SIGDENGUE WEB - Sistema de Informação Georreferenciada via web para o Acompanhamento e Gestão de Ações sobre Dengue em Cascavel - PR

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1 Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Colegiado de Ciência da Computação Curso de Bacharelado em Ciência da Computação SIGDENGUE WEB - Sistema de Informação Georreferenciada via web para o Acompanhamento e Gestão de Ações sobre Dengue em Cascavel - PR Andre Luiz Barros Luchesi CASCAVEL 2013

2 ANDRE LUIZ BARROS LUCHESI SIGDENGUE WEB - Sistema de Informação Georreferenciada via web para o Acompanhamento e Gestão de Ações sobre Dengue em Cascavel - PR Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciência da Computação, do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus de Cascavel Orientador: Prof. Dra. Claudia Brandelero Rizzi CASCAVEL 2013

3 ANDRE LUIZ BARROS LUCHESI SIGDENGUE WEB - Sistema de Informação Georreferenciada via web para o Acompanhamento e Gestão de Ações sobre Dengue em Cascavel - PR Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Ciência da Computação, pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel, aprovada pela Comissão formada pelos professores: Prof. Dra. Claudia Brandelero Rizzi (Orientadora) Colegiado de Ciência da Computação, UNIOESTE Prof. Dr. Rogério Luis Rizzi Colegiado de Matemática, UNIOESTE Prof. Dr. Reginaldo A. Zara Colegiado de Ciência da Computação, UNIOESTE BSc. Carlos Henrique de França Ecocentauro Sistemas Inteligentes Cascavel, 21 de novembro de 2013

4 DEDICATÓRIA A vitória é sempre possível para a pessoa que se recusa a parar de lutar. - Napoleon Hill Mesmo desacreditado e ignorado por todos, não posso desistir, pois para mim, vencer é nunca desistir. - Albert Einstein O sucesso é como o ar que respiramos, está ao nosso redor, em toda parte, todos nós em uma condição normal temos acesso a ele de forma ilimitada, as oportunidades são iguais para todos, a grande diferença é que alguns respiram fundo e seguem adiante, outros perdem o fôlego e desistem. - Luis Alves

5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a minha família, minha mãe Maria Cleonice de Barros Luchesi, meu pai Luiz Gonzaga Luchesi e meu irmão Victor Hugo Barros Luchesi que sempre me apoiaram nesta caminhada, sempre ao meu lado me dando força e coragem para enfrentar os momentos difíceis. Agradeço especialmente a minha orientadora Claudia Brandelero Rizzi pela oportunidade, atenção e paciência nestes últimos dois anos sobre sua orientação, desde de projetos de Iniciação Científica até o presente trabalho. Agradeço a todos os professores que fizeram parte desta minha caminhada nesses cinco longos anos de intenso aprendizado e dedicação, em especial aos Professores Rogério Luiz Rizzi e Reginaldo A. Zara por importantes orientações e contribuições com este trabalho. Agradeço ao pessoal do Programa de Controle de Endemias pelo apoio para a realização desse trabalho, em especial à Juliane, Eduardo, Tânia e Leuzi que sempre estiveram dispostos a ajudar. Agradeço aos amigos de faculdade que conviveram comigo nesses últimos anos, Felipe C. Carminati, Julian Ruiz Diaz, Heitor Faccioni, Alexandre Luiz Borba Silva, Marcos Paulo Nicoletti, Tiago Jesuino Zilio e William Fernando Roque. Obrigado pela ajuda e pelo companheirismo ao longo desses anos, foram várias noites sem dormi estudando para trabalhos/provas e algumas noites em que merecidamente festamos juntos. Agradeço em especial o Carlos Henrique França, que me ensinou e sempre me ajudou a realizar este trabalho. A aos meus amigos de longa data Bruno Rovere, Antônio Donizete, Flavio Ancioto, Robson Pinheiro, Rodrigo Bertipaglia e Bruno Lorenço, que apesar da distância e do pouco tempo sempre estiveram presentes. Enfim Muito Obrigado a todos!

6 Lista de Figuras 1.1 Gráfico de casos de dengue no Brasil entre 1990 a Casos de Dengue no Paraná entre 2001 a Classificação dos municípios segundo incidência por habitantes [1] Casos de Dengue em Cascavel-PR entre 2001 a julho de Imagem do Mosquito Aedes albopictus [2] Fases do estágio larval Aedes aegypti [3] Imagem do Mosquito Aedes aegypti Fase Adulta [4] Ciclo de Transmissão da dengue [5] Mapa das localidade de Cascavel - PR Classificação dos Criadouros [6] Tela do sistema GeoPortal efetuando a pesquisa por lotes Diagrama representativo do ambiente computacional SIGDENGUE Tela inicial do SIGDENGUE versão desktop Diagrama de Casos de Uso do Sistema Arquitetura do sistema SIGDENGUE Diagrama de Pacotes Página de Login e Senha do SIGDENGUE web Página Inicial do SIGDENGUE web Casos Suspeitos de Dengue Dados Pessoais do Suspeito Endereço do Suspeito vi

7 7.6 Viagem do Suspeito Dados do Atendimento Clínico Prestado ao Suspeito Sintomas de Dengue Dados Laboratoriais Busca Ativa Situação Final do Caso Suspeito de Dengue Funcionalidades ligadas à realização do Raio Funcionalidade de Cadastro do Raio Página dos Raios Formulário do Raio Página de Amostras Coletadas Associar Agentes de Saúde Página para Associar o FAD Página de Cadastro dos Bloqueios Funcionalidade que efetua o Cadastro de Amostras Laboratoriais Formulário da Amostra Laboratorial Funcionalidade para Cadastro dos LIRAs Formulário LIRA Formulário Estrato LIRA Formulário Localidade Estrato LIRA Página dos Pontos Estratégicos Formulário do Ponto Estratégico Página de Cadastro de Mutirões Formulário do Mutirão Cadastro de Tratamentos Especiais a Imóveis Formulário do Tratamento Especial a Imóvel Cadastro dos Agentes Formulário do Agente Funcionalidade que viabiliza Adicionar Cargo ao Agente Funcionalidade que viabiliza Adicionar Curso realizado pelo Agente vii

8 7.36 Cadastro das Equipes Formulário de Cadastro de Equipe Cadastro de Cargos Formulário de Cadastro do Cargo Cadastro de Cursos e Qualificações Formulário de Cadastro do Curso Cadastro de Dispositivos Móveis Formulário de Cadastro de Dispositivo Móvel Cadastro da Produtividade da Equipe Cadastro da Produtividade do Agente Formulário de Cadastro do Resumo Semanal da Produtividade do Agente Atividades do Agente Localidades do SisPNCD Ficha Individual de um Caso Suspeito de Dengue Ícones SIGDENGUE Visualização em Mapa sem filtro Visualização em Casos de Dengue com filtro Cadastro de usuários Formulário de Cadastro de Usuário Formulário de Cadastro de Usuário Formulário do Registro Diário do Serviço Antivetorial (Frente) Formulário do Registro Diário do Serviço Antivetorial (Verso) Formulário do Registro Semanal do Serviço Antivetorial Ficha de Investigação (Frente) Ficha de Investigação (Verso) Formulário de Avaliação do Eduardo Formulário de Avaliação da Juliane viii

9 Lista de Abreviaturas e Siglas API CDC DEN-1 DEN-2 DEN-3 DEN-4 FAD FHD IB IBGE IIP JSF LACEN LI LIRAa OMS PA PE PNCD PVE SGBD SI SIG SINAN SISFAD SisPNCD SQL UNIOESTE Application Programming Interface Centro de Controle e Prevenção de Doenças Sorotipo 1 do Vírus da Dengue Sorotipo 2 do Vírus da Dengue Sorotipo 3 do Vírus da Dengue Sorotipo 4 do Vírus da Dengue Febre Amarela e Dengue Febre Hemorrágica da Dengue Indice de Breteau Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica Índice de Intervalo Predial JavaServer Faces Laboratório Central do Estado Levantamento de Índice Levantamento de Índice Rapido do Aedes Aegypti Organização Mundial da Saúde Pesquisa em Armadilha Ponto Estratégico Programa Nacional de Controle da Dengue Pesquisa Vetorial Espacial Sistema Gerenciador de Banco de Dados Sistema de Informações Sistemas de Informações Geográficas Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue Structured Query Language Universidade Estadual do Oeste do Paraná ix

10 Sumário Lista de Figuras Lista de Abreviaturas e Siglas Sumário Resumo vi ix x xiii 1 Introdução Objetivos Metodologia Organização do Texto A Dengue O Vetor Transmissão Vigilância Epidemiológica Conceitos Básicos em Vigilância Epidemiológica Atividades do Setor de Endemias Divisão de Tarefas Acompanhamento das Atividades Realizadas em Campo Notificação do Caso Suspeito de Dengue Tipos de Casos Sistemas em Vigilância Epidemiológica Sistema de Informação (SI) Sistema de Informação Geográfica (SIG) SIG Web GeoPortal Cascavel x

11 4.5 Sistema de Informações Geográficas e o Serviço de Saúde Pública SIGDENGUE Outros Sistemas em Vigilância Epidemiológica Especificação do Módulo do Sistema de Informação SIGDENGUE Funcionalidades do Sistema Digrama de Casos de Uso Arquitetura Diagrama de Pacotes Apresentação do SIGDENGUE WEB Caso Suspeito Atividades em Dengue Realizadas pelo Setor de Endemias Raio Bloqueio Amostra Laboratorial LIRA Ponto Estratégico Mutirão Tratamento Especial a Imóvel Gerenciamento Agentes Equipes Cargos Cursos e Qualificações Dispositivos Móveis Produtividade SisPNCD Relatórios Relatórios Gerenciais Visualização em Mapa Usuários xi

12 8 Avaliação do SIGDENGUE WEB 94 9 Considerações Finais e Trabalhos Futuros Trabalhos Futuros Apêndice A: Formulários da Vigilância Epidemiológia 102 Apêndice B: Formulários de Avaliação com o Usuário 107 Referências Bibliográficas 109 xii

13 Resumo A dengue é uma das doenças virais mais preocupantes atualmente, sendo considerada pela Organização das Nações Unidas como um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Mecanismos eficazes para prevenir e combater a dengue são importantes e necessários. Dentre os mecanismos computacionais utilizados estão os Sistemas de Informações Geográficas, que são sistemas utilizados para a coleta, tratamento, manipulação e apresentação de informações espaciais. Este trabalho apresenta o desenvolvimento de um Sistema de Informação Georreferenciada via web para Aquisição, Manipulação e Tratamento de Dados sobre a Dengue, cujo objetivo é subsidiar tomadas de decisões e prover melhores condições de gerenciamento das ações realizadas pelos agentes de saúde e as atividades desenvolvidas pelo setor competente no âmbito da dengue, em Cascavel - PR. O sistema desenvolvido foi submetido a testes e avaliações por parte de usuários. Análises desses testes e avaliações mostraram que o sistema atende aos requisitos elicitados, o georreferenciamento que realiza é importante e pertinente, além de ser promissor no sentido de efetivamente contribuir para tomadas de decisões no âmbito da dengue. Foram apontadas sugestões quanto ao desenvolvimento de novos relatórios e consultas. Palavras-chave: Dengue, SIG web, SIGDENGUE, SIGDENGUE WEB, Georreferenciamento, SisPNCD. xiii

14 Capítulo 1 Introdução A dengue é uma doença infecciosa, causada por um vírus da família Flavivírus de grande magnitude epidemiológica e amplitude demográfica. São conhecidos quatro sorotipos da dengue, DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 que podem causar uma grave enfermidade ou até mesmo a morte. Seu principal vetor é o Aedes aegypti, um mosquito urbano, de hábito diurno e altamente ativo [7] [8]. A globalização e o mundo moderno, dão ao Aedes aegypti, condições muito favoráveis para sua rápida expansão, principalmente pela crescente e as vezes desordenada urbanização, pela intensa utilização de materiais não-biodegradáveis, como recipientes descartáveis e pelas mudanças climáticas que vêm ocorrendo nos últimos anos. Com essas condições, o Aedes aegypti espalhou-se por uma área onde vivem cerca de 3,5 bilhões de pessoas em todo o mundo. Nas Américas, está presente em todos os países, com exceção do Canadá, por razões climáticas e de altitude [9]. Em 2012, a dengue foi classificada como a doença de maior propagação, entre todas as doenças virais transmitidas por vetores, registrando um aumento de 30 vezes na incidência da doença nos últimos 50 anos [10]. Devido ao seu caráter epidêmico, a dengue exerce uma grande repercussão econômica e social ao afetar a força de trabalho, o comparecimento escolar e a organização do atendimento à saúde [11]. As epidemias de dengue tiveram início no sudeste Asiático durante e após a Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 1940 e 1950 e se expandiram para o resto do mundo nas décadas posteriores, devido ao grande fluxo de circulação de pessoas e mercadorias entre cidades, países e continentes [12]. Os primeiros casos de Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) apareceram na década de 1950,

15 durante as epidemias nas Filipinas e na Tailândia. A partir dos anos 70, a dengue tornouse uma das principais causas de internação e morte de crianças em alguns países da região. Atualmente, ela ainda afeta a maioria dos países da Ásia e representa uma das principais causas de hospitalização e morte de crianças [13]. Estima-se que ao ano são mais de 50 milhões de pessoas infectadas, dessas mais de 500 mil são internadas em unidades de saúde e mais de 25 mil morrem devido a doença. Quase metade da população mundial reside em áreas tropicais e subtropicais e corre o risco de adquirir a doença, assim como mais de 400 mil viajantes europeus e norte-americanos que atravessam frequentemente as fronteiras para os países endêmicos da Ásia, África e América Latina [14]. No Brasil, a primeira epidemia, documentada clínica e laboratorialmente, ocorreu no início da década de 1980 no estado de Roraima (DENV-1 e DENV-4) e manteve a doença circunscrita em nível regional [15]. Após um silêncio epidemiológico, em 1986 foi registrado uma nova epidemia de dengue no Rio de Janeiro. Desde então, a dengue vem se espalhando e hoje atinge todos os estados da federação [16]. Na maior parte do Brasil, a dengue ocorre principalmente, entre os meses de janeiro a maio, período de chuvas que contribui para a proliferação do Aedes aegypti, devido a presença de maior umidade e temperatura, situação típica dos climas tropicais [17]. Considerando a evolução dos casos de dengue no Brasil entre 1990 e 2012, conforme mostra a figura 1.1, nota-se que o número de casos notificados vem crescendo ao longo do tempo. Porém, este crescimento não é linear, apresenta oscilações entre um ano e outro, como pode-se observar no período de 2008 até 2010, onde o número de casos diminuiu de em 2008 para em 2009, uma redução de quase 35%. No entanto, no ano seguinte o número de casos notificados quase triplicou, chegando a , sendo a maior incidência registrada até hoje. 2

16 Figura 1.1: Gráfico de casos de dengue no Brasil entre 1990 a De acordo com o Ministério da Saúde, de 1 o de janeiro a 30 de março de 2013 (nas 13 primeiras semanas do ano), houve cerca de 700 mil casos suspeitos o que indica que possivelmente o número de casos chegue muito próximo ao registrado no ano de Os estados que registraram um alto índice de notificações são: Rondônia, Acre, Amazonas, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás [18]. No Paraná os primeiros registros de casos autóctones de dengue (quando o suspeito contrai a doença no município de sua residência) são de Porém, é a partir de 1995 que começam as primeiras epidemias no estado [19]. A figura 1.2 mostra a quantidade de casos de dengue registrados no Paraná entre 2001 a Nota-se um aumento no número de casos de dengue nos últimos anos, atingindo a marca de casos em

17 Figura 1.2: Casos de Dengue no Paraná entre 2001 a Neste ano, 103 municípios entraram em estado de epidemia [20]. Entre os critérios considerados para que um município entre em epidemia está o registro de mais de 300 casos por 100 mil habitantes, curva ascendente de transmissão da doença sustentada por três semanas ou mais consecutivas e com números acima do limite esperado para a localidade num determinado período de tempo [21]. No Paraná os casos de dengue estão concentrados nos municípios situados nas regiões Noroeste e Oeste, conforme mostra a figura 1.3. Figura 1.3: Classificação dos municípios segundo incidência por habitantes [1]. O município de Cascavel, objeto de estudo do presente trabalho está localizado na região 4

18 oeste do Paraná que possui uma área de aproximadamente km 2. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) [22] e a Prefeitura Municipal, na cidade residem aproximadamente habitantes de acordo com o senso de Atualmente, estima-se que sua população seja superior aos 300 mil habitantes. A região onde o município de Cascavel encontra-se apresenta clima subtropical mesotérmico superúmido, com temperatura média anual em torno de 19 o C [23], condições propicias para a proliferação do A. aegypti. Em Cascavel existem registros sobre a ocorrência da dengue anotados em livros-ata, desde A figura 1.4 mostra os números de casos de dengue no município nos últimos 13 anos. Figura 1.4: Casos de Dengue em Cascavel-PR entre 2001 a julho de Apesar de o município de Cascavel nunca ter apresentado uma epidemia de dengue, ou seja, não chegou ao índice de 300 casos por 100 mil habitantes, vem apresentando um número considerável de casos de dengue nos últimos anos. Tendo em vista as consequências da dengue na população, foi desenvolvido no Laboratório de Computação Aplicada da UNIOESTE em parceria com a Prefeitura Municipal de Cascavel, um Sistema Computacional para Aquisição, Manipulação e Tratamento de Dados sobre a Dengue, o SIGDENGUE desktop, que já está em 5

19 funcionamento no Setor de Endemias do município. Atualmente está sendo desenvolvida uma versão web do sistema, que irá proporcionar o acesso ao sistema por vários usuários ao mesmo tempo e de forma remota, necessitando apenas de um computador com acesso à internet. Essa versão contemplará o conjunto de funcionalidades já disponibilizadas na versão desktop bem como algumas novas funcionalidades. Esta versão tem como principais objetivos a aquisição de dados sobre a dengue e o gerenciamento das atividades de combate ao vetor realizadas pelo setor de Endemias de Cascavel - PR. Estes objetivos e outras finalidades do sistema serão melhor contextualizados a seguir. 1.1 Objetivos O objetivo geral deste trabalho é especificar, desenvolver, testar e avaliar um Sistema de Informação Georreferenciado via web para Aquisição, Manipulação e Tratamento de Dados sobre a Dengue, subsidiando tomadas de decisões e provendo melhores condições de gerenciamento das ações realizadas pelos agentes de saúde e as atividades desenvolvidas pelo setor competente no âmbito da dengue em Cascavel - PR. O objetivo principal deve ser alcançado mediante a conclusão dos objetivos específicos definidos a seguir. 1. Especificar, desenvolver, testar e disponibilizar a primeira versão georreferenciada web do SIGDENGUE. Essa versão irá contemplar o conjunto de funcionalidades já disponibilizadas na versão desktop e estender esse conjunto viabilizando outras funcionalidades. 2. Armazenar e manipular dados sobre dengue identificados e monitorados pela Secretaria Municipal da Saúde através do Setor de Endemias. 3. Prover com maior eficiência na manipulação dos dados relativos às operações de campo realizadas pelos agentes de saúde atuantes no controle e prevenção da dengue. 4. Prover rápida obtenção de informações através de relatórios gerenciais, bem como informações sobre dengue, atividades desenvolvidas, produtividade dos agentes de saúde entre outros. 5. Viabilizar a visualização de informações em mapas georreferenciados. 6

20 6. Subsidiar tomadas de decisões com relação a políticas públicas de saúde relativas à dengue para Cascavel-PR. 7. Fornecer dados referentes a Cascavel-PR para fins de simulação em dengue. 1.2 Metodologia O processo de desenvolvimento do SIGDENGUE web está seguindo as especificidades da Engenharia de Software, visando gerar um produto final dentro dos padrões de qualidade, manutentabilidade e extensibilidade, além de atender os requisitos coletados. No desenvolvimento do software está sendo aplicada a metodologia ágil, muito utilizada no mercado mundial atualmente por focar num desenvolvimento mais interativo e participativo com o usuário. A interação com o usuário final é constante, desde a análise e especificação de requisitos à implementação, teste e validação dos mesmos. Este modelo de desenvolvimento possibilita uma melhor adaptação a mudanças de requisitos e correções de eventuais erros, [24], [25]. O Sistema está sendo desenvolvido com as seguintes ferramentas: Java - Linguagem de programação orientada a objetos para multiplataformas. Os programas em Java podem ser executados em qualquer sistema operacional, desde que o interpretador esteja instalado [26]. A linguagem possui vasta documentação e uma grande quantidade de bibliotecas que oferecem recursos adicionais, proporcionando uma melhor portabilidade e produtividade, além de ser gratuita. PostgreSQL - Sistema de gerenciamento de banco de dados objeto-relacional baseado no POSTGRES versão 9.2 desenvolvido pelo departamento de Ciência da Computação da Universidade da Califórnia em Berkeley [27]. PostGIS - Extensão para o PostgreSQL que adiciona suporte para objetos geográficos ao banco de dados PostgreSQL objeto-relacional, isto é, permite que o servidor PostgreSQL seja usado como um banco de dados espacial para Sistemas de Informação Geográfica (SIG) [28]. 7

21 Hibernate - Framework utilizado para efetuar o mapeamento de classes Java para tabelas do banco de dados e de tipos de dados Java para tipos de dados SQL [29]. Sua extensão Spatial permite lidar com dados geográficos de uma forma padronizada. Ele fornece um sistema normalizado, interface entre banco de dados para armazenamento de dados geográficos e funções de consulta [30]. JasperReports - Biblioteca escrita em Java, de código fonte open source, projetada para auxiliar o desenvolvedor na tarefa de criar relatórios para aplicações, tanto Desktop como Web, fornecendo uma API que facilita sua geração. ireport - Programa open source, capaz de criar relatórios complexos para aplicações Java no formato da biblioteca JasperReports[31]. JSF - é uma tecnologia que incorpora características de um framework MVC (Model- View-Controller) para web e de um modelo de interfaces gráficas baseado em eventos [32]. Os dados são fornecidos pelo Setor de Endemias de Cascavel - PR. A atualização no SIG- DENGUE web será feita através da importação dos dados referentes a 2013 que estão armazenados na versão desktop e através da digitação no próprio sistema. 1.3 Organização do Texto Os capítulos que seguem estão assim distribuídos: Capítulo 2: Contextualização da dengue, apresentado características e informações relevantes sobre a dengue. Capítulo 3: Contextualização da epidemiologia, descrevendo as ações de combate e controle da dengue. Capítulo 4: Contextualização de sistemas em vigilância epidemiológica, apresenta os sistemas nacionais e conceitos sobre sistemas de informações geográficas. Capítulo 5: Apresentação do ambiente computacional SIGDENGUE, traz um breve histórico do projeto e apresenta outras iniciativas no contexto da dengue. 8

22 Capítulo 6: Apresentação da especificação do sistema, à análise, o projeto e detalhes da implementação do SIGDENGUE. Capítulo 7: Apresentação do SIGDENGUE, ilustra as funcionalidades do sistema. Capítulo 8: Apresentação do estudo de caso, descrevendo passo a passo a utilização do sistema em diversas funcionalidades. Capítulo 9: Apresentação da validação dos requisitos e a avaliação do usuário. Capítulo 10: Por fim, apresentação das considerações finais e sugestões de trabalhos futuros. 9

23 Capítulo 2 A Dengue A dengue é uma doença infecciosa aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por vetores artrópodes, por exemplo baratas, moscas, mosquitos e etc) que pertencem a família Flaviviridae, do gênero Flavivirus, composto por 53 espécies. O Aedes aegypti é o vetor mais importante envolvido na transmissão viral da dengue, seguido pelo Aedes albopictus. Os vírus da dengue foram classificados em quatro sorotipos antigenicamente distintos e designados como: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 [29]. A Dengue pode se manifestar por diferentes formas: Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e a Síndrome do Choque da Dengue, descritas a seguir. Dengue Clássica (DC): É caracterizada por febre alta (39 a 40 o C), acompanhada de cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular), prostração(desânimo), artralgia (dor nas articulações), anorexia (falta de apetite), astenia (fraqueza), dor retro orbital (no fundo dos olhos), náusea, vômito, exantema (manchas vermelhas na pele), prurido cutâneo (coceira) e ocasionalmente hepatomegalia dolorosa (aumento do tamanho do fígado). A doença tem duração média de 5 a 7 dias, podendo o período de convalescença ser acompanhado de grande debilidade física e prolongar-se por várias semanas [33]. Febre Hemorrágica da Dengue (FHD): As manifestações iniciais da febre hemorrágica da dengue são as mesmas da forma clássica, entretanto, depois do terceiro dia, surgem manifestações hemorrágicas como: petéquias (pequenos pontos arroxeados), epistaxe (sangramento pelo nariz), gengivorragia (sangramento na gengiva), sangramento gastrointestinal (sangramento no estômago e/ou intestino), hematúria (sangramento pela urina) e metrorragia (aumento do sangramento menstrual). Esses sintomas, agravados, podem levar a um quadro de choque causando

24 a morte em 12 a 24 horas ou levar a recuperação após tratamento anti-choque apropriado. Apesar dos estudos que estão sendo realizados, ainda não está totalmente esclarecido o processo pelo qual a FHD ocorre [6] Síndrome do Choque da Dengue (SCD): É caracterizada por pulso rápido e fraco, com diminuição da pressão arterial e de pulso, extremidades frias e agitação. Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. A SCD é decorrente do aumento de permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência circulatória, podendo levar a óbito entre 12 e 24 horas [34]. Diagnóstico Laboratorial: Geralmente o diagnóstico é feito através de exame de sangue (sorologia), que deve ser coletado somente após o 6 o dia do início dos primeiros sintomas. Tratamento: Não existe tratamento específico para a dengue. Atualmente, é indicado que o suspeito procure uma unidade básica de saúde para o devido atendimento médico e que não faça uso de medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico na sua composição, pois pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas [6]. Imunidade: Todas as pessoas são susceptíveis aos 4 sorotipos da doença, ou seja, não têm proteção natural contra os vírus. Uma vez que já se tenha contraído dengue causada, por exemplo, pelo sorotipo 2, o organismo fica protegido contra esse sorotipo por toda a vida e contra os outros três (1, 3 e 4) apenas por algum tempo. Após um período de 3 a 6 meses é possível contrair dengue por um desses outros sorotipos [6]. 2.1 O Vetor Atualmente no Brasil há dois vetores transmissores de dengue, que são o mosquito Aedes albopictus e o mosquito Aedes aegypti, sendo ele a principal espécie responsável pela transmissão de dengue no país [35]. Segundo a OMS, além do Brasil, mais de cem países possuem registros desses dois vetores da dengue [36]. O mosquito Aedes albopictus (Figura 2.1) é de origem asiática, possui hábitos diurnos e tem como fonte de alimento o sangue humano e de outros animais. É encontrado tanto em áreas urbanas como rurais e possui mais resistência ao frio se comparado ao Aedes aegypti. Apesar da sua existência nas Américas, até o momento não é considerado o responsável pelos casos 11

25 de dengue no Brasil. Devido a este fato, o mosquito Aedes albopictus não será detalhado neste trabalho [19]. Figura 2.1: Imagem do Mosquito Aedes albopictus [2]. O mosquito Aedes aegypti é um mosquito doméstico, antropofílico de atividade diurna. Possui origem africana, porém ao longo do tempo espalhou-se por diversos países do mundo, principalmente entre os países sub-desenvolvidos e de clima tropical ou sub-tropical. Há registros do Aedes aegypti em todos os países das Américas, com exceção do Canadá devido as condições climáticas e de altitude. No Brasil esta espécie é detectada em todo seu território [6]. O Aedes aegypti tem mostrado uma grande capacidade de adaptação a diferentes situações ambientais consideradas desfavoráveis. Adultos já foram encontrados em altitudes elevadas e larvas em água poluída [35]. Este mosquito apresenta duas fases no seu ciclo de vida: a aquática (ovo, larva e pupa) e a terrestre (que corresponde ao mosquito adulto). Essas fases são descritas a seguir e a figura 2.2 ilustra as três fases do estágio larval: ovo, larva e pupa. 12

26 Figura 2.2: Fases do estágio larval Aedes aegypti [3]. Ovos: Elípticos, menores que 1 mm de comprimento, os ovos são depositados pelas fêmeas, individualmente, nas paredes internas dos depósitos que servem como criadouros, próximos à superfície d água. Suportam grandes períodos de seca. Podem persistir na natureza por aproximadamente 18 meses, sem sofrer nenhum dano [6]. Quando chove, o nível da água aumenta, entrando em contato com os ovos que eclodem em pouco mais de 30 minutos [37]. Larva: Pertencente à fase essencialmente aquática, a larva emerge após a postura do ovo e apresenta 4 estádios larvais. As larvas são providas de grande mobilidade, podendo ser reconhecidas pelos seus movimentos sinuosos característicos [38]. Pupa: Nesta etapa, sofrem as últimas transformações para a formação do adulto. Após 2 a 3 dias, emerge o adulto, conforme ilustrado pela figura 2.3. Em condições favoráveis, o tempo total para transição entre ovo até a fase adulta leva em média 7 a 8 dias [6]. 13

27 Figura 2.3: Imagem do Mosquito Aedes aegypti Fase Adulta [4]. Adulto: Constitui a fase reprodutiva do inseto (figura 2.3), podendo acasalar nas primeiras 24 horas de vida, e uma vez que a fêmea copula com o macho, é suficiente para gerar novas proles no decorrer de sua vida, pois, os espermatozóides ficam armazenados em suas espermatecas, reservatórios presentes dentro do aparelho reprodutor [39]. As fêmeas necessitam de sangue para a maturação dos ovos e para satisfazer essa necessidade procuram na maioria das vezes um ser humano. A transmissão do vírus ocorre exatamente neste momento e em ambos os sentidos, tanto o mosquito pode infectar o ser humano quanto o ser humano pode transmitir o vírus para o vetor conforme ilustra a figura 8. O Aedes aegipty fêmea apresenta de dois a três ciclos gonotróficos, ou seja, o intervalo tempo entre as oviposições (postura dos ovos) durante o ciclo de vida [40], podendo ovipor até 200 unidades por vez [39]. Como o vírus permanece no corpo da mãe, há a possibilidade de que as larvas herdem o vírus, no processo denominado transmissão transovariana. Nesse caso, a priori, não haveria a necessidade da participação do ser humano para manter a circulação dos vírus. 2.2 Transmissão A transmissão do vírus da dengue acontece quando um mosquito Aedes aegypti não infectado pica uma pessoa que está em fase de viremia (quando o sangue do indivíduo apresenta uma grande quantidade do vírus) e assim contrai a doença. Esse mosquito, por sua vez, poderá 14

28 infectar qualquer humano suscetível. O ciclo da transmissão do vírus da dengue é ilustrado na figura 2.4. Figura 2.4: Ciclo de Transmissão da dengue [5]. 15

29 Capítulo 3 Vigilância Epidemiológica A Epidemiologia é a ciência que estuda os padrões da ocorrência de doenças em populações humanas e os seus fatores determinantes. A epidemiologia visa, dentre outros objetivos, identificar e entender o agente causal e fatores relacionados aos agravos da saúde, identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças, instituir metas e estratégias de controle, estabelecer medidas preventivas, subsidiar os processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas em saúde [28]. O conceito de vigilância epidemiológica, promulgada na Lei 8080/90 [41], é definido como um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e seus agravos [42], sendo de fundamental importância que a implementação das atividades de controle ocorra em momento oportuno. Nesse caso, a oportunidade é entendida como a detecção precoce da circulação viral e a adoção de medidas de bloqueio adequadas para interromper a transmissão do vírus [9]. No Brasil, a vigilância epidemiológica em dengue é baseada um conjunto de atividades para o controle do vetor, que foram previamente definidas no chamado Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). Para o monitoramento da dengue, o Brasil tem como base de informações os dados obtidos através dos seguintes sistemas de informações: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), Levantamento de Índice (LI), Levantamento Rápido do Índice de Infestação por

30 Aedes aegypti (LIRAa) e do Sistema de Informações da Febre Amarela e Dengue (SISFAD), sistema que está sendo substituído, desde o final de 2012, pelo Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue (SisPNCD). Em Cascavel - PR o departamento responsável pela vigilância epidemiológica é o Setor de Endemias que está vinculado à Secretaria de Saúde do Município. Este setor segue as atividades propostas pelo PNCD, que são descritas mais a diante. Antes de contextualizar as atividades da vigilância epidemiológica, é necessário esclarecer alguns termos e conceitos empregados no tema em questão. 3.1 Conceitos Básicos em Vigilância Epidemiológica Localidade: É uma área territorial que está contida no perímetro urbano do município, uma parcela do território urbano de tamanho variado que atende um critério de densidade populacional. Uma localidade não possui caráter oficial, ou seja, é uma subdivisão que não expressa uma informação geográfica que seja reconhecida pelos demais órgãos, ao contrário de informações como bairro, jardim, rua, cep, entre outros. O município de Cascavel atualmente conta com 110 localidades, o mapa das localidades é ilustrado na figura

31 Figura 3.1: Mapa das localidade de Cascavel - PR. Criadouro: É qualquer objeto que permita o acumulo de água parada. Dentre os mais variados tipos de criadouros encontram-se latas, embalagens plásticas, pratos de vasos de planta, caixas d água, pneus, ocos de árvores, bromélias entre outros. Os criadouros também são conhecidos como depósitos e estão classificados em 5 grupos de acordo com suas características. A figura 3.2 ilustra e descreve de forma mais detalhada esta classificação. Depósito Inspecionado: É todo depósito com água, examinado pelo agente saúde. Depósito Tratado: É o depósito onde foi aplicado inseticida, larvicida ou adulticida. Depósito Eliminado: É o depósito que foi destruído ou inutilizado como criadouro de mosquito. 18

32 Figura 3.2: Classificação dos Criadouros [6]. Ciclo: É uma atividade realizada pelo agente de saúde cujo objetivo é visitar todas as re- 19

33 sidências/estabelecimentos de uma localidade em um determinado período de tempo, visando à orientação a moradores, retirada, destruição ou limpeza de depósitos que podem acumular água e aplicação de larvicida. Embora o sugerido é que o ciclo seja realizado bimestralmente, condições cronológicas e climáticas podem impedir o alcance desta meta. Um novo ciclo só pode começar no momento em que todas as localidades do município forem concluídas [5]. Registro Diário do Serviço Antivetorial: Também conhecido como formulário FAD, é o processo através do qual é realizado o cadastro das informações relativas às atividades efetuadas pelos agentes de saúde em cada residência ou estabelecimento. Essas informações consistem no endereço, atividade realizada, quantidade de depósitos inspecionados, tratados e amostras coletadas (Anexo9.1). Resumo Semanal do Serviço Antivetorial: documento através do qual é feita a consolidação dos dados coletados no Registro Diário do Serviço Antivetorial durante a semana. É elaborado um resumo semanal para cada localidade e posteriormente estes dados são cadastrado no Sis- FAD/SisPNCD e enviados para a Secretaria de Saúde do Estado (Anexo9.1). 3.2 Atividades do Setor de Endemias Reconhecimento Geográfico: É atividade em que se realiza o mapeamento do perímetro urbano e visa identificar e caracterizar todas as localidades do município. Para cada localidade deve constar informações de interesse geo-estatístico bem como a quantidade de quarteirões, quantidade de imóveis, quantidade de habitantes entre outros. Pesquisa Entomológica: Consiste basicamente na pesquisa regular para detecção de focos de Aedes aegypti, desenvolvida através das seguintes atividades [6], melhor descritas a seguir: levantamento de índice; pesquisa em pontos estratégicos; pesquisa em armadilhas e pesquisa vetorial especial. Levantamento de Índice (LI): É um indicador amostral obtido através de pesquisa larvária que informa o grau de infestação, dispersão e densidade dos vetores em localidades do município. Todos os imóveis devem ser inspecionados. Deve-se coletar larvas ou pupas em 33% dos imóveis existentes na zona de trabalho. Assim, todos os imóveis são inspecionados, mas a coleta é realizada em um terço dos imóveis visitados [43]. Para medir o grau de infestação pelo 20

34 Aedes aegypti, utilizam-se os Índices de Infestação Predial e de Breteau [6]. Índices de Infestação Predial (IIP): expressa em porcentagem entre o número de imóveis positivos e o número de imóveis pesquisados. Índice de Breteau (IB): expressa em números absolutos a relação entre recipientes positivos e imóveis inspecionados. Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa): Realizado anualmente nos meses de janeiro, março e outubro tem como objetivo permitir o diagnóstico rápido da situação entomológica para auxiliar no direcionamento das ações de controle vetorial e de educação em saúde. O LIRAa é feito nos municípios com mais de 100 mil habitantes ou com grande fluxo de turistas em regiões de fronteira. Para a realização desta atividade é necessário que área urbana do município seja dividida em regiões com 9 mil a 12 mil imóveis e que apresentem características sócio-ambientais semelhantes, também conhecidos como estratos [43]. Em cada estrato são inspecionados cerca de 450 imóveis, onde são coletadas larvas e pupas para análise. O resultado é dividido em três níveis: inferiores a 1% estão em condições satisfatórias; de 1% a 3,9% estão em situação de alerta; superior a 4% há risco de surto de dengue [44]. Ponto Estratégico (PE): Define-se como ponto estratégico um imóvel que devido às suas características, apresenta uma grande concentração de criadouros para o Aedes aegypti, ou seja, um local especialmente vulnerável à introdução do vetor. Alguns exemplos de pontos estratégicos são borracharia, ferro-velho, cemitério, autódromo, aterro sanitário entre outros. Esses PEs são visitados quinzenalmente pelos agentes de endemias e a cada visita são realizadas atividades de identificação de focos, eliminação de criadouros e do próprio vetor. Os pontos estratégicos devem ser identificados, cadastrados e atualizados constantemente [6]. Pesquisa em Armadilhas (PA): Uma pesquisa que consiste no uso de armadilhas visando atrair as fêmeas do vetor para a postura dos ovos. As armadilhas são depósitos com água, estrategicamente colocados em localidades não-infestadas e por esse motivo, há um controle rigoroso nessa atividade para que os ovos não eclodam [5]. É importante destacar que a PA não é realizada no município de Cascavel e devido a este fato ela não foi contemplada nesta versão do sistema de informação. 21

35 Pesquisa Vetorial Espacial (PVE): É o trabalho realizado para procura do vetor Aedes, na fase aquática, em função de alguma denúncia e no caso de suspeita de dengue ou febre amarela em área até então sem transmissão [6]. Tratamento: É uma atividade rotineira, sendo realizada mesmo quando não há casos suspeitos de dengue. O trabalho realizado consiste em eliminar possíveis criadouros do vetor de forma mecânica (através da destruição, vedação ou destinação adequada do criadouro) ou química (uso de substância química para eliminação/controle do vetor). O tratamento realizado pode ser focal, perifocal e ultra baixo volume (o popular fumacê) [5]. Tratamento Focal: Consiste na aplicação de larvicida em todos os potenciais criadouros do vetor. Tratamento Perifocal: Consiste na aplicação de inseticida nas paredes externas dos depósitos, com o objetivo de atingir o mosquito adulto ao pousar no local. O tratamento perifocal é indicado em pontos estratégicos como medida complementar ao tratamento focal, onde estão sendo detectados mosquitos adultos [6]. Tratamento a Ultra Baixo Volume (UBV): Consiste na aplicação espacial de inseticidas a baixíssimo volume. Nesse método, as partículas são muito pequenas, dispersando-se facilmente pelo ar, ideal para combater ao Aedes aegypti adulto. O uso deve ser restrito a epidemias, como forma complementar para promover a rápida interrupção da transmissão de dengue, de preferência associado a mutirão de limpeza e eliminação de depósitos. Devido ao reduzido tamanho das partículas, este método de aplicação atinge a superfície do corpo do mosquito mais extensamente do que através de qualquer outro tipo de pulverização [6]. Raio: É a atividade realizada para todos os casos suspeitos de dengue, como medida de prevenção e detecção de focos do Aedes aegypti. A partir do momento que um indivíduo é considerado como suspeito de ter adquirido a doença, o raio é realizado. É importante destacar que um caso suspeito pode ocasionar vários raios, por exemplo, se um suspeito trabalha, estuda e reside em locais diferentes, é possível que seja necessário a realização de três raios distintos. Porém, não necessariamente essa atividade será realizada em todos os endereços informados 22

36 pelo suspeito. O setor de vigilância é quem determina em quais endereços a atividade será realizada segundo critérios de tempo de permanência, do turno do dia, do índice de infestação do vetor no local entre outros. Após definir os locais, a atividade é realizada dentro de uma distância de 300 metros em torno do local registrado. O supervisor de campo se encarrega de repassar aos agentes de saúde os quarteirões que farão parte do trabalho de campo. O raio é feito dentro do LI+T (Levantamento de Índice e Tratamento) no qual é realizado a coleta de larvas e pupas e tratamento mecânico e químico nos criadouros [5]. Bloqueio: É a atividade realizada quando há a confirmação de um foco de Aedes aegypti, ou seja, quando um caso suspeito se efetiva como um caso de dengue ou quando há confirmação de dengue nas amostras de larvas e pupas. Vale frisar que um bloqueio somente é feito após a realização do raio e ocorrerá nos mesmos quarteirões do raio. A atividade realizada no bloqueio é o tratamento a UBV. O bloqueio deve ocorrer nas seguintes situações [5]: Em casos onde já foi confirmada, por sorologia ou isolamento de vírus, a transmissão de dengue entre casos autóctones. Através da notificação de caso suspeito procedente de região onde esteja ocorrendo a transmissão por um sorotipo não circulante nesse local. Na confirmação de caso importado em município com infestação do Aedes aegypti. Na confirmação de um caso positivo para larvas e pupas. 3.3 Divisão de Tarefas Para a organização do trabalho em campo, existem basicamente três atribuições para as divisões de tarefas do Programa de Controle de Endemias: o agente de saúde, o supervisor e o supervisor geral. Para o acompanhamento e avaliação das atividades realizadas por eles, são realizadas ações específicas. O papel de cada um dos agentes bem como a sistemática de avaliação do trabalho realizado por eles são descritos a seguir [6]: Agente de Saúde: São responsáveis por uma zona fixa de 800 a imóveis, visitados em ciclos bimensais nos municípios infestados por Aedes aegypti. Têm como obrigação 23

37 básica descobrir focos, destruir e evitar a formação de criadouros, impedir a reprodução de focos e orientar a comunidade com ações educativas. Supervisor: É o responsável pelo trabalho realizado pelos agentes de saúde, sob sua orientação. É também o elemento de ligação entre os seus agentes, o supervisor geral e a coordenação dos trabalhos de campo. É o responsável pelas avaliações periódicas das atividades realizadas, tendo obrigação também de manter atualizados os Registros Geográficos. Geralmente, existem 10 agentes de saúde para cada supervisor. Supervisor Geral: É o servidor de campo ao qual se atribui maior responsabilidade na execução das atividades. É o responsável pelo planejamento, acompanhamento, supervisão e avaliação das atividades operacionais de campo. 3.4 Acompanhamento das Atividades Realizadas em Campo Cada agende de saúde entrega os formulários preenchidos com as atividades realizadas em campo para o supervisor que os sintetiza e repassa para serem digitados nos Sistema de Informação correspondentes, a exemplo do SISFAD, LIRAa, dentre outros. O governo federal sugere que cada agente de saúde visite de 25 a 30 imóveis por dia [43]. Este parâmetro tem sido utilizado para avaliar e acompanhar a chamada produtividade do agente. No entanto, trata-se de um parâmetro limitado pois a produtividade está sendo baseado apenas na quantidade de residências visitadas por dia, dividida em três informações: residências abertas, residências fechadas e a média de residências abertas em relação a quantidade de residência visitadas. Para a tomada de decisão fundamentada, outras informações seriam importantes a exemplo da quantidade de depósitos eliminados, amostras coletadas, dentre outras. Isto tem motivado discussões, no âmbito do desenvolvimento deste projeto, a respeito de como melhorar o gerenciamento das atividades realizadas pelos agentes e sua produtividade. 24

38 3.5 Notificação do Caso Suspeito de Dengue Via de regra, todo caso suspeito de dengue deve ser notificado à Vigilância Epidemiológica do município através da Ficha Individual de Notificação (FIN) (Anexo 9.1). As Fichas devem ser preenchidas pelos profissionais de saúde nas unidades assistenciais, que devem enviar ao serviço de vigilância epidemiológica responsável para adotar as medidas cabíveis. A vigilância epidemiológica municipal, além de desencadear as medidas de controle necessárias, tem o papel de efetuar a entrada e consolidação dos dados e posteriormente remetê-los à Secretaria Estadual de Saúde - SES, que subsequentemente, encaminha os dados ao Ministério da Saúde (MS) [45]. 3.6 Tipos de Casos Os casos de dengue são classificados em três categorias, os casos suspeitos, os notificados e os confirmados, descritos a seguir. Casos Suspeitos: É considerado um caso suspeito todo indivíduo que apresente sintomas característicos da dengue. Nesta avaliação também são consideradas outras informações relevantes, como, por exemplo, se a pessoa viajou para cidades onde há casos de dengue, se reside em localidades consideradas críticas em relação a casos de dengue. As unidades de saúde notificam à Vigilância Epidemiológica do município, porém como nem todas as pessoas que apresentam os sintomas da dengue procuram por atendimento médico, existem outras fontes de detecção de casos suspeitos, como a parceria do setor competente com os laboratórios de análises clínicas. É importante salientar que os casos suspeitos que não possuem notificação através da Ficha Individual de Notificação, são considerados casos extra oficiais, portanto não são contabilizados em nível nacional. Casos Notificados: São todos os casos (confirmados ou não) notificados de dengue. A notificação se dá através da transcrição dos dados do formulário no Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), presente nas unidades de saúde. Casos Confirmados: São os casos onde há a confirmação laboratorial da doença, via Laboratório Central do Estado (LACEN) ou de laboratórios credenciados. Quando um caso 25

39 suspeito possui a confirmação laboratorial via um laboratório não credenciado, é solicitado a este indivíduo que faça uma nova coleta em um laboratório credenciado, caso contrário não será considerado um caso confirmado de dengue. Os casos confirmados podem ser de dois tipos: Autóctone, quando a suspeito contrai a doença no próprio município de sua residência e Alóctone ou mais conhecido como Importado, os casos de dengue onde o suspeito contrai a doença em outro município. 26

40 Capítulo 4 Sistemas em Vigilância Epidemiológica Os sistemas de vigilância são ferramentas de saúde pública que contribuem para prevenir e controlar eventos sanitários adversos, inclusive um melhor entendimento das implicações de saúde pública ocasionadas pelos mesmos. Esses sistemas têm sido desenvolvidos para suprir uma gama de necessidades em saúde pública e variam desde um simples sistema de coleta de dados de fonte única, até sistemas eletrônicos que recebem dados de muitas fontes em múltiplos formatos [46]. Para uma melhor compreensão sobre esse tipo de software, a seguir é apresentada uma breve descrição sobre os conceitos relacionados ao assunto. 4.1 Sistema de Informação (SI) Um SI é definido como um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle da organização [47]. 4.2 Sistema de Informação Geográfica (SIG) Um SIG é um conjunto de instrumentos ou ferramentas utilizadas para a coleta, tratamento, manipulação e apresentação de informações espaciais, geralmente na forma de mapas, voltado para um objetivo específico. Os SIGs foram criados há pelo menos quarenta anos, através da inserção de técnicas computacionais aos conhecidos processos cartográficos tradicionais [48]. O armazenamento de mapas no formato digital aliado a técnicas de geoprocessamento, distingue

41 os SIGs dos demais sistemas de informação e torna-os úteis para organizações de processos e entendimento de ocorrência de eventos, predição, simulação de situações e planejamento de estratégias [49]. 4.3 SIG Web A Internet revolucionou a maneira de disponibilização e acesso aos dados. Ela encurtou distâncias e abriu o acesso quase que instantâneo aos usuários. Como consequência disto, pode-se notar uma corrente migratória dos sistemas de informação para a Internet. O sucesso desta plataforma está na simplicidade dos seus protocolos e na capacidade de distribuição da informação através de redes heterogêneas [50]. A construção e utilização de um SIG voltado para a web diferem daquela de um SIG convencional, instalado em máquinas com manipulação local, devido a vários fatores. A forma de desenvolvimento e a arquitetura de execução do sistema são distintas, uma vez que a web envolve geralmente uma arquitetura do tipo cliente-servidor. No desenvolvimento de aplicações web deve-se levar em consideração os diferentes computadores, sistemas operacionais, capacidade de processamento da máquina, resolução do monitor, navegador, quantidade de cores etc. A velocidade de conexão da Internet afeta diretamente o fluxo de dados. O tipo de dado trabalhado, por sua vez, afeta o volume de transferência e, consequentemente, a velocidade, fechando o ciclo. A capacidade de processamento do computador que hospeda o servidor deve ser considerada. A quantidade de acessos que se espera deve fazer parte do planejamento do sistema. Se o sistema for operar em Intranet, talvez esta questão não seja tão relevante, mas se for para Internet, pode-se esperar dezenas de milhares de acessos. Esta informação orienta na definição das características do servidor [51]. A prefeitura do município de Cascavel utiliza-se de um SIG web para armazenar e melhor exibir informações territoriais do Município. Trata-se do GeoPortal Cascavel o qual é descrito na seção seguinte. 28

42 4.4 GeoPortal Cascavel O GeoPortal é um sistema de mapeamento que integra as funcionalidades e informações do Google Maps com a base de cadastro territorial multifinalitário do município [52]. O objetivo é disponibilizar a consulta de maneira fácil e rápida, sobre esta base de dados, que possui informações como: zoneamento das parcelas (lotes), o seu número de cadastro (ou inscrição imobiliária), loteamento, quadra, logradouro, número, utilização, área, viabilidade, georrefenciamento entre outros. Estes dados são representados em mapas temáticos com uma interface semelhante ao Google Maps [53]. A figura 4.1 ilustra uma das telas deste sistema. Figura 4.1: Tela do sistema GeoPortal efetuando a pesquisa por lotes. Tendo em vista que a Prefeitura Municipal de Cascavel possui o cadastro territorial do município em formato digital, no planejamento do presente trabalho decidiu-se que o SIGDENGUE utilizaria dessas informações visando facilitar o acesso aquelas informações, em particular o georreferenciamento de endereços no município. Para isso, o SIGDENGUE terá uma cópia da base de dados do GeoPortal (sem as informações confidenciais) e através dela serão realizadas consultas para obtenção de dados de endereços de casos suspeitos de dengue, pontos estratégicos entre outros. 29

43 4.5 Sistema de Informações Geográficas e o Serviço de Saúde Pública Os Sistemas de Informações Geográficas são softwares que podem ser utilizados em diversas áreas do conhecimento, entre elas a epidemiologia. Por meio de análises sobre a variação espacial das ocorrências em saúde, o SIG tem se mostrado capaz de integrar a epidemiologia e a geografia, possibilitando uma análise entre a relação dos fatores patológicos (agentes, vetores, hospedeiros e humano) e os fatores geográficos (clima, solo, vegetação, densidade demográfica, etc.) [54]. O Brasil possui vários sistemas de informações nacionais com extensos bancos de dados, que abrangem informações fundamentais sobre morbidade, cadastros de pessoas e recursos. Em alguns casos, estes sistemas contam com séries históricas de vinte anos, constituindo uma rica fonte para análises. Porém a maioria desses sistemas é relativamente antigo, desprovido de informação geográfica e de acesso local, ou seja, não são sistemas com acesso via internet. A grande dificuldade em desenvolver SIG na área da saúde é integrar os sistemas já desenvolvidos e utilizados a nível nacional com os novos softwares, geralmente locais, devido a barreiras técnicas, políticas e burocráticas [55]. A seguir é feita uma descrição dos sistemas informação do governo federal para o cadastro e controle da dengue, também conhecidos como sistemas em vigilância epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN): Desenvolvido na década de 90 com o objetivo de coletar e processar dados epidemiológicos das doenças de notificação compulsória, viabiliza a análise do perfil de morbidade e contribui para a tomada de decisões nas três esferas do governo. O SINAN baseia-se na padronização de conceitos de definição de caso e disseminação rápida dos dados gerados na rotina dos serviços de saúde e foi construído também com o objetivo de ser utilizado para estudar a história natural da doença ou agravo e estimar a magnitude da mesma para a população, bem como para detecção de surtos ou epidemias. Os casos de dengue notificados à vigilância epidemiológica são digitados no SINAN. A alimentação do sistema, conferência e análise dos dados epidemiológicos são de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde. O sistema é gerenciado pelo Ministério 30

44 da Saúde e os dados estão disponíveis on-line, permitindo as tabulações de diversos dados agregados por município. É um recurso de grande valor para o monitoramento dos padrões de sazonalidade, magnitude dos eventos e distribuição espacial dos agravos, particularmente no que se refere às doenças com potencial epidêmico como a dengue [39]. Sistema de levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti - LIRAa: desenvolvido em 2002, para atender às necessidades de gestores e profissionais do programa de controle de dengue em dispor de informações entomológicas em um determinado momento (antes do início do verão) antecedendo o período de maior transmissão, subsidiando ações de combate vetorial nas áreas de maior risco [56]. Este sistema ajuda no planejamento da atividade, criando os estratos e sorteando os quarteirões a serem inspecionados e após a realização das atividades de campo todos os dados colhidos são cadastrados no sistema e então é possível calcular o índice de infestação do município. Ao final de cada LIRAa os dados são encaminhados ao Ministério da Saúde. Sistema de Informações da Febre Amarela e Dengue - SISFAD: Sistema que permite a informatização dos dados referentes às atividades de controle do vetor da dengue do Programa Nacional de Controle da Dengue. Está implantado desde 1997 e encontra-se descentralizado em todas as Unidades Federadas, exceto nos estados de Minas Gerais e São Paulo que possuem sistemas próprios compatíveis com o sistema nacional. O SIS- FAD é o software através do qual são registradas as três principais ações realizadas em campo pelos agentes de controle de endemias: o Ciclo, o Ponto Estratégico (PE), o Raio (LI+T) e o Bloqueio (UBV). Basicamente o SISFAD tem a finalidade de cadastrar as informações da ficha do Resumo Semanal do Serviço Antivetorial. Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue - SisPNCD: O SISFAD está sendo substituído pelo SisPNCD [57]. O SisPNCD realiza as atuais funcionalidades viabilizadas pelo SISFAD e algumas complementares, dentre elas o cadastro de pontos estratégicos, de veículos que realizam aspersão aeroespacial de inseticidas em ultrabaixovolume (UBV), armadilhas, áreas, microáreas e recursos humanos. Permite também realizar a programação dos ciclos de atividades de aplicação de UBV. Seu principal diferencial, para além de uma interface mais amigável e moderna, diz respeito aos relatórios 31

45 que emite, dentre eles os de localidades, de pontos estratégicos, de indicadores entomológicos, de índice de recipientes, totais de produção e consumo de inseticida utilizado nas ações envolvendo aplicações focais, perifocais e de UBV. Esses softwares (Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN, Levantamento de Índice - LI, Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti - LIRAa, Sistema de Informações da Febre Amarela e Dengue - SISFAD ou Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue - SisPNCD), não estão integrados, o preenchimento de seus dados e o envio para as regionais de saúde, são obrigatórios e seu uso tradicional tem sido visando a produção de dados estatísticos nacionais. Além disso, apresentam limitações que vão desde a forma de inserir dados no sistema, a manutenção de registros históricos, até o fornecimento de informações para o processo decisório. Os gestores responsáveis atuam principalmente considerando suas experiências sem o adequado suporte desses softwares. Como os aportes financeiros brasileiros (R$ 1,05 bilhão em 2010; R$ 1,34 bilhão em 2011; e R$ 1,73 bilhão em 2012 [58]) têm tido como alvo a realização de trabalhos de campo, o país carece de Sistemas Computacionais capazes de consolidar e ampliar as informações sobre situações epidemiológicas ou subsidiar ações de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas de ações voltadas à dengue. 32

46 Capítulo 5 SIGDENGUE O termo SIGDENGUE é utilizado para denominar, não apenas o sistema de informação objeto do presente trabalho. Ele designa um Ambiente Computacional voltado às atividades de gestão de ações de combate e controle à dengue. Ele é estruturado em três módulos distintos: o módulo do Sistema de Informação, o de Simulação Computacional e o de Geoestatística. O primeiro módulo, denominado Sistema de Informação Georreferenciada via web para o Acompanhamento e Gestão de Ações sobre Dengue em Cascavel - PR (SIGDENGUE web) possui dois objetivos principais: o primeiro é integrar, armazenar e disponibilizar dados e informações sobre dengue que o município de Cascavel dispõe bem como sobre outros dados relevantes relacionados à doença já contemplados no SIGDENGUE versão desktop e outros dados e funcionalidades que estenderão aquela versão. O segundo objetivo é viabilizar a rápida obtenção de informações através de acesso via internet, o georreferenciamento de eventos e pontos de interesse, e a produção de relatórios sobre dengue, e sua respectiva visualização em mapa. Cabe dizer que no SIGDENGUE foram previstas funcionalidades que garantem o acesso aos dados digitados através do SisPNCD. O módulo de Simulação, que opera com dados fornecidos pelo módulo SIGDENGUE visa realizar modelagem computacional da dinâmica do espalhamento da dengue, empregando diversas abordagens, como a compartimental, redes de contato, autômatos celulares, entre outras, visando construir possíveis cenários para que o gestor tome medidas preventivas controlando situações determinantes à ocorrência da epidemia. Com o módulo de Geoestatística pretende-se construir mapas temáticos georreferenciados

47 e estatisticamente analisados para estabelecer e integrar diversas situações ambientais, sociais, econômicas, entre outras, que influenciam a dinâmica da interação entre humanos e os vetores da dengue, entre outras situações. A figura 5.1 ilustra o relacionamento entre esses três módulos. Figura 5.1: Diagrama representativo do ambiente computacional SIGDENGUE. Embora os módulos de Simulação e Geoestatística componham o projeto SIGDENGUE em sua totalidade, como já mencionado, o presente trabalho diz respeito ao desenvolvimento do Sistema de Informação Georreferenciado via web, o SIGDENGUE Web. Cabe mencionar que o trabalho de conclusão de curso intitulado Desenvolvimento do módulo para o SIGDENGUE web com captura e processamento de dados via dispositivos móveis, sendo desenvolvido pelo acadêmico Eder Schaphauser Ziomek paralelamente ao presente trabalho, tem por objetivo principal desenvolver um módulo externo para o sistema SIGDENGUE WEB. Este módulo será utilizado para captura de dados em campo e envio para o servidor do 34

48 SIGDENGUE WEB. Embora ambos os trabalhos estejam relacionados do ponto de vista do funcionamento do SIGDENGUE web, para fins operacionais o trabalho mencionado é denominado de Parte Externa e o presente trabalho é denominado de Parte Interna. Neste texto se enfatizará a Parte Interna ou seja, o sistema de informação propriamente dito. Antes, porém, de apresentar a proposta de trabalho, cabe sintetizar um histórico do que já foi realizado até o momento, processo vivenciado pelo proponente do presente trabalho. Em 2011 iniciou-se o desenvolvimento do protótipo do SIGDENGUE versão desktop. Este protótipo contemplava os requisitos especificados até aquela ocasião que foram coletados junto ao Setor de Endemias de Cascavel - PR. Conforme foi evoluindo o desenvolvimento do protótipo e consequentemente aumentando a interação das partes envolvidas, novos requisitos foram incluídos visando melhor atender a metodologia de trabalho realizada por aquele setor. Essa dinâmica refletiu tanto na operacionalização do trabalho de campo realizado pelo Setor de Endemias quanto na modelagem e implementação do próprio SIGDENGUE. Após uma série de reuniões, testes e melhorias no sistema, em meados de novembro de 2012 a primeira versão desktop completa do Sistema foi disponibilizada para testes junto ao Setor de Endemias. Ela contempla o cadastro e o acompanhamento dos casos suspeitos de dengue, ou seja, o conjunto de ações (Busca ativa, Raio, Amostras laboratoriais, Bloqueio, Conclusão do caso). Contempla também mecanismos para armazenar as ações realizadas em campo, o cadastro dos pontos estratégicos importantes no âmbito da doença, espalhados pelo município, o cadastro dos agentes, informações sobre o LIRAa, sobre o Mutirão, dentre outros. Cabe dizer que esse controle, até meados de 2012, era feito em fichas preenchidas manualmente e descartadas no término de cada ano. Detalhes sobre o SIGDENGUE versão desktop podem ser encontrados no documento de requisitos do sistema, que encontra-se no Laboratório de Computação Aplicada (LCA) da Unioeste. A Figura 5.2 ilustra a tela principal daquele sistema. 35

49 Figura 5.2: Tela inicial do SIGDENGUE versão desktop. A proposta do presente trabalho consiste em especificar, desenvolver, testar e avaliar um Sistema de Informação Georreferenciada via web para o Acompanhamento e Gestão de Ações sobre Dengue em Cascavel - PR, subsidiando tomadas de decisões e provendo melhores condições de gerenciamento das ações realizadas pelos agentes de saúde e as atividades desenvolvidas pelo setor competente no âmbito da dengue. 5.1 Outros Sistemas em Vigilância Epidemiológica Existem outras iniciativas brasileiras visando o desenvolvimento de softwares no contexto da dengue, embora nenhuma apresente uma proposta ampla como a do SIGDENGUE que en- 36

50 globa o tratamento de informações através de um Sistema Informação próprio, Geoestatística e Simulação. Essas iniciativas se caracterizam em geral, por pesquisas pontuais realizadas em universidades e institutos de pesquisa brasileiros [59]. DengueME: Software para modelagem e simulação da transmissão do vírus dengue. Elaborado pelo departamento de Computação da Universidade Federal de Ouro Preto tem como objetivo buscar padrões de transmissão do mosquito Aedes aegypti e determinar fatores ambientais, sociais e climáticos que contribuem para essa dinâmica em espaços geográficos reais. As simulações permitem a projeção de cenários e também avaliar a relação custobenefício das diversas formas de controle da doença. O sistema é desenvolvido sobre o ambiente de modelagem TerraME, um ambiente de fácil manipulação, além de viabilizar que pesquisadores possam realizar análises voltadas ao combate da dengue [60]. Dispõe de dois módulos, o epidemiológico e o entomológico. O módulo epidemiológico atual contempla um modelo baseado em agentes, para simulação e análise de cenários da dinâmica espaço-temporal da difusão da dengue em ambientes urbanos reais. O módulo entomológico permite, através de dois modelos, simular o ciclo de vida do Aedes aegypti bem como as estratégias de controle da dengue que tem como alvo o vetor. Focos Online: Software desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde do estado do Tocantins que permite a identificação em tempo real através da internet, a localização por ruas, quadras e bairros dos locais que podem ser focos de proliferação do Aedes aegypti. Permite a inclusão de imagens desses imóveis e disponibiliza um modelo de notificação para os proprietários que serve como instrumento de apoio para ações dos agentes de campo [61]. Observatório Nacional da Dengue: é um projeto desenvolvido pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), que visa o monitoramento dos focos de dengue em tempo real. Também tem como objetivo, fornecer informações em tempo real sobre as visitas realizadas pelos agentes de campo no âmbito estadual, permitindo que o cidadão possa acompanhar o trabalho realizado pela vigilância epidemiológica [62]. Dengue na Web: Sistema web desenvolvido pela Universidade Federal da Bahia (ISC-UFBA), que visa identificar os locais onde ocorrem os casos da doença na ci- 37

51 dade de Salvador, buscando o envolvimento e a participação dos cidadãos. Para identificar um local basta possuir endereço de correio eletrônico e registrar-se no site para informar a presença ou não de sintomas da dengue, ou ainda a ocorrência de casos nos diversos locais da cidade. Esses dados são utilizados para acompanhar, em tempo real, a evolução da doença em um período de tempo através de dados estatísticos, mapas georreferenciados, dentre outros, que ficam disponíveis no site. Paralelamente estão sendo desenvolvidos modelos matemáticos para simular a propagação da doença em Salvador objetivando desenvolver cenários de intervenção [63]. MI-Dengue: é um software para dispositivos móveis desenvolvido pela empresa Ecovec [64] através do qual são associadas armadilhas desenvolvidas para captura de mosquitos Aedes que são distribuídas em uma área urbana. Essas armadilhas são vistoriadas pelos agentes de endemias, os mosquitos capturados são levados para o laboratório onde são analisados para verificar se estão contaminados com o vírus da dengue. Estas informações são cadastradas em um site que as exibe em mapas georreferenciados. Informa também tabelas de incidência em áreas específicas como bairros e fornece relatórios e informações para a condução de trabalhos de campo realizado pelos agentes de endemias. Avaliação de indicadores entomológicos de dengue em regiões do estado de São Paulo: Este projeto consiste no desenvolvimento de um sistema de informações para a coleta de dados georreferenciados da dengue para o município de Campinas, São Paulo. Há também o trabalho com indicadores entomológicos que estimem a densidade real do Aedes aegypti representativa de risco epidêmico da doença [65]. DengueNet: Este software é uma iniciativa internacional desenvolvido em 2005 pela Organização Mundial de Saúde. O DengueNet é um sistema de gerenciamento central de dados para a vigilância epidemiológica e virológica mundial da dengue baseado na internet. Seu objetivo principal é disponibilizar uma plataforma padrão para o compartilhamento de dados visando detectar e monitorar a incidência e as tendências da dengue. O sistema viabiliza acesso a indicadores, como a incidência, letalidade, a freqüência e a distribuição, a quantidade de mortes e os sorotipos circulantes. Os dados são apresentados graficamente, em mapas e formatos tabulares e objetivam fornecer informações que 38

52 possam ser úteis a profissionais de saúde pública e gestores nas ações contra a doença. Estatísticas sobre a dengue podem ser acessadas a partir de 1955 e seu foco atual está na coleta global de dados e no estabelecimento de parceria [66]. 39

53 Capítulo 6 Especificação do Módulo do Sistema de Informação SIGDENGUE Um processo de software pode ser entendido como um conjunto estruturado de atividades exigidas para desenvolver um sistema de software [67]. Sua utilização tem sido apontada como um fator primordial para o sucesso no desenvolvimento de softwares [68]. As atividades envolvidas são agrupadas de acordo com a fase de desenvolvimento do software. Estas fases, basicamente são: 1. Especificação de Requisitos: tradução da necessidade ou requisito operacional para uma descrição da funcionalidade a ser executada. 2. Projeto de Sistema: tradução destes requisitos em uma descrição de todos os componentes necessários para codificar o sistema. 3. Codificação: produção do código que controla o sistema e realiza a computação e lógica envolvida. 4. Validação: verificação da satisfação dos requisitos iniciais pelo produto produzido. Não existe uma sequência obrigatória de fases, geralmente os processos de software são iterativos e cíclicos. Para gerenciar o processo de desenvolvimento dessas atividades, é necessário adotar um processo de gerência de software adequado às características do desenvolvimento. Existem dois tipos principais de gerenciamento, as tradicionais e as ágeis.

54 As tradicionais baseiam-se em uma extensa documentação, um planejamento detalhado e etapas bem delimitadas. Na fase de planejamento é dispensado muito tempo com a documentação, pois esta é a base do projeto e tem por missão minimizar, o quanto puder, que novos requisitos e/ou funcionalidades surjam durante o período de desenvolvimento do software. Esta metodologia apresenta uma baixa adaptação a mudanças de requisitos [69]. Os métodos ágeis caracterizam-se pelo seu caráter adaptativo e orientado para pessoas. Pressupondo que o cliente aprende sobre suas necessidades, conforme o desenvolvimento do sistema e sua interação com o mesmo, possibilitando que o cliente reavalie suas necessidades e consequentemente alterando os requisitos para melhor atendê-las [70]. Na gestão deste projeto decidiu-se não utilizar uma metodologia específica, porém como se trata de um desenvolvimento interativo e participativo com o envolvimento do usuário e pelo desenvolvimento evolutivo através de protótipos, pode-se dizer que o gerenciamento do processo de software do SIGDENGUE web assemelhou-se mais às metodologias ágeis. Na fase de especificação de requisitos, foram realizadas várias reuniões com o intuito de elaborar um documento de requisitos do sistema. Este documento [71] encontra-se fisicamente disponível no Laboratório de Computação Aplicada (LCA) da UNIOESTE. A partir deste documento foram sintetizadas as funcionalidades do sistema e sua respectiva descrição, que são apresentadas na seção a seguir. 6.1 Funcionalidades do Sistema Gerenciar Casos Suspeitos: O sistema deverá permitir a inserção, alteração e busca de dados sobre os indivíduos que apresentem sintomas característicos da dengue. Esses indivíduos são denominados Suspeitos de Dengue, Casos Suspeitos ou simplesmente Suspeito. Cabe aos usuários do sistema vinculados ao Setor de Endemias, obter e cadastrar essas informações bem como acompanhar os trabalhos realizados que são desencadeados a partir dessa suspeita e de suas características específicas. Essas informações devem ser preenchidas em um formulário interno ao cadastro do caso suspeito e contemplam: Dados pessoais (nome, data de nascimento, sexo, profissão, número do cartão do SUS, 41

55 telefone e nome da mãe); Principais endereços georreferenciados (endereço residencial, comercial, de estudos, outro); Busca Ativa; Dados sobre a unidade de saúde (consultório, hospital, clínica, etc.) onde o indivíduo com suspeita de estar com dengue foi atendido; Sintomas apresentados; Medicamentos utilizados e vacina contra Febre Amarela; Dados sobre a última viagem (permanência mais recente) realizada pelo indivíduo antes da manifestação dos sintomas; Dados laboratoriais; Informações sobre encerramento realizado; Captura dos dados do SisPNCD: Rotina para a captura dos dados do SisPNCD. Exibição dos dados do SisPNCD: Área específica onde os dados obtidos através do SisPNCD poderão ser consultados. Visualização em Mapa: Visualização georreferenciada em mapa das atividades realizadas a exemplo do Raio, Bloqueio, Amostras, Casos Suspeitos de dengue entre outros. Manipulação das Atividades de Raio: Cadastro de dados sobre a atividade de Raio, envolvendo o código do suspeito identificado pelo número da busca, o ano, o nome do suspeito, o endereço correspondente (que pode ser residencial, de trabalho, estudo, lazer ou outro) georreferenciado, sua localidade, a prioridade atribuída à urgência na realização do raio (podendo ser Urgentíssimo, Urgente, Normal), identificação das amostras laboratoriais, Bloqueio correspondente e identificação no SISFAD/SisPNCD. Caracterização do Raio: uma vez identificado o caso suspeito, essa tela apresenta em mapa o raio de 300 metros ao redor do endereço, além de outros dados que contribuirão para que os 42

56 agentes atuem no local. Deve-se marcar com cores diferenciadas as quadras que farão parte desse Raio, já excluindo aquelas quadras que porventura já fizeram parte de outro Raio nas imediações em um período inferior a 15 dias. Gerenciar Amostras Laboratoriais: Funcionalidade para inserir, alterar e buscar dados sobre a coleta e análise de amostras de larvas e pupas de locais possivelmente infectados. Os dados desse formulário serão divididos em três partes: tipo, identificação e conclusão. Em tipo se efetua a identificação de que a amostra foi obtida em uma ação seja ela de Raio, Ponto Estratégico, LIRAa ou Outro. Em identificação, informa o código do agente que realizou a coleta, número da amostra, data, localidade, o número da equipe responsável, endereço do local onde a amostra foi coletada, contendo o logradouro, número, loteamento, quadra, lote e referência geográfica, possíveis tipos de depósitos (A1 - Caixa de água (elevado), A2 - Outros depósitos de água (baixo), B - Pequenos depósitos móveis, C - Depósitos fixos, D1 - Pneus e outros materiais rodantes, D2 - Lixo (Recipientes plásticos, latas), E - Depósitos naturais) e o grau de infestação (um número que vai de 0 a 5). Em conclusão se informa o total de larvas encontradas, o total de pupas encontradas, a quantidade de larvas do Aedes Aegypti, a quantidade total de pupas do Aedes Aegypti, a quantidade de larvas do Aedes Albopictus, a quantidade total de pupas do Aedes Albopictus, a quantidade de larvas de outros mosquitos, a quantidade total de pupas de outros mosquitos. Manipulação das Atividades de Bloqueio: Função para cadastro de dados sobre a atividade de Bloqueio. Os dados sobre o Bloqueio são o código que identifica o caso suspeito, o ano, o nome do suspeito envolvido, o endereço georreferenciado, a localidade, a prioridade atribuída à urgência na realização do bloqueio (podendo ser Urgentíssimo, Urgente, Normal), as atividades cadastradas no SisPNCD. Gerenciar Agentes de Endemias: Funcionalidade que viabiliza inserir, alterar, remover e ainda buscar um agente de saúde. O formulário deve conter: código do agente, nome, RG, CPF, data de nascimento, telefone fixo, telefone celular, , dispositivo móvel (o Sistema também deve permitir a associação de um dispositivo móvel a um agente), escolaridade, , cursos de qualificação realizados (cada agente possui uma lista com zero ou mais cursos associados ao 43

57 seu cadastro contendo a data de início, a data de término e a carga horária), estado civil, endereço residencial (logradouro, número), cargo (dentre um conjunto de opções) data inicial do cargo, data final do cargo, número da equipe, matrícula, data de admissão, data de exoneração, nome da pessoa para recado (vínculo) (dentre um conjunto de opções), telefone para recados e um campo de observação. Gerenciar Cargos: Funcionalidade que permite a gerência dos tipos de cargos para associação aos Agentes de Endemias. O formulário deve conter: código, status e o nome do cargo. Gerenciar Cursos de Qualificação: Funcionalidade que permite cadastrar, alterar, remover ou buscar cursos de qualificação para associação aos Agentes de Endemias. O formulário deve conter: código, status, nome do curso e uma descrição. Gerenciar Dispositivo Móvel : Funcionalidade que permite o cadastro, alteração, remoção e busca de dispositivos móveis do agentes de campo, quando estes aparelhos forem disponibilizados. Os dados de cadastro do aparelho são: código, modelo, marca, status, número do telefone. Gerenciar Equipe: Funcionalidade que permite o agrupamento de Agentes de Campo em equipes, onde cada equipe deve possuir um Agente Supervisor. Deve ser possível criar uma equipe, atribuindo uma lista de agentes a esta equipe, buscar, alterar - ligar/desligar agentes de uma equipe e remover uma equipe. Os dados cadastrais da equipe são: o número da equipe, código do agente supervisor e dos agentes de campo quem compõem a equipe. Acompanhamento da Equipe: Funcionalidade que permite consultar, por parte do supervisor, as atividades semanais realizadas por sua equipe, dados dos relatórios, resumos semanais, por exemplo. O SIGDENGUE web deve prover uma rotina que acumule os valores associados às visitas dos agentes, e, a partir desses valores, gere relatórios sobre as atividades realizadas pela equipe. Cadastro de Pontos Estratégicos: Funcionalidade que permite que pontos estratégicos sejam adicionados ao sistema. Esses pontos apresentam cenário propício para habitat do mosquito Aedes Aegypti (vetor da doença), como borracharias, cemitérios e outros locais, que pela atividade que realizam, propiciam a proliferação de depósitos que acumulam água e, portanto, são de interesse para a desova da fêmea do mosquito. No contexto desse sistema, devem ser 44

58 cadastrados os seguintes campos: código do ponto estratégico, nome do ponto estratégico, endereço (rua e número) georreferenciado (latitude/longitude), o tipo (deixar padrões de cadastro como: lixão, borracharia, cemitério e etc...), a localidade a que pertence, a data de inserção no sistema enquanto ponto estratégico e a data de retirada enquanto ponto estratégico. Devem ser consideradas informações de quadra, lote e loteamento do Geo Portal. Geração de Relatórios com Base nos Dados Desejados: O sistema deverá gerar relatórios, de acordo com as opções de filtro selecionadas pelos usuários e o tipo de gráfico, segundo as datas inicial e final informadas, número da busca, caso suspeito, entre outras informações. Além do mais, o sistema deve fornecer informações gerenciais como produtividade associada a agentes, supervisor e toda a equipe. Acesso ao Sistema Através de Login/Senha: Para acessar o sistema, o usuário deve apresentar em uma tela inicial seu login e senha. Este controle é feito visando a segurança do sistema e controle de grupo de usuário para acesso a determinadas funcionalidades. Gerenciamento de Usuários do Sistema (Configurações): O sistema deverá apresentar uma área onde seja possível inserir, alterar, remover e ainda buscar um usuário. Essa área conterá informações código, nome, matrícula (código vinculado a prefeitura), , login, senha e nível de acesso ao sistema. Tratamento Especial a Imóveis: São aquelas outras informações que serão colhidas junto aos moradores, pelos agentes de endemias, sobre o tipo de visita, as condições do imóvel, se já houve caso de dengue, classificação do imóvel quanto a risco de proliferação da doença. O agente atribui uma nota de 1 a 5 indicando o grau de limpeza onde 1 representa local totalmente limpo e 5 representa um local muito sujo. Este requisito contempla tanto o cadastro quanto os encaminhamentos dados a imóveis que requerem atenção especial e individualizada. Campos: identificação georeferenciada da localização, foto do local (tirada no dispositivo móvel do agente - opcional), procedência, data da identificação, observações, data do encaminhamento/conclusão da ação efetuada visando sanar/minimizar o problema; campo de percepção com nota de 1 a 5. O Supervisor da equipe deverá associar os agentes que efetuaram o tratamento especial ao imóvel. 45

59 Gerenciamento do LIRAa: O sistema deverá permitir realizar a busca, o cadastro, edição e remoção de dados sobre o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). O formulário da identificação do LIRAa e das atividades dos agente contém as seguintes informações: Cadastro do LIRAa: município, ano, número de sequência, data de início e término. O supervisor da equipe deverá associar os agentes que efetuaram o LIRAa. Caso os agentes utilizem dispositivos móveis será o modelo do FAD genérico que será enviado para o servidor viabilizando o acompanhamento por imóvel trabalhado. Devem estar dispostos mecanismos que possibilitem o cadastro de vários estratos a um mesmo registro de LIRAa; Cadastro de Estrato: número do estrato, inserção de localidades. Devem estar dispostos mecanismos que possibilitem o cadastro de várias localidades a um mesmo registro de estrato; Cadastro de Localidades (consolidado): o código da localidade, os quarteirões a trabalhar, e as informações do trabalho realizado (informações coletadas sobre número de recipientes com foco, número de tubitos, número de imóveis e o número de imóveis inspecionados por tipo). Deve-se viabilizar nesse formulário, o cadastro de amostras. O consolidado vinculado aos estratos pode ser feito de 2 maneiras: automaticamente, se os agentes disporem de dispositivos móveis ou manualmente caso contrário. A consolidação por estrato deve ser feita automaticamente pelo SIGDENGUE web. Gerenciar Mutirão: O sistema deve permitir cadastrar os mutirões realizados. Os campos necessários são: código do mutirão, data de início, data de término, número de sequência e campo de descrição das atividades desenvolvidas. O Supervisor da equipe deverá associar os agentes que efetuaram o mutirão. Armazenar dados do Dispositivo Móvel : O sistema deve permitir o armazenamento dos dados obtidos dos dispositivos móveis. 46

60 6.2 Digrama de Casos de Uso O sistema possui dois tipos de usuários, o agente de saúde e o supervisor. O diagrama de casos de uso, apresentado na figura 6.1 ilustra as funcionalidades do sistema e o tipo usuário que pode acessá-la. Cabe dizer que este diagrama descreve um cenário que mostra as funcionalidades do sistema do ponto de vista do usuário [72]. O agente de saúde tem acesso as seguintes funcionalidades: Gerenciar Casos Suspeitos Captura dos dados do SisPNCD Exibição dos dados do SisPNCD Visualização em Mapa Manipulação das Atividades de Raio Manipulação das Atividades de Bloqueio Gerenciar Amostras Laboratoriais Tratamento Especial a Imóveis Gerenciamento do LIRAa Gerenciar Mutirão Acesso ao sistema através de login/senha Armazenar dados do Dispositivo móvel O supervisor tem acesso a todas as funcionalidades do agente de saúde e mais um conjunto de funcionalidades exclusivas, listadas a seguir: Gerenciar Agentes de Endemias Gerenciar Cargos 47

61 Gerenciar Cursos de Qualificação Gerenciar Dispositivos móveis Gerenciar Equipe Acompanhamento da Equipe Cadastro de Pontos Estratégicos Geração de Relatórios com Base nos Dados Desejados Gerenciamento de Usuários do Sistema (Configurações) 48

62 Figura 6.1: Diagrama de Casos de Uso do Sistema. 49

63 6.3 Arquitetura O projeto e modelagem do SIGDENGUE web seguiu o princípio da arquitetura MVC - Modelo, Visão e Controle. A arquitetura MVC fornece uma maneira de dividir o código fonte do software em camadas, de acordo com as características e funcionalidades. O MVC é composto por três ou mais camadas principais: Modelo (os dados e a lógica de negócios), Visão (a interface com o usuário) e o Controle (fluxo da aplicação). A vantagem na utilização desta arquitetura está na separação e organização do código, a possibilidade do desenvolvimento em paralelo e a redução do esforço na manutenção do software, pois alterações são efetuadas separadamente não afetando as outras camadas entre outras, provendo um aumento na flexibilidade e na reutilização do código [73]. Para o desenvolvimento deste software, foram adicionadas outras duas camadas: Persistência e Base de Dados. A Camada de persistência é responsável por se comunicar com o banco de dados, ou com o framework de persistência, neste caso o Hibernate, cuja sua função é prover funcionalidades de consulta e manipulação de dados, de tal forma que não seja necessário a programação de consultas SQL na aplicação, bem como, inserção, alteração, exclusão e busca dos dados. A camada de base de dados é a responsável pelo armazenamento físico dos dados, consiste apenas no SGBD - Sistema Gerenciador de Banco de Dados, que neste caso é o PostgreSQL. A figura 6.2 ilustra a arquitetura do sistema. 50

64 Figura 6.2: Arquitetura do sistema SIGDENGUE. 6.4 Diagrama de Pacotes No nível de código, o SIGDENGUE web apresenta uma organização de suas classes Java em pacotes. As classes são agrupadas nos seguintes pacotes: Usuários: Contém as classes referentes aos usuários do sistema. As classes pertencentes a este pacote são: Usúario, Grupo e Autorização. Gerenciamento: Contém as classes referentes ao gerenciamento de recursos humanos do setor. As classes pertencentes a este pacote são: Agente, Equipe, Equipe Agente, Cargo, Cargo do Agente, Curso de Qualificação, Curso de Qualificação do Agente e Dispositivo Móvel. Caso Suspeito: Contém as classes referentes as informações sobre o caso suspeito de dengue. As classes pertencentes a este pacote são: Busca Ativa, Caso Suspeito, Dados 51

65 Clínicos, Endereço, Exame de Sangue, Municípios Brasileiros, Sintomas, Unidade Saúde e Viagem. GeoPortal: Contém as classes referentes aos dados obtidos do Geo Portal. As classes pertencentes a este pacote são: Bairros, Canteiros e Pracas, Distritos, Hidrografia, Logradouros, Loteamentos, Lotes, Quadras, Meio Fio, Nascentes, Perimetro Urbano e Zoneamento. Atividade: Contém as classes referentes as atividades desenvolvidas pelo setor de endemias no combate ao vetor. As classes pertencentes a este pacote são: Amostra Laboratorial, Raio, Resumo Semanal Raio, Bloqueio, Resumo UBV Bloqueio, Ponto Estratégico, Resumo Semanal Ponto Estratégico, Mutirão, Lira, Estrato Lira, Localidade Estrato Lira e Tratamento Especial Imóvel. Esta organização das classes é ilustrada na figura 6.3. Figura 6.3: Diagrama de Pacotes. 52

66 Capítulo 7 Apresentação do SIGDENGUE WEB A figura 7.1 ilustra a página de login e senha do sistema, que pode ser acessada através do seguinte endereço: :8080/sigdengue. Esta tela é composta pelo logo do SIG- DENGUE e pelos campos de usuário e senha, necessários para a devida utilização do mesmo. Esta página tem como objetivo impedir o acesso de pessoas não autorizadas ao sistema. Para satisfazer este requisito, o sistema conta com o uso de senhas criptografadas. A criptografia é o ato de codificar dados em informações aparentemente sem sentido, assim protegendo as informações originais [74]. O modelo de algoritmo de criptografia utilizado pelo SIGDENGUE é o SHA (Secure Hash Algorithm), mais especificamente o SHA1. Os algoritmos SHA foram projetados pela National Security Agency (NSA) e publicados como um padrão do governo Norte-Americano [75]. O SHA1 ao obter a senha, gera um código de 160 bits (40 caracteres alfa-numéricos) o que resulta em 2 40 combinações possíveis, tornando-se inviável e muito custoso a tentativa de invadir o sistema.

67 Figura 7.1: Página de Login e Senha do SIGDENGUE web. Após a confirmação do usuário e da senha, ele é redirecionado para página Inicial do Sistema conforme ilustra a figura 7.2. Esta página provê acesso às demais funcionalidades do sistema através da barra de menus. Figura 7.2: Página Inicial do SIGDENGUE web. 7.1 Caso Suspeito A figura 7.3 ilustra a funcionalidade do SIGDENGUE que lista todos os casos suspeitos de dengue cadastrados no sistema, exibindo os seguintes atributos: status (ícone azul caso em 54

68 aberto, ícone cinza caso encerrado), número de busca, ano, nome do suspeito, situação final e um botão para visualizar e/ou editar o caso suspeito. A lista é ordenada pelo número de busca e o ano em forma decrescente, fazendo com que os casos mais recentes sejam exibidos antes dos demais. Através dela também é possível ter acesso a outras funcionalidades que serão descritas a seguir como cadastrar um novo caso suspeito, editar e remover um caso suspeito e realizar raio. Figura 7.3: Casos Suspeitos de Dengue. O formulário de cadastro de um caso suspeito é dividido em 8 painéis descritos a seguir. Dados Pessoais do Suspeito: Este painel contém as informações referentes aos dados pessoais do suspeito, conforme ilustra a figura 7.4. Os atributos foram definidos em conjunto com a equipe de funcionários vinculada ao setor de endemias do município de Cascavel. Este formulário consiste nos seguintes campos: um identificador para o caso suspeito que é composto pelos campos (número de busca e ano), nome do suspeito, sexo, data de nascimento, telefone para contato, número do cartão SUS (possibilitando que os agentes de saúde tenham acesso a informações pertinentes sobre o suspeito via sistema de consulta web do SUS), número e data do SINAN (indicando que o caso suspeito possui uma notificação via sistema SINAN), nome da mãe do suspeito, uma caixa de seleção para indicar que o suspeito não reside no município de Cascavel e um campo para seleção do município em que o suspeito reside. Este campo 55

69 apresenta uma lista de todos os municípios brasileiros previamente cadastrados no sistema e que foram obtidos no cadastrado de municípios do portal IBGE do ano de 2013 [76]. Figura 7.4: Dados Pessoais do Suspeito. Endereço do Suspeito: Este painel contém as informações referentes aos dados do endereço do suspeito, conforme ilustra a figura 7.5. Além deste, há mais 3 painéis semelhantes para o cadastro de outros endereços relevantes, como, por exemplo, o endereço do local de trabalho, estudo e lazer do suspeito. Figura 7.5: Endereço do Suspeito. 56

70 Viagem: Este painel contém as informações referente a última viagem do suspeito. Nos casos em que o suspeito realizou várias viagens ou seu trabalho exige que viaje constantemente, deve-se marcar a caixa de seleção denominada Viajante, conforme ilustra a figura 7.6. Figura 7.6: Viagem do Suspeito. Dados do Atendimento Clínico ao Suspeito: Este painel contém as informações referentes ao atendimento clínico realizado. É importante notar que no campo Local de Atendimento há uma lista previamente cadastrada de todas as clínicas, hospitais, postos de saúde que fazem parte do sistema público de saúde SUS, vinculados ao município de Cascavel. Caso haja necessidade de cadastrar outro local este deverá ser feito diretamente no banco de dados. Para isso, o usuário deverá entrar em contato com o administrador do sistema e solicitar que o mesmo faça o cadastro dos locais de atendimento. O botão Medicamentos viabiliza a digitação dos medicamentos utilizados pelo paciente. A figura 7.7 ilustra essas informações. Figura 7.7: Dados do Atendimento Clínico Prestado ao Suspeito. Sintomas Apresentados: Este painel contém as informações referentes aos sintomas do suspeito. Há uma lista previamente cadastrada dos sintomas característicos da dengue, conforme ilustra a figura 7.8. Esta lista foi elaborada e tem sido atualizada pela equipe do Setor de Endemias de Cascavel. 57

71 Figura 7.8: Sintomas de Dengue. Dados Laboratoriais: Este painel contém as informações referentes aos exames de sorologia realizados pelo suspeito, conforme ilustra a figura 7.9. Figura 7.9: Dados Laboratoriais. 58

72 Busca Ativa: Este painel contém as informações referentes ao atendimento do suspeito pelo setor de endemias, conforme ilustra a figura O botão Observações viabiliza a digitação das observações feitas pelo agente de saúde no momento da busca ativa. Figura 7.10: Busca Ativa. Situação Final: Este painel contém as informações referentes ao encerramento do caso suspeito e o seu resultado final, conforme ilustra a figura Figura 7.11: Situação Final do Caso Suspeito de Dengue. Realizar Raio: Funcionalidade que apresenta os endereços do suspeito e prove o cadastro do raio ao endereço, conforme ilustra a figura

73 Figura 7.12: Funcionalidades ligadas à realização do Raio. Ao clicar no botão Realizar Raio, o sistema exibe uma janela para efetuar o cadastro do raio contendo os seguintes campos: data de início, data de término, prioridade (Normal, Urgente e Urgentíssimo) e status (Pendente, Ativo e Concluído). No momento do cadastro, o status sempre será PENDENTE, podendo ser posteriormente alterado no formulário do Raio que será descrito a seguir. A figura 7.13 ilustra este procedimento. Figura 7.13: Funcionalidade de Cadastro do Raio. 7.2 Atividades em Dengue Realizadas pelo Setor de Endemias Esta seção apresenta as atividades desenvolvidas pelo setor de endemias de Cascavel no combate à dengue que foram implementadas no SIGDENGUE. 60

74 7.2.1 Raio Esta atividade está dividida em 6 funcionalidades distintas (Raios, Formulário do Raio, Amostras Coletadas, Agentes, Associar FAD e Realizar Bloqueio) que são descritas a seguir. Cadastro de Raios: Funcionalidade que lista todos os raios cadastrados no sistema. Esta lista contém os seguintes atributos: status (ícone verde raios pendentes, ícone azul raios ativos, ícone cinza raios concluídos), número de busca, ano, nome do suspeito, localidade, rua, número, um botão para visualizar e/ou editar o raio e outro botão para excluir o raio. A lista é ordenada pelo número de busca e o ano em forma decrescente, fazendo com que os raios mais recentes sejam exibidos prioritariamente, conforme ilustra a figura Figura 7.14: Página dos Raios. Formulário do Raio: Este formulário contém as informações referentes aos dados do raio. Note-se que apenas os dados de data de início, data de término, prioridade e status podem ser alterados, pois as outras informações correspondem aos dados do suspeito e caso haja necessidade de alterá-los o usuário deverá acessar via formulário do caso suspeito descrito na seção anterior. O formulário prove a visualização em mapa da caracterização do raio, ou seja, apresenta em mapa o raio de 300 metros ao redor do endereço do suspeito. Note-se que um raio nem sempre terá a forma de um círculo, pois quando um raio possui interseção com outro raio realizado nas imediações em um período inferior a 15 dias, o novo raio será feito apenas na parte onde não há 61

75 interseção, deixando de ser um círculo e tornando-se um polígono. Para melhor visualização, o novo raio será exibido no mapa na cor vermelha e os raios que o interceptam serão exibidos na cor verde, conforme ilustra a figura Através desta página é possível ter acesso a outras funcionalidades bem como cadastrar amostras coletadas, associar agentes para atuar na realização do raio, associar FAD ao raio e realizar bloqueio, que serão descritas a seguir. 62

76 Figura 7.15: Formulário do Raio. Amostras Coletadas: Funcionalidade que lista todas as amostras cadastradas para o raio, exibindo os seguintes atributos: identificador, número da amostra, rua e número, conforme ilustra a figura Através dela também é possível ter acesso a outras funcionalidades bem como cadastrar amostra, editar e remover amostra. Estas funcionalidades são descritas na seção de Amostras Laboratoriais. 63

77 Figura 7.16: Página de Amostras Coletadas. Associar Agentes: Funcionalidade que viabiliza associar os agentes que trabalharão em um determinado raio. Para isso, exibe-se uma lista de todos os agentes vinculados ao setor de endemias e devidamente cadastrados no sistema; para realizar a associação basta clicar no campo de seleção que encontra-se ao lado esquerdo do nome do agente, conforme ilustra a figura

78 Figura 7.17: Associar Agentes de Saúde. Associar FAD: Funcionalidade que associa o Resumo Semanal do Serviço Antivetorial, também conhecido como FAD, que é inicialmente cadastrado no SisPNCD e posteriormente é importado para a base de dados do SIGDENGUE. Aqui, faz-se a associação entre o raio cadastrado no SIGDENGUE com o FAD cadastrado no SisPNCD, conforme ilustra a figura Para efetuar a associação do FAD deve-se clicar no botão associar FAD e digitar o número de controle que se encontra no formulário FAD. Note-se que é possível associar mais de um FAD a um raio. 65

79 Figura 7.18: Página para Associar o FAD. Realizar Bloqueio: O sistema irá exibir uma janela semelhante ao da figura 7.13, cadastrando um bloqueio para o raio. É importante ressaltar que um bloqueio só pode ser gerado a partir de um raio e este utilizará as mesmas informações do caso suspeito e do endereço do raio realizado Bloqueio Esta atividade está dividida em 4 funcionalidades distintas: Bloqueios, Formulário do Bloqueio, Associar Agentes, Associar FAD. Embora semelhantes as funcionalidades do raio a diferença é que no bloqueio não há coleta de amostras. Por este motivo o presente texto exibirá apenas uma imagem desta atividade. A figura 7.19 ilustra a página de cadastro dos bloqueios. Figura 7.19: Página de Cadastro dos Bloqueios Amostra Laboratorial Esta atividade está dividida em 2 funcionalidades distintas: Cadastro de Amostras Laboratoriais e Formulário da Amostra Laboratorial, descritas a seguir. Cadastro de Amostras Laboratoriais: Funcionalidade que lista todas as amostras labora- 66

80 toriais cadastradas no sistema. Ela contém os seguintes atributos: atividade, rua, número, data da coleta, número da amostra e um botão para visualizar e/ou editar amostra, conforme ilustra a figura Figura 7.20: Funcionalidade que efetua o Cadastro de Amostras Laboratoriais. Formulário da Amostra Laboratorial: Este formulário contém as informações referentes aos dados da amostra, bem como a atividade em que a amostra foi coletada (Raio, LIRA, PE, Tratamento Especial a Imóveis), data da coleta, número da amostra, equipe, agente, informações sobre o endereço (obtidas via consulta a base de dados do GeoPortal ou no google maps), tipo do depósito, grau de infestação (um índice para indicar o quanto o depósito está infestado por focos de dengue), total de larvas coletadas, total de pupas coletadas, quantidade de larvas coletadas (do Aedes Aegypti, Aedes Albopictus e Outros) e quantidade de pupas coletadas (do Aedes Aegypti, Aedes Albopictus e Outros) conforme ilustra a figura

81 Figura 7.21: Formulário da Amostra Laboratorial LIRA Esta atividade está dividida em 5 funcionalidades distintas: Cadastro de LIRAs, Formulário LIRA, Formulário Estrato LIRA, Localidade Estrato LIRA e Associar Agentes. Para o desenvolvimento do software optou-se em conjunto com integrantes do setor de Endemias nomear esta atividade simplesmente de LIRA ao invés de LIRAa como tecnicamente é conhecido simplesmente para ajustar à nomenclatura usual do setor. Cadastro de LIRAs: Funcionalidade que lista todos os LIRAs cadastrados no sistema e contém os seguintes atributos: ano, sequencia, data de início e data de término. Contém também três botões, Adicionar, Editar e Deletar LIRA, conforme ilustra a figura

82 Figura 7.22: Funcionalidade para Cadastro dos LIRAs. Formulário LIRA: Esta funcionalidade viabiliza as informações referentes aos dados do cabeçalho do LIRA, que são os campos ano, número de sequência, data de início e data de término, conforme ilustra a figura Contém uma lista com os estratos pertencentes ao LIRA e três botões para (adicionar, editar e excluir) um estrato LIRA. Há também um botão para associar os agentes; este botão redireciona para a página associar agentes apresentada anteriormente, Figura 7.23: Formulário LIRA. Formulário Estrato LIRA: Este formulário contém as informações referentes aos dados 69

83 do Estrato do LIRA. O LIRA é composto por vários estratos sendo que cada estrato possui várias localidades a serem trabalhadas. Esta funcionalidade é composta apenas por um campo número do estrato e três botões para adicionar, editar e deletar localidade. Há também um lista de localidades pertencentes ao estrato, conforme ilustra a figura Figura 7.24: Formulário Estrato LIRA. Formulário Localidade Estrato LIRA: Este formulário contém as informações referentes aos dados do trabalho de campo realizado numa localidade. Os campos deste formulário são: localidade, número de quarteirões trabalhados, número de recipientes com foco por tipo de recipiente, número de imóveis com Aedes Aegypti classificados em dois campos (terreno baldio e outros), número de imóveis com Aedes Albopictus, número de recipientes positivos para o Aedes Aegypti classificado por tipo de recipiente, total de recipientes positivos para o Aedes Albopictus e um botão para cadastro de amostras laboratoriais (que redireciona para o formulário da amostra laboratorial apresentado anteriormente). A figura 7.25 ilustra a formulário da localidade de estrato LIRA. 70

84 Figura 7.25: Formulário Localidade Estrato LIRA Ponto Estratégico Esta atividade está dividida em 5 funcionalidades distintas: Cadastro de Pontos Estratégicos, Formulário Ponto Estratégico, Visita Pontos Estratégico, Associar Agentes, e Associar FAD, descritas a seguir. Cadastro de Pontos Estratégicos: Funcionalidade que lista todos os Pontos Estratégicos cadastrados no sistema e contém os seguintes atributos: nome, tipo, localidade, rua e número. Ela contém três botões que viabilizam Adicionar, Editar e Deletar Ponto Estratégico, conforme ilustra a figura

85 Figura 7.26: Página dos Pontos Estratégicos. Formulário do Ponto Estratégico: Este formulário contém as informações referentes aos dados do ponto estratégico, bem como o nome do ponto estratégico, o tipo do ponto estratégico (Cemitério, Borracharia, Aterro Sanitário e Outro), data de inclusão, data de desativação e informações sobre o endereço obtidas via consulta a base de dados do GeoPortal ou no google maps, conforme ilustra a figura Caso seja necessário adicionar um novo tipo de ponto estratégico, o usuário deverá entrar em contato com o administrador do sistema e solicitar que o mesmo faça o cadastro dos tipos de pontos estratégicos desejados. Figura 7.27: Formulário do Ponto Estratégico. 72

86 7.2.6 Mutirão Esta atividade está dividida em 2 funcionalidades distintas: Cadastro de Mutirões e Formulário do Mutirão, descritas a seguir. Cadastro de Mutirões: Funcionalidade que lista todos os mutirões cadastrados no sistema. Ela contém os seguintes atributos: código, número de sequência, data de início e data de término, um botão para editar e um botão para excluir. Note-se que o botão para cadastrar um novo mutirão está posicionado acima da lista de mutirões, conforme ilustra a figura Figura 7.28: Página de Cadastro de Mutirões. Formulário do Mutirão: Este formulário contém as informações referentes aos dados do mutirão, bem como o ano, o número de sequência, data de início, data de término e uma lista de agentes, conforme ilustra a figura

87 Figura 7.29: Formulário do Mutirão Tratamento Especial a Imóvel Esta atividade está dividida em 2 funcionalidades distintas: Cadastro de Tratamentos Especiais a Imóveis e Formulário do Tratamento Especial a Imóvel, descritas a seguir. Cadastro de Tratamentos Especiais a Imóveis: Funcionalidade que lista todos os Tratamentos Especiais a Imóveis cadastrados no sistema e contém os seguintes atributos: código, localidade, rua, número, data de notificação, data de conclusão e três botões para Cadastrar, Editar e Excluir um Tratamento Especial a imóvel, conforme ilustra a figura

88 Figura 7.30: Cadastro de Tratamentos Especiais a Imóveis. Formulário do Tratamento Especial a Imóvel: Este formulário contém as informações referentes aos dados do Tratamento Especial a Imóvel, bem como a procedência (Denuncia ou feita pelo próprio agente de saúde), data de notificação, data de conclusão, informações sobre endereço obtidas via consulta a base de dados do GeoPortal ou no google maps, observações, grau de infestação e uma lista de agentes que podem estar associados a esta atividade. A figura 7.31 ilustra este formulário. 75

89 Figura 7.31: Formulário do Tratamento Especial a Imóvel. 7.3 Gerenciamento Esta seção apresenta a concepção que se teve com relação ao gerenciamento das informações relativas aos agentes que atuam no campo e suas respectivas produtividades. Entende-se por produtividade o conjunto de informações sobre as atividades às quais um agente está ou foi vinculado, a exemplo do Raio, Bloqueio, Ponto Estratégico e etc. A proposta de gerenciamento e acompanhamento das atividades de campo é uma das gran- 76

90 des contribuições do SIGDENGUE WEB, pois a revisão bibliográfica realizada para o presente trabalho mostrou que não existe outros sistemas que oferecem este tipo de recurso. Esta funcionalidade consiste em viabilizar condições para que o próprio agente de campo armazene os dados por ele coletados, através da digitação das informações do FAD diretamente no SIGDENGUE web contabilizando assim, o trabalho diário realizado por ele, durante a semana, armazenados, em formato digital. Além disso, a somatória das atividades diárias realizadas (FAD) será contabilizada gerando automaticamente o Registro Semanal do Serviço Antivetorial. Fica também viabilizado o acompanhamento das atividades de cada agente pelo seu supervisor. Com os dados cadastrados no sistema será possível extrair relatórios fiéis sobre a produtividade dos agentes e as atividades realizadas pelo Setor, permitindo que gestores identifiquem possíveis falhas no planejamento das ações, bem como na produtividade de cada agente ou equipe e tomem medidas cabíveis para solucionar o respectivo problema Agentes Esta funcionalidade está dividida em 4 ações distintas: Cadastro dos Agentes, Formulário do Agente, Adicionar Cargo ao Agente e Adicionar Curso ao Agente, descritas a seguir. Cadastro dos Agentes: Funcionalidade que viabiliza listar todos os agentes cadastrados no sistema. Esta lista contém os seguintes atributos: código do agente, nome do agente e um botão visualizar/editar agente, conforme ilustra a figura Figura 7.32: Cadastro dos Agentes. 77

91 Formulário do Agente: Este formulário contém as informações referentes aos dados do agente, bem como o código do agente, nome do agente, RG, CPF, telefone, celular, estado civil, o endereço residencial do agente, informações profissionais como número da matrícula (código utilizado pela prefeitura de Cascavel para o cadastro de seus servidores), escolaridade, data de admissão, data de exoneração, , equipe, um campo para atribuir um dispositivo móvel ao agente e informações de uma pessoa para contato. Há também uma lista de cargos e cursos técnicos relacionados à área de abrangência do Setor de Endemias que o agente pode ter realizado e que é descrita adiante. A figura 7.33 ilustra este formulário. 78

92 Figura 7.33: Formulário do Agente. Adicionar Cargo ao Agente: Este formulário contém as informações referentes aos cargos do agente, bem como cargo (selecionado da lista cargos previamente cadastrado no sistema), 79

93 data de início e término do mesmo. Note que esta funcionalidade permite armazenar o histórico do cargo de um agente e ainda permite que um agente possua mais de um cargo simultaneamente. A figura 7.34 ilustra esta funcionalidade. Figura 7.34: Funcionalidade que viabiliza Adicionar Cargo ao Agente. Adicionar Curso ao Agente: Este formulário contém as informações referentes aos cursos e qualificações do agente, bem como o curso (selecionado da lista cursos previamente cadastrado no sistema), Instituição que ofertou o curso, cidade, estado, a carga horária do curso, data de início e término do mesmo, conforme ilustra a figura Figura 7.35: Funcionalidade que viabiliza Adicionar Curso realizado pelo Agente Equipes Esta funcionalidade está dividida em 2 ações distintas: Cadastro das Equipes e o Formulário de Cadastro da Equipe, descritas a seguir. 80

94 Cadastro de Equipes: Funcionalidade que lista todas as equipes cadastradas no Sistema. Uma equipe tradicional é identificada por um número e geralmente é constituída por agentes (em torno de 10) e um supervisor. A lista das equipes contém os seguintes atributos: número da equipe, nome do agente supervisor da equipe e o status da equipe (Ativo, Desativado). Ela contém três botões que viabilizam Adicionar, Editar e Deletar Equipe, conforme ilustra a figura Figura 7.36: Cadastro das Equipes. Formulário de Cadastro de Equipe: Este formulário contém as informações referentes aos dados da equipe, bem como o número da equipe, o agente supervisor, o status da equipe, uma lista de agentes que pertencem à equipe e um botão para adicionar um agente à equipe, conforme ilustra a figura Figura 7.37: Formulário de Cadastro de Equipe. 81

95 7.3.3 Cargos Esta funcionalidade está dividida em 2 ações distintas: Cadastro de Cargos e o Formulário de Cadastro do Cargo, descritas a seguir. Cadastro de Cargos: Funcionalidade que lista todos os cargos cadastrados no sistema. Esta lista contém os seguintes atributos: cargo, status do cargo (Ativo, Desativado) um botão para editar e outro para excluir um cargo. O botão de cadastro de um novo cargo encontra-se na parte superior do formulário, conforme ilustra a figura Figura 7.38: Cadastro de Cargos. Formulário de Cadastro do Cargo: Este formulário contém as informações referentes aos dados do cargo, que neste caso é apenas o nome do cargo, conforme ilustra a figura Figura 7.39: Formulário de Cadastro do Cargo Cursos e Qualificações Esta funcionalidade está dividida em 2 ações distintas: Cadastro de Cursos e o Formulário de Cadastro do Curso, descritas a seguir. 82

96 Cadastro de Cursos: Funcionalidade que lista todos os cursos cadastrados no sistema. Esta lista contém os seguintes atributos: código do curso, nome do curso, descrição do curso, o status do curso, um botão para editar e outro para excluir um curso. O botão de cadastro de um novo curso encontra-se na parte superior do formulário, conforme ilustra a figura Figura 7.40: Cadastro de Cursos e Qualificações. Formulário de Cadastro de Curso: Este formulário contém as informações referentes aos dados do curso ou qualificação, composto pelos campos, nome do curso, descrição e status, conforme ilustra a figura Figura 7.41: Formulário de Cadastro do Curso Dispositivos Móveis Esta funcionalidade está dividida em 2 ações distintas: Cadastro de Dispositivos Móveis e o Formulário de Cadastro do Dispositivo Móvel, descritas a seguir. Cadastro de Dispositivos Móveis: Funcionalidade que lista todos os dispositivos móveis 83

97 cadastrados no sistema e visa registrar os aparelhos que pertencem ao Setor de Endemias. Esta lista contém os seguintes atributos: código do dispositivo móvel, a marca, o modelo, o status, um botão para editar e outro para deletar um dispositivo móvel. O botão de cadastro de um novo dispositivo móvel encontra-se na parte superior do formulário, conforme ilustra a figura Figura 7.42: Cadastro de Dispositivos Móveis. Formulário de Cadastro de Dispositivo Móvel: Este formulário contém as informações referentes aos dados do dispositivos móvel, bem como o código, a marca e o modelo, conforme ilustra a figura Figura 7.43: Formulário de Cadastro de Dispositivo Móvel Produtividade Esta funcionalidade está dividida em 4 ações distintas: Cadastro da Produtividade da Equipe, Cadastro da Produtividade do Agente, Formulário de Cadastro do Resumo semanal da Produtividade do Agente e Atividades do Agente, descritas a seguir. Cadastro da Produtividade da Equipe: O acesso a esta funcionalidade é restrita; somente os agentes supervisores de equipe devidamente logados no sistema terão o acesso. Esta funcio- 84

98 nalidade lista todos os agentes pertencentes à equipe do supervisor logado no sistema, exibindo o código, nome do agente e um botão para visualizar a produtividade do agente, que será descrita a seguir. A figura 7.44 ilustra esta funcionalidade. Figura 7.44: Cadastro da Produtividade da Equipe. Cadastro da Produtividade do Agente: Funcionalidade que lista todos os resumos semanais da produtividade do agente. Na parte superior da página encontram-se quatro botões, três para Adicionar, Editar e Deletar o resumo semanal de produtividade e outro botão para Listar as Atividades do Agente, conforme ilustra a figura Figura 7.45: Cadastro da Produtividade do Agente. Formulário de Cadastro do Resumo Semanal da Produtividade do Agente: Este formulário contém as informações referentes ao resumo semanal de produtividade do agente, bem como a data de início e término da semana, o número da semana, quantidade de residências, comércios, terrenos baldios, pontos estratégicos e outros trabalhados na semana, a quantidade de tratamento focais e perifocais realizados, amostra coletadas, número de depósitos inspecionados por tipo, número de depósitos eliminados e número de depósitos tratados, conforme ilustra a figura

99 Figura 7.46: Formulário de Cadastro do Resumo Semanal da Produtividade do Agente. Atividades do Agente: Funcionalidade que lista todas as atividades em que o agente participou, a exemplo do Raio, Bloqueio, Ponto Estratégico, conforme ilustra a figura Figura 7.47: Atividades do Agente. 7.4 SisPNCD Esta seção apresenta a parte de visualização dos dados do SisPNCD. Como esta parte apenas permite o acesso visual aos dados importados do SisPNCD, o presente texto apenas ilustra uma das funcionalidades. Cabe reforçar que o motivo que justifica este tipo de procedimento diz respeito ao processo realizado pelo Setor de Endemias atualmente, e que é obrigatório conforme instrução do Ministério da Saúde. O Setor de Endemias deve utilizar o SisPNCD para cadastrar as informações da Ficha do Resumo Semanal do Serviço Antivetorial também conhecido como FAD e a Ficha de Resumo Diário de Aplicações a Ultra Baixo Volume (UBV). A ficha do FAD é utilizada nas atividades de Tratamento, Raio, LIRAa e Ponto Estratégico, a ficha do UBV é utilizada na atividade de Bloqueio, no sistema também estão cadastradas informações sobre as localidades, equipamentos, 86

100 veículos, produtos (inseticida, larvicida e etc...), atividades e quantidade de agentes vinculados ao setor. Para evitar que esses dados sejam digitados no SIGDENGUE WEB, assim duplicando o trabalho de digitação e para que não haja algum tipo de duplicidade no que se refere aos registros, adotou-se o critério de não permitir que esses cadastros sejam incluídos, alterados ou excluídos via SIGDENGUE. É importante notar que caso seja necessário realizar qualquer alteração nos dados deve ser realizada no próprio SisPNCD e posteriormente importados para o SIGDEN- GUE. A importação do dados do SisPNCD atualmente é feita manualmente via exportação de dados no formato DBF do SisPNCD e importados para a base de dados do SIGDENGUE utilizando o software Shapefile and DBF Loader Exporter. Localidades do SisPNCD: Funcionalidade que lista todas as localidades do SisPNCD cadastradas no sistema. Esta lista contém os seguintes atributos: código da localidade, o nome e um botão para visualizar a localidade, conforme ilustra a figura Figura 7.48: Localidades do SisPNCD. 87

101 7.5 Relatórios Esta seção apresenta a parte de extração e visualização dos dados do SIGDENGUE WEB, que é composta por relatórios gerenciais e pela visualização em mapa Relatórios Gerenciais Atualmente há 4 tipos de relatórios: Relatório de casos suspeitos, de raios, bloqueios e a ficha individual do caso suspeito de dengue. A figura 7.49 ilustra a ficha individual do caso suspeito de dengue. Por exigüidade de tempo, para este trabalho apenas esses relatórios foram implementados e disponibilizados. Outros relatórios poderão/deverão ser disponibilizados conforme a necessidade dos usuários. 88

102 Figura 7.49: Ficha Individual de um Caso Suspeito de Dengue. 89

103 7.5.2 Visualização em Mapa Atualmente a visualização em mapa que corresponde à ação de ver no mapa pontos georreferenciados de interesse no âmbito do Setor de Endemias contempla 4 atividades: casos suspeitos, amostras laboratoriais, ponto estratégico e tratamento especial a imóvel. Neste trabalho foram criados ícones exclusivamente para o SIGDENGUE WEB, esses ícones são ilustrados na figura Figura 7.50: Ícones SIGDENGUE. Esta funcionalidade também apresenta alguns filtros, possibilitando o usuário a realização busca mais específicas. Há um conjunto de filtro para os casos suspeitos de dengue, amostras laboratoriais, pontos estratégicos e tratamentos especiais a imóveis. Caso Suspeito: É possível filtrar os casos de dengue por um determinado período de tempo, pela origem do caso (Autóctone ou Importado), pela situação final do casos (Positivo, Negativo, Inconclusivo e Descartado) e pelos casos que possuem notificação do SINAN caracterizado pelo campo dados oficiais; Amostras: É possível filtrar as amostras por um determinado período de tempo, pela atividade em que foram coletadas e pelo tipo de depósito em que foram encontradas; Pontos Estratégicos: É possível filtrar os pontos estratégicos que foram visitados em um determinado período de tempo; Tratamentos Especiais a Imóveis: É possível filtrar os tratamentos especiais a imóveis realizados em um determinado período de tempo. 90

104 A figura 7.51 ilustra um exemplo de visualização em mapa com as quatro atividades selecionadas, porém sem a utilização de filtros. Figura 7.51: Visualização em Mapa sem filtro. A figura 7.52 ilustra um exemplo de visualização em mapa do casos suspeitos filtrando por período, origem, situação final e dados oficiais. 91

105 Figura 7.52: Visualização em Casos de Dengue com filtro. 7.6 Usuários Esta seção apresenta a parte de gerenciamento de usuários do sistema. Cadastro de usuários: Funcionalidade que lista todos os usuários do sistema. Na parte superior da página encontram-se quatro botões, quatro para Adicionar, Editar, Desativar e Ativar usuário, note que o sistema não prove a exclusão de um usuário, isto porque é interesse que fique salvo as informações do usuário para histórico e futuramente para registro de logs de acesso. A figura 7.53 ilustra esta funcionalidade. 92

106 Figura 7.53: Cadastro de usuários. Formulário de Cadastro de Usuário: Este formulário contém as informações referentes aos usuário do sistema, bem como o nome, matrícula, local de trabalho, , nome de usuário, senha, nível de acesso e agente, lembrando que nem todo o usuário do sistema é um agente vinculado ao setor de endemias, como por exemplo, um acadêmico participante do projeto SIGDENGUE ou uma pessoa vinculada a prefeitura de cascavel que deseja ter acesso aos dados do sistema. A figura 7.54 ilustra este formulário. Figura 7.54: Formulário de Cadastro de Usuário. 93

107 Capítulo 8 Avaliação do SIGDENGUE WEB O SIGDENGUE WEB foi avaliado através de cinco formas distintas, apresentadas a seguir. 1. Confrontando o sistema desenvolvido com o especificado no documento de requisitos Os requisitos do Sistema foram apresentados no capítulo 6 e estão detalhados no Documento de Requisitos do Sistema [71]. O modelo projetado foi implementado atendendo os requisitos elicitados. Todas as funcionalidades foram validadas com o documento de requisitos. 2. Realizando testes funcionais no nível do desenvolvimento Previu-se que a implementação do sistema seria incremental e iterativa. Conforme o conceito da metodologia ágil [67], a cada iteração um conjunto de atividades eram desenvolvidas e posteriormente testadas pelo autor e pelo acadêmico Gabriel Sanches Silva, vinculado ao curso de Ciência da Computação da UNIOESTE - Cascavel e participante do projeto SIGDENGUE. 3. Avaliação do primeiro protótipo completo do SIGDENGUE A primeira avaliação do protótipo com o usuário aconteceu no dia 4 de setembro de Nesta ocasião, contou-se com a presença da supervisora de equipe Juliane de Fátima Rodrigues, da coordenadora do Setor de Endemias de Cascavel Leuzi Lemes de Oliveira da Rosa e do estagiário Eduardo Mezzomo. O Sistema foi apresentado a esta equipe como um todo, embora ainda como um protótipo, para a avaliação dos mesmo. Deste encontro surgiram algumas sugestões, listadas a seguir.

108 Alterar a quantidade de dígitos no campo do número do cartão SUS; Quanto a lista de sintomas, seria necessário fornecer alternativas para a questão do campo "outros sintomas". Quanto ao tratamento especial a imóveis, obter e analisar os formulários de denúncia e notificações. Essas sugestões foram atendidas. 4. Avaliação das funcionalidades do SIGDENGUE WEB por meio de entrevistas semiestruturadas com usuários do Sistema As entrevistas semi-estruturadas combinam perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. O pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao de uma conversa informal. É utilizada quando deseja-se obter o maior número possível de informações sobre determinado tema, segundo a visão do entrevistado, e também para obter um maior detalhamento do assunto em questão [77]. Esta avaliação foi realizada com dois usuários, a Juliane de Fátima Rodrigues e o Eduardo Mezzomo. O formulário da entrevista encontra-se no anexo 9.1, a seguir são apresentados os pontos relevantes desta entrevista. O sistema possui uma interface harmoniosa e fácil de usar, porém deve-se levar em conta que há agentes de saúde vinculados ao setor que não possuem conhecimento básico em informática, o que provavelmente irá dificultar o uso do sistema. Outra sugestão é colocar os sintomas na ordem da ficha do suspeito; Comentário: Esta dificuldade poderá ser superada através de treinamento que serão oferecidos aos agentes e demais parceiros; O sistema contempla todas as informações e atividades desenvolvidas pelo setor, faltando apenas a parte de Notificações; Comentário: O aual sistema não contempla as Notificações pois, este requisito foi identificado recentemente nos testes com o usuário. Esta funcionalidade deverá ser desenvolvida em outro trabalho futuro; 95

109 O acompanhamento da atividades dos agentes de saúde é de grande interesse para o setor, pois através deste será possível monitorar os acontecimentos do campo e tomar as devidas providências; A visualização em mapa e relatórios são de grande interesse, porém ainda encontrase limitada, várias sugestões sobre tipos de relatórios e visualização foram obtidas, bem como: Relatório de Casos Suspeitos filtrando os casos por (Autóctones, Importados, Inconclusivo, Descartados, Outros Municípios). Relatório de casos em que geraram o raio, mas que não foram realizados pelo campo. Relatório das Localidades que apresentam Casos de Dengue e a quantidade de casos que cada localidade possui. Relatórios das Localidades em que foram realizados o bloqueio e a quantidade bloqueios realizados em cada localidade. Comentário: Esses relatórios serão desenvolvidos em trabalhos futuros. 96

110 Capítulo 9 Considerações Finais e Trabalhos Futuros A dengue representa um grande problema de saúde pública. Devido a seu caráter epidêmico, além de prejudicar a saúde do indivíduo, ela também afeta a força de trabalho, o comparecimento escolar e a organização do atendimento à saúde de toda uma cidade, estado e até mesmo uma nação. Por isso o controle e combate à doença devem ser constante. No Brasil, a vigilância epidemiológica é responsável pelo controle e combate à dengue. Atualmente ela conta com cinco sistemas de computacionais para cadastrar e gerenciar as informações sobre dengue à nível nacional. Os sistemas utilizados são: SINAN, LIRAa, SISFAD e SisPNDC. As principais desvantagens desses sistemas são: 1. Os sistemas são antigos, desenvolvidos com ferramentas e linguagens obsoletas, com pouca documentação disponível e de acesso local, ou seja, os softwares não viabilizam acesso via internet, impossibilitando o acesso remoto e simultâneo ao sistema. Além disso esses sistemas possuem base de dados diferentes e não integradas. 2. Outro problema é que esses sistemas não foram desenvolvidos considerando aspectos de gestão e recursos humanos, tais como gerenciamento de atividades, gerenciamento de equipes, produtividade do agente e etc. Isso dificulta as atividades administrativas no âmbito do setor responsável competente. 3. Questões sobre interface e usabilidade não foram originalmente consideradas. 4. Não possuem base de dados georreferenciada, impossibilitando a localização precisa do

111 endereço, utilizada na exibição em mapas, além de uma série de outras funções geoespaciais que não são suportadas. O SIGDENGUE WEB foi projetado considerando as limitações identificadas nesses sistemas em vigilância epidemiológica, propondo um sistema via web, com uma base de dados georreferenciada, integrando todas as informações pertinentes sobre dengue em uma única base de dados, que pode ser acessada por diversos usuários simultaneamente, de forma rápida e fácil, além prover o gerenciamento das ações realizadas pelos agentes de saúde e as atividades desenvolvidas pelo setor competente no âmbito da dengue em Cascavel-PR. O georreferenciamento do SIGDENGUE WEB é uma contribuição bastante significativa, embora na avaliação realizada, provavelmente a noção operacional do seu potencial ainda não tenha sido efetivamente percebida pelos usuários, já que eles não estão acostumados com o uso desse tipo de recurso/possibilidade. O georreferenciamento permite identificar de maneira precisa os locais onde o suspeito de dengue atua (reside, trabalhar, estuda e etc...), possibilitando a visualização em mapa e pesquisas geoespaciais bem como a interseção entre Raios e Bloqueios, a distância geográfica entre dois casos suspeitos, os casos suspeitos pertencentes a uma determinada região, dentre outros. O objetivo geral deste trabalho foi o de especificar, desenvolver, testar e avaliar um Sistema de Informação Georreferenciado via web para Aquisição, Manipulação e Tratamento de Dados sobre a Dengue. Neste sentido, ao longo do presente texto se pretendeu mostrar que este objetivo foi alcançado. A utilização do SIGDENGUE WEB proporcionará o acesso as informações de maneira rápida, fácil e de melhor compreensão da doença como um todo através da visualização em mapa, assim subsidiando e agilizando as tomadas de decisões no combate e controle da dengue em Cascavel-PR. Note-se que é de suma importância que as ações de combate e controle ao vetor sejam definidas e realizadas no menor espaço de tempo possível, para que casos isolados de dengue não se tornem causa inicial de uma epidemia da doença. O resultado final deste trabalho é a consolidação da primeira versão do SIGDENGUE WEB para a utilização pelo usuário final. Quanto às funcionalidades, todas estão descritas no Documento de Requisitos do Sistema [71]. Apenas duas funcionalidades inicialmente previstas não foram implementadas e devidamente testadas: a captura dos dados do SisPNCD e o armazena- 98

112 mento dos dados do dispositivo móvel, conforme ilustra a figura 9.1. Figura 9.1: Formulário de Cadastro de Usuário. A captura dos dados do SisPNCD está sendo realizada manualmente. No entanto, inicialmente se previu uma rotina automatizada para esta função. Porém, o sistema encontra-se em um servidor Windows na UNIOESTE, sendo que futuramente será implantado em um servidor Linux na Prefeitura Municipal de Cascavel, o que inviabiliza o desenvolvimento desta funcionalidade neste momento, pois questões técnicas a respeito do servidor e da infraestrutura da rede de computadores daquela instituição devem ser analisados cuidadosamente. Portanto, esta funcionalidade deverá ser desenvolvida em um trabalho futuro. 99

113 Quanto ao armazenamento dos dados do dispositivo móvel, esta funcionalidade não foi desenvolvida pois depende da comunicação entre servidor e dispositivo móvel, cujo requisito pertencente ao trabalho referente a parte externa do SIGDENGUE WEB, atualmente sendo desenvolvida em um Trabalho de Conclusão paralelo ao presente. 9.1 Trabalhos Futuros Nesta seção são sugeridos trabalhos futuros, indicando necessidades e possibilidades relevantes ao Sistema que merecem desenvolvimento ou continuidade. A interface com o usuário do sistema deve ser estudada tecnicamente a partir de uma análise sobre a usabilidade e acessibilidade. Um estudo sobre a performance e desempenho do sistema deve ser realizado, uma vez que a quantidade de dados e o número de acessos simultâneos ao sistema através da internet ou de dispositivos móveis provavelmente será intenso mas neste momento, não sabido. Avaliar o sistema considerando as orientações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos através do Relatório de Diretrizes atualizadas para avaliação de sistemas de vigilância em saúde pública [78]. Este documento tem como objetivo avaliar sistemas de vigilância em saúde pública objetivando assegurar que os problemas de importância em saúde pública estejam sendo monitorados de forma eficiente e eficaz. Desenvolver novos tipos de relatórios, visualizações em mapas e realizar ajustes às funcionalidades já existentes de acordo com as necessidades do setor de Endemias de Cascavel - PR. Realizar um estudo para efetuar a implantação do sistema diretamente no servidor da Prefeitura Municipal de Cascavel. Realizar treinamentos e acompanhar o uso do sistema pelos agentes de saúde vinculados ao Setor de Endemias do município e outros parceiros. Integrar e testar o módulo externo ao SIGDENGUE WEB. 100

114 Desenvolver e incorporar ao SIGDENGUE WEB os demais módulos do projeto SIG- DENGUE, o módulo de simulação e o módulo de geoestatística. 101

115 Apêndice A: Formulários da Vigilância Epidemiológia Figura 2: Formulário do Registro Diário do Serviço Antivetorial (Frente).

116 Figura 3: Formulário do Registro Diário do Serviço Antivetorial (Verso). 103

117 Figura 4: Formulário do Registro Semanal do Serviço Antivetorial. 104

118 Figura 5: Ficha de Investigação (Frente). 105

119 Figura 6: Ficha de Investigação (Verso). 106

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