quase não há respeito. E com relação ao condenado não poderia ser diferente, uma vez que ele conserva todos os direitos não atingidos pela condenação. A remição é um desses direitos. A remição busca, dentro do princípio da dignidade humana, o melhoramento da natureza da pena ao condenado, uma vez que se trata de um benefício àquele preso que já cumpriu uma parte de sua pena e busca um modo de melhorar sua situação, moral e financeira, no sentido de que como o trabalho efetuado por ele, irá receber uma certa quantia em dinheiro e também verá diminuído os dias a serem cumpridos dentro do estabelecimento carcerário. Histórico

3 A remição tem origem no Direito Penal Militar da guerra civil e foi estabelecido por decreto de 28 de maio de 1937 do governo franquista, para ser aplicado aos prisioneiros vencidos, da guerra civil espanhola e condenados por crimes especiais. Em 07 de outubro de 1938 foi criado um patronato central para tratar da redención de penas por el trabajo e a partir de 14 de março de 1939 o benefício foi estendido aos crimes comuns (RODRIGUES, 1971, p.763) Em nosso país a remição foi incorporada pela Lei de Execução Penal - LEP e tem-se constituído num importante instrumento de desprisionalização. Apesar da remição ser um importante meio de redução de tempo em que o condenado permanece encarcerado, sendo esse um processo de humanização do sistema de execução de pena, ressalta-se a grande maioria dos condenados não terem acesso ao benefício, pois faltam condições dentro dos presídios para que eles possam usufruir de tal concessão. Uma parte da doutrina já admite o direito à remição mesmo quando o condenado se dispuser ao trabalho e não puder faze-lo por falta de oportunidade de atividade laboral por parte da administração do presídio, porém, nas jurisprudências dos Tribunais Superiores, a matéria ainda não foi objeto de discussão e decisão. Conceito Remição é o cômputo na pena do condenado, dos dias trabalhados, enquanto na prisão, com efeito de abreviar o tempo de cumprimento da pena. Introduzida pela Lei nº7.210/84 (Lei de Execução Penal - LEP), prevê no art. 126 que o condenado que cumpre pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, pelo trabalho, parte do tempo de execução da pena. A contagem é feita à razão de 1 (um) dia de pena por 3 (três) dias de trabalho ( 1, art. 126 da LEP) e alcançará também o preso que se encontra impossibilitado de continuar o trabalho por ter sido vítima de acidente durante o trabalho prisional - 2 do mesmo artigo (FERNANDES,2000). Procedimento

4 A remição (abatimento de 1 dia de condenação por 3 dias de trabalho) ocorre de maneira gradual ao longo da execução da pena. O preso, que trabalha, assina uma folha de ponto (ficha laborativa) que é remetido à Vara de Execuções Penais ou órgão judiciário com atribuição correspondente para sua homologação. 1 Depois de homologada a ficha é juntada ao processo que é remetido ao setor de cálculo, onde são debitados os dias remidos do total da pena. A remição será declarada pelo juiz da execução ouvido o Ministério Público. O tempo será computado para a concessão do livramento condicional e indulto. A autoridade administrativa encaminhará, mensalmente, ao juízo da execução cópia do registro de todos os condenados que estão trabalhando e dos dias de trabalho de cada um deles. Será dado ao condenado, a relação de seus dias remidos. Natureza Jurídica A natureza jurídica da remição dá margens a alguns equívocos com relação à interpretação. O disparate com relação ao preso que trabalha com o que não trabalha é escandaloso, visto que, o preso que não trabalha, se vier a cometer uma falta grave, somente sofrerá as punições correspondentes à infração (art.59 da LEP), enquanto que o preso que trabalha, nas mesmas condições, será infligido com as sanções mais a perda dos dias remidos. A remição é a principal razão da atividade e sua perda representa uma investida contra o trabalho. À lua da ótica sociológica, a perda dos dias remidos afronta direitos humanos básicos que devem orientar a execução penal e desestímulo à perseverança laboral. Ainda, a perda da remição, é motivo de vergonha e humilhação, fazendo com que o condenado, se indigne e revolte e transforma pessoa que raramente volta a trabalhar e passa a ter desvios de conduta e personalidade. 2 Quem pode se beneficiar 1 Art. 126 da Lei nº 7210/84, Lei de Execuções Penais: o condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semi-aberto, poderá remir, pelo trabalho parte do tempo de execução da pena.

5 A remição se aplica a todos os casos de execução da pena reclusiva, a réu (condenado) primário ou reincidente e no regime fechado ou semi-aberto. Importante salientar que a remição aplica-se, também, aos condenados por crimes hediondos, que cumprem suas penas de acordo com as regras impostas por esse sistema punitivo. As penitenciárias onde não são oferecidos os benefícios da remição, o condenado perde o direito, mesmo não tendo sido sua a opção, o que fere claramente os Princípios da Isonomia e da Dignidade humana. Alguns doutrinadores discutem a inconstitucionalidade da Lei 8.072/90 (crimes hediondos), visto que a mesma não privilegia o condenado com a progressão, devendo cumprir sua condenação em regime integralmente fechado, contudo a remição os alcança, por ser um direito do preso condenado ao regime de fechado ou semi-aberto. É o que nos diz : o instituto da remição foi criado pela Lei de Execução Penal, e tem ela caráter geral, abrangendo todos os condenados sujeitos a esse diploma legal. Como na Lei nº 8.072/90, não existe restrição à possibilidade de o condenado por crime hediondo ou equiparado obter esse benefício (MIRABETE, 2003, P. 262). Competência A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvido o Ministério Público, e o deferimento do pedido depende de comprovação da execução da jornada mínima de 6 horas e máxima de 8 horas diárias 3 [...] que a remição depende de declaração do juiz da execução, ouvido previamente o Ministério Público. Deverão estar comprovados não só os dias de trabalho efetivo do sentenciado, como também a jornada diária não inferior a seis horas (MIRABETE, 2003, p. 262). Remição pelo trabalho 2 www1.jus.com.br/doutrina/texto- acesso em 19/03/05. 3 Art. 126; 3º da LEP.

6 Tendo por base a LEP, em seu art. 126 e a doutrina brasileira, nos poucos comentários a respeito do tema, sobressaem duas interpretações acerca do assunto. Uma diz que, o tempo de pena remida, deverá ser somada à pena privativa de liberdade cumprida, para benefícios tais como a progressão de regime, livramento condicional e indulto. A outra, mais prejudicial e largamente adotada, diz respeito ao abatimento do lapso remido no total da condenação imposta, sendo que dessa nova pena, é onde irá se calcular os prazos para os benefícios assegurados pela legislação. Nessa interpretação, o condenado não vislumbra benefício de remição pelo seu trabalho, pois necessitaria, na realidade, de muito mais que 3 (três) dias de labor para o desconto de 1 (um) dia de prisão. Enquanto que, na primeira exegese, o tempo remido deverá ser somado à pena cumprida, o reeducando obterá realmente 1 (um) dia a cada 3 (três) de trabalho, o que o incentivaria ao labor, uma vez que estaria vendo diminuir o tempo de prisão. recluso: Arminda Bergamini Miotto fala sobre a importância do trabalho na vida do Se o condenado, antes da condenação, já tinha o hábito do trabalho, depois de condenado, recolhido a estabelecimento penal, o trabalho que ele exercer manter-lhe-á aquele hábito, impedido que degenere; se não o tinha, o exercício regular do trabalho, conforme as suas aptidões contribuirá para ir gradativamente disciplinando-lhe a conduta, instalando-se na sua personalidade o hábito da atividade disciplinada. Se o condenado não trabalhar na prisão, ou pelo menos, não o fizer regularmente, ao recuperar a liberdade não será capaz de fazer o esforço, que às vezes é verdadeira luta, para obter um trabalho e manter-se nele; ainda que o serviço social lhe consiga trabalho, ele talvez não saiba ou não queira fazer o esforço para manter-se na atividade. Não será de admirar-se que, nessas condições, ele venha a reincidir no delito ( in Curso de Direito Penitenciário, v. 2, Saraiva, 1975, p. 495/496). O trabalho traz ao recluso novo ânimo para se ressocializar, devendo, portanto, ser estimulado premiando adequadamente sua atividade laboral de acordo com os ditames do Direito e da Justiça, gerando no condenado a sensação de que o trabalho realmente compensa 4. Apesar da remição ser um importante meio de redução de tempo em que o condenado permanece encarcerado, sendo esse um processo de humanização do 4 www1.jus.com.br/doutrina/texto- acesso em 19/03/05.

7 sistema de execução de pena, a grande maioria dos condenados não tem acesso ao benefício, pois faltam condições, dentro dos presídios, para que ele possam usufruir de tal concessão. Parte da doutrina já admite o direito à remição, mesmo quando o condenado se dispuser ao trabalho e não puder faze-lo por falta de oportunidade da atividade laboral por parte da administração do presídio, porém, nas jurisprudências dos Tribunais Superiores, a matéria ainda não foi objeto de discussão e decisão. Hoje tanto a doutrina como a jurisprudência, entendem que, o tempo de remição deve ser considerado como efetivo tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade cumprida em regime fechado ou semiaberto. 5 Mirabete (1987), Pinto da Silva e Paganella Boschi (1987) entendem que, a remição deve ser computada como pena efetivamente cumprida, para todos os efeitos legais. Da mesma forma que a detração, o tempo remido deve ser computado como de pena privativa de liberdade efetivamente cumprida, para todos os efeitos legais. No STJ o entendimento é de que, a remição pelos dias trabalhados, consoante disposição do art. 126 da LEP, deve ser considerado como de pena efetivamente cumprida. A remição pelo trabalho [...] deve ser compreendida na mesma linha conceitual da detração, computando-se o tempo remido como de efetiva execução da pena restritiva de liberdade. 6 O dispositivo legal utilizou o termo remição e através da hermenêutica jurídica, verifica-se que o verbo remir possui a acepção de resgatar, ressarcir, pagar, ou seja, o condenado paga, resgata de parte de sua pena. A perda do período de remição é ponto divergente entre doutrina e jurisprudência. O art. 127 da LEP é expresso ao determinar a perda do tempo remido pelo cometimento de falta grave pelo condenado. Odir Pinto da Silva e José Antônio Boschi entendem que este dispositivo ofende a nossa consciência jurídica e o nosso sentimento de justiça (BOSCHI, 1987, p.293). 5 acesso em 19/03/05. 6 RESp RS, DJU ,p. 147, 6º Turma.

8 execução. 7 No STJ, a 5º e 6º Turma, firmou posição contrária à doutrina ao explicar André Gustavo Isolda Fonseca e Carmem Silva de Moraes Barros entendem que a cláusula Rebus Sic Stantibus (as coisas voltam como era no princípio), só podem ser usadas nos casos de modificação da qualidade da pena e não de quantidade de pena e que é clara a inconstitucionalidade do ar. 127 da LEP, pois este fere a coisa julgada e porque impede a correta individualização da pena em que: cometida falta grave pelo preso, cabe ao juízo da execução decretar a perda dos dias remidos. O Acórdão está fundamentado na assertiva de que, tal medida não ofende o direito adquirido e coisa julgada, pois o instituto da remição, gera, tão somente, expectativa de direito, mesmo porque seu reconhecimento não produz coisa julgada material 8. Ratificado pelo STF, que o fundamenta no art. 50 da LEP, que diz : perde o direito ao tempo remido o condenado que cometer falta grave.contudo, o Egrégio Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo, em acórdão precursor, decidiu:..se para as sanções severas, como o isolamento, a suspensão e a restrição de direitos, não se pode exceder de trinta dias o período de imposição (LEP art. 58), o mesmo deve ocorrer com a perda dos dias remidos, para cada falta grave. Aliás, isso possibilita não somente um limite para cada sanção dessa espécie como individualiza e gradua a punição aplicada sem que se percam todos os frutos do trabalho e bom comportamento do sentenciado de uma única vez. Portanto, é de se entender que a sanção administrativa adicional, que é a perda dos dias remidos, por conta de falta disciplinar grave, deve ser fixada pelo juiz, considerando os antecedentes da conduta do apenada e as conseqüências do seu ato, até o limite previsto no art. 58 da LEP. Seria um ponto relevante a ser pensado, a revogação ou alteração do referido dispositivo, para minorar a rigidez da regra ali contida, onde, concedida a remição e incorporado o seu tempo ao tempo de cumprimento da pena para a concessão de progressão de regime, já não seria mais possível a revogação do tempo remido 9. Analisando o tema, está claro que no seio da nossa sociedade, o espírito retributivo do ius puniendi está em voga, ou melhor, sempre esteve. O preso é afastado da própria sociedade como um estorvo para a população. Ele é esquecido 7 FONSECA, André Gustavo Isolda, Revista de Ciências Criminais, nº 24, 1998; Carmem Silva Moraes, Revista dos Tribunais, 2001, p acesso em 19/03/05. 9 Idem.

9 dentro de presídios a condições sub humanas, o que o torna mais revoltado e conseqüentemente reincidente no crime. Desta forma a ausência de trabalho leva de volta para as prisões àqueles que, tendo já cumprido sua pena ou alcançados por algum benefício, conseguem a liberdade. Liberdade esta, que se torna ilusória na medida em que o indivíduo continua preso ao preconceito dado ao seu passado e mais uma vez o trabalho se torna um sonho distante, quase uma ilusão. 10 Ora, pela simples lógica que seja as relações jurídicas, se o trabalho é um direito do preso, torna-se então, automaticamente, um dever para o Estado de fornecer trabalho para o reeducando. A exposição de motivos da Lei de Execução Penal dispõe: O projeto conceitua o trabalho dos condenados presos, como dever social e condição de dignidade humana, tal como dispõe a Constituição Federal no art. 160, II - acentuando-o em dupla finalidade: educativa e produtiva [...]. Sendo obrigatório trabalho do preso e não o atribuindo o Estado ao sentenciado, poderá este ver reconhecida a remição mesmo não tendo desempenhado a atividade laborativa quando esta decorrer de deficiência do presídio onde cumpre a pena. A atribuição de trabalho e sua remuneração, são direitos do preso (MIRABETE, 2002, p. 262). É preciso enxergar com clareza a importância da remição na vida do detento, dentro da execução penal, pois o ócio é que alimenta o mal vivido dentro (e fora) das penitenciárias. O trabalho na execução penal está subordinado à disponibilidade de trabalho na unidade (art. 28 e ss.lep); à aptidão do condenado ao trabalho oferecido (art. 31 da LEP) e à retribuição pelo trabalho realizado. Trabalhando ou não, deve o preso ter direito aos dias de remição, a não ser que se comprove, no processo de execução, que lhe foi oferecido trabalho, em condições dignas, e o mesmo se recusou a exerce-lo. Nenhuma forma de execução penal terá real proveito se não se levar em conta a capacidade laborativa do presidiário, e faze-la exteriorizar dentro das limitações de cada presidiário. Trabalho 10 SANTOS, Pedro Sérgio dos, Revista Conselho Penitenciário de Goiás, 1995/1998. p. 34.

10 para ocupar o tempo e os pensamentos do preso para que esse, não tenha tempo de ter pensamentos para futuras práticas delituosas. Trabalho como forma de angariar pecúlio, trabalho para efetuar o pagamento da pena pecuniária. Trabalho para promover a indenização à vítima (ou seus sucessores) decorrente do crime 11. Trabalho como instrumento valorização pessoal, e de ampliação dos próprios horizontes profissionais. Remição pelos estudos Com relação à remição pelos estudos, existem duas correntes: uma favorável e outra não favorável. A corrente favorável diz que a LEP não exclui expressamente a remição através do estudo, e que ainda, fazendo jus à finalidade maior da execução da pena, que é a recuperação do preso, a remição é uma questão de justiça ao seu esforço de reintegrar-se por meio do estudo. Alguns juízes utilizam o critério da analogia para a concessão da remição da pena pelo estudo. Na hipótese, ela seria reconhecida através da analogia in bonan partem, uma vez que não há vedação legal. Por sua vez, a corrente não favorável (e entre outros doutrinadores, ALBERGARIA) à concessão da remição diz que, não existe outra forma de remição de pena a não ser aquela decorrente do trabalho prestado. O Ministro Francisco de Assis Toledo afirma que ainda não existe na legislação a remição pelo simples estudo e que portanto, o problema não existe. Então não há como conceder a remição pelo estudo devido a ausência de previsão legal. Contudo mostram-se preocupados, os operadores do direito, para a necessidade de alteração da LEP, propondo a contemplação da remição pelo estudo 12. No entanto, é de se notar que já existe proposta para a alteração do instituto da remição da pena, cujo proponente é o conselheiro Maurício Kuehne, junto coma comissão formada para a reforma da LEP, no sentida de permissão da remição pelo estudo, que disporá de aproveitamento da remição, inclusive de forma cumulada, pelo 11 Direito Penal e Execução Penal. p. 303/304 Ed. Zanmenhof in Mesa Redonda A Reforma da LEP- Brasília Agosto de 1998 Anais FAP/DF, P. 291/299.

11 trabalho, ou freqüência e aproveitamento a curso regular ou profissionalizante, de qualquer nível devidamente autorizado, parte do tempo de execução da pena. E ainda, que o tempo remido será feito a razão de 1(um) dia de pena por 3 (três) de trabalho e de 12 (doze) horas de estudos por 1 (um) dia de pena (art. 126, caput e 1º proposta de alteração do instituto). Consta como diretriz básica da política penitenciária nacional a viabilização junto ao Congresso Nacional para se inserir no direito penal brasileiro a remição da pena pelo processo educacional, em virtude de freqüência e aproveitamento em curso de qualquer grau, ou nível ou modalidade de ensino (MIRABETE, 2003, p. 262). O legislador federal ao instituir a LEP, tinha a finalidade de reintegrar e entregar à sociedade um indivíduo melhor do que aquele que recolheu ao sistema penitenciário. Então, dentro do contexto, e além dele, cabe ao Estado, enquanto órgão encarregado de processar o indivíduo que enveredou por caminhos tortuosos da marginalidade, executar a pena dentro dos princípios que norteiam a execução penal. Conclusão Os doutrinadores entendem que a remição pelo trabalho é um direito adquirido pelo preso condenado que cumpre sua pena em regime fechado não havendo margens à dúvidas. Já a remição pelos estudos, é ainda um projeto de alteração do instituto. Contudo, a preocupação com relação à remição pelos estudos, é uma realidades por parte dos operadores do direito, no sentido de haver a necessidade de tal concessão, para a efetivação do Estado Democrático de Direito. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS in Curso de Direito Penitenciário, v, 2, Saraiva, 1975, p. 495/496. PEREIRA, Marcelo Polachini, A Remição à luz da ressocialização do condenado. Jus Navegandi, Teresina, ª 4, nº 45, set Disponível em:

12 www1.jus.com.br/doutrina/texto. BARROS, Carmem Silvia de Moraes. A individualização da pena na Execução Penal, São Paulo, Revista dos Tribunais, FONSECA, André Gustavo Isolda, Considerações acerca da perda da remição prevista no art. 127 da LEP. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo: nº 24, out-nov/1998. www1.jus.com.br/doutrina/texto - acesso em 19/03/05. MIRABETE, Júlio Fabrini, Execução Penal. São Paulo: Atlas, 1997; Execução Penal no Brasil: aspectos constitucionais e legais. RT, São Paulo; E Manual de Direito Penal, Parte Geral, 20ª Edição, São Paulo: Atlas, SILVA, Odir, Odilon Pinto da e BOSCHI, José Antônio Paganella. Comentários à Lei de Execução Penal, Rio de Janeiro: Aide, ROCHA, Felippe Borring. Remição: reflexões acerca da interpretação jurisprudencial prevalente do art. 127 da LEP. Jus Navegandi, Teresina, ª 4, n 44, ago Disponível em: www1.jus.com.br/doutrina/texto. ALBERGARIA, Jason. Das penas e da execução penal, Ed. Del Rey, 2a.ed., in mesa Redonda - A reforma da Lei de Execução Penal - Brasília- Agosto de Anais - FAP/DF. HIRAGA, Wener Keiji. Remição pelo estudo. Jus Navegandi, Teresina, ª 7, nº 64, abr Disponível em: www1.jus.com.br/doutrina/texto. SANTOS, Pedro Sérgio dos, Revista do Conselho Penitenciário de Goiás. 1995/1998. MIOTTO, Arminda Bergamini, in curso de Direito Penitenciário, Ed. Saraiva1975.

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