1.1. Processo Sol-Gel

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "1.1. Processo Sol-Gel"

Transcrição

1 1. Introdução A utilização de sistemas vítreos a base de silicatos tem sido proposto para aplicações médicas como, por exemplo, liberação de fármacos, já que tais sistemas permitem utilizar estes géis como plugs de baixa difusibilidade. Entre os vários aspectos a serem explorados nestes sistemas, os conhecimentos de como processos de transferência de H +, de como espécies ácido-base de tampões reacionam e ainda da interferência de solventes e co -solventes, é fundamental. O estudo de processos prototrópicos de fotoácidos como o 8-hidroxi-1,3,6- pirenotrissulfonato de sódio (piranina) possibilita acompanhar mudanças relativas ao teor de água que ocorrem em sistemas vítreos obtidos pelo processo sol-gel [Kaufman et al., 1988; Wasiucionek et al., 1997; Brennan et al., 1999]. Esta possibilidade advém do fato da fotodissociação da piranina depender de água livre para ocorrer e, que estes sistemas sofrem uma grande transformação no teor de água durante o envelhecimento do gel [Brinker & Scherer et al., 1990]. As investigações de Brennan et al., 1999 evidenciaram que a transferência de próton da piranina em sistemas vítreos derivados do tetraetilortosilano (TEOS) contendo tampão fosfato varia conforme previsto com o envelhecimento. Em termos simples o processo de envelhecimento espontâneo, isto é, para amostras expostas ao meio ambiente e ao abrigo da luz, resulta na lixiviação de água e do etanol do seio do gel. Foi observado que ao final de cerca de quinze dias de envelhecimento, a extensão de dissociação de praticamente 100%, atribuída à presença de água residual presente no interior do monólito. Após este período a diminuição desta porcentagem sugere a densificação do sistema com perda de água de forma mais branda. Entretanto, o possível efeito do tampão no processo de transferência de H + competindo com a água como aceptor não foi aventado. Tendo em vista a importância deste processo e a eventual possibilidade de transferências de H + em géis secos, neste estudo dedicamo-nos a investigar o efeito de tampão nestes sistemas. 1

2 1.1. Processo Sol-Gel Define-se processo sol-gel pela transição de sistema sol (solução) para um sistema gel (gelatina). Estes géis após completa secagem forma os denominados xerogéis. Neste processo parte-se de uma solução do alcoóxido precursor, TEOS, por exemplo, em um solvente ou em uma mistura de solventes adequados e promove-se a hidrólise. Dá-se inicio à condensação formando uma dispersão de partículas coloidais (partículas com dimensões entre 1 e 1000nm). Tipicamente neste período observa-se o branqueamento da suspensão, em seqüência ocorre a reticulação levando ao gel. Os géis coloidais resultam da agregação de partículas coloidais enquanto que os géis poliméricos são geralmente preparados a partir de soluções onde se promovem reações de polimerização e poli - condensação. O esquema 1 ilustra os eventos acima em função das condições do meio (ph, sal) na morfologia do gel. Deve-se notar o efeito do ph na formação seja de monólitos ou de partículas. Abaixo de ph 7, o precursor TEOS é transformado no respectivo ácido silícico, Si(OH) 4, que condensa para um monólito, a ph`s maiores ocorre a deprotonação do ácido silícico induzindo à repulsão de cargas e conseqüentemente a formação de partículas. 2

3 Esquema 1. Comportamento de polimerização da sílica aquosa. Em solução básica (B), as partículas crescem em tamanho com diminuição em número; em solução ácida ou na presença de sal (A) as partículas se agregam em cadeia tri dimensional e formam géis. [Brinker & Scherer et al. 1990]. 3

4 Existem três abordagens que são tradicionalmente empregadas na construção de géis monolíticos. 1. Gelificação de uma solução de um pó coloidal; 2. Hidrólise e poli - condensação de precursores alcoóxidos ou nitratos seguidos pela secagem hipercrítica do gel; 3. Hidrólise e poli condensação de precursores alcoóxidos seguido pelo envelhecimento e secagem à temperatura ambiente. A abordagem que empregamos para obtenção de sistemas vítreos foi à terceira, na qual hidrólise de alcoóxidos precursores empregando em meio ácido. Considerando materiais vítreos derivados do silício, três reações principais descrevem o processo sol-gel: 1. Hidrólise: Si OR + H 2 O Si OH + ROH (1) 2. Condensação alcoólica: Si OR + HO Si Si O Si + ROH (2) 3. Condensação aquosa: Si OH + HO Si Si O Si + H 2 O (3) onde R é um grupo alquil. Na reação de hidrólise ocorre a formação de grupos reativos do tipo silanol (Si OH). Nas reações de condensação ocorre a formação dos grupos siloxanos (Si O Si), álcool (Equação 1) e água (Equação 2). Nesta etapa, o álcool e a água 4

5 produtos da reação permanecem nos poros da cadeia reticular [Hench & West et al., 1990]. Na condição utilizada neste trabalho, a concentração de água (razão molar H 2 O : Si >> 4) em excesso implica na hidrólise quase que completa (reação 1) seguida da condensação. Durante as reações de hidrólise e condensação ocorre à formação numerosos partículas assim que o alcoóxisilano entra em contacto com a água. Devido à imiscibilidade entre alcoóxisilanos e água, normalmente um solvente mútuo é adicionado como agente de homogeneização. Entretanto, géis derivados do TEOS podem ser preparados sem a necessidade de um co-solvente, neste caso emprega-se ultra-som que promove a hidrólise do TEOS (passo denominado pré-hidrólise) e gera o ácido silícico que é solúvel em água na concentração de trabalho [Brinker et al., 1990; Brennan, et al., 1999]. Quando ligações siloxanos suficientemente interconectadas são formadas na região, estas respondem cooperativamente como partículas coloidais ou sol. Após este processo inicial a solução inicial é transferida para um recipiente adequado para envelhecimento ( casting ). Neste estudo empregou-se cubetas de poli estireno, material inerte ao ácido silícico. Detalhes mecanísticos e outros podem ser encontrados em várias literaturas especializadas [Brinker et al. ; 1988; Scherer et al. ; 1988; Brinker & Scherer et al. ; 1990; Hench et al. ; 1990 ]. 5

6 1.2. Fluorescência Espectroscopia de fluorescência é uma poderosa ferramenta analítica para estudar os efeitos de vários parâmetros físico-químicos (ph, polaridade, viscosidade, concentração, efeito dos solventes, processos moleculares no estado excitado, etc.) sobre as moléculas em solução e, ultimamente, em materiais vítreos derivados do processo sol-gel [Kaufman & Avnir, Pines & Huppert et al.,1988; Dunn & Zink et al., 1997; Wasiucionek & Breiter et al., 1997; Wittouck & Schryver, Snijkers-Hendrickx et al., 1997). A utilização desta técnica é função de sua inerente sensibilidade analítica [Lakowicz, 1983]. Fluorescência é a propriedade que alguns átomos ou moléculas (conhecidos por fluoróforos ou sondas fluorescentes) têm em absorverem luz em um determinado comprimento e posteriormente emitir luz em um comprimento de onda maior após um breve intervalo de tempo. Os vários níveis de energia envolvidos na absorção e emissão de luz são apresentados no diagrama de Jablonski (Figura 1). Neste diagrama aparecem em linhas horizontais o estado fundamental (S 0 ) e os estados excitados singlete (spins emparelhados) (S 1 e S 2 ) e triplete (spins desemparelhados) (T 1, T 2 e T 3 ) com seus correspondentes níveis vibracionais. As linhas retas referem-se aos processos radiativos e as sinuosas aos processos não radiativos. Os números nas linhas referem-se as seguintes definições: 1. Absorção de Luz. Uma molécula no estado fundamental (S 0 ) pode absorver um fóton de luz e tornar-se excitada com escala de tempo de s. A maioria das transições prováveis é S 0 S 1 ou S 0 S 2, embora transições de S 0 para estados excitados singlete de maior energia também são possíveis. 2. Relaxação Vibracional. A absorção do S o para S n envolve uma mudança do nível vibracional zero do S 0 para qualquer nível vibracional do estado excitado. Contudo, o nível vibracional v = 0 é o nível mais populoso à temperatura ambiente para a molécula em seu 6

7 estado eletrônico fundamental, e v = 0 é também o nível vibracional do estado eletrônico excitado que é mais populoso no equilíbrio. Ao menos que a molécula dissocie antes do equilíbrio ser alcançado, existe um processo rápido (10-12 s) que relaxa o nível vibracional de maior energia do estado excitado para seu nível vibracional zero. 3. Conversão Interna. É um processo não radiativo que converte um estado eletrônico de maior energia para um de menor energia de mesma multiplicidade. Por exemplo, O nível vibracional zero do S 2 é convertido em um nível vibracional do estado excitado S 1 que tem a mesma quantidade de energia. O nível vibracional excitado S 1 pode então relaxar para seu nível zero. A escala de tempo para a conversão interna é rápida (> s), especialmente quando os dois estados são próximos em energia. 4. Decaimento não Radiativo. É um processo pelo qual o estado eletrônico excitado retorna ao estado fundamental (tipicamente de S 1 para S 0 ) sem a emissão de luz. A escala de tempo para decaimento não radiativo (< 10-6 s) é menor que para conversão interna devido à diferença de energia entre S 1 e S 0 que usualmente é maior do que entre S 2 e S Cruzamento Intersistema. É a conversão de um estado singlete em um estado triplete (ou vice versa), requer a mudança rápida do spin do elétron. A probabilidade do cruzamento intersistema depende, entre outras coisas, da diferença de energia entre o estado singlete e tripete, com escala de tempo entre 10-6 e s. O estado T n é menor em energia do que o seu correspondente S n devido a menor repulsão de elétron para elétrons não emparelhados. 6. Fluorescência. É a emissão de luz de um estado excitado para o estado fundamental com a mesma multiplicidade. Usualmente a emissão é de S 1 S 0, com escala de tempo entre 10-9 e 10-7 s. Alguns casos de fluorescência anormal S 2 S 0 são encontrados ocorre em alguns compostos, tais como o azuleno e compostos tiocarbonil. 7. Fosforescência. É a emissão de luz de um estado excitado para o estado fundamental com mudança de multiplicidade (usualmente de um estado excitado triplete para o estado fundamental), ocorrendo à tempos longos (10-3 a 10 2 s). Este processo envolve mudança de 7

8 estado eletrônico e de spin, assim como absorção S 0 T n, fosforescência é um processo spin proibido. 8. Absorção Triplete Triplete. Uma molécula no estado excitado triplete pode absorver um fóton para originar um estado triplete de maior energia, assim espectro UV/VIS pode ser obtido e o decaimento do estado excitado em função do tempo pode ser monitorado. 9. Absorção Singlete Singlete. Estados tripletes podem persistir mais do que estados excitados singletes, portanto só era possível absorção triplete triplete. Entretanto, com o advento da espectroscopia de pico e femto segundos, tornou-se possível medir transições de um estado excitado singlete para um outro singlete de maior energia. 10. Absorção Singlete Triplete. Como fosforescência, este é um processo proibido, portanto a transição S 0 T n não é observada na espectroscopia UV/VIS [Carroll, 1998]. 8

9 Figura 1: Diagrama de Jablonski [Carroll, 1998] 9

10 Três parâmetros fundamentais utilizados na descrição e comparação das sondas fluorescentes são: coeficiente de extinção molar (ε), rendimento quântico (φ f ) e tempo de vida de fluorescência (τ f ). O coeficiente de extinção molar (ε) converte unidades de absorbância em unidades de concentração molar para uma variedade de substâncias químicas, sendo determinado pela medida de absorbância a um particular comprimento de onda (usualmente, o ε utilizado é aquele relativo ao máximo valor de absorção no espectro UV/VIS) de um fluoróforo. Coeficiente de extinção é a medida direta da habilidade do fluoróforo em absorver luz, e aqueles fluoróforos que têm um alto coeficiente de extinção apresentam alta probabilidade de emissão de fluorescência. Rendimento quântico (φ f ) é um padrão para medir a eficiência da emissão de fluorescência relativa a todos os caminhos possíveis para relaxação, ou seja, representa a probabilidade de um fluoróforo excitado produzir um fóton emitido e é geralmente expresso por (4): φf = número de fótons emitido / número de fótons absorvido. (4) Tempo de vida de fluorescência é o tempo característico que uma molécula permanece no estado excitado antes de retornar ao estado fundamental e é o tempo disponível para a informação ser obtida do perfil de emissão. Durante o tempo de vida do estado excitado, o fluoróforo pode sofrer mudanças conformacionais ou interagir com outras moléculas e difundir através do ambiente local. A intensidade do decaimento de fluorescência como uma função do tempo em uma população uniforme de moléculas excitadas com um breve pulso de luz é descrito por uma função exponencial (5): I t = I 0 e (-t / τ f ) (5) onde: I t é a intensidade de fluorescência medida a tempo t, I 0 é a intensidade inicial observada após a excitação e, 10

11 τ f é o tempo de vida de fluorescência. Formalmente, o tempo de vida de fluorescência é definido como o tempo no qual a intensidade de fluorescência do fluoróforo decai para 1/e (~ 37%) da intensidade inicial, conforme Figura 2(a). Esta quantidade é o recíproco da constante de velocidade para o decaimento de fluorescência do estado excitado para o estado fundamental. Desde que, o nível de fluorescência é diretamente proporcional ao número de moléculas no estado excitado, medidas de tempo de vida podem se feitas através do decaimento de fluorescência após um breve pulso de excitação. Em um solvente uniforme, o decaimento de fluorescência é usualmente uma função mono-exponencial, conforme Figuras 2(a) e 2(b). Além disso, processos como conversão interna, cruzamento intersistema e supressão podem competir com emissão de fluorescência na relaxação dos elétrons do estado excitado para o estado fundamental. Exceto fluorescência e fosforescência, os processos não radiativos são mecanismos primários responsáveis pela relaxação dos elétrons do estado excitado. Todos os processos não fluorescentes que competem para a desativação dos elétrons no estado excitado podem ser combinados em uma única constante de velocidade, conhecida por constante de velocidade não radiativa (k nr ). Esta constante ignora qualquer contribuição da relaxação vibracional devido à rápida velocidade (10-12 s) destas conversões que são várias ordens de magnitude mais rápida do que as transições de desativação (10-9 s). Portanto, rendimento quântico pode ser descrito em termos de constante de velocidade, segundo a expressão (6): φ f = k f / (k f + k nr ) = τ f / τ 0 (6) onde: k f é a constante de velocidade para o decaimento por fluorescência, τ f é o tempo de vida de fluorescência medido, τ 0 é o tempo de vida intrínseco, ou seja, o tempo de vida do estado excitado na ausência de todos os processos que competem com a fluorescência. Na prática, o tempo de vida de fluorescência é diminuído pela presença de processos não radiativos, resultando em um tempo de vida medido que é a combinação do 11

12 tempo de vida de fluorescência e dos mecanismos de relaxação não fluorescentes. Já que o tempo de vida medido é sempre menor que o tempo de vida intrínseco, o rendimento quântico nunca excede ao valor unitário [ Intensidade (a) Log da Intensidade (b) Inclinação -1/τ 1/e Tempo Tempo Figura 2: Perfil do decaimento do tempo de vida de fluorescência [ Equilíbrio Ácido- Base no Estado Excitado Em 1931, Weber observou que o comprimento de onda de fluorescência do 1- naftilamina-4-sulfonato apresenta alterações em função do ph da solução sem que houvesse alterações no espectro de absorção. Em 1949, a observação de Weber foi interpretada corretamente por Förster que considerou a possibilidade de que a constante de equilíbrio ácido-base no estado excitado fosse diferente da constante de equilíbrio no estado fundamental, [Förster et al., 1949; 1950]. 12

13 A relação entre deslocamento de comprimento de onda acompanhada de protonação e mudança na constante de equilíbrio sob excitação é formalizada no diagrama de energia do Ciclo de Förster, ilustrada na Figura 3. Figura 3: Ciclo de Förster [Carroll, 1998]. onde: H e H* são entalpias de dissociação do ácido AH em sua base conjugada A - no estado fundamental e no estado excitado singlete mais baixo, respectivamente; hν e hν são as energias de transição eletrônica entre o estado fundamental e estado singlete mais baixo para AH e A -, respectivamente; h é a constante de Planck 13

14 Conforme o ciclo de Förster, é evidente que: H* + hν = H + hν (7 ) H* = H + (hν - hν ) (8 ) Assumindo que a variação de entropia é a mesma no estado fundamental e excitado e que G = H - T S, a equação (8) torna-se: H* - H G* - G (9) e utilizando a relação entre G e equilíbrio G = 2,303 RT pk (10) tem-se a relação (11), na qual pode-se determinar o valor pk* a partir do pk do estado fundamental. pk* - pk = (hν - hν ) / (2,303 RT) (11) onde: R é a constante universal dos gases; T é a temperatura em Kelvin. Conforme o surgimento da emissão de fluorescência da base ou do ácido conjugado (ou seja, um ácido ou base mais forte no estado excitado) essas substâncias passaram a ser conhecida como fotoácidos e fotobases, respectivamente [Ireland & Wyatt et al., 1976; Parker, 1968; Eigen et al., 1964; Weller et al., 1961; Gutman et al., 1981; Schulman, 1977]. Uma molécula no estado excitado pode ser considerada como um isômero metaestável da mesma molécula no estado fundamental, uma vez que as propriedades físicas e químicas são determinadas pelo arranjo do orbital eletrônico. Essa nova molécula 14

15 pode exibir reações não mostradas no estado fundamental (reações fotoquímicas) e ainda pode tomar parte em reações análogas àquelas do estado fundamental. Entre estas reações estão as reações denominadas de prototrópicas (Prototropismo significa dissociação e associação de prótons) [Parker, 1968]. Dependendo das escalas de tempo envolvidas entre o processo prototrópico no estado excitado (P) e o decaimento de fluorescência (D), e considerando-se fotoácidos, existem três casos possíveis para o equilíbrio de protonação no estado excitado singlete. 1. Deprotonação é muito mais lento que o decaimento de fluorescência; 2. Deprotonação é muito mais rápido que o decaimento de fluorescência; 3. Deprotonação é competitivo com o decaimento de fluorescência. No caso 1, prevalece a fluorescência, e não ocorre o processo de transferência de próton, ou seja, a espécie ácida quando excitada irá fluorescer antes de ser convertida na base conjugada. A fluorescência observada será devido à forma que estiver no estado excitado (ácida ou básica). Substâncias que se comportam desta maneira são ótimas sondas para determinar o ph, uma vez que a técnica fluorimétrica apresenta maior sensibilidade em relação à técnica espectrofotométrica. Os casos 2 e 3 podem ser explicados considerando um equilíbrio entre o ácido excitado AH * e sua base conjugada A -* (pk * a << pk a ) e ambas as espécies fluorescem. Em solução alcalina, a população do estado fundamental consiste de A - e sob excitação luminosa observa-se o processo (12) e em meio fortemente ácido, AH será a espécie predominante e a emissão de fluorescência corresponderá ao processo (13): 15

16 A - * kf A - + hν (12) AH* kf AH + hν (13) onde: h é a constante de Planck; ν é a freqüência de emissão de A - ; ν é a freqüência de emissão de AH. * Em um valor de ph intermediário (pk a +1 < ph < pk a 1) a espécie presente no estado fundamental é AH mas, sob excitação luminosa, a espécie AH * dissociar-se-á parcialmente aparecendo a emissão devido a espécie A -*. Se o prototropismo no estado excitado é muito mais rápido que o decaimento por fluorescência (caso 2), ocorre o processo de transferência de próton no estado excitado sendo que a quantidade das espécies ácida e básica no estado excitado dependerá da magnitude das constantes envolvidas. Se o prototropismo é competitivo com o decaimento por fluorescência (caso 3) atinge-se um estado de quasi-equilíbrio, onde ocorre o processo de transferência de próton, mas o equilíbrio não é totalmente estabelecido, devido à competitividade entre os dois processos. Neste trabalho utilizou-se fotoácidos, como piranina e 2-naftol, para monitorar a transferência de próton no interior dos monólitos derivados do TEOS. Estes fotoácidos apresentam deprotonação no estado excitado mais rápido que o decaimento por fluorescência. 16

17 1.4. Fotólise de Relâmpago induzido a Laser (Salto de ph) De acordo com o conceito de fotoácidos e fotobases estabelecido por Förster, sabese que álcoois aromáticos e aminas protonadas tornam-se ácido mais forte em seu estado excitado singlete do que em seu estado fundamental enquanto que ácidos carboxílicos aromáticos e ésteres usualmente tornam-se base mais forte. Em ambos os casos, uma rápida mudança na concentração de próton provocada pelo salto de ph pode ser detectada pela observação dos deslocamentos no espectro das espécies no estado fundamental. A rápida mudança de ph causada pelo salto de ph têm sido estudada a partir de álcoois aromáticos em solução [Gutman et al., 1981; Huppert et al., 1981; Gutman et al., 1983; Pines et al., 1983; Politi et al., 1984] e em sol-gel [Mckiernan et al., 1994]. O salto de ph é alcançado pela irradiação da piranina em solução aquosa com um intenso pulso de laser (λ=355nm, com largura de pulso da ordem de ~ 80ns)) resultando no seu estado excitado singlete S 1. A piranina caracteriza-se pelo menor valor de pk * a (~ 0,5) em relação ao pk a (~7,0). Deste modo, o pulso de laser converte a piranina de um ácido fraco para um ácido forte e dentro de 100 ps [Smith & Kaufmann; Huppert; Gutman et al., 1979], esta se dissocia liberando prótons para a água. Esta mudança de concentração é transitória; então a piranina relaxa para seu estado fundamental dentro (τ f ~6 ns). O sistema irá relaxar ao nível pré-pulso pela reprotonação da forma alcalina da piranina no estado fundamental, processo este modulado pelo ph da solução [McKiernan; Simoni; Dunn; Zink; et al.; 1994]. O esquema 2 apresenta o equilíbrio prototrópico da piranina. 17

18 λ máx. = 445 nm pka * = 0.5 k diss. * POH* + H 2 O PO - * + H 3 O + k ass. * λ máx. = 510 nm excitado kf knr kf knr k diss. POH + H 2 O PO - + H 3 O + λ máx. = 403 nm k ass. pk a = 7.2 λ máx. = 455 nm fundamental Esquema 2: Representação do Equilíbrio Prototrópico da Piranina. O índice * refere-se às espécies no estado excitado. POH e PO - são as espécies protonada e deprotonada da piranina; k ass. e k diss. são as constantes de velocidade para as reações de associação e dissociação, k f e k f são as constantes de velocidade para o decaimento por fluorescência da sonda protonada e deprotonada, k nr e k nr são as constantes de velocidade para o decaimento não radioativo da sonda protonada e deprotonada, respectivamente [Fernandez et al.; 1996]. 18

19 1.5. Reações de Transferência de Prótons Reações de transferência de prótons estão entre os mais comuns e importantes processos químicos que ocorrem em soluções aquosas na biosfera [Bell et al., 1973]. Tratam-se também de reações extremamente rápidas, da ordem de a 2 x M -1 s -1 [Gutman, et al., 1986]. Muito do que se conhece a respeito de equilíbrio químico, cinética química, efeitos isotópicos, transporte de massa em solução, relações de energia livre e reatividade química é derivado do estudo de reações de transferência de prótons [Huppert et al., 1981]. Na química clássica de soluções aquosas, a dissociação de prótons é tratada como uma simples reação de primeira ordem. Na verdade trata-se de uma reação bastante complexa envolvendo mais de uma etapa [Huppert et al., 1982]. O esquema da transferência de próton proposto pelo autor [Huppert et al., 1981] está expresso em (14): k 1 k 2 k 3 AH + B AH...B A...BH A - + BH + (14) k -1 k -2 k -3 onde: k 1 e k -1 representam os processos de encontro e separação dos reagentes; k 2 e k -2 descrevem a transformação química e; k 3 e k -3 representam os processos de encontro e separação dos produtos. Essa reação pode ser dividida em três partes: a difusão dos reagentes para o raio da atmosfera iônica; difusão acelerada até a distância de encontro e subseqüente conversão do complexo de encontro até os produtos. Em reações onde o equilíbrio é estabelecido 19

20 rapidamente com o complexo de encontro, as equações de velocidade são dominadas por processos de difusão. Isso resulta na perda da informação sobre a dinâmica do complexo de encontro. O solvente exerce papel fundamental nessa reação. Pelo uso de fotoácidos, o processo de dissociação total após o pulso de laser, pode ser dividido em dois passos consecutivos de reação e difusão. No estágio reativo, ocorre uma rápida separação de carga e forma-se um par iônico pelo estiramento da ligação do doador de próton que é estabilizado pelo solvente. O tempo de vida desse estado transiente é muito curto, comparável com o tempo da vibração. Para uma ligação OH esse tempo é de 30fs. Compostos com baixo valor de pk a irão atingir o estado [RO -...H + ] numa freqüência alta, enquanto que aqueles com alto valor de pk a irão atravessar muitas vibrações até que a energia de estiramento supere o limiar para formar o par iônico [Gutman et al., 1984; Pines & Huppert et al., 1986; Pines et al., 1988]. O estado [RO -...H + ] é muito instável, estando sujeito a uma enorme atração eletrostática. Sendo assim, não ocorre dissociação sem que haja assistência do solvente. O próton carregado positivamente interage com o dipolo das moléculas de água circunvizinhas e a camada de hidratação é formada num domínio de tempo de 20 a 50fs [Rao & Berne et al., 1981; Warshel, et al., 1982]. O próton estabilizado pode assim difundir (segundo estágio) da sua base conjugada devido a movimentos randômicos térmicos, mas essa difusão ainda dentro do raio formado pela gaiola coulômbica (ver adiante), está sujeito a forças eletrostáticas. O processo reverso é a recombinação geminada (neutralização) dos dois íons separados, tanto por colapso direto do par iônico, ou pelo reencontro geminado dos íons livres solvatados, conforme (15). Uma descrição simples e direta deste processo foi apresentada por Eigen [Eigen et al., 1964; Eigen et al., 1964]: k D k 2 RO - + H + [RO -...H + ] ROH (15) k -D k 1 20

21 onde: R é o radical orgânico; [RO -...H + ] é o par iônico formado entre o ânion molecular RO - e o próton H + ; k D e k -D são as constantes de velocidade direta e reversa, que podem ser obtidas da solução da equação de Debye-Smoluchowski (equação 16) de estado estacionário e, k 2 e k 1 são as constantes de velocidade de recombinação e dissociação molecular do par iônico. k = [(4πNR 0 ΣD) / 1000].[δ / (e δ - 1)].[e δ (R 0 κ / (1 + R 0 κ))] (16) A equação de Debye - Smoluchowski (16) fornece a constante de velocidade controlada por difusão. O primeiro termo da equação define a velocidade de colisão entre os reagentes na ausência de interações eletrostáticas. Os parâmetros que aparecem no primeiro termo são N (número de Avogadro), R 0 (distância de colisão) e ΣD (somatória dos coeficientes de difusão dos reagentes). Como o coeficiente de difusão do próton é muito maior do que qualquer outra espécie, pode-se aproximar ΣD ~ D H+ onde, D H+ = 9,3 x 10-5 cm 2 s -1. Sendo assim, para um próton difundindo livremente e com R 0 ~ 6Å, a velocidade resultante do encontro entre H + e uma espécie não carregada é aproximadamente 4 x M -1 s -1. Os outros termos na equação (16) levam em conta a interação eletrostática entre o H + e o aceptor. A intensidade de interação é expressa pelo termo δ que é a razão entre o raio da gaiola coulômbica (ou o raio de Debye, R D ) e R 0. O R D é a distância na qual a interação tanta atrativa quanto repulsiva entre os reagentes, se iguala à energia térmica (e 0 é a carga eletrônica e k B é a carga de Boltzmann), segundo a equação (17). R D = Z 1 Z 2 e 0 2 / ε k B T (17) Por definição R D é sempre positivo. Em solução aquosa, à temperatura ambiente, Z 1 Z 2 = 1 e R D = 7 Å. 21

22 A natureza da interação eletrostática é dada pelo sinal de δ que corresponde ao produto (Z 1 Z 2 ), e reflete se o próton dentro da distância R D será atraído pelo ânion ou repelido pelo cátion. Interações atrativas terão um valor negativo de δ, enquanto que forças repulsivas têm um valor positivo de δ. Uma vez que o próton (ou outra partícula carregada) penetra a gaiola coulômbica, sua difusão é dificultada pela interação eletrostática. Se a interação é atrativa (δ < 0) os íons irão colidir em menos de 1 ns. Interações repulsivas (δ > 0) causarão um desvio da partícula e a probabilidade de encontro irá diminuir. A relação entre δ e a velocidade da reação é dada pelo segundo termo [δ / (e δ - 1)] da equação 1. Um potencial fortemente repulsivo, δ > 1 faz reduzir a expressão muito rapidamente. Por outro lado, para potencial atrativo, a expressão se aproxima da linearidade para δ < - 3. Assim, um aceptor muito positivo pode efetivamente evitar a protonação, enquanto que cargas negativas não conseguem aumentar a velocidade de protonação mesmo que por um fator de 10. O último termo na equação 16 considera o efeito da força iônica na velocidade da reação entre partículas carregadas. Ele combina δ, o comprimento de Debye (κ = 3,3 x 10-7 x µ ½ cm -1 ) e o raio de encontro (R 0 ) numa expressão que suprime a intensidade de interação eletrostática. Quanto maior a carga do aceptor, mais este será susceptível aos efeitos do íon em solução. Sob condições fisiológicas, um ânion carregado com uma única carga irá reagir com um próton numa velocidade de aproximadamente 2 a 4 x M -1 s -1. Constantes de velocidades menores que esse valor sugerem algumas peculiaridades no sítio de ligação do próton [Gutman & Nachliel et al., 1995]. A aplicabilidade da equação 1 para o cálculo do coeficiente de difusão de um par próton-ânion foi demostrada por Pines & Huppert (1983). Esta é uma ferramenta útil para calcular o coeficiente de difusão do próton em espaços microscópicos onde outros métodos não podem ser empregados [Gutman et al., 1989]. 22

23 Resumidamente, a equação de Debye-Smoluchowski (16) descreve a busca mútua entre os reagentes até que a distância entre eles seja igual ao raio de Debye (R D ). Assim que o próton penetra na superfície da esfera limitada pelo raio de Debye, também denominada gaiola coulômbica, a velocidade dos eventos é altamente acelerada pela forte atração eletrostática. Em fração de nanosegundos, o próton se aproximará da distância de contato (R 0 ) e a formação da ligação covalente irá se processar. Em comparação com a busca mútua que é relativamente longa, os eventos dentro da gaiola coulômbica são ignorados. A Gaiola Coulômbica é o espaço no qual a energia potencial eletrostática ao redor de um íon é maior que sua energia térmica. A aproximação de um próton até a gaiola coulômbica de um ânion é uma reação controlada por difusão e é medida em escala de microsegundos.uma vez que o próton penetra na gaiola coulômbica, sua trajetória é dominada pelo potencial eletrostático e colisão com o ânion, que é da ordem da nanosegundos, uma escala de tempo que é comparável com o tempo de vida dos indicadores de ph fluorescentes. A avaliação das medidas de fluorescência deve considerar a dinâmica interna à gaiola coulômbica, ou seja, é importante dar ênfase à constante dielétrica, ao coeficiente de difusão e à geometria do espaço reacional. Outro termo que afeta as reações dentro da gaiola coulômbica é a geometria do espaço reacional. Quando se considera a interação próton-ânion em meio aquoso, o espaço reacional é esférico. Mas, quando a porção dissociante está inserida numa cavidade definida, a dispersão do próton não ocorre num meio simetricamente esférico. Ambos os fatores, campo elétrico local e espaço reacional não esférico são tratados quantitativamente pelo formalismo da recombinação geminada entre próton e ânion por Pines e seus colaboradores [Pines et al., 1988]. 23

24 Efeito do Solvente O solvente pode afetar a velocidade de dissociação de fotoácidos e fotobases por três efeitos independentes: 1. Velocidade de hidratação do próton. 2. Velocidade da difusão. 3. Constante dielétrica do meio. No primeiro efeito, a água tem papel fundamental na solvatação do próton que é dissociado, e uma das características do solvente é refletida diretamente na velocidade da dissociação, que pode ser utilizada como uma ferramenta para investigar o meio onde o reagente se encontra. Embora a natureza exata da solvatação do próton em água seja controversa, reconhece-se que a solvatação do próton e sua difusão em água pura envolvem algum tipo de participação cooperativa de moléculas de água [Pines & Fleming et al., 1991]. Na representação clássica da estrutura da água [Bernal & Fowler et al., 1933] assume-se que o próton é solvatado por 4 moléculas de água formando um complexo de geometria tetraédrica. Em outras palavras, primeiro o próton se ligaria a uma única molécula de água e posteriormente os hidrogênios se ligariam as três primeiras camadas de solvatação de moléculas de água [Robinson et al., 1986; Eigen, 1964]. Utilizando a técnica de salto de ph induzido por laser e utilizando fotoácidos em várias misturas de água-álcool, os seguintes autores [Robinson et al., 1986; Huppert & Kolodney, 1981; Huppert et al, 1982] em experimentos independentes, interpretaram a diminuição das velocidades de dissociação do próton como uma manifestação da quebra da estrutura da água causada pela diluição da água pelo solvente orgânico. Os outros dois efeitos (velocidade de difusão do próton e constante dielétrica do meio) afetam a velocidade com a qual o próton escapa da gaiola coulômbica. A difusão dos prótons é mediada por uma troca rápida na rede de ligações de hidrogênio. Qualquer ruptura da rede encurta a distância sobre a qual o próton pode migrar. Assim, solventes 24

25 orgânicos encurtam o trecho de passagem rápido e tornam o próton mais lento no seu caminho de saída da gaiola coulômbica. Por sua vez, a constante dielétrica dos solventes orgânicos expande o tamanho da gaiola coulômbica, o que também diminui a probabilidade do sucesso do escape. A constante de velocidade da dissociação do próton é extremamente sensível ao * meio. Exceto para fotoácidos muito fortes (pk a < 0), não ocorre dissociação a menos que moléculas de água estejam na vizinhança para atuar como receptoras de prótons. Ainda, essas moléculas de água precisam estar livres para reagir com o próton na escala de tempo comparável com o tempo de vibração (30fs). Durante esse período curto de tempo, as moléculas de água estão praticamente fixas no espaço e somente aquelas moléculas que já se encontram numa distância igual a da primeira e da segunda camada de hidratação irão participar da reação. Simulações de dinâmica molecular [Rao & Berne et al.,1981] demonstraram que o processo de hidratação total de um íon de carga positiva ocorre dentro de uma esfera de menos de 4Å. Portanto, a cinética da dissociação do próton pode ser considerada uma técnica adequada para medir a atividade da água Efeito do Tampão As espécies oriundas do tampão afetam diretamente o tratamento cinético de reações de transferência de próton. Após um pulso de acidificação de uma solução, a protonação de um sítio será afetada pela presença das espécies do tampão por mais de uma maneira. Por um lado, as espécies do tampão competirão pelos prótons livres, diminuindo assim a velocidade de protonação direta. Por outro lado, a difusão livre do tampão pode fazer com que este atue como um carregador de prótons. A difusão de prótons em soluções aquosas se dá pela troca de hidrogênios ligados covalentemente entre prótons solvatados e a matriz circundante. Devido a esse mecanismo, a difusibilidade da carga protônica em água (D H+ = 9,3 x 10-5 cm 2 s -1 ) é maior do que qualquer outro íon; esta é mais rápida até do que a difusão da própria água em água (D H2O = 2,5 x 10-5 cm 2 s -1 ). A dispersão do excesso de 25

26 ácido em solução numa escala macroscópica não representa somente a difusão do próton. Trata-se de uma somatória de muitos processos, tais como difusão do próton livre, liberação e captura de prótons pelo tampão e difusão de moléculas protonadas de tampão. Generalizando-se, pode-se assumir que o tampão sempre irá reduzir a difusibilidade do ácido abaixo do medido em água pura. E ainda, qualquer coeficiente de difusão medido pela dispersão da acidez em uma solução tamponada é um coeficiente aparente e não representa o parâmetro molecular de D H+. 26

27 2. Objetivos Este trabalho tem como objetivos: 1. Estudar a transferência de próton nos monólitos derivados do TEOS através de reações fotoinduzidas da piranina. 2. Estudar a participação das espécies H 2 PO 4 - e HPO 4 = interior dos monóliotos derivados do TEOS no processo prototrópico. oriundas do tampão fosfato no 3. Estudar o comportamento dos indicadores ácido-base dopados nos monólitos derivados do TEOS. 4. Estudar a participação da água nas reações de transferência de próton em sistemas secos constituídos por espécies de tampão fosfato. 3. Materiais, Equipamentos e Métodos Materiais. Os materiais, abaixo relacionados, foram todos de qualidade analítica e utilizados como recebidos. Tetraetilortosilano (TEOS), foi obtido da Acros Organic. Piranina foi obtida da Eastman Kodak. 2-Naftol foi obtido da J. T. Baker Chemical. Fosfato de potássio monobásico foi obtido da Mallinckrodt Chemicals. Fosfato de potássio dibásico foi obtido da J. T. Baker Chemical. Dodecil Sulfato de Sódio foi obtido da Sigma-Aldrich. Azul de Bromofenol (BFB), foi obtido da Sigma-Aldrich. 27

28 Azul de Bromotimol (BTB), foi obtido da Sigma-Aldrich. Lilás de Bromocresol (BCP), foi obtido da J. T. Baker Chemical. Vermelho Cresol (CR), foi obtido da Merck. Verde de Bromocresol (BCG), foi obtido da Merck. Cubetas de poli-estireno, com 1 cm de caminho óptico e 4 faces polidas e transparentes foram obtidas da Sigma-Aldrich Equipamentos. Balança Analítica, Sartorius e Analitical Plus. ph-metro, Orion modelo 307. Sonicador de haste, Braun Sonic 1510, foi utilizado para acelerar a hidrólise do TEOS, com potência de 70W. Sonicador de Banho, Branson modelo N, foi utilizado para assegurar a homogeneização na preparação do monólito derivado do TEOS. Espectrofotômetro, Cary 300. Espectrofluorímetro, Hitachi F-200 e SPEX modelo DM 3000F. Fotólise de Relâmpago a Laser, Applied Photophysics. Forno de Secagem à vácuo, BUCHI GKR

29 3.3. Métodos Medidas de fluorescência da piranina dopada nos monólitos derivados do TEOS. Os ensaios de fluorescência da Piranina dopada nos monólitos derivados do TEOS foram realizados no HITACHI com geometria de 90, com largura de banda de 10 nm e com uma tensão de 400V na fotomultiplicadora, nas seguintes condições: a) λ excitação = 350 nm com varredura entre 420 e 600 nm; b) λ emissão = 510 nm com varredura entre 350 e 470 nm Medidas de fluorescência da piranina e 2-naftol dopados na mistura de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4. As medidas de fluorescência da piranina e 2-naftol dopados na mistura de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 foram realizadas no SPEX utilizando geometria de face frontal, com 2 mm de fendas de excitação e de emissão (largura de banda 13nm/mm), nas seguintes condições: a) Piranina: a1) λ excitação = 400 nm com varredura entre 420 e 600 nm; a2) λ emissão = 540 nm com varredura entre 350 e 470 nm. b) 2-Naftol: b1) λ excitação = 294 nm com varredura entre 320 e 500 nm; b2) λ emissão = 350 nm com varredura entre 250 e 330 nm. 29

30 Medidas de Fotólise de Relâmpago. As medidas de fotólise de relâmpago a laser de Nd: YAG com ~20 mj de potência, pulsado em 355 nm, com largura de pulso de ~80 ns e monitorado à 455 nm via Lâmpada de Xenônio e demais componentes eletrônicos para captura e digitalização de sinais Preparação do hidrolisado de TEOS. Uma mistura de TEOS e água bi-destilada (Razão molar Si: H 2 O = 1: 4) em meio ácido (HCl 2mM) foi agitada em um sonicador de haste até a obtenção de uma mistura miscível e translúcida. Esta mistura foi mantida em banho de gelo para evitar a gelificação durante a pré-hidrólise. Este hidrolisado de TEOS foi utilizado para preparar todos os monólitos. Convém ressaltar que nesta etapa não houve a adição de álcool como cosolvente, tornando o meio adequado para aplicações biológicas [Avnir et al. 1987; Brennan et al. 1999] Preparação dos Monólitos derivados do TEOS. Todos os monólitos derivados do TEOS foram preparados em cubetas de poliestireno. Após a preparação dos monólitos, as cubetas foram mantidas à temperatura ambiente e na ausência de luz. Os monólitos obtidos foram submetidos aos ensaios de UV/VIS, fluorescência e fotólise de relâmpago Monólitos derivados do TEOS contendo piranina. Em cada cubeta foi adicionado na seguinte ordem: 20 µl de piranina, 1,5 ml de água ou 1,5 ml de diferentes concentrações de solução tampão fosfato (ph 6,0), e 1,5 ml do préhidrolisado de TEOS. Durante a adição do pré-hidrolisado de TEOS, a cubeta foi mantida 30

31 em sonicador de banho para assegurar a homogeneização do monólito derivado da gelificação do TEOS. A razão molar final de Si : H 2 O é de 1 : 16,5 e a concentração final da piranina foi de 50 µm. As concentrações finais de solução tampão fosfato estão apresentadas nas legendas Monólitos derivados do TEOS contendo piranina e dodecil sulfato de sódio. Em cada cubeta foi adicionado na seguinte ordem: 20 µl de piranina, 0,75 ml de água ou 0,75 ml de diferentes concentrações de solução tampão fosfato (ph 6,0), 0,75 ml de SDS (Dodecil Sulfato de Sódio), e 1,5 ml do pré-hidrolisado de TEOS. Durante a adição do pré-hidrolisado de TEOS, a cubeta foi mantida em sonicador de banho para assegurar a homogeneização do monólito derivado da gelificação do TEOS. A razão molar final de Si : H 2 O é de 1 : 16,5 e as concentrações finais de piranina e de SDS foram 50 µm e 20 mm, respectivamente. As concentrações finais de solução tampão fosfato estão apresentadas nas legendas Monólitos derivados do TEOS contendo indicadores ácido-base Em cada cubeta foi adicionado na seguinte ordem: 40 µl de diferentes indicadores ácido-base, 1,5 ml de água ou 1,5 ml de diferentes concentrações de solução tampão fosfato (ph 6,0) e 1,5 ml do pré-hidrolisado de TEOS. Durante a adição do pré-hidrolisado de TEOS, a cubeta foi mantida em sonicador de banho para assegurar a homogeneização do monólito derivado da gelificação do TEOS. A razão molar final de Si: H 2 O é de 1 : 16,5 e as concentrações finais de indicadores ácido-base e de solução tampão fosfato foram 10 µm e 50 mm; 40 mm; 30mM; 20 mm e 5 mm, respectivamente. 31

32 3.3.6 Mistura de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 dopadas com piranina e 2 - naftol Em um almofariz foi triturado uma mistura de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 na proporção de ph aparente = 4,0 à 6,0 dopada com piranina ou 2 - naftol. Esta mistura foi submetida à secagem a vácuo por 1 hora e a 150 ºC. Estas misturas foram submetidas ao ensaio de fluorescência. 4. Resultados e Discussão. 4.1 Efeito da concentração de tampão fosfato sobre a piranina em solução. A Figura 4 apresenta o espectro de absorção da piranina em solução ácida e aquosa, no qual observa-se somente a presença da espécie protonada, POH, (λ máx. = 403 nm e ε = cm -1 M -1, onde ε representa o coeficiente de absortividade) e em solução básica somente a presença da espécie deprotonada, PO -, (λ máx. = 455 nm e ε = cm -1 M -1 ) no estado fundamental. A Figura 5 apresenta o espectro de emissão de fluorescência da piranina (λ exc. = 350 nm, ε ácido = cm -1 M -1 e ε básico = cm -1 M -1 ) em soluções ácida, aquosa e básica. Em solução ácida, verifica-se a presença da espécie ácida, POH *,(λ máx. = 445 nm) e uma leve contribuição da espécie básica, PO -*, (λ máx. = 510 nm). Esta contribuição é resultante da dissociação prototrópica da espécie POH * no estado excitado, conforme equilíbrio prototrópico da piranina (Esquema 1). A piranina em solução aquosa apresenta uma pequena contribuição da espécie POH * e a da espécie básica, PO -* ; esta última espécie é resultante da dissociação da espécie POH * no estado excitado. Em solução básica apresenta somente a presença da espécie PO -* que é o reflexo da excitação da espécie PO - presente no estado fundamental. 32

33 absorbância λ (nm) Figura 4: Espectro de absorção da piranina em soluções ( ) ácida (ph 1), ( ) aquosa e (1) básica (ph 10). 33

34 1.0 intensidade normalizada (u. ar.) λ (nm) Figura 5: Espectro de emissão de fluorescência da piranina (λ exc. = 350 nm) em soluções ( ) ácida (ph 1), ( ) aquosa e (1) básica (ph 10). 34

35 A Figura 6 apresenta o espectro de excitação de fluorescência da piranina (λ em. = 510 nm) em função da concentração de solução tampão fosfato ph 6,0. Independente da concentração, observa-se a presença da espécie POH (λ máx. = 403 nm) e uma leve contribuição da espécie PO - (λ máx. ~ 445 nm, na região ampliada). De acordo com a região ampliada, verifica-se que a contribuição da espécie PO - é diretamente proporcional à concentração de solução tampão fosfato, ou seja, quanto maior é a concentração salina, maior é a dissociação prototrópica da piranina, e conseqüentemente menor é o valor do pk a da piranina. A Figura 7 apresenta o espectro de emissão de fluorescência da piranina (λ exc. = 350 nm) em função da concentração de solução tampão fosfato ph 6,0. Observa-se a presença majoritária da espécie PO -* (λ máx. = 510 nm) e uma leve contribuição da espécie POH * (λ máx. = 440 nm, região ampliada) para todas as concentrações de tampão, indicando a dissociação prototrópica da piranina no estado excitado. De acordo com a região ampliada, verifica-se que a dissociação prototrópica da piranina é diretamente proporcional à concentração de solução tampão fosfato, ou seja, quanto maior é a concentração de tampão maior é dissociação prototrópica da piranina. 35

36 intensidade (u. ar.) λ (nm) Figura 6: Espectro de excitação de fluorescência da piranina (λ em. = 510 nm) em função da concentração de solução tampão fosfato ph 6,0 ( ) 250 mm, ( ) 50 mm, (1) 5 mm, ( ) 0,5 mm, e ( ) água. 36

37 intensidade (u.ar.) λ (nm) Figura 7: Espectro de emissão de fluorescência da piranina (λ exc. = 350 nm) em função da concentração de solução tampão fosfato ph 6,0 ( ) 250 mm, ( ) 50 mm, (1) 5 mm, ( ) 0,5 mm, e ( ) água. 37

38 As Figuras 8 (A) e 8 (B) apresentam os transientes obtidos por fotólise de relâmpago da piranina em função da concentração de solução tampão fosfato ph 6,0. A partir destes transientes, pode-se calcular a constante de reprotonação observada da piranina no estado fundamental (Tabela 1). A espécie POH presente na solução é submetida a um pulso de laser tornando-se um ácido mais forte, POH *. Esta espécie ácida dissocia-se em PO -* que por sua vez relaxa na forma de PO - sendo reprotonada, completando o equilíbrio prototrópico da piranina (Esquema 1). Observa-se que a constante de reprotonação observada é diretamente proporcional à concentração de tampão fosfato. Tabela 1: Constante de reprotonação observada da piranina em função da concentração de solução tampão fosfato ph 6,0. [tampão fosfato] kreprotonação obs (s-1) 50 mm 2,80E mm 2,12E mm 1,56E mm 8,90E+05 5 mm 2,50E+05 água 5,60E+05 38

39 0.025 (A) (B) absorbância absorbância tempo (µs) tempo (µs) Figura 8: Transientes obtidos por fotólise de relâmpago (1600W) a 325 nm e monitorado a 455 nm para a piranina em função da concentração de solução tampão fosfato ph 6,0. (A) ( ) 50 mm, ( ) 40 mm e (1) 30 mm; (B) ( ) 20 mm, ( ) 5 mm e ( ) água, respectivamente. 39

40 4.2. Efeito da concentração de ácido clorídrico sobre o monólito derivado do TEOS Na preparação do hidrolisado de TEOS, concentrações de HCl na ordem de 10 mm e 100 mm apresentaram soluções turvas e posteriormente monólitos opacos. Portanto, a utilização de 2 mm de HCl na preparação do hidrolisado foi a concentração adequada para a obtenção de monólitos transparentes. 4.3 Efeito da concentração de tampão fosfato sobre o monólito derivado do TEOS Dados experimentais mostraram que a concentração de tampão fosfato interfere no tempo de gelificação do monólito derivado do TEOS. A gelificação foi praticamente instantânea, com a formação de um sólido opaco e quebradiço, para o monólito contendo 500 mm de tampão. O tempo de gelificação foi de 5 minutos para o monólito com 250 mm e dentro de 24 horas para os monólitos com 5 mm e 0,5 mm de tampão fosfato ph = 6,0, com a formação de monólitos uniformes e translúcidos. Após a gelificação, os monólitos sofrem contração em todo o seu volume ao longo do tempo. Após a preparação dos monólitos, monitorou-se a perda de massa e a transferência de próton da piranina até o momento em que a massa dos monólitos e os respectivos espectros da piranina tornaram-se praticamente constante. As Figuras 9 (A) e 9 (B) apresentam o espectro de absorção dos monólitos derivados da gelificação do TEOS em função da concentração de solução tampão fosfato ph = 6,0 após 7 dias de envelhecimento sem SDS e com SDS, respectivamente. Em ambos os casos, observa-se a presença da espécie protonada, POH, (λ máx. = 403 nm) e uma leve contribuição da espécie deprotonada, PO -, (λ máx. = 455 nm, na região ampliada). Esta leve contribuição da espécie deprotonada é diretamente proporcional à concentração de solução tampão fosfato, ou seja, quanto maior é a concentração salina, maior é a dissociação prototrópica da piranina. A dissociação prototrópica da piranina, neste caso, é atribuída a presença de sal que favorece a dissociação da espécie protonada e estabiliza os íons PO - e 40

41 H 3 O +. Em outros termos o aumento da força iônica conduz a uma diminuição do pk a e assim mantendo-se o ph constante observar-se-á o predomínio das espécies dissociadas (Fernandez et al., 1996). A dependência do pk a com a força iônica segue a função representada pela equação (18). pk a µ o piranina = pka µ=o - [(1,02 x Z 1 x Z 2 x µ ½ ) / (1 + 2 x µ ½ )] (18) onde: µ é a força iônica; µ = ½ΣC i Z i 2 Z 1 e Z 2 são as cargas das espécies; C i é a concentração molar das espécies. Observou-se que os espectros de absorção coletados ao longo de 74 dias não apresentaram alterações com relação à dissociação prototrópica no estado fundamental, independendo da utilização do SDS. O SDS foi introduzido na tentativa de compartimentalizar espécies e de alguma forma conduzir a cinéticas mais lentas. Estas e outras alternativas, como o uso de outros surfatantes e tampões será realizada futuramente. 41

42 (A) 2.5 (B) absorbância absorbância λ (nm) λ (nm) Figura 9: Espectro de absorção da piranina dopada nos monólitos derivados do TEOS em função da concentração de solução tampão fosfato ph = 6,0 ( ) 50 mm, ( ) 40 mm, (1) 30 mm, ( ) 20 mm, ( ) 5 mm e ( ) água, após 7 dias de envelhecimento (A) sem SDS e (B) com SDS. 42

43 Nas Figuras 10 (A) e 10 (B) estão apresentados os espectros normalizados de emissão de fluorescência (λ exc. = 350 nm) da piranina dopada nos monólitos derivados do TEOS em função da concentração de solução tampão fosfato ph = 6,0, após 1 e 51 dias de preparação do monólito, respectivamente. De acordo com a Figura 10 (A), observa-se a presença da espécie POH * (λ máx. = 431 nm) e da espécie PO -* (λ máx. = 505 nm) para todas as concentrações, indicando a dissociação prototrópica no estado excitado. Ao longo de 51 dias, observa-se somente a presença da espécie PO -* para as concentrações de 250 mm e 50 mm; e a presença das espécies POH * e PO -* para as demais concentrações. Ambos os espectros, mostram que a presença da espécie POH * é inversamente proporcional à concentração de tampão fosfato, ou seja, quanto maior é a concentração de tampão fosfato menor é a presença da espécie POH * e, maior é a dissociação prototrópica no estado excitado. Os monólitos contendo SDS apresentaram praticamente o mesmo comportamento em relação aos monólitos que não continham SDS, conforme ilustra as Figuras 11 (A) e 11 (B). 43

44 1.0 (A) 1.0 (B) intensidade normalizada intensidade normalizada λ (nm) λ (nm) Figura 10: Espectros normalizados de emissão de fluorescência (λ exc. = 350 nm) da piranina dopada nos monólitos derivados do TEOS em função da concentração de solução tampão fosfato ph = 6,0 ( ) 250 mm, ( ) 50 mm, (1) 5 mm, ( ) 0,5 e ( ) água, após (A) 1 e (B) 51 dias de preparação, respectivamente. 44

45 1.0 (A) 1.0 (B) intensidade normalizada intensidade normalizada λ (nm) λ (nm) Figura 11: Espectros normalizados de emissão de fluorescência (λ exc. = 350 nm) da piranina dopada nos monólitos derivados do TEOS contendo SDS em função da concentração de solução tampão fosfato ph = 6,0 ( ) 50 mm, ( ) 40 mm, (1) 30 mm, ( ) 20 mm, ( ) 5 mm e ( ) água, após (A) 1 e (B) 74 dias de preparação, respectivamente. 45

46 Uma vez que os monólitos derivados do TEOS sofrem encolhimento com o processo de envelhecimento, o posicionamento da amostra no mesmo caminho óptico no espectrofluorímetros fica comprometido. Desta maneira as intensidades medidas são bastante variantes. Tendo em vista que, cada espectro contém os percentuais das espécies POH * e PO -* e que ambas as espécies tem rendimento quântico de fluorescência próximo à unidade, pode-se empregar a razão de intensidades como parâmetro analítico. Monitorouse, portanto a extensão de dissociação nos vários géis (e sistemas secos, vide infra) através do percentual de PO -*. O percentual de PO -* é a relação entre as espécies POH * e PO -*, segundo a expressão (19). % PO -* = I(PO -* ) / (I (POH * ) + I (PO -* )) (19) onde: I (PO -* ) é a intensidade de fluorescência da espécie deprotonada; I (POH * ) é a intensidade de fluorescência da espécie protonada. A Figura 12 apresenta o percentual de PO -* da piranina dopada nos monólitos derivados de TEOS em função do tempo. Até ~12 dias, observa-se o aumento da transferência de próton para todas as concentrações de tampão. Observa-se que a extensão da transferência de próton é diretamente proporcional à concentração de tampão fosfato. Inicialmente, a atividade relativamente baixa da transferência de próton é devida à presença de etanol, proveniente da hidrólise de TEOS, que é lixiviado juntamente com a água assim que o monólito derivado do TEOS envelhece. Conforme apresentado na introdução, a transferência de próton da piranina em solução aquosa é inibida pela presença de etanol [Chaudhury et al., 2003; Huppert & Kolodney et al., 1981]. Posteriormente ao envelhecimento inicial, observa-se que para os monólitos contendo 250 mm e 50 mm de tampão fosfato a transferência de próton mantém-se constante ao longo do tempo. Entretanto, as demais concentrações (5 mm, 0,5 mm e na presença de água) apresentam uma pequena estabilização (até ~ 22 dias), seguida pela diminuição da extensão de transferência de prótons. 46

47 %PO-* tempo (dias) Figura 12: Percentual de PO -* da piranina dopada nos monólitos derivados do TEOS em função do tempo, para as concentrações de solução tampão fosfato ph = 6,0 ( ) 250 mm, ( ) 50 mm, (1) 5 mm, ( ) 0,5 mm e ( ) água. 47

48 As Figuras 13 (A) e 13 (B) apresentam os transientes obtidos por fotólise de relâmpago da piranina dopada nos monólitos derivados do TEOS em função da concentração de solução tampão fosfato após 2 e 19 dias de preparo, respectivamente. Verifica-se que a constante de reprotonação observada é diretamente proporcional à concentração de tampão fosfato e que esta constante torna-se maior após 19 dias de preparo. Na Tabela 2 são apresentados os valores da constante de reprotonação observada da piranina em função do tempo para os monólitos sem e com SDS relativos aos dias 1 e 8 de envelhecimento dos géis. Os monólitos contendo SDS apresentaram uma pequena diminuição da difusibilidade do H + atribuida à partição desta espécie em micelas de SDS. Tabela 2: Constante de reprotonação observada da piranina dopada nos monólitos derivados de TEOS sem e com SDS em função da concentração de tampão fosfato ph = 6,0 ao longo do tempo. constante de reprotonação observada (s-1) sem SDS com SDS [tampão fosfato] dia 1 dia 8 dia 1 dia 8 50 mm 2,41E+06 1,99E+06 1,85E+06 2,10E mm 2,25E+06 1,96E+06 1,75E+06 1,97E mm 2,08E+06 1,76E+06 1,71E+06 1,99E mm 2,04E+06 1,57E+06 1,43E+06 1,73E+06 5 mm 2,35E+06 1,78E+06 2,08E+06 1,91E+06 água 2,33E+06 1,68E+06 1,79E+06 1,88E+06 48

49 0.06 (A) 0.03 (B) absorbância absorbância tempo (µs) tempo (µs) Figura 13: Transientes obtidos por fotólise de relâmpago (1600W) a 325 nm e monitorado a 455 nm para a piranina dopada nos monólitos derivados do TEOS em função da concentração de solução tampão fosfato ph = 6,0 ( ) 50 mm, ( ) 40 mm e (1) 30 mm; (B) ( ) 20 mm, ( ) 5 mm após (A) 2 dias e (B) 19 dias de preparação, respectivamente. 49

50 Estes resultados demonstram além do efeito marcante das espécies do tampão, mais especificamente da forma alcalina do mesmo, o efeito da aproximação das espécies PO -, H + e HPO = 4 com o envelhecimento do gel. Neste sentido os valores das constantes de reprotonação estão influenciados pela concentração de sal no interior do gel o qual leva à diminuição de pk a da piranina e do próprio tampão. Paralelamente ainda o aumento de salinidade afeta diretamente a reação de reprotonação pela atuação ao nível do potencial eletrostático. No sentido de se monitorar o teor de água residual no gel, após o envelhecimento do monólito ~50 dias, verifica-se que ainda existe uma certa quantidade de água no interior do monólito, sendo que a razão molar Si : H 2 O reduz-se a 1 : 7. O teor de água foi monitorado através do percentual de perda de massa ao longo de aproximadamente 4 meses, visto que durante o envelhecimento ocorre perda de etanol e água. O percentual de massa foi calculado, segundo a expressão (20). Perda de massa = (mi mx)/mi (20) onde: mi é a massa do monólito no dia da preparação; mx é a massa do monólito no dia x após a preparação. A Figura 14 apresenta o percentual de perda de massa em função do tempo. Até ~ 36 dias, este percentual é crescente indicando a perda de etanol e água por lixiviação e posteriormente tornando-se praticamente constante. Os monólitos apresentaram 80% de perda de massa, este valor é consistente com a literatura [Brennan et al., 1997]. Torna-se evidente que a perda de massa dos monólitos independe da concentração de solução tampão fosfato e que aparentemente não ocorre a lixiviação destes sais do interior do gel. Deve-se notar que os géis são visualmente isotrópicos e que não se observa a formação de cristais nas superfícies externas dos mesmos. Estas observações estão em acordo que somente espécies como a H 2 O e o ETOH conseguem difundir apreciavelmente, isto é, sofrem o processo de lixiviação. 50

51 % perda de massa tempo (dias) Figura 14: Percentual de perda de massa dos monólitos derivados de TEOS em função do tempo, para as concentrações de solução tampão fosfato ph = 6,0 ( ) 250 mm, ( ) 50 mm, (1) 5 mm, ( ) 0,5 mm e ( ) água. \ 51

52 4.4 Efeito da concentração de tampão fosfato sobre a mistura de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 Com intuito de monitorar a participação efetiva das espécies do tampão fosfato, foram dopadas misturas secas de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 com valores de ph aparente = 4,0 a 6,0 com as sondas: piranina e 2-naftol. Monitorou-se a transferência de próton da piranina no estado excitado e fundamental nas misturas secas de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 com os seguintes valores de ph aparente 4,0; 4,3; 4,7; 5,0; 5,6; 5,8 e 6,0. De acordo com a Figura 15 (espectro de emissão de fluorescência da piranina dopada na mistura seca), observa-se somente a presença da espécie ácida, POH *, no estado excitado para ph aparente = 4,0 e 4,3 e, para os demais valores de ph aparente a presença das espécies ácida e básica, PO -*, no estado excitado. Com relação ao estado fundamental não foi possível experimentalmente definir a presença das bandas devido às espécies ácida e básica em condições secas. Entretanto, dados experimentais de fluorescência da piranina em cloreto de sódio sólido mostraram que não ocorre a transferência de próton no estado excitado em condições secas, (Figuras 16 e 17). A Figura 16 apresenta o espectro de excitação de fluorescência (λ em. = 540 nm) da piranina em cloreto de sódio sólido, no qual observa-se a presença das espécies POH (λ máx. = 408 nm) e PO - (λ máx. = 460 nm) no estado fundamental. A Figura 17 apresenta o espectro de emissão de fluorescência (λ exc. = 380 nm) da piranina em cloreto de sódio sólido, no qual observa-se a presença das espécies POH * (λ máx. = 439 nm) e PO -* (λ máx. = 509 nm) no estado excitado. A presença das espécies no estado excitado é o reflexo da excitação das espécies presentes no estado fundamental, justificando a ausência de dissociação prototrópica no estado excitado nesta condição. Diante deste fato, observou-se experimentalmente que o valor do pk a da piranina na condição de mistura seca de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 é 4,7; lembrando que o valor do pk µ=0 a da piranina é 8,0. O pk a da piranina foi determinado através do percentual de PO -* em função do ph aparente da mistura seca de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4, conforme Figura 18. O percentual de PO -* é a relação entre as espécies POH * e PO -*, segundo a expressão (19). 52

53 % PO -* = I PO -* / (I (POH * ) + I (PO -* )) (19) onde: I (PO -* ) é a intensidade de fluorescência da espécie deprotonada da piranina; I (POH * ) é a intensidade de fluorescência da espécie protonada da piranina. A ausência de prototropismo da piranina em mistura seca de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 sugere que as espécies H 2 PO - = 4 e HPO 4 do tampão não atuam como par ácido-base no equilíbrio prototrópico da piranina e que há necessidade de uma certa quantidade de água para que ocorra prototropismo. Então, investigou-se o teor limiar de água necessário para a transferência de próton em mistura seca KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 na proporção de ph aparente = 6,0 com piranina e 2-naftol. A Figura 19 apresenta o espectro de excitação de fluorescência (λ em. = 540 nm) da piranina dopada na mistura seca KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 na proporção de ph aparente = 6,0 em função da fração molar de água adicionada. Após a adição de água à mistura seca, ocorre o aparecimento da espécie POH (λ máx. = 402 nm) indicando a transferência de próton. Nesta condição a fração de água limiar para a transferência de próton da piranina é 0,13; ao passo que para o 2-naftol este valor é de 0,44. 53

54 1.0 intensidade normalizada λ (nm) Figura 15: Espectro de emissão de fluorescência (λ exc. = 380 nm) da piranina dopada em mistura seca de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 em função do ph aparente ( ) 6,0; ( ) 5,8; (1) 5,6; ( ) 5,0; ( ) 4,7; ( ) 4,3 e ( ) 4,0. 54

55 6.00 intensidade.e5 (u.ar) λ (nm) Figura 16: Espectro de excitação de fluorescência (λem. = 540 nm) da piranina em cloreto de sódio sólido. 55

56 20 16 intensidade.e 5 (u.ar.) λ (nm) Figura 17: Espectro de emissão de fluorescência (λexc. = 380 nm) da piranina dopada em cloreto de sódio sólido. 56

57 80 60 % PO -* 40 pk a = 4, ph Figura18: Percentual de PO -* da piranina dopada em mistura seca de KH 2 PO 4 e KH 2 PO 4 em funcão do ph aparente. 57

58 intensidade.e6 (u. ar.) (9) (1) λ (nm) Figura 19: Espectro de excitação de fluorescência (λ em. = 540 nm) da piranina dopada na mistura seca de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 com ph aparente = 6,0 em função da X w de água adicionada (1) 0,22; (2) 0,36; (3) 0,46; (4) 0,53; (5) 0,59; (6) 0,63; (7) 0,69; (8) 0,74 e (9) 0,76. 58

59 O fotoácido 2- naftol apresenta pk a = 9,5 no estado fundamental e pk * a = 2,81 no estado excitado [Ireland et al. 1976], ou seja torna-se um ácido fraco em relação à piranina. Conforme o espectro de excitação de fluorescência (λ em. = 430 nm) do 2-naftol em solução ácida ( ph 1), (Figura 20) observa-se somente a presença da espécie ácida no estado fundamental, NOH, (λ máx. = 320 nm) já que o ph da solução ácida é 8 unidades menor que pk a do 2-naftol. A Figura 21 apresenta o espectro de excitação de fluorescência do 2-naftol em meio básico e aquoso. Em meio básico (ph = 10), observa-se a presença das espécies ácida, NOH, ( λ máx. = 320 nm), e básica, NO -, (λ máx. = 360 nm), considerando que o valor do ph da solução básica é próximo ao valor do pka; e em meio aquoso somente a presença da espécie ácida. Na Figura 22 está apresentado o espectro de emissão de fluorescência (λ exc. = 250 nm) do 2-naftol em soluções ácida, aquosa e básica. Em meio ácido, observa-se somente a presença da espécie ácida no estado excitado, NOH *, ( λ máx. = 350 nm), indicando a ausência de transferência de próton no estado excitado já que o ph do meio é menor que o pk a do 2-naftol. Em meio básico, observa-se somente a presença da espécie básica no estado excitado, NO -*, que é resultante da dissociação prototrópica da espécie NOH *. Ao passo que, em solução aquosa observa-se à presença das espécies NOH * e NO -* indicando a dissociação prototrópica no estado excitado. A Figura 23 apresenta o espectro de emissão de fluorescência (λ exc. = 294 nm) do 2- naftol dopado na mistura seca KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 na proporção de ph aparente = 6,0 em função da fração molar (X w ) de água adicionada. Na ausência de água, observa-se somente a espécie NOH* (λ máx. = 402 nm) e, após a adição gradativa de água à mistura seca iniciase o processo de transferência de próton com o aparecimento da espécie NO -* (λ máx. = 414 nm). A extensão da dissociação prototrópica do 2-naftol é dependente do teor de água adicionada à mistura seca, conforme Figura 24. A extensão de dissociação prototrópica do 2-naftol é expressa pela equação (21): % NO -* = I( NO -* ) / (I(NOH * ) + I (NO -* )) (21) 59

60 onde: I (NO -* ) é a intensidade de fluorescência da espécie deprotonada do 2-naftol; I (NOH * ) é a intensidade de fluorescência da espécie protonada do 2-naftol. 60

61 18 15 intensidade (u.ar.) λ (nm) Figura 20: Espectro de excitação de fluorescência (λ em. = 430 nm) do 2-naftol em solução ácida (ph 1). 61

62 intensidade (u.ar.) λ (nm) Figura 21: Espectro de excitação de fluorescência (λ em. = 430 nm) do 2-naftol em soluções ( ) básica (ph 10) e (1) aquosa. 62

63 intensidade (u.ar.) λ (nm) Figura 22: Espectro de emissão de fluorescência (λ exc. = 250 nm) do 2-naftol em soluções ( ) ácida (ph 1), ( ) básica (ph 10) e (1) aquosa. 63

64 25 intensidade x 10 5 (u.ar.) λ (nm) Figura 23: Espectro de excitação de fluorescência (λ em. = 294 nm) do 2-naftol dopado na mistura seca de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4 com ph aparente = 6,0 em função da X w de água adicionada ( ) isento; ( ) 0,19; (1) 0,31; ( ) 0,41; ( ) 0,44; ( ) 0,48; ( ) 0,53; ( ) 0,56; (⓿) 0,60; ( ) 0,61; ( ) 0,63. 64

65 %NO -* X W X água Figura 24: Extensão da dissociação prototrópica do 2-naftol em função da fração molar de água adicionada à mistura seca de KH 2 PO 4 e K 2 HPO 4. 65

66 4.5 Efeito dos indicadores ácido-base sobre os monólitos derivados do TEOS Os indicadores ácido-base: Azul de Bromofenol (BFB), Verde de Bromocresol (BCG), Lilás de Bromocresol (BCP), Azul de Bromotimol (BTB) e Vermelho Cresol (CR) são bem conhecidos como sonda de ph para monitorar a transferência de próton no estado fundamental. A Tabela 3 mostra as bandas características de absorção, pk a e faixa de viragem dos indicadores em solução acima citados. Tabela 3: Propriedade dos indicadores ácido-base. banda de absorção λmáx. (nm) (a) indicador ácida básica pka (a) faixa de viragem (b) BPB ,9 3 ~ 4,6 BCG ,7 4 ~ 5,6 BCP ,3 5,2 ~ 6,8 BTB ,3 6,2 ~ 7,6 CR ,2 7,2 ~ 8,8 (a) dados obtidos experimentalmente. (b) [Lide, ]. As Figuras 25 a 29, apresentam os espectros de UV/VIS dos monólitos derivados do TEOS dopados com os indicadores ácido-base em função da concentração de solução tampão fosfato. Os espectros abaixo foram coletados logo após a preparação dos monólitos, entretanto monitorou-se a transferência de próton ao longo de 50 dias. 66

67 4.5.1 Azul de Bromofenol e Verde de Bromocresol dopados nos monólitos O comportamento dos indicadores Azul de Bromofenol e Verde de Bromocresol dopados nos monólito foram bastante semelhantes com relação às espécies presentes no estado fundamental. O espectro de absorção do Azul de Bromofenol dopado nos monólitos apresenta bandas devido às espécies ácidas (λ máx. = 431 nm) e básicas (λ máx. = 597 nm), conforme, Figura 25. As bandas de absorção devido às espécies ácidas (λ máx. = 433 nm) e básicas (λ máx. = 623 nm) do Verde de Bromocresol dopados nos monólitos estão apresentadas na Figura 26. Ambos os indicadores, apresentam a presença da espécie básica, In -, para os monólitos contendo 50, 40, 30 e 20 mm de tampão fosfato ph = 6,0, indicativo de que o ph no interior do monólito é maior que o pk a do indicador (vide Tabela 3) para estas concentrações. Para o monólito contendo 5 mm de tampão fosfato, observa-se a presença das espécies ácida, HIn, e básica, portanto o ph do meio para esta concentração está próximo do pk a do indicador. Para o monólito com água, observa-se a presença da espécie ácida, indicando que o ph no interior do monólito, nesta condição, é inferior ao pk a do Azul de Bromofenol e Verde de Bromocresol Lilás de Bromocresol dopado nos monólitos De acordo com a Figura 27, observa-se a presença das espécies ácida, HIn, (λ máx. = 426 nm) e básica, In -, (λ máx. = 594 nm) para os monólitos contendo 50, 40, 30 e 20 mm de tampão fosfato, indicando que o ph no interior no monólito está próximo de 6,3; valor do pk a do Lilás de Bromofenol. Para as demais amostras, observa-se a presença da espécie ácida, indicando que o ph, nesta condição, é inferior a 6,3, ou seja, valor do pk a do indicador. 67

68 Azul de Bromotimol e Vermelho Cresol dopados nos monólitos As Figuras 28 e 29 apresentam os espectros de absorção do Azul de Bromotimol e Vermelho Cresol dopados nos monólitos, respectivamente. Observa-se a somente a presença da espécie ácida, HIn, (λ máx. = 428 nm) e (λ máx. = 431 nm) para o Azul de Bromotimol e Vermelho Cresol, respectivamente. Este comportamento indica que o ph no interior dos monólitos é menor que o pk a destes dois indicadores. Os espectros de absorção coletados ao longo de 50 dias não apresentaram nenhuma alteração com relação às espécies presentes no dia da preparação dos monólitos; confirmando a ausência de dissociação prototrópica no estado fundamental. Este fato sugere que não ocorre mudança de ph no interior do monólito derivado de TEOS. Outro aspecto observado é variação de ph no interior do monólito em função da concentração de tampão fosfato ph = 6,0. Esta variação de ph ocorre devido à presença de ácido clorídrico utilizado na preparação do hidrolisado de TEOS. Calculou-se o ph teórico (vide Tabela 4) no interior dos monólitos em função das concentrações de tampão fosfato, utilizando a equação de Henderson-Hasselbalch (22). ph = pk a + log {[base conjugada]/ [ácido conjugado]} (22) onde: pk a é o logaritmos negativos da constante de dissociação do tampão fosfato; [base conjugada] é a concentração da espécie básica do tampão fosfato; [ácido conjugado] é a concentração da espécie ácida do tampão fosfato. 68

69 Tabela 4. ph teórico no interior do monólito derivado do TEOS em função da concentração de tampão fosfato. [tampão fosfato] phteórico 50 mm 5,8 40 mm 5,7 30 mm 5,6 20 mm 5,2 5 mm 3,2 água 3,0 Comparando a coloração dos indicadores em solução em função do ph e a coloração dos indicadores dopados nos monólitos derivados de TEOS verifica-se que o valor de ph teórico está de acordo ao ph no interior do monólito monitorado pelos indicadores. As Figuras 30 a 40 mostram a coloração dos indicadores em solução e nos monólitos. 69

70 absorbância (λ) nm Figura 25: Espectro de absorção do Azul de Bromofenol dopado no monólito derivado do TEOS em função da concentração de tampão fosfato ph = 6,0 ( ) 50 mm; ( ) 40 mm; (1) 30 mm; ( ) 20 mm; ( ) 5 mm; ( ) água no dia da preparação. 70

71 absorbância (λ) nm Figura 26: Espectro de absorção do Verde de Bromocresol dopado no monólito derivado do TEOS em função da concentração de tampão fosfato ph = 6,0 ( ) 50 mm; ( ) 40 mm; (1) 30 mm; ( ) 20 mm; ( ) 5 mm; ( ) água no dia da preparação. 71

72 absorbância (λ) nm Figura 27: Espectro de absorção do Lilás de Bromocresol dopado no monólito derivado do TEOS em função da concentração de tampão fosfato ph = 6,0 ( ) 50 mm; ( ) 40 mm; (1) 30 mm; ( ) 20 mm; ( ) 5 mm; ( ) água no dia da preparação. 72

73 absorbância (λ) nm Figura 28: Espectro de absorção Azul de Bromotimol dopado no monólito derivado do TEOS em função da concentração de tampão fosfato ph = 6,0 ( ) 50 mm; ( ) 40 mm; (1) 30 mm; ( ) 20 mm; ( ) 5 mm; ( ) água no dia da preparação. 73

74 absorbância (λ) nm Figura 29: Espectro de absorção do Vermelho Cresol dopado no monólito derivado do TEOS em função da concentração de tampão fosfato ph = 6,0 ( ) 50 mm; ( ) 40 mm; (1) 30 mm; ( ) 20 mm; ( ) 5 mm; ( ) água no dia da preparação. 74

75 Figura 30: Azul de Bromofenol em função do ph (2,2; 2,5; 2,9; 3,2; 3,6; 3,9; 4,3; 4,6; 4,9; 5,4). Figura 31: Azul de Bromofenol nos monólitos em função do tampão (água; 50 mm; 40 mm; 30 mm; 20 mm e 5 mm). 75

76 Figura 32: Verde de Bromocresol em função do ph (2,9; 3,2; 3,6; 3,9; 4,3; 4,6; 5,0; 5,4; 5,9 e 6,4). Figura 33: Verde de Bromocresol nos monólitos em função do tampão (água; 50 mm; 40 mm; 30 mm; 20 mm e 5 mm). 76

77 Figura 34: Lilás de Bromocresol em função do ph (3,9; 4,3; 4,6; 5,0; 5,4; 6,2; 6,4; 6,8; 7,3; 7,7). Figura 35: Lilás de Bromocresol nos monólitos em função do tampão (água; 50 mm; 40 mm; 30 mm; 20 mm e 5 mm). 77

78 Figura 36: Azul de Bromotimol em função do ph (5,0; 5,4; 5,9; 6,4; 6,8; 7,4; 7,7; 7,9; 8,4; 8,9). Figura 37: Azul de Bromotimol nos monólitos em função do tampão (água; 50 mm; 40 mm; 30 mm; 20 mm e 5 mm). 78

79 Figura 38: Vermelho Cresol em função do ph (6,4; 6,8; 7,4; 7,7; 7,9; 8,4; 8,9; 9,3; 9,6; 9,9). Figura 39: Vermelho Cresol nos monólitos em função do tampão (água; 50 mm; 40 mm; 30 mm; 20 mm e 5 mm). 79

Lista de Figuras. Figura 1: Diagrama de Jablonski [Carroll, 1998]...03

Lista de Figuras. Figura 1: Diagrama de Jablonski [Carroll, 1998]...03 ix Lista de Figuras Figura 1: Diagrama de Jablonski [Carroll, 1998]...03 Figura 2: Perfil do decaimento do tempo de vida de fluorescência [www.olympusfluoview]... 12 Figura 3. Ciclo de Förster [Carroll,

Leia mais

Introdução 60 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO. Adelsimara Ceballos Guerta

Introdução 60 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO. Adelsimara Ceballos Guerta Introdução 60 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO Introdução 61 1- Introdução Esta etapa dos estudos teve por objetivo a síntese e os estudos fotoquímicos e fotofísicos de derivados de quinolinas (fotobase), mais especificamente

Leia mais

Espectrometria de luminescência molecular

Espectrometria de luminescência molecular Espectrometria de luminescência molecular Luminescência molecular Fotoluminescência Quimiluminescência fluorescência fosforescência Espectrometria de luminescência molecular Luminescência molecular Fotoluminescência

Leia mais

Espectro eletromagnético revisando. região do UV-Visível. aprox 360 nm aprox 900 nm aprox 100 nm

Espectro eletromagnético revisando. região do UV-Visível. aprox 360 nm aprox 900 nm aprox 100 nm Espectro eletromagnético revisando região do UV-Visível aprox 360 nm aprox 900 nm aprox 100 nm Ondas eletromagnéticas podem ser descritas por uma das 3 propriedades físicas: frequência (f); comprimento

Leia mais

Introdução à Bioquímica

Introdução à Bioquímica Introdução à Bioquímica Água Dra. Fernanda Canduri Laboratório de Sistemas BioMoleculares. Departamento de Física. UNESP São José do Rio Preto. SP. A água é fundamental para os seres vivos, atua como solvente

Leia mais

OLIMPÍADA BRASILEIRA DE QUÍMICA 2001 FASE III

OLIMPÍADA BRASILEIRA DE QUÍMICA 2001 FASE III UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS OLIMPÍADA BRASILEIRA DE QUÍMICA 2001 FASE III PROBLEMA 1 Anestésico local Uma substância A, medicinalmente usada em preparações para uso tópico como anestésico

Leia mais

K P 10. Concentração. Potência a emissão de fluorescência (F) é proporcional à potência radiante do feixe de excitação que é absorvido pelo sistema

K P 10. Concentração. Potência a emissão de fluorescência (F) é proporcional à potência radiante do feixe de excitação que é absorvido pelo sistema Concentração Potência a emissão de fluorescência (F) é proporcional à potência radiante do feixe de excitação que é absorvido pelo sistema F = emissão de fluorescência P o = potência do feixe incidente

Leia mais

Análise de Alimentos II Espectroscopia de Absorção Molecular

Análise de Alimentos II Espectroscopia de Absorção Molecular Análise de Alimentos II Espectroscopia de Absorção Molecular Profª Drª Rosemary Aparecida de Carvalho Pirassununga/SP 2018 2 Introdução A absorção de radiação no UV/Vis por uma espécie química (M) pode

Leia mais

Análise Instrumental ESPECTROSCOPIA NA LUZ VISÍVEL E ULTRAVIOLETA

Análise Instrumental ESPECTROSCOPIA NA LUZ VISÍVEL E ULTRAVIOLETA Análise Instrumental ESPECTROSCOPIA NA LUZ VISÍVEL E ULTRAVIOLETA ESPECTROSCOPIA NA LUZ VISÍVEL E ULTRAVIOLETA Introdução: Método aplicado na determinação de compostos inorgânicos e orgânicos, como por

Leia mais

Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos

Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos Profª Drª Rosemary Aparecida de Carvalho Pirassununga/SP 2018 Introdução Métodos espectrométricos Abrangem um grupo de métodos analíticos

Leia mais

7. Resultados e discussão

7. Resultados e discussão 7 Resultados e discussão 32 7. Resultados e discussão 7.1 orção ótica Inicialmente foi realizada a análise dos espectros dos BCD em solução de tampão fosfato (PBS) e em etanol, com as soluções estoques

Leia mais

PROPRIEDADES FÍSICAS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS

PROPRIEDADES FÍSICAS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS As propriedades físicas dos compostos orgânicos podem ser interpretadas, e muitas vezes até previstas, a partir do conhecimento das ligações químicas que unem

Leia mais

Aula de Bioquímica I. Tema: Água. Prof. Dr. Júlio César Borges

Aula de Bioquímica I. Tema: Água. Prof. Dr. Júlio César Borges Aula de Bioquímica I Tema: Água Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular DQFM Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo USP E-mail: borgesjc@iqsc.usp.br

Leia mais

Forças intermoleculares. Formação de fases condensadas Forças íon-dipolo Forças dipolo-dipolo Forças de London Ligação de hidrogênio

Forças intermoleculares. Formação de fases condensadas Forças íon-dipolo Forças dipolo-dipolo Forças de London Ligação de hidrogênio Forças intermoleculares Formação de fases condensadas Forças íon-dipolo Forças dipolo-dipolo Forças de London Ligação de hidrogênio Estado gasoso O estado da matéria mais simples é o gás. Descrevemos esse

Leia mais

TEORIA DE ÁCIDOS E BASES

TEORIA DE ÁCIDOS E BASES TEORIA DE ÁCIDOS E BASES Proposição de S. Arrhenius (1887) Substâncias produtoras de íons hidrogênio em água fossem chamadas de ácidos Substâncias produtoras de íons hidroxila em água fossem chamadas de

Leia mais

COVEST/UFPE ª ETAPA

COVEST/UFPE ª ETAPA COVEST/UFPE 2000 2ª ETAPA. A partir das entalpias padrão das reações de oxidação do ferro dadas abaixo: determine a quantidade de calor liberada a 298K e 1 atm na reação:. Iguais volumes de amônia e cloreto

Leia mais

CURVAS DE TITULAÇÃO PARA SISTEMAS ÁCIDO/BASE COMPLEXOS (complicados)

CURVAS DE TITULAÇÃO PARA SISTEMAS ÁCIDO/BASE COMPLEXOS (complicados) CURVAS DE TITULAÇÃO PARA SISTEMAS ÁCIDO/BASE COMPLEXOS (complicados)! MISTURA DE 2 ÁCIDOS (ou bases) DE DIFERENTES FORÇAS (pk a )! ÁCIDOS (ou bases) POLIFUNCIONAIS! SUBSTÂNCIAS ANFIPRÓTICAS (podem atuar

Leia mais

INSTITUTO DE QUÍMICA DE SÃO CARLOS

INSTITUTO DE QUÍMICA DE SÃO CARLOS INSTITUTO DE QUÍMICA DE SÃO CARLOS Edital lqsc, 002/2012 Concurso Público Químico 10/04/2012 PROVA DISSERTATIVA Experimento: Determinação do pk a * do 2-naftol, por espectrofotometria de absorção e emissão.

Leia mais

A teoria dos orbitais moleculares

A teoria dos orbitais moleculares A teoria dos orbitais moleculares Qualitativamente, indica regiões do espaço (entre os átomos que formam uma molécula) nas quais a probabilidade de encontrar os elétrons é máxima. Na mecânica quântica,

Leia mais

Introdução aos métodos espectrométricos. Propriedades da radiação eletromagnética

Introdução aos métodos espectrométricos. Propriedades da radiação eletromagnética Introdução aos métodos espectrométricos A espectrometria compreende um grupo de métodos analíticos baseados nas propriedades dos átomos e moléculas de absorver ou emitir energia eletromagnética em uma

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Química. CQ122 Química Analítica Instrumental II Prof. Claudio Antonio Tonegutti Aula 01 09/11/2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Química. CQ122 Química Analítica Instrumental II Prof. Claudio Antonio Tonegutti Aula 01 09/11/2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Química CQ122 Química Analítica Instrumental II Prof. Claudio Antonio Tonegutti Aula 01 09/11/2012 A Química Analítica A divisão tradicional em química analítica

Leia mais

Processo de Seleção e Admissão aos Cursos de Mestrado e de Doutorado para o Semestre Edital n 002/PPGQMC/2014 EXAME DE SELECÃO PARA O MESTRADO

Processo de Seleção e Admissão aos Cursos de Mestrado e de Doutorado para o Semestre Edital n 002/PPGQMC/2014 EXAME DE SELECÃO PARA O MESTRADO EXAME DE SELECÃ PARA MESTRAD GABARIT - Provas de Proposições Múltiplas Prova de Química Analítica Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 01 + 08 + 16 + 32 = 57 01 + 04 + 16 = 21 01 + 08 + 16 + 32 = 57

Leia mais

Espectrofotometria UV-Vis. Química Analítica V Mestranda: Joseane Maria de Almeida Prof. Dr. Júlio César José da Silva

Espectrofotometria UV-Vis. Química Analítica V Mestranda: Joseane Maria de Almeida Prof. Dr. Júlio César José da Silva Espectrofotometria UV-Vis Química Analítica V Mestranda: Joseane Maria de Almeida Prof. Dr. Júlio César José da Silva Juiz de Fora, 1/2018 1 Terminologia Espectroscopia: Parte da ciência que estuda o fenômeno

Leia mais

Nome: Assinatura:...

Nome: Assinatura:... Nome: RG: Assinatura: Código do Candidato: M01... Código do Candidato: M01 Leia com atenção antes de iniciar a Prova A duração da prova será de 3 horas. O candidato somente poderá ausentar-se da sala após

Leia mais

4. Ácidos e Bases em Química Orgânica

4. Ácidos e Bases em Química Orgânica 4. Ácidos e Bases em Química Orgânica Leitura Recomendada: Organic Chemistry, J. Clayden, N. Greeves, S. Warren, P. Wothers, Oxford, Oxford, 2001, cap. 8. Compreender aspectos de acidez e basicidade é

Leia mais

INTERAÇÕES INTERMOLECULARES

INTERAÇÕES INTERMOLECULARES INTERAÇÕES INTERMOLECULARES Serão abordados: as forças íon-dipolo, dipolo-dipolo, dispersão de London e ligação de hidrogênio e a relação entre propriedade física e interação intermolecular. As partículas

Leia mais

Prática 10 Determinação da constante de equilíbrio entre íons Fe 3+ e SCN -

Prática 10 Determinação da constante de equilíbrio entre íons Fe 3+ e SCN - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DQMC Disciplina: Química Geral Experimental QEX0002 Prática 10 Determinação da constante de equilíbrio

Leia mais

Fotoquímica. Aula 4. Mecanismos de Absorção e Emissão de Energia. Relaxation (τ < 1ps) Intersystem Crossing (τ ~10 ns)

Fotoquímica. Aula 4. Mecanismos de Absorção e Emissão de Energia. Relaxation (τ < 1ps) Intersystem Crossing (τ ~10 ns) Fotoquímica Aula 4 Mecanismos de Absorção e Emissão de Energia Prof. Amilcar Machulek Junior IQ/USP - CEPEMA Diagrama de Jablonski S 2 Relaxation (τ < 1ps) Chemical reactions S 1 Intersystem Crossing (τ

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. FÍSICA PARA CIÊNCIAS BIOLÓGIAS.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. FÍSICA PARA CIÊNCIAS BIOLÓGIAS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. FÍSICA PARA CIÊNCIAS BIOLÓGIAS. ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICOS DA ABSORÇÃO DE ENERGIA SOLAR NA FOTOSSÍNTESE. Professor: Thomas Braun. Graduando: Carlos Santos Costa.

Leia mais

QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA - QUI 111 SOLUÇÃO TAMPÃO Natal/RN SOLUÇÃO TAMPÃO

QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA - QUI 111 SOLUÇÃO TAMPÃO Natal/RN SOLUÇÃO TAMPÃO QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA - QUI 111 SOLUÇÃO TAMPÃO Prof a. Nedja Suely Fernandes 2014.1 Natal/RN SOLUÇÃO TAMPÃO É uma solução que resiste a uma modificação da concentração de íon hidrogênio ou de ph,

Leia mais

Agronomia Química Analítica Prof. Dr. Gustavo Rocha de Castro. As medidas baseadas na luz (radiação eletromagnética) são muito empregadas

Agronomia Química Analítica Prof. Dr. Gustavo Rocha de Castro. As medidas baseadas na luz (radiação eletromagnética) são muito empregadas ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA Introdução As medidas baseadas na luz (radiação eletromagnética) são muito empregadas na química analítica. Estes métodos são baseados na quantidade de radiação emitida

Leia mais

ANALÍTICA AVANÇADA 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

ANALÍTICA AVANÇADA 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula: ANALÍTICA AVANÇADA 2S 2011 Aula 6 Espectrofotometria no UV-VisVis FLUORESCÊNCIA MOLECULAR Prof. Rafael Sousa Departamento de Química - ICE rafael.arromba@ufjf.edu.br Notas de aula: www.ufjf.br/baccan Luminescência

Leia mais

Os sais são neutros, ácidos ou básicos? Íons como Ácidos e Bases

Os sais são neutros, ácidos ou básicos? Íons como Ácidos e Bases Os sais são neutros, ácidos ou básicos? Sais são compostos iônicos formados pela reação entre um ácido e uma base. 1. NaCl Na + é derivado de NaOH, uma base forte Cl é derivado do HCl, um ácido forte NaCl

Leia mais

EQUILÍBRIOS: QUÍMICO E IÔNICO Profº Jaison Mattei

EQUILÍBRIOS: QUÍMICO E IÔNICO Profº Jaison Mattei EQUILÍBRIOS: QUÍMICO E IÔNICO Profº Jaison Mattei Reações completas ou irreversíveis São reações nas quais os reagentes são totalmente convertidos em produtos, não havendo sobra de reagente, ao final da

Leia mais

O processo de dissolução

O processo de dissolução SOLUBILIDADE Sabemos que um soluto altera as propriedades do solvente. Solução sólida: silício dopado com fósforo eletrônica. indústria Sal sobre o gelo abaixa o ponto e congelamento se a temperatura é

Leia mais

Átomos e Moléculas. Ligações moleculares. Energia do ion. A molécula de hidrogênio H 2

Átomos e Moléculas. Ligações moleculares. Energia do ion. A molécula de hidrogênio H 2 Ligações moleculares Átomos e Moléculas Energia do ion H 2 + A molécula de hidrogênio Ligações moleculares Uma molécula é formada por um conjunto de átomos que interagem formando um sistema com energia

Leia mais

4 Características fosforescentes dos indóis

4 Características fosforescentes dos indóis 44 4 Características fosforescentes dos indóis A capacidade fotoluminescente de um composto é função de sua estrutura molecular e das condições do meio que o cerca, assim sendo, o desenvolvimento de uma

Leia mais

PROPRIEDADES FÍSICAS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS

PROPRIEDADES FÍSICAS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS As propriedades físicas dos compostos orgânicos podem ser interpretadas, e muitas vezes até previstas, a partir do conhecimento das ligações químicas que unem

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Química UNIFAL-MG PROVA ESCRITA DE CONHECIMENTOS GERAIS EM QUÍMICA. Seleção 2019/1

Programa de Pós-Graduação em Química UNIFAL-MG PROVA ESCRITA DE CONHECIMENTOS GERAIS EM QUÍMICA. Seleção 2019/1 Seleção 2019/2 Programa de Pós-Graduação em Química UNIFAL-MG PROVA ESCRITA DE CONHECIMENTOS GERAIS EM QUÍMICA Orientações Importantes: 1) IDENTIFIQUE TODAS AS FOLHAS DA PROVA COM SEU NÚMERO DE INSCRIÇÃO.

Leia mais

PQI 5861 Tratamento de Águas e Efluentes: Processos Avançados

PQI 5861 Tratamento de Águas e Efluentes: Processos Avançados Pesquisa em Processos Oxidativos Avançados Research in Advanced Oxidation Processes PQI 5861 Tratamento de Águas e Efluentes: Processos Avançados Aula 2 Fundamentos de Fotoquímica Prof. Antonio Carlos

Leia mais

6ª OLIMPÍADA BAIANA DE QUÍMICA EXAME 2011

6ª OLIMPÍADA BAIANA DE QUÍMICA EXAME 2011 Data da prova: 30.07.2011 Data da publicação do gabarito: 01.09.2011 GABARITO QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO 1. (Peso 2) Uma vela de massa 34,5g é acesa e encoberta por um bequer. Após algum tempo a chama

Leia mais

Equações-chave FUNDAMENTOS. Seção A. Seção E. Seção F. Seção G. mv 2. E c E P. mgh. Energia total energia cinética energia potencial, ou E E c.

Equações-chave FUNDAMENTOS. Seção A. Seção E. Seção F. Seção G. mv 2. E c E P. mgh. Energia total energia cinética energia potencial, ou E E c. Equações-chave FUNDAMENTOS Seção A 3 A energia cinética de uma partícula de massa m relaciona-se com sua velocidade v, por: E c mv 2 4 Um corpo de massa m que está a uma altura h da Terra tem energia potencial

Leia mais

Edital lfsc-07/2013 Concurso Público Especialista em Laboratório

Edital lfsc-07/2013 Concurso Público Especialista em Laboratório Edital lfsc-07/2013 Concurso Público Especialista em Laboratório RESPOSTAS DA PROVA DISSERTATIVA Questão 1 a) O photobleaching é a destruição do fotossensibilizador para terapia fotodinâmica por processos

Leia mais

BCL 0307 Transformações Químicas

BCL 0307 Transformações Químicas BCL 0307 Transformações Químicas Prof. Dr. André Sarto Polo Bloco B S. 1014 ou L202 andre.polo@ufabc.edu.br Aula 02 Determinar a polaridade de cada ligação e da molécula como um todo CCl 4 HCCl 3 C 2 H

Leia mais

PROVA ESCRITA DE CONHECIMENTOS EM QUÍMICA

PROVA ESCRITA DE CONHECIMENTOS EM QUÍMICA PROVA ESCRITA DE CONHECIMENTOS EM QUÍMICA INFORMAÇÕES IMPORTANTES: - IDENTIFIQUE TODAS AS FOLHAS DESTA PROVA COM SEU NÚMERO DE INSCRIÇÃO. Obs.: EM HIPÓTESE NENHUMA USE SEU NOME NAS FOLHAS COMO IDENTIFICAÇÃO.

Leia mais

Lista de Exercício 2ª TVC Química Analítica V Teoria (1º Sem 2016). Obs.: Entregar antes da 2ª TVC.

Lista de Exercício 2ª TVC Química Analítica V Teoria (1º Sem 2016). Obs.: Entregar antes da 2ª TVC. Lista de Exercício 2ª TVC Química Analítica V Teoria (1º Sem 2016). Obs.: Entregar antes da 2ª TVC. Capítulo 24 (Skoog) Introdução aos Métodos Espectroquímicos 24-1. Por que uma solução de Cu(NH3)4 2+

Leia mais

4. Técnicas Espectroscópicas

4. Técnicas Espectroscópicas 4. Técnicas Espectroscópicas Faremos uma introdução sobre técnicas espectroscópicas utilizando os livros textos que constam nas referências: Lakowicz, 1983 e Freifelder, 1976. 4.1 Espectroscopia de Absorção

Leia mais

4 Interação de Norfloxacina com surfactantes iônicos

4 Interação de Norfloxacina com surfactantes iônicos 4 Interação de Norfloxacina com surfactantes iônicos 4.1 Interação de Norfloxacina com SDS Apresentaremos, a seguir, resultados de absorção UV-vis, fluorescência estacionária e decaimento de fluorescência

Leia mais

QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA

QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA - 1999 QUESTÃO 46 Um limão foi espremido num copo contendo água e as sementes ficaram no fundo do recipiente. A seguir, foi adicionado ao sistema um pouco de açúcar, que se dissolveu

Leia mais

EXAME DE INGRESSO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

EXAME DE INGRESSO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA EXAME DE IGRESS PRGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃ EM QUÍMICA PRIMEIR SEMESTRE, 2016 ME CMPLET ISTRUÇÕES Escreva seu nome de forma legível no espaço acima. exame dura 4 h. É expressamente proibido assinar ou fazer

Leia mais

1.5. Ácidos e Bases (Bibliografia Principal: Brown, 2nd) Primeira Definição: Arrhenius (1884)

1.5. Ácidos e Bases (Bibliografia Principal: Brown, 2nd) Primeira Definição: Arrhenius (1884) 1.5. Ácidos e Bases (Bibliografia Principal: Brown, 2nd) i) Reações orgânicas são catalisadas por: a) ácidos doadores de prótons (Ex: H 3 O + ) b) ácidos de Lewis (Ex: AlCl 3 ) ii) Muitas reações em química

Leia mais

Reações de Substituição Nucleofílica Acílica

Reações de Substituição Nucleofílica Acílica Reações de Substituição Nucleofílica Acílica Estas reações ocorrem em compostos carbonilados possuidores de um grupo que pode servir como grupo abandonador. Estes compostos são os chamados derivados de

Leia mais

Laser. Emissão Estimulada

Laser. Emissão Estimulada Laser A palavra laser é formada com as iniciais das palavras da expressão inglesa light amplification by stimulated emission of radiation, que significa amplificação de luz por emissão estimulada de radiação.

Leia mais

Converta os seguintes dados de transmitâncias para as respectivas absorbâncias: (a) 22,7% (b) 0,567 (c) 31,5% (d) 7,93% (e) 0,103 (f ) 58,2%

Converta os seguintes dados de transmitâncias para as respectivas absorbâncias: (a) 22,7% (b) 0,567 (c) 31,5% (d) 7,93% (e) 0,103 (f ) 58,2% Lista de Exercício 2ª TVC Química Analítica V Teoria (2º Sem 2017). Obs.: 1) A lista deve ser entregue antes da 2ª TVC (24/10). 2) O exercícios devem ser feitos a mão Capítulo 24 (Skoog) Introdução aos

Leia mais

Acidez e Basicidade de Compostos Orgânicos

Acidez e Basicidade de Compostos Orgânicos Acidez e Basicidade de Compostos Orgânicos 1. Teorias sobre ácidos e bases Teoria de Arrhenius (1884) Substâncias neutras dissolvidas em água formam espécies carregadas ou íons através de dissociação iônica

Leia mais

QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA

QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA - 1998 QUESTÃO 01 Uma mistura de hidrogênio, H 2 (g), e oxigênio, O 2 (g), reage, num recipiente hermeticamente fechado, em alta temperatura e em presença de um catalisador, produzindo

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar Introdução à Astrofísica Lição 21 Fontes de Energia Estelar A taxa de energia que sai de uma estrela é extremamente grande, contudo ainda não tratamos da questão que relaciona à fonte de toda essa energia.

Leia mais

Tópicos em Métodos Espectroquímicos. Aula 2 Revisão Conceitos Fundamentais

Tópicos em Métodos Espectroquímicos. Aula 2 Revisão Conceitos Fundamentais Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Instituto de Ciências Exatas Depto. de Química Tópicos em Métodos Espectroquímicos Aula 2 Revisão Conceitos Fundamentais Julio C. J. Silva Juiz de For a, 2013

Leia mais

Equilíbrio Ácido-base

Equilíbrio Ácido-base Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas Departamento de Química Disciplina Química das Soluções QUI084 I semestre 2017 AULA 01 Equilíbrio Ácido-base Profa. Maria Auxiliadora Costa

Leia mais

Tópicos em Métodos Espectroquímicos. Aula 2 Revisão Conceitos Fundamentais

Tópicos em Métodos Espectroquímicos. Aula 2 Revisão Conceitos Fundamentais Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Instituto de Ciências Exatas Depto. de Química Tópicos em Métodos Espectroquímicos Aula 2 Revisão Conceitos Fundamentais Julio C. J. Silva Juiz de For a, 2015

Leia mais

Aprender a utilizar um medidor de ph e indicadores para medir o ph de uma solução.

Aprender a utilizar um medidor de ph e indicadores para medir o ph de uma solução. EXPERIMENTO 3 Ácidos e Bases OBJETIVOS Determinar a constante de dissociação do ácido acético através de medidas de ph de uma solução contendo uma concentração conhecida de ácido acético e de acetato de

Leia mais

EXAME DE CAPACIDADE IQ/USP 1 o SEMESTRE / 2008 PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS EM QUÍMICA. Nome do Candidato: CADERNO DE QUESTÕES

EXAME DE CAPACIDADE IQ/USP 1 o SEMESTRE / 2008 PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS EM QUÍMICA. Nome do Candidato: CADERNO DE QUESTÕES Uso SPG EXAME DE CAPACIDADE IQ/USP 1 o SEMESTRE / 2008 PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS EM QUÍMICA Nome do Candidato: CADERNO DE QUESTÕES Instruções: Escreva seu nome em letra de forma Das 10 (dez) questões

Leia mais

Observe a equação química que corresponde ao processo de obtenção descrito no texto.

Observe a equação química que corresponde ao processo de obtenção descrito no texto. Utilize o texto abaixo para responder às questões de números 01 e 02. Uma das experiências realizadas em aulas práticas de Química é a obtenção do 2-cloro 2-metil propano, usualmente denominado cloreto

Leia mais

Experimento 11 - Equilíbrio químico e sistema tampão

Experimento 11 - Equilíbrio químico e sistema tampão 1 Experimento 11 - Equilíbrio químico e sistema tampão 1. INTRODUÇÃO 1.1. EQUILÍBRIO QUÍMICO As reações estudadas em química não resultam de uma conversão completa de reagentes em produtos, pois todas

Leia mais

Capítulo 9: Transferência de calor por radiação térmica

Capítulo 9: Transferência de calor por radiação térmica Capítulo 9: Transferência de calor por radiação térmica Radiação térmica Propriedades básicas da radiação Transferência de calor por radiação entre duas superfícies paralelas infinitas Radiação térmica

Leia mais

UDESC 2016/2 QUÍMICA. Comentário. I. Verdadeira. 0,07 mg 1 kg x mg 14 kg. Na 2 PO 3. F 144 g 19 g 7,58 mg x mg. x = 0,98 (limite de ingestão diária)

UDESC 2016/2 QUÍMICA. Comentário. I. Verdadeira. 0,07 mg 1 kg x mg 14 kg. Na 2 PO 3. F 144 g 19 g 7,58 mg x mg. x = 0,98 (limite de ingestão diária) QUÍMICA I. Verdadeira. 0,07 mg 1 kg x mg 14 kg x = 0,98 (limite de ingestão diária) Na PO 3 F 144 g 19 g 7,58 mg x mg x = 1 mg (que já é maior que o limite de ingestão diária) 1 II. Verdadeira. 0,07 mg

Leia mais

PROPRIEDADES TÉRMICAS E ÓPTICAS DOS MATERIAIS

PROPRIEDADES TÉRMICAS E ÓPTICAS DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES PROPRIEDADES TÉRMICAS E ÓPTICAS DOS MATERIAIS Introdução Propriedades

Leia mais

Introdução à Fluorescência. 1ª aula

Introdução à Fluorescência. 1ª aula Introdução à Fluorescência 1ª aula 1 Técnicas espectroscópicas Interação da radiação eletromagnética com a matéria Absorção Absorção/Emissão Em biomoléculas: estrutura e dinâmica função Luminescência Emissão

Leia mais

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Misturas Simples. Termodinâmica das Misturas Propriedades das Soluções Atividade

Físico-Química I. Profa. Dra. Carla Dalmolin. Misturas Simples. Termodinâmica das Misturas Propriedades das Soluções Atividade Físico-Química I Profa. Dra. Carla Dalmolin Misturas Simples Termodinâmica das Misturas Propriedades das Soluções Atividade Misturas Simples Misturas de substâncias que não reagem Modelo simples para posteriormente

Leia mais

XIII Olimpíada Baiana de Química Exame 2018

XIII Olimpíada Baiana de Química Exame 2018 GABARITO Questões discursivas Data da aplicação da prova: 04/08/2018 Data da publicação do gabarito: 05/10/2018 Questão 01 (Peso 3) Uma fita de magnésio com dimensão de 2,0 cm foi aquecida em uma chama

Leia mais

PPGQTA. Prof. MGM D Oca

PPGQTA. Prof. MGM D Oca PPGQTA Prof. Compostos Carbonílicos O grupo carbonila é um dos mais importantes grupos funcionais e está envolvido em muitas reações. Reações envolvendo grupos carbonila também são particularmente importantes

Leia mais

PROVA DE QUÍMICA TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS

PROVA DE QUÍMICA TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS PROVA DE QUÍMICA TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS FONTE: Tabela Periódica da IUPAC/versão 2005(adaptada). Acesso: http://www.iupac.org/reports/periodic_table/ 25 QUESTÃO 3 Analise este quadro, em que se

Leia mais

EVFITA. Óptica Quântica. Nicolau A.S. Rodrigues Instituto de Estudos Avançados IEAv

EVFITA. Óptica Quântica. Nicolau A.S. Rodrigues Instituto de Estudos Avançados IEAv EVFITA Óptica Quântica Nicolau A.S. Rodrigues Instituto de Estudos Avançados IEAv Primórdios da Quântica Radiação de Corpo Negro Fenômenos Efeito Fotoelétrico Ópticos Espectro Solar Para descrever o espectro

Leia mais

QUI346 Absorção Molecular no UV-Vis

QUI346 Absorção Molecular no UV-Vis QUI346 Absorção Molecular no UV-Vis (2ª parte) ABSORÇÃO FOTOQUÍMICA. POR QUÊ? COMO? QUANDO? 01 PORQUÊ A DIFERENÇA DE CORES? Cach Campo, ago14 Camp, nov06 2 INTERAÇÃO ENERGIA MATÉRIA LUZ FÓTONS (QUANTA)

Leia mais

TITULAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA

TITULAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA TITULAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA Titulação Procedimento analítico, no qual a quantidade desconhecida de um composto é determinada através da reação deste com um reagente padrão ou padronizado. Titulante

Leia mais

Noções básicas de quântica. Prof. Ms. Vanderlei Inácio de Paula

Noções básicas de quântica. Prof. Ms. Vanderlei Inácio de Paula Noções básicas de quântica Prof. Ms. Vanderlei Inácio de Paula Noções de quântica O professor recomenda: Estude pelos seguintes livros/páginas sobre a Ligações químicas e faça os exercícios! Shriver Ed

Leia mais

Absorção de Radiação por Gases na Atmosfera. Radiação I Primeiro semestre 2016

Absorção de Radiação por Gases na Atmosfera. Radiação I Primeiro semestre 2016 Absorção de Radiação por Gases na Atmosfera Radiação I Primeiro semestre 2016 Constituintes gasosos da atmosfera N 2 ~ 78% O 2 ~ 21% ~ 99% da atmosfera seca vapor d água (0 a 4%) Argônio, CO 2, O 3, CH

Leia mais

Introdução às interações de partículas carregadas Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa

Introdução às interações de partículas carregadas Parte 1. FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Introdução às interações de partículas carregadas Parte 1 FÍSICA DAS RADIAÇÕES I Paulo R. Costa Sumário Introdução Radiação diretamente ionizante Partículas carregadas rápidas pesadas Partículas carregadas

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA. Obs.: a variação da quantidade deverá ser sempre um valor positivo, então ela deverá ser em módulo. 1.

CINÉTICA QUÍMICA. Obs.: a variação da quantidade deverá ser sempre um valor positivo, então ela deverá ser em módulo. 1. CINÉTICA QUÍMICA 1. Introdução O Conhecimento e o estudo da velocidade das reações, além de ser muito importante em termos industriais, também está relacionado ao nosso dia-adia, verificamos que há algumas

Leia mais

QB70C:// Química (Turmas S71/S72) Ácidos e Bases. Prof. Dr. Eduard Westphal (http://paginapessoal.utfpr.edu.br/eduardw) Capítulo 11 Atkins (5ed.

QB70C:// Química (Turmas S71/S72) Ácidos e Bases. Prof. Dr. Eduard Westphal (http://paginapessoal.utfpr.edu.br/eduardw) Capítulo 11 Atkins (5ed. QB70C:// Química (Turmas S71/S72) Ácidos e Bases Prof. Dr. Eduard Westphal (http://paginapessoal.utfpr.edu.br/eduardw) Capítulo 11 Atkins (5ed.) Pai, o que é chuva ácida? NaO idróxido de magnésio Mg(O)

Leia mais

EXAME DE CAPACIDADE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

EXAME DE CAPACIDADE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA EXAME DE CAPACIDADE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA PRIMEIRO SEMESTRE, 2015 NOME COMPLETO INSTRUÇÕES Escreva seu nome de forma legível no espaço acima. É expressamente proibido assinar ou fazer qualquer

Leia mais

Tabela Periódica dos Elementos

Tabela Periódica dos Elementos MINISTÉRI DA EDUCAÇÃ UNIVERSIDADE FEDERAL D PIAUÍ CENTR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Química EXAME SELETIV PARA INGRESS N

Leia mais

Grupo 1: Metais Alcalinos

Grupo 1: Metais Alcalinos Cor dos compostos de metais alcalinos A cor surge porque a energia absorvida ou emitida nas transições eletrônicas corresponde aos comprimentos de onda da luz na região do vísível. Todos os íons dos metais

Leia mais

Química das soluções. Profa. Denise Lowinshon

Química das soluções. Profa. Denise Lowinshon Química das soluções Profa. Denise Lowinshon denise.lowinsohn@ufjf.edu.br http://www.ufjf.br/nupis 1º semestre 2018 Equilíbrio ácido base Bibliografia Brown, LeMay e Bursten, Química - A ciência central,

Leia mais

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 4ª aula /

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 4ª aula / QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 4ª aula / 2016-2 Prof. Mauricio X. Coutrim (disponível em: http://professor.ufop.br/mcoutrim) REAÇÃO EM SOLUÇÃO AQUOSA São reações envolvendo compostos iônicos

Leia mais

Universidade Federal de Viçosa Departamento de Química Programa de Pós-Graduação em Agroquímica

Universidade Federal de Viçosa Departamento de Química Programa de Pós-Graduação em Agroquímica Universidade Federal de Viçosa Departamento de Química Programa de Pós-Graduação em Agroquímica Avaliação para Seleção de Mestrado em Agroquímica - 2017.I Número ou código do(a) candidato(a): INSTRUÇÕES

Leia mais

Principais modelos atômicos. Principais modelos atômicos Modelo Atômico de Rutherford (1911)

Principais modelos atômicos. Principais modelos atômicos Modelo Atômico de Rutherford (1911) Principais modelos atômicos Modelo Atômico de Thomson (898) Com a descoberta dos prótons e elétrons, Thomson propôs um modelo de átomo no qual os elétrons e os prótons, estariam uniformemente distribuídos,

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 11 MOLÉCULAS Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 11 MOLÉCULAS ÍNDICE 11-1- Introdução 11.2- Ligação por Tunelamento e a Molécula

Leia mais

Penalização por descrever os procedimentos sem mostrar o fluxograma.

Penalização por descrever os procedimentos sem mostrar o fluxograma. Questão 1 1) [Ca 2+ ] = 0,1254 mol L -1 (esse valor corresponde ao volume de titulante igual a 30,00 ml, os valores calculados quando se considerou os volumes de 30,10 ml, 30,20 e 30,30 ml também foram

Leia mais

Equilíbrio Ácido-base

Equilíbrio Ácido-base Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas Departamento de Química Disciplina Química das Soluções QUI084 II semestre 2016 AULA 01 Equilíbrio Ácido-base Profa. Maria Auxiliadora

Leia mais

RADIAÇÃO. 2. Radiação Eletromagnética. 1. Introdução. Características da Radiação Eletromagnética

RADIAÇÃO. 2. Radiação Eletromagnética. 1. Introdução. Características da Radiação Eletromagnética O AQUECIMENTO DA ATMOSFERA RADIAÇÃO SOLAR E TERRESTRE 1. Introdução RADIAÇÃO Radiação = Modo de transferência de energia por ondas eletromagnéticas única forma de transferência de energia sem a presença

Leia mais

ANALÍTICA V 1º semestre de Aula 4: ESPECTROSCOPIA. Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:

ANALÍTICA V 1º semestre de Aula 4: ESPECTROSCOPIA. Prof. Rafael Sousa. Notas de aula: ANALÍTICA V 1º semestre de 2013 Aula 4: 28-05-13 ESPECTROSCOPIA Espectrofotometria no UV-Vis Vis - Parte I Prof. Rafael Sousa Departamento de Química - ICE rafael.arromba@ufjf.edu.br Notas de aula: www.ufjf.br/baccan

Leia mais

Espectrometria de Luminescência Molecular

Espectrometria de Luminescência Molecular Instituto de Química de São Carlo - USP SQM0415 Análise Instrumental I Alvaro José dos Santos Neto Emanuel Carrilho Espectrometria de Luminescência Molecular Cap. 15 Princípios de Análise Instrumental

Leia mais

Nanopartículas de Prata e. Curva de Calibração da Curcumina

Nanopartículas de Prata e. Curva de Calibração da Curcumina RELATÓRIODEAULAPRÁTICA Disciplina:NanotecnologiaFarmacêutica NanopartículasdePratae CurvadeCalibraçãodaCurcumina Grupo 4 Erick Nunes Garcia Fernanda Buzatto Gabriela do Amaral Gleicy Romão Manuela Pereira

Leia mais

TITULAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA

TITULAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA TITULAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA Titulação Procedimento analítico, no qual a quantidade desconhecida de um composto é determinada através da reação deste com um reagente padrão ou padronizado. Titulante

Leia mais

Aula 2. Organic Chemistry. Espectroscopia UV-VIS e Infravermelho. 4 th Edition Paula Yurkanis Bruice

Aula 2. Organic Chemistry. Espectroscopia UV-VIS e Infravermelho. 4 th Edition Paula Yurkanis Bruice Organic Chemistry 4 th Edition Paula Yurkanis Bruice Aula 2 Espectroscopia UV-VIS e Infravermelho Irene Lee Case Western Reserve University Cleveland, OH 2004, Prentice Hall Radiação Eletromagnética E

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSPEÇÃO DE LEITE E DERIVADOS ESPECTROSCOPIA DENISE HENTGES PELOTAS, 2008.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSPEÇÃO DE LEITE E DERIVADOS ESPECTROSCOPIA DENISE HENTGES PELOTAS, 2008. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSPEÇÃO DE LEITE E DERIVADOS ESPECTROSCOPIA DENISE HENTGES PELOTAS, 2008. Espectroscopia de Infravermelho (IR) Issac Newton Feixe de luz; A luz violeta é a que mais é deslocada

Leia mais

Centro Universitário Anchieta Análise Química Instrumental 2016/1 Semestre - Prof.Ms. Vanderlei I. Paula Lista 3A Nome: RA

Centro Universitário Anchieta Análise Química Instrumental 2016/1 Semestre - Prof.Ms. Vanderlei I. Paula Lista 3A Nome: RA Centro Universitário Anchieta Análise Química Instrumental 2016/1 Semestre - Prof.Ms. Vanderlei I. Paula Lista 3A Nome: RA 1) Qual é a relação entre *(a) absorbância e transmitância? (b) absortividade

Leia mais

FORÇAS INTERMOLECULARES

FORÇAS INTERMOLECULARES FORÇAS INTERMOLECULARES São as forças que mantêm os sólidos e líquidos unidos. A ligação covalente que mantém uma molécula unida é uma força intramolecular. A atração entre moléculas é uma força intermolecular.

Leia mais