A CONTRIBUIÇÃO DO MODELO GRI PARA EVOLUÇÃO DO RELATO DE SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS: ESTUDO DE CASO DA NATURA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A CONTRIBUIÇÃO DO MODELO GRI PARA EVOLUÇÃO DO RELATO DE SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS: ESTUDO DE CASO DA NATURA"

Transcrição

1 5, 6 e 7 de Agosto de 2010 ISSN A CONTRIBUIÇÃO DO MODELO GRI PARA EVOLUÇÃO DO RELATO DE SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS: ESTUDO DE CASO DA NATURA Patricia Moreira dos Santos (UFF) patricia.moreira@oi.com.br Este trabalho apresenta a metodologia de elaboração de relatórios de sustentabilidade da Global Reporting Initiative (GRI). Este modelo de relato vem se destacando internacionalmente por possibilitar a padronização das informações, facilitaando a análise e a comparabilidade do desempenho das organizações. A partir do estudo de caso da Natura, foi avaliada a qualidade do conteúdo de quatro relatórios de sustentabilidade da empresa, publicados no período de sete anos. Como critérios de análise foram utilizados os princípios para definição de conteúdo e de qualidade das diretrizes GRI e seis temas-chave relacionados à sustentabilidade, como governança, formas de gestão e dimensões econômica, ambiental e social. O estudo comparativo apontou os aspectos que evoluíram nos relatos da Natura e aqueles que ainda precisam ser aperfeiçoados. Palavras-chaves: Relatório de sustentabilidade. GRI. Evolução do relato

2 1 Introdução Os relatórios de sustentabilidade têm se tornado, cada vez mais, uma importante ferramenta de gestão e de comunicação das práticas sociais, ambientais e econômicas das empresas. Atualmente, mais de relatórios são publicados anualmente por empresas de todo o mundo, incluídas mais de 80% da relação da revista Fortune 250. Enquanto esses números se mantêm estáveis na Europa, Oceania e América do Norte, observa-se um crescimento significativo nos países em desenvolvimento (SUSTAINABILITY/FBDS E UNEP, 2008). No Brasil, a publicação de relatórios de sustentabilidade também vem aumentando. Em 2006, foram publicados 18 relatórios no modelo da organização não-governamental Global Reporting Initiative (GRI). Já em 2009, esse número chegou a Entre os fatores apontados para a valorização desse tipo de prestação de contas das organizações brasileiras, destacam-se: o crescimento expressivo na quantidade de empresas que abriram seu capital, a criação do índice de sustentabilidade da Bovespa (ISE), a participação de investidores estrangeiros em empresas brasileiras e a disseminação das diretrizes da GRI (SUSTAINABILITY/FBDS E UNEP, 2008). Cabe destacar que tão importante quanto o aumento do número de relatórios, verificase a melhoria da sua qualidade. Os relatórios brasileiros estão sendo reconhecidos internacionalmente, recebendo inclusive prêmios como o GRI Reader s Choice. Em 2008, receberam essa premiação e menções especiais, o Banco do Brasil, Banco Real, Natura, Petrobras e Usiminas, sendo que a Petrobras foi a vencedora na categoria melhor relatório. Nesse cenário, pode-se afirmar que os relatórios de sustentabilidade conquistaram um espaço significativo no meio social e corporativo. Conforme apontado pela KPMG e SustainAbility no Relatório da Pesquisa GRI Reader s Choice (2008, p.10): O relatório fortalece a reputação organizacional ou a compromete? A esse respeito, os resultados da pesquisa são muito consistentes. No total, 90% dos leitores disseram que sua percepção sobre a empresa foi influenciada pelo 1 Dados disponíveis no site da GRI ( em Reports List. Acesso em 20 de março de

3 relatório de sustentabilidade. Desses, 85% desenvolveram uma opinião mais favorável sobre a organização. O principal objetivo da Pesquisa GRI Reader s Choice foi justamente apresentar as conclusões e análises do primeiro estudo realizado com leitores de relatórios de sustentabilidade. Até então, as investigações procuravam apontar e chegar a um consenso sobre o que constitui um relatório de qualidade, sem levar em consideração a opinião dos leitores. Conduzida entre outubro de 2007 e janeiro de 2008, a Pesquisa Readers Choice entrevistou leitores e não leitores de todo o mundo. A transparência, a qualidade do conteúdo e a relevância das questões abordadas nos relatórios de sustentabilidade são fundamentais para a sua credibilidade. As informações disponibilizadas por meio desse relato geram um compromisso da organização com os seus stakeholders. Desse modo, independente das razões que levam à leitura dos relatórios de sustentabilidade seja desde a curiosidade de conhecer a história da empresa, até acompanhar a evolução dos investimentos sociais estes estão sendo cada vez mais utilizados pelos stakeholders para tomadas de decisão. Fatores como a maior consciência da sociedade a respeito dos temas relacionados à sustentabilidade, em especial as questões como mudanças climáticas e direitos humanos, também colaboram para que os relatórios de sustentabilidade se tornem um meio de comunicação fundamental (KPMG e SustainAbility, 2008). 2 Objetivo Geral O objetivo geral dessa pesquisa é verificar, por meio do estudo de caso de uma empresa líder em sustentabilidade, a evolução da qualidade do conteúdo dos seus relatórios com base nos Princípios para Definição do Conteúdo e de Qualidade estabelecidos nas diretrizes da GRI e também sob a luz de alguns temas-chave da sustentabilidade, como governança, formas de gestão e dimensões econômica, ambiental e social. 3 Questões-problema 3

4 A metodologia de relato da GRI é uma forma eficaz de demonstrar as ações de sustentabilidade das organizações? O texto dos relatórios da Natura atende aos Princípios para Definição de Conteúdo e de Qualidade das diretrizes estabelecidas pela GRI? O conteúdo dos relatórios da Natura, sob o ponto de vista da qualidade, apresentou evolução? É possível perceber por meio dos relatórios um avanço da organização no tratamento de temas como governança, formas de gestão e dimensões econômica, ambiental e social? 4 O Modelo GRI como ferramenta de gestão A Global Reporting Initiative (GRI) é uma ampla rede multistakeholder composta por milhares de especialistas de dezenas de países em todo o mundo. A organização surgiu em 1997, de uma parceria entre a Ceres (Coalition for Environmentally Responsible Economies) e o Programa Ambiental das Nações Unidas. Em 2002, a GRI foi constituída como organização independente sem fins lucrativos em Amsterdã, Holanda. Desde a sua criação, a GRI tem trabalhado para orientar as organizações que estejam elaborando relatórios, a descrever e a articular melhor suas contribuições em direção ao desenvolvimento sustentável. A tendência atual é que um número cada vez maior de empresas, no mundo todo, adote o padrão internacional de relatório da GRI, permitindo uma padronização que facilite a análise e a comparabilidade do desempenho das empresas. Em 2009, mais de 1300 organizações em mais de 60 países declararam usar o modelo de relatório da GRI (GRI, 2010b; CLAUDIA PESTANA et al, 2008). Para a GRI (2010a), o termo Relatório de Sustentabilidade é sinônimo de relatório cidadão, relatório social, baseado no princípio do triple bottom line, que engloba as dimensões social, ambiental e econômica. Para as organizações relatoras, a estrutura de relatórios da GRI fornece ferramentas para: gestão, maior comparabilidade e redução de custos em sustentabilidade, fortalecimento da marca e da reputação, diferenciação no mercado, proteção contra desgaste da marca resultante das ações de fornecedores ou da concorrência, networking e comunicações (GRI, 2010a). 4

5 5 A aplicação do GRI nos relatórios brasileiros A adesão das empresas brasileiras ao modelo de relatório de sustentabilidade da GRI vem crescendo anualmente. Para avaliar a qualidade destes relatórios, o programa Global Reporters ao realizar sua oitava pesquisa global, decidiu incluir também a primeira nacional. O estudo Rumo à Credibilidade: uma pesquisa de relatórios de sustentabilidade no Brasil, publicado em 2008, foi conduzido pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) em parceria com a SustainAbility e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Inicialmente foram selecionadas 76 empresas brasileiras que publicam relatórios de sustentabilidade. A qualidade destes relatórios foi avaliada a partir de um conjunto de critérios extraídos da metodologia do programa Global Reporters, resultando na seleção de 28 relatórios. Coube ao Conselho Consultivo do projeto a escolha dos dez relatórios que seriam objeto do estudo, denominados os Top 10, mostrado no Quadro 2, a seguir. Segundo a SustainAbility/FBDS e UNEP (2008), a decisão de definir a amostra em dez relatórios, partiu das premissas de que este universo representa mais de 10% dos relatórios publicados no país e uma amostra muito ampla poderia acabar englobando relatórios de qualidade inferior. Dentre as empresas que estão no ranking, metade tem origem de capital nacional, uma parte é subsidiária multinacional e há ainda três que são concessionárias de energia elétrica. Nossa meta é contribuir com análises rigorosas que estimulem o debate e incentivem as melhores práticas de sustentabilidade no Brasil. Em última instância, nosso objetivo é promover uma visão participativa da agenda de Responsabilidade Corporativa e transparência no Brasil, bem como reconhecer as lideranças neste campo (SUSTAINABILITY/FBDS E UNEP, 2008, p.1). Os Top 10 Empresa Setor de Atividade Ano do Pontuação relatório % 1 Natura Higiene e beleza Suzano Petroquímica Petroquímica Ampla Concessionária de energia elétrica Coelce Concessionária de energia elétrica

6 5 Banco Real Serviços financeiros Energias do Brasil Concessionária de energia elétrica Sabesp Concessionária de água e saneamento Bunge Agronegócios Celulose Irani Papel e celulose Banco Itaú Serviços financeiros Quadro 1 Fonte: Adaptado de SustainAbility/FBDS e UNEP (2008) Todos os relatórios do Top 10 adotam as Diretrizes G3 da GRI e a maioria utiliza alguma ferramenta de verificação externa, como forma de fortalecer a credibilidade do processo. O estudo identificou pontos positivos e negativos nos relatos. Entre os aspectos considerados relevantes destacam-se a maneira como as empresas articulam o compromisso com a sustentabilidade e como esta contribui para catalisar crescimento e sucesso. Já entre os pontos fracos estão a necessidade de aprofundar o valor estratégico dos relatórios, demonstrando como a sustentabilidade permeia os negócios. Dentre as falhas encontradas, cabe destacar a ausência de: governança, materialidade, metas, conteúdo equilibrado, engajamento das partes interessadas e utilização de websites (SUSTAINABILITY/FBDS E UNEP, 2008). No que diz respeito ao envolvimento dos stakeholders, a pesquisa Conte Comigo A opinião dos leitores sobre os relatórios de sustentabilidade, realizada pelo Programa GRI Reader s Choice, em parceria com a KPMG e SustainAbility, em 2008, traz dados semelhantes ao estudo da SustainAbility/FBDS e UNEP. Da amostra de leitores entrevistados, 90% apontaram que gostariam que as empresas descrevessem como e quem se envolveu na elaboração dos relatórios. Para o público leitor o processo de seleção de temas precisa ser cada vez mais profissional. De acordo com a KPMG e SustainAbility (2008, p.15): As empresas que ainda não iniciaram o processo sistêmico de seleção de temas materiais, de maneira a incluir, dentre outros elementos, o engajamento transparente de seus stakeholders, podem considerar este como um ponto a ser aprimorado a curto prazo. 6

7 O desafio das empresas de incorporar práticas sustentáveis aos seus negócios apareceu como um aspecto primordial na pesquisa da SustainAbility/FBDS e UNEP (2008). Metade dos Top 10 recebeu nota zero no critério Desafios de implementação do desenvolvimento sustentável, que avalia como a empresa relatora descreve os desafios, trade-offs e barreiras para atingir o desenvolvimento sustentável. A ausência quase total de transparência nos desafios de implementação provavelmente faz com que os leitores concluam que os relatórios apresentam um quadro desequilibrado da evolução para a sustentabilidade. Para o aperfeiçoamento dos relatórios de sustentabilidade no Brasil e para que sejam considerados confiáveis pelos leitores o tratamento dos tradeoffs e das dificuldades deverá ser aprimorado no futuro (SUSTAINABILITY/FBDS E UNEP, 2008, p.14). A pesquisa Rumo à Credibilidade traz o questionamento: a prática de publicar relatórios de sustentabilidade resultou em maior transparência por parte das empresas e trouxe mudanças expressivas? Segundo o estudo, a resposta é sim, com a ressalva de que os relatórios de sustentabilidade ainda precisam se aprimorar. As três grandes críticas aos relatórios que ouvimos são: (1) os relatórios não são lidos; (2) seu principal objetivo é a gestão da reputação (logo, os mesmos carecem de credibilidade); e (3) talvez eles auxiliem a direcionar estratégia e desempenho, porém deveria ser ao contrário (SUSTAINABILITY/FBDS E UNEP, 2008, p.28). Para a SustaintAbility/FBDS e UNEP a gestão do desempenho da sustentabilidade no futuro será mais estratégica e valiosa, diferente do processo de apenas comunicar externamente a sua evolução. 6 Metodologia A metodologia desta pesquisa utilizou a investigação avaliativa exploratória, devido ao pouco conhecimento acumulado e sistematizado do tema e na pesquisa bibliográfica, que segundo Vergara (2009), baseia-se em material acessível ao público em geral. Foram fontes primárias os relatórios de sustentabilidade da Natura, disponibilizados no site da empresa, além das informações divulgadas pelas organizações que são referências na temática da responsabilidade social corporativa, como a Global Reporting Initiative (GRI), Instituto Ethos, SustainAbility, Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) e Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). 7

8 Para complementar o estudo buscou-se bibliografia relacionada ao desenvolvimento da responsabilidade social no Brasil e no mundo e pesquisas e estudos elaborados pelas organizações citadas acima. A escolha da empresa Natura para o estudo de caso teve como referência a publicação Rumo à Credibilidade: uma pesquisa de relatórios de sustentabilidade no Brasil, realizada pelo programa Global Reporters, com apoio da SustainAbility, Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A referida pesquisa apresentou um levantamento objetivo das melhores práticas de reporte e transparência, por meio de uma rigorosa análise de dez relatórios brasileiros considerados líderes. Desse modo, baseando-se em um conjunto de indicadores, foi apontado um ranking dos melhores relatórios de sustentabilidade, no qual a Natura ficou em primeiro lugar. Foram objeto de análise deste estudo os relatórios de sustentabilidade da Natura publicados nos anos de 2001, 2003, 2005 e Para verificar se o conteúdo dos relatórios segue os Princípios para Definição de Conteúdo e de Qualidade das diretrizes GRI, foram estabelecidos como critérios de análise os próprios itens de avaliação que compõe os princípios. Com base nos Princípios para Definição do Conteúdo e da Qualidade das diretrizes GRI, foi elaborada uma matriz com alguns dos testes sugeridos para cada princípio. Essa matriz foi aplicada nos relatórios escolhidos para este estudo, com a sinalização do nível de atendimento (total, parcial ou nulo) para cada item. Princípio Equilíbrio Comparabilidade Teste O relatório divulga resultados e temas tanto favoráveis quanto desfavoráveis As informações são apresentadas num formato que permite aos usuários ver tendências positivas e negativas no desempenho de ano para ano A ênfase em diferentes temas do relatório é proporcional à sua materialidade O relatório e as informações nele contidas podem ser comparados de um ano para outro O desempenho da organização pode ser comparado com padrões de referência (benchmarks) apropriados Qualquer variação significativa entre relatórios com respeito a limite, escopo, duração do período analisado ou informações cobertas pode ser identificada e explicada 8

9 Exatidão Periodicidade Clareza Confiabilidade Materialidade Stakeholders Contexto da Sustentabilidade Abrangência O relatório indica quais dados foram medidos As técnicas de medição de dados e as bases de cálculo são descritas adequadamente e podem ser reproduzidas com resultados semelhantes O relatório indica quais dados foram estimados e que hipóteses e técnicas foram usadas na elaboração dessas estimativas ou onde as informações podem ser encontradas A coleta e a divulgação das informações fundamentais sobre o desempenho são compatíveis com o cronograma dos relatórios de sustentabilidade As informações constantes no relatório (incluindo os informes publicados via internet) mostram claramente o período de tempo a que se referem, quando serão atualizadas e quando foram feitas as últimas atualizações O relatório contém o nível necessário de informações para atender às expectativas dos stakeholders, mas evita detalhes excessivos e desnecessários Os stakeholders podem encontrar as informações específicas que desejam sem demasiado esforço, por meio de índices, mapas, links ou outras ferramentas O relatório evita vocabulário técnico, siglas, jargões e outros termos que tendem a ser pouco conhecidos pelos stakeholders e inclui explicações (quando necessário) na seção em questão ou num glossário A abrangência da verificação externa está identificada Na definição de temas relevantes, são considerados os principais interesses/temas e indicadores de sustentabilidade levantados pelos stakeholders Na definição de temas relevantes, são considerados os principais temas e futuros desafios do setor relatados por pares e pela concorrência Na definição de temas relevantes, são considerados os principais valores, políticas e estratégias organizacionais, sistemas de gestão operacional, objetivos e metas O conteúdo do relatório utiliza os resultados dos processos de engajamento dos stakeholders usados pela organização em suas atividades contínuas, conforme exigido pela estrutura legal e institucional dentro da qual ela opera O conteúdo do relatório utiliza os resultados de quaisquer processos de engajamento de stakeholders empreendidos especificamente para sua confecção A organização apresenta seu entendimento de desenvolvimento sustentável e utiliza as melhores informações e medidas de desenvolvimento sustentável disponíveis para os temas abordados no relatório A organização apresenta seu desempenho de modo a comunicar a magnitude de seu impacto e sua contribuição em contextos geográficos apropriados O relatório descreve como os temas de sustentabilidade se relacionam com a estratégia, riscos e oportunidades de longo prazo da organização, incluindo temas da cadeia de suprimentos As informações no relatório incluem todas as ações ou eventos significativos no período coberto e estimativas de impactos futuros expressivos de eventos passados, quando estes são razoavelmente previsíveis e podem se tornar inevitáveis ou irreversíveis Quadro 02 Fonte: Dados extraídos da Diretrizes para Relatório de Sustentabilidade (2006, p.8-17)). Os relatórios da Natura, objetos de análise deste estudo, também foram avaliados de acordo com alguns tópicos relevantes da sustentabilidade, como governança, formas de gestão 9

10 e dimensões econômica, ambiental e social. Para isso foi montado um quadro denominado Temas-chave contendo seis perguntas extraídas das diretrizes da GRI que foram classificados de acordo o nível de atendimento (alto, médio, baixo ou nulo). As questões avaliadas foram: Em relação à governança corporativa, o relatório a apresenta declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social da organização, assim como o estágio de sua implementação? A forma de gestão da organização demonstra no relatório seu comprometimento com as questões econômicas, ambientais e sociais? No relato dos indicadores de desempenho, a organização apresenta informações relativas ao período coberto pelo relatório e a pelo menos dois períodos anteriores, bem como às metas futuras, estabelecidas para curto e médio prazo? Em relação à dimensão econômica, o relatório fornece um relato conciso do desempenho financeiro da organização, assim como sua presença no mercado e impactos econômicos indiretos? Em relação à dimensão ambiental, o relatório apresenta a abordagem de gestão da organização, considerando seus impactos no meio ambiente (materiais, água, energia, biodiversidade, emissões, efluentes e resíduos, transporte etc)? Em relação ao desempenho social, o relatório fornece informações relativas aos impactos da organização nos sistemas sociais nos quais opera, considerando suas práticas trabalhistas, direitos humanos, sociedade e responsabilidade pelo produto? (GRI, 2006, pags.19 a 30). Cabe destacar que este estudo analisou os quatro relatórios da Natura conforme as diretrizes G3 da GRI que só foram lançadas em Portanto, os relatórios da Natura de 2001, 2003 e 2005 seguiram as recomendações da versão GRI Conforme já descrito nesta pesquisa, na GRI G3 novos aspectos foram introduzidos. 7 Estudo de caso Em setembro de 2009, a Natura completou 40 anos de existência. Líder no Brasil no mercado de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal, mantém um modelo de negócios pela venda direta, que busca a criação de valor sustentável por meio da construção de relações de qualidade com a sociedade. Além do Brasil, também está presente na França e em outros sete 10

11 países da América Latina: Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Venezuela e México, além da Bolívia, onde atua via distribuidor local. Desde 2004, tornou-se uma companhia de capital aberto, com ações listadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). Pelo terceiro ano consecutivo faz parte da lista de empresas que integram o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa. Somadas todas as operações, conta com colaboradores diretos. Além disso, possui cerca de 850 mil consultoras e consultores, que integram o sistema de venda direta. A empresa destaca que sua razão de ser é: criar e comercializar produtos e serviços que promovam o Bem-Estar/Estar Bem. Bem-Estar é a relação harmoniosa, agradável, do indivíduo consigo mesmo, com seu corpo. Estar Bem é a relação empática, bem-sucedida, prazerosa, do indivíduo com o outro, com a natureza da qual faz parte e com o todo (NATURA, 2010a). Em 2000, a Natura publicou o relatório anual de Responsabilidade Corporativa, adotando as diretrizes da Global Reporting Initiative. Foi a primeira empresa brasileira a utilizar a metodologia da GRI. Com periodicidade de relato anual, todos os demais relatórios publicados pela empresa até 2008, seguiram o modelo GRI. Com essa expertise adquirida, como já descrito neste estudo, a Natura conquistou o primeiro lugar no ranking dos melhores relatórios de sustentabilidade, do estudo Rumo à Credibilidade: uma pesquisa de relatórios de sustentabilidade no Brasil, realizada pelo programa Global Reporters, com apoio da SustainAbility, FBDS e UNEP. Além disso, a Natura é uma organização stakeholder da GRI e apoia a missão da organização de desenvolver diretrizes globalmente aceitas para relatórios de sustentabilidade por meio do engajamento das partes interessadas. 7.1 Uma visão geral dos relatos A análise dos temas-chave evidenciou o bom nível de comprometimento da Natura com a questão da sustentabilidade. A maioria dos itens apresentou nível de atendimento alto e médio, não tendo sido constatado nível nulo. Percebe-se uma evolução do relato. No que diz respeito à governança corporativa todos os relatórios analisados apresentaram declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social. A empresa subscreve o Pacto Global e também é signatária dos seguintes documentos: 11

12 Códigos para relacionamentos com consumidores, com vendedores e entre empresas, da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD); Código de Conduta de Venda direta Diante dos Consumidores, que segue o modelo proposto pela World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA); Código de Boas Práticas Comerciais da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), e do Sindicato da Indústria de Perfumarias e Artigos de Toucador no Estado de São Paulo, (Sipatesp); Estatuto da Criança e do Adolescente, tendo, inclusive, transformado seus preceitos em cláusulas nos contratos com os fornecedores. Além disso, a Natura é filiada à Fundação Abrinq, organização não-governamental de defesa dos direitos das crianças, da qual recebeu o selo Empresa Amiga da Criança, e Associada ao Instituto Ethos, adotando integralmente a sua Carta de Princípios. Todos os relatórios abordaram no capítulo de governança a formação do Conselho de Administração e apresentaram a diretoria executiva da empresa. Segundo a GRI (2006) as informações sobre a forma de gestão correspondem aos dados cujo objetivo é explicitar o contexto no qual deve ser interpretado o desempenho da organização em uma área específica. Nesse item, também classificado como um tema-chave por este estudo, a Natura apresentou em todos os relatórios analisados seu comprometimento com as questões econômicas, sociais e ambientais, sendo que este relato foi aprimorado a partir do relatório de As evidências desse compromisso da empresa foram verificadas por meio do relato dos seus indicadores econômicos, sociais e ambientais e das políticas e projetos adotados pela Natura. O Projeto Biodiversidade é um exemplo de como a Natura lida com a gestão do meio ambiente. A iniciativa, apresentada no relatório de 2001, foi desenvolvida para estruturar e gerenciar os planos e metas sobre o uso sustentável de ativos da flora brasileira. Outra ação destacada neste relatório foi a criação do Comitê Científico da Biodiversidade, com o objetivo de conduzir o estudo e a organização do conhecimento sobre o tema e fornecer subsídios técnicos para a tomada de decisões. Quanto ao relato dos indicadores de desempenho, esse estudo avaliou se a organização apresentava informações relativas ao período coberto pelo relatório e a pelo menos dois 12

13 períodos anteriores, bem como às metas futuras, estabelecidas para curto e médio prazo. Observou-se que os relatórios avaliados apresentaram de forma clara o período do relato, além de quadros e gráficos com dados dos anos anteriores. Todos os relatórios mostraram as metas da empresa, fazendo, inclusive, referências aos compromissos do relatório do ano anterior, apontando seu cumprimento ou não. Entretanto, os relatórios de 2005 e 2007 apresentaram um nível de detalhamento superior aos relatórios de 2001 e Em relação à dimensão econômica, verificou-se se os relatórios forneciam um relato conciso do desempenho financeiro da organização, assim como sua presença no mercado e impactos econômicos indiretos. O relatório de 2001 foi o único que não atendeu a este tópico, pois não foi localizado no referido relato as informações relacionadas aos impactos indiretos. No relatório de 2003, a Natura destacou que um dos impactos econômicos indiretos mais relevantes produzidos pela empresa, foi a riqueza gerada para as Consultoras Natura, que naquele ano correspondiam a cerca de 355 mil. Outro impacto econômico indireto demonstrado foi a geração de riquezas para outros públicos, como colaboradores, acionistas e governo. Assim como observado nos itens anteriores, essa informação foi melhor detalhada nos relatórios de 2005 e No que se refere à dimensão ambiental, este estudo avaliou se os relatórios apresentavam a abordagem de gestão da organização, considerando seus impactos no meio ambiente (materiais, água, energia, biodiversidade, emissões, efluentes e resíduos, transporte etc). Todos os relatórios analisados destacavam essas informações na forma de tabelas comparativas com os anos anteriores, e o desenvolvimento de ações e políticas em prol do meio ambiente. A partir de 2005, nota-se um maior empenho da empresa com as questões ambientais, como por exemplo a criação do Sistema Integrado Normativo Natura (SINN), que ajudaria os colaboradores a desenvolver suas atividades diárias com atenção ao compromisso da empresa com a qualidade de produtos e serviços e também com o meio ambiente. De acordo com o relato, SINN agregava conceitos desenvolvidos com base nas normas NBR ISO 9001:2000 e NBR ISO 14001:2004 e dos critérios de excelência da Fundação Nacional da Qualidade, além das melhores práticas do mercado. Outra ação, destacada no relatório de 2005 foi o trabalho realizado pela Gerência do Modelo de Impacto Ambiental, criada em 2004, com o objetivo de conduzir projetos para 13

14 determinar e avaliar os maiores impactos ambientais dos produtos. Cabia a esta gerência também o acompanhamento de todos os indicadores relacionados aos impactos. No relatório de 2007, a Natura apresentou um programa, denominado pela empresa como ambicioso e inovador, que foi o Programa Carbono Neutro, destinado a reduzir e a compensar as emissões de gases do efeito estufa (GEE) da empresa. Além de controlar as emissões das fábricas e dos processos, a meta era reduzir as emissões ao longo de toda a cadeia produtiva, até o descarte final dos produtos, envolvendo também os fornecedores. O relatório destacou que a meta de concluir o inventário foi atingida e que os produtos seriam carbono neutro a partir da compensação das emissões, que teria início em Sobre o desempenho social, último item dos temas-chave avaliados por este estudo, constatou-se que os quatro relatórios forneciam informações relativas aos impactos da organização nos sistemas sociais nos quais opera, considerando suas práticas trabalhistas, direitos humanos, sociedade e responsabilidade pelo produto. A Natura ressaltou em todos os relatórios analisados que suas políticas e práticas de gestão seguem os princípios estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, como o da liberdade e igualdade dos seres humanos, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, origem étnica ou social. Além disso, as políticas e práticas como a Política de Gestão de Pessoas, Política de Recrutamento e Seleção, Política de Educação e Aprendizagem, Política de Remuneração e a Política de Ambiente de Trabalho contemplam ainda o direito à vida, à liberdade, à segurança pessoal, coibindo o trabalho infantil e garantindo a liberdade de reunião e associação. Outro procedimento, destacado nos relatórios é o respeito à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Conforme informado no relatório de 2003, a Natura incluiu nas suas normas e procedimentos considerações sobre a contratação de prestadores de serviços e terceiros, exigindo que o vínculo empregatício dos colaboradores da contratada esteja perfeita e legalmente registrado, de acordo com a CLT. Em relação aos contratos com fornecedores, a empresa também possui cláusulas específicas quanto à proibição do trabalho infantil. Já sobre a temática dos direitos humanos foi incorporada na estratégia e nos Sistemas de Gestão da empresa. No relatório de 2001, a Natura destacou seu avanço na incorporação formal dos Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial como parte da avaliação interna, 14

15 que é uma das etapas da atualização do Planejamento Estratégico. Segundo o relato, foi aberto no planejamento um capítulo específico para as metas e objetivos relacionados com a responsabilidade social, a serem cumpridos pela área de Assuntos Corporativos. Entre as metas estavam: diversificação de canais de participação social internos e externos; divulgação da política de investimentos institucionais da Natura; incorporação dos princípios de responsabilidade social corporativa nos planos de negócios; a formação de lideranças; entre outras. Entre os compromissos assumidos no relatório de 2007 estavam o de publicar, em 2008, a política sobre lobby e os princípios de relacionamento com o governo. Além disso, apresentava o programa BioQlicar para as comunidades fornecedoras dos ativos da biodiversidade. Seu objetivo é realizar um diagnóstico das comunidades fornecedoras, estabelecendo indicadores para monitoramento e identificando oportunidade de melhoria da cadeia de fornecimento, considerando aspectos de sustentabilidade. 8 Resultados e discussão A matriz dos Princípios para Definição de Conteúdo e de Qualidade do Relatório baseada nos testes sugeridos pela GRI demonstrou que de um modo geral os quatro relatórios de sustentabilidade da Natura contemplaram a maioria dos princípios de forma total ou parcial. Poucos itens apresentaram nível de atendimento nulo. Além disso, foi possível observar a evolução de alguns tópicos no período de tempo coberto por este estudo. Na análise do princípio Equilíbrio verificou-se nos quatro relatórios a maior ênfase para as notícias positivas. O único relatório que apresentou de forma explícita informações sobre situações negativas a serem enfrentadas pela empresa foi o de 2005, no capítulo denominado Desafios. Todos os relatórios apresentaram atendimento total ao princípio Comparabilidade. As informações podem ser comparadas de um ano para outro, assim como o desempenho da organização pode ser comparado com padrões de referência (benchmarks) apropriados, embora os relatórios não tragam essa informação. Além disso, os relatórios deixavam de forma clara qual eram o escopo do relato e o período analisado, procurando sempre explicar qualquer alteração dessa natureza. 15

16 Em relação ao princípio Exatidão, o relatório de 2001 não atendeu a dois itens. Não foram descritas adequadamente as técnicas de medição de dados e as bases de cálculo, nem se poderiam ser reproduzidas com resultados semelhantes e não foram indicados quais dados foram estimados e que hipóteses e técnicas foram usadas na elaboração dessas estimativas ou onde as informações poderiam ser encontradas. Já nos relatórios de 2003, 2005 e 2007 essas questões foram totalmente atendidas. Os princípios Periodicidade e Clareza foram atendidos totalmente nos quatros relatórios avaliados. Os relatórios são publicados anualmente e a linguagem e apresentação das informações são objetivas, de fácil entendimento, com o uso de muitos elementos gráficos para facilitar a compreensão dos dados. Quanto à identificação da abrangência da verificação externa princípio da Confiabilidade os relatórios de 2001 e 2003 não obtiveram avaliação externa. O relatório de 2005 apresentou parecer da auditoria externa feita pela Deloitte Touche Tohmatsu, mas apenas para as demonstrações contábeis (balanços patrimoniais). Já o relatório de 2007 contou com a verificação externa da Deloitte Touche Tohmatsu para as demonstrações contábeis e da DNV para o relatório de Sustentabilidade. Os itens do princípio Materialidade, conforme observado nos quatro relatórios, apresentaram um número maior de níveis de atendimento parcial e nulo. Na questão da definição de temas relevantes se são considerados os principais interesses/temas e indicadores de sustentabilidade levantados pelos stakeholders só o relatório de 2007 trouxe essa informação. Já no item se são considerados os principais temas e futuros desafios do setor relatados por pares e pela concorrência nenhum dos quatro relatórios abordou essa temática. Ainda em relação à definição de temas relevantes, se são considerados os principais valores, políticas e estratégias organizacionais, sistemas de gestão operacional, objetivos e metas, nos relatórios 2001, 2003 e 2005 esse item é atendido parcialmente, pois não são demonstradas todas essas informações. O relatório de 2007 é o único que apresentou um item específico sobre materialidade, transmitindo de forma clara o que é relevante para a empresa. Cabe destacar que faltou neste relatório uma abordagem mais clara do que os stakeholders apontaram como o que era mais material na visão deles. 16

17 No princípio Stakeholders, o item que aborda se o conteúdo do relatório utiliza os resultados dos processos de engajamento dos stakeholders usados pela organização em suas atividades contínuas, conforme exigido pela estrutura legal e institucional dentro da qual ela opera, só foi atendido totalmente no relatório de Neste relato, há uma parte denominada Inclusão dos Stakeholders que trata dessa temática. Os relatórios de 2001, 2003 e 2005 atendem parcialmente, porque apesar de não relatarem os processos de envolvimento com os stakeholders sempre traziam informações sobre colaboradores, consultoras, comunidades do entorno, fornecedores e consumidores. Quanto ao item: o conteúdo do relatório utiliza os resultados de quaisquer processos de engajamento de stakeholders empreendidos especificamente para sua confecção, somente o relatório de 2007 apresentou essa informação. Segundo este relato, em 2006, a empresa realizou um Painel de Engajamento de Stakeholders, especialmente para colher opiniões sobre o Relatório Anual 2006 e as oportunidades de melhoria para o relatório de O painel contou com a participação de 60 representantes dos públicos de relacionamento da empresa. O princípio Contexto da Sustentabilidade no item que questiona: se a organização apresenta seu entendimento de desenvolvimento sustentável e utiliza as melhores informações e medidas de desenvolvimento sustentável disponíveis para os temas abordados no relatório, o relatório de 2001 atendeu parcialmente este tópico. Apesar das informações sobre os indicadores econômicos, sociais e ambientais, pouco se explorou o contexto da sustentabilidade. Já nos relatórios de 2003, 2005 e 2007 essa temática é bastante demonstrada. No relatório de 2007, por exemplo, há uma parte denominada Temas prioritários de sustentabilidade, na qual a empresa relatou suas ações em relação à emissão de gases causadores do efeito estufa e à biodiversidade. Quanto ao tópico, se a organização apresenta seu desempenho de modo a comunicar a magnitude de seu impacto e sua contribuição em contextos geográficos apropriados, os relatórios de 2001 e 2003 atenderem parcialmente a este item. Em 2005 e 2007, constatou-se uma evolução dessa abordagem. No relatório de 2005, por exemplo, a Natura reconheceu que, ao atingir suas metas econômico-financeiras, são produzidos impactos sociais e ambientais que precisam ser entendidos como parte do negócio. Por isso, a empresa descreveu no relato que passou a considerar detalhes desses impactos nos processos de decisão. Entre os principais resultados 17

18 de 2005 destacou-se o aprimoramento do cálculo do impacto ambiental das embalagens e a inclusão de metas de redução desse impacto na remuneração variável de toda a empresa, além do aumento da venda de refis. A mesma tendência do item citado anteriormente foi verificada em relação ao tópico: o relatório descreve como os temas de sustentabilidade se relacionam com a estratégia, riscos e oportunidades de longo prazo da organização, incluindo temas da cadeia de suprimentos? Os relatórios de 2001 e 2003 obtiveram nível de atendimento parcial a este questionamento, ocorrendo uma evolução nos relatórios de 2005 e Uma evidência desse avanço foi a experiência descrita no relatório de 2007, em relação ao processo de qualificação dos fornecedores. Segundo o relatório, a Natura passou a adotar como ferramenta de avaliação dos fornecedores o Programa Qlicar (Qualidade, Logística, Inovação, Custo, Condições Contratuais, Atendimento e Rastreabilidade). De acordo com o relato, trata-se de um sistema de avaliação e monitoramento bastante estruturado, com aspectos econômicos e socioambientais, que os fornecedores precisam cumprir para serem certificados. Naquele ano haviam sido eleitos sessenta parceiros estratégicos para este processo de avaliação e certificação. Além da auto-avaliação em qualidade, meio ambiente e responsabilidade social, os fornecedores devem ser submetidos a auditorias de qualidade. No princípio da Abrangência a pergunta desse tema-chave foi: as informações no relatório incluem todas as ações ou eventos significativos no período coberto e estimativas de impactos futuros expressivos de eventos passados, quando estes são razoavelmente previsíveis e podem se tornar inevitáveis ou irreversíveis? Na análise dos quatro relatórios observou-se que este é um tema que ainda poderá ser melhor explorado em relatórios de sustentabilidade futuros. No relatório de 2001 não houve nenhuma referência a este tópico. Os relatórios de 2003, 2005 e 2007 trouxeram algumas informações sobre o assunto, atendendo de forma parcial este item. A questão do aquecimento global e sua correlação com as emissões de gases geradores do efeito estufa (GEEs) foram abordados no relatório de 2007, tendo inclusive motivado à Natura a instituir o Programa Carbono Neutro, já citado neste estudo. 9 Reflexões e perspectivas 18

19 A matriz dos Princípios para Definição de Conteúdo e de Qualidade da GRI aplicada nesta pesquisa confirmou a tendência observada pelos estudos citados anteriormente: Rumo à Credibilidade: uma pesquisa de relatórios de sustentabilidade no Brasil, da SustainAbility/FBDS e UNEP (2008) e Conte Comigo A opinião dos leitores sobre os relatórios de sustentabilidade, realizada pelo Programa GRI Reader s Choice, em parceria com a KPMG e SustainAbility (em 2008). Assim como apontado em ambos os estudos, esta pesquisa confirma a partir do estudo de caso da Natura, que os relatórios de sustentabilidade apresentam aspectos positivos, como a oportunidade dos stakeholders terem acesso a informações que dificilmente teriam se não fosse esse modelo da GRI que contempla as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Pode-se afirmar que mesmo nos itens da matriz dos Princípios para Definição de Conteúdo e de Qualidade da GRI aplicada nesta pesquisa que obtiveram nível de atendimento total, em todos eles há oportunidades para a empresa aprimorar e aprofundar o seu relato. Como pontos para reflexão, essa pesquisa destaca que os princípios Equilíbrio, Confiabilidade, Materialidade, Stakeholders e Abrangência, sobretudo, precisam ser mais e melhor abordados a fim de se alcançar o nível de transparência e aderência preconizado pela GRI. 10 Conclusões Conforme descrito pela GRI (2010a), a publicação do relatório de sustentabilidade por uma organização é na verdade apenas uma parte de um processo bem mais amplo e rico. Como já abordado neste estudo, para as organizações relatoras, o modelo de relato da GRI fornece ferramentas para: gestão, maior comparabilidade e redução de custos em sustentabilidade, fortalecimento da marca e da reputação, diferenciação no mercado, proteção contra desgaste da marca resultante das ações de fornecedores ou da concorrência, networking e comunicações (GRI, 2010a). Desse modo, esta pesquisa confirma por meio da análise dos relatórios de sustentabilidade da Natura, dos anos de 2001, 2003, 2005 e 2007, que a metodologia de relato da GRI é uma forma eficaz de demonstrar as ações de sustentabilidade das organizações. O que também é refletido no número cada vez maior de empresas em todo o mundo que estão aderindo a este formato. 19

20 As evidências apontadas por meio da matriz dos Princípios para Definição de Conteúdo e de Qualidade da GRI aplicada nesta pesquisa (detalhadas no Capítulo Resultados e Discussão) também revelaram que os textos dos relatórios da Natura atendem em sua maioria às diretrizes estabelecidas pela GRI. De acordo com a análise já realizada nesta pesquisa, há aspectos que precisam evoluir para que as organizações apresentem relatos mais transparentes, coerentes e que reflitam os interesses dos seus stakeholders. Em relação à qualidade do conteúdo dos relatórios da Natura, esta pesquisa constatou que houve uma evolução no relato de todos os princípios, com maior destaque para os temas Exatidão, Materialidade, Confiabilidade, Stakeholders e Contexto da Sustentabilidade. Do relatório da Natura de 2001 ao de 2007, nota-se um progresso da empresa no tratamento de temas como governança, formas de gestão e suas dimensões econômica, ambiental e social. De 300 mil consultoras atuando no Brasil em 2001, a empresa chegou ao final de 2007 com mais de 718 mil em todas as suas operações. Em 2001, novas instalações foram construídas em Cajamar (SP) e em 2004, a empresa tornou-se uma companhia de capital aberto, com ações listadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), passando a integrar também o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa. Estas são apenas algumas de muitas conquistas retratadas nos relatórios, além de vários prêmios e reconhecimentos obtidos pela Natura, que se refletem em suas dimensões econômicas, sociais e ambientais. Sem dúvida, o modelo GRI sendo aplicado de acordo com as diretrizes da Global Reporting Initiative poderá contribuir para evolução do relato de sustentabilidade das organizações brasileiras. Ganham as empresas. Ganha a sociedade. Ganha o Planeta. 20

21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASHOKA EMPREENDEDORES SOCIAIS/MCKINSEY, Empreendimentos Sociais Sustentáveis: como elaborar planos de negócios para organizações sociais. São Paulo: Peirópolis, FRANCO CHIO, Alessandra di. Gestão da Responsabilidade Social Corporativa Associada ao Sistema de Gestão Integrada de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente f. Monografia (Especialização em Gestão de Negócios Sustentáveis) - Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios e Meio ambiente (Latec), Centro Tecnológico, Universidade Federal Fluminense GLOBAL REPORTING INITITATIVE (GRI). Diretrizes para relatórios de Sustentabilidade. São Paulo, Curso Relatório de Sustentabilidade GRI, Instituto Ethos, maio de Apostila. GLOBAL REPORTING INITITATIVE (GRI). Sobre a GRI (a). Disponível em Acesso em: 20 de março de Reports List (b). Disponível em Acesso em: 20 de março de O INSTITUTO BRASILEIRO DE ANÁLISES SOCIAIS E ECONÔMICAS (IBASE). Balanço Social, Dez Anos: O Desafio da Transparência. Disponível em Acesso em 25/09/2009. INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL(INMETRO). Responsabilidade Social. Disponível em Acesso em 27/03/2010. INSTITUTO ETHOS. Práticas e Perspectivas da Responsabilidade Social Empresarial no Brasil 2008 (a). Disponível em Acesso em: 15/07/ O que é responsabilidade social (b). Disponível em Acesso em: 27/03/ Contexto (c). Disponível em Acesso em: 27/03/

22 . Referências (d). Disponível em Acesso em: 27/03/ A Responsabilidade Social das Empresas: a contribuição das Universidades, volume 5 (d). São Paulo: Editora Peirópolis, KPMG/ SUSTAINABILITY. Conte Comigo A opinião dos leitores sobre os relatórios de sustentabilidade. Relatório da Pesquisa GRI Reader s Choice LEÃO, Mauro Eustáquio de Souza. O Balanço Social como instrumento de divulgação das ações sociais das empresas: proposição de Modelo f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina LEMOS, H. M.; SANTOS, C. H.; QUELHAS, O.G.Sustentabilidade das Organizações Brasileiras. Niterói: ABEPRO, NATURA. Relatório Anual de Responsabilidade Corporativa Disponível em Acesso em: 10/07/ Relatório Anual Natura Disponível em Acesso em: 10/07/ Relatório Anual Natura Disponível em Acesso em: 10/07/ Relatório Anual Natura Disponível em Acesso em: 10/07/ Sobre a Natura. Disponível em Acesso em: 27/03/2010. SIMÕES, Claudia Pestana et al. Responsabilidade social e cidadania: conceitos e ferramentas. Brasília: CNI/SESI, SUSTAINABILITY/FBDS E UNEP. Rumo à Credibilidade: uma pesquisa de relatórios de sustentabilidade no Brasil. Programa Global Reporters, Primeira Edição

23 TENÓRIO, Fernando Guilherme et al. Responsabilidade Social Empresarial: teoria e prática. Rio de Janeiro: Editora FGV, VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo: Editora Atlas,

DIRETRIZES PARA UM FORNECIMENTO SUSTENTÁVEL

DIRETRIZES PARA UM FORNECIMENTO SUSTENTÁVEL DIRETRIZES PARA UM FORNECIMENTO SUSTENTÁVEL APRESENTAÇÃO A White Martins representa na América do Sul a Praxair, uma das maiores companhias de gases industriais e medicinais do mundo, com operações em

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE 1. OBJETIVO E ABRANGÊNCIA Esta Política tem como objetivos: Apresentar de forma transparente os princípios e as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e direcionam

Leia mais

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS. Conteúdo

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS. Conteúdo Conteúdo O Instituto Ethos Organização sem fins lucrativos fundada em 1998 por um grupo de empresários, que tem a missão de mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

CORRELAÇÃO COM OUTRAS INICIATIVAS

CORRELAÇÃO COM OUTRAS INICIATIVAS CORRELAÇÃO COM OUTRAS INICIATIVAS do conteúdo dos Indicadores Ethos com outras iniciativas Com a evolução do movimento de responsabilidade social e sustentabilidade, muitas foram as iniciativas desenvolvidas

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente

Leia mais

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS Os Indicadores Ethos são uma ferramenta de gestão, de uso gratuito, que visa apoiar

Leia mais

INDEPENDENTE DECLARAÇÃO DE AVALIAÇÃO INTRODUÇÃO ESCOPO DO TRABALHO METODOLOGIA BUREAU VERITAS CERTIFICATION

INDEPENDENTE DECLARAÇÃO DE AVALIAÇÃO INTRODUÇÃO ESCOPO DO TRABALHO METODOLOGIA BUREAU VERITAS CERTIFICATION Relatório 2014 Novo Olhar para o Futuro DECLARAÇÃO DE AVALIAÇÃO INDEPENDENTE BUREAU VERITAS CERTIFICATION INTRODUÇÃO O Bureau Veritas Certification Brasil (Bureau Veritas) foi contratado pela Fibria Celulose

Leia mais

DELOITE TOUCHE TOHMATSU Código PO-SIGA POLITICA CORPORATIVA Revisão 02

DELOITE TOUCHE TOHMATSU Código PO-SIGA POLITICA CORPORATIVA Revisão 02 Pagina 1/6 ÍNDICE 1. OBJETIVO...3 2. ABRANGÊNCIA / APLICAÇÃO...3 3. REFERÊNCIAS...3 4. DEFINIÇÕES...3 5. DIRETRIZES E RESPONSABILIDADES...4 5.1 POLITICAS...4 5.2 COMPROMISSOS...4 5.3 RESPONSABILIDADES...5

Leia mais

Questionário para Instituidoras

Questionário para Instituidoras Parte 1 - Identificação da Instituidora Base: Quando não houver orientação em contrário, a data-base é 31 de Dezembro, 2007. Dados Gerais Nome da instituidora: CNPJ: Endereço da sede: Cidade: Estado: Site:

Leia mais

AA1000: Estrutura de gestão da responsabilidade corporativa. Informações gerais

AA1000: Estrutura de gestão da responsabilidade corporativa. Informações gerais AA1000: Estrutura de gestão da responsabilidade corporativa Informações gerais Produzido por BSD Brasil. Pode ser reproduzido desde que citada a fonte. Introdução Lançada em novembro de 1999, em versão

Leia mais

ANEXO 2 Estrutura Modalidade 1 ELIS PMEs PRÊMIO ECO - 2015

ANEXO 2 Estrutura Modalidade 1 ELIS PMEs PRÊMIO ECO - 2015 ANEXO 2 Estrutura Modalidade 1 ELIS PMEs PRÊMIO ECO - 2015 Critérios Descrições Pesos 1. Perfil da Organização Breve apresentação da empresa, seus principais produtos e atividades, sua estrutura operacional

Leia mais

ENEGEP 2013. Relatórios de Sustentabilidade GRI

ENEGEP 2013. Relatórios de Sustentabilidade GRI ENEGEP 2013 Relatórios de Sustentabilidade GRI 11 de Outubro 2013 1 Sustentabilidade, Sociedade e Mercado Recursos Ambientais Recursos Sociais SUS TENTA BILIDADE Recursos Econômico- Financeiros Adaptado

Leia mais

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas.

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas. 1. OBJETIVOS Estabelecer diretrizes que norteiem as ações das Empresas Eletrobras quanto à promoção do desenvolvimento sustentável, buscando equilibrar oportunidades de negócio com responsabilidade social,

Leia mais

METODOLOGIA DO ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (ISE)

METODOLOGIA DO ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (ISE) METODOLOGIA DO ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (ISE) Abril/2015 [data] METODOLOGIA DO ÍNDICE DE O ISE é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os critérios estabelecidos

Leia mais

Levantamento do Perfil de Responsabilidade Socioambiental nas Organizações

Levantamento do Perfil de Responsabilidade Socioambiental nas Organizações Levantamento do Perfil de Responsabilidade Socioambiental nas Organizações Brasília, 19 de abril de 2011 BLOCOS TEMÁTICOS COMPROMISSO PLANEJAMENTO E GESTÃO DESEMPENHO SUSTENTÁVEL CONTRIBUIÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO

Leia mais

Questionário de Levantamento de Informações

Questionário de Levantamento de Informações Questionário de Levantamento de Informações Critérios para Inclusão de Empresas no Fundo Ethical 1 INTRODUÇÃO Nos últimos anos se observou um aumento significativo da preocupação das empresas com questões

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão A ISO 14001 EM SUA NOVA VERSÃO ESTÁ QUASE PRONTA Histórico ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA As normas da série ISO 14000 foram emitidas pela primeira vez

Leia mais

Página 1 de 19 Data 04/03/2014 Hora 09:11:49 Modelo Cerne 1.1 Sensibilização e Prospecção Envolve a manutenção de um processo sistematizado e contínuo para a sensibilização da comunidade quanto ao empreendedorismo

Leia mais

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Resumo Este documento apresenta o Inventário corporativo de Emissões Diretas e Indiretas

Leia mais

O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey

O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey Executivos em todos os níveis consideram que a sustentabilidade tem um papel comercial importante. Porém, quando se trata

Leia mais

Melhores Práticas para a Elaboração e Divulgação do Relatório Anual

Melhores Práticas para a Elaboração e Divulgação do Relatório Anual Melhores Práticas para a Elaboração e Divulgação do Relatório Anual Pronunciamento de Orientação CODIM COLETIVA DE IMPRENSA Participantes: Relatores: Edina Biava Abrasca; Marco Antonio Muzilli IBRACON;

Leia mais

ABNT NBR 16001:2004 Os Desafios e Oportunidades da Inovação

ABNT NBR 16001:2004 Os Desafios e Oportunidades da Inovação ABNT NBR 16001:2004 Os Desafios e Oportunidades da Inovação A Dinâmica da Terra é uma empresa onde o maior patrimônio é representado pelo seu capital intelectual. Campo de atuação: Elaboração de estudos,

Leia mais

ROCK IN RIO LISBOA 2014. Princípios de desenvolvimento sustentável Declaração de propósitos e valores Política de Sustentabilidade do evento

ROCK IN RIO LISBOA 2014. Princípios de desenvolvimento sustentável Declaração de propósitos e valores Política de Sustentabilidade do evento ROCK IN RIO LISBOA 2014 Princípios de desenvolvimento sustentável Declaração de propósitos e valores Política de Sustentabilidade do evento PRINCÍPIOS O Sistema de Gestão da Sustentabilidade é baseado

Leia mais

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 INDICE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 1. Objetivo...2 2. Aplicação...2 3. implementação...2 4. Referência...2 5. Conceitos...2 6. Políticas...3

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Banco Cooperativo Sicredi S.A. Versão: Julho/2015 Página 1 de 1 1 INTRODUÇÃO O Sicredi é um sistema de crédito cooperativo que valoriza a

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS. Política de Responsabilidade Social das Empresas Eletrobras

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS ELETROBRAS. Política de Responsabilidade Social das Empresas Eletrobras Política de Responsabilidade Social das Empresas Eletrobras Versão 1.0 18/08/2014 1 Sumário 1. Objetivo... 3 2. Conceitos... 3 3. Diretrizes... 3 3.1. Diretrizes Gerais... 3 3.2. Diretrizes Específicas...

Leia mais

CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY

CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY Instrumental e modular, o Ferramentas de Gestão é uma oportunidade de aperfeiçoamento para quem busca conteúdo de qualidade ao gerenciar ações sociais de empresas

Leia mais

Compromissos de Sustentabilidade. Coelce

Compromissos de Sustentabilidade. Coelce Compromissos de Sustentabilidade Coelce ÍNDICE 5 5 5 6 6 6 7 8 8 9 INTRODUÇÃO 1. DIRECIONADORES DAS RELAÇÕES E AÇÕES 1.1 Valores 1.2 Política de Sustentabilidade 2. COMPROMISSOS INSTITUCIONAIS 2.1 Pacto

Leia mais

A consolidação do modelo

A consolidação do modelo C A P Í T U L O 2 A consolidação do modelo Nos últimos anos, o balanço social modelo Ibase tornou-se a principal ferramenta por meio da qual as empresas são estimuladas a conhecer, sistematizar e apresentar

Leia mais

1. DIRECIONADORES DAS RELAÇÕES E AÇÕES

1. DIRECIONADORES DAS RELAÇÕES E AÇÕES 1 A Endesa Brasil é uma das principais multinacionais privadas do setor elétrico no País com ativos nas áreas de distribuição, geração, transmissão e comercialização de energia elétrica. A companhia está

Leia mais

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 9001:2015 Tendências da nova revisão

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 9001:2015 Tendências da nova revisão ISO 9001:2015 Tendências da nova revisão A ISO 9001 em sua nova versão está quase pronta Histórico ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA As normas da série ISO 9000 foram emitidas pela primeira vez no

Leia mais

Política de Responsabilidade Socioambiental

Política de Responsabilidade Socioambiental Política de Responsabilidade Socioambiental SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 3 2 OBJETIVO... 3 3 DETALHAMENTO... 3 3.1 Definições... 3 3.2 Envolvimento de partes interessadas... 4 3.3 Conformidade com a Legislação

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 1/9 Sumário 1. Introdução... 3 2. Objetivo... 3 3. Princípios... 4 4. Diretrizes... 4 4.1. Estrutura de Governança... 4 4.2. Relação com as partes interessadas...

Leia mais

Credit Suisse (Brasil) Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) Julho de 2015

Credit Suisse (Brasil) Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) Julho de 2015 Credit Suisse (Brasil) Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) Julho de 2015 Sumário 1. Aplicação... 02 2. Definições... 02 2.1 Risco socioambiental... 02 2.2 Partes relacionadas... 02 2.3 Termos...

Leia mais

Questionário de desempenho ambiental, social e de governança para as empresas participadas e investidas pelos Fundos de Pensão

Questionário de desempenho ambiental, social e de governança para as empresas participadas e investidas pelos Fundos de Pensão Questionário de desempenho ambiental, social e de governança para as empresas participadas e investidas pelos Fundos de Pensão Atuação da Organização 1. Qual(is) o(s) setor(es) de atuação da empresa? (Múltipla

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

Engajamento com Partes Interessadas

Engajamento com Partes Interessadas Instituto Votorantim Engajamento com Partes Interessadas Eixo temático Comunidade e Sociedade Principal objetivo da prática Apoiar o desenvolvimento de uma estratégia de relacionamento com as partes interessadas,

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

A Norma Brasileira: ABNT NBR 16001:2004

A Norma Brasileira: ABNT NBR 16001:2004 A Norma Brasileira: ABNT NBR 16001:2004 São Paulo, 17 de junho de 2010 1 Retrospectiva Dezembro de 2003 - Criado o ABNT/GTRS para discutir posição brasileira em relação ao desenvolvimento de uma norma

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para desenvolver o Plano de Uso Público para a visitação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro concentrando na análise

Leia mais

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS Sistema Eletrobrás Política de Logística de Suprimento do Sistema Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO 4 POLÍTICA DE Logística de Suprimento

Leia mais

Informações Integradas

Informações Integradas Informações Integradas IMPLANTAÇÃO DO RELATO INTEGRADO: O CASE DA SANASA REUNIÃO TÉCNICA DE NORMAS INTERNACIONAIS Tatiana Gama Ricci São Paulo, 22 de maio de 2015 Evolução das Informações não financeiras

Leia mais

O Impacto da Gestão da Cadeia de Fornecedores na Sustentabilidade das Organizações

O Impacto da Gestão da Cadeia de Fornecedores na Sustentabilidade das Organizações Webinar O Impacto da Gestão da Cadeia de Fornecedores na Sustentabilidade das Organizações Juliana Scalon 4 de Setembro de 2013 Aprimore o desempenho dos fornecedores Para se sobressair no mercado atual

Leia mais

A Academia está alinhada também aos Princípios para Sustentabilidade em Seguros UNPSI, coordenados pelo UNEP/FI órgão da ONU dedicado às questões da

A Academia está alinhada também aos Princípios para Sustentabilidade em Seguros UNPSI, coordenados pelo UNEP/FI órgão da ONU dedicado às questões da - 1 - Prêmio CNSeg 2012 Empresa: Grupo Segurador BBMAPFRE Case: Academia de Sustentabilidade BBMAPFRE Introdução A Academia de Sustentabilidade BBMAPFRE foi concebida em 2009 para disseminar o conceito

Leia mais

Política de Responsabilidade Corporativa. Março 2013

Política de Responsabilidade Corporativa. Março 2013 Política de Responsabilidade Corporativa Março 2013 Ao serviço do cliente Dedicamos os nossos esforços a conhecer e satisfazer as necessidades dos nossos clientes. Queremos ter a capacidade de dar uma

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Avaliação desenvolvida por Mónica Galiano e Kenn Allen, publicado originalmente no livro The Big Tent: Corporate Volunteering in the Global Age. Texto

Leia mais

Visão & Valores. Código de Sustentabilidade Corporativa

Visão & Valores. Código de Sustentabilidade Corporativa Visão & Valores Código de Sustentabilidade Corporativa 1 Somos dedicados a promover a sustentabilidade e a responsabilidade social Nós reconhecemos a necessidade de harmonizar entre si os objetivos econômicos,

Leia mais

Política de Logística de Suprimento

Política de Logística de Suprimento Política de Logística de Suprimento Política de Logística de Suprimento Política de Logística de Suprimento 5 1. Objetivo Aumentar a eficiência e competitividade das empresas Eletrobras, através da integração

Leia mais

POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO

POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM ESTAR NO TRABALHO Política da QUALIDADE A satisfação do cliente está na base das operações do Grupo Volvo. A Qualidade é um pré

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos 11. Gerenciamento de riscos do projeto PMBOK 2000 PMBOK 2004 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos

Leia mais

Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos

Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos www.tecnologiadeprojetos.com.br Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos Eduardo F. Barbosa Dácio G. Moura Material didático utilizado na disciplina Desenvolvimento de

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 Prof. Eduardo Lucena Cavalcante de Amorim INTRODUÇÃO A norma ISO 14001 faz parte de um conjunto mais amplo de normas intitulado ISO série 14000. Este grupo

Leia mais

Panorama da Avaliação. de Projetos Sociais de ONGs no Brasil

Panorama da Avaliação. de Projetos Sociais de ONGs no Brasil Panorama da Avaliação de Projetos Sociais de ONGs no Brasil Realização Parceria Iniciativa Este documento foi elaborado para as organizações que colaboraram com a pesquisa realizada pelo Instituto Fonte,

Leia mais

Sustentabilidade como diferencial competitivo na gestão de fornecedores

Sustentabilidade como diferencial competitivo na gestão de fornecedores Sustentabilidade como diferencial competitivo na gestão de fornecedores Webinar DNV O Impacto da Gestão da Cadeia de Fornecedores na Sustentabilidade das Organizações 04/09/2013 Associação civil, sem fins

Leia mais

O Ambiente Empresarial e a Sustentabilidade

O Ambiente Empresarial e a Sustentabilidade O Ambiente Empresarial e a Sustentabilidade Instrumentos de Gestão Empresarial: Buscando se inserir os princípios relacionados à sustentabilidade no âmbito e na realidade empresarial, diversos instrumentos

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade Glaucia Terreo

Diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade Glaucia Terreo Global Reporting Initiative Diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade Glaucia Terreo O que é relatório de Sustentabilidade? t d Ambiental Econômico Social Mas como medir e Monitorar esses impactos?

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

Estratégia e inovação. Gestão de Risco. Meio Ambiente, saúde e segurança

Estratégia e inovação. Gestão de Risco. Meio Ambiente, saúde e segurança Favor indicar o departamento no qual opera: 16% 5% Relações externas, Comunicação N=19 79% Estratégia e inovação Gestão de Risco Outros Meio Ambiente, saúde e segurança Outros: Desenvolvimento Sustentável

Leia mais

Relatos de Sustentabilidade

Relatos de Sustentabilidade Os trechos em destaque encontram-se no Glossário. Relatos de Sustentabilidade Descreva até 3 projetos/programas/iniciativas/práticas relacionadas a sustentabilidade Instruções 2015 Esse espaço é reservado

Leia mais

Desenvolvimento da agenda sustentabilidade & negócios

Desenvolvimento da agenda sustentabilidade & negócios Desenvolvimento da agenda sustentabilidade & negócios Em 2013, a Duratex lançou sua Plataforma 2016, marco zero do planejamento estratégico de sustentabilidade da Companhia. A estratégia baseia-se em três

Leia mais

Uma iniciativa que pretende RECONHECER AS BOAS PRÁTICAS em projetos que promovam o desenvolvimento sustentável.

Uma iniciativa que pretende RECONHECER AS BOAS PRÁTICAS em projetos que promovam o desenvolvimento sustentável. GREEN PROJECT AWARDS BRASIL Uma iniciativa que pretende RECONHECER AS BOAS PRÁTICAS em projetos que promovam o desenvolvimento sustentável. CANDIDATURAS 201 INSCRIÇÕES NO PRIMEIRO ANO INSCRIÇÕES FEITAS

Leia mais

GESTÃO FINANCEIRA E SUSTENTABILIDADE

GESTÃO FINANCEIRA E SUSTENTABILIDADE GESTÃO FINANCEIRA E SUSTENTABILIDADE PEDRO SALANEK FILHO Administrador de Empresas Pós-Graduado em Finanças MBA em Gestão Executiva Mestre em Organização e Desenvolvimento Educador e Diretor Executivo

Leia mais

Café com Responsabilidade. Sustentabilidade: a competência empresarial do futuro. Vitor Seravalli

Café com Responsabilidade. Sustentabilidade: a competência empresarial do futuro. Vitor Seravalli Café com Responsabilidade Sustentabilidade: a competência empresarial do futuro Vitor Seravalli Manaus, 11 de Abril de 2012 Desafios que o Mundo Enfrenta Hoje Crescimento Populacional Desafios que o Mundo

Leia mais

Código de Fornecimento Responsável

Código de Fornecimento Responsável Código de Fornecimento Responsável Breve descrição A ArcelorMittal requer de seus fornecedores o cumprimento de padrões mínimos relacionados a saúde e segurança, direitos humanos, ética e meio ambiente.

Leia mais

Mais valias dos Relatórios de Sustentabilidade Um contributo da PT

Mais valias dos Relatórios de Sustentabilidade Um contributo da PT Mais valias dos Relatórios de Sustentabilidade Um contributo da PT A Responsabilidade Social Corporativa no Contexto da Internacionalização Abril, 2014 AGENDA QUEM SOMOS SUSTENTABILIDADE A IMPORTÂNCIA

Leia mais

Autoria: Welton Evaristo da Silva - Faculdade de Ciências Sociais Aplicada (FACISA) RESUMO ESTENDIDO

Autoria: Welton Evaristo da Silva - Faculdade de Ciências Sociais Aplicada (FACISA) RESUMO ESTENDIDO ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES ESSENCIAIS DA VERSÃO G3, DO GLOBAL REPORTING INITIATIVE, DOS RELATÓRIOS DAS EMPRESAS DO SETOR BRASILEIRO DE PETROLÉO, GÁS E BIOCOMBUSTÍVEL Autoria: Welton Evaristo

Leia mais

O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia.

O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia. O Grupo Gerdau incentiva o trabalho em equipe e o uso de ferramentas de gestão pela qualidade na busca de soluções para os problemas do dia-a-dia. Rio Grande do Sul Brasil PESSOAS E EQUIPES Equipes que

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

APRESENTAÇÃO. Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 SGA & ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL

APRESENTAÇÃO. Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 SGA & ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL APRESENTAÇÃO Sistema de Gestão Ambiental - SGA & Certificação ISO 14.000 UMA VISÃO GERAL Introdução SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - SGA Definição: Conjunto de ações sistematizadas que visam o atendimento

Leia mais

TÍTULO Norma de Engajamento de Partes Interessadas GESTOR DRM ABRANGÊNCIA Agências, Departamentos, Demais Dependências, Empresas Ligadas

TÍTULO Norma de Engajamento de Partes Interessadas GESTOR DRM ABRANGÊNCIA Agências, Departamentos, Demais Dependências, Empresas Ligadas NORMA INTERNA TÍTULO Norma de Engajamento de Partes Interessadas GESTOR DRM ABRANGÊNCIA Agências, Departamentos, Demais Dependências, Empresas Ligadas NÚMERO VERSÃO DATA DA PUBLICAÇÃO SINOPSE Dispõe sobre

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Contratação de consultoria pessoa física para serviços de preparação

Leia mais

Política de Responsabilidade Sócio Ambiental (PRSA) w w w. b a n c o g u a n a b a r a. c o m. b r

Política de Responsabilidade Sócio Ambiental (PRSA) w w w. b a n c o g u a n a b a r a. c o m. b r Sócio Ambiental (PRSA) w w w. b a n c o g u a n a b a r a. c o m. b r ÍNDICE: 1. SOBRE A DOCUMENTAÇÃO... 3 1.1. CONTROLE DE VERSÃO... 3 1.2. OBJETIVO... 4 1.3. ESCOPO... 4 2. RESPONSABILIDADE SÓCIO AMBIENTAL...

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE DO GRUPO INVEPAR

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE DO GRUPO INVEPAR DE DO GRUPO INVEPAR PÁGINA Nº 2/5 1. INTRODUÇÃO Desenvolver a gestão sustentável e responsável nas suas concessões é um componente fundamental da missão Invepar de prover e operar sistemas de mobilidade

Leia mais

Conheça a MRV Engenharia

Conheça a MRV Engenharia Conheça a MRV Engenharia MRV em Números Ficha técnica MRV Engenharia Número de empregados nas obras (média 2014)...23.704 Vendas Contratadas (R$ milhões) (2014)...R$ 6.005 Receita liquida (R$ milhões)

Leia mais

Qual a diferença entre certificação e acreditação? O que precisamos fazer para obter e manter a certificação ou acreditação?

Qual a diferença entre certificação e acreditação? O que precisamos fazer para obter e manter a certificação ou acreditação? O que é a norma ISO? Em linhas gerais, a norma ISO é o conjunto de cinco normas internacionais que traz para a empresa orientação no desenvolvimento e implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade

Leia mais

Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS

Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DO SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO) - PCS A Política de Comunicação do Serviço

Leia mais

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL 1 SUMÁRIO DIAGNÓSTICO GERAL...3 1. PREMISSAS...3 2. CHECKLIST...4 3. ITENS NÃO PREVISTOS NO MODELO DE REFERÊNCIA...11 4. GLOSSÁRIO...13 2 DIAGNÓSTICO GERAL Este diagnóstico é

Leia mais

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE DIREITOS HUMANOS DA UNILEVER

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE DIREITOS HUMANOS DA UNILEVER DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE DIREITOS HUMANOS DA UNILEVER Acreditamos que as empresas só podem florescer em sociedades nas quais os direitos humanos sejam protegidos e respeitados. Reconhecemos que as empresas

Leia mais

Perguntas Frequentes do Prêmio Catarinense de Excelência

Perguntas Frequentes do Prêmio Catarinense de Excelência Perguntas Frequentes do Prêmio Catarinense de Excelência O que é o Modelo de Excelência da Gestão (MEG) e quais são seus objetivos? O Modelo de Excelência da Gestão reflete a experiência, o conhecimento

Leia mais

POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO

POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO POLÍTICA DE SEGURANÇA POLÍTICA DA QUALIDADE POLÍTICA AMBIENTAL POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E BEM-ESTAR NO TRABALHO Política de SEGURANÇA Política de SEGURANÇA A visão do Grupo Volvo é tornar-se líder

Leia mais

X SEMINÁRIO DO FÓRUM NACIONAL DE GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS ESTATAIS

X SEMINÁRIO DO FÓRUM NACIONAL DE GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS ESTATAIS X SEMINÁRIO DO FÓRUM NACIONAL DE GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS ESTATAIS PAINEL : FERRAMENTA PARA A GESTÃO DA ÉTICA E DOS DIREITOS HUMANOS RONI ANDERSON BARBOSA INSTITUTO OBSERVATORIO SOCIAL INSTITUCIONAL

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para realização de um plano de sustentabilidade financeira para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no âmbito da

Leia mais

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Elias S. Assayag eassayag@internext.com.br Universidade do Amazonas, Departamento de Hidráulica e Saneamento da Faculdade

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais