ALEX AUGUSTO DE SOUZA DIEGO DOMINGUES LIMA MARTINS JACKSON DA SILVA LINS OS EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A OBESIDADE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ALEX AUGUSTO DE SOUZA DIEGO DOMINGUES LIMA MARTINS JACKSON DA SILVA LINS OS EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A OBESIDADE"

Transcrição

1 ALEX AUGUSTO DE SOUZA DIEGO DOMINGUES LIMA MARTINS JACKSON DA SILVA LINS OS EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A OBESIDADE Artigo apresentado a Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-USP como parte dos requisitos para conclusão do curso de Pós Graduação Lato-Senso em Fisiologia do Exercício e Treinamento Resistido na Saúde, na Doença e no Envelhecimento. São Paulo

2 OS EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A OBESIDADE Alex Augusto de Souza 1,2 Diego Domingues Lima Martins 1 Jackson da Silva Lins 1 RESUMO A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que influencia processos metabólicos e desordens crônicas, uma vez que o treinamento resistido (TR) pode ser uma medida não-farmacológica para sua prevenção e tratamento. O objetivo do presente estudo foi investigar a relação entre os efeitos do TR sobre a obesidade, na busca de discutir e conceituar o TR como medida preventiva e como medida alternativa para tal patologia. Assim, também foi hipotetizado que os efeitos do TR poderiam contribuir para diminuição dos fatores de risco da obesidade e das doenças associados a esta. O estudo baseou-se em uma pesquisa descritiva, quantitativa e retrospectiva realizada através da revisão bibliográfica de literatura. Foram utilizadas as bases de dados MEDLINE, CAPES, SciELO e LILACS. A busca foi restrita aos últimos cinco anos. Foram selecionados, em síntese, trabalhos controlados e randomizados com as devidas análises estáticas nos idiomas inglês e português. Sendo assim, exclusos os trabalhos com falhas metodológicas ou baixa qualidade. O TR atua sobre vários parâmetros celulares e metabólicos do corpo, com a promoção de efeitos positivos na prevenção, controle, e tratamento da obesidade e fatores associados genética, nutrição inapropriada, dislipidemia, síndrome metabólica, diabetes mellitus tipo 2 e sedentarismo. O estudo permitiu considerar, a partir da revisão apresentada, que o TR pode contribuir de maneira efetiva para melhorar o tratamento da obesidade e doenças associadas, uma vez que o TR é considerado uma das ferramentas substanciais para sua prevenção. PALAVRAS CHAVE: Treinamento Resistido, Atividade Física, Obesidade, Síndrome Metabólica. 1 Professor de Educação Física e Personal Trainer, Pós Graduando em Fisiologia do Exercício e Treinamento Resistido, EEP-FMUSP, São Paulo-SP. 2 Pós Graduando em Atividade Física para Pessoas com Deficiência, UFJF - Faculdade de Educação Física e Desportos, Juiz de Fora - MG. Correspondence to: A.A. alex_across@hotmail.com. 2

3 1. INTRODUÇÃO Na sociedade moderna, muitos adultos permanecem a maior parte do tempo sentados, seja no trabalho, em casa ou até mesmo no tempo livre (5). Evidências científicas consideram o comportamento sedentário como uma das causas dos fatores de riscos para muitas doenças, problemas de saúde e índices de mortalidade, que tem aumentado cada vez mais rapidamente (16). Como consequência, tem-se observado um aumento expressivo na prevalência de obesidade e suas comorbidades em todo o mundo, uma vez que estas últimas parecem estar associadas a grande quantidade de tecido adiposo encontrado em indivíduos obesos (25). O excesso de peso corporal e a obesidade são considerados Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) e são um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. O excesso de peso corporal pode ser diagnosticado quando o Índice de Massa Corporal (IMC) alcança valor igual ou superior a 25 kg/m 2, enquanto que a obesidade é diagnosticada a partir do IMC de 30 kg/m 2(37). Ambos podem estar caracterizados pelo acúmulo de gordura corporal excessivo causando sérios riscos a saúde e a qualidade de vida (5). Além do mais, a obesidade é, sobretudo, uma doença metabólica crônica associada a outras doenças como, cardiovasculares (11,25), apneia do sono, esteatose hepática não-alcoólica (23), resistência a insulina, hiperinsulinemia, diabetes mellitus tipo 2 (DMT2), hipertenção, dislipidemia (7) e pode resultar de fatores endógenos, hereditários, congênitos, psicogênicos, neurológicos e endócrinos (19). É importante notar que o tecido adiposo é recentemente considerado um órgão endócrino associado a inúmeras dessas comorbidades (18). Em levantamento realizado pela Vigitel Brasil 2011 foi encontrado uma prevalência de 48,5% de excesso de peso e 15,8% de obesidade na população brasileira (37). O controle do sobrepeso e da obesidade são considerados uma importante iniciativa de saúde pública (5,26,27), uma vez que inúmeros estudos mostram efeitos benéficos da redução de peso e gordura corporal nos 3

4 indivíduos obesos ou com sobrepeso (2,4,5,10,13,20,21,23,25,26,27,29,30,31,32,33,34,36,38), com delineação de prevalência em todos os grupos de idade (1). A primeira prevenção da obesidade começa na manutenção do peso atual correspondente, e não apenas em sua redução. O risco associado ao ganho de peso pode variar no tempo, e há a necessidade de intervir com exercício físico Treinamento Resistido (TR) na prevenção deste (5). O TR é qualquer atividade que causa contrações musculares contra uma resistência. Desde que o objetivo do TR seja com sobrecargas progressivas para o sistema musculoesquelético, pode-se usar máquinas, pesos livres, halteres e cabos como resistência (34). A razão por incluir o TR em um programa de desempenho é que este tipo de treinamento pode promover a perda de peso e positivamente afetar alguns parâmetros metabólicos associados a inúmeras doenças. Desta forma, acredita-se que a intensidade e o volume são os principais fatores que produzem os efeitos do TR no corpo. Assim, estas características podem ser detalhadamente planejadas e estruturadas através de modelos, como a periodização (36). Devido ao TR ser recomendado rotineiramente pelas agências e órgãos de saúde para ser realizado diariamente, como parte do estilo de vida saudável das pessoas, o fato que, mesmo com um baixo volume do programa de treinamento, pode significar um aumento no gasto energético, que desempenha um importante papel na oxidação da gordura e no controle do peso corporal (20). É justificável a preocupação com a composição corporal de indivíduos obesos. Entretanto, está longe de ser o principal objetivo de programas de intervenção com essa população. Uma vez que a obesidade é considerada uma doença inflamatória e, o TR como exercício físico, pode modular de forma direta tais processos e melhorar estas respostas inflamatórias (21). Para aperfeiçoar a eficiência do TR, as variáveis do programa (frequência, intensidade, volume, descanso) são as melhores medidas para relacionar com os objetivos individuais (27). Além do mais, os efeitos metabólicos favoráveis que resultam do TR agudo são importantes, como uma ou mais alternativas de 4

5 exercício que podem ser necessárias como estratégia de combate aos efeitos deletérios da obesidade (29). Desta forma, o objetivo do presente estudo foi delineado para investigar a relação entre os efeitos do TR sobre a obesidade, na busca de discutir e conceituar o TR como medida preventiva e como medida alternativa para tal patologia e comorbidades. Também foi hipotetizado que os efeitos do TR poderiam contribuir para diminuição dos fatores de risco da obesidade e das doenças associadas a esta, uma vez que o TR pode corroborar para melhoras significativas no contexto de saúde e qualidade de vida da população em geral. 2. METODOLOGIA O presente estudo baseou-se em uma pesquisa descritiva, quantitativa e retrospectiva realizada através da revisão bibliográfica de literatura de publicações encontradas em periódicos. A revisão bibliográfica pautou-se na análise de pesquisas relevantes que contribuíram no suporte para tomada de decisão, com possibilidades de síntese do estado do conhecimento de um determinado assunto. Todavia, delinearam-se também possíveis lacunas do conhecimento que precisarão ser preenchidas com a realização de novos estudos. Este método de pesquisa permitiu a síntese de múltiplos estudos publicados e possibilitou conclusões gerais a respeito de uma particular área de estudo (39). Esta revisão bibliográfica foi conduzida no período dos últimos cinco anos ( ) com a utilização de quatro bases de dados computadorizados MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), SciELO (Scientific Electronic Library Online) e LILACS (Literature Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Para tanto, utilizou-se os descritores Resistance Training (Treinamento Resistido), Physical Activity (Atividade Física), Obesity (Obesidade) e Metabolic Syndrome (Síndrome Metabólica) 5

6 e suas combinações (ex: Resistance Training and Obesity ), com a última pesquisa conduzida em fevereiro de Para melhor compreensão, foram selecionados, em suma, trabalhos controlados e randomizados com as devidas análises estáticas nos idiomas inglês e português. Sendo assim, exclusos os trabalhos que apresentaram algum tipo de falha metodológica ou que não de alta qualidade para a questão em estudo. A lista de referências dos artigos e das revisões foi procurada com muito critério, sendo encontrado um número expressivo. Foi desenvolvido um roteiro estruturado pelos autores desta pesquisa, composto pelos seguintes itens: dados de identificação, tipo de publicação, resultados e conclusões (Anexo I). A coleta de dados foi realizada durante os meses de novembro e dezembro de Posteriormente à identificação dos artigos, foram analisados os resumos dos materiais e, na sequência, os artigos na íntegra para verificar se atendiam ao objetivo do estudo. Após a leitura minuciosa dos artigos e decisão por inclusão no estudo, foi preenchido o roteiro com os dados da pesquisa. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Genética O papel da genética na etiologia da obesidade tem sido reconhecido há muito tempo, porém a identificação dos genes e mutações relacionados a ela, estão em processo de descobertas (8). Ainda, os estudos tem tentado começar a entender os fatores que contribuem para as diferenças entre os indivíduos, mais já está bem documentado que há propensão, que pode ser mais alta ou mais baixa, de respostas agregadas as famílias e principalmente influenciada por fatores genéticos (16). Embora um vasto campo de crianças e adolescentes obesos não tenham etiologias orgânicas ou latentes desta condição, uma variedade de síndromes genéticas está comumente associada com a obesidade mórbida. A maioria destas síndromes, portanto, são caracterizadas pelo atraso substancial do 6

7 desenvolvimento que limita a consciência do indivíduo e seu comportamento alimentar e diminui sua aderência na modificação do estilo de vida (12). Evidências epidemiológicas sobre genética sugerem que há um componente genético que determina afetar os fenótipos do exercício induzido. Além do mais, existem mais de 17 genes mitocondriais em sequências variadas que têm influenciado relativamente os fenótipos do desempenho e preparo físico, como o gene da Alpha-actinin 3 (ACTN3) (16), ou ainda, o gene FTO (Fat-mass and Obesity-associated Gene) que influencia a gordura corporal ao exercício regular (15) e a leptina, que é um fator chave na regulação do balanço energético (8), sendo associada a redução do peso corporal e da massa gorda (38) e considerada um forte mediador do estado nutricional sobre a função imune (21). Foschini et. al. investigaram o perfil de células imunológicas entre adolescentes obesos e não-obesos, e encontraram maior contagem plaquetária no grupo de obesos, e maiores e significativas concentrações de leptina no mesmo grupo comparados aos não-obesos (25). Vimaleswaran et. al. mostraram que existem uma associação inequívoca entre as variáveis do gene FTO e o aumento do IMC e da relação cintura/quadril, sendo que a atividade física e o TR podem atenuar este efeito. Estas observações possuem implicações práticas na saúde pública, devido a prédisposição genética para obesidade ser induzida pelas variáveis do FTO, que também podem ser vencidas, pelo menos em parte, pela mudança do estilo de vida ativo (24). Rankinen et. al. mostraram que a redução do exercício induzido na adiposidade total pode representar um mecanismo pelo qual o alelo FTO A promova o excesso de peso e obesidade (15). Mitchell et. al. também encontraram uma relação do gene FTO e adiposidade (14). Já em relação ao gasto energético, a atividade física e o TR parecem modular a associação entre o gene FTO e a obesidade (38). Os dados obervados por Spalding et.al. relatam que o número de adipócitos para indivíduos magros e indivíduos obesos é estabelecido durante a infância e a adolescência, e que o número de adipócitos destas fases é submetido a uma 7

8 pequena variação durante a fase adulta. Mesmo depois de uma perda significativa de peso nesta última fase e redução do volume de adipócitos, este número parece permanecer o mesmo. A perda de células de gordura é, portanto, compensada pela produção de novas células de gordura, que é duas vezes maior em indivíduos obesos. Os indivíduos obesos possuem significativamente um número maior de adipócitos adicionados por ano comparados aos indivíduos magros (9). O excesso de tecido adiposo aumenta a produção de muitas adipocinas que promovem grande impacto em diversas funções corporais, como controle da ingestão alimentar e balanço energético, sistema imune, sensibilidade à insulina, angiogênese, pressão arterial, metabolismo lipídico e homeostase corporal, situações estas que estão fortemente correlacionadas com doenças cardiovasculares. Dentre todas as adipocinas relacionadas com processos inflamatórios, sem dúvida, a IL-6 (Interleukin-6), o TNF-α (Tumor Necrosis Factor Alpha), a Leptina e a Adiponectina (anti-inflamatória) vêm recebendo atenção especial da literatura especializada (21). O TNF-α apresenta grande diversidade de atividades biológicas, as quais incluem as respostas imunológicas, reações inflamatórias e neurovasculares. Sobretudo, a sua quantidade secretada pelo tecido adiposo tem sido alvo de grande debate e seu excesso está envolvido no desenvolvimento da resistência à insulina relacionada com a obesidade em nível molecular (16,21). A principal característica encontrada nas concentrações de adiponectina com humanos é o nível de obesidade. A adiponectina, adipocina anti-inflamatória, também desempenha um papel muito importante no controle da disfunção de metabólitos e na sua reestruturação para níveis normais, que podem potencialmente contribuir para melhorar os resultados na saúde, com a melhora na homeostase da glicose, sensibilidade à insulina, e oxidação dos ácidos graxos. Assim, os programas de exercício e TR na intensidade moderada para alta podem ter o melhor impacto em seus níveis, uma vez que, a adequada intensidade do exercício pode ser a chave para elucidar essas mudanças. Em suma, a intensidade moderada para alta do exercício parece modificar as suas concentrações positivamente (10). 8

9 Além do mais, sobrecargas mecânicas levam para uma série de eventos intracelulares que regulam a expressão dos genes e a síntese de proteínas. O TR pode alterar aproximadamente a atividade de 70 genes, aumentar a regulação de fatores envolvidos na miogênese e baixar a regulação de fatores de crescimento (26). Como esperado, há uma positiva correlação entre as medidas da massa gorda e o volume de células adiposas ambas na gordura subcutânea, que representa cerca de 80% de toda a gordura. Entretanto, a massa gorda pode se expandir aumentando o percentual de volume de células adiposas e/ou o número de adipócitos (9). É importante considerar que existe uma grande especialização fisiológica e heterogênea de células adiposas que dependem da localização do tecido. O órgão adiposo é composto por dois citotipos funcionalmente distintos o tecido adiposo marrom (TAM) e o tecido adiposo branco (TAB) (21). Com tudo, entender os mecanismos de realimentação que controlam o crescimento dos adipócitos nos adultos, que eram obesos desde sua infância, será muito importante para identificar em qual nível molecular isso acontece, porque esse processo pode oferecer um caminho promissor para a terapia farmacológica quando a obesidade já está estabilizada e para outros tipos de intervenção durante a infância e a adolescência, já quando os números finais de células de gordura no corpo estão sendo determinados. Assim, uma rigorosa regulação do número de adipócitos, juntamente com mecanismos que mantém o balanço energético, pode contribuir para o motivo de indivíduos obesos terem dificuldade para manter a perda de peso (5,9,10,16). O papel principal da genética nos indivíduos obesos precisa ainda ser definido, já que existem muitos genes que expressam a regulação da homeostase e da regulação energética do metabolismo (12). 9

10 Fatores Nutricionais O balanço energético negativo gerenciado pela atividade física através do TR resulta na perda de peso, sendo que, um grande balanço energético negativo propicia uma grande redução do peso consequentemente. A redução de peso diminui os riscos associados e, é, portanto, estimado pela maioria dos órgãos de saúde (5). É importante considerar as intervenções populacionais para determinar as estratégias comportamentais potencialmente apropriadas. Embora seja reconhecida a hipótese que os fatores ambientais possam causar impacto no ganho de peso. As intervenções, desta forma, precisam endereçar os fatores socioambientais, o planejamento e o desenho das comunidades para apoiar exercícios físicos (TR), alimentação saudável e marketing social para preparar a população para lidar com a mudança de estilo de vida (1). Pode-se dizer que uma das maiores influências na comida é o aspecto cultural que a cerca. Com este intuito, Jaime et. al. mostraram em seus estudos que há associações plausíveis e significantes entre as áreas mais miseráveis, as características alimentares e os ambientes, e os índices de sobrepeso, dieta e comportamentos direcionados a prática de atividade física (17). É claro que não é a gordura ou o tecido adiposo em si que é o problema, mas talvez seja onde a gordura está localizada que é o importante para determinar as consequências metabólicas (13). Adjuvante, a gordura foi o nutriente mais denominado para os processos dietéticos e mensurado em muitos estudos, sendo o mais restritivo na maioria das intervenções (1). Enquanto a gordura corporal total é importante, a distribuição do excesso de gordura nas regiões abdominais e glúteas podem modular riscos relacionados à saúde. A obesidade abdominal é particularmente relevante e pode ser subdividida em gordura abdominal subcutânea e gordura abdominal visceral. O TR tem um potencial para reduzir depósitos de atividades metabólicas através de efeitos imediatos (durante a perda de peso ou durante o processo de manter o peso) e de efeitos que retardam este processo (durante o reganho de peso) (32). 10

11 Kirk et. al. mostraram resultados favoráveis do impacto do TR na composição corporal correspondente as adaptações crônicas do gasto energético e da oxidação da gordura em adultos-jovens obesos após seis meses de intervenção. Os resultados favoráveis do gasto energético de 24 horas sugerem que o TR mínimo no período de seis meses pode ter impacto significativo no gasto energético diário. De fato, o aumento do gasto energético em 24 horas pode potencialmente resultar em um balanço energético negativo com magnitude suficiente para prevenir aumentos da massa gorda (20). Coker et. al. também mostraram que o exercício físico e a dieta promovem perda de peso e reduzem o tecido adiposo visceral e resistência a insulina (35). Em outro estudo, Figueroa et. al. mostraram, em seus achados no período de 12 semanas de intervenção com dieta e TR de baixa intensidade, redução de peso corporal, de massa gorda total e de massa gorda na região do tronco (38). No mesmo prisma, Ibánñez et al. mostraram que o TR reduziu significativamente a massa corporal após uma intervenção de 16 semanas no grupo de dieta (Dieta Isolada) e no grupo de dieta combinada ao TR (Dieta + TR), com redução do tecido adiposo subcutâneo e da gordura subcutânea em ambos, respectivamente. Entretanto, houve uma redução da massa magra somente no grupo de dieta (33). Todo esse processo de contração muscular, estimulado pelo TR, é regulado de forma que a produção de energia é proporcional à demanda metabólica imposta pela atividade muscular. Porém, o sinal que regula a preferência do músculo esquelético por glicose ou ácido graxo é complexo e pode ser determinado por diferentes fatores, incluindo dieta, nível de treinamento, intensidade e duração do exercício. A capacidade do músculo esquelético em sustentar a produção de energia oxidativa é altamente dependente da atividade mitocrondial. Assim, indivíduos sedentários dependem predominantemente de carboidratos durante a realização de atividade física moderada (28). Nesse formato, uma nutrição apropriada demonstra ter efeitos anabólicos sobre o TR (34). 11

12 Outra questão em pauta está relacionada à possibilidade do desenvolvimento do comportamento alimentar compulsivo (17) de pessoas com algum distúrbio alimentar ou genético, podendo desencadear o vício por comida, comparadas assim a indivíduos viciados em cocaína (8). Um estudo realizado por Jonhson el. al., com experimento em ratos obesos, mostrou que a obesidade e o vício em drogas podem compartilhar mecanismos hedônicos latentes, diagnosticando que o transtorno obsessivo compulsivo para comer pode emergir no grupo de acesso estendido a comida (Grupo 1) como comparação a compulsão de usar cocaína no grupo de ratos que já tiveram contato previamente com a droga (Grupo 2). Este trabalho demonstrou que o grupo com acesso extensivo a dieta rica em gordura foi induzido à compensação do vício, a perda da homeostase do balanço energético e a supercompensação de comida. Pode se dizer que o acesso extensivo à comida induziu o vício na função de compensação cerebral, considerando assim uma importante fonte de motivação que pode direcionar e contribuir para o desenvolvimento da obesidade. Portanto, a obesidade e o vício em drogas podem sugerir respostas neuroadaptativas similares nos circuitos cerebrais de compensação (8). Substancialmente, o ganho de peso é provável que afete a motivação do indivíduo e a aderência a manter as estratégias para perda de peso, comparado com aqueles que nunca experimentaram problemas de saúde sentidos por quem já é obeso ou possui sobrepeso (1). Dislipidemia A dislipidemia é caracterizada por um distúrbio no metabolismo dos lipídeos que repercute nos níveis de lipoproteínas na circulação sanguínea (22). O tecido adiposo tem sido estudado devido a ser a maior fonte endógena de ácidos graxos que são oxidados pelo músculo esquelético ao longo de prolongados períodos de inatividade e atividade física (29). Quantitativamente, as mais importantes secreções do tecido adiposo são os ácidos graxos, liberados durante o período de balanço energético negativo, particularmente em jejum (21). 12

13 Obesidade e inatividade física estão associadas com a redução da oxidação dos lipídeos e redução da sensibilidade à insulina, e há evidências que sugerem que os dois casos estão de alguma maneira relacionados. A intensidade do exercício desempenha um papel fundamental determinando melhoras nos parâmetros relacionados à saúde como a oxidação dos lipídeos e sensibilidade a insulina em homens obesos de meia idade (11). O músculo esquelético é um tecido metabólico ativo que é crucial para manter a homeostase corporal e desempenha um importante papel na oxidação dos lipídeos. Em repouso, esta oxidação contribui significativamente para muitas necessidades energéticas, que é quantitativamente importante para a massa muscular (13,27). Infelizmente, parece que homens e mulheres sedentários de meia idade em períodos pequenos de inatividade física são conduzidos a um ganho de peso significativo, com aumentos da gordura visceral e a deterioração do metabolismo. Por outro lado, a capacidade oxidativa da modulação mitocondrial no músculo esquelético induzida pelo exercício físico e TR parece melhorar a ação da insulina reduzindo uma série de oxidações incompletas dos ácidos graxos no músculo (13). Entretanto, há evidências emergentes para sugerir que a presença elevada dos níveis de plasma dos ácidos graxos, diacilglicerol (DAG) e acetil-coa dentro do músculo esquelético, são a ligação direta para a resistência a insulina (11). O favorecimento da oxidação de lipídeos e redução na oxidação de carboidratos imposta pelo ciclo glicose-ácido graxo explica o aumento da capacidade do músculo esquelético em sustentar atividade muscular prolongada. Este ciclo, desta forma, pode explicar a interação entre lipídeo e carboidrato durante contrações musculares de intensidade leve e moderada, mas não durante contrações intensas (28). O TR age na perda de peso corporal pelo fato de aumentar o gasto energético total e o EPOC (Excess Post-Exercise Oxygen Consumption), aumenta a termogênese induzida pelo alimento e a atividade da leptina, contribui para o ganho de massa corporal magra e diminui o tecido adiposo visceral, que é 13

14 maior responsável pela síndrome metabólica, além de agir positivamente sobre o perfil lipídico, reduzir à pressão arterial sistólica/diastólica, melhorar a relação LDL/HDL-C, diminuir o LDL-C, promover a secreção de substâncias vasodilatadoras, e ser um componente valioso para formação de microcirculação na musculatura exercitada (22). Em um ensaio de 12 semanas realizado por Foschini et. al. que comparou os métodos de periodização, linear (LP) e ondulatória (DUP), cujo, em ambos os grupos, reduções significativas foram observadas como a redução da massa corporal, do IMC, do percentual de gordura corporal, da pressão arterial sistólica, da pressão arterial diastólica, do colesterol total, do LDL, da gordura subcutânea e visceral (36). O exercício físico e TR podem também diminuir a pressão arterial, melhorar o perfil lipoproteico, diminuir níveis de proteína C reativa, e outros biomarcadores, além de sensação de bem-estar, melhora da qualidade de vida e melhora das funções cognitivas (27). Ambos tem sido empregados isoladamente ou em associação com a dietoterapia, na promoção da perda de peso e na manutenção de níveis lipidêmicos normais (19). Em adição, mudanças observáveis no quociente respiratório das taxas metabólicas do sono e basal sugerem um potencial para aumento da oxidação dos lipídeos como resultado do TR. Estes dados preconizam que o mínimo de estímulo do TR pode ter um impacto no balanço energético e prevenir a ganho de peso ou de gordura em longo prazo nos jovens-adultos sedentários com sobrepeso (20). Em instância, a oxidação preferencial de ácidos graxos no estado basal e de atividade moderada muito provavelmente originou do processo de evolução biológica do homem em sobreviver e se adaptar em condições de escassez de alimento. Os estoques de carboidratos são limitados, enquanto os de lipídeos são abundantes, explicando a preferência do nosso organismo pelos lipídeos. E para tanto, a densidade energética destes últimos é aproximadamente 10 vezes maior a que dos carboidratos (28). 14

15 Síndrome Metabólica A síndrome metabólica é caracterizada pelo grupamento de fatores de riscos cardiovasculares (22), uma vez que a obesidade abdominal e resistência a insulina são seus fatores chave (34), e seu principal mecanismo, a obesidade central-visceral, está relacionado a um aumento da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (25). A idade biológica está tipicamente associada ao ganho progressivo de gordura corporal e a perda de massa magra, particularmente do músculo esquelético (32). Para a maioria da população o ganho de peso acontece em partes pequenas durante o processo de muitos anos. A principal mudança anual de peso corporal é estimada em 0 7 kg, sendo que há provável desatenção das pessoas nos perigos, em longo prazo, do pequeno desequilíbrio energético (1). Os estudos mostram que indivíduos ativos ganho menos peso e demonstram menos propensão a se tornar obesos, sendo que, quanto mais obeso um indivíduo se torna, menos ativo ele se mantém (5). Os benefícios do TR e a forma de montagem do programa de treinamento para indivíduos com síndrome metabólica estão largamente divulgados, porém a análise das modificações metabólicas e celulares induzidas pelo TR que provocam tais benefícios é pouco discutida na literatura (22). Atenção particular deveria ser dada para o viés dos fatores de risco incluindo inúmeras doenças como a síndrome metabólica, DMT2 e problemas cardiovasculares, local que a citocina anti-inflamatória adiponectina pode assumir uma importância crucial nos resultados em longo prazo relacionados à saúde (10). O aumento do desempenho muscular é muito importante para indivíduos obesos, particularmente para realizar as atividades do cotidiano (36) uma vez que a combinação do TR e do treinamento aeróbio provavelmente demonstre benefícios ainda maiores na síndrome metabólica (34). 15

16 É necessário a redução do tempo gasto em atividades sedentárias e períodos curtos de prática de atividade física, sendo assim, a inclusão do exercício físico e TR como objetivo de vida das pessoas adultas, já que o TR pode provar ser efetivo para prevenção e tratamento da síndrome metabólica (27). Um programa de TR avaliado e supervisionado pelo profissional de saúde com as devidas recomendações pode também ser aplicado em pessoas com problemas de saúde e com doenças crônicas, assim adaptando os exercícios ao hábito individual da pessoa, a função física, a status de saúde, a resposta ao exercício e aos objetivos por ela estabelecidos (27). Diabetes Mellitus Tipo 2 DMT2 Ultimamente um dos maiores acometimentos que vem afetando a sociedade é a obesidade infantil, tornando-a uma das principais preocupações da saúde pública, pois é um fator de risco para diversas comorbidades na juventude, como esteatose hepática não-alcoólica, apneia do sono, doença cardiovascular e diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) (23). O que é muito menos apreciado é o alto custo da inatividade física até mesmo em curto prazo. É lembrado assim que, enquanto o exercício físico é o tratamento para prevenção de doenças crônicas, como o DMT2, por outro lado a inatividade física é uma das atuais causas de muitas outras doenças (13). A obesidade gera resistência insulínica em nível pós-receptor e isto provoca hiperinsulinemia compensadora, com sobre-estímulo nas células beta do pâncreas, podendo chegar até sua falência e insensibilidade dos receptores periféricos (22). Um gama de fatores psicológicos, físicos e fisiológicos pode reduzir o índice de adoção e aderência ao exercício de pacientes obesos com DMT2. O encorajamento para o exercício e sua adoção é muito difícil em qualquer população, entretanto, as pessoas com doenças crônicas, como esta, já possuem problemas relacionados à própria doença. Os pacientes obesos e com DMT2 possuem algumas desvantagens pelo físico e restrições de função 16

17 como o excesso de peso e o esforço para movimentar toda essa quantidade de massa (32). Outro ponto é que, alguns indivíduos que são obesos não possuem abnormalidades metabólicas, como resistência a insulina (34). Fisiologistas do exercício e profissionais da saúde têm suspeitado que a quantidade de exercício necessária dependesse muito da relação de saúde do indivíduo praticante (13). Desde 2002, muitos estudos têm publicado a respeito do TR e suas variáveis, para apoiar-se na adaptação progressiva da força muscular e do desempenho. Estes estudos têm identificado distintos mecanismos de adaptações fisiológicas e têm servido para fortalecer a integridade científica do TR e sua base de conhecimento (26). Ormsbee et. al. em um estudo sobre a regulação do metabolismo durante o TR em homens sedentários magros e sedentários obesos, mostraram que, em resposta ao treinamento, o grupo de homens sedentários magros (LN) sinalizou elevação nas concentrações de GH comparado ao grupo de homens sedentários obesos (OB). Por outro lado, o grupo OB demonstrou níveis de concentração de plasma insulínico maior do que o grupo LN (29). Davis et. al. compararam o exercício aeróbio e o TR para redução de adiposidade em adolescentes latinas com sobrepeso no período de 16 semanas, e demonstraram que, a combinação de (dieta + exercício aeróbio + TR) pode ser uma boa modalidade de exercício para redução de adiposidade e para melhorar alguns parâmetros metabólicos nesta população como, os níveis de glicose. Embora alguns resultados sugerissem que as intervenções com apenas exercício aeróbio podem ser úteis na melhora da ação da insulina em adultos, os dados ainda não são claros em crianças, e outros tipos de exercício poderiam ser explorados para diminuir is riscos associados ao DMT2 (2). Um estudo realizado por Sato et.al. mostrou que o exercício aeróbio tem melhorado a resistência à insulina e o metabolismo da glicose em pacientes obesos com DMT2, sendo que a maioria dos efeitos foi observada em programas de exercícios de longo prazo (6). 17

18 Sabe-se que a combinação de modalidades na intervenção possa ser um novo caminho para futuras intervenções no quesito obesidade e DMT2 (7). Um estudo realizado por Tock et. al. mostrou que a metformina combinada com mudanças no estilo de vida em adolescentes obesos foi mais efetiva do que uma intervenção isolada para melhorar a resistência à insulina e a adiposidade visceral, uma vez que há perda da sensibilidade à insulina no decorrer da idade e isso se deve à diminuição da atividade física e ao aumento da obesidade central (22). O exercício físico é um método simples e eficaz pela qual a sensibilidade à insulina pode melhorar em grupos magros, obesos e diabéticos (11). Além disso, ele, mesmo que não promova perda de peso, pode diminuir modestamente a resistência periferia a insulina, mas se promover esta perda, pode reduzir significativamente a resistência (35). O músculo esquelético é um determinante importante na sensibilidade à insulina. O aumento da capitação de glicose parece não ser apenas uma mera consequência do aumento da massa magra associada ao TR, mas sim também parece ser um resultado das mudanças qualitativas do músculo treinado. O TR possui efeitos favoráveis na composição corporal quando reduz a massa gorda incluindo a gordura abdominal. Isso parece melhorar a sensibilidade à insulina, a tolerância à glicose e reduz os valores da pressão arterial (34). Contudo, os efeitos do exercício e TR nos transportadores de glicose (GLUT-4) podem durar aproximadamente 48 horas, requerendo assim que, pacientes com DMT2, sejam fisicamente ativos pelo menos de 3 a 4 dias por semana para manter esse mecanismo estável (32). A realização periódica de exercícios físicos, como o TR, pode contribuir como medida não farmacológica na prevenção de muitas doenças e manutenção da saúde e qualidade de vida de pessoas com algum tipo de acometimento, como neste caso em específico, o DMT2 (36). 18

19 Exercício Físico e Treinamento Resistido É importante tentar realizar algum tipo de exercício físico, como o TR, que se enquadre na sua rotina (5), uma vez que este último é componente central nos programas de saúde pública (34). Atividade física regular e exercício físico estão associados com inúmeros benefícios físicos e mentais de saúde em homens e mulheres (12), uma vez que há diferença entre gêneros na resposta aos efeitos do TR (5). Cada componente do desempenho físico (capacidade cardiorrespiratória, força muscular, composição corporal, flexibilidade, desempenho neuromotor) possivelmente influencia algum aspecto de saúde (27). As características treináveis incluem força muscular, potência, hipertrofia e resistência muscular localizada (RML). Variáveis como, velocidade, agilidade, coordenação, habilidade para o salto, flexibilidade e outros parâmetros do desempenho motor podem ser incorporados pelo TR, já que seus princípios mais importantes são a sobrecarga progressiva (aumento gradativo do estresse), a especificidade (adaptações fisiológicas específicas) e a variação (processo sistemático de alternância), sendo que, a habilidade para força é necessária para todos os tipos de movimento (26). O TR é capaz de promover modificações agudas e crônicas no gasto energético total. As modificações agudas são aquelas do próprio custo energético para a realização de atividade e na fase de recuperação. Já, os efeitos crônicos são proporcionados na taxa metabólica de repouso (TMR). O fator altamente responsável pela modificação da TMR é o ganho de massa magra (MM) (22). O exercício físico, como o TR, é recomendado como um componente de manutenção do peso corporal, para prevenção do ganho de peso, para perda de peso, e para prevenção do reganho de peso após a redução do peso (5). Recentes estudos têm mostrado que o TR possui feitos benéficos no sistema musculoesquelético incluindo a prevenção e o tratamento de muitas 19

20 síndromes (34), com efeitos na redução de peso corporal e na melhora da composição corporal (13). Embora existam recomendações para a quantidade de exercício físico necessário para o controle do peso, estudos recentes têm sugerido uma quantidade significativa necessária para a maioria dos indivíduos. As evidências mais recentes têm reportado que é necessário um maior nível de exercício físico para prevenção do reganho de peso depois do ganho de peso inicial (5). Depois de um período, seja de alguns meses ou muitos anos, os resultados indicam que indivíduos que estão engajados no exercício físico experimentam menos reganho do que aqueles indivíduos que não o fazem, e indivíduos engajados no exercício físico experimentam menos reganho do que aqueles indivíduos com níveis apenas moderados de atividade física (5,27). O American College of Sports and Medicine sugere que atividade física <150 minutos/semana não resultará em mudanças significativas do peso corporal (5). É consenso que, na maioria das intervenções sobre obesidade, se pratique mais exercício físico e reduza o consumo energético (1). As evidências mais atuais mostram que é necessário intervir com o TR combinado a dieta para melhores resultados na perda de peso, do que intervenções com o TR isolado. E quanto a dieta isolada, os resultados também mostram ser menores comparados aos que fazem sua combinação (5). TR e dieta apropriada são necessários para o crescimento muscular e ósseo. Em adição, períodos de descanso apropriados para recuperação entre cada exercício. O TR também demonstra ter grandes impactos nos sistemas corporais incluindo o muscular, ósseo, metabólico, neural, respiratório e endocrinológico, além de prevenção e tratamento da sarcopenia (34). Uma revisão realizada por Kim el al. mostrou que é preciso mais estudos na utilidade do TR isolado para o tratamento da perda de gordura visceral (23). Outra revisão desenvolvida por Slentz et. al. mostrou que na maioria dos 20

21 estudos encontrados, é consenso de que o exercício físico pode ser tão eficaz na perda de peso quanto a dieta (13). Além disso, a associação entre dieta e TR para redução de massa corporal parece ser a melhor estratégia para reduzir as concentrações plasmáticas de leptina, sendo que o TR pode modular sua secreção (21). Os programas de exercício na intensidade moderada para alta podem também ter o melhor impacto nos níveis de adiponectina, sendo assim, a adequada intensidade do exercício pode ser a chave para elucidar a mudança em seus níveis (10). Já se sabe que o TR induz hipertrofia muscular através de mecanismos mecânicos, metabólicos e hormonais. O processo de hipertrofia envolve uma proporção de mecanismos que aumenta a reação em cadeia de proteínas contráteis (actina e miosina) como também outras estruturas proteicas (5,27). O TR, executado com cargas de média e alta intensidade, excita, prioritariamente, as fibras de contração rápida, podendo ser um componente valioso para a formação de microcirculação na musculatura do coração (22). O TR tem sido associado às melhoras dos fatores de riscos das doenças cardiovasculares na ausência significativa de perda de peso (5). A chave para o TR pode ser a variação do volume de treinamento e sua interação com a intensidade. É recomendado para indivíduos novatos e intermediários séries com sobrecargas correspondentes a 60-70% de 1RM para 8-12 repetições e indivíduos avançados séries com sobrecargas de % de 1 RM para melhorar a força muscular. Para a progressão durante o TR para novatos, intermediários e avançados, é recomendado que as ações musculares concêntricas, excêntricas e isométricas sejam incluídas. É recomendado a inclusão de exercícios em máquinas ou pesos livres para novatos, intermediários e avançados (26). Um período de descanso de 48 horas até 72 horas entre as sessões é necessário para promover adaptações celulares e moleculares que estimula o processo de hipertrofia e os ganhos associados à força. Em adição, é preciso sempre treinar os músculos agonistas e antogonistas para prevenir desequilíbrios musculares. Além do mais, a prescrição do exercício é a melhor 21

22 maneira de ajustar as respostas individuais devido a considerável variabilidade individual da resposta do programa de treinamento (27). Os programas de TR são prescritos para maximixar a especificidade da tarefa ou atividade. Então, uma ótima frequência de treinamento (o número de treinos por semana) depende de vários fatores como o volume, a intensidade, a seleção dos exercícios, o nível de condicionamento, a habilidade de recuperação, e o número de grupamentos musculares treinados em cada sessão (26). Kirk et. al. mostraram que os indivíduos respondem diferentemente ao TR e que alguns podem necessitar de maiores volumes de treino para aumentar o gasto energético (20). Exercícios unilaterais ou bilaterais com uma ou mais séries devem ser incluídos no programa de TR com ênfase nas séries múltiplas dos exercícios para melhorar como um todo a força muscular de indivíduos novatos, intermediários e avançados (26). Benefícios do exercício físico para a redução dos riscos crônicos de saúde parecem estar relacionados com a perda mínima de peso em torno de 3%. Pode-se dizer que o exercício físico é um excelente preditor da manutenção do peso depois da perda de peso, e é geralmente aceito que a maioria dos indivíduos possa perder peso, mas não possa manter o peso. O gasto energético negativo com o exercício físico pode resultar na perca de peso, e quanto maior é o gasto maior é a perda. Intervenções para perda de peso frequentemente implantam programas comportamentais que incluam a integração do exercício físico no estilo de vida do indivíduo. Exemplos com inclusão de exercícios supervisionados, exercícios não supervisionados, atividade ocupacional, trabalho em casa, cuidado personalizado, comunidade e atividades em tempo livre. Assim, o TR como uma estratégia de exercício físico, pode aumentar a massa livre de gordura quando intervém sozinho ou em combinação com a perda de peso proveniente da dieta (5). Hunter el. al. em um estudo sobre TR constataram a conservação de massa livre de gordura e gasto energético de repouso seguido da perda de peso e 22

23 mostraram que o grupo que realizou TR manteve a força durante a perda de peso comparado ao grupo que realizou treinamento aeróbio e ao grupo controle (31). O desempenho muscular é composto por parâmetros funcionais de força, resistência e potência, e cada um melhora consequentemente a estrutura do TR. Muitos estudos indicam que o risco de quedas e fraturas ósseas está associado ao declínio da força e potência muscular, assim sendo sugerido o TR para pessoas idosas com o objetivo de desenvolver e melhorar a força e a potência, além de reduzir a chance de desenvolver alguma desordem musculoesquelética e de contribuir na redução da dor e debilidades em pessoas com osteoartrite (27). Neste prisma, Matrangola et. al. sugerem que o ganho de força pode realmente ser a intervenção mais benéfica para reduzir os riscos de quedas em obesos (30). Panissa et.al. verificaram o efeito agudo da ordem de execução sobre o gasto energético total, utilizando o treinamento concorrente TR e treinamento aeróbio, e demonstraram não haver diferenças no gasto energético total em decorrência da ordem de execução do exercício concorrente, embora a realização dos exercícios nas diferentes ordens de execução tenha sido capaz de alterar as respostas fisiologias da atividade subsequente, essas alterações não foram suficientes para ocasionar diferenças no gasto energético total. Como não houve interferência da atividade aeróbia no desempenho dos exercícios de força, a ausência de diferença no gasto energético nas diferentes ordens pode ser alternativamente explicada pela similaridade do volume total de treinamento. Foi verificado que apenas o exercício aeróbio intenso influenciou negativamente o desempenho na sessão de força, sugerindo que, de fato, a interferência foi decorrente da fadiga de ordem periférica, a qual foi ocasionada por essa atividade intensa prévia (4). Os benefícios cardiovasculares do TR poderiam ser um instrumental na preparação do indivíduo com sobrepeso para sustentar a demanda da atividade aeróbia (32). 23

24 A combinação do TR com o treinamento aeróbio têm mostrado melhores resultados na perda de peso corporal e na perda de gordura (5). Além de ambos terem demonstrado ser ferramentas não-farmacológicas importantes no controle da resistência a insulina (36). Como indivíduos sedentários, obesos e diabéticos são desafiados durante atividades aeróbias devido ao baixo nível de desempenho, o TR poderia ser mais um componente fundamental na prescrição do exercício para esse público (32). Resumindo, é evidente que o exercício físico na quantidade suficiente pode lidar para diminuir substancialmente o peso corporal, a gordura corporal total e a gordura visceral. Adicionalmente, evidências já demonstram a conclusão de que há uma relação de dose-resposta entre a quantidade de exercício e o peso corporal, a gordura corporal total e a gordura visceral (13). Em síntese, a maioria da literatura indica que quanto mais melhor com respeito a quantidade de exercício físico necessário para prevenir o reganho de peso depois da perda de peso. A maioria das recomendações de perda de peso incluem a restrição energética e o exercício físico associados. Os programas de perda de peso podem variar drasticamente na quantidade de exercício físico usando e o nível de restrição energética imposto, já que um grande déficit energético produz uma acentuada perda de peso (5). É racional considerar que o aumento do exercício físico dentro do estilo de vida seria uma estratégia inclusa nos esforços da manutenção do peso (5). É preciso também levar em conta as questões educacionais, fisiológicas, psicológicas, comportamentais, familiares e farmacológicas para tratar a obesidade e seus derivados através do TR. 24

25 4. CONCLUSÃO Em suma, com base na análise dos artigos presentes nesta revisão, os autores concluem que, o TR promove mudanças benéficas na composição corporal e favorece o balanço calórico negativo através do aumento do dispêndio de energia e elevação do gasto calórico. O TR também promove mudanças ou atenuações de efeitos de genes que favorecem uma maior sobrecarga de gordura corporal, tornando-os menos eficazes no aumento do peso corpóreo. O TR favorece a perda de peso através de duas vias, durante a realização dos exercícios na perda calórica e com o ganho de massa muscular, que acarreta o aumento da taxa metabólica basal, favorecendo assim o gasto calórico total. O TR também modula processos inflamatórios e os modifica positivamente. Além da obesidade, o TR pode agir de forma favorável em diversas outras doenças. O TR age na perda de peso corporal pelo fato de aumentar o gasto energético total e o EPOC (Excess Post-Exercise Oxygen Consumption), aumenta a termogênese induzida pelo alimento e a atividade da leptina, contribui para o ganho de massa corporal magra e diminui o tecido adiposo visceral, que é maior responsável pela síndrome metabólica, além de agir positivamente sobre o perfil lipídico, reduzir à pressão arterial sistólica/diastólica, melhorar a relação LDL/HDL-C, diminuir o LDL-C, promover a secreção de substâncias vasodilatadoras, ser um componente valioso para formação de microcirculação na musculatura exercitada (22), diminuir níveis de proteína C reativa, e outros biomarcadores, sensação de bem-estar, melhora da qualidade de vida e melhora das funções cognitivas (27). Para tanto, é necessário atentar-se a intensidade do exercício. O treinamento com intensidade de moderada a alta tem mostrado ser o mais eficiente no alcance dos benefícios tanto para a população obesa, como na população em geral. O maior aliado dos exercícios físicos na obtenção da perda de gordura corporal é uma dieta balanceada. A dieta somente já é responsável por uma perda de peso corporal considerável, porém, quando se alia dieta e TR a qualidade dos 25

26 resultados são ainda melhores, isso porque quando combinados eles promovem pouca perda, manutenção ou até mesmo, aumento da massa muscular. O que quando realizado somente a dieta, ocorre perda de massa magra. A análise dos estudos ainda sugere que o tratamento dos distúrbios do peso corporal seja mediado por uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais de Educação Física, médicos, nutricionistas, entre outros. Além disso, os estudos ainda se mostram inconclusivos em alguns aspectos. Diante disso, novos estudos ainda são necessários para delimitar alguns aspectos que não foram possíveis serem afirmados com uma maior certeza à cerca dos artigos utilizados nessa revisão de literatura. Portanto, nosso próximo passo se baseia na formulação de estudos para que se mostrem prováveis novas adaptações fisiológicas do organismo as medidas profiláticas e de tratamento do sobrepeso e obesidade corporal. Agradecimentos Agradecemos primeiramente a Deus, também a todos os nossos colegas de sala do curso de pós-graduação em fisiologia do exercício e treinamento resistido da EEP-FMUSP, aos professores que contribuíam para a realização desta obra, e a nossos pais, mentores primeiros de grandes ensinamentos. Todos os autores declaram não haver qualquer potencial conflito de interesses referente a esta obra. 26

ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO, NUTRIÇÃO E TREINAMENTO PERSONALIZADO

ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO, NUTRIÇÃO E TREINAMENTO PERSONALIZADO ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO, NUTRIÇÃO E TREINAMENTO PERSONALIZADO OBJETIVOS DO CURSO O curso de Especialização em Fisiologia do exercício, Nutrição e Treinamento Personalizado oportuniza

Leia mais

Condição patológica em que o excesso de gordura corpórea altera o estado de saúde do indivíduo. IMC Circunferência abdominal DCNT: obesidade

Condição patológica em que o excesso de gordura corpórea altera o estado de saúde do indivíduo. IMC Circunferência abdominal DCNT: obesidade 1 2 3 4 DCNT e alimentação Renato Heidor rheidor@usp.br A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Carboidratos: 4Kcal/g. Estoques na forma de glicogênio hepático

Leia mais

Bases Moleculares da Obesidade e Diabetes

Bases Moleculares da Obesidade e Diabetes Bases Moleculares da Obesidade e Diabetes Metabolismo Muscular Prof. Carlos Castilho de Barros http://wp.ufpel.edu.br/obesidadediabetes/ Atividade muscular Principais fontes de energia: 1- Carboidratos

Leia mais

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento do Transtorno no Uso de Drogas

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento do Transtorno no Uso de Drogas Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento do Transtorno no Uso de Drogas Fisioterapeuta Jussara Lontra Centro de Estudos Expressão genérica que pode ser definida como qualquer movimento corporal,

Leia mais

OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA

OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA OBESIDADE O QUE É? Doença crônica, definida como o acúmulo de tecido gorduroso localizado ou generalizado, provocado por desequilíbrio nutricional associado ou não a distúrbios

Leia mais

Curso: Integração Metabólica

Curso: Integração Metabólica Curso: Integração Metabólica Aula 8: Metabolismo muscular Prof. Carlos Castilho de Barros FORNECIMENTO DE AGL PARA O MÚSCULO Lipoproteínas TA músculo LLP AGL FABP AGL-alb LLP - lipase lipoprotéica FABP-

Leia mais

Insulino-resistência e obesidade

Insulino-resistência e obesidade 62 Manual sobre Insulino-resistência Insulino-resistência e obesidade A associação de obesidade visceral com resistência à insulina, hipertrigliceridemia, aumento da apolipoproteína B, aumento das LDL

Leia mais

Benefícios Fisiológicos

Benefícios Fisiológicos Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento do Transtorno no Uso de Drogas Fisioterapeuta Jussara Lontra Atividade Física expressão genérica que pode ser definida como qualquer movimento corporal,

Leia mais

NUTRIÇÃO E TREINAMENTO DESPORTIVO

NUTRIÇÃO E TREINAMENTO DESPORTIVO EMENTA NUTRIÇÃO E TREINAMENTO DESPORTIVO DISCIPLINA: Adaptações neuromusculares ao treinamento EMENTA: Arranjo funcional das unidades motoras e as mudanças plásticas das influências segmentares e supra-segmentares

Leia mais

Disciplina: Avaliação da Adaptação Muscular ao Treinamento de Força: Métodos Indiretos

Disciplina: Avaliação da Adaptação Muscular ao Treinamento de Força: Métodos Indiretos Bioenergética aplicada ao Treinamento de Força Apresentação de um corpo de conhecimento para melhor entender as respostas fisiológicas mediante a um estresse, considerando este, o treinamento de força

Leia mais

ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO NUTRICIONAL. DIETAS Aula 7. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO NUTRICIONAL. DIETAS Aula 7. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO NUTRICIONAL DIETAS Aula 7 Profª. Tatiane da Silva Campos DISTÚRBIOS DESEQUILÍBRIOS HOMEOSTÁTICOS Anorexia nervosa: Distúrbio crônico caracterizado pela

Leia mais

NUT-154 NUTRIÇÃO NORMAL III. Thiago Onofre Freire

NUT-154 NUTRIÇÃO NORMAL III. Thiago Onofre Freire NUT-154 NUTRIÇÃO NORMAL III Thiago Onofre Freire Alimentação e Nutrição Nutrição Necessidades Adequada Salário mínimo de 600 reais Água Luz Telefone Moradia Prestações Transporte 100 100 100 100 100 100

Leia mais

CLIMATÉRIO E AUMENTO DE PESO

CLIMATÉRIO E AUMENTO DE PESO CLIMATÉRIO E AUMENTO DE PESO Apresentação: Nutricionista Débora Corrêa Borges 12/07/2017 O climatério é definido pela Organização Mundial da Saúde como fase biológica da vida que compreende a transição

Leia mais

COLÉGIO SALESIANO DOM BOSCO DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA PROFESSOR : THIAGO FERNANDES SÉRIE: 2º ANO

COLÉGIO SALESIANO DOM BOSCO DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA PROFESSOR : THIAGO FERNANDES SÉRIE: 2º ANO COLÉGIO SALESIANO DOM BOSCO DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA PROFESSOR : THIAGO FERNANDES SÉRIE: 2º ANO ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO Atividade física é qualquer movimento corporal produzido pela musculatura

Leia mais

EMENTAS DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM OBESIDADE E EMAGRECIMENTO EAD

EMENTAS DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM OBESIDADE E EMAGRECIMENTO EAD EMENTAS DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM OBESIDADE E EMAGRECIMENTO EAD DISCIPLINA: METODOLOGIA DA PESQUISA Introdução a metodologia científica, aspectos do conhecimento científico, elementos básicos

Leia mais

E TREINAMENTO DE FORÇA BRIEF-REVIEW

E TREINAMENTO DE FORÇA BRIEF-REVIEW E TREINAMENTO DE FORÇA BRIEF-REVIEW 2017 Mundo 36.9 milhões Pessoas vivendo com HIV +14% Em relação a 2010 2017 Mundo 36.9 milhões Pessoas vivendo com HIV - 18% Novas infecções anuais relativas a 2010-34%

Leia mais

O &D OBESITY & DIABETIC

O &D OBESITY & DIABETIC OBESITY & DIABETIC A OBESIDADE EM CÃES E GATOS ESTÁ EM ASCENSÃO, ASSIM COMO AS SUAS CONSEQUÊNCIAS A obesidade tem a segunda maior prevalência nas clínicas e hospitais veterinários. Em primeiro lugar está

Leia mais

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento da Dependência Química. Benefícios Fisiológicos

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento da Dependência Química. Benefícios Fisiológicos Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento da Dependência Química Fisioterapeuta Jussara Lontra Atividade Física expressão genérica que pode ser definida como qualquer movimento corporal, produzido

Leia mais

21/10/2014. Referências Bibliográficas. Produção de ATP. Substratos Energéticos. Lipídeos Características. Lipídeos Papel no Corpo

21/10/2014. Referências Bibliográficas. Produção de ATP. Substratos Energéticos. Lipídeos Características. Lipídeos Papel no Corpo Referências Bibliográficas Livro: McArdle & Katch & Katch. Fisiologia do Exercício: Metabolismo de Lipídeos Durante o Exercício Físico Aeróbico Prof. Dr. Paulo Rizzo Ramires Escola de Educação Física e

Leia mais

Prof. Dra. Bruna Oneda

Prof. Dra. Bruna Oneda Hipertrofia Muscular Prof. Dra. Bruna Oneda Hipertrofia muscular A hipertrofia de fibras musculares individuais, com o treinamento de força, é resultante de um aumento da síntese de proteínas musculares,

Leia mais

TRATAMENTO DIETÉTICO DO DIABETES MELLITUS. Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas

TRATAMENTO DIETÉTICO DO DIABETES MELLITUS. Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas TRATAMENTO DIETÉTICO DO DIABETES MELLITUS Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas Como Avaliar o Sucesso do tratamento Alvos do controle clínico e metabólico Glicemia préprandial (mg/dl) Glicemia pósprandial

Leia mais

Benefícios gerais da actividade física

Benefícios gerais da actividade física Organização e Desenvolvimento Desportivo 2010/2011 Carmen Pereira Benefícios gerais da actividade física Introdução Benefícios gerais da actividade física Um dos principais aspectos que aumentou consideravelmente

Leia mais

Obesidade e emagrecimento: o quê fazer e como proceder?

Obesidade e emagrecimento: o quê fazer e como proceder? O Adipócito Obesidade e emagrecimento: o quê fazer e como proceder? Prof. Esp. Gabriel F. S. Santos Aluno Especial do Programa de Mestrado em Ciências do Movimento Humano UNIMEP Grupo de Pesquisa em Ciências

Leia mais

A partir do consumo de nutrientes, os mecanismos de transferência de energia (ATP), tem início e estes auxiliam os processos celulares.

A partir do consumo de nutrientes, os mecanismos de transferência de energia (ATP), tem início e estes auxiliam os processos celulares. A partir do consumo de nutrientes, os mecanismos de transferência de energia (ATP), tem início e estes auxiliam os processos celulares. A energia que precisamos para realização de processos celulares,

Leia mais

19/04/2016. Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia E -mail:

19/04/2016. Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia E -mail: Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia E -mail: andrea@salesiano-ata.br 1 A Obesidade Definida como doença crônica caracterizada pelo excesso de peso corporal Decorre na maior parte dos casos de um desequilíbrio

Leia mais

AVALIAÇÃO DE PROTOCOLOS CINESIOTERÁPICOS COMO

AVALIAÇÃO DE PROTOCOLOS CINESIOTERÁPICOS COMO AVALIAÇÃO DE PROTOCOLOS CINESIOTERÁPICOS COMO INSTRUMENTO DE REABILITAÇÃO DE PACIENTES COM SÍNDROME METABÓLICA Christino Stefani Neto Fabiana da Silveira Bianchi Perez Faculdade Alfredo Nasser netostefani10@gmail.com

Leia mais

Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos

Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos 1 Pâncreas - Função exócrina: Secreção de enzimas líticas - Função endócrina (ilhotas): secreção de insulina e glucagon

Leia mais

Prática Clínica Nutrição Esportiva

Prática Clínica Nutrição Esportiva Estratégias nutricionais para perda, manutenção e ganho de peso Profa. Raquel Simões Prática Clínica Nutrição Esportiva Manutenção do peso Saúde Desempenho esportivo Perda de peso (mais comum) Estética

Leia mais

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE ATIVIDADE FÍSICA

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE ATIVIDADE FÍSICA O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE ATIVIDADE FÍSICA 1 a Atividade Física 2013.indd 1 09/03/15 16 SEDENTARISMO é a falta de atividade física suficiente e pode afetar a saúde da pessoa. A falta de atividade física

Leia mais

Sistema muscular Resistência Muscular Localizada Flexibilidade Osteoporose Esteróides Anabolizantes

Sistema muscular Resistência Muscular Localizada Flexibilidade Osteoporose Esteróides Anabolizantes MÚSCULOS, ARTICULAÇÕES, FORÇA, FLEXIBILIDADE E ATIVIDADE FÍSICAF Sistema muscular Resistência Muscular Localizada Flexibilidade Osteoporose Esteróides Anabolizantes APARELHO LOCOMOTOR HUMANO Constituição

Leia mais

Sistema muculoesquelético. Prof. Dra. Bruna Oneda

Sistema muculoesquelético. Prof. Dra. Bruna Oneda Sistema muculoesquelético Prof. Dra. Bruna Oneda Sarcopenia Osteoporose A osteoporose é definida como uma desordem esquelética que compromete a força dos ossos acarretando em aumento no risco de quedas.

Leia mais

COMPORTAMENTO ALIMENTAR

COMPORTAMENTO ALIMENTAR COMPORTAMENTO ALIMENTAR Balanço energético Peso corporal Ingestão Gasto fome saciedade Absorção de nutrientes Taxa metabólica Termogênese Atividade Video: http: / / illuminations.nctm.org/java/whelk/student/crows.html

Leia mais

DP de Estudos Disciplinares Treinamento Personalizado e Musculação

DP de Estudos Disciplinares Treinamento Personalizado e Musculação Aluno: RA: DP de Estudos Disciplinares Treinamento Personalizado e Musculação Assinale uma adaptação morfológica responsável pela hipertrofia muscular? a Divisão celular b Aumento do número de sarcômeros

Leia mais

30/05/2017. Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas

30/05/2017. Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas Metabolismo energético: vias metabólicas de fornecimento de energia

Leia mais

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA. 2

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA.   2 IMPACTO DA INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM INDIVÍDUOS COM EXCESSO DE PESO ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Simone Angélica Meneses Torres Rocha 1, Eliene da Silva Martins Viana

Leia mais

EXERCÍCIO FÍSICO COM ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO DE DISLIPIDÊMICOS

EXERCÍCIO FÍSICO COM ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO DE DISLIPIDÊMICOS EXERCÍCIO FÍSICO COM ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO DE DISLIPIDÊMICOS CINTIA AREND POZZATTI MILESI 1 ANA VALQUIRIA DA FONTOURA CORNEL 2 ROSELIANE NAZARÉ AMARAL DOS SANTOS 3 CATI RECKERBERG AZAMBUJA 4 RESUMO

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Áreas de investigação Edital Normativo 03/2014 A Comissão de Pós-Graduação da Escola de Educação Física, conforme disposto no subitem VIII.11 do Regulamento da Comissão Coordenadora do Programa, baixado

Leia mais

Princípios Científicos do TREINAMENTO DESPORTIVO AULA 5

Princípios Científicos do TREINAMENTO DESPORTIVO AULA 5 Princípios Científicos do TREINAMENTO DESPORTIVO AULA 5 Princípios do Treinamento: São os aspectos cuja observância irá diferenciar o trabalho feito à base de ensaios e erros, do científico. (DANTAS, 2003)

Leia mais

LITERATURA LOWAT PERCA PESO 2X MAIS RÁPIDO

LITERATURA LOWAT PERCA PESO 2X MAIS RÁPIDO LOWAT PERCA PESO 2X MAIS RÁPIDO A obesidade está associada a um desequilíbrio entre ingestão alimentar e gasto energético, e é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. A obesidade

Leia mais

SOBRE MIM... Graduação em nutrição em 2010 pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE UNICENTRO

SOBRE MIM... Graduação em nutrição em 2010 pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE UNICENTRO SOBRE MIM... Graduação em nutrição em 2010 pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE UNICENTRO Pós graduada em Nutrição Clínica Funcional Unicsul/VP em 2014 Aluna de Mestrado na Universidade Federal de

Leia mais

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA ENTENDENDO a doença metabólica A doença metabólica, também chamada de síndrome metabólica ou ainda de plurimetabólica, em geral faz parte de um conjunto de

Leia mais

SOBREPESO E OBESIDADE

SOBREPESO E OBESIDADE ATENÇÃO ÀS MULHERES A promoção da alimentação saudável e a manutenção do peso adequado são fundamentais para promover a saúde e o bem-estar durante toda a vida da mulher e principalmente no período do

Leia mais

MUSCULAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS. Charles Pereira Ribeiro Luciano do Amaral Dornelles RESUMO

MUSCULAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS. Charles Pereira Ribeiro Luciano do Amaral Dornelles RESUMO MUSCULAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS Charles Pereira Ribeiro Luciano do Amaral Dornelles RESUMO Em virtude da crescente quantidade de pessoas que praticam musculação, buscamos mostrar os benefícios que essa atividade

Leia mais

TÍTULO: OS EFEITOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO NA PORCENTAGEM DE GORDURA EM IDOSOS

TÍTULO: OS EFEITOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO NA PORCENTAGEM DE GORDURA EM IDOSOS Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: OS EFEITOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO NA PORCENTAGEM DE GORDURA EM IDOSOS CATEGORIA: EM ANDAMENTO

Leia mais

1º DIA - 13 DE AGOSTO - TERÇA-FEIRA

1º DIA - 13 DE AGOSTO - TERÇA-FEIRA 1º DIA - 13 DE AGOSTO - TERÇA-FEIRA 08:00-09:00 ABERTURA 09:00-1030 VITAMINA D e SAÚDE 09:00-09:25 - Panorama da Adequação no Brasil 09:25-09:50 - Metabolismo e Catabolismo da vitamina D 09:50-10:15 -

Leia mais

Gestação - Alterações Hormonais e Metabólicas Durante o Exercício

Gestação - Alterações Hormonais e Metabólicas Durante o Exercício Gestação - Alterações Hormonais e Metabólicas Durante o Exercício Alterações Metabólicas Durante o Exercício na Gestação Durante a gestação as alterações são direcionadas para a manutenção da gestação

Leia mais

AF Aveiro Formação de Treinadores. Fisiologia do Exercício

AF Aveiro Formação de Treinadores. Fisiologia do Exercício Fisiologia do Exercício Fisiologia do Exercício Fisiologia? A fisiologia = natureza, função ou funcionamento, ou seja, é o ramo da biologia que estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e bioquímicas

Leia mais

Qualidade de Vida 02/03/2012

Qualidade de Vida 02/03/2012 Prof. Dr. Carlos Cezar I. S. Ovalle Descreve a qualidade das condições de vida levando em consideração fatores como saúde, educação, expectativa de vida, bem estar físico, psicológico, emocional e mental.

Leia mais

CARACTERÍSTICAS DA DIETA DO ADOLESCENTE D I S C I P L I N A : N U T R I Ç Ã O E D I E T É T I C A II P R O F : S H E Y L A N E A N D R A D E

CARACTERÍSTICAS DA DIETA DO ADOLESCENTE D I S C I P L I N A : N U T R I Ç Ã O E D I E T É T I C A II P R O F : S H E Y L A N E A N D R A D E CARACTERÍSTICAS DA DIETA DO ADOLESCENTE D I S C I P L I N A : N U T R I Ç Ã O E D I E T É T I C A II P R O F : S H E Y L A N E A N D R A D E ADOLESCÊNCIA OMS: 10 a 19 anos Estatuto da criança e do adolescente:

Leia mais

Aula 1 - Fatores de risco Cardiovascular

Aula 1 - Fatores de risco Cardiovascular Disciplina: Exercícios Físicos para Grupos Especiais Aula 1 - Fatores de risco Cardiovascular Prof. Dra. Bruna Oneda Principais causas de morte nos EUA Fatores de risco cardiovascular NÃO MODIFICÁVEIS

Leia mais

DIETOTERAPIA INFANTIL DOENÇAS CRÔNICAS NA INFÂNCIA OBESIDADE

DIETOTERAPIA INFANTIL DOENÇAS CRÔNICAS NA INFÂNCIA OBESIDADE DIETOTERAPIA INFANTIL DOENÇAS CRÔNICAS NA INFÂNCIA OBESIDADE Um dos principais problemas de saúde pública da atualidade, Doença nutricional que mais cresce no mundo e de mais difícil tratamento; Etiologia

Leia mais

Formação treinadores AFA

Formação treinadores AFA Preparação específica para a atividade (física e mental) Equilíbrio entre treino e repouso Uso de equipamento adequado à modalidade (ex: equipamento, calçado, proteções) E LONGEVIDADE DO ATLETA Respeito

Leia mais

TRATAMENTO DO EXCESSO DE PESO CONDUTA DIETÉTICA PARTE 1

TRATAMENTO DO EXCESSO DE PESO CONDUTA DIETÉTICA PARTE 1 TRATAMENTO DO EXCESSO DE PESO CONDUTA DIETÉTICA PARTE 1 Prof M. Sc. José Aroldo Filho Nutricionista Mestre em Ciências Médicas/ FCM-UERJ Especialista em Nutrição Clínica/ASBRAN Pós-Graduado em Medicina

Leia mais

Epidemiologia. Recomendações para a prática de atividade física. Prof. Dr. Matheus M. Gomes

Epidemiologia. Recomendações para a prática de atividade física. Prof. Dr. Matheus M. Gomes Epidemiologia Recomendações para a prática de atividade física Prof. Dr. Matheus M. Gomes 1 Atividade Física x Risco Doenças Crônicas 2 Atividade Física x Risco Doenças Crônicas 3 Atividade Física x Risco

Leia mais

Como evitar os riscos e aumentar os benefícios??

Como evitar os riscos e aumentar os benefícios?? Como evitar os riscos e aumentar os benefícios?? RISCOS BENEFÍCIOS RISCO DE MORTE POR DOENÇAS 100 % CARDIOVASCULARES 80 Diminuição de 34% 66% 60 40 20 0 AGITA São Paulo Sedentário Pouco Ativo Ativo Muito

Leia mais

TRABALHO PESADO. Apostila 09

TRABALHO PESADO. Apostila 09 TRABALHO PESADO Apostila 09 Trabalho pesado: qualquer atividade que exige grande esforço físico e é caracterizada por um alto consumo de energia e grandes exigências do coração e dos pulmões. OBS: mecanização

Leia mais

Prof. Ms. Sandro de Souza

Prof. Ms. Sandro de Souza Prof. Ms. Sandro de Souza As 5 leis básicas do Treinamento de Força 1º - ANTES DE DESENVOLVER FORÇA MUSCULAR, DESENVOLVA FLEXIBILIDADE Amplitude de movimento Ênfase na pelve e articulações por onde passam

Leia mais

MAGNÉSIO DIMALATO. FÓRMULA MOLECULAR: C4H6Mg2O7. PESO MOLECULAR: 396,35 g/mol

MAGNÉSIO DIMALATO. FÓRMULA MOLECULAR: C4H6Mg2O7. PESO MOLECULAR: 396,35 g/mol MAGNÉSIO DIMALATO FÓRMULA MOLECULAR: C4H6Mg2O7 PESO MOLECULAR: 396,35 g/mol Importante para mais de 300 processos biológicos no organismo, o magnésio é um mineral essencial utilizado na síntese de proteínas

Leia mais

Prof.ª Kalyne de Menezes Bezerra Cavalcanti

Prof.ª Kalyne de Menezes Bezerra Cavalcanti Prof.ª Kalyne de Menezes Bezerra Cavalcanti Natal/RN Fevereiro de 2011 Fisiologia do Exercício estuda como as estruturas e funções do exercício são alteradas quando somos expostos a exercícios agudos ou

Leia mais

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 11 SISTEMA ENDÓCRINO

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 11 SISTEMA ENDÓCRINO BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 11 SISTEMA ENDÓCRINO Como pode cair no enem Os mecanismos de autorregulação que levam à homeostase, para garantir um equilíbrio dinâmico, implicam retroalimentação (feedback),

Leia mais

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA NO IDOSO

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA NO IDOSO C E N T R O U N I V E R S I T Á R I O C AT Ó L I C O S A L E S I A N O A U X I L I U M C U R S O D E N U T R I Ç Ã O - T U R M A 6 º T E R M O D I S C I P L I N A : N U T R I Ç Ã O E M G E R I AT R I A

Leia mais

Na ESGB, os testes utilizados para avaliar a força são: força abdominal; flexões/extensões de braços.

Na ESGB, os testes utilizados para avaliar a força são: força abdominal; flexões/extensões de braços. Agrupamento de Escolas D. Maria II Escola Básica e Secundária de Gama Barros Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos 10º Ano Qualidades Físicas As qualidades físicas podem ser definidas como todas

Leia mais

Nutrição Aplicada à Educação Física. Cálculo da Dieta e Recomendações dietéticas. Ismael F. Freitas Júnior Malena Ricci

Nutrição Aplicada à Educação Física. Cálculo da Dieta e Recomendações dietéticas. Ismael F. Freitas Júnior Malena Ricci Nutrição Aplicada à Educação Física Cálculo da Dieta e Recomendações dietéticas Ismael F. Freitas Júnior Malena Ricci ARROZ 100 gramas CÁLCULO DE DIETA CH 25,1 PT 2,0 Lip 1,2 Consumo 300 gramas 100 gr

Leia mais

30 motivos para fazer musculação

30 motivos para fazer musculação Segundo pesquisas, a musculação traz grandes benefícios tanto para a estética quanto para a qualidade de vida, mas não se esqueça de consultar seu médico antes de começar a se exercitar, são eles: 1 -

Leia mais

Flutamida, metformina ou ambos para mulheres com sobrepeso ou obesidade e síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Flutamida, metformina ou ambos para mulheres com sobrepeso ou obesidade e síndrome dos ovários policísticos (SOP). Artigo Técnico Ginecologia Dezembro / 2006 Flutamida, metformina ou ambos para mulheres com sobrepeso ou obesidade e síndrome dos ovários policísticos (SOP). Estudo dividido em grupos: placebo, metformina,

Leia mais

Recomendações e orientações para a prática de exercícios físicos no idoso. Prof. Dra. Bruna Oneda

Recomendações e orientações para a prática de exercícios físicos no idoso. Prof. Dra. Bruna Oneda Recomendações e orientações para a prática de exercícios físicos no idoso Prof. Dra. Bruna Oneda Exercícios Físicos Estimular de maneira equilibrada todos os sistemas corporais. Trabalhar postura, equilíbrio

Leia mais

PANCREAS A eliminação do suco pancreático é regulada, principalmente, pelo sistema nervoso. Quando uma pessoa alimenta-se, vários fatores geram

PANCREAS A eliminação do suco pancreático é regulada, principalmente, pelo sistema nervoso. Quando uma pessoa alimenta-se, vários fatores geram PANCREAS O pâncreas, uma importante glândula do corpo humano, é responsável pela produção de hormônios e enzimas digestivas. Por apresentar essa dupla função, essa estrutura pode ser considerada um órgão

Leia mais

AULA: 5 - Assíncrona TEMA: Cultura- A pluralidade na expressão humana.

AULA: 5 - Assíncrona TEMA: Cultura- A pluralidade na expressão humana. : 5 - Assíncrona TEMA: Cultura- A pluralidade na expressão humana. Conteúdo: Doenças relacionadas ao sedentarismo Diabetes. Doenças relacionadas ao sedentarismo Hipertensão arterial e dislipidemias. Habilidades:

Leia mais

Planificação Anual PAFD 10º D Ano Letivo Plano de Turma Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva

Planificação Anual PAFD 10º D Ano Letivo Plano de Turma Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva Calendarização Objetivos Conteúdos Avaliação PRÁTICAS DE ATIVIDADES FÍSICAS E DESPORTIVAS Módulo: Fisiologia do Esforço 1º, 2º e 3º períodos 1. Reconhecer o papel da fisiologia do esforço quando aplicada

Leia mais

Metabolismo do colesterol e das lipoproteínas

Metabolismo do colesterol e das lipoproteínas Metabolismo do colesterol e das lipoproteínas COLESTEROL Estabiliza o arranjo linear dos ácidos graxos saturados das membranas. Origem do colesterol ENDÓGENA EXÓGENA Como ocorre a síntese do colesterol?

Leia mais

EXERCÍCIO FÍSICO E IDOSOS

EXERCÍCIO FÍSICO E IDOSOS EXERCÍCIO FÍSICO E IDOSOS Dra. Maria Isabel Toulson Davisson Carrea Coordenadora do Observatório de Metabolismo e Nutrição Msc. Alessandra de Magalhães Campos Garcia Professora de Educação Física coordenadora

Leia mais

LITERATURA MERATRIM REDUTOR DE MEDIDAS DIMINUÇÃO DAS MEDIDAS DE CINTURA E QUADRIL EM 2 SEMANAS!

LITERATURA MERATRIM REDUTOR DE MEDIDAS DIMINUÇÃO DAS MEDIDAS DE CINTURA E QUADRIL EM 2 SEMANAS! MERATRIM REDUTOR DE MEDIDAS DIMINUÇÃO DAS MEDIDAS DE CINTURA E QUADRIL EM 2 SEMANAS! A Organização Mundial de Saúde aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Segundo dados

Leia mais

METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários. Bioquímica. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes

METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários. Bioquímica. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários Bioquímica Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes REFERÊNCIA: Bioquímica Ilustrada - Champe ESTÁGIOS DO CATABOLISMO

Leia mais

Saúde do Homem. Medidas de prevenção que devem fazer parte da rotina.

Saúde do Homem. Medidas de prevenção que devem fazer parte da rotina. Saúde do Homem Medidas de prevenção que devem fazer parte da rotina. saúde do Homem O Ministério da Saúde assinala que muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com regularidade,

Leia mais

Nutrigenômica x Nutrigenética - doenças relacionadas

Nutrigenômica x Nutrigenética - doenças relacionadas Nutrigenômica x Nutrigenética - doenças relacionadas Início Projeto Genoma Humano 20.000 genes (120.000 inicialmente estimados) Diversidade nucleotídica: 0,1 a 0,4% pares de base correspondente a aproximadamente

Leia mais

Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos

Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos 1 Qualidades Físicas As qualidades físicas podem ser definidas como todas as capacidades treináveis de um organismo. As qualidades são: resistência, força, velocidade,

Leia mais

Obesidade. O que pesa na sua saúde.

Obesidade. O que pesa na sua saúde. Obesidade O que pesa na sua saúde. SiTUAçÃO DA OBESiDADE NO BRASiL E NO MUNDO A obesidade é apontada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo

Leia mais

PERÍODO ABSORTIVO E PÓS-ABSORTIVO

PERÍODO ABSORTIVO E PÓS-ABSORTIVO PERÍODO ABSORTIVO E PÓS-ABSORTIVO HORMONAS QUE REGULAM O METABOLISMO PRINCIPAIS FONTES DE ENERGIA CELULAR VIAS METABÓLICAS DO PERIODO ABSORTIVO ALTERAÇÕES METABÓLICAS DO PERIODO PÓS-ABSORTIVO PRODUÇÃO

Leia mais

Doutoramento em Actividade Física e Saúde

Doutoramento em Actividade Física e Saúde Doutoramento em Actividade Física e Saúde 2º Semestre Disciplina de Análise de Dados Docente: José Carlos Ribeiro 1º módulo- 22 de Fevereiro de 2011 1. Introdução à análise de dados com o SPSS 2. Estatística

Leia mais

DIFERENÇAS DO DIABETES MELLITUS TIPO I E TIPO II: BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA

DIFERENÇAS DO DIABETES MELLITUS TIPO I E TIPO II: BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA DIFERENÇAS DO DIABETES MELLITUS TIPO I E TIPO II: BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA CESAR GUILHERME VIANA COELHO 1 ANA VALQUIRIA DA FONTOURA CORNEL 2 CARLOS SANTINI MOREIRA 3 CATI RECKELBERG AZAMBUJA

Leia mais

Fisiologia do Sistema Endócrino

Fisiologia do Sistema Endócrino Fisiologia do Sistema Endócrino Hormônios hipofisários anteriores Hormônios hipotalâmicos: Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) Hormônio liberador de tireotrofina (TRH) Hormônio liberador de corticotrofina

Leia mais

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 26. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 26. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 26 Profª. Lívia Bahia Estratégias para o cuidado ao paciente com doença crônica na atenção básica Hipertensão A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é

Leia mais

PROBLEMAS NUTRICIONAIS EM CÃES E GATOS OBESIDADE VISÃO GERAL

PROBLEMAS NUTRICIONAIS EM CÃES E GATOS OBESIDADE VISÃO GERAL PROBLEMAS NUTRICIONAIS EM CÃES E GATOS OBESIDADE VISÃO GERAL Prof. Roberto de Andrade Bordin DMV, M.Sc. Setor de Nutrição e Metabolismo Animal Medicina Veterinária Universidade Anhembi Morumbi São Paulo,

Leia mais

PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS

PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS Acadêmica de medicina: Jéssica Stacciarini Liga de diabetes 15/04/2015 Benefícios do exercício físico em relação ao diabetes mellitus:

Leia mais

ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS SOUZA, J. P.; MARIN, T. Resumo O diabetes vem sendo considerado um grave problema de saúde pública. O objetivo do estudo foi

Leia mais

Plano de Estudos. Escola: Escola de Ciências e Tecnologia Grau: Mestrado Curso: Exercício e Saúde (cód. 398)

Plano de Estudos. Escola: Escola de Ciências e Tecnologia Grau: Mestrado Curso: Exercício e Saúde (cód. 398) Plano de Estudos Escola: Escola de Ciências e Tecnologia Grau: Mestrado Curso: Exercício e Saúde (cód. 398) 1. o Ano - 1. o Semestre DES10220 Fisiologia do Exercício Motricidade 3 Semestral 78 DES10221

Leia mais

Fragilidade. Dra Silvana de Araújo Geriatria - UFMG Julho/2007

Fragilidade. Dra Silvana de Araújo Geriatria - UFMG Julho/2007 Fragilidade Dra Silvana de Araújo Geriatria - UFMG Julho/2007 Introdução Idoso Frágil: aquele que sofreu declínio funcional em conseqüência da combinação de efeitos de doença e idade O idoso frágil é extremamente

Leia mais

Práticas e programas de musculação para a população acima de sessenta anos

Práticas e programas de musculação para a população acima de sessenta anos Práticas e programas de musculação para a população acima de sessenta anos Autor: Felipe Carvalho Segundo Barry & Carson 2004 a degeneração do sistema neuromuscular impede a habilidade de gerar contração

Leia mais

Farinha de Trigo Faz Mal Mesmo? Qual a importância para o organismo?

Farinha de Trigo Faz Mal Mesmo? Qual a importância para o organismo? O aumento dos índices relacionados ao excesso de peso, à obesidade e a doenças como a diabetes ao longo dos últimos anos levantou a questão se de fato a quantidade de carboidratos ingeridos diariamente

Leia mais

QUALIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A APTIDÃO FÍSICA. BASES DO TREINAMENTO CORPORAL I

QUALIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A APTIDÃO FÍSICA. BASES DO TREINAMENTO CORPORAL I QUALIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A APTIDÃO FÍSICA. BASES DO TREINAMENTO CORPORAL I Conceitos As atividades corporais envolvem pelas suas características conceitos fundamentais para a área da Educação Física:

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NO TRATAMENTO DA DIABETES TIPO II

A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NO TRATAMENTO DA DIABETES TIPO II A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NO TRATAMENTO DA DIABETES TIPO II Lucas Domingos Pereira de Oliveira Licenciado no Curso de Educação Física. UNAERP Universidade de Ribeirão Preto Campus Guarujá lucasdpo@hotmail.com

Leia mais

Fisiologia do Sistema Endócrino. Pâncreas Endócrino. Anatomia Microscópica. Anatomia Microscópica

Fisiologia do Sistema Endócrino. Pâncreas Endócrino. Anatomia Microscópica. Anatomia Microscópica Fisiologia do Sistema Endócrino Pâncreas Endócrino Prof. Dr. Leonardo Rigoldi Bonjardim Profa. Adjunto do Depto. De Fisiologia-CCBS-UFS Material disponível em: http://www.fisiologiaufs.xpg.com.br 2006

Leia mais

MACRONUTRIENTES NO EXERCÍCIO

MACRONUTRIENTES NO EXERCÍCIO MACRONUTRIENTES NO EXERCÍCIO Profa. Ainá Innocencio da Silva Gomes MACRONUTRIENTES NO EXERCÍCIO RECOMENDAÇÃO - AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE ATLETA 60-70% CHO ENDURANCE - 1,2 1,4g/ kg PTN FORÇA -

Leia mais

Profa. Dra. Raquel Simões M. Netto NECESSIDADES DE CARBOIDRATOS. Profa. Raquel Simões

Profa. Dra. Raquel Simões M. Netto NECESSIDADES DE CARBOIDRATOS. Profa. Raquel Simões NECESSIDADES DE CARBOIDRATOS NO EXERCÍCIO Profa. Raquel Simões Reserva de CHO Principal fonte de energia Estoques corporais 200-300g de glicogênio muscular (cerca 15 g/kg de músculo) Glicogênio i hepático

Leia mais

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE ATIVIDADE FÍSICA X EXERCÍCIO FÍSICO Atividade física é qualquer movimento corporal, produzido pelo músculo esquelético que resulte em um pequeno aumento calórico acima do repouso,

Leia mais

TECIDO ADIPOSO. Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia

TECIDO ADIPOSO. Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia TECIDO ADIPOSO Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia ORIGEM ORIGEM ATUAL expressão do gene UPC1 Só as células que expressam o receptor gama peroxissômico ativado para proliferação (PPAγ) irão se

Leia mais

Regulation of Fat Synthesis by Conjugated Linoleic Acid: Lactation and the Ruminant Model

Regulation of Fat Synthesis by Conjugated Linoleic Acid: Lactation and the Ruminant Model Regulation of Fat Synthesis by Conjugated Linoleic Acid: Lactation and the Ruminant Model Dale E. Bauman, James W. Perfield II, Kevin J. Harvatine, and Lance H. Baumgard Aluno: Gabriel de Assis Reis Pesquisa

Leia mais

Desnutrição na Adolescência

Desnutrição na Adolescência Desnutrição na Adolescência Adolescência CRIANÇA Desnutrição Anorexia/Bulimia Obesidade / Diabetes ADULTO Dietas não convencionais e restritivas Deficiência de ferro Cálcio, vitamina A, zinco, Vitamina

Leia mais

Epinefrina, glucagon e insulina. Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo

Epinefrina, glucagon e insulina. Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo Epinefrina, glucagon e insulina Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo Epinefrina ou adrenalina Estímulos para a secreção de epinefrina: Perigos reais ou imaginários Exercício físico

Leia mais

Função dos Exercícios Localizados

Função dos Exercícios Localizados Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Função dos Exercícios Localizados São utilizados para manter e desenvolver a força e a resistência

Leia mais