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1 Jornal do Commercio (RJ) Seu Negócio Conveniência é o maior valor Estações de trem guardam oportunidades nas áreas de alimentação e beleza VINICIUS NEDER A alimentação sempre foi o forte do comércio nas estações de trens urbanos da região metropolitana do Rio de Janeiro. Com a privatização da malha ferroviária, em 1998, houve uma retomada dos investimentos no comércio e os segmentos se diversificaram. Além de cafeterias, lanchonetes, tabacarias e pequenos mercados, perfumaria e venda de bijuteria encontraram seu espaço. A intenção da SuperVia, concessionária responsável pela administração da ferrovia no Rio, é aumentar a área dos pontos comerciais em 10%, nas 89 estações de trem. Segundo Regina Amélia Costa Oliveira, diretora de desenvolvimento da SuperVia, ainda neste primeiro semestre será inaugurado um centro comercial na estação de Nova Iguaçu. - Outras 19 estações têm condições de abrigar projetos semelhantes. Atualmente, temos 500 pontos comerciais nos espaços administrados pela SuperVia, fora a Central do Brasil, que é tombada pelo Município e possui espaço para, no máximo, mais cinco pontos - explica Regina. O preço do aluguel dos espaços varia de R$ 50 a R$ 400 por metro quadrado. "A tabela de preços é apresentada ao interessado e podemos negociar", avisa a diretora da SuperVia. A empresa faz estudos e análise do investimento juntamente com os candidatos, ajudando-os a escolher o ponto e evitando a proximidade de concorrentes. A Central do Brasil continua sendo a principal vitrine, pois atrai também consumidores que não usam o meio de transporte. José Cassemiro, sócio de uma cafeteria, uma casa de sucos e uma lanchonete, está na estação desde a década de 70. Ele avalia que, apesar dos momentos de crise, o negócio ainda é bom. - Quando a SuperVia assumiu, negociou mudanças na disposição dos pontos comerciais da Central. O acesso à administração é mais fácil atualmente do que na época da administração pública - conta Cassemiro, completando que a empresa exigiu também reforma nas lojas, depreciadas ao longo dos anos 80. Segundo Maria Garcia, consultora para o varejo do Sebrae/RJ, ao investir num ponto comercial nas estações de trem, não se pode deixar de levar em conta que ele estará num lugar de passagem. A pressa é uma das principais características dos clientes e os produtos vendidos devem ser de aquisição imediata. Por isto, os segmentos de alimentação sempre fizeram sucesso. Mas há espaço também para bijuteria, farmácia (principalmente voltada para medicamentos de uso cotidiano, como analgésicos) e jornais, livros e revistas. "Segmentos marcados pela conveniência são os que têm mais chance de dar certo", afirma Maria. Além da conveniência, há estratégias para fidelizar os clientes. Cassemiro, há tantos anos na Central do Brasil, aposta na maneira de fazer o café. "Temos consumidores fiéis em nossa cafeteria, a Universidade do Café, porque fazemos o mesmo cafezinho há anos. Se mudarmos a maneira de fazer o café, o cliente vai perceber", diz. 1

2 Para determinar o tipo de produto oferecido é preciso ficar de olho no cliente, avisa a consultora. Para isto, observação e pesquisas sobre o perfil do consumidor da área, como as que a SuperVia apresenta aos interessados, são importantes. Os passageiros da SuperVia pertencem, em sua maioria, às classes baixa e média baixa. - Apesar do poder aquisitivo do consumidor que passa nas estações ser baixo, ele consome. Basta adequar os produtos oferecidos às possibilidades do cliente - avalia Maria Garcia. Outro fator importante, lembra a consultora, é a adaptação aos hábitos dos passageiros. O comércio de alimentação é mais antigo e tradicional. Mas os outros segmentos dependem do costume de comprar produtos diferentes de comida e cigarros nas estações. Segundo a consultora do Sebrae/RJ, aos poucos, os passageiros se acostumam a comprar coisas diferentes nas estações. O perfil dos consumidores exige produtos sem muita sofisticação e com preços baixos. Mesmo assim, Joner Dornelles, franqueado de O Boticário, resolveu abrir um quiosque na Central do Brasil, há dois anos e meio. Ele não se arrepende do investimento, embora o público-alvo da perfumaria não seja exatamente o das estações de trem. - Apesar de o volume de vendas neste quiosque ser menor, ele é rentável por que seu custo é baixo - afirma Dornelles. Segundo ele, a sub-locação do espaço ali é mais barata do que num shopping, por exemplo. "Apesar do consumidor que passa por ali ter um poder aquisitivo menor, o volume de pessoas é muito grande", completa. Há também diferenças no comportamento de consumo. "O cliente de baixa renda costuma andar com o dinheiro contado. Portanto, é comum ver o produto num dia e levar o dinheiro para comprá-lo somente no dia seguinte, ao passar pela estação", diz Maria Garcia. Dornelles completa afirmando que "a atividade na Central é basicamente durante a semana". 2

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6 Hoje em Dia (MG) Minas Ministro autoriza obras em três rodovias MONTES CLAROS - O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, retorna hoje a Montes Claros, Norte de Minas, para assinar ordem de serviço para recuperação das BRs-135, 251 e 365, que cortam a região. As construtoras Pavisan, Conserva e Cros receberão autorização para, a partir da próxima segunda-feira, colocarem as máquinas para trabalhar. Será um dos últimos atos de Anderson Adauto no Ministério dos Transportes, já será substituído no cargo nos próximos dias. Em menos de um ano, ele esteve em Montes Claros três vezes, sempre anunciando essa obra. A primeira visita do ministro ao Norte de Minas foi em 21 de março de 2003, quando participou de reunião da Comissão de Transportes da Assembléia Legislativa, no auditório da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), vistoriando na ocasião 20 quilômetros da BR-135. No dia 3 de julho, ele retornou a Montes Claros, acompanhado do vice-presidente José Alencar, quando anunciou que estava em fase de elaboração o projeto de recuperação da BR-135. Nessa data, ele assinou a ordem de execução do projeto do Anel Rodoviário Leste de Montes Claros. Finalmente, no dia 31 de janeiro de 2004, Anderson Adauto retornou a Montes Claros para autorizar uma Operação Tapa- Buracos. O chefe do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit) no Norte de Minas, engenheiro José Barros, explica que, ainda em dezembro, foi realizada a licitação para restauração das três rodovias, pois o Banco Mundial já aprovou os projetos e a liberação de recursos. Foram autorizados os trechos Montes Claros- Francisco Sá da BR-251 e Montes Claros-Joaquim Felício-BR 040, da BR-135. A BR- 365, no trecho Pirapora-Uberlândia, também voltou a pauta, pois estava licitado desde Onde a pista está mais estragada, será construída uma nova pista de rolamento. Também será feita nova sinalização vertical e horizontal. Na manhã de ontem, o deputado Gil Pereira informou que o ministro Anderson Adauto visitará várias cidades mineiras em seus últimos dias no cargo, iniciando a caravana por Barbacena e, na seqüência, passando por Montes Claros, Curvelo e Ipatinga. A chegada do ministro hoje a Montes Claros está prevista para as 12 horas, quando imediatamente se deslocará para o prédio da Câmara Municipal. Lá, ele se reúne com lideranças regionais e assina a ordem de início das obras de restauração. 6

7 Hoje em Dia (MG) Coluna Márcio Fagundes Entrou areia Dado como pule de 10 à frente do Dnit nacional, entrou em parafuso nas últimas horas a indicação de Alexandre Silveira de Oliveira, hoje responsável pelo órgão no Estado. Em Brasília, mais precisamente nos corredores do Ministério dos Transportes, não era dada como tão certeira assim a sua posse à frente do órgão. 7

8 Diário Catarinense (SC) Coluna Estela Benetti Pressão para evitar greve dos fiscais agroindustriais "Se os fiscais de inspeção dentro das empresas e nos portos fizerem greve, a partir desta segunda-feira, como estão prometendo, as agroindústrias catarinenses poderão ter o maior prejuízo da sua história, pois deixarão de abater mais de 1 milhão de frangos/dia, além de suínos e bovinos." O alerta é do secretário de Agricultura de SC, Moacir Sopelsa, que ontem enviou, para o gabinete do presidente Lula, em Brasília, um documento assinado pelos governadores de SC, Luiz Henrique da Silveira, e do RS, Germano Rigotto, solicitando que a área econômica do governo atenda boa parte das reivindicações feitas pelo Ministério da Agricultura para a área. Além do abate de animais, a greve provocará problemas para as exportações dos produtos agrícolas e vegetais, incluindo madeiras e frutas, como a maçã de SC e RS, cuja colheita ocorre agora. Conforme Sopelsa, o ministério não está recebendo recursos que garantam suporte mínimo das atividades de manutenção para que os fiscais possam desenvolver seu trabalho. "Não há verba nem para manutenção dos veículos oficiais usados na fiscalização", alerta. A mobilização dos fiscais é por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A busca de soluções para que os fiscais não entrem em greve também mobiliza parlamentares da Comissão de Agricultura. O deputado catarinense Odacir Zonta fez pronunicamento, ontem, alertando sobre o problema "que poderá provocar um verdadeiro blecaute nas exportações nacionais de carnes e de grãos". A pressão maior está sendo ao ministro do Planejamento, Guido Mantega. Peso de cargas Atendendo solicitação da Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado (Fetrancesc), o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, durante 10 dias, a partir de segunda-feira, vai desenvolver a "Operação Balanças", sem multas. O período será dedicado à educação dos motoristas e empresas. Depois desse período, os caminhões que trafegarem com excesso de peso nas rodovias estaduais serão multados. A Polícia Rodoviária Estadual instalou sete balanças no Estado, todas avaliadas pelo Inmetro. 8

9 Diário Catarinense (SC) Geral Moradores fecham a BR-101 Rodovia ficou interrompida por meia hora em pressão pela duplicação ANDREI NETTO/ AGÊNCIA RBS/TERRA DE AREIA-RS Os poucos manifestantes que deram a largada, quarta-feira, em Osório, à 1ª Marcha pela Duplicação da BR-101 receberam na manhã de ontem a adesão de milhares de habitantes de Terra de Areia na luta pela obra. Em um protesto que paralisou o trânsito da rodovia por cerca de 30 minutos e que causou congestionamento de seis quilômetros, políticos, estudantes e habitantes da região clamaram pelo fim da precariedade no trecho da estrada onde morreram 137 pessoas em Avaliada como um sucesso por seus organizadores, a manifestação paralisou não só o trânsito no município, no quilômetro 47 da rodovia. Escolas e empresas fecharam as portas para engrossar o protesto com estudantes e trabalhadores. Para reduzir o caráter político do ato - realizado em frente à Câmara de Vereadores -, em lugar de discursos de autoridades houve uma celebração ecumênica. Dois objetivos foram lembrados: a duplicação aumentaria o desenvolvimento econômico da região e reduziria a mortandade no trânsito. "A rodovia está defasada há pelo menos 10 anos e seu fluxo é, hoje, 10 vezes maior que o previsto. É preciso continuar o movimento de pressão para que conquistemos a duplicação", defendeu o prefeito de Terra de Areia, José Alberto Sarate. Para garantir a segurança do evento, patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal (PRF) orientaram a interrupção do trânsito. Talvez nem fosse preciso. Depois da liberação do tráfego, motoristas que tiveram de aguardar acenaram e buzinaram aos manifestantes em sinal de apoio. "Estamos todos cansados das mortes. Em 2003, foram 137. É demais fazermos dois funerais a cada quatro dias. E além das vidas poupadas, temos grande interesse no desenvolvimento econômico da região", argumentou Cloaci Brum, presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Ao término do bloqueio da rodovia, vereadores de municípios vizinhos prosseguiram a marcha. Eles pretendem percorrer os 348 quilômetros que separam Osório de Palhoça - o trecho não-duplicado das pistas. Para atravessar sete municípios gaúchos e 17 catarinenses, a caminhada deve consumir 23 dias. A cada nova cidade, a bandeira com o brasão do município será acrescentada 9