Ministério da Cultura Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Dados da organização:
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- Ana Vitória Minho Domingues
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1 1 Ministério da Cultura Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Data de elaboração da ficha: Fev 2008 Dados da organização: Nome: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Endereços: Brasília: SBS Quadra 1/Bl. J - Ed. BNDES - Brasília DF Cep Rio de Janeiro: Av. Presidente Antônio Carlos, 51 Rio de Janeiro RJ Cep Site: faleconosco@ipea.gov.br Tipo de organização: Fundação pública federal Características da organização: Vinculada ao Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, a fundação realiza estudos e pesquisas que fornecem suporte técnico e institucional às ações governamentais para a formulação de políticas públicas e programas de desenvolvimento. Pesquisa: Mecenato cultural e demanda Nome do programa ou pesquisa: Mecenato cultural e demanda (IPEA/DISOC) Referência bibliográfica: BARBOSA, Frederico. Mecenato cultural e demanda. In: BRASIL. Ministério da Cultura. Instituto de Pesquisas Econômicas. Economia e política cultural: acesso, emprego e financiamento. Brasília: Ministério da Cultura, 2007, p (Cadernos de Políticas Culturais, v. 3). Locais para consulta: Publicação impressa disponível para consulta no Itaú Cultural. Disponível no Portal do IPEA - (A pesquisa é o capítulo 7 da publicação) Palavras-chave: Financiamento da cultura
2 Lei de incentivo à cultura 2
3 3 Sinopse: A pesquisa integra um conjunto de análises que vêm sendo empreendidas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em parceria com a UNESCO e o Ministério da Cultura, com o intuito de produzir informações sobre o setor cultural no Brasil. Na primeira parte do texto, delimita-se o campo conceitual onde se movimenta a prática do mecenato cultural. A idéia é que qualquer tipo de mecenato, público ou empresarial, pode ser caracterizado pela situação privilegiada do agente financiador, que decide se pode ou não dar recursos, para quem, quanto, onde e para que. Esse aspecto é decisivo quando não existem políticas ou diretrizes que orientem os investimentos e o financiamento do setor cultural. Em seguida, passa-se para uma breve contextualização histórica, procurando identificar, a partir de bases empíricas, as tendências do mecenato no Brasil, no período de No final, descrevem-se algumas das características da demanda por recursos federais em Concepção de cultura: O mecenato, foco do estudo, é definido como apoio econômico, por parte de pessoas ou instituições, particulares ou públicas, a produtores culturais, para a produção de obra ou atividade cultural. Pode ser total ou parcial, pode custear as necessidades vitais do artista ou produtor, ou mesmo ter como objeto a produção de obra, sistema de obras ou eventos. No âmbito do estudo, o termo mecenato expressa a política de financiamento público para a cultura, que supõe tanto a coordenação entre agentes estatais, privados e o campo dos produtores culturais quanto os objetivos do financiamento. Os incentivos fiscais são parte do sistema de financiamento e se constituem em instrumento do poder público para direcionar e estimular a presença de recursos privados em segmentos estratégicos. Objetivos: Produzir informações sobre o setor cultural no Brasil. Delimitar o universo dos agentes culturais demandantes do governo federal em 2003 e sua distribuição no território, assinalando a importância política do mecenato e dimensionando-o, mesmo que de forma ainda limitada. Metodologia: Não é mencionada. Áreas de cobertura: Sistema de financiamento federal à cultura Mecenato (incentivos fiscais) e Fundo Nacional de Cultura (recursos orçamentários). Abrangência geográfica: Nacional.
4 4 Unidade de investigação: Receitas orçamentárias e renúncia fiscal (via incentivos fiscais à cultura). Abrangência temporal: (contextualização histórica); 2003 (análise das demandas por recursos federais). Ano-base: 2003 (demandas por recursos federais) Ano de publicação: 2007 Instrumentos de coleta e processamento de informações: o IPEA/DISOC Diretoria de Estudos Sociais: processamento das informações extraídas de diversas fontes (abaixo indicadas). Fontes de dados: o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) 1 o Sistema Integrado de Dados Orçamentários (SIDOR) o Ministério da Cultura (MinC) Disseminação das informações: Portal do IPEA - Detalhamento das informações sobre cultura: o Diferenciação entre os termos mecenato e patrocínio O mecenato não requer contrapartida direta do beneficiário, como a doação ou compra do seu produto; já o patrocínio implica uma relação contratual na qual o nome do patrocinador deve ser difundido pelo patrocinado em formas acordadas, ou seja, o patrocinador deve ter o seu nome associado às obras ou ao prestígio do produtor (trata-se de um apoio condicionado por necessidades publicitárias e promocionais da empresa ou patrono). o Os incentivos fiscais são definidos como modalidade de estímulo às empresas para que direcionem recursos para a produção e difusão cultural, como estratégia de criação de um mecenato privado que dispense o poder público do financiamento de parte das necessidades de recursos dos produtores culturais. 1 O SIAFI é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal.
5 5 o Leis de incentivo fiscal à cultura no Brasil (breve histórico) Lei Sarney, Lei Rouanet, Lei do Audiovisual. o Dispêndios públicos com cultura e subsidiariedade da política cultural ao financiamento: o Evolução dos dispêndios culturais federais em termos per capita e ano a ano (1995 a 2002). Embora objeto de oscilações, pode-se constatar uma leve tendência de crescimento, com exceção do último ano (2002), no qual houve um pequeno decréscimo de recursos. o Contrariando as primeiras expectativas, os dispêndios orçamentários do Ministério da Cultura não se reduziram e nem foram substituídos pelos dos incentivos fiscais, mas cresceram em termos médios ao longo dos anos analisados (exceto em 2002, quando se pode observar uma queda tanto dos recursos orçamentários quanto dos provenientes de incentivos). o Mecenato Recursos orçamentários, renúncia fiscal e gasto das empresas, : O Estado teve participação crescente no período em nenhum ano foi inferior a 1995 e no total contribuiu com R$ 5 bilhões. A renúncia fiscal também aumentou sua participação nos recursos públicos. A média é de 37,3%, mas em 2000 já participava na proporção de 43,4%, e, em 2002, com 46,3% dos recursos públicos. o A conclusão do estudo é que o governo federal não restringiu sua atuação no campo cultural aos incentivos fiscais. Iniciou os anos 1990 criando os incentivos como estratégia de consolidação de um mecenato empresarial, mas depois limitou sua aplicação, tornandoos um simples instrumento de aumento do dispêndio indireto, portanto, recurso público com iniciativa de alocação nas empresas. o Também não houve substituição das fontes orçamentárias pelos recursos dos incentivos. O que se pode afirmar é que as instituições federais mantiveram-se em situação precária, pois seus orçamentos permaneceram insuficientes e sua capacidade de atuação não foi ampliada. o Se não se pode falar de substituição dos recursos públicos, pode-se falar que as políticas culturais foram subsidiárias em relação ao financiamento ou, mais especificamente, de suas insuficiências,
6 sendo que essas mantiveram a ação pública limitada ao fomento da produção e de eventos. 6
7 7 o Análise da demanda do mecenato em 2003: Em 2003, foram apresentados projetos com o valor total de R$ bilhões. Desses projetos, foram aprovados (79%) no valor de R$ bilhões (53%). Poucos foram os municípios com projetos aprovados (aproximadamente 330 entre os municípios brasileiros). Os municípios que mais apresentaram projetos são os da região Sudeste e capitais. Dos projetos apresentados, (64%) são da região Sudeste, sendo (23,5%) do Estado do Rio Janeiro e (30,9%) de São Paulo. 70% do valor aprovado é da região Sudeste. As capitais apresentaram projetos (75,2%), aprovaram 76,3% e R$ bilhões (75,2%). A taxa de aprovação de projetos é de 81,2% e é maior na região Sudeste (81,3%) e Sul (83,6%). As Artes Cênicas têm uma taxa de aprovação de projetos maior (90,2%), seguidas das Artes Plásticas (84,9%) e Humanidades (83,6%). A região Sul tem taxa de aprovação maior do que a média em todos os segmentos. O Sudeste tem padrão semelhante, exceção feita ao audiovisual (69,2%). Entre as instituições com maiores recursos aprovados, há fundações públicas, privadas, cooperativas, institutos do setor financeiro. Dentro dos seis maiores projetos estão os planos de atividades anuais da Fundação Padre Anchieta, Instituto Itaú Cultural e Museu de Arte Moderna de São Paulo. Nessa faixa (de R$ 10 a 20 milhões), estão 6 projetos com valor médio de R$ 13 milhões, que representam 4,7% dos recursos aprovados, mas apenas 0,2% dos projetos apresentados. ANEXOS: 1. Demanda ao mecenato em 2003, projetos e valores 2. Valores dos projetos apresentados ao MinC em 2003, por segmento 3. Projetos apresentados ao MinC em 2003, por segmento 4. Valores dos projetos aprovados pelo MinC em 2003,por segmento 5. Projetos aprovados pelo MinC em 2003, por segmento
Distribuição regional dos equipamentos culturais municipais no Brasil em 2001
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